Buscar

GE -TÓPICOS INTEGRADORES III - PEDAGOGIA_GUNI3_SER(1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIDADE III
TÓPICOS INTEGRADORES III 
PEDAGOGIA
2
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de 
qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou 
qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, do Grupo Ser Educacional.
Edição, revisão e diagramação: 
Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD 
_____________________________________________________________________
Paiva, Fábio.
Tópicos Integradores III - Pedagogia: Unidade 3 
Recife: Grupo Ser Educacional, 2019.
____________________________________________________________________
Grupo Ser Educacional
Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro
CEP: 50100-160, Recife - PE
PABX: (81) 3413-4611
3
TÓPICOS INTEGRADORES III - PEDAGOGIA
UNIDADE 3
PARA INÍCIO DE CONVERSA
Olá, caro (a) estudante! Seja muito bem-vindo (a) a nossa Unidade 3. É um prazer estar 
com você nessa jornada rumo ao conhecimento!
Numa perspectiva interdisciplinar e transdisciplinar, já vimos como se desenvolveu 
a educação brasileira ao longo do tempo – da Era Jesuítica a Redemocratização - e 
fizemos uma retrospectiva sobre as Políticas Públicas Educacionais, seus avanços e 
desafios atuais, principalmente no que se refere a implementação da Base Comum 
Curricular. 
Nossa, quanta informação interessante, não é mesmo?
Espero que esteja aproveitando estes momentos, aumentando seu cabedal de 
conhecimento e, consequentemente, agregando valor a sua prática profissional através 
de uma aprendizagem significativa.
Nesta unidade iremos abordar um tema muito importante para a educação, a 
Alfabetização e o Letramento. Primeiramente, será feita uma contextualização histórica, 
buscando entender a formação do cenário educacional atual. Em seguida, veremos 
como se dá a aquisição da escrita. Finalizando, concebendo a alfabetização como uma 
forma de inclusão social, buscaremos compreender, também, como se dá a apropriação 
da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).
Então, preparado (a) para prosseguir a caminhada?
Sigamos em frente!
4
ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA
A Unidade III está dividida da seguinte forma:
• Trajetória da Alfabetização no Brasil.
• Aquisição da Língua Escrita: A Psicogênese da Língua Escrita.
• Língua Brasileira de Sinais: uma perspectiva inclusiva.
TRAJETÓRIA DA ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL
Você se lembra que na unidade 1, quando fizemos uma viagem no tempo, verificamos as diversas 
concepções da educação ao longo de nossa história? 
Tivemos a oportunidade de perceber que a educação acompanha as demandas sociais, políticas e 
econômicas à época em que está inseria, sendo assim, para que possamos compreender a trajetória da 
alfabetização no Brasil, vamos relembrar, de forma sucinta, como se deu esse processo. 
Vamos dividir em períodos para que fique mais claro para você, ok?
DICA
Uma dica importante: recomendamos que, antes de continuar a leitura desta unidade, 
releia o e-book da disciplina Alfabetização e Letramento, para relembrar como se deu 
o início das práticas de alfabetização.
Sigamos, então!
Período Jesuítico
A alfabetização, de acordo com o momento, como já foi dito, é conduzida de forma diferenciada. 
Primeiramente, os jesuítas chegaram em 1549 com objetivo de catequizar os índios, impondo uma nova 
cultura (hábitos, costumes, religião) através da alfabetização em português. As missões jesuítas foram 
decisivas para o processo de expansão e colonização no Brasil. 
A escolarização jesuíta foi a base da nossa educação e ao entendermos como ela se formou, podemos 
entender suas prioridades e intenções. O Plano Educacional elaborado pelo Padre Manoel da Nóbrega 
– Ratio Studiorum - servia às várias classes da população, mas de acordo com a classe social a que a 
pessoa pertencia era designado um tipo de Educação.
5
Os jesuítas acabaram interferindo na economia e na política e se tornaram muito influentes. Houve uma 
insatisfação por parte da coroa portuguesa, por conta da influência e importância da educação oferecida 
pelos religiosos.
Assim, na segunda metade do século XVIII, os jesuítas foram expulsos de Portugal e do Brasil pelo 
Marquês de Pombal, o mais poderoso dos ministros do rei português.
VISITE A PÁGINA
Para entender mais sobre a educação Ratio Studiorum visite 
o site: LINK
A partir de agora, você irá entender quais as mudanças trazidas 
por Pombal.
Período Pombalino
Prezado (a) aluno (a), como já vimos na unidade 1, o Marquês de Pombal foi responsável por várias 
reformas e modernização da sociedade colonial, inclusive no campo da educação. Pombal estabeleceu um 
novo modelo e estrutura educacional que se diferenciava do Ratio Studiorum, estabelecido pelos jesuítas, 
conhecido como “Aulas Régias”.
No que se refere a alfabetização eram utilizadas as “cartas de ABC” juntamente com o método sintético 
da soletração (partindo dos nomes das letras), o fônico (partindo dos sons correspondentes às letras) e da 
silabação (emissão de sons, partindo das sílabas).
VISITE A PÁGINA
Para saber mais sobre o método sintético acesse a página:
LINK
Continuando...
