Buscar

PAPER FINALIZADO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

15
LITERATURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: CONTAÇÃO DE HISTÓRIA.
Cleude Costa Pereira1
Diele Santana Machado
Leidy Jessica de S. Pereira
Paula Fabiane Borges de Assis 
 Elisangela Barros Miranda Gomes2
RESUMO
Neste artigo abordaremos sobre a literatura na educação infantil: contação de história. Falaremos sobre a história da educação infantil, a contação de história como estratégia educacional, sobre sua importância na educação infantil e a contação de história como pratica educativa: uma reflexão pedagógica. A contação de história é uma contribuição no ensino- aprendizagem na educação infantil, pois ela amplia o conhecimento da criança, a curiosidade, a criatividade, a oralidade, incentiva o gosto pela leitura, contribui na formação da personalidade da criança envolvendo o social e o afetivo. Citaremos alguns autores com seus pensamentos sobre a educação infantil contação de história, como: Bettelheim (2002, p. 197), o conto de fadas é a cartilha com a qual a criança aprende a ler sua mente na linguagem das imagens, a única linguagem que permite a compreensão antes de conseguirmos a maturidade intelectual.
Palavras-chave: Educação infantil. Prática Pedagógica. Contação de História. Literatura Infantil.
1. INTRODUÇÃO 
Vivemos hoje em um mundo onde tudo está ligado a tecnologia, a mídia digital, as redes sociais, pois vivemos no mundo tecnológico e a contação de história está sendo deixada de lado, por este motivo, então é nesse objetivo que a escola entra para dá ênfase a literatura infantil como forma de contação de história, pois na Educação Infantil isso estimula a curiosidade na criança, a curiosidade, a imaginação, a construção de ideias e expande seus conhecimentos e faz com que ela vivencie situações de alegria, tristeza, medo, entre outros, ajudando à resolver esses conflitos e criando novas expectativas. 
A contação de história instiga a imaginação, a criatividade, a oralidade, incentiva o gosto pela leitura, contribui na formação da personalidade da criança envolvendo o social e o afetivo.
Para Bettelheim (2009), as histórias representam, de forma imaginativa, aquilo em que consiste o processo sadio de desenvolvimento humano. O conto não poderia ter seu impacto psicológico sobre a criança se não fosse primeiro e antes de tudo uma obra de arte. 
A contação de história fornece fundamentos para a imaginação, estimula a observação e facilita a expressão de ideias. 
O objetivo deste trabalho é abordar a importância da história contada na Educação Infantil para o desenvolvimento educativo da criança. Elas transmitem valores morais, estimulam suas emoções, além de desenvolver nelas o gosto que as atrairão para a leitura quando mais velhos. A contação de histórias despertava também a imaginação, as emoções, o interesse e as expectativas dos seus ouvintes. Praticada de modo correto ela desenvolve a linguagem, as histórias podem ser utilizadas para ajudá-las a entender o mundo à sua volta. 
 Segundo Fernandes (2003), a literatura infantil funciona como um jogo em torno da linguagem e pode suscitar o prazer e emoções, além do divertimento. 
 Pretende-se apontar a importância das histórias infantis; relacionar a contação de histórias e a aprendizagem na Educação Infantil; mostrar habilidades que o professor deve ter ao contar histórias ao identificar diferentes maneiras de se contar histórias na Educação Infantil. Além de ser um momento prazeroso e interativo entre quem conta e quem ouve, narrar histórias para as crianças envolve fábulas, contos e lendas baseadas no repertório de mitos da sociedade. 
Por tanto iremos abordar uma fabula bastante conhecida, a do pastorzinho e o lobo, que trata da história de um pastorzinho mentiroso, essa história mostra claramente que um mentiroso poderá sofrer devido seu vício em contar mentiras.
Não alimentar o hábito de mentir é o melhor remédio, para que, no momento em que dizer a verdade, não fique desacreditado diante das pessoas.
O legal de fabula é que ao final da história tem sempre uma moral, e essa moral que buscamos ensinar as crianças. Pois contar histórias para crianças também contribui para o desenvolvimento da moral do caráter e da linguagem uma vez que amplia o universo de significados da criança e do hábito da leitura.
2. LITERATURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: CONTAÇÃO DE HISTÓRIA
2.1 A HISTÓRIA DA LITERATURA INFANTIL.
Era uma vez uma simples mais incrível ideia que surgiu na cabeça dos homens. Foi uma época em que eles ainda achavam que, criança era um mini adulto e que a criança deveria se comparta e se vestir e falar como um adulto, mas então as pessoas começaram a perceber que as crianças eram diferentes dos adultos. Aos sete anos, a criança tanto rica quanto pobre era colocada em outra família para aprender os trabalhos domésticos e os valores do ser humano. Na idade moderna a criança era tratada de acordo com sua classe social, tinha amor, piedade e dor por essa criança. Os colégios da época eram dirigidos a um pequeno grupo constituído somente por meninos. Foi nessa época que surgiu o castigo físico como a palmatoria, a política retardou a entrada da criança na escola a parti do século XVII para 10 anos de idade a justificativa para isso era de que a criança era considerada fraca e incapaz.
 	A criança vivencia o mundo de um jeito diferente e quanta dificuldade os adultos tiveram para entender isso, mas quando perceberam que as crianças são diferentes passaram a trata-las como uma criança deve ser.
A partir dessa data, deu início a uma nova configuração ‘’ na década de 1920, passava-se a defesa da democratização do ensino, educação significava possibilidade de ascensão social e era defendida como direito de todas as crianças consideradas como iguais’’ Kramer 1995, p55.
Na década de 1930, o estado assumiu o papel de buscar incentivo financeiro de órgãos privados, nesta década passou-se a preocupasse com a educação, física e higiene, das crianças como fator de desenvolvimento das mesmas tendo como principal objetivo combater a mortalidade infantil. Nesta época iniciou-se a organização de creches, jardim de infância e pré-escolas de maneira desordenada e sempre numa perspectiva emergencial como se os problemas infantis criados pela sociedade, pudessem ser resolvidos por essas instituições.
A criança vivencia o mundo de forma diferente e quantas dificuldades os adultos tiveram para perceber isso, mas quando perceberam começou a nascer a literatura infantil, foi ai então que dois irmãos juntaram as histórias da época em uma incrível coletânea de contos de fadas. Jacob e Wilhelm Grimm outro grande mestre da literatura infantil foi Hans Christian Andersen, que criou as histórias da pequena sereia e do patinho feio, outras histórias foram surgindo. Walt Disney contribuiu bastante com a literatura infantil fazendo o mundo da literatura invadir as telas do cinema.
E no Brasil aqui a literatura infantil estava só engatinhando, Os primeiros livros infantis publicados no brasil são traduções de histórias europeia datam a parti do século XIX , com a abertura oficial da imprensa Regia em 1808 , no ano de 1886 e publicado o livro de contos infantis de JULIA LOPES DE ALMEIDA E ADELIN LOPES VIERA Abrindo o século XX, Olavo Bilac e Coelho Neto editam seus Contos pátrios (1904) e Tales de Andrade, com o romance Saudade (1919), encerra o primeiro período da literatura infantil brasileira, até que MONTEIRO LOBATO começa a escrever para as crianças A CARREIRA DO AUTOR INICIA-SE EM 1921 COM A PUBLICAÇÃO A Menina do Narizinho arrebitado entre outras, como sitio do pica-pau amarelo. Hoje títulos da literatura infantil chegam a se tornar fenômenos mundiais como AS CRONICAS DE NARNIA E HARY POTER, a parti daí começam a surgir novos autores como Clarisse Lispector, Vinicius de Moraes e Cecilia Meireles.
a importância da diversão justifica-se porque imitar a realidade brincando aprofunda a descoberta e é uma das primeiras atividades, rica e necessária, no auxílio do processo de eclosão da personalidade e do imaginário que constitui um meio de expressão privilegiado da criança(CAVASSIM, 2008,  p 41).
