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ESTRADAS E AEROPORTOS FACULDADE DE ENGENHARIA ENGENHARIA CIVIL Prof. D.Sc. LUIS MIGUEL GUTIÉRREZ KLINSKY São José dos Campos ESTRADAS E AEROPORTOS FACULDADE DE ENGENHARIA ENGENHARIA CIVIL PROJETO DE TERRAPLANAGEM 1. Atividades de terraplenagem 2. Cálculo de áreas e volumes 3. Distância econômica de transporte 4. Cálculo de momentos de transporte 5. Exercícios A rodovia é uma estrutura tridimensional PROJETO DE TERRAPLANAGEM O terreno encontrado na natureza pode ser: PROJETO DE TERRAPLANAGEM • Irregular • De inclinação longitudinal excessiva • Excessivamente curvado • Insuficiente para permitir escoamento de águas • Pouco resistente para suportar o tráfego Correções no terreno são necessárias com o objetivo de criar condições adequadas para o bom funcionamento da estrada: PROJETO DE TERRAPLANAGEM O projeto de terraplanagem ou movimento de terras, pode ser entendido como a conformação do relevo terrestre para implantação de obras de engenharia, tais como açudes, canais de navegação, canais de irrigação, rodovias, ferrovias, aeroportos, barragens, edificações PROJETO DE TERRAPLANAGEM Existe uma série de atividades que compõem o projeto de terraplanagem PROJETO DE TERRAPLANAGEM PROJETO DE TERRAPLANAGEM A. DESMATAMENTO E LIMPEZA DO LEITO DA FUTURA ESTRADA • Consiste da tala de árvores remoção de tocos, remoção de raízes e limpeza da região onde a vegetação se apresenta de forma de floresta contínua • Próximo ao limite da faixa de domínio da estrada, o corte de árvores deve ser realizado com motosserras, para evitar danos a regiões próximas • As árvores devem ser orientados para cair sobre o traçado da estrada, evitando afetar vegetação não incluída na faixa de domínio PROJETO DE TERRAPLANAGEM A. DESMATAMENTO E LIMPEZA DO LEITO DA FUTURA ESTRADA É desejável transladar qualquer espécie em vias de extinção a regiões adequadas As árvores na faixa de domínio, mas fora das áreas de escavação, terraplenagem ou estrutura, podem ser cortados na cota do terreno Todos os materiais orgânicos devem ser removidos até uma profundidade de 60cm do nível do subleito do projeto PROJETO DE TERRAPLANAGEM B. EXECUÇÃO DE ESTRADAS DE SERVIÇO • Obras realizadas em segmentos virgens, onde não existem caminhos de conexão • É necessário abrir caminho para que os equipamentos que levarão material escavado dos cortes para os aterros PROJETO DE TERRAPLANAGEM B. EXECUÇÃO DE ESTRADAS DE SERVIÇO Devido a sua função principal de tráfego de equipamentos, é recomendável que estes caminhos tenham um revestimento primário Garantem também o acesso a pontos de interesse, como fontes de agregados, areia, pedregulhos, áreas de empréstimo e bota fora PROJETO DE TERRAPLANAGEM C. ESCAVAÇÃO DE SOLO EXCEDENTE Realizado em segmentos de estradas nos quais a implantação requer a escavação do terreno natural ao longo do eixo, no interior dos limites das seções transversais padrão do projeto Destino do material escavado • Depende das qualidades geotécnicas • Depende da necessidade de reaproveitamento PROJETO DE TERRAPLANAGEM D. TRANSPORTE DO MATERIAL ESCAVADO Até os locais onde pode ser aproveitado ou descartado PROJETO DE TERRAPLANAGEM E. ATERRO NOS LOCAIS COM DEPRESSÃO Previamente estabelecidos, seguindo uma estratégia de distribuição de acordo com a qualidade do material PROJETO DE TERRAPLANAGEM F. COMPACTAÇÃO Para atingir a máxima densificação de acordo com a qualidade do material