Buscar

Os quatro amigos harmoniosos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Era uma vez 4 amigos que moravam debaixo de uma grande figueira no pé da montanha dos Himalayas. Um pássaro, um macaco, uma lebre e um elefante. Eles se ajudavam mutuamente, e para colher os frutos da figueira, o pássaro usava seu bico afiado para cortar os frutos mais maduros em cima da cabeça da lebre, esta em cima da cabeça do macaco, que por sua vez, em cima das costas do elefante. Desta forma como uma pirâmide alta eles alcançavam todos os frutos da figueira. 
Um belo dia eles começaram a brigar e desrespeitar um ao outro. “ Eu primeiro. Não, eu primeiro. Você comeu o meu fruto...” A única forma de terem paz novamente era ganhando o respeito um pelo outro. Como eles sabiam que sempre deve-se respeitar os mais velhos, decidiram determinar quem era o mais velho dos 4. Mas como animais não sabem oque é aniversário para ver qual deles era o mais velho, começaram a discutir a idade da árvore que os abrigava.
O elefante falou primeiro, contando que quando era um bebê a figueira era apenas uma pequena moita que coçava sua barriga. O macaco então relatou que na sua infância a árvore era apenas uma mudinha de poucas folhas. A lebre logo se pôs a discorrer de quando encontrou a semente da árvore germinando como um minúsculo brotinho verde. Então o pássaro falou. Contou de quando ele engoliu a semente original daquela maravilhosa figueira, e que esta germinou depois que a semente saiu das suas fezes. O pássaro foi então honrado como o mais velho de seus amigos. E eles voltaram a se respeitar com o pássaro no topo da pirâmide trabalhando juntos para se alimentar.
Esta estória é sobre amizade, respeito pelo outro e pelos mais velhos.
Adaptado do livro The Jataka: Stories of the Buddha’s Former Births, Edited by E.B. Cowell. Published by Munshiram Manhrlal Publishers, New Dehli , India , 1990. Volume 1, Jataka Number 37, Page 92-94.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Os_M%C3%BAsicos_de_Bremen
--------------
37 Buddha Perdiz
37
“Pois aqueles que honram idade...etc.” – Esta história foi contada pelo Mestre enquanto a caminho de Sāvatthi, sobre o modo como o Ancião Sāriputra dormiu na rua.
Pois quando Anātha-pindika construiu seu mosteiro, e mandou avisar que estava pronto, o Mestre deixou Rājagaha e veio para Vesāli, colocando-se em viagem novamente depois de aí ficar a bel prazer. Foi quando os discípulos dos Seis correram na frente e, antes que quartos pudessem ser dados os Anciãos, monopolizaram o conjunto dos aposentos, que distribuíram entre seus superiores, seus professores e para eles mesmos. Quando os Anciãos chegaram mais tarde, não encontraram quartos para passar a noite. Até os discípulos de Sāriputra, depois de muito buscarem, não puderam encontrar aposentos para o Ancião. Ficando sem quarto, o Ancião passou a noite ao pé de uma árvore próxima ao quarto do Mestre, ao andando ao redor da árvore ou sentado ao pé da árvore.
Aurora o Mestre tossiu quando saiu. O Ancião tossiu também. “Quem ‘tá aí?” perguntou o Mestre. “É Sāriputra, senhor.” “Que ‘cê ‘tá fazendo aqui a esta hora, Sāriputra?” Então o Ancião contou a história ao final da qual o Mestre pensou, “Mesmo agora, ainda enquanto ainda estou vivo, os Irmãos perdem a cortesia e a subordinação; o quê eles não farão quando eu tiver morrido e partido?” E o pensamento o encheu de ansiedade pela Verdade. Logo que veio o dia, fez reunir a assembléia dos Irmãos, e os perguntou dizendo, “É vero, Irmãos, como escuto, que os discípulos dos Seis correram na frente e deixaram os Anciãos entre os Irmãos dormindo à noite à rua?” “É vero, Bento,” foi a resposta. Por isto com uma censura aos discípulos dos Seis e como lição a todos, ele se dirigiu aos Irmãos e disse, “Digam-me, quem merece o melhor aposento, a melhor água, e o melhor arroz, Irmãos?”