As “aulas régias” perduraram até o período imperial, não oferecendo boas condições de ensino, pois 
dependiam do compromisso e empenho dos professores. A Reforma Pombalina, no que se refere à 
Educação, foi melhor em Portugal do que no Brasil. O Marquês de Pombal tentou institucionalizar o ofício 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782000000200010
https://www.webartigos.com/artigos/os-metodos-de-ensino-de-alfabetizacao-uma-visao-critica/153889
6
de Professor, realizando concursos para Bahia e Rio de Janeiro. Já para Pernambuco, foram designados 
professores de forma direta. No entanto, a formação dos professores aqui no Brasil ficava a cargo dos 
jesuítas. 
Você se lembra que o sistema educacional brasileiro estava todo nas mãos dos jesuítas e eles foram 
expulsos daqui? 
Pois é, ficou muito difícil mudar a estrutura educacional a milhares de quilômetros de distância, assim 
vários colégios jesuítas foram fechados e os bens da igreja confiscados. Na realidade, o que parecia 
moderno acabou prejudicando a educação no Brasil.
Período Imperial e Proclamação da Independência
 
Em 1808, com a chegada da família real portuguesa ao Brasil e a abertura dos portos a “todas as nações 
amigas”, D. João VI pretendia encerrar a dinâmica econômica do país até aquele momento. Através 
das atividades de comércio, as cidades portuárias tiveram um desenvolvimento acentuado. No campo 
educacional e cultural houve mudanças de grande importância, como: a Biblioteca Real e o primeiro jornal 
do país; além disso, novos prédios públicos foram estabelecidos, dentre eles: a Casa da Moeda, o Banco 
do Brasil, a Academia Real Militar e o Jardim Botânico.
Houve ainda, investimentos na educação, como por exemplo: implantação de cursos de Engenharia da 
Academia Real da Marinha, a Academia Real Militar, além dos cursos de Cirurgia da Bahia, de Cirurgia 
e Anatomia do Rio de Janeiro, de Medicina também no Rio de Janeiro, dentre outros. Entretanto, a 
educação básica não obteve a mesma atenção. As poucas escolas existentes não cumpriam de forma 
eficaz sua função social, consequentemente, o analfabetismo, segundo os historiadores, chegava a 70% 
da população. 
Em 1820 a família real retorna a Portugal, devido a um movimento revolucionário – Revolução do Porto – 
que exigiu o retorno de D. João VI, que deixa seu filho D. Pedro I como Príncipe Regente do Brasil.
Anos mais tarde, a lei que vai determinar sobre o ensino elementar é a de 15 de outubro de 1827. É o 
resultado do projeto de Januário da Cunha Barbosa de 1826, em que “estavam presentes as ideias da 
Educação como dever do Estado, da distribuição racional por todo território nacional das escolas dos 
diferentes graus e da necessidade graduada do processo educativo,” (RIBEIRO, 2011, p.30).
De acordo com Azevedo (2018), constana referida lei, em seu artigo 6º:
No artigo 6º, a lei versava sobre as matérias que os professores deveriam ensinar em sala de aula. 
Constava do texto da lei o ensino da leitura, da escrita e da matemática, além de princípios de moral cristã 
da religião católica e da história do Brasil (AZEVEDO, 2018).
Já em 7 de setembro de 1822, D. Pedro I torna o Brasil independente de Portugal, contudo a educação 
não contabiliza muitos avanços. A gratuidade do ensino (1824) não representou, de forma efetiva, 
investimentos em construção de escolas adequadas (AZEVEDO, 2018).
7
Houve a criação de Escolas de Primeiras Letras pelo Império para atender as camadas inferiores da 
sociedade. Entretanto, mesmo garantindo a possibilidade legal de criação de escolas, o Estado não 
cumpria seu papel, pelo contrário, a sua presença nessa empreitada educacional não funcionou; era 
mínima e pontual.
VEJA OS VÍDEOS
 
Nossa, quanta informação, não é mesmo? Sugiro que dê uma 
paradinha na leitura e assista aos vídeos a seguir. 
O primeiro é uma entrevista da Profª Maria do Rosário Longo 
Mortatti – Univesp - sobre a alfabetização após a Proclamação 
da República, introduzindo uma reflexão sobre a história da 
alfabetização e o período que iremos abordar, a seguir. O vídeo 
possui cerca de treze minutos e quarenta e nove segundos: 
LINK
O segundo trata de depoimentos de algumas professoras 
alfabetizadoras de diferentes momentos e a pesquisadora 
Lásara Nanci Amâncio, fazendo um panorama dos quatro 
momentos da alfabetização no Brasil. O vídeo possui cerca de 
catorze minutos e vinte e nove segundos: LINK
Bem, após refletir sobre os vídeos, convido a continuar nosso 
passeio pela história da alfabetização!
Vamos lá!
Período Republicano
Como a Professora Lásara Nanci coloca em sua entrevista (vide o vídeo), no final do Império (1876), 
em Portugal, foi publicada a Cartilha Maternal ou Arte da Leitura, escrita por João de Deus, um poeta 
português. O conteúdo dessa cartilha ficou conhecido como “método João de Deus” e foi bastante 
difundido, principalmente, a partir do início da década de 1880. Este método, também foi chamado de 
método da palavração, pois se fundamentava nos princípios da linguística moderna à época, consistindo 
em iniciar o ensino da leitura pela palavra, para depois analisá-la a partir dos valores fonéticos.