Pode-se dizer que a criança não se desenvolve plenamente sem fazer a arte do teatro, de uma ou de outra forma a criança representa com o teatro muitas de suas aventuras e assim desenvolve seus conhecimentos e suas habilidades. Segundo (PCN, 1993, p. 83). “a arte tem sido proposta como instrumento fundamental de educação, ocupando historicamente papéis diversos, desde Platão”.
 
3. A IMPORTÂNCIA DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA COMO PRÁTICA EDUCATIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A mídia e as tecnologias estão cada vez mais acessíveis às crianças; as informações chegam pelos meios de comunicação ampliando os horizontes e os conhecimentos. Os livros estão sendo deixados de lado, as histórias estão sendo esquecidas, o que torna um desafio para o educador fazer com que as crianças em idade escolar tomem gosto pela leitura.
A contação de história nas escolas era uma forma de distrair as crianças e hoje vem ressurgindo a figura do contador de histórias. A contação de histórias é um precioso auxílio à prática pedagógica de professores na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A contação de história instiga a imaginação, a criatividade, a oralidade, incentiva o gosto pela leitura, contribui na formação da personalidade da criança envolvendo o social e o afetivo.
No século XVIII, a literatura infantil mostrou-se importante no âmbito escolar e na necessidade de uma mudança na mentalidade que a criança possuía. A escola foi um dos principais agentes para que a mudança na literatura ocorresse. As primeiras produções infantis foram realizadas por professores e pedagogos no final do século XVII e durante o século XVIII. Coelho (2001) afirma que “estudar a história é ainda escolher a melhor forma ou o recurso mais adequado de apresentá-la.” (COELHO, 2001, p. 31). A contação de histórias é uma das atividades mais antigas de que se tem notícia. Essa arte remonta à época do surgimento do homem há milhões de anos. Contar histórias e declamar versos constituem práticas da cultura humana que antecedem o desenvolvimento da escrita. Na cultura primitiva, saber ler, escrever e interpretar sinais da natureza era de grande importância, porque mais tarde iam se tornar registros pictográficos, com os quais seriam relatadas coisas do cotidiano que poderia ser lido e compreendido pelos integrantes do grupo. 
Ao preparar uma história para ser contada, tomamos a experiência do narrador e de cada personagem como nossa e ampliamos nossa experiência vivencial por meio da narrativa do autor. Os fatos, as cenas e os contextos são do plano do imaginário, mas os sentimentos e as emoções transcendem a ficção e se materializam na vida real. 
Para Bettelheim (2002, p. 197),
o conto de fadas é a cartilha com a qual a criança aprende a ler sua mente na linguagem das imagens, a única linguagem que permite a compreensão antes de conseguirmos a maturidade intelectual. (Bettelheim 2002, p. 197).
A criança necessita ser exposta a essa linguagem para prestar atenção a ela. O conteúdo pré-consciente das imagens do conto de fadas é muito rico porque estimula a criança a desenvolver seu intelecto. A bruxa representa os aspectos destrutivos da oralidade, que está propensa a comer as crianças como elas devoraram a casa de biscoito. As suas intenções malvadas forçam as crianças a reconhecer os perigos da voracidade oral.
A imaginação infantil é elevada, sublime, celestial e pura. A criança, diferentemente, se relaciona com as histórias como os adultos. A imaginação, nos contos de fadas, se torna para a criança uma realidade, ao passo que para os adultos é feita uma análise sobre a veracidade das histórias, sendo, portanto, uma barreira para o imaginário adulto.
O que é uma história? Seria como definir algo como o humano, a árvore e o arco-íris, acrescentam ainda que a 'História’ é como a vida, é difícil de definir ou categorizar. O que é uma história terapêutica? Os contos, os temas universais, permitem às pessoas sorrir ou chorar. Refletir sobre suas experiências de vida pode curar e incentivar para novos desafios, promovendo grandes transformações.
A arte de contar histórias atravessa gerações, convida a humanidade através da imaginação a refletir sobre a própria vida e transformar comportamentos desafiadores. As histórias podem ser lidas ou contadas, podem transformar ou curar, mas, para que isso aconteça, é preciso a responsabilidade e a sensibilidade para saber contá-las.