a ser compactado ROLO CHAPA LISA Ideal para solos granulares, pedregulhos, britas graduadas ROLO PÉ DE CARNEIRO Ideal para solos finos, siltosos e argilosos PROJETO DE TERRAPLANAGEM F. COMPACTAÇÃO Para atingir a máxima densificação de acordo com a qualidade do material a ser compactado SAPOS VIBRATÓRIOS Ideais para áreas confinadas e próximo a obras de arte especial ROLO PNEUMÁTICO Utilizado em solos finos e para dar acabamento final à camada PROJETO DE TERRAPLANAGEM F. COMPACTAÇÃO O ideal é construir trechos experimentais para melhor selecionar a combinação de equipamentos e o número de passagens para alcançar a máxima densidade determinada em laboratório PROJETO DE TERRAPLANAGEM F. COMPACTAÇÃO Cone de Areia Cilindro Bizelado Densímetros nucleares e não nucleares CONTROLE DE QUALIDADE PROJETO DE TERRAPLANAGEM G. ABERTURA DE VALAS E CAVAS Para conformação dos dispositivos de drenagem da estrada PROJETO DE TERRAPLANAGEM As plataformas irão constituir o subleito da estrutura do pavimento da estrada H. CONFORMAÇÃO DE PLATAFORMAS E TALUDES PROJETO DE TERRAPLANAGEM H. CONFORMAÇÃO DE PLATAFORMAS E TALUDES Os taludes devem apresentar inclinações compatíveis com o tipo de solo, e os adequados equipamentos de drenagem O custo de terraplanagem é significativo em relação ao custo total da rodovia: PROJETO DE TERRAPLANAGEM • Escavação (m3) • Transporte (m3.km) • Compactação (m3) Classificação (DNIT) dos materiais escavados Para áreas apenas em corte ou apenas em aterro: Área = Área do polígono PROJETO DE TERRAPLANAGEM CÁLCULO DAS ÁREAS • Calcula em separado a área de corte e a área de aterro, sendo a área a soma das áreas • Muitas vezes deve-se fazer compensação lateral Seções Mistas Existem basicamente 4 métodos: PROJETO DE TERRAPLANAGEM CÁLCULO DAS ÁREAS • Fórmula de Gauss • Planímetro • Processo simplificado • Divisão da área em figuras geométricas (Trapézios) PROJETO DE TERRAPLANAGEM CÁLCULO DAS ÁREAS Processo simplificado • Avalia com rapidez os volumes • Considera o terreno em nível (o que leva a erros grosseiros) 2hnhbA ⋅+⋅= • n é a inclinação do talude • Para seção em corte pode-se adotar n = 2/3 • Para seção em aterro pode-se adotar n = 3/2 PROJETO DE TERRAPLANAGEM CÁLCULO DAS ÁREAS Fórmula de Gauss A = 1/2 . [(y1x2 + y2x3 + y3x4 +... + ynx1) – (y2x1 + y3x2 + y4x3 +... + y1xn)] PROJETO DE TERRAPLANAGEM CÁLCULO DE VOLUMES Consiste em somar uma série de volumes compreendidos entre duas seções consecutivas Existem três tipos de seções CORTE ATERRO MISTA PROJETO DE TERRAPLANAGEM CÁLCULO DE VOLUMES Se ambas seções forem de corte, o volume será de corte, caso sejam de aterro, o volume será de aterro No caso de seções mistas, os volumes de corte e aterro são calculados em separado PROJETO DE TERRAPLANAGEM CÁLCULO DE VOLUMES Para simplificar os cálculos é adotada a seguinte hipótese: Variação linear do terreno entre seções consecutivas (estaca de 20m) O volume, portanto, é dado pela média das áreas das seções, multiplicando pela distância entre seções PP = ponto de passagem: transição entre cortes e aterros Bota-fora = Excesso de solos escavado Empréstimo = falta de solo para os aterros ( ) i ii LAAV ⋅+= + 2 1 PROJETO DE TERRAPLANAGEM VOLUMES ACUMULADOS Todas as vezes em que for possível compensar o volume de aterro com o volume de corte Compensação transversal ou lateral Compensação realizada no mesmo segmento Compensação longitudinal Compensação com material de outro segmento PROJETO