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Financas nas empresas

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Prévia do material em texto

2012
Finanças nas EmprEsas
Prof. Amarildo Furtado de Pinho
Copyright © UNIASSELVI 2012
Elaboração:
Prof. Amarildo Furtado de Pinho
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
 658.1
P654f Pinho, Amarildo Furtado de
 Finanças nas empresas / Amarildo Furtado de Pinho. Indaial : 
Uniasselvi, 2012.
 223 p. : il 
 
 ISBN 978-85-7830- 632-8
 1. Organização e finanças - Administração. I. Centro Universitário
Leonardo da Vinci.
III
aprEsEntação
Caro(a) acadêmico(a)!
Durante a elaboração deste caderno houve a preocupação em 
estruturá-lo sob o enfoque de fácil entendimento, através do estabelecimento 
de conceitos e definições, utilizando-se de uma linguagem dialógica e uma 
metodologia de fácil compreensão. É claro que, em alguns momentos, 
o próprio vocabulário e a ética das finanças não nos permitiram inventar 
sinônimos. Havendo também a constante preocupação relacionada ao 
princípio básico das finanças, ou seja, gerenciar os recursos visando sempre 
à maximização do resultado econômico e financeiro. 
Entre outras vantagens, a educação a distância dispensa afastamentos 
prolongados, permitindo o estudo e a realização de tarefas de acordo com a 
determinação do participante, além de lhe proporcionar uma constante fonte 
de consulta.
Este trabalho tem o objetivo de informar como são realizadas as 
atividades dentro das empresas relacionadas à estrutura de capital. Como 
é calculado o custo deste capital e como é feito o planejamento de alocação, 
visando a alternativas que resultem em agregar valor ao capital do investidor.
Analisar os indicadores de retorno do investimento, verificando e 
demonstrando se o dinheiro investido no negócio está sendo bem gerenciado.
Em resumo, podemos dizer que a área das finanças é um estudo 
econômico e financeiro detalhado de uma organização, bem como os fatores 
internos e externos que poderão influenciar na sua capacidade de gerar 
recursos.
Os fatores internos estão relacionados à organização, capacidade 
gerencial e desenvolvimento tecnológico, são varáveis controláveis. Os 
fatores externos estão relacionados à economia, concorrência e fatores de 
ordem natural, também chamados de variáveis não controláveis.
Porém, temos que utilizar as ferramentas adequadas para gerenciar 
os recursos, de forma que os riscos sejam minimizados. Dentre as que 
vamos estudar neste caderno, estão o demonstrativo de fluxo de caixa, 
o demonstrativo de resultado do exercício, os métodos de análise de 
investimentos, as decisões de financiamento de longo prazo, a necessidade 
de capital de giro.
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Importante lembrar que, para a obtenção de um resultado 
satisfatório, cada participante deverá resolver os exercícios propostos, para 
adquirir maior conhecimento e buscar leitura complementar em livros, 
artigos e revistas da área de finanças.
Lembrando também que você, como acadêmico, é formador de 
opinião, e as pessoas vão querer ouvir o que você tem a dizer.
“Não basta saber, é preciso saber fazer.”
 
 Sucesso!
Prof. Amarildo Furtado de Pinho
V
VI
VII
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS NAS EMPRESAS .............................................. 1
TÓPICO 1 – APRESENTANDO FINANÇAS NAS EMPRESAS .................................................... 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 O QUE SÃO FINANÇAS? .................................................................................................................. 3
3 ÁREAS DE OPORTUNIDADE .......................................................................................................... 4
3.1 SERVIÇOS ......................................................................................................................................... 4
3.1.1 Analista financeiro .................................................................................................................. 5
3.1.2 Gerente de investimentos ...................................................................................................... 5
3.1.3 Gerente de financiamento ...................................................................................................... 5
3.1.4 Analista de crédito .................................................................................................................. 5
3.1.5 Gerente de fundo de pensão ................................................................................................. 5
3.1.6 Gerente de operações de câmbio .......................................................................................... 5
3.2 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA .............................................................................................. 6
3.2.1 Função ...................................................................................................................................... 6
3.2.2 Objetivo .................................................................................................................................... 7
3.2.3 Atividades empresariais ........................................................................................................ 10
3.2.3.1 Atividades operacionais ................................................................................................... 10
3.2.3.2 Atividades de investimentos ........................................................................................... 10
3.2.3.3 Atividades de financiamentos ......................................................................................... 11
3.2.3.4 Relação entre a demonstração de resultado e as atividades empresariais ............... 11
3.2.4 Sistema global da função financeira ..................................................................................... 12
3.2.4.1 Decisão de investimento .................................................................................................. 12
3.2.4.2 Decisão de distribuição de lucros ................................................................................... 13
3.2.4.3 Decisãode financiamento ................................................................................................ 13
3.2.5 Funções do administrador financeiro .................................................................................. 13
3.2.5.1 Análise de registro e informações contábeis ................................................................. 13
3.2.5.2 Projeção do movimento de fundos ................................................................................ 13
3.2.5.3 Aplicação dos fundos excedentes ................................................................................... 14
3.2.5.4 Fornecimento de informações à alta administração .................................................... 14
3.2.5.5 Elaboração de planos para fontes de uso de fundos a curto e a longo prazo .......... 14
3.2.6 Estrutura organizacional da administração financeira de uma empresa de 
 grande porte ............................................................................................................................ 14
3.2.6.1 Diretoria financeira ........................................................................................................... 14
3.2.6.2 Auditoria ............................................................................................................................ 14
3.2.6.3 Gerência financeira ........................................................................................................... 15
3.2.6.4 Contabilidade .................................................................................................................... 15
3.2.7 Relações da administração financeira com a contabilidade ............................................. 16
3.2.7.1 Regime de competência ................................................................................................... 16
3.2.7.2 Regime de caixa ................................................................................................................ 16
3.2.8 Relações da administração financeira com a economia .................................................... 17
3.2.8.1 Análise marginal ............................................................................................................... 17
3.2.8.2 Aparelho circulatório do dinheiro.................................................................................. 18
3.2.8.3 Organização do movimento de fundos ......................................................................... 18
sumário
VIII
3.2.8.4 Organização dos serviços de obtenção de recursos ........................................................ 18
3.2.8.4.1 Recursos próprios .......................................................................................................... 19
3.2.8.4.2 Recursos de terceiros ..................................................................................................... 19
3.2.9 Balanço patrimonial ................................................................................................................... 19
3.2.10 Demonstração do resultado do exercício .............................................................................. 19
3.2.11 Demonstrativo de fluxo de caixa ........................................................................................... 20
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 25
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 28
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 29
TÓPICO 2 – ESTRUTURA DE CAPITAL ........................................................................................... 31
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 31
2 CUSTO DE CAPITAL .......................................................................................................................... 32
2.1 CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO ................................................................................................... 33
2.2 CUSTO DE CAPITAL DE TERCEIROS ........................................................................................ 33
2.3 CUSTO DE OPORTUNIDADE .................................................................................................... 33
3 CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL - CMPC ............................................................... 34
3.1 CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL BRUTO ............................................................. 34
3.1.2 Cálculo do CMPC – BRUTO ................................................................................................. 35
3.2 CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL LÍQUIDO ......................................................... 35
3.2.1 Cálculo do CMPC – LÍQUIDO.............................................................................................. 36
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 37
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 39
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 40
TÓPICO 3 – GESTÃO BASEADA EM VALOR ................................................................................. 43
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 43
2 A CONTABILIDADE E A GESTÃO FINANCEIRA DAS EMPRESAS .................................. 43
3 CAPACIDADES DIFERENCIADORAS .......................................................................................... 44
4 ESTRATÉGIAS FINANCEIRAS ........................................................................................................ 46
4.1 VALOR ECONÔMICO AGREGADO – EVA ou VEA ................................................................ 47
5 CONFLITO VALOR VERSUS LUCRO ............................................................................................. 48
6 COMO DETERMINAR O EVA .......................................................................................................... 52
7 ESTRUTURA PATRIMONIAL .......................................................................................................... 54
7.1 ATIVO OPERACIONAL ................................................................................................................. 54
7.2 PASSIVO OPERACIONAL ............................................................................................................. 54
7.3 ATIVO OPERACIONAL LÍQUIDO .............................................................................................. 54
7.4 CAPITAIS DE TERCEIROS ............................................................................................................ 55
7.5 CAPITAIS PRÓPRIOS ..................................................................................................................... 55
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 57
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 64
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 65
UNIDADE 2 – ANÁLISE DE INVESTIMENTOS ............................................................................. 69
TÓPICO 1 – ANÁLISEDE INVESTIMENTOS ................................................................................. 71
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 71
2 PRINCÍPIOS DO PROCESSO DE DECISÃO ................................................................................ 71
3 DECISÃO DO INVESTIMENTO ...................................................................................................... 72