As palavras de Maciel (2010) são bem oportunas para a reflexão proposta neste trabalho, já que o autor defende a ideia de que o espaço da literatura em sala de aula, além de desvelar a obra e aprimorar percepções, também é uma maneira de enriquecer o repertório discursivo dos alunos, sem ter medo da análise literária. Para MACIEL, 2010. “Longe da crença ingênua de que a leitura literária dispensa aprendizagem, é preciso que se invista na análise da elaboração do texto, mesmo com leitores iniciantes ou que ainda não dominem o código escrito. ” 
Acredita-se que é estimulando as crianças a imaginar, criar, envolver-se, que se dá um grande passo para o enriquecimento e desenvolvimento da personalidade, por isso, é de suma importância o conto; acredita-se, também, que a contação de história pode interferir positivamente para a aprendizagem significativa, pois o fantasiar e o imaginar antecedem a leitura. Utiliza-se da leitura, através da contação de histórias, como metodologia para o desenvolvimento dos sujeitos e melhoria de seu desempenho escolar, respondendo a necessidades afetivas e intelectuais pelo contato com o conteúdo simbólico das leituras trabalhadas. 
Diferentes foram os autores pesquisados, para analisarmos sobre a real importância da contação de história e conseguimos perceber que a contação de história contribui para três aspectos especial e curiosidade da criança você ajuda a criança começar a ter uma noção crítica sobre ela uma opinião e começa a desenvolver isso da forma que você vai contando a história ela desperta a criatividade criando uma nova história através de desenhos também o educador dentro de seu planejamento deve estimular as crianças a ler e fazer rodas de leituras isso vai despertar o gosto de contar história.
4. A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA. 
A bastante tempo o ato de contar histórias nas escolas era tido como uma forma de entreter, distrair e relaxar as crianças, e ainda em algumas instituições continua a ser assim. Esse antigo costume popular pertencente à tradição oral, vem sendo resgatado pela educação como estratégia para o desenvolvimento da linguagem oral e visual.
De acordo com vários estudiosos a contação de histórias é um valioso auxiliar na pratica pedagógica de professores da educação infantil. As narrativas estimulam a criatividade e a imaginação, a oralidade, facilitam o aprendizado, desenvolvem as linguagens oral e visual, incentivam o prazer pela leitura.
As brincadeiras de faz-de-conta, valores e conceitos, colaboram na formação da personalidade da criança.
A contação de histórias é uma estratégica pedagógica que pode favorecer de maneira significativa a prática docente na educação infantil. Ao contar uma história a uma criança podemos está estimulando a imaginação, educando através de fabulas com uma moral no final da história, desenvolve habilidades cognitivas, trabalhar como forma de dinâmica o processo de leitura e escrita. A ludicidade com danças, brincadeiras e contação de histórias no processo de ensino e aprendizagem desenvolvem na criança o interesse, curiosidade e atenção, assim a criança sente-se estimulada e, sem perceber desenvolve e constrói seu conhecimento sobre o mundo. 
Dentro das histórias encontramos a gramática do conto: as personagens (protagonista e antagonista), apresentação inicial do conto, sucessão de eventos/ações complexas e o final; esta regularidade facilita a compreensão textual e a criação de histórias pela própria criança, assim contribuindo para as habilidades linguísticas em nível oral e escrito. O conhecimento adquirido pelas crianças em idade“pré-escolar” das competências da língua e narrativas são fundamentais nas fases de alfabetização e letramento.
Conforme afirma Bamberger. (1995). “a leitura é um dos meios mais eficazes de desenvolvimento sistemático da linguagem e da personalidade. Trabalhar com a linguagem é trabalhar com o homem”.
A contação de histórias é enriquecedora da imaginação na educação infantil, tem que ser de fácil linguagem, com imagens e possibilidade de explorá-las de forma lúdica, às narrativas possibilitarão as crianças um melhor desenvolvimento da capacidade de produção e compreensão. O professor precisa incluir em seu planejamento a história de uma forma para estar formando crianças que gostem de ler e escrever, uma geração de leitores e escritores que veem na literatura infantil um meio de interação e diversão. Segundo Abramovich (1991) o ato de escutar contos é o início para a aprendizagem de se tornar um leitor.
