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APOSTILA DE AÇÃO DIRETA DE INSCONTITUCIONALIDADE

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AÇÕES DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE 
O Poder Judiciário realiza o controle repressivo de constitucionalidade, difuso e 
concentrado, O concentrado no âmbito nacional é feito pelo STF, mas no âmbito 
Estadual quem faz é o Tribunal de Justiça. 
 
1) AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADI) 
PREVISÃO LEGAL: art. 102, I, “a” da CF e a Lei 9.868/99 (artigos 2º ao 12) 
 
OBJETO: extirpar (retirar) Lei ou ato (primário) normativo federal ou estadual 
que contrarie a Constituição Federal ou Tratador Internacionais de Direitos 
Humanos, aprovados com quórum de Emenda Constitucional, nos termos do art. 
5º,§ 3º da CF. 
-Lei: aquele ato oriundo do Poder Legislativo (Lei Ordinária, Lei Complementar, 
Lei Delegada previstos no art. 59 da CF) 
-Ato normativo: ato necessariamente para ser ADI precisa ser primário, atos que 
se comportam como lei de forma abstrata, genérica e impessoal, por exemplo: 
Medida Provisória, Decreto Legislativo, Emenda Constitucional. 
 
OBS: Não cabe ADI contra súmula vinculante (pois, sumula não é lei, é resumo 
de reiteradas decisões), decreto regulamentar (pois, o decreto irá regulamentar 
a lei, estando abaixo da lei), nem lei ou ato normativo municipal. 
 
OBS2: Todavia, cabe ADI contra Decreto autônomo (decreto da intervenção 
federal, estado de defesa e estado de sítio – pois, terão características 
semelhantes a lei) 
Ex. quando o ex-presidente Michel Temer decretou a intervenção federal no Rio 
de Janeiro, em tese tinha um vício formal, pois ele inverteu a ordem, ao invés de 
ouvir os conselhos da republica de defesa nacional e depois decretar, ele 
primeiro decretou e depois ouviu, caberia aqui uma ADI, mas por questões 
políticas, ninguém se manifestou na época. 
 
LEGITIMIDADE ATIVA: art. 103 da CF 
4 pessoas (Presidente da República, Procurador Geral da República, 
Governador de Estado e Governador do DF) 
4 mesas (Mesa da Câmara dos Deputados, Mesa do Senado, Mesa das 
Assembleias Legislativas, Mesa da Câmara Legislativa do DF) 
4 entidades (Conselho Federal da OAB, Partido Político com representação no 
Congresso Nacional, Confederação Sindical, Entidade de Classe de âmbito 
nacional) 
 
ATENÇÃO: O STF criou um filtro, pois existem alguns legitimados acima 
(sublinhado), conhecidos como legitimados especiais, que precisam demonstrar 
mais um requisito especifico, a pertinência temática, ou seja, mostrar a relação 
deste legitimado com a norma que ele está impugnando, uma relação entre a 
lei/ato impugnado está causando prejuízos aquele Estado, ligado aquele 
legitimado. 
Ex. O Governador do MT precisa demonstra que aquele ato/lei afeta o Mato 
Grosso. 
ATENÇÃO 2: Aqui estaremos diante de uma situação excepcional da 
capacidade postulatória das autoridades previstas no art. 103 da CF, o STF 
entende que nestes casos, ao menos enquanto ostentarem a condição prevista 
na lei, estão habilitados a praticar atos dos advogados. Exceto: os partidos 
políticos, confederações sindicais e entidades de classe que exigem advogado 
constituído e com poderes específicos. 
 
LEGITIMADO PASSIVO: Será o órgão ou autoridade responsável pela edição 
da lei ou ato normativo. 
CUIDADO: Quando o legitimado for a congresso nacional ou assembleia 
legislativa, devemos indicar o chefe do executivo correspondente 
 
 
COMPETÊNCIA: 
Regra: competência originária no STF - Ministro Presidente do Supremo 
Tribunal Federal 
-art. 102, I, “a” da CF 
Exceção: Tribunais de Justiça quando houver ofensa a constituição estadual, art. 
125, §2º da CF. 
ATENÇÃO: Mesmo na hipótese de lei municipal que se limite a reproduzir 
dispositivo da Constituição Federal de observância obrigatória pelos Estados, 
quando contestada em face da Constituição Estadual, a competência será do 
Tribunal de Justiça. 
 
