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RELATORIO DE ESTÁGIO_ATUALIZADO_CARLA

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2
INSTITUTO FfEDERAL DE eEDUCAÇÃO cCIÊNCIA E TtECNOLOGIA DE MmATO GgROSSO - CAMPUS AaVANÇADO DdIAMANTINO
CcURSO TtÉCNICO EM AaGRICULTURA IiNTEGRADO AO EeNSINO MmÉDIO
CARLA REIS MAIA 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO 
Diamantino-MT
Novembro/2019
CARLA REIS MAIA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO
Relatório de Estágio apresentado como requisito parcial para obtenção do Título de Técnico em Agricultura, pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso – IFMT Campus Avançado Diamantino, sob orientação do(a) prof(ª). Me. Tulio Martinez Santos. 
Diamantino – MT
2019
Diamantino - CARLA REIS MAIA
MT
019
CARLA REIS MAIA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO
Relatório de Estágio apresentado como requisito parcial para obtenção do Título de Técnico em Agricultura, pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso – IFMT Campus Avançado Diamantino.
	
Este trabalho foi apresentado e julgado APROVADO pela banca examinadora que abaixo assina.
Prof. Dr. Fernando João Bispo Brandão – IFMT Campus Avançado Diamantino Membro 
Prof. Dr. Givaldo Dantas Sampaio Neto – IFMT Campus Avançado Diamantino Membro 
Prof. Me. Tulio Martinez Santos – IFMT Campus Avançado Diamantino 
Orientador 
Em 21 de novembro de 2019, Diamantino - MT
	FICHA TÉCNICA
Dados da Empresa
	Razão Social:
	Ziani Mudas Florestais LTDA
	Responsável:
	Marino João Ziani
	Ramo de Atividade:
	Proprietário
	Município/UF:
	Tangará da Serra - MT
Dados do Estagiário:
	Nome:
	Carla Reis Maia
	Curso:
	Técnico em Agricultura Integrado Ao Ensino Médio
	Matrícula:
	2017116011310228
	Turma:
	2017/2019
	Área de Atuação
	Ziani Mudas Nativas 
	Supervisor:
	Luiz Fernando Pegorer de Aquino 
	Função na Empresa:
	Supervisor de produção e vendas 
	Formação Profissional:
	Engenheiro Florestal 
	Carga Horária:
	120 horas 
	Período de Realização:
	DIA 08/07/2019 A 26/07/2019
Sumário
1. INTRODUÇÃO	1
2. OBJETIVOS	2
2.1 Objetivos Gerais	2
2.2 Objetivos Específicos	2
3. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA	3
4. DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES PRÁTICAS	4
4.1 Recepção na Empresa	4
4.2.1 Produção de Mudas	5
4.2.2 Manejo de Mudas Florestais Nativas Exóticas	7
4.2.3 Expedição	9
4.2.4 Clonagem de Mogno Africano (Khaya ivorensis)	11
4.2.5 Coleta de Sementes	13
4.2.6 Acompanhamento de produção de eucalipto clonal – Ziani Florestal	15
5. CONCLUSÃO	17
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS	18
7. REFERÊNCIAS CONSULTADAS	19
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 
 O relatório de estágio supervisionado obrigatório, do curso Técnico em Agricultura, realizado no período de 08 de julho de 2019 a 26 de julho de 2019, teve 120 horas de duração. 
O objetivo do estágio é o aprendizado associado a um treinamento específico voltado para o exercício da atividade profissional e consequentemente a compreensão da importância do profissional perante a sociedade (ARAÚJO 2016).
O estágio é uma etapa importante para o desenvolvimento da carreira de todo profissional. Mais do que ganhar experiência, ele possibilita aos estudantes conhecimento, competências e uma relação prática da teoria vista em sala de aula ,aula, o estágio proporciona uma maior compreensão dos conteúdos abordados pelo curso, além da reflexão e futura confirmação sobre a área de atuação do profissional. 
O estagioestágio realizado, na Ziani Florestal, em específico na Ziani Mudas Nativas, localizada na Rod. MT 358 Km 167,8 - Zona Rural em Tangará d Serra - MT, tem como ramo de atuação a área florestal, agrícola, mudas nativas e na criação de galinhas de postura, atuando no mercado a mais de duas décadas se tornando uma empresa de grande porte, empregando cerca de 200 colaboradores.
O supervisor do estágio foi o Engenheiro Florestal da empresa, Luiz Fernando Pegorer de Aquino. Os funcionários Simone e João, trabalham na parte de mudas nativas, acompanhando e contribuindo na orientação ao longo do estágio juntamente com o Sr. Marino Ziani proprietário da empresa.
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivos Gerais
	Teve como objetivo geral, contribuir com a formação profissional dos alunos discente, oferecendo ao futuro técnico em agricultura um conhecimento da real situação de trabalho em um estágio supervisionado obrigatório, cumprir a carga horária curricular, no intuito de obter, por fim, o título de técnico pelo Instituto Federal do Mato Grosso Campus Avançado Diamantino. 
2.2 Objetivos Específicos
	Promover o conhecimento a partir de vivências práticas;
Facilitar a aplicação e consolidação do conhecimento adquirido na sala de aula; 
Proporcionar visibilidade dentro do mercado de trabalho, facilitando sua entrada no mesmo;
Adquirir melhor compreensão e entendimento a partir do ramo Silvicultural;
Garantir experiência profissional.
3. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
	Há mais de duas décadas - meados de 1996 - a Ziani está atuando no mercado. No inicioinício, começou na atividade Avícola, com um pequeno aviário no Município de Tangará da Serra, atendendo em alguns municípios do Estado de Mato Grosso, Brasil. O Projeto de expansão na atividade avícola cresceu no decorrer dos anos, levando também abrangência nos segmentos de negócios de outras atividades. A Empresa Ziani ampliou nas atividades de Florestal, Agrícola e Nativas, tornando-se assim o “Grupo Ziani”. Hoje é considerada uma potência produtiva graças a determinação, a ousadia e o empreendedorismo de seus quatro sócios: Clair Bariviera, Jacir Bariviera, Claudir Bariviera e Marino João Ziani.
A ZIANI FLORESTAL – subdivide-se nas atividades de: produção e Comercialização de Mudas de Eucaliptos Clonais, Lenha de Eucalipto, Cavaco de Eucalipto, Prestadora de Serviço para Plantio e Transportadora de Lenha e Cavaco de Eucalipto.
A GRANJA ZIANI – subdivide-se nas atividades de: Produção e comercialização de ovos vermelhos e brancos.
A ZIANI AGRÍCOLA – subdivide-se na atividade de: Produção e comercialização de soja e milho.
A ZIANI NATIVAS – subdivide-se nas atividades de: Produção e comercialização de mudas nativas, mudas ornamentais, mudas exóticas, mudas frutíferas e mogno africano de alta qualidade.
Nesta trajetória o “Grupo Ziani”, sempre priorizou o uso racional de recursos naturais, projetos ambientais e de reciclagem, como também, o reflorestamento e a recuperação de áreas degradadas.
	A Ziani Florestal tem uma ampla representação em defesa do setor de reflorestamento. Além de realizar diversas pesquisas, a empresa também fez parcerias com instituições privadas e de ensinos de pesquisas na área florestal. 
4. DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES PRÁTICAS
4.1 Recepção na Empresa
No dia 08 de julho de 2019 deu-se inicioinício ao estagioestágio supervisionado obrigatório, o supervisor, Luiz Pegorer foi quem apresentou todo o lugar, em seguida levou as estagiárias ao local de trabalho e aos funcionários que efetuavam o controle de ervas daninhas, plantação e empacotamento das mudas nativas para venda. Logo o proprietário da empresa dirigiu- se ao seu escritório onde esclareceu como funciona a Ziani Florestal, como a empresa é dividida, falou sobre as normas e regulamentos, e por fim, disse que se caso fossem identificadas falhas ou irregularidades nas atividades da empresa, sugestões de melhorias e questionamentos eram bem vindas visando um melhor desempenho de sua empresa. 
4.2 Caderno de Campo
 No decorrer do estágio supervisionado as atividades realizadas variavam conforme as encomendas ou expedições, podendo se repetir ou não durante os dias, contudo todas eram efetuadas conforme a orientação dos funcionários, supervisor e também pelo proprietário (Figuras 1A e 1B). As atividades desenvolvidas foram: 
Imagem 1- Estagiárias e proprietário, figura A; Supervisor de estagio, funcionários da área de nativas e estagiárias, figura B; Área externa do viveiro, figura C.A
FONTE: Arquivo pessoal de Joyce Aguiar. B
C
4.2.1 Produção de Mudas 
Durante a produção de mudas foram efetuadas atividades de quebra de dormência das sementes nativas,semeadura seguidas de cuidados como o desbaste. 
A quebra de dormência é um método utilizado para facilitar o processo de germinação da semente. Ela foi realizada por escarificação mecânica em uma esmerilhadeira fixa e também por água quente na temperatura superior a 76ºC, com um tempo de tratamento específico para cada espécie.
Segundo (EMBRAPA 2008), a semeadura/plantio consiste em enterrar parte da rama-semente ou da muda na leira de plantio, esta operação geralmente é realizada manualmente, fazendo-se primeiramente a distribuição das ramas no espaçamento adequado, ou no caso de sementes, fazer a distribuição nos tubetes. Em uma sementeira foram feitos orifícios nos tubetes, preenchidos com substrato, com a utilização dos próprios tubetes ou até mesmo com os dedos, nesses orifícios foram depositados diferentes tipos de sementes em diferentes bandeijasbandejas, nativas como ipê roxo (Handroanthus impetiginosus), eucalipto citriodora (Corymbia citriodora), dentre outras espécies, fazendo por fim sua cobertura com substrato e irrigação, direcionando assim as bandejas ao viveiro onde ficariam no período de 4 a 7 dias até ficar propício ás próximas etapas. 
Após o plantio, diversos cuidados devem ser tomados, como adubação, desbaste, irrigação a partir das águas da represa localizada aos fundos do viveiro, fertirrigação (efetuadas nas terças e sextas com NPK) e controle de pragas e doenças, fornecendo assim uma qualidade de vida longa a planta. Todas as manhãs foram efetuadas analises de germinação e também o índice de velocidade de germinação (IVG) (MAGUIRE, 1962) nas caixas semeadas (Figura 2B). 
Imagem 2 – Área de análise de germinação, figura A; Exemplo de mudas durante analise de germinação, figura B.
 A
 