Com a Proclamação da República em 1889, passamos por um momento histórico pontuado por vários 
períodos de mudanças bem distintas e significativas. Existia uma grande insatisfação com um modelo 
de governo que já não dava conta dos problemas e demandas do Brasil naquele momento. Vários grupos 
sociais estavam insatisfeitos com o Império por vários motivos, também por conta da corrupção, pois os 
melhores cargos, geralmente, ficavam com portugueses ou para quem era fiel à ideologia da coroa. 
https://www.youtube.com/watch?v=W_8yIABYF9Q
https://www.youtube.com/watch?v=sgMfh3WvaCI
8
No que se refere à educação, podemos perceber que o espaço escolar começa a se tornar mais parecido com 
o que temos hoje, principalmente, com o surgimento do Grupo Escolar. A iniciativa partiu de São Paulo, em 
1892, e avançou para todo o país. Com estes grupos surge a divisão por séries, obrigando a elaboração de 
materiais didáticos distintos, assim, “o ideário republicano, nacionalista, traz a preocupação em produzir 
materiais ‘mais brasileiros’, deixando de lado os termos tipicamente portugueses e os conteúdos voltados 
para a história de Portugal” (UFMG, 2005).
Na primeira década republicana foi instituído o método analítico de alfabetização, que diferentemente 
dos métodos sintéticos, orientava que o ensino da leitura deveria ser iniciado pelo “todo” para depois se 
analisar as partes que constituem as palavras. Ainda nesse momento, já no final da década de 1920, o 
termo “alfabetização” passou a ser usado para se referir ao ensino inicial da leitura e da escrita.
VISITE A PÁGINA
Quer saber mais sobre os métodos analíticos de alfabetização? 
Então, acesse a seguinte página: LINK
Continuando...
Em 1927, acontece em Minas Gerais uma reforma idealizada por Francisco Campos, então Secretário do 
interior e responsável pela educação. A reforma foi idealizadora da Escola de Aperfeiçoamento, tendo 
como objetivo difundir o método global e as ideias da Escola Nova na educação primária em Minas.
O escolanovismo, como era chamado este movimento de inovação educacional, preconizava a função 
socializadora da escola, o indivíduo como centro do processo de aprendizagem, a educação para a vida, 
estabelece o caráter científico da educação, com contribuições da Psicologia, da Sociologia, dentre outras.
Em 1930, é criado o Ministério da Educação e Saúde Pública e quem foi nomeado para ministro? 
Exatamente, Francisco Campos que efetuou uma reforma na Educação no ano seguinte, reforma esta que 
ficou conhecida pelo seu nome.
Período Vargas
Estudante, já vimos que as mudanças na Educação acompanharam mudanças na economia e, tivemos 
mudanças profundas na economia brasileira, pois o capitalismo provocou a passagem de um sistema 
econômico agrário para o industrial. 
Um golpe de Estado orquestrado por Vargas é posto em prática de 1937 a 1946, o então conhecido Estado 
Novo. O progresso do país para Getúlio dependia da educação do povo. Assim o analfabetismo era uma 
preocupação de seu governo.
https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Escola/noticia/2016/02/alfabetizacao-conheca-os-metodos-sinteticos-e-analiticos.html
9
O combate ao analfabetismo, a promoção da escolarização profissional, a 
difusão da escola primária nas regiões rurais e a distribuição de merenda 
escolar e materiais didáticos fizeram parte das diretrizes estabelecidas 
pelo governo varguista como forma de fazer prevalecer uma concepção de 
educação como caminho para construção e fortalecimento da nacionalidade. 
Pela escola esperava-se integrar todas as classes a um único projeto social 
(VARGAS, 1932, apud CRUZ,p.1).
Com relação a alfabetização, na década de 40 são introduzidas as cartilhas Cartilha Sodré (1940) e 
Caminho Suave (1948). Ambas trabalham com o método silábico, na contramão de um período de ampla 
defesa dos métodos analíticos por parte dos pesquisadores e dos governos. Uma das explicações é que 
o método sintético seria mais fácil de ser aplicado pelo professor, além de atender a real necessidade de 
trabalhar a relação fonema/grafema, que muitas vezes ficava negligenciada nos métodos globais (UFMG, 
2005).
Em 1951, Vargas retorna ao poder. Neste momento havia um forte discurso nacionalista e o objetivo de 
ampliar ainda mais o processo de industrialização do país. Podemos destacar a campanha do “Petróleo é 
nosso” com a criação da Petrobras. Todavia, a forte oposição política, principalmente da União Democrática 
Nacional (UDN) e de Carlos Lacerda, criou uma situação insustentável para Vargas. 
Em 24 de agosto de 1954, o presidente suicidou-se.
Período do Nacional Desenvolvimentismo
É considerado historicamente o período que compreende o pós 2ª Guerra Mundial (1946) e o começo de 
1964 e, não poderíamos deixar de mencionar, em especial, os anos 60. Foram anos em que o país deu um 
salto no desenvolvimento econômico, mas também marcado por grande movimentação cultural, social e 
política. Destacamos dois fatos bastante significativos em termos educacionais.