4 DEFINIÇÃO DO INVESTIMENTO ................................................................................................. 73
4.1 EXPANSÃO ...................................................................................................................................... 75
IX
4.2 SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS ....................................................................................... 75
4.3 LANÇAMENTO DE NOVOS PRODUTOS ................................................................................. 76
4.4 PROJETOS AMBIENTAIS ............................................................................................................... 77
5 CRITÉRIOS DE DECISÃO E MEDIDAS DE DESEMPENHO ................................................... 77
6 TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE E EXPECTATIVA DE RETORNO DO CAPITAL ..... 77
7 PROJETOS INDEPENDENTES ......................................................................................................... 77
8 PROJETOS MUTUAMENTE EXCLUDENTES............................................................................... 78
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 79
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 82
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 83
TÓPICO 2 – MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS .................................................... 85
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 85
2 TIPOS DE MÉTODOS DE ANÁLISE ............................................................................................... 85
2.1 MÉTODO PAYBACK SIMPLES ...................................................................................................... 85
2.1.1 Cálculo do Payback Simples ................................................................................................... 86
2.2 MÉTODO PAYBACK DESCONTADO .......................................................................................... 90
2.2.1 Cálculo do Método Payback Descontado ............................................................................. 90
2.3 MÉTODO DO VALOR PRESENTE LÍQUIDO ............................................................................ 96
2.3.1 Cálculo do VPL ....................................................................................................................... 97
2.4 MÉTODO DA TAXA INTERNA DE RETORNO ......................................................................102
2.4.1 Cálculo da TIR .......................................................................................................................103
2.5 MÉTODO DA ANÁLISE INCREMENTAL - CONFLITO VPL X TIR ...................................106
2.5.1 Cálculo do conflito VPL X TIR ............................................................................................107
2.5.2 Regra do valor presente líquido e da taxa interna de retorno .......................................110
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................112
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................116
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................117
TÓPICO 3 – CONSTRUÇÃO DO FLUXO DE CAIXA ...................................................................121
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................121
2 FUNDAMENTADO FLUXO DE CAIXA ........................................................................................122
3 FATORES QUE AFETAM O FLUXO DE CAIXA ..........................................................................123
4 FATORES INTANGÍVEIS QUE INFLUENCIAM NO FLUXO DE CAIXA DE UM 
 PROJETO ..............................................................................................................................................127
5 INVESTIMENTO ................................................................................................................................127
6 SITUAÇÕES ESPECIAIS QUE PODEM AFETAR O FLUXO DE CAIXA PROJETO ..........129
7 VALOR RESIDUAL CONTÁBIL OU DE MERCADO ................................................................130
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................132
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................140
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................141
UNIDADE 3 – FERRAMENTAS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA PARA A 
 TOMADA DE DECISÃO ..........................................................................................145
TÓPICO 1 – FERRAMENTAS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA PARA A 
 TOMADA DE DECISÃO ..............................................................................................147
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................147
2 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ...................................................................147
2.1 BALANÇO PATRIMONIAL ........................................................................................................148
2.2 DEMONSTRATIVO DE RESULTADO .......................................................................................149
2.3 DEMONSTRATIVO DE FLUXO DE CAIXA .............................................................................150
X
2.3.1 Administração do caixa ......................................................................................................150
2.3.2 Administração de contas a receber....................................................................................151
2.3.3 Administração de contas a pagar ......................................................................................151
2.4 ANÁLISE POR INDICADORES .................................................................................................155
2.4.1 Indicadores liquidez ............................................................................................................155
2.4.1.1 Indicador de liquidez corrente ....................................................................................156
2.4.1.2 Indicador de liquidez seca ............................................................................................156
2.4.1.3 Indicador de liquidez imediata ...................................................................................157
2.4.1.4 Indicador de liquidez geral ..........................................................................................157
2.4.1.5 Folga financeira ..............................................................................................................1582.4.1.6 Giro do ativo ...................................................................................................................159
2.4.2 Indicadores de estrutura de capital ...................................................................................159
2.4.2.1 Endividamento de curto prazo ....................................................................................159
2.4.2.2 Endividamento do patrimônio líquido ou endividamento total ............................160
2.4.3 Indicadores de imobilização ..............................................................................................160
2.4.3.1 Imobilização do patrimônio líquido ............................................................................160
2.4.3.2 Imobilização dos recursos não circulantes .................................................................161
2.4.4 Indicadores de atividades ...................................................................................................164
2.4.4.1 Prazo médio de recebimento ........................................................................................165
2.4.4.2 Prazo médio de pagamento ..........................................................................................165
2.4.4.3 Prazo médio de estoque ................................................................................................166
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................167
RESUMO DO TÓPICO 1.....................................................................................................................170
AUTOATIVIDADE ..............................................................................................................................171
TÓPICO 2 – ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DE CURTO PRAZO .....................................175
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................175
2 CAPITAL DE GIRO OU CAPITAL CIRCULANTE ....................................................................175
3 CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO .......................................................................................................178
4 CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO .......................................................................................................178
5 CICLO OPERACIONAL ...................................................................................................................180
6 CICLO FINANCEIRO .......................................................................................................................180
6.1 CÁLCULO DOS CICLOS OPERACIONAL E DE CAIXA .....................................................181
7 CICLO ECONÔMICO ......................................................................................................................182
8 NECESSIDADE DE INVESTIMENTO EM CAPITAL DE GIRO ............................................184
9 GESTÃO DE TESOURARIA ...........................................................................................................187
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................190
RESUMO DO TÓPICO 2.....................................................................................................................193
AUTOATIVIDADE ..............................................................................................................................194
TÓPICO 3 – FONTES DE FINANCIAMENTO DE CURTO PRAZO ........................................197
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................197
2 OPERAÇÕES DE DESCONTO .......................................................................................................198
2.1 DESCONTO BANCÁRIO/COMERCIAL ..................................................................................198
2.2 IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS ...................................................................201
2.3 GARANTIAS BANCÁRIAS ........................................................................................................202
2.3.1 Garantias pessoais ...............................................................................................................202
2.3.1.1 Avala ................................................................................................................................202
2.3.1.2 Fiança ...............................................................................................................................203
2.3.2 Garantias reais ......................................................................................................................204
2.3.2.1 Hipoteca ..........................................................................................................................204
XI
2.3.2.2 Alienação fiduciária ...................................................................................................... 204
2.3.2.3 Penhor ............................................................................................................................ 205
2.3.2.4 Caução de títulos .......................................................................................................... 205
2.3.2.5 Caução de ativos ........................................................................................................... 206
2.4 DESCONTO DE DUPLICATAS/CHEQUES ............................................................................ 206
2.4.1 Cobrança e pagamento de títulos ..................................................................................... 206
2.5 TAXA DE DESCONTO ............................................................................................................... 207
2.6 INFLUÊNCIA DO PRAZO SOBRE O CUSTO DO CAPITAL .............................................. 207
LEITURA COMPLEMENTAR ........................................................................................................... 209
RESUMO DO TÓPICO 3.................................................................................................................... 216
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................. 217
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................... 219
XII
1
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS NAS 
EMPRESAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir desta unidade, você será capaz de:
• conhecer o conceito básico de finanças;
• identificar o capital próprio, o capital de terceiros e os seus custos;
• saber sobre as diversas atividades na área de finanças;
• compreender o que é o ativo operacional líquido;
• conhecer o que é o valor econômico agregado;
• conhecer as relações entre as finanças e a contabilidade e economia;
• compreender sobre o custo médio ponderado;
• saber sobre a estrutura de capital.
