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Geografia 1 - Organização Político-Administrativa do Brasil

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CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA I 
Prof. Fernandes Epitácio 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA 
 
A fundação da vila de São Vicente, em 1532, assinalou o 
início da colonização dos domínios portugueses na América, 
com a distribuição das primeiras sesmarias. As sesmarias 
inspiraram-se na legislação fundiária portuguesa do século XIV. 
Na Metrópole, a Lei das Sesmarias (1375) surgira da 
necesidade de reanimar a agricultura, relegada ao abandono 
por uma pequena nobreza proprietária mais interessadas nos 
lucros e na honra proporcionadas pelas guerras contra os 
espanhóis. A legislação implantada pela Coroa obrigava os 
proprietários a cultivar as terras ou a ceder parte delas para 
usufruto dos camponeses. 
A extensão das sesmarias brasileiras girava em torno de 
10.000 a 13.000 hectares, ou mais. Assim, as sesmarias foram 
o embrião do modelo concentrador que ainda hoje permanece 
na estrutura agrária brasileira. 
Entre 1534-1536, a Coroa portuguesa implantou o sistema 
político-administrativo das capitanias hederidtárias. O território 
foi dividido em capitanias, lotes doados a quem tivesse capital 
para colonizá-los. Os detentores desses lotes, transmitidos de 
pai para filho, eram os capitães-donatários. Esse regime 
fragmentou a América Portuguesa em unidades autônomas e 
desarticuladas entre si. 
Em 1549, numa tentativa de reforçar sua presença e 
coordenar os esforços dos capitães-donatários, a Coroa instalou 
um Governo-Geral na recém fundada cidade de Salvador 
(Bahia). Em 1621, a América Portuguesa foi dividida em Estado 
do Brasil e Estado do Maranhão. Em 1737, afastadas as 
ameaças francesas, a atenção da Coroa concentrou-se na 
consolidação da soberania sobre a bacia amazônica, alterando 
o nome da entidade para Estado do Grão-Pará e Maranhão. 
 
ANTIGAS CAPITANIAS 
 
 
 
 
 
 
 
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL 
A organização político administrativa da República 
Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o 
Distrito Federal, e os Municípios, todos autônomos, nos 
termos tratados pela vigente Constituição Federal. 
Considera-se estrutura político-administrativa do 
Estado, ou organização nacional, aquilo que corresponde 
aos princípios e linha mestras, traçadas pela respectiva 
Constituição, no que diz respeito à forma daquele (ou 
seja: Estados simples, compostos, federação, 
confederação), aos seus poderes políticos instituídos, 
como órgãos da soberania nacional (Poder Legislativo, 
Poder Executivo e Poder Judiciário), com a definição de 
suas competências, e à sua divisão territorial, em 
subunidades (in Orlando Soares). 
A Constituição Federal de 1988 adotou como 
forma de Estado o federalismo, que no entendimento do 
professor Dalmo de Abreu Dallari (in Elementos de Teoria 
Geral do Estado) é uma aliança ou a união de Estados, 
baseada em uma Constituição onde os Estados que 
ingressam na Federação perdem sua soberania no 
momento do ingresso, preservando, contudo, uma 
autonomia política limitada. 
De uma forma geral, podemos destacar , elementos 
fundamentais para a compreensão administrativa do Brasil: 
 
UNIÃO 
Pessoa jurídica de direito público (caráter internacional) 
que representa o Estado federal brasileiro em oposição às 
unidades que integram a Federação, chamadas de 
Estados. A União tem suas competências, seus bens, e 
responde pela integridade nacional, intervindo nos Estados 
ou no Distrito Federal para mantê-la. É autônoma e 
soberana. Tem interesse nacional e internacional, pois 
representa a totalidade dos Estados brasileiros (tem 
personalidade jurídica), razão de ser soberana. 
 
ESTADOS-MEMBROS 
A autonomia dos Estados-membros caracteriza-se 
pela denominada tríplice capacidade: 
 Primeira capacidade = AUTO-ORGANIZAÇÃO 
Através do exercício de seu poder constituinte derivado, 
consubstanciando-se na elaboração de suas Constituições 
Estaduais respeitando a Constituição Federal; 
 Segunda capacidade = AUTO-GOVERNO 
Tendo em vista que é o próprio povo do Estado 
(regional) quem escolhe e de forma direta (eleições) os seus 
representantes para o Poder Legislativo (deputados 
estaduais) e para o Poder Executivo (governadores), sem 
qualquer vínculo (de subordinação) com a União; 
 Terceira capacidade = AUTO-ADMINISTRAÇÃO 
Surge quando do exercício de suas competências 
administrativas, legislativas e tributárias definidas 
constitucionalmente (determina sua competência). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
MUNICÍPIOS 
Entidade jurídica de direito público interno, integrante 
da federação, resultante da divisão territorial administrativa 
(anteriormente era criado e organizado pelo Estado) do 
país, com autonomia política, administrativa e financeira 
(capacidade e poder para gerir os próprios negócios de 
interesse local). 
Compete ao Município legislar sobre assuntos de 
interesse local, suplementar à legislação federal e estadual 
no que couber, além de uma série de outras atribuições. Por 
fim, a partir da Constituição de 1988, o Município alcançou 
posição de destaque no contexto político-constitucional 
brasileiro, galgando o “status” de entidade componente da 
República Federativa do Brasil, juntamente com a União, os 
Estados e o Distrito Federal. Agora, o Município integra a 
Federação brasileira. 
 