FONTE: Arquivo pessoal de Joyce Aguiar B
4.2.2 Manejo de Mudas Florestais Nativas Exóticas
Durante o manuseio das nativas, foram realizadas práticas como limpeza, classificação por tamanho para melhor distribuição de luz solar, identificação de deficiências e estresses, e em seguida o descarte de mudas inviáveis para que todas tenham um desenvolvimento adequado e que estejam atraentes para a comercialização. 
A limpeza das mudas (Figura 3A) é essencial para que ela possa ter um bom desenvolvimento vegetativo e que não haja plantas invasoras se apropriando dos nutrientes oferecidos a muda retardando seu crescimento. Tais plantas foram removidas de diferentes espécies nativas como figo (Ficus carica), amora (morus sp.), mogno africano (Khaya ivorensis), dentre outras, sendo feita também a remoção de raízes excedentes quanto aos tubetes, ramos e folhas secas tanto na planta quanto nas caixas (Figura B), para que a planta tenha um melhor desenvolvimento vegetativo.
A classificação (Figuras 3B e 3D) serve para separar as mudas de acordo com a espécie e tamanho para que, ela não tenha mudas vizinhas sobrepostas, fatos esses que contribuem para que não se desenvolva por falta de luz, servindo também para a seleção do cliente durante a compra. O descarte é realizado durante a limpeza quando se identifica mudas que emergiram, mas que tiveram o seu crescimento retardado sendo assim descartadas junto aos restos vegetais retirados na limpeza.
Após a finalização destas atividades é recomendado continuar o tratamento de irrigação e adubação adequados para uma boa comercialização da mesma.
Imagem 3- Retirada de folhas secas e lodo das mudas, figura A; Mudas antes da classificação, figura B; Bancadas de trabalho, figura C; Mudas após a limpeza e classificação, figura D.A
B
	 