Além disso, a literatura oral na sala de aula pode ser trabalhada de várias formas como na interdisciplinaridade. Segundo ABRAMOVICH, 1995, p.17).
é através duma história que se podem descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e ser, outra ética, outra ótica. É ficar sabendo história, geografia, filosofia, sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula (ABRAMOVICH, 1995, p.17).
Na interação com as histórias a criança desperta emoções como se a vivenciasse, estes sentimentos permitem que esta pela imaginação exercite a capacidade de resolução de problemas que enfrenta no seu dia a dia, além disso, esta interação estimula o desenho, a música, o pensar, o teatro, o brincar, o manuseio de livros, o escrever e a vontade de ouvir novamente.
A repetição da história contada e sempre positiva, a criança sempre observa algo novo após a contação.
quem convive com crianças sabe o quanto elas gostam de escutar a mesma história várias vezes, pelo prazer de reconhecê-la, de apreendê-la em seus detalhes, de cobrar a mesma sequência e de antecipar as emoções que teve da primeira vez. Isso evidencia que a criança que escuta muitas histórias pode construir um saber sobre a linguagem escrita (BRASIL, 1998, p.143).
5. O professor contador de histórias, as técnicas e os recursos utilizados na contação.
A contação de histórias é um instrumento muito importante no estímulo à leitura, ao desenvolvimento da linguagem, é um passaporte para a escrita, desperta o senso crítico e principalmente faz a criança sonhar. E os contadores de histórias são os mediadores desse processo, tendo uma tarefa muito importante que é de envolver a criança na história, dando vida aos sonhos, o despertar das emoções, transportando para o mundo da fantasia.
Ler histórias para crianças, sempre, sempre... É poder sorrir, rir, gargalhar com as situações vividas pelos personagens, com a ideia do conto ou com jeito de escrever do autor e, então, poder ser um pouco cúmplice desse momento de humor, de brincadeira, de divertimento... É através da história que se pode descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outra ética, outra ótica... É aprender História, Geografia, Filosofia, Política, Sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula... Porque se tiver, deixa de ser literatura, deixa de ser prazer e passa ser Didática, que é outro departamento (não tão preocupado em abrir as portas da compreensão do mundo). (ABRAMOVICH, 1997, p.17).
O professor contador de histórias com sua arte oportuniza o seu ouvinte a identificar-se com os personagens que vão sendo apresentadas no decorrer da narrativa, compreendendo e se posicionando de maneira crítica diante da vida. As histórias fazem parte da vida do ser humano desde que ele nasce. Souza “Todo ser humano nasce imerso numa história. A história do encontro entre duas pessoas, a história do seu nascimento, a história do lugar onde nasceu, onde cresceu, e as histórias que ouve contar” (SOUZA, 2002, p. 121). Bettelheim (1980), descreve a função das histórias:
Para que uma história realmente prender a atenção da criança, deve entretê-la e despertar a sua criatividade. Mas para enriquecer sua vida, deve estimular-lhe a imaginação: juda-la a desenvolver seu intelecto e a tornar claro suas emoções; estar harmonizada com suas ansiedades e ao mesmo tempo sugerir soluções para os problemas que a perturbam (BETTELHEIM, 1980, p. 13)
Todo o desenvolvimento do imaginário da criança ocorre em torno criança é submetida pode significar além disso, a afirmação de um status de personalidade quanto ao acesso ao mundo da leitura e escrita. Portanto é um momento carregado de empolgação e euforia, e também, pressão social e medo.
Pensar o imaginário como um vasto campo de possibilidades, que proporciona, entre tantas coisas, a compreensão e aceitação de diferentes níveis de percepção da realidade, abrindo-se para um sistema participativo, plural, sensível e passível de outras lógicas (BUSATTO, 2007, p.58)
	
No entanto é preciso planejar o processo de transição que ocorrerá a fim de minimizar o stress na criança. Um elevado nível de stress pode deixar marcas a curto e longo prazo, causar distúrbios e interferir no processo de aprendizagem. A contação de histórias é um instrumento de grande valia nessa transição, apesar da ausência de estudos avaliativos neste campo, pois ao ouvir uma história que relate sua trajetória até o momento e que ainda antecipa o futuro que a nova fase escolar lhe reserva, a criança elabora o inevitável rompimento dos vínculos estabelecidos nessa fase e se prepara para uma nova etapa, diminuindo assim o próprio nível de stress, o medo e a insegurança.