Primeiro foi a aprovação, após 13 anos de tramitação e intensas discussões, da primeira Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional, através da Lei nº 4024. Pode-se destacar, ainda, como aspectos positivos 
da LDB a garantia de igualdade de tratamento por parte do poder público para os estabelecimentos 
oficiais e particulares, a unificação do sistema escolar e a sua descentralização e a autonomia do Estado 
para exercer a função educadora e o da distribuição de recursos para a educação.
Segundo, foi que nesta mesma década começou a Educação Popular pautada na Teologia da Libertação, 
tendo a participação da Igreja Católica e pedagogos, dentre eles, PauloFreire (1921–1997), que ainda 
hoje é uma figura de destaque por sua contribuição e pensamentos. 
VISITE A PÁGINA
Ouça o podcast sobre o Método Paulo Freire, acessando: LINK
https://www.infoescola.com/pedagogia/metodo-paulo-freire/
10
VEJA O VÍDEO
Para entender melhor o contexto em que surge o método de 
alfabetização de Paulo Freire, assista ao vídeo do Professor 
Afonso Scocuglia da UFPB, disponível em: LINK
Período do Golpe Militar
O período anterior ao golpe (de 1946 ao princípio do ano de 1964) provavelmente tenha sido o mais fértil 
da história da educação brasileira. Neste período despontaram educadores que deixaram seus nomes 
na história da educação por suas realizações, como: Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo, Lourenço 
Filho, Carneiro Leão, Armando Hildebrand, Pachoal Leme, Paulo Freire, Lauro de Oliveira Lima, Durmeval 
Trigueiro, entre outros. 
Depois do golpe militar de 1964, muito educadores foram perseguidos pelo governo em função de 
posicionamentos ideológicos. Muito foram calados para sempre, outros se exilaram, alguns se recolheram 
a vida privada e outros foram demitidos e trocaram de função.
 
É neste período que é instituída a Lei 5.692, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1971, 
tendo como a maior característica tentar dar a formação educacional um cunho profissionalizante.
Com os “slogans”, “Brasil grande”, “ame-o ou deixe-o”, “milagre econômico”, dentre outros, o governo 
planejava fazer com que a educação contribuísse para o aumento da produção brasileira. Era preciso, 
portanto, erradicar o analfabetismo.
Foi criado, então, um programa nacional, pretendendo levar em consideração as diferenças sociais, 
econômicas e culturais de cada região. A Lei 5.379 de dezembro de 1967, cria o Movimento Brasileiro de 
Alfabetização - MOBRAL, com objetivo de erradicar o analfabetismo do Brasil em dez anos. Foi extinto em 
1985, sendo substituído pela Fundação Educar, que não executa os programas, mas apoia financeiramente 
e tecnicamente não só as iniciativas do governo, como entidades civis e empresas.
VISITE A PÁGINA
Aprofunde seu conhecimento sobre o MOBRAL. Visite o LINK
https://youtu.be/iwjRzpDlLU0
http://www.fgv.br/CPDOC/BUSCA/dicionarios/verbete-tematico/movimento-brasileiro-de-alfabetizacao-mobral
11
Redemocratização até os dias atuais 
Sabemos que este período se inicia em 1986, com o fim do Regime Militar. Há uma nova ordem mundial 
e com o surgimento de novas tecnologias há a necessidade de modernizar a sociedade e expandir a 
economia brasileira. Foi com este espírito que iniciamos a década de 80 com a intenção de uma educação 
para todos, visando atender as demandas do mercado, dando ênfase a formação de professores e 
profissionais capazes de lidar com as novas tecnologias
Desde o início da década de 1980, foi introduzido no Brasil, o pensamento construtivista de alfabetização, 
fruto das pesquisas de Emília Ferreiro e Ana Teberosky sobre a Psicogênese da Língua Escrita. 
Foi constatado neste período um número enorme de pessoas consideradas “analfabetos funcionais”, que 
são as pessoas que apenas decodificam os signos linguísticos, mas não conseguem compreender o que 
leem. Assim surge o termo “letramento”. Estar (ou ser) letrado seria então, a capacidade de ler, escrever 
e fazer uso desses conhecimentos em situações reais do dia-a-dia. Segundo Soares (2004), alfabetizar 
letrando é importante, porque garante uma aprendizagem muito mais significativa:
Alfabetizar letrando ou letrar alfabetizando pela integração e pela articulação das várias facetas do 
processo de aprendizagem inicial da língua escrita é sem dúvida o caminho para superação dos problemas 
que vimos enfrentando nessa etapa da escolarização; descaminhos serão tentativas de voltar a privilegiar 
esta ou aquela faceta como se fez no passado, como se faz hoje, sempre resultando no reiterado fracasso 
da escola brasileira em dar às crianças acesso efetivo ao mundo da escrita (SOARES, 2004, p.12).
GUARDE ESTA IDEIA
A alfabetização é o processo de aprendizagem onde se desenvolve a habilidade de ler 
e escrever, já o letramento desenvolve o uso competente da leitura e da escrita nas 
práticas sociais. Uma das principais diferenças está na qualidade do domínio sobre 
a leitura e a escrita. Enquanto o sujeito alfabetizado sabe codificar e decodificar o 
sistema de escrita, o sujeito letrado vai além, sendo capaz de dominar a língua no seu 
cotidiano, nos mais distintos contextos.