Esta primeira unidade está dividida em três tópicos. No final de cada tópico, 
você encontrará atividades que possibilitarão a apropriação de conhecimentos 
na área.
TÓPICO 1 – APRESENTANDO FINANÇAS NAS EMPRESAS
TÓPICO 2 – ESTRUTURA DE CAPITAL
TÓPICO 3 – GESTÃO BASEADA EM VALOR
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
APRESENTANDO FINANÇAS NAS EMPRESAS
1 INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a)!
Bem-vindo ao Tópico 1 da Unidade 1 deste Caderno de Estudos. Agora 
você será inserido no mundo das finanças, saberá como funciona, quem são seus 
principais agentes e como se relacionam com outras áreas do conhecimento, 
especificamente contabilidade e economia.
Conhecer astécnicas básicas da administração financeira não é suficiente 
para o gestor de finanças. Nesse mundo globalizado em que vivemos, tomar 
decisão é ponto determinante para obtenção de resultado, e tal ação envolve 
profundo conhecimento do ambiente mercadológico e suas variáveis.
As empresas estão continuamente sujeitas a riscos, que poderão impactar 
negativamente ou positivamente sobre o resultado. A teoria das finanças 
fundamenta-se em dois conceitos, que são: risco e retorno.
Existe o risco de não gerar receita suficiente para cobrir os custos 
operacionais, e o risco de utilização de capital de terceiros, não gerando receita 
suficiente para pagar os juros.
2 O QUE SÃO FINANÇAS?
Finanças é a ciência que estuda a estrutura de capital das organizações, 
bem como os fatores internos e externos que poderão influenciar sobre a sua 
capacidade de investimento e geração de recursos.
Podemos resumidamente dizer que finanças são a arte de gerenciar 
recursos, buscando sempre agregar valor ao capital do investidor, respeitando 
sempre os princípios da ética profissional.
 Ross, Westerfield e Jordan (2002, p. 23) afirmam que: “Na terminologia 
das finanças, ao se fazer investimento em ativos, tais como estoques, máquinas, 
instalações e mão de obra, o montante de dinheiro aplicado em ativos deve ser 
contrabalançado por um montante equivalente em termos de financiamento.”
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS NAS EMPRESAS
4
Para Nikbakht e Groppelli (2005, p. 3-4):
Finanças é a aplicação de uma série de princípios econômicos e 
financeiros para maximizar a riqueza ou o valor total de um negócio. 
Mais especificamente, ao usar o valor presente líquido (fluxo de caixa 
futuro, descontado o valor presente menos os custos originais) para 
medir a rentabilidade, uma empresa maximiza a riqueza investindo 
em projetos e adquirindo ativos cujos retornos combinados produzem 
os lucros mais altos possíveis com menores riscos. Na realidade, 
ninguém realmente sabe quando a riqueza máxima é atingida, embora 
ela seja entendida como a meta final de toda a empresa. Uma maneira 
de descobrir a riqueza de uma empresa é por intermédio do preço de 
sua ação ordinária.
Já Ross et al. (2002, p. 23) exemplificam:
Imaginemos que você decida montar uma empresa para fabricar bolas 
de tênis. Para esse fim, contrata gerentes para adquirir matéria-prima 
e organiza um grupo de empregados para produzir e vender as bolas 
de tênis. Na terminologia de finanças, faz investimento em ativos, 
tais como estoques, máquinas, instalações e mão de obra. O montante 
de dinheiro aplicado em ativos deve ser contrabalançado por um 
montante equivalente em termos de financiamento. Ao começar 
a vender bolas de tênis, sua empresa estará gerando caixa. Essa é a 
base da criação de valaor. A finalidade da empresa é criar valor para 
você, seu proprietário. O valor está refletido no arcabouço do modelo 
simples de balanço patrimonial da empresa.
Você deve ter observado, nas citações dos autores, que eles foram objetivos 
quando conceituaram finanças, quando escreveram que a sua finalidade é criar 
valor para o dono do capital, utilizando-se de ferramentas específicas.
3 ÁREAS DE OPORTUNIDADE
 Dentro das finanças, as áreas de oportunidade são amplas. O profissional 
que se dedicar à área financeira, desde que bem preparado, poderá escolher o 
segmento de prestação de serviços, que é bastante diversificado, ou atuar dentro 
das organizações como gestor financeiro. Muitas vezes você poderá encontrar o 
mesmo profissional executando diversas funções neste contexto, por exemplo, 
executando tarefas de analista e de gerente financeiro.
3.1 SERVIÇOS
O segmento de serviços é o que mais cresce dentro de uma economia 
globalizada, seja no setor de logística, no de comércio, de indústria e financeiro. A 
prestação de serviços na área financeira é bem diversificada, como discriminaremos 
a seguir:
TÓPICO 1 | APRESENTANDO FINANÇAS NAS EMPRESAS
5
3.1.1 Analista financeiro
O analista financeiro tem como principal função analisar indicadores 
financeiros e elaborar relatórios para um gerente financeiro que irá tomar a 
decisão.
3.1.2 Gerente de investimentos
Gerentes de investimentos são agentes responsáveis em gerenciar 
principalmente fundos de investimentos, buscando sempre a melhor rentabilidade 
para o seu cliente. 
3.1.3 Gerente de financiamento
Gerentes de financiamentos são aqueles agentes responsáveis em buscar 
recursos para grandes empresas, com a finalidade específica de alocar em projetos 
de expansão, principalmente.
3.1.4 Analista de crédito
O analista de crédito tem como principal função analisar condições de 
risco de tomadores de recursos, emitindo seu parecer mensurando a categoria 
de risco. Sua função é somente analisar, pois a decisão de concessão do crédito 
depende de um gerente.
3.1.5 Gerente de fundo de pensão
Os fundos de pensão são recursos acumulados que vão complementar a 
aposentadoria de grupos de pessoas ou funcionários de grandes conglomerados. 
Como são grandes volumes de recursos, há necessidade de serem gerenciados 
de tal forma que rentabilizem no decorrer do tempo futuro, com a finalidade de 
gerar caixa para dar sustentabilidade à aposentadoria dos participantes. Para tal 
é contratado um agente para administrar. Muitas vezes, conforme o volume de 
recursos do fundo, é contratada uma instituição financeira especializada.
3.1.6 Gerente de operações de câmbio
O gerente de operações de câmbio tem como função principal negociar 
contratos de câmbio em moeda estrangeira nas transações comerciais e financeiras 
entre países. Contratos estes que serão celebrados em moeda estrangeira a uma 
taxa diária, baseada na PTAX800 do Banco Central do Brasil.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS NAS EMPRESAS
6
Esse agente poderá ocupar cargos em bancos comerciais, empresas 
exportadoras ou importadoras, corretoras de câmbio, trading, comercial 
exportadora etc.
3.2 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
 A administração financeira trata de qualquer atividade financeira de 
fins lucrativos ou não. Compreende um conjunto de operações destinadas à 
formação de recursos monetários indispensáveis ao pagamento dos fatores de 
produção e sua distribuição, bem como o planejamento das transações comerciais 
e financiamentos.
A formação de recursos destinados aos pagamentos dos fatores de 
produção e distribuição dos recursos compreende:
• Planejar transações comerciais.
• Financiamentos.
A circulação de fluxo financeiro pode ser estruturada em três fases:
a) Origem dos recursos: Os fundos de caixas são originários de vendas à vista 
e a prazo, descontos de duplicatas, empréstimos bancários ou de terceiros, 
aumento de capital, vendas do ativo fixo e outros rendimentos.
b) Utilização dos recursos: o fundo de caixa é utilizado na sustentação e circulação 
dos diversos setores de atividades, como: 
• pagamento de fornecedores; 
• novos investimentos financeiros; 
• investimentos no ativo fixo.
c) Consumo dos recursos, ou seja, recursos necessários para a atividade produtiva, 
que são: Salários, encargos, despesas financeiras, despesas administrativas, 
impostos, taxas, dividendos, débitos incobráveis, perdas de materiais, etc...
