Classificação das Doenças e Condições Periodontais e Periimplantares RESUMO

Prévia do material em texto

Classificação das Doenças e Condições Periodontais e 
Peri-implantares 2018: guia Prático e Pontos-Chave 
• DOENÇAS E CONDIÇÕES 
PERIODONTAIS 
Grupo 1- Doenças gengivais. 
• Periodonto integro: Sem perda de 
inserção, sondagem até 3mm e 
sangramento menos de 10%, sem perda 
óssea radiográfica. 
• Periodonto reduzido: Numa periodontite 
estável há perda de inserção, sondagem 
até 4mm, com sangramento menos de 
10% e perda óssea. 
• Gengivite induzida pelo biofilme: 
Associada somente ao biofilme; Mediada 
por fatores de risco sistêmicos ou locais; 
Associadas a medicamentos para aumento 
do tecido gengival. 
• Gengivite associada somente ao biofilme: 
Gengivite em periodonto integro; 
gengivite em periodonto reduzido; 
gengivite em periodonto reduzido tratado 
periodontalmente. 
 
A gengivite pode ou não ser classificada pela 
sua severidade. Em estudos epidemiológicos, 
pode ainda ser classificada quanto à sua 
extensão em localizada ou generalizada. 
• Gengivite mediada por fatores de 
risco sistêmicos ou locais. 
Fatores de risco sistêmicos (tabagismo; 
hiperglicemia; fatores nutricionais; agentes 
farmacológicos; hormônios esteroidais 
sexuais; condições hematológicas). 
Fatores de risco locais ( retenção do biofilme 
dental; sucura bucal). 
• Doenças gengivais não induzidas pelo 
biofilme. 
Desordem genéticas e de desenvolvimento; de 
origem bacteriana; de origem viral; condições 
inflamatórias e imunes; doenças autoimunes 
da pele e das membranas mucosas; lesões 
inflamatórias granulomatosas; processos 
reacionais; doenas endócrinas, nutricionais e 
metabólicas; pigmentação gengival. 
 
 
 
 
Grupo 2: Periodontite 
• Periodontite necrosante: Inflamação no 
periodonto com necrose/ulceração, 
sangramento gengival, halitose, dor e perda 
óssea rápida, podendo também aparecer 
febre. 
• Periodontite: “doença inflamatória crônica 
multifatorial associada com biofilme 
disbiótico e caracterizada pela destruição 
progressiva do aparato de inserção dental”. 
Perda de inserção de 3mm ou mais. 
Periodontite é classificada pelo seu estágio (I, II E 
III) e grau (A, B E C). 
 
• Periodontite como manifestações de 
doenças sistêmicas 
Desordens sistêmicas que apresentam um grande 
impacto na perda dos tecidos periodontais por 
influenciar a inflamação gengival; Desordens 
genéticas; Doenças associadas com desordens 
imunológicas; Doenças que afetam o tecido 
conjuntivo; Desordens metabólicas e endócrinas; 
Doenças de imunodeficiência adquirida; Doenças 
inflamatórias; Desordens sistêmicas que 
influenciam a patogênese das doenças 
periodontais. Abscesso periodontal em paciente 
com periodontite; 
 GRUPO 3 - OUTRAS CONDIÇÕES QUE 
AFETAM O PERIODONTO. 
Manifestações Periodontais de Doenças e 
Condições Sistêmicas; Neoplasias; Desordens 
que podem afetar os tecidos periodontais. 
• Abscessos periodontais: acúmulo de 
pus localizado na parede gengival do 
sulco/bolsa periodontal que ocasiona 
destruição tecidual. 
Exacerbação aguda (periodontite existente e 
não tratada, não respondendo terapia ou 
tratamento periodontal); Após tratamento; 
Abscesso periodontal (podendo ou não ter 
bolsa periodontal preexistente). 
• Lesões endoperiodontais: comunicação 
patológica entre os tecidos pulpar e 
periodontais em determinado dente, 
podendo ocorrer de forma aguda ou 
crônica. 
Lesão endoperiodontal com dano radicular; 
Lesão endoperiodontal em paciente com 
periodontite( grau I, II E III) 
 