DISTRITO FEDERAL 
Antigo município neutro, hoje sede do governo federal. 
Não é Estado e não é Município (É vedada sua divisão em 
municípios). Localizado no planalto central do país, é a Capital 
da República (instalada em 21 de abril de 1960), Brasília. 
Sua autonomia está reconhecida no vigente texto 
constitucional. É regido por Lei Orgânica própria, sendo que sua 
capacidade de auto-organização, efetiva-se mediante a 
elaboração de sua lei orgânica que definirá: os princípios 
básicos da organização dessa unidade federada, sua 
competência e seus poderes governamentais. 
O Distrito Federal tem autonomia político-administrativa 
limitada. Elege governador e vice e deputados distritais. 
 
REGIONALIZAÇÕES DO TERRITÓRIO BRASILEIRO 
 
 
 
A palavra região origina-se do verbo latino regere, que 
significa governar, ou seja, exercer o poder. No antigo Império 
Romano, o substantivo regio designava área sobre a qual um 
determinado poder era exercido. A região era, portanto, uma 
construção política. 
Na Geografia, porém o conceito de região emerge como 
estruturador no século XIX com um significado diferente. Nas 
obras de Paul Vidal de La Blache (1845-1918), a região é 
destituída de sua dimensão política, se transfigurando em 
construção natural e a-histórica. O método da Geografia 
constituiria em identificá-las e descreve-las o mais 
exaustivamente possível. 
De acordo com Yves Lacoste, essa concepção de região 
ofusca outras abordagens escalares e empobrece a análise 
geográfica: 
“Essa maneira de recortar a priori o espaço num certo 
número de ‘regiões’, das quais só se deve constatar a 
existência, essa forma de ocultar todas as demais 
configurações espaciais, às vezes bastante usuais, foram 
difundidas, com um enorme sucesso de opinião, através de 
manuais escolares e também da literatura e pela mídia” 
(LACOSTE, 1993, p. 54). 
 
Regionalizar significa, portanto, estabelecer regiões com 
base em critérios que considerem características históricas, 
culturais e socioeconômicas, que se inter-relacionem e, 
portanto, dão um caráter de individualidade à região, 
distinguindo-se das demais. 
É preciso ressaltar, no entanto, que as regiões não são 
imutáveis. Em funçãodo dinamismo na transformação das 
paisagens e, portanto, das características do território, os seus 
limites e mesmo suas particularidades podem se alterar, 
conforme os processos históricos, as modificações nos padrões 
tecnológicos, os usos do território e os interesses do Estado e 
do poder econômico e, até mesmo, o deslocamento de 
contingentes populacionais. 
 
DIVISÃO DO IBGE 
A Revolução de 1930 inaugurou um novo período da 
história brasileira, marcado pela forte centralização do poder 
político em torno do governo federal. A política de 
industrialização e de integração do mercado interno, iniciada 
por Getúlio Vargas, derrubou as restrições impostas pelos 
estados e municípios à circulação de mercadorias. Os estados 
perderam a autonomia legislativa sobre seu comércio exterior. 
Nesse contexto, o conhecimento estatístico do território e da 
população se transformou em prioridade nacional. Para traçar 
os rumos do desenvolvimento brasileiro, o governo precisava 
conhecer o Brasil. 
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 
foi criado em 1937, com a finalidade de subsidiar a ação 
planejadora do Estado sobre o território brasileiro. Desde o 
início, a realização dos censos demográficos e econômicos e 
o mapeamento sistemático do Brasil estiveram entre as suas 
principais atribuições. 
A República Federativa do Brasil compõe-se atualmente 
de um total de 27 unidades político-administrativas, sendo 26 
estados e o Distrito Federal. Durante o período colonial, as 
distâncias entre os lugares eram praticamente intransponíveis. 
Não havia integração do território. Cada área desenvolvia-se 
de forma isolada com raríssimas exceções. Na atualidade, ao 
contrário, quase todo o espaço geográfico brasileiro está 
integrado, registrando intensos fluxos de pessoas, 
mercadorias, dinheiro e serviços entre suas diversas regiões. 
O IBGE apresentou a primeira regionalização oficial do 
território brasileiro em 1942, com o intuito de organizar a 
divulgação de dados estatísticos e sistematizar as propostas 
de divisão regional já existentes antes de sua criação. Nesta 
primeira divisão do Brasil, foram delimitadas as regiões Norte, 
Nordeste, Leste, Sul e Centro-Oeste. 
Em 1945, o IBGE apresentou outra proposta, baseada 
sobretudo no conceito de Região natural, emprestado da 
geografia regional francesa. Na ocasião, seis grandes regiões 
foram identificadas no território brasileiro, por meio do estudo 
das influências recíprocas entre os diferentes fatores naturais, 
principalmente clima, vegetação e relevo. Os fatores naturais 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitácio) 
 
 
 
 
 