3.2.1 Função
 A função financeira tem como objetivo base a obtenção de fundos 
suficientes para manter o negócio em operação.
Manter o negócio em operação significa usar da melhor forma os recursos 
obtidos.
Basicamente, a função financeira se preocupa com todos os problemas 
que são associados com a origem e aplicação do capital, com eficiência e eficácia.
TÓPICO 1 | APRESENTANDO FINANÇAS NAS EMPRESAS
7
IMPORTANT
E
A área financeira é o coração de uma organização, ou seja, a perpetuidade de 
uma empresa depende da distribuição de recursos financeiros de forma eficiente e eficaz.
3.2.2 ObjetivoO objetivo da administração financeira é econômico, ou seja, gerar lucro 
ao sócio e acionista.
Hoji (2004, p. 21) descreve que: “Para a administração financeira, o objetivo 
econômico das empresas é a maximização de seu valor de mercado, pois dessa 
forma estará sendo aumentada a riqueza de seus proprietários” (acionistas de 
sociedades por ações ou sócios de outros tipos de sociedades).
ADMNINISTRAÇÃO FINANCEIRA: a importância de se 
controlar as finanças de uma empresa.
Helton Eduardo Cunha Vieira
 
 Introdução
 
 As mudanças percebidas pelas organizações acontecem cada vez mais 
rapidamente e a globalização as obriga a competir em um mercado cada vez 
mais global. Isso leva as empresas a repensarem seus processos e controles de 
recursos, a fim de garantir sua sobrevivência.
Neste artigo far-se-á a análise da administração financeira, sua 
importância para as organizações e também o papel do administrador 
financeiro frente aos desafios do novo mercado.
Verificar-se-á a importância dos controles financeiros para a geração de 
valor (lucro, caixa e saúde financeira), principalmente da ferramenta fluxo de 
caixa, que dote a empresa de informações importantes à tomada de decisão.
A Administração Financeira
Para que uma empresa sobreviva no mercado é importante que ela cuide 
bem de suas finanças. Tracy (2000) corrobora essa afirmação quando diz que, 
para sobreviver, uma organização deve gerar caixa suficiente para custear suas 
operações, ter ferramentas para manter a sua saúde financeira e ser lucrativa. 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS NAS EMPRESAS
8
Contudo, Ross, Westerfild e Jordan (1998) salientam que, antes de se apurar 
o lucro, é preciso obter o capital necessário ao custeio das operações e definir 
onde o mesmo será aplicado. Além disso, é necessário também acompanhar 
diariamente o fluxo financeiro da empresa. 
Assim, pode-se dizer que a administração financeira está diretamente 
relacionada com a maneira pela qual uma organização obtém, direciona e 
controla os seus recursos financeiros, a fim de alcançar os objetivos e metas 
organizacionais. (ZDANOWICZ, 2004).
Diante do exposto, fica evidente a importância do administrador 
financeiro, pois é ele quem toma as decisões e promove o controle das finanças. 
Entretanto, esse gestor não pode ser responsabilizado integralmente pelo 
sucesso ou fracasso da organização, pois ele não a administra sozinho. De 
acordo com Tracy (2000, p. 19), os objetivos organizacionais “[...] dependem do 
bom desempenho de todas as funções gerenciais.” Zdanowicz (2004) acrescenta 
ainda que a administração geral da empresa, através de suas políticas, influencia 
decisivamente na forma como a organização cuida de suas finanças.
 
 Negligenciar a administração financeira significa assumir um enorme 
risco para as empresas. Um estudo realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às 
Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE (2004) mostrou que 63% das empresas 
que fecharam suas portas entre os anos de 2000 e 2004 o fizeram por falta de 
capital de giro e problemas financeiros. Isso mostra que a inadequada gestão 
dos aspectos financeiros, por mais elementares que possam parecer ou por 
menores que sejam as empresas, traz impactos diretos no que diz respeito à 
longevidade das mesmas. É claro que o tamanho da organização pode interferir 
no tipo de controle utilizado, ou mesmo na importância dada pelos gestores 
aos aspectos financeiros.
 
 De acordo com Gitman (1997), o papel da administração financeira depende 
do porte ou tamanho da organização. Se essa for uma pequena empresa, a 
função financeira é em grande parte feita pelo departamento contábil. À medida 
que a empresa cresce, a necessidade de controles mais rígidos acaba levando à 
criação de um departamento financeiro. Ainda segundo esse autor, em grandes 
empresas ou corporações, a função financeira é extremamente importante e 
não são raros os casos de presidentes advindos dessa área da organização. 
Para cuidar das finanças de uma organização, a administração financeira 
dispõe de um vasto ferramental de controle dos fluxos de recursos que saem ou 
entram na empresa. Tais controles vão desde simples planilhas até programas 
de computador altamente customizados, que controlam vários parâmetros, 
como as contas bancárias, recebimentos e pagamentos feitos pela organização. 
São exemplos de controles financeiros as demonstrações financeiras, o fluxo de 
caixa, o controle de contas a pagar e a receber, entre outros.
TÓPICO 1 | APRESENTANDO FINANÇAS NAS EMPRESAS
9
Dentre amplo arsenal de controles à disposição das empresas, destaca-
se o fluxo de caixa, uma importante ferramenta de planejamento dos recursos 
financeiros. De acordo com Groppelli e Nikbakht (1999, p. 21), “fluxo de caixa 
é uma medida de liquidez da empresa que consiste no lucro líquido mais 
despesas não desembolsáveis (tais como despesas de depreciação).” 
Assaf Neto e Silva (1997, p. 38) dizem que o fluxo de caixa é um 
processo em que a organização gera e aplica os recursos financeiros, 
resultado de suas atividades operacionais. Já no entendimento de 
Zdanowicz (1998, p. 23), o fluxo de caixa pode ser descrito como: 
 
[...] O instrumento utilizado pelo administrador financeiro com 
o objetivo de apurar os somatórios de ingressos e desembolsos 
financeiros da empresa, em determinado momento, prognosticando 
assim se haverá excedentes ou escassez de caixa, em função do nível 
desejado pela empresa.
Diante do exposto, pode-se dizer que o fluxo de caixa é a ferramenta 
que auxilia a empresa no planejamento de utilização dos recursos financeiros, 
através do controle das entradas e saídas de capital resultantes de suas 
operações.
Utilizando o fluxo de caixa, a empresa poderá ter um controle mais 
eficiente tanto dos seus gastos como de seus recebimentos. Isso implica em 
uma oportunidade de planejamento financeiro de curto prazo, fazendo com 
que a mesma otimize seus recursos financeiros e programe sua aplicação.
Conclusão
A administração financeira é vital para a sobrevivência das empresas. 
Frente às ameaças do novo mercado, uma economia global e altamente 
competitiva, controlar eficientemente as finanças de uma organização 
representa o diferencial entre o sucesso e o fracasso para essa empresa. Seu 
gestor financeiro necessitará trabalhar de forma integrada com os gestores das 
outras funções administrativas, a fim de proporcionar à organização uma visão 
holística e possibilitar ações assertivas por parte da alta administração.
Dentre os possíveis mecanismos de controle, desponta o fluxo de caixa 
como um mecanismo eficaz para a solução do problema de má gestão dos 
recursos financeiros. Essa ferramenta deverá ser utilizada pela organização 
para supri-la de informações e auxiliá-la no processo de tomada de decisão, 
bem como no planejamento estratégico. 
FONTE: Disponível em: <http://muitoalemdarazao.blogspot.com.br/2009/03/administracao-
financeira.html>. Acesso em: 19 jun. 2012.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS NAS EMPRESAS
10
3.2.3 Atividades empresariais
Podemos dizer que há três tipos de atividades dentro de uma organização. 
Uma empresa, seja ela indústria, comércio ou serviços, tem suas operações de 
rotina, ou seja, compra, paga, produz, vende e recebe. 
Para manter essas operações, necessita de recursos, sejam esses próprios 
ou de terceiros, logo, precisa buscar financiamentos para poder alocar em seus 
projetos. 