MEDIDA CAUTELAR: art. 102, “p” da CF e art. 10 da Lei 9.868/99 
 
LEMBRAR DA ESCADA DE PONTES DE MIRANDA 
- EXISTENCIA – vigente, publicado 
- VALIDADE - “constitucionalidade” 
- EFICACIA – efeitos 
 
PROCEDIMENTO: 
1) PETIÇÃO INICIAL – lembrar da exceção da capacidade postulatória, ou 
seja, enquanto o governador estiver no cargo, não precisa de advogado 
para propor ADI 
Além dos requisitos do art. 319 do CPC a Lei 9.868/99 no art. 3º determina: 
A petição indicará: 
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos 
jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações; 
II - o pedido, com suas especificações. 
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de 
procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, 
devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos 
documentos necessários para comprovar a impugnação. 
2) POSTURAS DO JUIZ: 
a) Determinar a emenda da petição inicial, caso haja algum vicio sanável, 
no prazo de 15 dias; 
b) indeferimento da petição inicial, quando for inepta, ou manifestamente 
improcedente – desta decisão, quando monocrática- caberá Agravo 
Interno, nos termos do art. 1021 do CPC e art. 4, parágrafo único da Lei 
9.868/99; 
3) Não sendo caso de indeferimento ou de emenda, o Relator pedirá 
informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou ato 
normativo, no prazo de 30 dias contados da citação 
4) Manifestações do Advogado Geral da União e do Procurados Geral da 
Republica, no prazo sucessivo de 15 dias. 
5) Decisão: os artigos 22 e 23 da Lei 9.868/99 a prolação de decisão em 
ADI depende da presença de pelo menos 8 ministros na sessão de 
julgamento, exigindo ainda que ao menos 6 ministros manifestem pelo 
acolhimento do pedido. 
EFEITOS DA DECISÃO: A ADI tem por objetivo reconhecer a 
inconstitucionalidade da norma, portanto ao ser reconhecida, alguns efeitos 
serão gerados: 
Se a ação for IMPROCEDENTE – não haverá relevância pratica, pois a lei 
quando criada presumia-se constitucional, 
Se ação for PROCEDENTE – a lei/ato será declarada inconstitucional 
 
- eficácia erga omnes 
- efeito vinculante, ou seja, estarão sujeitos ao efeito vinculante, o Poder 
Judiciário e a Administração Pública (direta e indireta), portanto não está 
vinculado: o Poder Legislativo e o STF. Obs: Significa que se o STF decide hoje 
que uma norma é inconstitucional, nada impede que alguns dias depois, o 
Congresso Nacional edite uma lei ou emenda, totalmente contrária. 
- efeito ex tunc: efeito retroativo, exceção seria a modulação de efeitos, ou seja, 
deixar de ser ex tunc e se tornar ex nunc, para tanto é necessário o quórum de 
2/3 do STF 
 
PEDIDOS: 
a) a intimação do [órgão/autoridade responsável pela edição da lei ou ato 
normativo, indicado no enunciado], para que, querendo, manifeste-se acerca do 
pedido de medida cautelar no prazo de 5 dias, com fundamento no art. 10, da 
Lei 9868/99. E para que também se manifeste, no prazo de 30 dias, acerca do 
mérito e pedido principal, com fundamento no art. 6º, parágrafo único, da Lei 
9868/99. 
b) a concessão da medida cautelar pleiteada com fundamento no art. 10, Lei 
9868/99, para que suspenda a eficácia da norma inconstitucional [indicar a 
norma] (cópias anexas, com obediência ao art. 3º, parágrafo único da Lei 
9868/99) 
c) a intimação do AGU, para que manifeste acerca do pedido cautelar no prazo 
de 3 dias, caso assim entenda necessário o Exmo. Relator. E para que também 
se manifeste, no prazo de 15 dias, acerca do mérito e pedido principal, com 
fundamento no art. 10, §1º e art. 8º, Lei 9868/99 e da imposição constitucional 
do art. 103, §3o. 
d) sucessivamente, a intimação do PGR , para que manifeste acerca do 
pedido cautelar no prazo de 3 dias, caso assim entenda necessário o Exmo. 
Relator. E para que também se manifeste, no prazo de 15 dias, acerca do mérito 
e pedido principal, com fundamento no art. 10, §1º e art. 8º, Lei 9868/99 e da 
imposição constitucional do art. 103, §1º 
e) ao final, a procedência do pedido para que seja declarada a 
inconstitucionalidadeda [indicar a lei ou o ato normativo]. 
 
ATIVIDADE – ANEXA NA ABA “ATIVIDADE”

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