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eram então considerados mais estáveis e permanentes, e, 
portando, mais adequados para servir de base à divisão 
regional. 
A divisão regional adotada pelo IBGE (Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística) em 1969 considerou os novos 
conhecimentos adquiridos sobre o país e também as 
transformações ocorridas em função de desenvolvimento 
urbano e industrial. Foi elaborada com base no conceito de 
regiões homogêneas, combinando aspectos naturais, sociais 
e econômicos e respeitando os limites dos estados. Por ela, o 
país está dividido em 5 macrorregiões. A divisão regional do 
Brasil não foi sempre a mesma. A primeira proposta de 
regionalização foi apresentada em 1913 e depois dela outras 
propostas surgiram tentando adaptar a divisão regional às 
novas condições econômicas, sociais e políticas do país. A 
atual regionalização é dos anos 70 com algumas adaptações 
na Constituição de 1988. 
A divisão regional adotada pelo IBGE (Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística) em 1969 considerou os novos 
conhecimentos adquiridos sobre o país e também as 
transformações ocorridas em função de desenvolvimento 
urbano e industrial. Foi elaborada com base no conceito de 
regiões homogêneas, combinando aspectos naturais, sociais 
e econômicos e respeitando os limites dos estados. Por ela, o 
país está dividido em 5 macrorregiões. 
A divisão regional do Brasil não foi sempre a mesma. A 
primeira proposta de regionalização foi apresentada em 1913 
e depois dela outras propostas surgiram tentando adaptar a 
divisão regional às novas condições econômicas, sociais e 
políticas do país. A atual regionalização é dos anos 70 com 
algumas adaptações na Constituição de 1988. 
 
DATA DAS 
ALTERAÇÕES 
ALTERAÇÕES 
1942 
Criação do território de 
Fernando de Norornha 
(Nordeste) 
1943 
Criação dos territórios de 
Gauporé, Rio Branco, 
Amapá (Norte), Ponta-
Porá (Centro-Oeste) e 
Iguaçu (Sul) 
1946 
Extinção dos territórios de 
Ponta-Porã e Iguacu 
1956 
O Territorial Federal de 
Guaporé passa a 
denominar-se Território 
Federal de Rondônia. 
1960 
Criação do Distrito Federal 
e mudança da capital do 
R. Janeiro para Brasília. 
1960 
Criação do estado da 
Guanabara, que abrangia 
o município do Rio de 
Janeiro. 
1962 
O território do Acre torna-
se estado; altera-se a 
denominação do território 
de Rio Branco para 
território de Roraima. 
1974 
Fusão dos estados da 
Guanabara e Rio de 
Janeiro, com a capital na 
cidade do Rio de Janeiro. 
1977 
Criação do estado do 
Mato Grosso do Sul, 
desmembrado do Mato 
Grosso. 
1981 
O território de Rondônia 
passa a ser estado da 
Federação. 
1988 
Criação do estado de 
Tocantins; os territórios do 
Amapá e de Roraima 
passam a ser estados e é 
extinto o território de 
Fernando de Noronha 
que, em 1989, torna-se 
distrito do estado de 
Pernambuco. 
 
A divisão regional adotada pelo IBGE (Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística) em 1969 considerou os 
novos conhecimentos adquiridos sobre o país e também as 
transformações ocorridas em função de desenvolvimento 
urbano e industrial. Foi elaborada com base no conceito de 
regiões homogêneas, combinando aspectos naturais, sociais e 
econômicos e respeitando os limites dos estados. Por ela, o 
país está dividido em 5 macrorregiões. 
A divisão regional do Brasil não foi sempre a mesma. 
A primeira proposta de regionalização foi apresentada em 
1913 e depois dela outras propostas surgiram tentando 
adaptar a divisão regional às novas condições econômicas, 
sociais e políticas do país. A atual regionalização é dos anos 
70 com algumas adaptações na Constituição de 1988. 
 
 
A região Sudeste agrupa os três estados mais 
populosos do país – São Paulo, Rio de Janeiro e Minas 
Gerais, além do Espírito Santo, que juntos apresentam uma 
população de 80.353.724 de habitantes. No Sudeste 
encontram-se a maior metrópole do país – São Paulo – e a 
capital mais antiga do país que também ocupa a posição de 
2ª metrópole nacional – Rio de Janeiro. 
A região Nordeste compreende 53.078.137 milhões de 
habitantes e nove estados, onde temos entre eles a primeira 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
capital colonial, Salvador, e onde podemos destacar ainda a 
presença de Fortaleza e Recife como Metrópoles Nacionais. 
A região Sul é a menor região do país em extensão 
territorial abriga 27.384.815 de habitantes, onde temos nossas 
fronteiras com Argentina, Uruguai e Paraguai. 
A região Centro-Oeste com 14.050.340 de habitantes, 
abarca os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do 
Sul e o Distrito Federal, onde temos a capital do país – 
Brasília. 
A região Norte, com 15.865.678 de habitantes é a 
maior região em extensão territorial do país, abarcando 
territórios de 7 estados. 
 
 
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EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 
 
 
Faroeste caboclo 
− Não tinha medo o tal João de Santo Cristo. 
Era o que todos diziam quando ele se perdeu. 
Deixou pra trás todo o marasmo da fazenda 
(...) 
Ele queria sair paraver o mar 
E as coisas que ele via na televisão 
Juntou dinheiro para poder viajar 
De escolha própria, escolheu a solidão 
(...) 
E encontrou um boiadeiro com quem foi falar 
(...) 
Dizia ele: − Estou indo pra Brasília 
Neste país lugar melhor não há. 
(...) 
E João aceitou sua proposta 
E num ônibus entrou no 
Planalto Central 
Ele ficou bestificado com a cidade 
(...) 
E João não conseguiu o que queria quando veio pra 
Brasília, com o diabo ter 
Ele queria era falar pro presidente 
Pra ajudar toda essa gente 
Que só faz sofrer. 
Renato Russo, “Que país é este?”, EMI, 1987. 
 