O ato de contar histórias instrui, socializa e diverte as crianças. É uma ferramenta que desperta o interesse pela leitura, ajuda no desenvolvimento psicológico e moral, auxiliando na manutenção da saúde mental das crianças em fase de desenvolvimento, amplia o vocabulário e o mundo de ideias, desenvolvendo a linguagem e o pensamento, trabalha a atenção, a memória e a reflexão, desperta a sensibilidade, a descoberta da identidade, adapta as crianças ao meio ambiente, assim como desenvolve funções cognitivas para o pensamento como comparação, raciocínio lógico, pensamento hipotético e convergente e divergente. A organização geral dos enredos possui um conteúdo moral que colabora para a formação ética e cidadã das crianças.
 5.1 AS TÉCNICAS E OS RECURSOS UTILIZADOS NAS CONTAÇÕES.
 Aspectos devem ser considerados para o sucesso da contação de histórias em sala de aula. Como espaço físico adequado, expressões e gestos utilizados pelo professor/contador, de forma a imitar os personagens; o ambiente deve ser harmonioso e aconchegante, sem distrações externas, com crianças agrupadas, a preparação de um baú ou prateleiras com livros infantis, um tapete de feltro colorido com recortes dos personagens das histórias, um avental com velcro onde os personagens possam ser fixados, fantoches ou dedoches, os fantoches de vara, de mão e de dedo são excelentes recursos para contar histórias aos pequenos, além disso são estimuladores da imaginação e da linguagem, facilitando a concretização das fantasias e a expressão dos sentimentos.
Os bonecos atraem as crianças proporcionando o prazer de dar vida e voz a eles; graças ao fantoche pode-se superar a timidez que dificulta a comunicação e podem ser expressos sentimentos. O teatro de fantoches ensina a criança a prestar atenção no mundo sonoro, é um excelente recurso didático onde os professores podem abordar assuntos do conteúdo programáticos, focalizando o interesse para o assunto proposto, enriquecendo a aula. Neste contexto também a música, tem o poder de alterar o comportamento incentivando a realização das atividades com prazer, diversas são as músicas infantis que podem ser trabalhadas nas diferentes modalidades e estratégias educacionais. A educação ganha força ao aliar-se a expressão oral, expressão plástica e as emoções.
Para a escritora de literatura infantile juvenil, pedagoga, atriz e contadora de histórias profissional Fanny Abramovich os cuidados e preparos do professor/contador de histórias se referem saber escolher o que vai contar, levando em consideração o público e com qual objetivo; 2. Conhecer detalhadamente a história que contará; 3. Preparar o início e fim no momento da contação e narrá-la no ritmo e tempo que cada narrativa exige; 4. Evitar descrições imensas e com muitos detalhes, favorecendo o imaginário da criança; 5. Mostrar à criança que o que ouviu está ilustrado no livro, trazendo-a para o contato com o objeto do livro e, por consequência, o ato de ler; 6. E por último, saber usar as possibilidades da voz variando a intensidade, a velocidade, criando ruídos e dando pausas para propiciar o espaço imaginativo. 
Ler a história antes de contá-la as crianças é um cuidado do contador para averiguar do que trata se é engraçada, triste, séria e qual a entonação que usará. Segundo Busatto (2003) narrar não é um ato simples e banal, é uma arte que requer preparo do educador. A contação de histórias tem como protagonista principal a palavra – em que o ouvir leva ao imaginar e o narrar deve encantar. Segundo Abramovich (1991) contar histórias é o uso simples e harmônico da voz. A expressão, a entonação bem usada repassando sentimentos e a clareza no dizer são técnicas fundamentais ao professor/contador. 
