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06/04/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2567695&courseId=14843&classId=1289897&topicId=3093455&p0=03c7c0ace395d80182db… 1/10 Teoria Geral do Processo Aula 1 - Direito processual e acesso à justiça INTRODUÇÃO Nesta aula, veremos o conceito, a natureza, a evolução histórica do Direito Processual, bem como o princípio do acesso à justiça. Estudaremos os ramos do Direito Processual, os princípios processuais, o neoconstitucionalismo e o garantismo processual. Examinaremos as garantias fundamentais do processo, bem como a estrutura e a topologia do CPC/2015. OBJETIVOS 06/04/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2567695&courseId=14843&classId=1289897&topicId=3093455&p0=03c7c0ace395d80182db… 2/10 Apresentar uma nova feição para a jurisdição neoconstitucional; Examinar a evolução histórica e as recentes reformas na legislação processual brasileira e abordar as premissas do novo CPC. 06/04/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2567695&courseId=14843&classId=1289897&topicId=3093455&p0=03c7c0ace395d80182db… 3/10 UMA NOVA FEIÇÃO PARA A JURISDIÇÃO NEOCONSTITUCIONAL Fonte da Imagem: seamuss / Shutterstock Segundo Humberto Theodoro Jr. (2011), a ampla aceitação e obediência à ordem jurídica pelos membros da coletividade se dão porque ela se estabeleceu fundamentada na garantia da paz social e do bem comum. O que autoriza ao Estado, diante de uma transgressão a essas garantias, a adoção de medidas de coação, tendo em vista a proteção do ordenamento e sua credibilidade. Não obstante o entendimento das funções do Estado Moderno estar rigorosamente associado à célebre obra de Montesquieu (1997) – O espírito das leis –, pela qual o Estado seria representado pela separação dos poderes, hodiernamente, vem prevalecendo a ideia de que o poder, como expressão da soberania estatal, é, na verdade, uno e indivisível. Nesse sentido, na concepção da doutrina mais moderna, a clássica expressão “separação de poderes” deve ser interpretada como uma divisão funcional de poderes. Convencionalmente chamada de funções do Estado, a divisão compreende, por conseguinte, as funções legislativa, administrativa e jurisdicional. A JURISDIÇÃO E O ESTADO CONTEMPORÂNEO A partir dessa ideia, podemos identi�car a jurisdição (glossário) como sendo, simultaneamente, um poder ― capacidade de impor suas decisões imperativamente ―, uma função ― como encargo que o Estado assume de paci�car os con�itos sociais ―, e uma atividade. Vejamos as de�nições de dois importantes autores para esse termo: Corroborando o exposto até então, Candido Rangel Dinamarco (2001) ressalta que a jurisdição não consiste em um poder, mas o próprio poder estatal que é uno. Segundo Giuseppe Chiovenda, jurisdição é a função estatal que tem por �nalidade a atuação da vontade concreta da lei, substituindo a atividade do particular pela intervenção do Estado. Em sendo a jurisdição uma atividade de substituição, há de existir algo a ser substituído para que se possa caracterizá- la. Esse entendimento segue a doutrina positivista e reduz drasticamente os poderes do juiz, pois a vontade do povo é expressada pela lei, a qual é o produto da atividade do legislador. TEORIA CONSTITUTIVA OU UNITARISTA 06/04/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2567695&courseId=14843&classId=1289897&topicId=3093455&p0=03c7c0ace395d80182db… 4/10 Fonte da Imagem: StudioSmart / Shutterstock Em oposição, coloca-se a teoria constitutiva ou unitarista do ordenamento jurídico. Francesco Carnelutti, adepto da teoria, a�rma que a jurisdição é a função do Estado que busca a justa composição da lide, caracterizada pela exigência de subordinação do interesse alheio ao interesse próprio, bem como pela resistência da outra parte. Nessa visão, só haveria processo e jurisdição se houvesse lide. Em conclusão, não existiria um direito até que o Poder Judiciário ― e não o Poder Legislativo ― o conferisse, de modo que a jurisdição teria o intuito de resolver o litígio. Há, contudo, alguns doutrinadores