De acordo com Hoji (2004, p. 22), “as atividades de uma empresa podem 
ser agrupadas, de acordo com a natureza, em: operações, investimentos e 
financiamentos”. 
3.2.3.1 Atividades operacionais
As atividades operacionais estão diretamente relacionadas ao negócio 
de uma organização, ou seja, são realizadas com a finalidade de proporcionar a 
expectativa de gerar retorno sobre ocapital investido.
Ainda Hoji (2001, p. 22) diz que: “as atividades operacionais são refletidas 
em contas integrantes da Demonstração do Resultado, que geram o lucro (ou 
prejuízo) operacional. Exemplos: compras de matérias-primas, vendas, salários, 
aluguel etc.”
3.2.3.2 Atividades de investimentos
Os investimentos são recursos que são alocados em novos projetos, sejam 
eles de expansão, máquinas e equipamentos, produtos novos ou obrigatórios, 
que vão gerar recursos, principalmente, no longo prazo.
Hoji (2004, p. 23) narra que:
Nesse grupo são classificadas as atividades executadas em 
consequência das decisões de aplicações de recursos em caráter 
temporário ou permanente, para dar suporte a atividades operacionais. 
As atividades de investimentos correspondem às contas classificadas 
no balanço patrimonial, em investimentos temporários e em ativo 
permanente. Exemplos: compras de maquinaria, integralização de 
capital de empresas controladas, aplicações financeiras de curto e 
longo prazos etc.
TÓPICO 1 | APRESENTANDO FINANÇAS NAS EMPRESAS
11
3.2.3.3 Atividades de financiamentos
Os financiamentos são as fontes de recursos de uma organização, 
sejam esses próprios ou de terceiros, curto ou longo prazo. Recursos que se 
fazem necessários para dar sustentabilidade às atividades operacionais e de 
investimentos.
Ainda Hoji (2004, p. 23) relata que:
As atividades de financiamentos refletem os efeitos das decisões 
tomadas sobre a forma de financiamento das atividades de operações 
e de investimentos.
As atividades classificadas nesse grupo correspondem às contas 
classificáveis no passivo financeiro e no patrimônio líquido. Exemplos: 
captação de empréstimos bancários, emissão de debêntures, 
integralização de capital da empresa etc.
3.2.3.4 Relação entre a demonstração de resultado e as
atividades empresariais
A demonstração de resultado está diretamente relacionada às atividades 
operacionais que influenciam no resultado. Atualmente a contabilidade 
reconhece que, qualquer que seja a receita ou despesa dentro de uma empresa, 
será considerada operacional.
Veja o quadro a seguir, envolvendo as atividades e o Demonstrativo de 
Resultado.
QUADRO 1 – ATIVIDADES E O DEMONSTRATIVO DE RESULTADO
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO
RECEITA BRUTA DE VENDA
Vendas de produtos
Prestação de serviços
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
Devoluções e abatimentos
Impostos incidentes sobre vendas
Impostos incidentes sobre serviços
(=) RECEITA LÍQUIDA
(-) CUSTO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS
 Custo dos produtos vendidos
 Custo dos serviços prestados
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS NAS EMPRESAS
12
(=) LUCRO BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
 Despesas de vendas
 Despesas gerais e administrativas
 Outras receitas e despesas operacionais
(=) LUCRO ANTES DO IR e CSLL
(-) PROVISÃO P/IR e CSLL
(=) LUCRO APÓS IR e CSLL
(-)PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES
(=) LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO
FONTE: Hoji (2004)
NOTA
- Atividades operacionais são as atividades de rotina.
- Atividade de investimentos são recursos que são alocados dentro de uma empresa com 
retorno no longo prazo.
- Atividades de financiamento são os recursos que vão dar sustentabilidade às atividades 
operacionais e aos investimentos.
3.2.4 Sistema global da função financeira
O Sistema Global da Função Financeira está baseado nas principais áreas 
de decisão financeira, das quais podemos identificar três: 
• A decisão do investimento
• A decisão de distribuição de lucros
• A decisão de financiamento.
3.2.4.1Decisão de investimento
É provavelmente a mais importante das três decisões citadas. Em essência, 
consiste na alocação do capital a projetos de investimentos, cujos benefícios são 
auferidos no futuro. Como os lucros futuros não podem ser estimados com 
certeza, a decisão de alocar capital necessariamente envolve riscos, desta forma 
as decisões devem levar em conta não apenas os lucros esperados, mas também 
os riscos para a empresa.
TÓPICO 1 | APRESENTANDO FINANÇAS NAS EMPRESAS
13
3.2.4.2 Decisão de distribuição de lucros
Consiste na determinação da percentagem do lucro a ser distribuída aos 
acionistas em forma de dinheiro.
3.2.4.3 Decisão de financiamento
 O administrador financeiro deve determinar a melhor forma de financiar 
as operações da empresa. Em outras palavras, ele deve determinar qual a estrutura 
de capital mais adequada. 
3.2.5 Funções do administrador financeiro
Hoji (2004, p. 25) relata que: “A administração financeira dentro de uma 
empresa é exercida por pessoas ou grupo de pessoas que podem ter diferentes 
denominações, como: vice-presidente de finanças, diretor financeiro, controller e 
gerente financeiro”. 
Todas as funções apresentadas por Hoji (2004), acima, são sinônimos de 
administrador financeiro. 
São várias as atribuições do administrador financeiro, como as que 
veremos na sequência.
3.2.5.1 Análise de registro e informações contábeis
Aqui está caracterizado o papel da contabilidade como principal fonte de 
dados internos para as tarefas a serem desempenhadas pela ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA. Outros fatores, no entanto, mesmo não contabilizáveis, devem 
também ser levados em consideração, particularmente porque toda e qualquer 
decisão é voltada para o futuro, ao passo que a contabilidade registra apenas 
fatores já ocorridos. 
3.2.5.2 Projeção do movimento de fundos
O objetivo nesta atividade é aferir o grau de liquidez na empresa e 
verificar se a empresa terá condições de manter-se em funcionamento, cobrindo 
seus compromissos externos de pagamento e fornecendo os recursos para manter 
o nível de operações previstas.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS NAS EMPRESAS
14
3.2.5.3 Aplicação dos fundos excedentes
Aplicar com o maior rendimento possível e com velocidade de resgate 
suficientemente grande para recuperar o dinheiro caso surja a necessidade.
3.2.5.4 Fornecimento de informações à alta administração
Informações sobre perspectivas financeiras futuras da empresa, baseadas 
principalmente nos relatórios contábeis e nos cenários econômicos.
3.2.5.5 Elaboração de planos para fontes de uso de 
fundos a curto e a longo prazo
Planejamento do movimento de fundos, levando-se em conta os custos das 
fontes e os lucros possibilitados pelas aplicações. Neste caso, a principal diretriz 
de raciocínio é o conjunto dos objetivos gerais da empresa pela administração, 
com a finalidade de maximizar o lucro através da aplicação financeira.
3.2.6 Estrutura organizacional da administração financeira 
de uma empresa de grande porte
Numa empresa de médio e grande porte, a estrutura financeira fica 
evidenciada, com uma diretoria financeira, auditoria, gerente financeiro e 
contador.
3.2.6.1 Diretoria financeira
Órgão que conduzirá o financeiro, traçando sua política e coordenando as 
atividades dos órgãos a ele subordinados.
3.2.6.2 Auditoria
Órgão essencialmente técnico, cuja subordinação é direta à Diretoria 
Financeira. Cabe à Auditoria a análise da escrituração de seu aspecto legal dentro 
das normas que já foram previamente estabelecidas, ou seja, verificar se nas 
demonstrações contábeis existe alguma evidência de fraude ou erro.
TÓPICO 1 | APRESENTANDO FINANÇAS NAS EMPRESAS
15
3.2.6.3 Gerência financeira
 Encarregada dos pagamentos e recebimentos, subordinada à Diretoria 
Financeira. Manterá estreita relação com os setores de extrema: Administração, 
Auditoria e outros, dependendo da estrutura da empresa.
Veja, a seguir, a estrutura organizacional, conforme conceituação anterior.