12
QUADRO COMPARATIVO ENTRE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Quadro 1 – Quadro Comparativo entre Alfabetização e Letramento
Fonte: https://www.diferenca.com/alfabetizacao-e-letramento/
Este período de abertura democrática é muito fértil em experiências de alfabetização, numa concepção de 
que o processo de alfabetização exige maior sedimentação e continuidade. Verificamos que os programas 
mais recentes têm um tempo maior (de dois a três anos) de alfabetização, objetivando garantir que o 
jovem e adulto atinjam maior domínio da leitura e da escrita, para utilizá-los na sua vida, possibilitando 
uma continuidade de seus estudos.
Avançando um pouco no tempo, em 2006 a Lei 11.274 vai alterar a redação dos artigos. 29, 30, 32 e 87 
da Lei no 9.394/96- LDB - dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o Ensino Fundamental, com 
matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade, assim, incluiu a Classe de Alfabetização no 
Ensino Fundamental. 
Segundo as Diretrizes Nacionais Curriculares, a alfabetização deveria acontecer nos três primeiros anos, 
mesmo quando o sistema de ensino ou a escola fizessem opção pelo regime seriado, seria necessário 
considerar os três anos iniciais do ensino fundamental como um bloco pedagógico ou um ciclo sequencial 
não passível de interrupção, voltado para ampliar a todos os alunos as oportunidades de sistematização 
e aprofundamento das aprendizagens básicas.
https://www.diferenca.com/alfabetizacao-e-letramento/
13
A Nova Base Nacional Comum Curricular, prevê a diminuição deste período de alfabetização para os 
dois anos iniciais do Ensino Fundamental, objetivando que as crianças das escolas públicas tenham as 
mesmas oportunidades de serem alfabetizadas em tempo menor que as crianças que estudam em escolas 
privadas.
VISITE A PÁGINA
Veja o que alguns educadores pensam sobre a redução do ciclo 
de alfabetização proposto pela BNCC. Visite a página, a seguir: 
LINK
Qual a sua opinião a respeito desta matéria? Aproveite a leitura 
para discutir com seus colegas lá no Desafio Colaborativo, 
depois retome o guia de estudo.
Continuando...
O Brasil está tentando superar o analfabetismo e melhorar a qualidade da educação, pois isso é uma 
exigência dos investidores internacionais. A pressão externa vem no setor que mais aperta qualquer 
governante: o econômico. As empresas se preocupam com a qualificação técnica de seus colaboradores. 
Por isso, ao mesmo tempo que há investimento em escolas de profissionalização, é interessante ao país 
sanar de vez com o analfabetismo. Só que a tarefa é mais complicada do que parece.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE - em 2018, 
existem ainda 11,3 milhões de analfabetos no país, entre as pessoas de 15 anos ou mais. Houve redução 
de 0,1% e comparação com 2017, significando 121 analfabetos a menos (FERREIRA, 2019).
Na pesquisa é verificado que estamos muito aquém da meta pretendida pelo Plano Nacional de Educação, 
que previa para até 2015 uma taxa de alfabetização de 93,5%, os dados da pesquisa mostram ainda, 
que o índice atual é de 93,2%, muito abaixo do objetivo para 2015. O PNE determina também que o país 
erradique o analfabetismo até 2024.
VISITE AS PÁGINAS
Leia na íntegra a reportagem. Acesse: LINK
Veja ainda, uma reportagem sobre o Programa Criança 
Alfabetizada, lançado pelo Governo do Estado de Pernambuco 
em julho de 2019. Acesse: LINK
https://www.institutonetclaroembratel.org.br/educacao/nossas-novidades/reportagens/reducao-de-ciclo-de-alfabetizacao-divide-opinioes-de-educadores/https://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/brasil-ainda-tem-113-milhoes-de-analfabetos-23745356
https://www.folhape.com.br/noticias/noticias/educacao/2019/07/15/NWS,110587,70,614,NOTICIAS,2190-PERNAMBUCO-CRIA-PROGRAMA-ALFABETIZACAO-COM-INVESTIMENTO-ANUAL-540-MILHOES-EDUCACAO.aspx
14
Embora os números não sejam muito animadores, verificamos que há uma preocupação, tanto do governo 
federal, quanto dos estaduais para atingir as metas de alfabetização. Vamos verificar a seguir como se dá 
a aquisição da língua escrita e detalharmos um pouco sobre a Psicogênese da Língua de Emília Ferreiro 
e Ana Teberosky.
 
Sigamos em frente!
AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESCRITA
Caro (a) aluno (a), após nosso passeio pela história da alfabetização e letramento no Brasil, vamos 
estudar as concepções sobre a aquisição da língua escrita, no que se refere às noções de coesão e 
coerência. Veremos também, mais detalhadamente, as ideias de Emília Ferreiro e Ana Teberosky sobre a 
alfabetização e sua Teoria: A Psicogênese da Língua Escrita.
Avante, com os nossos estudos! 
