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RESENHA- SPED

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Resenha
Formalidades da escrituração contábil em forma digital.
A Escrituração Contábil Digital é um programa do governo brasileiro que está inserido num projeto de modernização das relações entre o Estado e os contribuintes. Dentro desse projeto existe a iniciativa de transportar para um ambiente online os procedimentos que antes eram realizados somente por meio do papel. Reduzindo assim a burocracia e otimizando os processos. As informações devidas pelos contribuintes passam a ser emitidas e assinadas de forma digital via certificado eletrônico, dotado da devida autenticidade.
A forma legal se deu por meio da RESOLUÇÃO CFC Nº 1.299, DE 17 DE SETEMBRO DE 2010, que prova o Comunicado Técnico CT 04 que define as formalidades da escrituração contábil em forma digital para fins de atendimento ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) e revoga as resoluções que menciona.
Em conformidade com os preceitos estabelecidos na ITG 2000 que trata sobre "Escrituração Contábil", a escrituração contábil em forma digital deve ser executada da seguinte forma:
a. Em idioma e em moeda corrente nacionais;
b. Em forma contábil;
c. Em ordem cronológica de dia, mês e ano;
d. Com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens; e
e. Com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis.
Lançamento é o meio pelo qual são registrados os fatos contábeis. A escrituração contábil é posta em prática por meio dos lançamentos. Todo fato que origina um lançamento contábil deve estar suportado em documentação hábil e idônea.
O lançamento contábil deve ter como origem um único fato contábil e conter:
a. Um registro a débito e um registro a crédito; ou
b. Um registro a débito e vários registros a crédito; ou
c. Vários registros a débito e um registro a crédito; ou
d. Vários registros a débito e vários registros a crédito, quando relativos ao mesmo fato contábil.
 O plano de contas é o conjunto de contas, previamente estabelecido, que norteia os trabalhos contábeis de registro de fatos e atos inerentes à entidade (com ou sem fins lucrativos), além de servir de parâmetro para a elaboração das demonstrações contábeis, com todas as suas contas sintéticas e analíticas, deve conter, no mínimo, 4 (quatro) níveis e é parte integrante da escrituração contábil da entidade, devendo seguir a estrutura patrimonial prevista nos artigos de 177 a 182 da Lei nº 6.404/1976. Na transmissão para o Sped do plano de contas, juntamente com os livros Diário e Auxiliares, e documentos da escrituração contábil digital da entidade, devem constar apenas as contas que tenham saldo ou que tiveram movimento no período.
A escrituração contábil e a emissão de livros, relatórios, peças, análises, mapas, demonstrativos e demonstrações contábeis são de atribuição e responsabilidade exclusiva de contabilista legalmente habilitado com registro ativo em CRC e devem conter certificado e assinatura digital da entidade e do contabilista.
O contabilista deve tomar as medidas necessárias para que a entidade titular da escrituração armazene, em meio digital, seus livros e suas demonstrações contábeis, devidamente assinados, visando a sua apresentação de forma integral, nos termos estritos das respectivas leis especiais, ou em juízo, quando previsto em lei. Sejam eletrônicos ou em formato de papel, as empresas devem guardar os documentos que dão lastro à escrituração contábil e tributária pelo prazo estipulado pela legislação de regência. Nesse sentido, diversos prazos devem ser observados, há prazos fiscais, contábeis, trabalhistas, previdenciário, entre outros.
Segue alguns documentos fiscais com seus respectivos prazos de guarda, bem como a base legal que os ampara:
	Documento
	Prazo de Guarda
	Base legal
	Comprovantes da escrituração da pessoa jurídica, relativos a fatos que repercutam em lançamentos contábeis de exercícios futuros.
	5 anos
	Artigo 37 da Lei nº 9.430/1996; artigo 45, III, da Lei nº 8.981/1995 e; artigo 173 do CTN/1966.
	Declaração de Ajuste Anual (DAA) e deduções
	5 anos
	Artigos 173 e 174 do CTN/1966.
	Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais (Defis)
	5 anos
	Artigos 173 e 174 do CTN/1966; artigo 26, II, da LC nº 123/2006 e; artigo 66 da Resolução CGSN nº 140/2018.
	Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf)
	5 anos
	Artigo 27 da IN RFB nº 1.915/2019.
	Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos (Decore Eletrônica)
	5 anos
	Artigo 4º, § 1º da Resolução CFC nº 1.592/2020.
	Escrituração Contábil Digital (ECD)
	5 anos
	Artigos 174 e 195 do CTN/1966 e; artigo 11 da Lei nº 8.218/1991.
	Escrituração Contábil Fiscal (ECF)
	5 anos
	Artigos 174 e 195 do CTN/1966; artigo 4º do Decreto-Lei nº 486/1969 e; artigo 37 da Lei nº 9.430/1996.
	EFD-Contribuições
	5 anos
	Artigos 174 e 195 do CTN/1966 e; artigo 11 da Lei nº 8.218/1991.
O Termo de Verificação a que se refere a norma, é o documento que a entidade deve emitir quando houver a necessidade de substituição da Escrituração Contábil Digital (ECD). O Sped, que é o instrumento de unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração contábil e fiscal dos empresários e das pessoas jurídicas, inclusive imunes ou isentas, mediante fluxo único, computadorizado e de informações, foi instituído pelo Decreto nº 6.022/2007, com alterações pelo Decreto nº 7.979/2013.
O CTSC 03 faz referência ao CTG 2001 – que define as formalidades da escrituração contábil em forma digital para fins de atendimento ao Sped. De acordo com a norma, nos termos do item 15 do CTG 2001, somente pode ser substituída, depois de autenticada pelo SPED, a escrituração contábil em forma digital que contenha erros que não possam ser corrigidos por meio de retificação de lançamento contábil extemporâneo, conforme previsto nos itens 31 a 36 da ITG 2000 – Escrituração Contábil.
O cancelamento da autenticação e a apresentação da escrituração substituta somente podem ser efetuados mediante apresentação de Termo de Verificação para Fins de Substituição que os justifique, o qual deve integrar a escrituração substituta e conter, além do detalhamento dos erros que motivaram a substituição:
a. a identificação da escrituração substituída;
b. a descrição pormenorizada dos erros;
c. a identificação clara e precisa dos registros que contenham os erros, exceto quando estes decorrerem de outro erro já discriminado;
d. a autorização expressa para acesso do CFC a informações pertinentes às modificações; e
e. A descrição dos procedimentos pré-acordados executados pelos auditores independentes mencionados na letra "b" do subcapítulo 3.11.2, quando estes julgarem necessário.
A escrituração substituta é de responsabilidade do profissional da contabilidade que a assinou.
A manifestação do profissional da contabilidade que não assina a escrituração se restringe às modificações relatadas no Termo de Verificação para Fins de Substituição.
GRUPO: NICOLLY CARREIRO GRANGEIRO
LEONARDO CORREIA FERREIRA
FONTE
SITE: VALOR CONSULTING (https://www.valor.srv.br/matTecs/matTecsIndex.php?idMatTec=596)

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