Alguns responderam, “Aqueles que eram nobres antes de tornarem-se Irmãos.” Outros disseram, “Aquele que originalmente era brahmin, uma pessoa de meios.” Outras severamente disseram, “A pessoa versada nas Regras da Ordem; a pessoa que pode expor a Lei; as pessoas que alcançaram o primeiro, segundo, terceiro e quarto estágio do ênstase místico.” Enquanto outros disseram, “A pessoa no Primeiro, Segundo, ou Terceiro Caminho da Salvação, ou um Arahat; alguém que saiba as Três Grandes Verdades; alguém que tenha os Seis Altos Conhecimentos.”
Após os Irmãos terem colocado a quem pensavam seriamente tinha a precedência em matéria de alojamento e similares, o Mestre disse, “Na religião que ensino, o padrão da precedência em matéria de alojamento e similares não é dada, por nobre nascer, ou ter sido brahmin, ou ter posses antes de entrar na Ordem; o padrão não é a familiaridade com as Regras da Ordem , com os Sutras, ou com os Livros Metafísicos (as três cestas, tri pitakas) ; nem está no atingir quaisquer dos quatro estágios de ênstase místico, ou de andar em quaisquer dos Quatro Caminhos da salvação. Irmãos, na minha religião é antiguidade que clama respeito em palavra e ato, saudação, e serviço devido; são os mais velhos que devem gozar do melhor alojamento, da melhor água, e do melhor arroz. Este é o padrão verdadeiro, e portanto o Irmão mais velho deve ter estas coisas. Contudo, Irmãos, aqui está Sāriputra, que é meu discípulo chefe, que girou a Roda da Verdade Menor, e que merece alojamento junto do meu. E Sāriputra passou esta noite sem quarto ao pé de uma árvore! Se vocês faltam ao respeito agora, como será o comportamento de vocês depois?”
E para posterior instrução, ele disse, “Em tempos passados, Irmãos, mesmos os animais chegaram a conclusão que era impróprio a eles, viver sem respeito e subordinação mútua, ou sem ordenar a vida comum; estes animais mesmos resolveram encontrar entre eles, quem era o mais velho, e então mostrar-lhe todos os tipos de reverência. Então pesquisaram a matéria, e tendo encontrado quem entre eles era o sênior, apresentaram-lhe todas as formas de reverência, de onde passaram ao terminar aquela vida para o céu das gentes.” E assim dizendo, ele contou esta história do passado.
------------------------
Certa vez, junto de uma grande árvore banian nas encostas dos Himālaias , moravam três amigos, - uma perdiz, um macaco, e um elefante. E vieram a perder respeito e subordinação um pelo outro, e desordenaram a vida comum. E veio-lhes o pensamento de que não era conveniente para eles viverem deste jeito, e teriam de descobrir quem entre eles era o sênior, o mais velho, e honrá-lo.
Enquanto pensavam quem era o mais velho, um dia uma ideia atingiu-lhes. Disse a perdiz e o macaco ao elefante quanto os três sentavam juntos ao pé da árvore banian, “Amigo, quão grande era esta árvore banian na sua primeira memória?” Disse o elefante, “Quando eu era bebê, esta árvore banian era um mero arbusto, por cima do qual passava andando; se parava em cima dela, seus ramos mais altos alcançavam minha barriga. Lembro dela quando mero arbusto.”
Depois ao macaco foi feito a mesma pergunta pelos outros dois; e ele respondeu, “Meus amigos, quando ainda pequenino, tinha só que esticar o pescoço parado no chão , e podia comer os brotos desta banian. De modo que conheço esta banian desde pequenina.”
Então à perdiz foi feita a mesma pergunta pelos outros dois; e ela disse, “Amigos, antes havia uma grande árvore banian em tal e tal lugar; comi as sementes dela, as evacuei aqui; que é a origem desta árvore. Portanto conheço esta árvore antes dela nascer e sou mais velhos que vocês dois.”