É necessário que o professor tenha uma formação literária básica capaz de analisar os livros infantis selecionando o que pode interessar as crianças e decidindo sobre elementos que sejam úteis para a ampliação do seu conhecimento, como recomenda o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil Vol.3 “a intenção de fazer com que as crianças, desde cedo, apreciem o momento de sentar para ouvir histórias exige que o professor, como leitor, preocupe-se em lê-la com interesse, criando um ambiente agradável e convidativo à escuta atenta, mobilizando a expectativa das crianças, permitindo que elas olhem o texto e as ilustrações enquanto a história é lida.” (p.143). 
O ideal é trabalhar com a contação de histórias desde a educação infantil. Respeitando o estágio de desenvolvimento em que as crianças se encontram. Antes de completarem 03 anos as crianças vivem num mundo muito concreto, suas brincadeiras são relacionadas ao real, gostam de histórias que falam de limpar a casa, ir nadar, dirigir um carro, fazer um bolo ou passear no parque, isso porque ainda estão sendo apresentadas a essas coisas do mundo, gostam de reconhecer e rever no livro o que já conhecem, mas a partir dos 03 e 04 anos começam a viver no mundo da imaginação, onde uma atividade vividamente imaginada é como se fosse real. Uma narração de conto com apoio visual – desenhos, encenação com brinquedos e bonecos ou com muitos gestos expressivos – prendem muito mais atenção desta faixa etária do que se fosse.
Portando podemos analisar que prioritariamente, contar histórias é uma forma de entretenimento. Mas, mais do que isso o conteúdo das histórias faz parte da formação do caráter da criança. Além de ser uma das melhores maneiras de ajudar os pequenos a lidarem com as transformações, pelas quais todos nós passamos quando estamos crescendo e conhecendo o mundo que nos cerca.
Por isso o professor precisa sempre levar em consideração aspectos para o sucesso na hora da contação de histórias em sua sala de aula, como expressões e gestos utilizados, de maneira à imitar os personagens; a escolha do espaço físico e os ambientes devem ser harmoniosos e aconchegantes, onde não aconteça distrações externas e também não haja grandes agrupamentos de crianças. Pode-se incluir nestes aspectos também a preparação de acessórios e objetos como: Baú onde tenha matérias variados ou até mesmo prateleiras como livros infantis com capas coloridas, e imagem que possam instigar ainda mais a natureza curiosa que as crianças trazem consigo um tapete de feltro colorido com personagem recortados das histórias e o professor tem buscar cada vez mais inovar. 
6. UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL.
		A contação de história na educação infantil é muito importante, pois através da contação de história podemos abordar vários elementos de caráter pedagógico e contribuir para a curiosidade, a interação, a observação, a imaginação, a criatividade, a oralidade e incentiva o gosto pela leitura, contribuindo na formação da personalidade da criança envolvendo o social e o afetivo. Pensando nisso abordaremos a fábula do pastorzinho e o lobo, essa fabula retrata a mentira, que não podemos alimentar o hábito de mentir, pois devemos ensinar as crianças que dizer a verdade é sempre melhor opção, que que as pessoas não desacreditem de quando estivermos falando a verdade. O legal da fabula é que ao final da história tem sempre uma moral, e essa moral que buscamos ensinar as crianças. Pois contar histórias para crianças também contribui para o desenvolvimento da moral do caráter.
Tema: A Fabula Do Pastorzinho E O Lobo.
Público alvo: Educação infantil/Pré II, 5 anos.
Tempo Previsto: 15 minutos. 
Objetivo de ensino: 
· Desenvolver a ludicidade através de contação de história.
· Desenvolver a linguagem oral.
· Pensar, de maneira crítica, sobre as condutas morais que orientam nossas ações cotidianas;
· Formar leitores apreciadores e críticos;
· Estimula a expressão de emoções, pensamentos e condutas.
Expectativa de aprendizagem: 
· Reconhecer personagens da fábula 
· Identificar o certo e o errado
· Entender a moral da fabula
· Ampliar a imaginação
· Despertar a imaginação 
Recursos utilizados:
· Casa de fantoche 
· Fantoches de lobo e de pastorzinho.