FIGURA 1 – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Diretor Financeiro
Financeiro
Auditor
Contador
FONTE: O autor
Você deve ter observado que o auditor é subordinado direto ao diretor 
financeiro, ou seja, ele está acima do financeiro e do contador, e, por último,esses 
dois estão numa mesma linha hierárquica.
3.2.6.4 Contabilidade
 Órgão encarregado da parte contábil da empresa, executando-a através 
de controles técnicos onde ficam retratados todos os movimentos financeiros da 
atividade.
NOTA
A contabilidade tem como principal função registrar todos os eventos contábeis 
que ocorrem dentro de uma organização. O papel da auditoria será de verificar se o que foi 
definido pela diretoria financeira está sendo executado.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS NAS EMPRESAS
16
3.2.7 Relações da administração financeira com a 
contabilidade
O fato de o administrador financeiro utilizar em suas análises informações 
extraídas de demonstrativos contábeis torna muito comum o equívoco de 
considerar que a administração financeira tem o mesmo campo de atuação da 
contabilidade.
A contabilidade tem como finalidade registrar os fenômenos que afetam 
as situações patrimoniais, financeiras e econômicas das empresas, e para este 
propósito adota o REGIME DE COMPETÊNCIA.
Groppelli e Nikbakht (2005, p. 13) são enfáticos quando afirmam:
Administradores financeiros empregam os contadores para preparar 
os demonstrativos financeiros que fornecem informações sobre 
a lucratividade – Demonstrativo do Resultado do Exercício – e 
sobre a posição financeira da empresa – Balanço Patrimonial. Já o 
Demonstrativo de Fluxo de Caixa é um relatório que fornece uma 
análise detalhada da maneira como o caixa foi gerado e indica como foi 
utilizado na condução de cada fase do negócio. Como consequência, 
esse demonstrativo fornece outra ferramenta importante para os 
administradores que procuram controlar e entender os fatores externos 
e as políticas internas que influenciam os fluxos de caixa da empresa.
Você observou que ficou evidente, no texto acima, que não é função do 
administrador financeiro elaborar relatórios contábeis, porém ele deverá saber 
interpretar essa ferramenta para traçar uma expectativa futura da organização.
3.2.7.1 Regime de competência
O regime de competência reconhece as receitas no momento da venda e as 
despesas quando elas ocorrem.
Já a administração financeira tem como funções básicas: o planejamento, 
o controle de entrada e saída de dinheiro, ou seja, os recursos necessários ao 
funcionamento das empresas. Para isso, adota o regime de caixa.
3.2.7.2 Regime de caixa
O regime de caixa reconhece as receitas e as despesas somente quando 
acontecem as entradas e saídas de caixa (dinheiro).
TÓPICO 1 | APRESENTANDO FINANÇAS NAS EMPRESAS
17
IMPORTANT
E
O regime de competência registra no período em que ocorre o evento, já o 
regime de caixa só vai registrar se estiver entrando ou saindo dinheiro de caixa.
3.2.8 Relações da administração financeira com a 
economia
Em decorrência de que a teoria financeira é derivada da teoria econômica, 
finanças e economia estão estreitamente relacionadas.
O administrador financeiro deve, portanto, usar os princípios da economia 
para nortear suas decisões. Ele precisa conhecer a teoria de preços, os aspectos 
envolvidos na oferta e demanda e outros conceitos que possam auxiliá-lo a 
gerenciar as finanças da empresa de forma eficaz. Além disso, deve estar atento 
a todas as mudanças ocorridas na conjuntura econômica e que possam afetar de 
alguma forma as atividades da empresa.
O princípio econômico de fundamental importância do qual se vale o 
administrador financeiro para a tomada da maioria das decisões é o princípio da 
análise marginal, que consiste no estudo dos custos e benefícios adicionais gerados 
por uma determinada escolha de investimento.
Um projeto de investimento somente será viável economicamente 
quando a soma dos benefícios marginais gerados for maior que a soma dos 
custos marginais ocorridos quando da implantação do projeto. Ou seja, quando a 
empresa ganha ou perde, quando faz a opção por uma determinada situação em 
detrimento de outra.
3.2.8.1 Análise marginal
O agente financeiro deverá estar atento às atividades econômicas que estão 
ocorrendo, principalmente no segmento no qual está inserido. As organizações 
estão expostas a riscos, internos e externos. Os riscos internos são controláveis, 
mas os riscos externos são incontroláveis.
O administrador financeiro deve, portanto, utilizar os demonstrativos 
contábeis que são as principais fontes de informação da empresa, porém com a 
preocupação de analisá-los sob o ponto de vista do fluxo de caixa.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS NAS EMPRESAS
18
3.2.8.2 Aparelho circulatório do dinheiro
A circulação dos recursos financeiros, ou seja, dinheiro, dentro de uma 
organização, no ativo e no passivo é chamada de giro.
O passivo indica a origem dos recursos, que poderão ser fontes de curto ou 
longo prazo.
O ativo vai nos dizer onde esses recursos foram alocados, que poderá ser no 
ativo circulante ou no ativo circulante.
A ação de circular compreende o ato de comprar e vender.
3.2.8.3 Organização do movimento de fundos
O departamento financeiro cuida dos movimentos do dinheiro.
Quem pretende possuir uma organização financeira inicia por dar forma 
a esse serviço.
São funções do tesoureiro:
• Movimento do dinheiro.
• Manejo do crédito.
• Planejamento financeiro.
• Assinatura em títulos financeiros, cheques, contratos, etc.
• Custódia de fundos e documentos de valores.
• O caixa é composto de recebimentos e pagamentos.
• Todo pagamento e recebimento deve ter comprovação.
• A movimentação pelos bancos oferece maiores garantias.
• Os cheques devem ser emitidos com garantias.
• Todo cheque pago pelo caixa deve ser nominal.
• Pagamentos pelo caixa, somente pequenos valores.
• O numerário requisitado necessita de controle contábil.
• Não se deve admitir pagamento de vales pelo caixa.
• Proibido descontar cheques de terceiros no caixa.
• O caixa deve ter horários preestabelecidos.
3.2.8.4 Organização dos serviços de obtenção de 
recursos
Este planejamento é muito importante, pois será vital para a perpetuidade 
da empresa. É importante determinar a origem de recursos de forma quantitativa 
e qualitativa, ou seja, valores e os custos envolvidos. 
TÓPICO 1 | APRESENTANDO FINANÇAS NAS EMPRESAS
19
3.2.8.4.1 Recursos próprios
Recursos próprios pertencem aos sócios e acionistas, podem abranger os 
seguintes assuntos:
• Subscrição de ações e integralização.
• Transferência de ações.
• Dividendos e desdobramentos de ações. 
3.2.8.4.2 Recursos de terceiros
Também conhecidos como recursos alheios.
Para manter ativa a confiabilidade dos negócios entre a empresa e as 
instituições financeiras é necessário: 
a) Controlar o saldo das contas bancárias, independentemente dos registros 
contábeis.
b) Controlar o movimento dos títulos com os bancos, de modo a saber sempre o 
que cada banco possui em cobrança, em caução ou descontado.
c) Realizar com segurança o pagamento das obrigações.
3.2.9 Balanço patrimonial
 Consiste na simples relação dos recursos da firma, tais como: caixa, valores 
a receber, estoques, máquinas e equipamentos de um lado, e direitos sobre estes 
ativos, de outro lado, que compreende somas, dívidas a credores, investimentos 
da empresa.
3.2.10 Demonstração do resultado do exercício
 Esta demonstração visa avaliar as modificações ocorridas no saldo da 
conta de lucros ou prejuízos acumulados, defrontando dois exercícios.
Exemplo: Saldo inicial de lucros ou prejuízos acumulados.