O enredo do filme Faroeste caboclo, inspirado na letra da canção 
de Renato Russo, foi contado muitas vezes na literatura brasileira: 
o retirante que abandona o sertão em busca de melhores 
condições de vida. 
A existência de retirantes está associada fundamentalmente à 
seguinte característica da sociedade brasileira: 
a) expansão acelerada da violência urbana 
b) retração produtiva dos setores industriais 
c) formação de ilhas ou arquipélagos econômicos 
d) disparidade econômica entre as regiões nacionais 
e) crescimento desordenado das áreas metropolitanas 
 
Questão 02 
Leia com atenção: 
“[...] todo espaço regional é fruto de uma história geológica, 
geomorfológica, pedológica e hidrológica, modificado por 
sucessivas formas de atividades antrópicas, às vezes bastante 
perturbadoras.” 
(Aziz Ab'Sáber. Escritos ecológicos. São Paulo: Lazuli Editora, 
2006. P. 34) 
 
Segundo o autor, vários são os processos que formam o espaço 
regional. A partir do que ele diz, pode-se perceber, nas realidades 
regionais, que 
a) numa região tropical, as ações humanas juntamente com os 
fenômenos geológicos são os principais elementos na 
constituição do perfil da região. 
b) ações humanas como a urbanização e a modificação do curso 
dos rios, por exemplo, somente são importantes na forma de uma 
região, se forem perturbadoras. 
c) por serem perturbadoras, especialmente quando mal 
planejadas, as ações humanas terminam dando o tom principal 
das características de uma região. 
d) uma região condensa em suas características a complexidade 
tanto dos fenômenos naturais, como da produção social do 
espaço. 
e) a história dos processos naturais, embora marcada pelos 
tempos longos da natureza, tem menor importância na 
determinação dos quadros regionais. 
 
Questão 03 
O período do Império (1822-1889) e da República (após-1889) 
também contribuíram para a expansão do território brasileiro. Os 
principais acontecimentos desses dois períodos podem ser assim 
resumidos: 
 
I. CRIAÇÃO DE GADO NO SUL – Teve início no século XVIII na 
região conhecida como “Sete Povos das Missões”, onde o gado 
contribui para garantir a posse por parte dos portugueses na 
região Sul e, ao mesmo tempo, tornou-se uma área fornecedora 
de produtos da pecuária para a região mineradora do Sudeste, 
ocorrendo também incentivos para a ocupação imigrante nessa 
região por D. João VI. 
 
II. O CICLO DA BORRACHA – Promoveu a ocupação da 
Amazônia, principalmente por nordestinos, durante o final do 
século XIX e início do século XX (1870-1910), ocasionando o 
rápido povoamento de Manaus e Belém, como a incorporação do 
Acre no território brasileiro. 
 
III. FRENTES PIONEIRAS - Impulsionadas pela soja em direção 
ao Centro-Oeste e norte do Pará, já nas primeiras décadas do 
século XX, provocando intenso povoamento e urbanização 
dessas regiões, com destaque para a criação de Brasília que se 
tornou a capital do país. 
 
IV. MARCHA PARA O OESTE – O investimento de recursos e 
transportes (estrada de ferro Noroeste do Brasil, fundação de 
Brasília e a rodovia Belém-Brasília), junto com a pecuária e 
posteriormente a soja, foi fundamental para o povoamento e 
desenvolvimento do Centro-Oeste do Brasil. 
 
 
 
 
 
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VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
Assinale a opção que mostra todas as corretas: 
a) I, II e III. 
b) II, III e IV. 
c) I, II e IV. 
d) I, III e IV. 
e) III e IV. 
 
Questão 04 
Observe as tabelas sobre as regiões do Brasil. 
REGIÃO ÁREA (%) 
1. NORTE 45,2 
2. CENTRO-OESTE 18,9 
3. NORDESTE 18,2 
4. SUDESTE 10,9 
5. SUL 6,8 
 
REGIÃO POPULAÇÃO 
1. SUDESTE 42 
2. NORDESTE 27,7 
3. SUL 14,3 
4. NORTE 8,5 
5. CENTRO-OESTE 7,5 
 
REGIÃO PIB 
1. SUDESTE 55,2 
2. SUL 16,2 
3. NORDESTE 13,6 
4. CENTRO-OESTE 9,8 
5. NORTE 5,2 
 
A partir da análise dessas tabelas, podemos inferir que 
 
a) A região Sudeste é a mais populosa e a Centro-Oeste a mais 
povoada do Brasil. 
b) A região onde se apresenta o menor PIB per Capita é o 
Nordeste, onde encontra-se o maior bolsão de miséria do país. 
c) No Centro-Oeste a região foi ocupada recentemente, a partir da 
década de 1960, quando a mineração dominou o espaço 
geograficamente e fortaleceu a ligação espacial com eixo do 
Sudeste. 
d) A Região Norte é mais populosa e mais povoada em relação a 
região Centro-Oeste. 
e) A região Norte apresenta o maior bolsão de miséria do Brasil, 
onde o PIB per Capita é relativamente baixo. 
 