Aquisição da língua escrita
Antes de prosseguirmos com nossos estudos sobre alfabetização e letramento, precisamos compreender 
como a criança concebe o texto em seus primeiros momentos escolares. Ferreiro (1999, p.47), afirma que 
“a alfabetização não é um estado ao qual se chega, mas um processo cujo início é na maioria dos casos 
anterior a escola é que não termina ao finalizar a escola primária”. Porém, as crianças chegam à escola 
sabendo que a escrita serve para escrever coisas inteligentes, divertidas e importantes.
Segundo a estudiosa, algumas crianças começam a se alfabetizar antes de entrar na escola, outras 
precisam frequentar a escola para se apropriar da escrita (Ferreiro, 1999, p.23). Podemos constatar isso 
em nossas salas do 1º ano do Ensino Fundamental. Quem é professor (a) alfabetizador (a) pode verificar 
que algumas crianças já estão praticamente dominando a leitura e a escrita e que outras ainda precisam 
se apropriar da linguagem escrita, não é mesmo? Este é um grande desafio para o educador (a).
Nessa perspectiva podemos citar Koch (2014) que nos coloca dois modelos de texto, que são apresentados 
pelas crianças nas séries iniciais de escolarização: quanto à forma de estruturação e quanto ao esquema 
textual e ao conteúdo semântico global.
Vejamos a forma de estruturação, que é o primeiro modelo de texto da criança, sendo construído de forma 
intuitiva, a partir do texto oral, como por exemplo: as conversas informais na família, com os amigos, 
através das narrativas escutadas na televisão, nos celulares ou tablets, ou pela contação de histórias. 
Constata-se que o aspecto oral da língua estimula a habilidade de invenção da criança, possibilitando 
que reinvente as histórias que lhe são contadas e as adapte à sua subjetividade, ao seu contexto íntimo 
e social.
De acordo com a autora, ao começar o primeiro estágio de alfabetização utilizando a cartilha, a criança 
é integrada ao primeiro modelo ou pode substituí-lo. Deparando-se com um texto diferente do jeito que 
15
conhece, a criança reformula sua hipótese a respeito do que é um texto. Kock (2014) nos diz que:
[...] o modelo “correto” de texto é aquele apresentado pela cartilha, que ela, 
então, tenta parodiar. Verifica-se que seus textos vão se tornando não só 
mais artificiais, como também perdem muito da riqueza e criatividade que 
caracteriza os primeiros textos espontâneos [...] (KOCH, 2014, p.161)
Desta forma, verificamos que ainda são usados modelos de redação de texto (narrativo, descritivo, 
dentre outros) de forma muito tradicional, pela qual a criança é direcionada ao caminho da repetição, 
reproduzindo até aprender a escrever.
Já no esquema textual, na perspectiva do conteúdo semântico global, no que se refere a um texto 
narrativo, podemos verificar, de acordo com a autora, que o que é utilizado mais corriqueiramente em sala 
de aula é a contação de história, principalmente os contos de fada, estruturados da seguinte forma: uma 
situação (história), um conflito, a resolução do conflito e um desfecho.
Outro aspecto que a autora nos traz é da coesão e da coerência, que reflete na escrita da criança. 
Segundo Koch (2014, p.163) “a coesão diz respeito ao modo como os constituintes textuais se encontram 
explicitamente interligados.” Dessa forma, o enunciado não seria construído com a junção de palavras e 
orações de uma maneira aleatória e sim, se organizaria pelo emprego de diversos procedimentos: lexicais 
(repetição, substituição ou associação), ou gramaticais (emprego de pronomes, conjunções, numerais ou 
elipses).
Por sua vez, a coerência segundo Koch (2014):
[...] diz respeito ao modo como os elementos expressos na superfície textual 
e aqueles que se encontram implicados vêm a permitir aos usuários do texto 
a construção de um sentido, devido à situação de uma série de fatores de 
ordem cognitiva, sociocultural, situacional, interacional, para citar os mais 
importantes [...] (KOCH, 2014, p.165)
LEITURA COMPLEMENTAR
Para que você aprofunde seus conhecimentos sobre o conceito 
de coesão e coerência, recomendo que releia seu e-book de 
Alfabetização e Letramento.
Outra forma de complementar sua leitura, indicamos o livro 
a seguir, cujo tema é a linguística textual: Coesão Textual de 
Ingedore Villaça Koch, disponível para download em: LINK
 
http://lelivros.love/book/baixar-livro-a-coesao-textual-ingedore-villaca-koch-em-pdf-epub-mobi-ou-ler-online/
16
As Técnicas de Leitura e Escrita: A Psicogênese da Língua Escrita
O ser humano possui a capacidade de se comunicar de diversas maneiras e uma delas é através da escrita. 
O ato de escrever bem é indispensável para o indivíduo da contemporaneidade. Percebe-se, então, a 
responsabilidade que os professores possuem de ensinar os alunos a ler e escrever, principalmente os das 
séries iniciais do Ensino Fundamental, proporcionando às crianças a possibilidade de construir o hábito 
de ler e escrever.