C
D
FONTE: Arquivo pessoal de Joyce Aguiar.
4.2.3 Expedição 
A estagiária, juntamente ao proprietário da Ziani Mudas Nativas, Sr Marino João Ziani, e o supervisor Luiz Fernando, se dirigiram a alguns lugares vinculados a empresa, como a fazenda San Rafael da Ziani Florestal em Deciolândia, e na Estação de Tratamento de Água (ETA) onde em parceria a UNIMED (Confederação Nacional das Cooperativas Médicas) foi realizado o reflorestamento em uma área desmatada nas margens do rio Queima Pé, próximo ao município de Tangara da Serra (principal fonte de abastecimento de água da cidade). Na visita ao ETA (Figura 4C), as estagiárias juntamente ao supervisor, analisaram o desempenho e ataques de pragas em espécies como paineiras (Ceiba speciosa), jacarandá (Jacaranda mimosifolia) e aroeira (Schinus terebinthifolius) e identificaram que deveriam fazer o replantio de algumas delas devido ao ataque de formigas. 
 Já na fazenda San Rafael (Figura 4A), o proprietário, Sr. Marino, apresentou a sua produção de milho que tem o intuito de suprir a demanda da fábrica de ração aviaria. Também lhes foi apresentada uma área na qual a fazenda está monitorando a rebrota do eucalipto (Figura 4B), lenhas de eucalipto feitas a partir da madeira do eucalipto reflorestado, garante uma boa resistência, durabilidade, queima uniforme, e é um produto ecologicamente correto.
Imagem 4 – Fazenda San Rafael, figura A; Monitoramento da rebrota do eucalipto, figura B; ETA Tangará da Serra, figura C.
A
	 
B
FONTE: Arquivo pessoal de Joyce Aguiar.
 C
 
FONTE: Alexandre Rolim 2017
 Com isso, a estagiária pode observar de perto as atividades e parcerias realizadas pela empresa em reflorestar áreas degradadas proporcionando as empresas o cumprimento da Lei Federal 12.651 em 25 de maio de 2012, o Código Florestal Brasileiro, que declara que todos os consumidores de matéria-prima florestal, como madeira e derivados, são obrigados a reflorestar o equivalente ao consumido para evitar o déficit de árvores e suprir a demanda, vendo também de perto a fazenda onde a Ziani produz sua própria matéria prima para rações. 
4.2.4 Clonagem de Mogno Africano (Khaya ivorensis)
Uma das alternativas desenvolvidas nos últimos anos e que vem gerando resultados surpreendentes é o melhoramento vegetal por meio de clonagem de mudas de espécies de árvores plantadas. A do mogno africano, por exemplo, vem possibilitando a ampliação da produção de viveiros, de modo a suprir uma demanda que em condições normais não seria possível, já que a árvore é considerada rara.
Segundo o supervisor, Luiz Fernando, os cortes para a clonagem do mogno africano são feitos a cada três semanas, possibilitando que a planta consiga estabelecer um bom desenvolvimento dos ramos a serem coletados.
As plantas matrizes do mogno africano ficam plantadas em manilhas suspensas (Figura 5D) recebendo irrigação constante, a coleta é efetuada com tesouras especificas, higienizadas e bem afiadas para que não haja uma contaminação nos ramos removidos. Os ramos são removidos através de um corte transversal para facilitar o plantio nos tubetes, após sua remoção, deve-se deixar o ramo com um formato de Y (Figura 5A), deixando uma gema para que facilite o enraizamento e também um par de folhas em cada ponta fazendo o corte da folha pela metade para estimular o crescimento vegetativo, pois verificou-se anteriormente que se cortassem mais do que a metade da folha, a muda não se desenvolveria. Em seguida os ramos após serem removidos devem ser deixados em uma caixa de isopor com água gelada (Figura 5B) para que não murchem e percam sua viabilidade de desenvolvimento.
 Os ramos coletados são levados para as bancadas de plantio onde são postos nos tubetes (Figura 5C) e, sucessivamente, levados a uma estufa onde irão se desenvolver com o auxílio de irrigação constante juntamente a uma substancia enraizadora. 
Imagem 5 - Corte em formato de Y, figura A; Caixa de isopor com água, figura B; Ramos recém-plantados, figura C; Plantas matrizes, figura D.
B
A
	