 
 
... 
• Condições e deformidades 
mucogengivais: influenciada pelo 
fenótipo periodontal, resultante da 
combinação de fenótipo gengiva com a 
espessura do osso alveolar vestibular. Para 
o diagnóstico utilizar a transparência 
gengival da sonda durante a sondagem: 
sonda visível (≤ 1 mm); sonda não visivel 
(>1mm). E verificar a distancia da margem 
gengival à junção mucogengival. 
• Classificação das recessões gengivais 
(extensão vertical da recessão) 
Recessão Tipo 1(RT1): sem perda de inserção 
interproximal, JCE interproximal não 
detectável clinicamente. 
Recessão Tipo 2( RT2) : Perda de inserção 
interproximal com distância da JCE ao fundo 
de sulco/bolsa menor ou igual à perda de 
inserção vestibular. 
Recessão Tipo 3(RT3): de inserção 
interproximal, com distância da JCE ao fundo 
de sulco/bolsa maior que a perda de inserção 
vestibular. 
• Condição mucogengival na ausência 
de recessões gengivais: Fenótipo 
gengival fino e/ou faixa estreita/ausência 
de mucosa queratinizada na ausência de 
recessão gengival. 
• Forças oclusais traumáticas: definidas 
como qualquer força oclusal que resulte 
em dano aos tecidos e/ou ao aparato de 
inserção periodontal. 
Trauma oclusal primário (mudanças teciduais de 
forças oclusais traumáticas aplicadas a dente); Trauma 
oclusal secundário (mudanças teciduais de forças 
normais ou oclusais traumáticas em dente com suporte 
periodontal reduzido); Forças ortodoônticas (podem 
afetar negativamente o periodonto e resultar em reabsorção 
radicular, desordens pulpares, recessão gengival e perda 
óssea alveolar). 
• Fatores relacionados ao dente e às 
próteses: 
Fatores locais que podem predispor doenças 
gengivais induzidas pelo 
biofilme/periodontite: Fatores anatômicos do 
dente; Fraturas radiculares; Reabsorção 
cervical e dilaceração cementária; 
Proximidade radicular; Erupção passiva 
alterada. 
• Fatores locais relacionados à prótese 
dental 
Se referem a condições que podem levar ao 
acúmulo de biofilme e a más condições de 
controle de placa pelos pacientes. 
Margens de restaurações posicionadas no 
espaço dos tecidos aderidos supraósseos; 
Procedimentos clínicos relacionados à 
confecção de restaurações indiretas; Reações 
de hipersensibilidade/toxicidade aos materiais 
odontológicos. 
• Condições e doenças peri-
implantares: são aquelas associadas ao 
biofilme, e a progressão da peri-implantite 
parece ser mais rápida que a da 
periodontite. 
Saúde Peri-implantar; Mucosite Peri-implantar 
(Presença de sangramento e/ou supuração à sondagem gentil 
com ou sem aumento de profundidade de sondagem); . Peri-
implantite(Presença de sangramento e/ou supuração após 
delicada sondagem, aumento da profundidade de sondagem 
em relação a exames prévios, presença de perda óssea, além 
daquelas observadas após a fase de remodelação óssea) 
• Deficiencia nos tecidos peri-
implantares moles e duros: 
Dimensão diminuída do processo 
alveolar/rebordo: perda de suporte 
periodontal, infecções endodônticas, fraturas 
radiculares longitudinais, tábua óssea 
vestibular delgada. 
Recessão da mucosa Peri-implantar: mau 
posicionamento do implante, ausência de osso 
vestibular, tecido mole fino, ausência de 
tecido queratinizado, estado de inserção dos 
dentes adjacentes e trauma cirúrgico. 
Ausência de mucosa queratinizada: ão 
existem evidências sobre o efeito da mucosa 
queratinizada na saúde peri-implantar em 
longo prazo, mas aparenta facilidade no 
controle do biofilme. 
Osso Peri-implantar: afetada pela altura dos 
tecidos periodontais nos dentes adjacentes 
aos implantes. 
 
 
 
 Valéria Godoy Colps-1412221