A seguir você observará, conforme a legislação (Lei n◦ 6.404/76) das 
sociedades anônimas, a estrutura de demonstrativo de resultado.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS NAS EMPRESAS
20
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
RECEITA BRUTA
(-) DEDUÇÕES DE VENDAS – ICMS, ISS, IR, DEVOLUÇÕES DE VENDAS, 
VENDAS CANCELADAS
= RECEITA LÍQUIDA 
(-) CMV 
= LUCRO BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS 
(+) RECEITAS OPERACIONAIS(-) DEPRECIAÇÃO
= LUCRO OPERACIONAL
 (-) DESPESAS NÃO OPERACIONAIS
 (+) RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 
 (+/-) RESULTADO CORREÇÃO MONETÁRIA 
 = LUCRO DO EXERCÍCIO ANTES DO IR
 (-) PROVISÃO PARA IR
 = LUCRO DO EXERCÍCIO APÓS IR
 (-) PARTIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS
 (-) CONTRIBUIÇÕES A FUNDOS OU INSTITUIÇÕES DE PREVIDÊNCIA E 
ASSISTÊNCIA A EMPREGADOS
 = LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO R$ POR AÇÃO DO CAPITAL SOCIAL 
3.2.11 Demonstrativo de fluxo de caixa
O demonstrativo de fluxo de caixa é o principal instrumento de controle 
do gestor financeiro, que organiza os pagamentos e recebimentos de tal forma 
que não ocorra desencaixe, levando muitas vezes as empresas a processo de 
insolvência. Diferentemente das ferramentas de controle apresentadas, o fluxo 
de caixa projeta do presente para o futuro. Embora matematicamente seja 
simples de elaborar, pois envolve operações algébricas de subtração e adição, sua 
complexidade maior está em adequar o ciclo financeiro, ocasionando a falência.
Silva (2005, p.11) diz que:
Fluxo de caixa é o principal instrumento da gestão financeira, que 
planeja, controla e analisa as receitas e os investimentos, considerando 
determinado período projetado. Pode-se também dizer que consiste 
numa representação gráfica e cronológica de entradas e saídas 
de recursos monetários, o que permite às empresas executar suas 
programações financeiras e operacionais projetadas para certo período 
de tempo.
Ainda Silva (2005, p. 11) esclarece que:
O caixa de uma empresa gera lucro quando há disponibilidade de 
recursos para aplicação, que consequentemente receberá juros. Do 
mesmo modo, se não houver caixa, isso impactará no resultado, 
TÓPICO 1 | APRESENTANDO FINANÇAS NAS EMPRESAS
21
porque a empresa utilizará recursos de terceiros, pagando juros 
pela captação, para fazer frente aos compromissos assumidos, o que 
tornará o resultado menor.
 O orçamento de caixa é empregado para proteger as necessidades 
financeiras, identificar saldos excessivos de caixa e para fazer ressaltar pontos 
críticos que eventualmente possam surgir nos fluxos de entrada e saída de caixa.
O fluxo de caixa é a previsão de entradas e saídas de recursos monetários, 
por um determinado período. Essa previsão deve ser feita com base nos dados 
levantados nas projeções econômico-financeiras atuais da empresa, porém 
levando em consideração a memória de dados que respaldará essa mesma 
previsão. O principal objetivo dessa previsão é fornecer informações para a 
tomada de decisões, tais como: prognosticar as necessidades de captação de 
recursos; aplicar os excedentes de caixa nas alternativas mais rentáveis para a 
empresa sem comprometer a liquidez.
Resumidamente, podemos afirmar que o FLUXO DE CAIXA é a 
demonstração visual das receitas e despesas distribuídas pela linha do tempo 
futuro.
Para a montagem da projeção do fluxo de caixa devemos considerar os 
seguintes dados:
Entradas
a) Contas a receber
b) Empréstimos
c) Dinheiro dos sócios
Saídas
a) Contas a pagar
b) Despesas gerais de administração 
c) Pagamento de empréstimos
d) Compras à vista
O fluxo de caixa é considerado um dos principais instrumentos de 
análise e avaliação de uma empresa, proporcionando ao administrador uma 
visão futura dos recursos financeiros, integrando o caixa central às contas 
correntes em bancos, contas de aplicações, receitas, despesas e as previsões.
FONTE: Disponível em: <http://www.ivansantos.com.br/fluxo.htm>. Acesso em: 13 set. 2012.
Observe a seguir alguns importantes fatores a serem observados quando 
da elaboração do fluxo de caixa:
• Faturar prontamente.
• Criar incentivos para que o cliente pague mais rápido.
• Evitar clientes inadimplentes.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS NAS EMPRESAS
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• Permutar produtos e serviços.
• Organizar os estoques.
Existem fatores internos e externos que afetam o fluxo de caixa, o que 
ocasiona diferenças acentuadas entre o previsto e o realizado, comprometendo 
a eficácia do sistema, bem como a sua liquidez.
Vejamos primeiro os fatores internos:
• aumento no prazo de vendas concedido como uma maneira de aumentar a 
competitividade ou a participação no mercado;
• compras que não estão em linhas com projeções de vendas;
• diferenças representativas nos prazos médios de recebimento e pagamento;
• ciclos de produção muito longos, que não estão em consonância com o prazo 
médio dado pelos fornecedores;
• política salarial incompatível com as receitas e demais despesas operacionais;
• pequena ocupação do ativo fixo;
• distribuição de lucros incompatíveis com a capacidade de geração de caixa;
• custos financeiros altos originários do nível de endividamento.
Fatores externos:
• diminuição das vendas em decorrência de retração do mercado;
• novos concorrentes;
• mudanças na alíquota de impostos;
• aumento do nível de inadimplência.
FONTE: Disponível em: <http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/k211261.pdf>. 
Acesso em: 13 set. 2012.
O quadro a seguir dá uma visão sobre a gestão de valor dentro de uma 
empresa. Enquanto a DRE visa resultado econômico, o DFC visa à liquidez, ou 
seja, pagar e receber à vista.
QUADRO 2 – VISÃO DA GESTÃO DE VALOR DENTRO DA EMPRESA
Demonstração de resultado Demonstração de resultado
Visão contador (competência) Visão financeiro (caixa)
RECEITA/DESPESA ENTRADA/SAÍDA
Recebimentos Recebimentos
a prazo/à vista somente à vista
Pagamentos Pagamentos
a prazo/à vista somente à vista
LUCRO/PREJUÍZO POSITIVO/NEGATIVO
FONTE: O autor
TÓPICO 1 | APRESENTANDO FINANÇAS NAS EMPRESAS
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UNI
Não é necessário o gestor financeiro saber elaborar as demonstrações contábeis, 
para isto existe a contabilidade, porém o profissional de finanças deverá saber interpretar e 
analisar os dados fornecidos pela contabilidade para traçar as diretrizes da organização.
Sugestão para previsão do fluxo de caixa 
QUADRO 3 – MODELO DO FLUXO DE CAIXA
DESCRIÇÃO
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L
I) ITENS OPERACIONAIS
A. Entradas
- Venda à vista
- Recebimento de duplicatas
- Desconto de duplicatas
B. Total das entradas operacionais
C. Saídas
- Compras
- Pagamento de duplicatas
- Pagamento de contratos de serviços
- Pagamento de pessoal
- Recolhimento de impostos
- Recolhimento de encargos sociais
- Outros (aluguéis, materiais diversos).
D. Total de saídas operacionais
E. Fluxo de saídas operacionais
 (B-D)
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS NAS EMPRESAS
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II) ITENS NÃO OPERACIONAIS
F. Entradas
- Empréstimos obtidos
- Venda de ativos fixos
- Outros (venda de título, etc).
G. Total das entradas não operacionais
H. Saídas
- Amortização de empréstimos
- Compra de ativos fixos
- Outros (Juro, etc).
I.. Total das saídas não oper.
J.. Fluxo líquido não oper. 
(G-I)
III) FLUXO LÍQUIDO GERAL
 (E + J)
IV)SALDO INICIAL
V)SALDO FINAL (III + IV)
FONTE: Mariotto (2007)
TÓPICO 1 | APRESENTANDO FINANÇAS NAS EMPRESAS
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A CONTABILIDADE E A GESTÃO FINANCEIRA DAS EMPRESAS
Geovani Quevedo Maciel *
Um dos grandes desafios para qualquer empresa, independente do 
tamanho, segmento, grupo econômico ou espaço geográfico de atuação, 
corresponde à obtenção de lucratividade na medida adequada à manutenção de 
suas atividades operacionais, geração de recursos suficientes para pagamento 
dos seus compromissos e suporte às estratégias de crescimento.