Daí o macaco e o elefante disseram à perdiz sábia, “Amiga, és a mais velha. Portanto deves ter de nós atos de honra e veneração, marcas de obediência e homenagem, respeito na palavra e ato, saudação e tudo que é devido; e seguiremos seus conselhos. Você da sua parte agradar-se-á em dar conselhos quando precisarmos.”
Daí em diante a perdiz deu-lhes conselhos, e estabeleceu-os nos Mandamentos, que ela também seguia e mantinha. Estando estabelecidos nos Mandamentos, e sendo respeitáveis e subordinados uns aos outros, com ordem própria na vida comum, estes três asseguraram-se renascer no céu ao término da vida.
---------------------------“Os esforços destes três” – continuou o Mestre – “veio a ser conhecido como a ‘Santidade da Perdiz,’ e se estes três animais, Irmãos, viveram juntos em respeito e subordinação, como podem vocês, que abraçaram uma Fé as Regras da qual são bem conhecidas, vivem juntos sem respeito e subordinação? De agora em diante, ordeno, Irmãos, que à antiguidade devem ser prestados respeitos de palavra, ação, saudação, e tudo devido; tal antiguidade deve ter o título do melhor alojamento, a melhor água, e o melhor arroz; e que nunca mais um ancião durma na rua lugar preterido por jovens. Quem quer que faça um ancião dormir na rua comete ofensa.”
Foi no fechar desta lição que o Mestre, como Buddha, repetiu esta estrofe:-
Pois aqueles que honram idade, são versados em Verdade;
Louvor agora, benção depois, são seus prêmios.
--------------------
Quando o Mestre terminou de falar da virtude de reverenciar idade, ele fez a conexão e identificou o Jātaka dizendo, “Moggaallāna era o elefante naqueles dias, Sāriputra o macaco, e eu mesmo a sábia perdiz.”
 [ Nota-se a origem do velho adágio, 'quem cospe a semente é que é dono da fruta' trazendo aos dias atuais o ensinamento antigo de respeito aos anciãos ; e no jataka anterior a origem do tempestade em copo d'água que veio do jacaré em poça d'água. A Codorna e a Perdiz : a cidade dos pássaros era em Kashmir .] 
------------------
os quatro amigos harmoniosos
A imagem dos quatro amigos harmoniosos (Thuenpa Puen Zhi) é comum em países como o Tibete e o Butão. Atribui-se-lhe a virtude de conservar a harmonia numa casa, entre as pessoas da família, ou onde quer que seja colocada, além de ser considerada bonita.
A história ou a explicação da imagem podem variar, mas a imagem é sempre muito parecida.
Há uma história atribuída a Buda:
"Uma vez, numa floresta em Varanasi (Índia) um elefante, um coelho, um macaco e um pássaro (perdiz) discutiram sobre a posse de uma árvore onde todos vinham alimentar-se. O elefante dizia que era dele porque a tinha visto primeiro.
O macaco dizia que era dele porque se tinha alimentado dos frutos da árvore. O coelho argumentava que se tinha alimentado das folhas quando a árvore ainda era pequenina. A perdiz que tinha estado a observar a discussão disse que a árvore lhe pertencia porque a árvore não teria crescido se ela não tivesse cuspido o caroço quando tinha comido o fruto.
Elefante, macaco e coelho, todos se inclinaram perante a perdiz e olharam-na como seu irmão mais velho. Os quatro animais tornaram-se amigos e decidiram partilhar a árvore juntos em harmonia pacífica desfrutando a fragrância da árvore, o alimento dos frutos da árvore e a recompensa da sombra da árvore.
Outros animais da floresta muitas vezes os viram juntos com a perdiz sobre o coelho que era suportado pelo macaco que viajava sobre o elefante. Por isso todos lhes chamavam os quatro irmãos harmoniosos. Os quatro animais eram vistos como exemplo e a paz regressou à floresta.
http://3.bp.blogspot.com/-cQBjVphm3Lo/Vk9jsdG-EAI/AAAAAAAAAYI/Cmm-AuLpA-w/s1600/p1000846.jpg

Continue navegando