 
 
D
C
FONTE: Arquivo pessoal de Joyce Aguiar.
 Após a realização da clonagem as estagiaárias entenderam como e por que é feito a atividade da clonagem, facilitando e aumentando a produção do mogno africano suprindo a demanda de pedidos da espécie. 
 
4.2.5 Coleta de SementesA coleta deve ser realizada quando as sementes atingem a maturação fisiológica, visto que nessa época elas apresentam maior porcentagem de germinação, maior vigor e maior potencial de armazenamento. (NOGUEIRA 2010). 
Iniciou-se a coleta de semente em diferentes lugares, de início, em uma área preservada aos fundos da empresa para a coleta de sementes do amendoim-do-campo (Platypodium elegans) (Figura 6A), no cemitério municipal da cidade de Tangará da Serra, foram coletadas de sementes de murta (Myrtus sp.) (Figura 6B), onde na volta recolheram sementes de bisnagueira (Spathodea campanulata) (Figura 6C) na calçada da casa do proprietário da empresa, outrem, dirigiram-se ao Centro de Tradições Gaúchas Aliança da Serra para a coleta de sementes de jequitibá (Cariniana), e por fim, no Hotel Fazenda Primavera para a coleta de ramos de primaveras (família da Bougainvillea) para a produção por meio de estaquia. 
Imagem 6- Sementes de amendoim-bravo (Platypodium elegans) figura A; Sementes de Murta (Myrtus sp.) figura B; Sementes de Bisnagueira (Spathodea campanulata)
B
A
	
 
C
FONTE: Arquivo pessoal de Joyce Aguiar.
 A época da colheita varia em função da espécie, do ano e de árvore para árvore. Por isso, há necessidade de acompanhar o estágio de maturação para estabelecer o momento da colheita das sementes. Especialmente para os frutos deiscentes, ou seja, os que se abrem, com sementes pequenas ou aladas, é necessário colher antes que ocorra a abertura dos mesmos para que não aconteça a dispersão das sementes.
4.2.6 Acompanhamento de produção de eucalipto clonal – Ziani Florestal
A empresa é especialista na produção de mudas clonais de eucalipto. Fornecendo mudas melhoradas geneticamente com um alto padrão de qualidade. A empresa trabalha com os clones Eucalipto das seguintes variedades:
H13 – Eucalyptus urograndis;
I144 – Eucalyptus urograndis;
VM01– Urocam;
Durante a visita à Ziani Florestal, a estagiária foi dirigida pelo supervisor ao local de depósito, manutenção e preparo dos tubetes, para o plantio dos ramos de eucalipto. A supervisora de campo da Ziani Florestal, explicou e mostrou todo o processo da clonagem, sendo ela responsável por parte da coleta dos ramos, que é realizada da mesma forma que o mogno mas tem irrigação a cada 30 segundos nas bancadas (Figura 7A), depois de preenchidas, as caixas de tubetes são transportadas para as estufas fechadas e climatizadas tendo uma irrigação constante por nebulização (Figura 7B) a cada 3 minutos. 
Após um mês dentro das estufas e atingirem o tamanho adequado – cerca de 18 cm - os ramos são transportados para viveiros ao ar livre (Figura 7C) para se adaptarem ao clima do ambiente e conseguirem continuar o seu desenvolvimento.
Imagem 7 – Plantio dos ramos de eucalipto, figura A; Estufa de Nebulização, figura B; Viveiro ao ar livre figura C;
A
 