DE TERRAPLANAGEM VOLUMES ACUMULADOS Após corte dos solos, o solo solto aumenta seu volume e para ser utilizado em aterro deve ser compactado, reduzindo seu volume Coeficiente ou fator de redução (ou homogeneização ou empolamento) indica o quanto se deve multiplicar o volume do aterro, de forma a ter o volume necessário para construí-lo 05,1=Fr 40,1=Fraté PROJETO DE TERRAPLANAGEM DIAGRAMA DE MASSAS • Representação gráfica dos volumes acumulados • Estudo da compensação cortes-aterros • Programação de bota-foras e empréstimos • Programação dos equipamentos • Escala horizontal → Perfil do terreno • Escala vertical → Volumes • A linha de Bruckner, é construída com: Valores da coluna de volume acumulados, da tabela de compensação de volumes MÉTODO DE BRUCKNER PROJETO DE TERRAPLANAGEM Exercício 6.1: Em um pequeno trechode estrada, cujo perfil é dado a seguir, conhecemos as áreas de corte e aterro, conforme a tabela. Pede-se desenhar a linha de Bruckner, sendo o Fr=1,20. Estaca Área Corte (m2) Área Aterro (m2) 0 0 0 1 16 0 2 30 0 3 32 0 4 20 0 5 12 10 6 0 14 7 0 20 8 0 28 9 0 32 10 0 24 11 0 18 12 10 14 13 46 0 14 58 0 15 24 0 16 0 0 1 2 3 4 Estaca Área Corte (m2) Área Aterro (m2) Volume de Corte (m3) 0 0 0 0 1 16 0 160 2 30 0 460 3 32 0 620 4 20 0 520 5 12 10 320 6 0 14 120 7 0 20 0 8 0 28 0 9 0 32 0 10 0 24 0 11 0 18 0 12 10 14 100 13 46 0 560 14 58 0 1040 15 24 0 820 16 0 0 240 PROJETO DE TERRAPLANAGEM Exercício 6.1: Continuação 1 2 3 4 5 Estaca Área Corte (m2) Área Aterro (m2) Volume de Corte (m3) Volume de Aterro (m3) 0 0 0 0 0 1 16 0 160 0 2 30 0 460 0 3 32 0 620 0 4 20 0 520 0 5 12 10 320 100 6 0 14 120 240 7 0 20 0 340 8 0 28 0 480 9 0 32 0 600 10 0 24 0 560 11 0 18 0 420 12 10 14 100 320 13 46 0 560 140 14 58 0 1040 0 15 24 0 820 0 16 0 0 240 0 PROJETO DE TERRAPLANAGEM Exercício 6.1: Continuação 1 2 3 4 5 6 Estação Área Corte (m2) Área Aterro (m2) Volume de Corte (m3) Volume de Aterro (m3) Aterro Reduzido 0 0 0 0 0 0 1 16 0 160 0 0 2 30 0 460 0 0 3 32 0 620 0 0 4 20 0 520 0 0 5 12 10 320 100 120 6 0 14 120 240 288 7 0 20 0 340 408 8 0 28 0 480 576 9 0 32 0 600 720 10 0 24 0 560 672 11 0 18 0 420 504 12 10 14 100 320 384 13 46 0 560 140 168 14 58 0 1040 0 0 15 24 0 820 0 0 16 0 0 240 0 0 PROJETO DE TERRAPLANAGEM Exercício 6.1: Continuação 1 2 3 4 5 6 7 Estaçã o Área Corte(m2) Área Aterro (m2) Volume de Corte (m3) Volume de Aterro (m3) Aterro Reduzido Compensação Transversal 0 0 0 0 0 0 0 1 16 0 160 0 0 0 2 30 0 460 0 0 0 3 32 0 620 0 0 0 4 20 0 520 0 0 0 5 12 10 320 100 120 120 6 0 14 120 240 288 120 7 0 20 0 340 408 0 8 0 28 0 480 576 0 9 0 32 0 600 720 0 10 0 24 0 560 672 0 11 0 18 0 420 504 0 12 10 14 100 320 384 100 13 46 0 560 140 168 168 14 58 0 1040 0 0 0 15 24 0 820 0 0 0 16 0 0 240 0 0 0 PROJETO DE TERRAPLANAGEM Exercício 6.1: Continuação 1 2 3 4 5 6 7 8 Estaç ão Área Corte (m2) Área Aterro (m2) Vol. de Corte (m3) Vol. de Aterro (m3) Aterro Red. Comp. Transversal Comp. Longitudinal 0 0 0 0 0 0 0 0 1 16 0 160 0 0 0 160 2 30 0 460 0 0 0 460 3 32 0 620 0 0 0 620 4 20 0 520 0 0 0 520 5 12 10 320 100 120 120 200 6 0 14 120 240 288 120 -168 7 0 20 0 340 408 0 -408 8 0 28 0 480 576 0 -576 9 0 32 0 600 720 0 -720 10 0 24 0 560 672 0 -672 11 0 18 0 420 504 0 -504 12 10 14 100 320 384 100 -284 13 46 0 560 140 168 168 392 14 58 0 1040 0 0 0 1040 15 24 0 820 0 0 0 820 16 0 0 240 0 0 0 240 PROJETO DE TERRAPLANAGEM Exercício 6.1: Continuação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Estaç