que acabaram por reunir os conceitos de ambas as escolas, por entenderem complementares e não excludentes, como Moacyr Amaral Santos (2007, p. 3), ao conceituar o processo como "o complexo de atos coordenados, tendentes à atuação da vontade da lei às lides ocorrentes, por meio dos órgãos jurisdicionais". CONCEITO DE LIDE Fonte da Imagem: alphaspirit / Shutterstock O conceito de lide de Carnelutti (1999, p. 80-81) desenvolve-se a partir da ideia de que, se a pretensão é a "subordinação de um interesse alheio ao interesse próprio", a resistência seria justamente a inconformidade dessa pretensão em frente ao interesse alheio. Diante dessa a�rmativa, formou-se o famoso conceito de lide, segundo o qual seu objeto seria o con�ito de interesses formado pela contestação quanto à necessidade de subordinação de um interesse a outro. Por �m, é necessário fazer referência à obra de Luiz Guilherme Marinoni, que vem retomando a ideia de um processo civil constitu cionalizado, revendo os conceitos tradicionais de jurisdição apresentados pelos mestres italianos. CONCEITO DE LIDE O autor sustenta que: 06/04/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2567695&courseId=14843&classId=1289897&topicId=3093455&p0=03c7c0ace395d80182db… 5/10 Diante da transformação da concepção de direito, não há mais como sustentar as antigas teorias da jurisdição, que reservavam ao juiz a função de declarar o direito ou de criar a norma individual, submetidas que eram ao princípio da supremacia da lei e ao positivismo acrítico. O Estado constitucional inverteu os papéis da lei e da Constituição, deixando claro que a legislação deve ser compreendida a partir dos princípios constitucionais de justiça e dos direitos fundamentais. Expressão concreta disso são os deveres de o juiz interpretar a lei de acordo com a Constituição, de controlar a constituciona lidade da lei, especialmente atribuindo-lhe novo sentido para evitar a declaração de inconstitucionalidade, e de suprir a omissão legal que impede a proteção de um direito fundamental. (MARINONI, 2005, p. 65) Assim, facilmente apreende-se por todo o exposto que não é possível conceber nos dias atuais a atividade jurisdicional divorciada dos princípios constitucionais, em especial os princípios do acesso à justiça (glossário) e da dignidade da pessoa humana. O ACESSO À JUSTIÇA Você lembra quando surgiram as questões e problemas relacionados ao acesso à justiça? Vamos relembrar essas informações? Atenção , Sem dúvida, o acesso à justiça é direito social básico dos indivíduos, que não deve se restringir aos limites do acesso aos órgãos judiciais e ao aparelho judiciário estatal; deve, sim, ser compreendido como um efetivo acesso à ordem jurídica justa., , Tais considerações nos levam a concluir que as velhas regras e estruturas processuais precisam, de fato, sofrer revisão e aprimoramento, com o intuito de que constituam instrumento cada vez mais e�caz rumo ao processo justo (cf. GRECO, 2006). Nesse ponto, Paulo Cezar Pinheiro Carneiro (1999), após se propor a um estudo com o objetivo de aferir se as reformas legislativas havidas em meio ao movimento de acesso à justiça foram �éis às premissas iniciais, assevera que o desenvolvimento dessa empreitada depende da apresentação de proposta que contenha os quatro grandes princípios que devem informar o real signi�cado da expressão acesso à justiça. Vamos, então, fazer uma breve análise desses princípios? OS PRINCÍPIOS E O ACESSO À JUSTIÇA PRIMEIRO PRINCÍPIO O primeiro deles é a acessibilidade, que pressupõe a existência de sujeito de direito, com capacidade tanto de estar em juízo como de arcar com os custos �nanceiros para tanto. E que proceda de forma adequada à utilização dos instrumentos legais judiciais ou extrajudiciais, de tal modo a possibilitar a efetivação de direitos individuais e coletivos. A expressão desse princípio se dá por três elementos, quais sejam:o direito à informação enquanto conhecimento dos direitos que se detém e da forma de utilizá-los; a garantia da escolha adequada dos legitimados para propositura das demandas; e, por �m, a redução dos custos �nanceiros do processo de forma que estes não di�cultem ou inibam o acesso à justiça. SEGUNDO PRINCÍPIO O segundo princípio elencado pelo autor é o da operosidade, que se consubstancia no dever das pessoas que participam da atividade judicial ou extrajudicial de atuarem do modo mais produtivo e empenhado possível a �m de assegurar um efetivo acesso à justiça. 