Há vários estudos sobre as técnicas de leitura e escrita. Vamos destacar Emilia Ferreiro, psicóloga 
argentina, que propôs um novo olhar sobre a alfabetização. Seus estudos, juntamente com a psicóloga, 
também argentina, Ana Teberosky, constituem uma nova teoria, intitulada Psicogênese da Língua Escrita, 
publicada em 1985. As estudiosas se motivaram a partir dos altos índices do fracasso escolar na Argentina 
e no México.
Emília Ferreiro teve seu doutorado orientado por Jean Piaget na Universidade de Genebra. Assim, 
juntando os conhecimentos da psicolinguística e a teoria psicológica e epistemológica de Jean Piaget, as 
pesquisadoras mostraram como a criança constrói diferentes hipóteses sobre o sistema de escrita, antes 
mesmo de chegar a compreender o sistema alfabético. Suas ideias chegaram ao Brasil na década de 80 
e, a princípio, foram consideradas, erroneamente, como um novo método de alfabetização.
Contudo, através da sua teoria, as estudiosas explicam como as crianças começam a ser leitoras antes 
de serem consideradas alfabetizadas. Contrapondo-se à concepção associacionista da alfabetização, 
a Psicogênese da Língua Escrita apresenta um suporte teórico construtivista, no qual o conhecimento 
aparece como algo a ser produzido pelo indivíduo, que passa a ser visto como sujeito e não como objeto 
do processo de aprendizagem. Tal processo é dialético, onde o indivíduo se apropria da escrita e de si 
mesmo, haja vista que é ao mesmo tempo usuário e produtor dessa escrita. Ferreiro, afirma:
Nenhuma prática pedagógica é neutra. Todas estão apoiadas em certo modo 
de conceber o processo de aprendizagem e o objeto dessa aprendizagem” 
(2000, p.31). O professor não pode, então, se tornar um prisioneiro de suas 
próprias convicções; as de um adulto já alfabetizado. Para ser eficaz “deverá 
adaptar seu ponto de vista ao da criança. Uma tarefa que não é nada fácil 
(FERREIRO, 2000, p.61).
Conforme Picolli e Camini (2013, apud Barbosa, 2018) Emília Ferreiro e Ana Teberosky afirmam que dentrodo desenvolvimento da escrita de uma criança, existem níveis que partem do primeiro contato com o lápis 
até a sua habituação. 
• O primeiro nível é o Pré-Silábico, onde os traços escritos pela criança têm forma de emes em letra 
curvada, sendo proporcional o que se pede à criança, e com o passar do tempo, ela pode começar 
a usar algumas letras do próprio nome, ou conhecidas, para escrever uma palavra que ele acha que 
está certa. 
• O segundo é o Silábico, quando a criança começa a associar a escrita com a fala, criando hipóteses 
de como pode ser escrita uma determinada palavra, julgando sua quantidade de letras, como por 
17
exemplo, “kvalo” como forma de escrever “cavalo”. 
• Outro nível é o Silábico-Alfabético, elas partem da etapa da hipótese para a alfabética, analisando 
que se escreve como se lê, logo começam a representar partes sonoras das palavras na escrita. 
• E o último nível que é o Alfabético, onde a escrita passa a ser correta, ou com poucos erros, sendo 
agora o próximo desafio a ortografia.
VISITE A PÁGINA
Estudante, recomendamos a leitura das autoras: Emília Ferreiro, 
Ana Teberosky e a gênese da língua escrita, disponibilizado 
em: LINK
 
A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS: UMA PERSPECTIVA INCLUSIVA
A surdez é uma deficiência que encontra muitos obstáculos na escola. Um deles é falta de profissionais 
habilitados para dar ao estudante surdo o suporte adequado a sua aprendizagem. É necessário que haja 
um acompanhamento diferenciado, propondo atividades variadas que incluam, efetivamente, a língua 
de sinais dentro do contexto escolar. Para que se dê de fato a inclusão do deficiente auditivo, não só o 
professor precisa aprender a se comunicar com ele, mas, também, os colegas de classe, a equipe técnico-
pedagógica e seus familiares. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN), Lei nº 9.394/96 (BRASIL, 1996), determina que 
os sistemas de ensino devem assegurar que os alunos sejam atendidos por professores com formação 
específica para o atendimento especializado, da mesma forma que também os professores da classe 
comum estejam capacitados para receber esses alunos. 
Nessa perspectiva, o trabalho de inclusão exige da escola uma mudança de paradigma, realizando um 
planejamento inclusivo, bem como investir em recursos físicos e humanos que sustentem uma prática 
educacional baseada na diversidade. O fazer educacional requer, portanto, uma equipe, uma escola, uma 
comunidade escolar engajada, compromissados com uma educação para todos. 
A Lei Nº 13.146, de 6 de julho de 2015, determina em seu artigo 28 a incumbência ao poder público de 
assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar a oferta de educação bilíngue, 
em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da língua portuguesa como segunda língua, em 
escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas, e ainda garantir a formação e disponibilização de 
professores para o atendimento educacional especializado, de tradutores e intérpretes da Libras, de guias 
intérpretes e de profissionais de apoio. 