Questão 05 
O Estado exerce um papel jurídico-político na organização 
territorial da sociedade. Uma das formas dessa organização é 
realizada por meio da divisão administrativa do território nacional. 
A divisão administrativa do território brasileiro, promovida pela 
Constituição Federal de 1988, culminou na: 
a) criação de novos territórios federais. 
b) fragmentação dos territórios federais em distritos e na criação 
do estado do Amapá e Mato Grosso do Sul. 
c) elevação dos distritos municipais à categoria de municípios. 
d) extinção da Região Leste e na criação das regiões Sudeste e 
Nordeste. 
e) extinção dos territórios federais e divisão de Goiás e 
Tocantins. 
 
Questão 06 
Sobre os acontecimentos do período do Governo Geral, leia as 
assertivas abaixo e assinale a correta. 
 
a) A Capitania da Bahia de Todos os Santos se tornou a primeira 
capital do território brasileiro. 
b) A criação de novas capitanias no século XVI não estimulou a 
ocupação do estado do Maranhão. 
c) As Capitanias foram extintas, o que provocou o surgimento dos 
primeiros estados brasileiros. 
d) Tomé de Sousa primeiro governador-geral, fundou o Rio de 
Janeiro, a nova sede administrativa. 
e) O rei de Portugal criou o Governo Geral, para centralizar 
administrativamente a Colônia. 
 
Questão 07 
Regionalização consiste na divisão de um grande espaço em 
áreas menores a partir de critérios, como os físicos e 
socioeconômicos. A regionalização do Brasil conta a história de 
evolução do território, a respeito da divisão e evolução do território 
brasileiro, assinale o correto. 
 
a) Em 1913, o território nacional foi dividido em “brasis”, com 
objetivo de criar uma imagem do Brasil nação. 
b) A regionalização do território brasileiro em 1950 utilizou o 
aspecto do meio técnico-científico-informacional. 
c) A divisão proposta em 1913 utilizou-se do critério 
geoeconômico, não servindo como base para pesquisas. 
d) A regionalização brasileira publicada em 1969 tinha como título 
República dos Estados Unidos do Brasil, utilizando apenas o 
critério natural. 
e) Em 1980 o critério de regionalização foi o de microrregião, o 
que diminui as desigualdades entre as regiões. 
 
Questão 08 
O espaço geográfico atual é resultado também da revolução 
tecnológica, especialmente na área da informática, Essa 
revolução teve início na década de 1970 e foi promovida para 
atender aos interesses econômicos das grandes transnacionais. 
(...) Assim, o espaço geográfico se tornou extremamente técnico, 
capaz de funcionar como uma máquina, eficaz para garantir o 
lucro das empresas transnacionais. O computador tornou-se o 
instrumento básico das transnacionais, tanto das que produzem 
como daquelas que atuam no mercado financeiro. A velocidade 
da informação globalizada aproxima os lugares e toma possível 
saber dos fatos ao mesmo tempo em que ocorre (ontem, “em 
tempo real”), estabelecendouma relação imediata entre lugares e 
acontecimentos. Assim, o computador permite uma resposta 
rápida às mudanças econômicas, políticas e sociais. Esse fato 
configura um novo espaço geográfico, que acelera a obtenção do 
lucro em escala mundial. 
(fonte: http://www.clickescolar.com.br/o-espaco-geografico-na-
atualidade.htm). 
 
 
 
 
 
 
 
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VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
 
Identifique a opção que apresenta melhor referência ao que seja 
espaço geográfico: 
 
a) Base natural ou física de um Estado que sobre ela exerce 
soberania, definida por suas fronteiras com outros Estados, 
formados ao longo do processo histórico. 
b) O espaço geográfico somente é formada por elementos 
naturais, e que de preferência visualmente agradáveis, tais como 
uma bela praia. 
c) O espaço geográfico é o conjunto de relações naturais que se 
estabelecem entre os animais no processo de reprodução na sua 
vida. 
d) O espaço geográfico se dá como a produção de tal ou qual 
objeto particular, de tal ou qual mercadoria e não gera nenhuma 
desigualdade. 
e) É o resultado da ação humana sobre o espaço natural gerando 
modificações com seu trabalho. 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 01 
Observe o mapa a seguir e assinale a alternativa correta. 
 
 
a) As comunicações internas no Brasil-Colônia não sofrem a 
influência das condições naturais e foi necessário abrir 
inúmeras estradas ligando o litoral ao interior. 
b) No Brasil-Colônia, as comunicações internas foram 
prejudicadas pelo traçado da linha costeira que muda de 
direção a 5 graus Sul, passando de Noroeste a Nordeste. 
c) No Período Colonial, as comunicações foram facilitadas pela 
orientação do relevo que propicia uma convergência da 
drenagem dos principais rios para o Brasil-Central. 
d) No Brasil-Colônia, a formação dos grandes centros 
litorâneos, como no Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia, foi 
favorecida pela presença de grandes rios ou sistemas 
hidrográficos secundários que desembocam na costa 
brasileira. 
e) As comunicações internas no Brasil-Colônia sofreram a 
influência das condições naturais, como a configuração do 
território e o traçado dos grandes rios. 
 