06/04/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2567695&courseId=14843&classId=1289897&topicId=3093455&p0=03c7c0ace395d80182db… 6/10 Tal princípio tem aplicação nos campos objetivo e subjetivo. No primeiro, concretiza-se a partir de uma atuação ética dos sujeitos envolvidos no processo — incluindo os advogados e juízes — que devem sempre colaborar com as atividades direcionadas à democratização do processo. Já no campo objetivo, esse princípio indica a necessidade de utilização dos instrumentos e meios mais e�cazes pelas partes. Atuando eticamente para otimizar a produtividade, que se relaciona, em última instância, à perfeita conjugação do binômio celeridade-e�ciência na constante busca pela verdade real e pela conciliação. TERCEIRO PRINCÍPIO O terceiro princípio é o da utilidade. Por utilidade entende-se que o processo deve assegurar ao vencedor tudo aquilo que lhe é de direito, do modo mais rápido e proveitoso possível e com o menor sacrifício para a parte vencida. Menciona o autor que “a jurisdição ideal seria aquela que pudesse, no momento mesmo da violação, conceder, a quem tem razão, o direito material” (CARNEIRO, 1999, p. 79.) QUARTO PRINCÍPIO O quarto e último princípio apontado pelo jurista é o da proporcionalidade. O referido princípio se consubstancia na necessidade de escolha pelo julgador. Ele se vê constantemente diante de inúmeros dilemas, examinando as possíveis soluções que mais se harmonizem com os princípios informadores do direito, e com os �ns a que determinado conjunto de regras visa a alcançar, privilegiando, ao �nal, o interesse mais valioso. OS PRINCÍPIOS E O ACESSO À JUSTIÇA Fonte da Imagem: StudioSmart / Shutterstock Todos os princípios elencados por Carneiro, uma vez observados como pontos norteadores dos esforços para o aperfeiçoamento dos institutos e regras processuais, sem dúvida conduzirão à ampliação do efetivo acesso à justiça em nosso país. Muitas das reformas que se almejam requerem apenas aperfeiçoamentos técnicos, outras dizem respeito ao melhoramento da tutela dos interesses difusos ou ao desafogamento dos tribunais nacionais. O fato é que se deve ter em mente não só a necessidade de proceder às reformas do ponto de vista técnico-legislativo, mas também a necessidade de se adotar medidas que permitam colocar em prática as mudanças havidas no campo teórico. Deve-se, ainda, compreender que o movimento em prol do efetivo acesso à ordem jurídica justa visa garantir nada menos do que um direito verdadeiramente fundamental de todos os jurisdicionados (cf. MARINONI, 2005), o qual já constitui o foco da ciência processual moderna (cf. CAPPELLETTI, 1988). EVOLUÇÃO HISTÓRICA, REFORMAS NA LEGISLAÇÃO PROCESSUAL E PREMISSAS DO NOVO CPC Evolução histórica do direito processual brasileiro Durante o período colonial, o Brasil era regido pelas leis processuais portuguesas, como não poderia deixar de ser, visto que Brasil e Portugal formavam um Estado único (cf. GRECO, 2009). Foi o período das Ordenações emanadas da Corte. 06/04/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2567695&courseId=14843&classId=1289897&topicId=3093455&p0=03c7c0ace395d80182db… 7/10 Vigoravam, nessa época: as Ordenações Afonsinas, de 1456, inspiradas, principalmente, no direito romano, no direito canônico e nas leis gerais elaboradas a partir do reinado de Afonso II, vigorando à época do Descobrimento; as Ordenações Manuelinas, de 1521, as primeiras editadas em território nacional; as Ordenações Filipinas, promulgadas em 1603. Leitura , Para ler mais sobre evolução histórica do direito processual brasileiro, clique aqui. (galeria/aula1/docs/a01_08_01.pdf) Fonte