ão Á. Corte (m2) Á. Aterro (m2) Vol. de Corte (m3) Vol. de Aterro (m3) Aterro Red. Comp. Transvers al Comp. Longitudin al Linha de Bruckner 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 16 0 160 0 0 0 160 160 2 30 0 460 0 0 0 460 620 3 32 0 620 0 0 0 620 1240 4 20 0 520 0 0 0 520 1760 5 12 10 320 100 120 120 200 1960 6 0 14 120 240 288 120 -168 1792 7 0 20 0 340 408 0 -408 1384 8 0 28 0 480 576 0 -576 808 9 0 32 0 600 720 0 -720 88 10 0 24 0 560 672 0 -672 -584 11 0 18 0 420 504 0 -504 -1088 12 10 14 100 320 384 100 -284 -1372 13 46 0 560 140 168 168 392 -980 14 58 0 1040 0 0 0 1040 60 15 24 0 820 0 0 0 820 880 16 0 0 240 0 0 0 240 1120 PROJETO DE TERRAPLANAGEM Exercício 6.1: Continuação PROJETO DE TERRAPLANAGEM Exercício 6.1: Continuação 1 9 Est açã o Linha de Bruckner 0 0 1 160 2 620 3 1240 4 1760 5 1960 6 1792 7 1384 8 808 9 88 10 -584 11 -1088 12 -1372 13 -980 14 60 15 880 16 1120 Diagrama de Bruckner Vo lu m es A cu m ul ad os ( m ³) -1500 -625 250 1125 2000 Estacas 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Perfil PROJETO DE TERRAPLANAGEM DIAGRAMA DE MASSAS Linha de Bruckner O diagrama de massas é obtido partindo-se do princípio de que os cortes e aterros serão executados na direção longitudinal da estrada, enquanto que na realidade os cortes são executados de cima para baixo e os aterros de baixo para cima As distâncias de transporte são consideradas lineares enquanto que na realidade as estradas de serviço por onde o material é transportado são muitas vezes sinuosas. Apesar disso, o diagrama de massas ainda é um processo bastante preciso e confiável Diagrama de Bruckner Vo lu m es A cu m ul ad os ( m ³) -1500 -625 250 1125 2000 Estacas 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Perfil PROJETO DE TERRAPLANAGEM DIAGRAMA DE MASSAS DISTÂNCIA ECONÔMICA DE TRANSPORTE (det) É a distância crítica para a qual o custo da compensação longitudinal é igual ao custo do bota-fora mais o custo do empréstimo Para distâncias menores que a det, compensa transportar de corte para o aterro, para distâncias maiores que a det, é mais barato fazer bota-fora do material det = distância econômica de transporte dbf = distância média para bota fora (km) Demp = distância média para empréstimo (km) Ce = custo da excavação ($/m3) Ct = custo do transporte [($ / (m3⋅km)] CÁLCULO PROJETO DE TERRAPLANAGEM Exercício 6.2: Calcular a distância econômica de transporte conhecendo-se: custo de excavação: 3.20 R$/m³ custo de transporte: 1.60R$/(m³·km) distância média para bota fora: 300m distância média para empréstimo: 400m bfemp t e et ddc cd ++= Resolução PROJETO DE TERRAPLANAGEM DIAGRAMA DE MASSAS PROJETO DE TERRAPLANAGEM DIAGRAMA DE MASSAS LINHA DE DISTRIBUIÇÃO É uma linha horizontal, contínua ou não, que corta todos os trechos ascendentes e descendentes da linha de Bruckner, cobrindo toda a extensão do projeto Diagrama de Bruckner Linha 1 Linha 2 Linha 3 Tem que cortar pelo menos uma onda e toda onda deve ser cortada ou tangenciada por apenas uma linha de compensação Perfil PROJETO DE TERRAPLANAGEM DIAGRAMA DE MASSAS Escolha da Linha Econômica É aquela linha que possui o menor momento, isto é, a menor soma das áreas compreendidas entre a linha de Bruckner e a linha de distribuição Diagrama de Bruckner Linha 1 Linha 2 Linha 3 Perfil PROJETO DE TERRAPLANAGEM DIAGRAMA DE MASSAS Outros tipos de linhas de compensação A B C D E F Momento de Transporte Mínimo: (AB + CD + EF = BC + DE) B (bota-fora) B B E (empréstimo) Linha de Compensação Diagrama de Massas ONDA MAIOR CONTENDO ONDAS MENORES A B C D E F G dm ABCD: quando dm det EFG: quando dm det (quando há e )B E V/2 V/2 (segmentos com onda positiva = segmentos com onda negativa) PROJETO DE TERRAPLANAGEM DIAGRAMA DE MASSAS MOMENTO DE TRANSPORTE MT é o produto dos volumes transportados pelas distâncias médias de transportes Pode ser considerada como a base de um retângulo de área equivalente ao segmento compensado e de altura igual a máxima ordenada deste segmento Distância média de transporte (dm) PROJETO DE TERRAPLANAGEM DIAGRAMA DE MASSAS MOMENTO DE TRANSPORTE Toma-se a metade da altura da onda e traça-se uma linha horizontal nesta altura A distância média de transporte é a distância entre os pontos de interseção desta reta com o diagrama, medida na escala horizontal do desenho Cálculo simplificado de dm O momento de transporte é igual à área da onda de Brûckner, que pode ser estimada pelo produto da altura da onda (V) pela distância média de transporte (dm) PROJETO DE TERRAPLANAGEM CONSIDERAÇÕES FINAIS • Muita atenção deve ser dispensada nesta etapa do projeto • A escolha do terreno de forma correta significa economia • Deve-se ter cuidado na escolha da linha de compensação • Nem sempre a primeira linha escolhida é a mais econômica • Observar que na tabela de compensação de volumes, se os valores da Linha de Bruckner, forem decrescentes é que esta região será de aterro, caso contrário será de corte • Lembrar sempre que os cálculos são simples aplicações de geometria básica PROJETO DE TERRAPLANAGEM Exercício 6.3: No diagrama de massas da figura a seguir, escolher a linha de distribuição maiseconômica e calcular o momento de transporte. Sabe-se que: • Distância média para bota-fora é de 200m • Distância média para empréstimo é de 300m • Distância econômica de transporte é de 2.500m PROJETO DE TERRAPLANAGEM Exercício 6.3 – RESOLUÇÃO “A” 1° Passo → escolha da linha de distribuição a) Tangente a linha de Bruckner na estaca 90 b) Corta as estacas 30 e 145 c) Distância de 2300m < det d) Linha mais econômica é a de ordenada -5000 e) O material depois da estaca 145 deve ser transportado para pouco antes da estaca 30 f) Entre a estaca 0 e 20 não há compensação a ser feita, é obrigatório empréstimo. 30 90 145 -5000 Det = 2500m g) Resta ver, entre a estaca 145 e 160, até onde será aproveitado no aterro e a partir de onde será feito bota-fora. h) Sucessivas horizontais até obter a distância econômica de 2500m. i) Ordenada -4000 entre as estacas 25 e 150. j) O material escavado entre as estacas 145 e 150 deve ser transportado para o aterro entre as estacas 25 e 30. k) Bota-fora a partir da 150 l) Empréstimo entre 0 e 25 PROJETO DE TERRAPLANAGEM 30 90 145 -5000 -emp Bf Exercício 6.3 – RESOLUÇÃO “A” Det = 2500m PROJETO DE TERRAPLANAGEM 2° Passo → cálculo aproximado do momento de transporte 37 110 136 -5000 a) Primeira Compensação (estacas 30 a 90) b) Segunda Compensação (estacas 90 a 145) c) Transp. Longo: das estacas (145 a 150) até (25 a 30) kmmMt md mV ⋅= =⋅−= = 3 3 280.2 76020)3775( 000.3 kmmMt md mV ⋅= =⋅−= = 3 3 080.2 52020)110136( 000.4 kmmMt md mV ⋅= =⋅−= = 3 3 400.2 400.220)28148( 000.1 -8000 75 -4000 -5000 -9000 Exercício 6.3 – RESOLUÇÃO “A” PROJETO DE TERRAPLANAGEM d) Bota Fora (estacas 150 a 160) kmmMt md mV ⋅= = = 3 3 200 200 000.1 e) Empréstimo (estacas 0 a 25) kmmMt md mV ⋅= = = 3 3 200.1 