Independentemente do porte de cada organização, é necessário que as 
empresas desenvolvam controles financeiros adequados às suas necessidades, os 
quais devem fornecer aos seus gestores as informações mínimas necessárias para 
a mensuração dos resultados e avaliação das metas financeiras estabelecidas pela 
administraçãoda companhia.
Diante deste contexto de controle, avaliação de desempenho e gestão 
financeira, a Contabilidade constitui-se no principal meio de mensuração e 
avaliação de resultados. Por meio de demonstrações contábeis, os gestores de 
uma companhia conseguem obter um conjunto de informações capaz de auxiliá-
los na avaliação do desempenho financeiro de suas organizações.
Dentre estas demonstrações, destacam-se: (i) Balanço Patrimonial; (ii) 
Demonstração do Resultado do Exercício e (iii) Demonstração do Fluxo de 
Caixa.igos (novembro de 2006).
Quando uma organização inicia sua operação, os primeiros registros 
financeiros de seu nascimento são contemplados no Balanço Patrimonial, por 
meio da constituição formal da empresa mediante capital social inicial com 
recursos ingressando no caixa ou outros ativos. É de extrema importância, nesta 
fase, o correto dimensionamento do capital de giro necessário para suportar os 
primeiros meses de operação, especialmente se a empresa atuar num segmento 
extremamente concorrido, tendo de conquistar sua participação de mercado.
Segundo Iudícibus (1998, p. 29), o Balanço Patrimonial corresponde a 
um dos mais importantes demonstrativos contábeis, destinado a demonstrar a 
situação patrimonial e financeira de uma entidade em determinado período.
Na medida em que as empresas vão desempenhando suas atividades 
operacionais (compras e vendas), são geradas receitas, seja mediante vendas à vista 
ou a prazo, com a apuração dos respectivos custos de fabricação/comercialização 
e com a consequente alocação das despesas operacionais. Estas operações são 
refletidas, por competência, na Demonstração do Resultado do Exercício, podendo 
gerar entradas e saídas na Demonstração do Fluxo de Caixa no momento de sua 
ocorrência, dependendo da condição comercial de recebimento e pagamento.
LEITURA COMPLEMENTAR
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS NAS EMPRESAS
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A Demonstração do Resultado do Exercício corresponde a um 
demonstrativo contábil elaborado de forma escalonada, que objetiva evidenciar o 
resultado apurado pela empresa (lucro ou prejuízo) em determinado período. Esta 
demonstração, quando elaborada simultaneamente com o Balanço Patrimonial, 
constituem-se em importantes e sucintos relatórios das operações realizadas pela 
empresa durante determinado período.
Pela Demonstração do Resultado do Exercício podemos também avaliar a 
rentabilidade de uma empresa, sendo que caso esta esteja operando em situação 
deficitária (prejuízo), são necessárias ações imediatas por parte dos gestores 
da companhia, no sentido de reavaliar sua estratégia de precificação e mix de 
vendas, bem como rever sua estrutura de custos e despesas, objetivando adequá-
la à realidade do mercado. Quanto à execução das ações necessárias durante 
este processo de reavaliação de estratégias de vendas e gastos, normalmente 
identificamos dois tipos de organizações:
(a) aquelas que reagem com agilidade, identificando e corrigindo estratégias 
comerciais equivocadas ou atuando na redução de gastos desnecessários e 
identificação de oportunidades de melhorias em processos; e
(b) organizações que simplesmente não acreditam que algo de errado possa estar 
acontecendo e não adotam medidas ágeis que possibilitem colocar a empresa 
em trajetória de lucratividade.
Já a Demonstração do Fluxo de Caixa é uma demonstração financeira 
destinada a fornecer informações relevantes sobre os pagamentos e recebimentos, 
em dinheiro, ocorridos durante determinado período (Iudícibus, Martins, 
Gelbcke, 2000, p. 351). A referida demonstração possui ainda dois métodos de 
apresentação, que correspondem a:
(a) direto: apresenta entradas e saídas de recursos dos principais componentes 
das atividades operacionais; e
(b) indireto: que apresenta uma conciliação entre o resultado do exercício e o 
caixa gerado pelas operações da empresa.
Tradicionalmente, empresas com prejuízos constantes tendem a apresentar 
sérios problemas de escassez de recursos no curto prazo, especialmente se não 
possuírem volume de caixa inicial suficiente (capital de giro) para suportar 
períodos de sucessivas perdas. Caso a empresa não possua um “estoque de 
recursos”, seus proprietários ou acionistas deverão aportar capital ou a empresa 
deverá recorrer à obtenção de empréstimos e financiamentos bancários para 
equilibrar seu déficit financeiro. É também de extrema importância destacar 
que, apesar de a empresa ter apurado bons volumes de lucro, é necessária uma 
adequada administração das políticas de crédito e cobrança, de forma a garantir 
o ingresso dos recursos nos prazos acordados com os clientes, especialmente no 
caso de grandes volumes de vendas a prazo (prática comum para a maioria das 
empresas).
TÓPICO 1 | APRESENTANDO FINANÇAS NAS EMPRESAS
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Cumpre destacar que as demonstrações Balanço Patrimonial e 
Demonstração do Resultado do Exercício são elaboradas em atendimento aos 
Princípios Fundamentais de Contabilidade, observando o regime de competência 
de exercícios (receitas e despesas devem ser consideradas na apuração do 
resultado do período em que ocorreram, independentemente de seu recebimento 
ou pagamento) e na forma da legislação/doutrina vigente, ao passo que a 
Demonstração do Fluxo de Caixa (Modelo Direto) atende ao regime de caixa 
(entrada e saída de recursos).
Na prática, podemos constatar que uma parcela considerável de pequenos 
empresários, donos ou gestores de empresas, desconhece a importância da 
gestão financeira mediante utilização e análise das Demonstrações Contábeis, 
especialmente do Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício. 
Estas demonstrações, além de representarem importante instrumento de gestão 
financeira e de mensuração do desempenho empresarial, correspondem a um 
dos principais instrumentos de interação com o mercado fornecedor de capital 
(investidores, instituições financeiras, mercado de capitais, etc.), sendo sua 
adequada elaboração importante à obtenção de financiamento para operações, 
seja de capital de giro, investimento em ativo imobilizado ou aquisições de outras 
empresas.
Existe ainda uma parcela significativa de pequenos e inexperientes 
empreendedores que levam seus projetos empresariais à falência, pelo fato 
de não conhecerem alguns princípios fundamentais de Contabilidade e de 
gestão financeira, de vital importância para a sustentabilidade de qualquer 
empreendimento.
Diante desse contexto, os profissionais de Contabilidade podem e 
devem desempenhar um importante papel no meio empresarial, contribuindo 
diretamente para a educação contábil/financeira dos empreendedores brasileiros, 
pois não existe dúvida de que estes profissionais possuem competência e 
conhecimento capaz na gestão financeira das empresas, uma vez que detêm o 
conhecimento capaz de identificar que uma empresa com sucessivos prejuízos 
(evidenciados pela Demonstração do Resultado do Exercício), com escassez de 
caixa (evidenciada pela Demonstração do Fluxo de Caixa), com elevado volume 
de endividamento de curto prazo e capital de giro negativo (evidenciado por 
meio do Balanço Patrimonial), não terá condições de sobreviver e prosperar num 
cenário extremamente competitivo e globalizado.
* Contador – CRCRS nº 53.792, Professor de Contabilidade e Administração 
Financeira – FARGS – Faculdades Rio-Grandenses. Gerente financeiro, controller 
e analista financeiro, com atuação em empresas de pequeno, médio e grande 
porte, nacionais e multinacionais.
FONTE: CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL. Princípios 
Fundamentais de Contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade. Porto Alegre: CRCRS, 
2006.
28
Neste tópico, você viu que:
• Agora que está dentro do mundo das finanças, seu papel principal será de 
dar um retorno à expectativa do acionista, ou seja, agregar valor ao capital 
daqueles que se expõem

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