 
B
C
FONTE: Arquivo pessoal de Joyce Aguiar.
Com o término desta visita à parte de clonagem do eucalipto, percebe-se como ela é efetuada e como vem facilitando a produção em grande escala. Entendendo também que quando melhorada geneticamente, torna-se resistente e produtiva para que possa atender e suprir as demandas e exigências dos clientes em diversas práticas. 	
5. CONCLUSÃO 
Durante o período que permaneceram na instituição, as estagiarias contaram com o apoio de muito contato com a teoria e a ampla visão no contexto agrícola, mas o desenvolvimento da carreira profissional só é efetivamente aplicado durante a participação dentro de uma empresa no ramo. Tornando assim o estagio uma parte essencial do processo de aprendizagem, indo além de ganhar experiência, possibilitando competências e uma relação prática do conteúdo visto durante as aulas. 
O estágio foi de suma importância para a ampliação da visão crítica e profissional da discente, vinculada às funções exercidas, sem contar a experiencia de atuar em um ambiente real de trabalho. Sem a vivência prática das atividades não haveria como compreender o funcionamento de uma empresa relacionada a agricultura. 
Concluindo-se que o estágio foi uma grande oportunidade de crescimento profissional e pessoal, levando em consideração ser a primeira experiência de trabalho. Além de melhorar o relacionamento interpessoal e ampliar a rede de contatos das alunas, adquirindo a preparação necessária para o futuro mercado de trabalho.
Ao atingir os objetivos propostos para o Estágio Supervisionado, atividade curricular de caráter obrigatório para o curso de Técnico em Agricultura da IFMT – Campus Avançado Diamantino, e após completar carga horária de 120 (cento e vinte) horas, cumpriu-se o programa previsto.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O estágio trouxe uma visão muito mais ampla da perspectiva de trabalho e gratidão quanto ao conhecimento proporcionado, visto que se atingiram os objetivos propostos. Sempre visando melhorias quanto a qualidade e precisão nas atividades efetuadas.
Foi constatada uma pequena falha no quesito reutilização de materiais importantes como o substrato utilizado no preenchimento dos tubetes, uma vez que são eliminados caso não haja desenvolvimento vegetativo, sem que tenham uma reciclagem do mesmo. Nenhum método foi utilizado para a resolução do problema pela empresa.
7. REFERÊNCIAS CONSULTADAS 
	Ziani Florestal. Disponível em: < http://www.zianiflorestal.com.br/ > Acesso em: 21/10/2019. 
SILVA, J. B. C.; LOPES, C. A.; MAGALHÃES, J. S. Plantio. EMBRAPA Hortaliças. Disponível em: < https://www.embrapa.br/en/hortalicas/batata-doce/plantio > Acesso em: 20/10/2019.
ARAÚJO, I. S. (NATAL, 2016, 6p.) Relatório de Estágio Supervisionado. Disponível em: <https://monografias.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/3042/1/Apuracaoderesultados_Relatorio.pdf > Acesso em: 19/10/2019.
Tecnologia e floresta. Disponível em: <http://www.tecnologiaefloresta.com.br/2017/07/11/clonagem-do-mogno-africano/ > Acesso em: 22/10/2019. 
BRASÍLIA, 25 de maio de 2012; 191º da Independência e 124º da República. Disponível em: <http://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/pdf/lei-no-12651-de-25-de-maio-de-2012-lei-florestal.pdf > Acesso em: 22/10/2019.
MAGUIRE, J. D. Speed of germination-aid in selection and evaluation for seedling emergence and vigor. Crop Science, Madison, v. 2, n. 1, jan./feb. 1962. 176-177p.
NOGUEIRA A. C. Coleta de sementes florestais nativas. REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°123 - ABRIL DE 2010.

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