300 000.4 O momento de transporte é igual a 8160m³·km )(200.1200400.2080.2280.2 3 kmmMTt ⋅++++= Exercício 6.3 – RESOLUÇÃO “A” PROJETO DE TERRAPLANAGEM Exercício 6.3 – RESOLUÇÃO “B” 35-6000 78 105 140 Det = 2500m Dt = 2100m Dt =860m Dt =540m Dt =700m 1° Passo → escolha da linha de distribuição PROJETO DE TERRAPLANAGEM Exercício 6.3 – RESOLUÇÃO “B” 40 -6000 80 102 137 Dt = 2100m 2° Passo → cálculo aproximado do momento de transporte 73 112 a) Primeira Compensação (estacas 35 a 78) kmmMt md mV ⋅= =⋅−= = 3 3 320.1 66020)4073( 000.2 b) Segunda Compensação (estacas 78 a 105) kmmMt md mV ⋅= =⋅−= = 3 3 440 44020)80102( 000.1 c) Terceira Compensação (estacas 105 a 140) kmmMt md mV ⋅= =⋅−= = 3 3 500.1 50020)112137( 000.3 PROJETO DE TERRAPLANAGEM Exercício 6.3 – RESOLUÇÃO “B” 35 -6000 140 Dt = 2100m 2° Passo → cálculo aproximado do momento de transporte -4000 25 150 d) Transp. Longo:das estacas (140 a 150) até (25 a 35) kmmMt md mV ⋅= =⋅−= = 3 3 600.4 300.220)30145( 000.2 d) Bota Fora (estacas 150 a 160) kmmMt md mV ⋅= = = 3 3 200 200 000.1 e) Empréstimo (estacas 0 a 25) kmmMt md mV ⋅= = = 3 3 200.1 300 000.4 PROJETO DE TERRAPLANAGEM Exercício 6.3 – RESOLUÇÃO “B” -6000 O momento de transporte é igual a 9260m³·km )(120020046001500440320.1 3 kmmMTt ⋅+++++= O momento de transporte da Solução A é igual a 8160m³·km PROJETO DE TERRAPLANAGEM Exercício 6.4 Dada a linha de Bruckner da figura a seguir, traçar a linha de distribuição mais econômica e calcular o momento de transporte. Distância média para bota fora de 100m Distância média para empréstimo de 200m Distância econômica de transporte de 1.100m PROJETO DE TERRAPLANAGEM Exercício 6.4: RESOLUÇÃO -8000 30 79 -2000 88 143 1° Passo → escolha da linha de distribuição PROJETO DE TERRAPLANAGEM Exercício 6.4: RESOLUÇÃO 1° Passo → escolha da linha de distribuição 2° Passo → cálculo aproximado do momento de transporte -8000 34 70.5 14000 99 136 a) Primeira Compensação (est. 30 a 79) kmmMt md mV ⋅= =⋅−= = 3 3 760.8 73020)345,70( 000.12 b) Segunda Compensação (est. 88 a 143) kmmMt md mV ⋅= =⋅−= = 3 3 840.11 74020)99136( 000.16 -20000 -2000 PROJETO DE TERRAPLANAGEM Exercício 8.5: RESOLUÇÃO -8000 30 79 88 143 -2000 d) Bota Fora (estacas 79 a 88) kmmMt md mV ⋅= = = 3 3 600 100 000.6 c1) Empréstimo (estacas 0 a 30) kmmMt md mV ⋅= = = 3 3 600.1 200 000.8 c2) Empréstimo (estacas 143 a 160) kmmMt md mV ⋅= = = 3 3 800.1 200 000.9 PROJETO DE TERRAPLANAGEM Exercício 6.4: RESOLUÇÃO -8000 30 79 88 143 -2000 O momento de transporte é igual a 24.600m³·km )(600800.1600.1840.11760.8 3 kmmMTt ⋅++++= PARA ESTUDAR 6.5. No que consiste o projeto de terraplanagem ? 6.6. Descreva do desmatamento e limpeza do leito ? 6.7. Porque são construídas as estradas de serviço ? 6.8. Qual é o destino do material escavado ? 6.9. Quais equipamentos podem ser utilizados na compactação de aterro, para cada tipo de solo ? 6.10. Quais são as categorias dos materiais escavados ? 6.11. Quais são os tipos de seção transversal para o cálculo de áreas e volumes de movimentação de solos ? PROJETO DE TERRAPLANAGEM PARA ESTUDAR 6.12. Porque os solos devem ser compensados para atividades de aterro ? 6.13. Como é construída a linha de Bruckner ? 6.14. Quais são as propriedades do diagrama de massas ? 6.15. Defina “Linha Econômica” no diagrama de massas. 6.16. Como é calculado de forma simplificada o momento de transporte ? PROJETO DE TERRAPLANAGEM
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