Questão 02 
O gráfico mostra o percentual de municípios com taxas de 
analfabetismo igual ou superior a 25% da população no Brasil e 
por estados. 
 
 
Disponível em: http://www.ipea.gov.br. Acesso em: 30/11/2013. 
 O gráfico demonstra claramente que há um descompasso entre 
as regiões brasileiras, pois 
a) os estados do sudeste não aparecem no gráfico, demonstrando 
que não possuem nenhum município com mais de 25% da 
população analfabeta. 
b) todos os estados nordestinos aparecem no gráfico e 
apresentam índices superiores a média do Brasil. 
c) todas as regiões são representadas no gráfico, mas apenas 
duas apresentam índices acima da média nacional. 
d) os índices dos estados da região norte superam a média 
brasileira e se aproximam da média do nordeste. 
e) apesar de todos os estados do centro-oeste aparecerem no 
gráfico, seu índice é abaixo da média brasileira. 
 
Questão 03 
Regionalização consiste na divisão de um grande espaço em 
áreas menores chamadas de regiões que apresentam 
características próprias. Leia as opções a seguir e assinale opção 
que caracteriza corretamente a primeira divisão do território do 
Brasil em grandes regiões: 
 
a) A primeira foi proposta em 1913, para ser usada no ensino 
de Geografia. Os critérios usados para fazê-la foram físicos: 
o relevo, o clima e a vegetação. 
b) A primeira foi proposta em 1934 pelo próprio IBGE, dividiu o 
território nacional em três “brasis” e não em regiões: o Brasil 
Setentrional; o Norte-Oriental, e o Brasil Oriental. 
c) A primeira foi a Divisão Regional do Brasil feita por André 
Rebouças em 1889, logo após a declaração da república e 
adotava o princípio das zonas agrícolas. 
d) A primeira foi divisão regional do Brasil ficou conhecida como 
Divisão Regional de Said Ali, feita em 1905 e que se baseava 
no princípio da economia. 
e) Na realidade, o Brasil permaneceu sem uma verdadeira 
regionalização até 1934, quando o IBGE foi criado. 
 
Questão 04 
A divisão regional de 1941 dividiu o país em cinco macrorregiões 
– Norte, Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Leste – com o objetivo de 
facilitar o estudo de dados estatísticos e didáticos pelo IBGE. 
Essa divisão foi substituída pela divisão de 1945 que utilizou o 
sistema hierárquico em grandes regiões, regiões, sub-regiões e 
zonas fisiográficas e em: 
 
a) territórios estaduais indicados União sendo os primeiros: 
Fernando de Noronha (1942), Amapá, Rio Branco, Guaporé, 
Ponta Porã, Iguaçu (1943). 
b) territórios federais que possuíam controle da União sendo os 
primeiros: Fernando de Noronha (1942), Amapá, Rio Branco, 
Guaporé, Ponta Porã, Iguaçu (1943). 
c) territórios federais que logo ao final da Segunda Guerra 
foram transformados em estados, tais como: Tocantins 
(1942), Amapá, Rio Branco, Guaporé, Ponta Porã, Iguaçu 
(1943). 
d) regiões geoeconômicas, que eram inicialmente cinco e 
terminaram se reunindo em três somente. 
e) territórios federais que continuam existindo até os dias de 
hoje. São os principais: Fernando de Noronha, Amapá, Rio 
Branco, Guaporé, Ponta Porã, Iguaçu. 
 
 
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Questão 05 
Assinale, a alternativa que apresenta modificações corretas na 
divisão político-administrativa do Brasil, com a vigência da 
Constituição de 1988. 
 
a) A criação do Estado de Fernando de Noronha e a sua 
anexação à Região Nordeste. 
b) A criação dos Estados de Roraima e Amapá e o aumento da 
extensão territorial da Região Norte decorrente da criação do 
Estado de Tocantins, desmembrado de Goiás. 
c) A criação do Estado de Tocantins, desmembrado dos antigos 
Estados de Mato Grosso e Goiás e a sua anexação à Região 
Centro-Oeste. 
d) A diminuição da extensão territorial da Região Nordeste, com 
a anexação do Oeste do Maranhão à Amazônia Legal. 
 
Questão 06 
A divisão do território brasileiro em cinco macrorregiões (Norte, 
Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) adotada oficialmente pelo 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseia-se 
em critérios político-administrativos que dificultam uma análise 
mais rigorosa conforme o fenômeno estudado. Sobre as 
limitações deste tipo de divisão regional, é INCORRETO afirmar: 
 
a) Os diversos elementos que caracterizam a região amazônica 
não terminam nos limites dos estados do Amazonas e Pará 
com Mato Grosso ou Maranhão, mas adentram por enormes 
trechos destas últimas unidades da Federação. 
b) A Divisão Regional do IBGE está muito ligada à organização 
político-administrativa do país, mas, apesar de apresentar 
falhas, acaba sendo largamente utilizada. 
c) Dentro dessa divisão tradicional adotada pelo IBGE o Brasil 
se encontra organizado político-administrativamente em uma 
República Federativa com 27 Estados e um Distrito Federal. 
d) Apesar das limitações dessa divisão regional, ela é bastante 
utilizada pelos pesquisadores, pois ainda hoje os dados 
estatísticos levantados pelo IBGE são organizados levando-
se em conta essas cinco grandes regiões. 
 