da Imagem: Zerbor / Shutterstock O CPC/73 e as Reformas Processuais Chegamos, assim, ao segundo Código de Processo Civil, introduzido em nosso ordenamento jurídico pela Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973, e baseado no anteprojeto de autoria de Alfredo Buzaid. Inaugurou‑se a Fase Instrumental, pela qual o processo não seria um �m em si mesmo, mas um instrumento para assegurar direitos. Com isso, surgiu a relativização das nulidades e a liberdade das formas para maior efetividade da decisão judicial. Para Buzaid, mais fácil se a�gurava a criação de um novo Código processual civil que a correção do já existente. Devido não só à pluralidade e diversidade de leis processuais então vigentes, mas também à necessidade de serem supridas diversas lacunas e falhas do Código de 1939, que o impediam de funcionar como instrumento de fácil manejo no auxílio à administração da Justiça. Essa dúvida entre reformar o antigo Código ou elaborar um novo é exposta pelo próprio Alfredo Buzaid no primeiro capítulo da Exposição de Motivos do Código de Processo Civil de 1973. O CPC de 1973 sofreu inúmeras alterações, sobretudo a partir do início da década de 1990. Teve início aí a chamada Reforma Processual, processo fragmentado em dezenas de pequenas leis que se destinam a fazer mudanças pontuais e ajustes “cirúrgicos”. Dentro dessas premissas, passamos a analisar o movimento do legislador brasileiro em prol das reformas processuais, sobretudo a partir da Emenda n. 45/04. Saiba Mais , Para continuar lendo sobre as Reformas Processuais do CPC/73, clique aqui. (galeria/aula1/docs/a01_08_02.pdf) O CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015 O P.L. n. 8.046/2010, que almejava a edição de um novo Código de Processo Civil, foi elaborado por uma Comissão composta por diversos juristas, que concluiu, em dezembro de 2009, a primeira fase de seus trabalhos. Depois, submeteu a proposta elaborada a oito audiências públicas, que resultaram na análise de mais de mil sugestões e, �nalmente, ao processo legislativo. http://estacio.webaula.com.br/cursos/GON564/galeria/aula1/docs/a01_08_01.pdf http://estacio.webaula.com.br/cursos/GON564/galeria/aula1/docs/a01_08_02.pdf 06/04/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2567695&courseId=14843&classId=1289897&topicId=3093455&p0=03c7c0ace395d80182db… 8/10 Vejamos: 2010 O projeto foi apresentado ao presidente do Senado no dia 8 de junho de 2010, sob o n. PL n. 166/2010. Foi, então, constituída uma Comissão no Senado para apresentar emendas ao projeto até o dia 27 de agosto de 2010 e, em novembro de 2010, já havia a divulgação dos relatórios parciais sobre o projeto. O relatório da Comissão do Senado, no dia 24 de novembro de 2010, veio com a apresentação de um projeto substitutivo, o PLS n. 166/2010, do Senador Valter Pereira, que foi, após algumas mudanças no texto do projeto substitutivo, aprovado no Senado, no dia 15 de dezembro de 2010. 2011 O projeto foi, então, para a Câmara dos Deputados, como PL n. 8.046/2010, seguindo, no dia 5 de janeiro de 2011, para a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. No dia 3 de fevereiro de 2011, o projeto estava na Coordenação de Comissões Permanentes e, no dia 4 de maio de 2011, em plenário, foi requerida a nomeação de comissão especial, para analisar o projeto para um novo Código de Processo Civil. Em 5 de julho, já na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, o Requerimento n. 1.560/2011, de criação de comissão especial para análise do projeto de lei, é julgado prejudicado, tendo em vista a determinação de instalação da Comissão Especial. 2013 Já no ano de 2013, foram apresentadas duas novas versões, uma em janeiro e outra em junho. Em julho, o texto foi aprovado pela Comissão Especial e remetido ao pleno. Em dezembro de 2013 e marçode 2014, foram apresentados e votados Destaques. Finalmente, em 25 de março, foi votada e aprovada a versão �nal, que já foi devolvida ao Senado. 