· A fábula
· Microfone
· Apito 
Procedimentos metodológicos:
1º – Explique para os alunos o que é fábula: As fábulas são composições literárias curtas, escritas em prosa ou versos em que os personagens são animais que apresentam características antropomórficas, muito presente na literatura infantil. 
2º – Apresentar a fábula com fantoche: O pastorzinho e o Lobo. Refletir com os alunos: A moral da fábula: quando os mentirosos falam a verdade ninguém acredita.
3º – Essa é uma ótima oportunidade para trabalhar com as crianças sobre a questão de não mentirem. Há quem defenda que uma mentira, se for para boa causa não faz mal, mas, na realidade, toda pessoa que tem o hábito de mentir, torna-se alguém de conduta duvidosa, e isso não é bom.
Acompanhamento e avaliação: 
A avaliação da aprendizagem será por meio da observação da linguagem oral, da interação, ver quem instigar com suas curiosidades.
 Referencias 
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/a-avaliacao-do-plano-de-aula/41564
https://demonstre.com/o-pastorzinho-e-o-lobo/
Anexo
 O PASTORZINHO E O LOBO
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O presente trabalho acadêmico possibilitou a pesquisa sobre a literatura infantil: a contação de história, na educação infantil constatou-se que é um instrumento poderoso e fundamental para o professor utilizar em sala de aula, pois contribui de diversas maneiras na educação das crianças, despertando nelas a investigação, a criatividade, o interesse e o gosto pela leitura.
Através da realização desde trabalho foi possível perceber que na contação de histórias o professor pode tornar a aprendizagem mais significativa e atraente para os alunos da Educação Infantil. Além disso, considera-se que contar histórias para as crianças, proporciona momentos de grande interação entre os alunos e o professor, é uma forma diferente e significativa de ensinar. 
 A escola também tem um papel importante a exercer: cuidar para que o aprender seja uma conquista. É como um instrumento indispensável, pode utilizar a contação de histórias nas diferentes situações. 
Quando o professor conta histórias para as crianças pequenas está mostrando a elas como é o mundo em que vivem, ajudando a criança a pensar, olhar e entender um pouco daquilo que as cerca. É muito importante que a criança na Educação Infantil seja estimulada a todo tempo, mantendo-securiosa e criativa, aprendendo de forma estimulante e significativa. 
Através das histórias a criança pode sentir emoções importantes como alegria, tristeza, bem-estar, medo, tranquilidade e tantas outras, com toda a amplitude, significância e verdade que cada história mostra.
O professor que faz uso da contação de história como recurso em sala de aula desperta a imaginação das crianças, desenvolvendo nelas a capacidade cognitiva de percepção do livro como instrumento de informação e descontração. 
Através da pesquisa realizada neste estudo foi possível compreender como é ampla a utilidade da contação de história, constatou-se que contar histórias para as crianças da Educação Infantil, contribui de forma intensa para o seu desenvolvimento e aprendizagem. Com este trabalho acadêmico espera-se despertar um interesse maior por contar histórias em sala de aula, tornando-se assim investigadores de novas descobertas e conhecimentos que conduzem a uma forma atraente e significativa de ensinar e aprender.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. 2.ed. São Paulo: Scipione; 1991. 
BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. Ática. Abril, 1995.
BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. Tradução de Arlene Caetano. 16. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
_____________, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. São Paulo: Paz e Terra S/A, 2009.
BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, MEC/SEF, 1993.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BUSATTO, Cléo. A arte de contar histórias no século XXI. Petrópolis: Editora Vozes, 2007.
CAVASSIN, Juliana. Perspectivas para o teatro na educação como conhecimento e pratica pedagógica.r.cient./FAP, Curitiba, v.3, p.39-52 , jan./dez. 2008.
FERNANDES, D. L. A literatura infantil. São Paulo, Loyola, 2003.
_______________________________________________
1 Acadêmicos do Curso de Pedagogia do Cento Universitário Leonardo da Vinci, Polo-Portel.
2 Tutora externa do Curso de Pedagogia do Cento Universitário Leonardo da Vinci, Polo-Portel.

Outros materiais