Questão 07 
Os textos abaixo relacionam-se a momentos distintos da nossa 
história. 
 
―A integração regional é um instrumento fundamental para que 
um número cada vez maior de países possa melhorar a sua 
inserção num mundo globalizado, já que eleva o seu nível de 
competitividade, aumenta as trocas comerciais, permite o 
aumento da produtividade, cria condições para um maior 
crescimento econômico e favorece o aprofundamento dos 
processos democráticos. A integração regional ea globalização 
surgem assim como processos complementares e vantajosos. 
 
(Declaração de Porto, VIII Cimeira Ibero-Americana, Porto, 
Portugal, 17 e 18 de outubro de 1998) 
 
―Um considerável número de mercadorias passou a ser 
produzido no Brasil, substituindo o que não era possível ou era 
muito caro importar. Foi assim que a crise econômica mundial e o 
encarecimento das importações levaram o governo Vargas a criar 
as bases para o crescimento industrial brasileiro. 
(POMAR, Wladimir. Era Vargas – a modernização conservadora) 
É correto afirmar que as políticas econômicas mencionadas nos 
textos são: 
A) opostas, pois, no primeiro texto, o centro das preocupações 
são as exportações e, no segundo, as importações. 
B) semelhantes, uma vez que ambos demonstram uma tendência 
protecionista. 
C) diferentes, porque, para o primeiro texto, a questão central é a 
integração regional e, para o segundo, a política de substituição 
de importações. 
D) semelhantes, porque consideram a integração regional 
necessária ao desenvolvimento econômico. 
E) opostas, pois, para o primeiro texto, a globalização impede o 
aprofundamento democrático e, para o segundo, a globalização é 
geradora da crise econômica. 
 
Questão 08 
O processo de urbanização brasileira é um caso recente, marcada 
fundamentalmente nos anos 60 do século XX, apresentando 
características marcantes ao processo de regionalização 
brasileira, conforme verificamos na 
a) disparidade regional do Brasil se torna mais grave com a 
globalização, que ocasionou uma acelerada industrialização do 
Sudeste e um retrocesso do Nordeste. 
b) A divisão regional do Brasil, estabelecida pelo Fundo Monetário 
Internacional – FMI, foi elaborada com base nos aspectos 
naturais, sociais e sobretudo econômicos. 
c) Em decorrência do processo de modernização e dinamização 
das atividades produtivas do Sudeste, as interrelações das 
cidades, estabelecidas pelos fluxos de pessoas, mercadorias, 
capitais e informações, são mais intensas do que nas outras 
regiões do país. 
d) Na economia da região nordeste, o agreste ainda se 
caracteriza pela monocultura de produtos comerciais, voltadas 
para o mercado externo. 
e) Na ocupação do território da região sul, os imigrantes europeus 
ocuparam, apenas, o litoral, não se dirigindo para o interior. 
 
Questão 09 
Em recente estudo denominado “As regiões brasileiras pós-
Tocantins: ensaio para um novo arranjo”, um estudo do CEBRAP 
defende a criação da região Noroeste, a partir de uma redivisão 
da atual região Norte. O novo mapa regional do Brasil ficaria 
assim: 
 
(Adaptado de Cebrap, 2007) 
 
 
 
 
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Em relação à nova proposta e à atual divisão regional, é correto 
afirmar: 
 
a) Observa-se na nova proposta que o estado do Tocantins 
deixaria de integrar o atual Centro-Oeste. 
b) A nova região seria uma fusão de atuais estados da região 
Norte com estados do Centro-Oeste. 
c) A atual região Norte já contempla uma unidade econômica e 
política, compondo um espaço regional único e padronizado, tanto 
no âmbito econômico, como fisiográfico. 
d) Os critérios para o novo nódulo regional baseiam-se, 
prioritariamente, em aspectos econômicos, uma vez que os 
estados da nova região, compõem um vetor regional comum. 
e) Aspectos físicos seriam preponderantes na nova divisão, 
separando a região norte entre estados que possuem a formação 
amazônica, como o Amazonas, daqueles que não a possuem, 
como o Maranhão. 
 
Questão 10 
O Brasil é uma República Federativa que apresenta muitas 
desigualdades regionais. Confrontando-se dois aspectos - a 
igualdade jurídica entre os Estados-membros e as disparidades 
econômicas entre as regiões - pode-se afirmar que: 
 
a) o desequilíbrio econômico regional vem sendo, ao menos 
parcialmente, atenuado pelo menor número de representantes do 
Sudeste no Congresso Nacional, em comparação aos do Norte e 
Nordeste (somados). 
b) a região Norte é a menos representada no Congresso 
Nacional, fato notável principalmente no Senado, derivando daí 
uma situação de desigualdade perante as demais regiões. 
c) a região Sul goza de ampla maioria de representação no 
Congresso Nacional, o que lhe tem permitido obter vantagens na 
redistribuição dos repasses federais. 
d) o princípio da igualdade, garantido pelo número fixo de 
senadores por Estado, permite uma distribuição equilibrada dos 
repasses federais, entre as diferentes regiões do país. 
e) os Estados nordestinos, apesar de sua pouca 
representatividade no Congresso, vêm assumindo liderança na 
definição das políticas monetária e cambial no país. 
 