2014 O Senado reconvocou sua Comissão original, promoveu diversas alterações no texto e aperfeiçoou a redação. A versão �nal foi votada em dezembro de 2014, em dois dias. No primeiro, o texto-base, e, no segundo, os destaques (matérias mais polêmicas, sobre as quais não havia consenso). Aprovado o texto �nal, a partir do Substitutivo apresentado pelo Sen. Vital do Rego, foi feita uma profunda revisão para evitar equívocos nas remissões ou antinomias no texto. 2015 Finalmente, foi enviado à sanção Presidencial em fevereiro de 2015. O texto foi sancionado com sete vetos no dia 16 de março e publicado no DO, no dia 17: Lei n° 13.105/15 — Instituiu o novo Código de Processo Civil brasileiro. Independentemente da versão a ser analisada, é possível dizer que a ideia norteadora do texto é a de conferir maior celeridade à prestação da justiça, atentando à premissa de que há sempre bons materiais a serem aproveitados da legislação anterior, mas, também, �rme na crença de que são necessários dispositivos inovadores e modernizantes. O projeto, portanto, empenhou-se na criação de um “novo Código”, buscando instrumentos capazes de reduzir o número de demandas e recursos que tramitam pelo Poder Judiciário. Trata-se de uma nova ideologia, de um novo jeito de compreender o processo civil. Pela leitura do texto, é possível perceber a preocupação em sintonizar as regras legais com os princípios constitucionais, revelando a feição neoconstitucional e pós-positivista do trabalho. Os institutos são revistos, o procedimento é abreviado, os recursos são reservados para os casos relevantes, os precedentes passam a ter maior prestígio, o processo eletrônico é viabilizado e a efetividade, �nalmente, parece se tornar algo mais próximo e palpável. Tendo como premissa essa meta, construiu-se: A proposta de instituição de um incidente de resolução de demandas repetitivas, objetivando evitar a multiplicação das demandas, na medida em que o seu reconhecimento em uma causa representativa de milhares de outras idênticas imporá a suspensão de todas. Outra previsão é a redução do número de recursos hoje existentes, como a abolição dos embargos infringentes e do agravo retido, como regra, adotando‑se no primeiro grau de jurisdição uma única impugnação da sentença �nal. Nessa oportunidade, a parte poderá manifestar todas as suas discordâncias quanto aos atos decisórios proferidos no curso do processo, ressalvada a tutela de urgência impugnável de imediato por agravo de instrumento. Saiba Mais 06/04/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2567695&courseId=14843&classId=1289897&topicId=3093455&p0=03c7c0ace395d80182db… 9/10 , Prioriza‑se a conciliação, incluindo‑a como o primeiro ato de convocação do réu a juízo, uma vez que proporciona larga margem de e�ciência em relação à prestação jurisdicional., , As mudanças pensadas pela Comissão de juristas quando da elaboração do novo texto são diversas e objetivam não enfrentar centenas de milhares de processos, mas, antes, desestimular a ocorrência do volume atual de demandas, com o que visa tornar efetivamente alcançável a duração razoável dos processos. ATIVIDADE PROPOSTA Com o objetivo de reforçarmos o que estudamos até aqui, vamos fazer uma atividade? Helena e Marcílio pretendem se divorciar de forma consensual. São pais de 02 �lhos menores, absolutamente incapazes, e, por isso, deverão promover a medida judicial para chancelar o acordo de vontades. Indaga-se: a) A tutela reclamada em juízo é da jurisdição contenciosa ou não contenciosa (voluntária)? Justi�que. b) O ato judicial é uma decisão solucionando lide? Justi�que. Resposta Correta Glossário JURISDIÇÃO O mesmo que jurisdictio, em latim, traduz-se na “ação de dizer o direito”; resulta da soberania do Estado e, junto às funções administrativa e legislativa, compõe as funções estatais típicas. ACESSO À JUSTIÇA 06/04/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2567695&courseId=14843&classId=1289897&topicId=3093455&p0=03c7c0ace395d80182d… 10/10 É, hoje, o princípio fundamental da jurisdição, previsto no art. 5°, inciso XXXV da Constituição de 1988.
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