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/15/11/emilia-ferreiro-ana-teberosky-e-a-gnese-da-lngua-escrita
18
VISITE AS PÁGINAS
Conheça um pouco mais sobre a história da Libras - Língua 
Brasileira de Sinais, acesse: LINK
Apesar das políticas públicas desenvolvidas, o que ainda se verifica é a falta de profissionais preparados 
para trabalhar com o estudante surdo. Falta formação inicial e continuada que proporcionem condições 
para que seja realizado de fato uma educação inclusiva. Diante desse desafio o desenvolvimento 
profissional docente se torna uma questão relevante a ser discutida no âmbito educacional.
O Governo do Estado de Pernambuco criou em 2007 a Gerência de Políticas de Educação em Direitos 
Humanos, Diversidade e Cidadania (GEDH), sob a coordenação da Secretaria Executiva de Desenvolvimento 
da Educação, em consonância com a política nacional da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização 
e Diversidade – SECAD/MEC. 
Conheça mais, acessando:
http://www.educacao.pe.gov.br/portal/?pag=1&men=179
PARA REFLETIR
Lançaremos uma situação-problema para você refletir!
Vamos supor que você vai assumir uma turma de alfabetização numa cidade de interior, 
sabendo que por essa turma já passaram três professores desde o começo do ano 
letivo e que não conseguiram alfabetizar a maioria das crianças. A faixa etária é de 6 a 
8 anos (turma multisseriada) e existe, ainda, um menino surdo. 
De acordo com tudo que vimos nesta unidade e com suas pesquisas, qual a metodologia 
que você usaria diante desse problema? 
Que método seria mais adequado para resgatar o interesse das crianças em aprender 
a ler e escrever?
Quanto a inclusão do estudante com deficiência auditiva, que atividades você poderia 
desenvolver para que ele se sentisse efetivamente acolhido, pertencente ao grupo?
Boa reflexão!
http://blog.handtalk.me/historia-lingua-de-sinais/
http://www.educacao.pe.gov.br/portal/?pag=1&men=179
19
LEITURAS COMPLEMENTARES
Indicamos mais leituras complementares acerca de vários 
assuntos. 
1. Psicogênese da Escrita de Emília Ferreiro e Ana Teberosky:
LINK
2. Quadro comparativo dos métodos sintéticos, analíticos, 
tradicional, construtivista:
LINK
3. Lei Nacional de Inclusão (Estatuto da Pessoa com Deficiência):
LINK
4. Algumas sugestões de atividades inclusivas:
LINK
PALAVRAS FINAIS DO PROFESSOR
Estimado (a) estudante, terminamos nossa unidade. Quantas informações, não é 
mesmo? Espero que você aproveite a leitura, e além das dicas de leitura assista aos 
vídeos e aprofunde seus conhecimentos através da bibliografia utilizada.
Ah! É importante que interajam no ambiente virtual de aprendizagem - AVA, realizando 
as atividades propostas, tirando suas dúvidas com os tutores, assistindo as videoaulas 
e as webconferências.
Na próxima unidade veremos como as Tecnologias de Informação e Comunicação - 
TIC’s podem contribuir para a educação.
Até lá!
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/emilia-ferreira-e-a-psicogenese-da-lingua-escrita/32498
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/quadro-comparativo-dos-metodos-sinteticos-analiticos-tradicional-construtivista/67693
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm
http://educacaoemlibras.blogspot.com/p/curiosidades.html
20
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO, Rodrigo. “A história da Educação no Brasil: uma longa jornada rumo à 
universalização”, 2018. Disponível em:
https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/a-historia-da-educacao-no-brasil-
uma-longa-jornada-rumo-a-universalizacao-84npcihyra8yzs2j8nnqn8d91/ Acesso: 
27/07/2019
CARVALHO, Frank Viana. O período Joanino (1808 - 1820), 2011. Disponível em: http://
frankvcarvalho.blogspot.com/2011/06/o-periodo-joanino-1808-1820.html Acesso: 
27/07/2019
CRUZ, Mariléia dos Santos. Sobre o combate ao analfabetismo no Governo de Paulo 
Ramos, durante a era Vargas. Disponível em: https://editorarealize.com.br/revistas/
fiped/trabalhos/TRABALHO_EV057_MD1_SA39_ID488_30092016073723.pdf Acesso: 
27/07/2019
FERREIRA, Paula. Brasil ainda tem 11,3 milhões de analfabetos. O Globo, Rio de Janeiro, 
19 de junho 2019, disponível em: https://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/
brasil-ainda-tem-113-milhoes-de-analfabetos-23745356 Acesso 30/07/2019
FERREIRO, Emilia. Reflexões Sobre Alfabetização. São Paulo: Cortez, 2000. 104p.
KORCH. I.V. As tramas do texto. Ed. 2. São Paulo: Contexto, 2014
RIBEIRO, Maria Luisa Santos. História da Educação brasileira: a organização escolar. 
Campinas, São Paulo: Autores associados: Histerdbr, 2011.
SAVIANI, Demerval. As Concepções Pedagógicas na História da Educação Brasileira. 
Disponível em: http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/artigos_pdf/Dermeval_
Saviani_artigo.pdf Acesso: 27/07/2019
SOARES, M. Alfabetização e Letramento, caminhos e descaminhos. Pátio, nº. 29. Ano 
VII, Editora Artes Médicas Sul Ltda, 2004, p.12

Outros materiais