Questão 11 
OS QUATRO BRASIS 
 
Poderíamos, grosseiramente, reconhecer a existência de quatro 
Brasis, ou seja, regiões específicas dentro do país. Num desses 
Brasis, verifica-se a implantação mais consolidada dos dados da 
ciência, da técnica e da informação, além de uma urbanização 
importante, com um padrão de consumo das empresas e das 
famílias mais intenso. Nele se produzem novíssimas formas 
específicas de terciário superior, um quaternário e um 
quinquinário ligados à finança, à assistência técnica e política e à 
informação em suas diferentes modalidades. 
 
SANTOS, M. e SILVEIRA, M. O Brasil. Território e sociedade no 
início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 268-269. 
Adaptado. 
 
A descrição dos aspectos geográficos mencionados individualiza 
o complexo regional denominado: 
 
a) Meridional. 
b) Meio Norte. 
c) Amazônia. 
d) Nordeste. 
e) Concentrada. 
 
Questão 12 
Em maio de 1969, foi aprovada a divisão regional do Brasil em 
cinco grandes regiões, para fins estatísticos e didáticos. Em outra 
divisão, o espaço geográfico brasileiro foi dividido em três grandes 
unidades territoriais. Para estas duas divisões, os critérios 
utilizados foram, respectivamente: 
 
a) político-administrativo e econômico-fiscal. 
b) geoeconômico e político-administrativo. 
c) econômico e político-administrativo. 
d) político-administrativo e geoeconômico. 
e) administrativo e econômico-fiscal. 
 
 
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Comentários e Gabarito das Questões de Casa 
 
QUESTÃO 01: Alternativa E 
 
QUESTÃO 02: Alternativa C 
 
QUESTÃO 03: Alternativa A 
 
QUESTÃO 04: Alternativa B 
 
QUESTÃO 05: Alternativa A 
 
QUESTÃO 06: Alternativa C 
 
QUESTÃO 07: Alternativa C 
A questão trata da circulação de riquezas e suas implicações 
socioespaciais. Os textos apresentam enfoques distintos: O 
primeiro constitui a idéia da regionalização brasileira ressaltando 
a importância da integração para inserção da econômica no 
mercado global. O Segundo texto destacou o momento do Brasil 
no período de 1930, quando Vargas enfrentou a crise 
internacional desenvolvendo uma política de substituição dos 
importados, consolidando a Revolução Industrial brasileira. 
 
QUESTÃO 08: Alternativa C 
A questão reflete uma realidade nacional a partir da segunda 
Guerra Mundial, onde houve uma maior concentração industrial 
no eixo São Paulo e Rio de Janeiro intensificando a circulação 
de pessoas, serviços e mercadorias, tornando-se um importante 
pólo atrativo. 
 
QUESTÃO 09: Alternativa D 
A chamada região Noroeste seria a Amazônia Ocidental, 
composta por Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima, marcada 
pelo Domínio da Floresta Amazônica, representando a maior 
biodiversidade do Planeta. A Base da economia é representada 
pelo extrativismo vegetal (borracha natural, a castanha, o 
guaraná, o açaí e o cupuaçu) e o extrativismo mineral (reservas 
de óleo e gás de petróleo; cassiterita; nióbio), sendo portanto 
uma base comum. 
 
QUESTÃO 10: Alternativa A 
O Congresso Nacional é responsável pela elaboração-
aprovação de leis, exercendo o poder legislativo. Sendo do tipo 
Bicameral (Senado + Câmara dos Deputados), apresentando81 
senadores (3 por Estado) e mais 513 Deputados Federais, que 
tentam equilibrar o peso político dos entes Federativos (27 
Estados). Cada Estado apresenta três Senadores (equilibrando 
a força política de cada Estado independentemente de sua força 
econômica), enquanto a quantidade de deputados varia de 
acordo com o coeficiente populacional, variando de 8 a 70 
Deputados por Estados, não ultrapassando 513 no total. No 
Nordeste temos (BA=39; SE=8; AL=9; PE=25; PB=12; RN=8; 
CE=22; PI=10; MA=18), cuja soma é de 151 deputados + 27 
Senadores= 178 representantes. No Norte (RO=8; AC=8; AM=8; 
RR= 8; PA=17; AP=8; TO=8), apresentando 65 deputados e 21 
Senadores= 86 representantes. No Sudeste (SP=70; RJ=46; 
MG=53; ES=10), tendo 179 deputados e 12 Senadores= 191 
representantes. Assim, observando a questão verificamos que o 
somatório Norte e Nordeste supera o número de representantes 
do sudeste. 
QUESTÃO 11: Alternativa E 
A região descrita no texto representa uma área moderna, 
desenvolvendo uma agricultura mecanizada de alta 
produtividade, desenvolvimento de centros de pesquisa, centros 
universitários, infraestrutura de ponta, polarização financeira- 
portanto uma região concentrada que envolve sul e sudeste, 
proposta por Milton Santos. 
 
QUESTÃO 12: Alternativa D 
A divisão de 1969, elaborada pelo IBGE seguiu o modelo 
político-administrativo, onde cada Estado encontra-se em 
apenas uma região. Na proposta de Pinchas, o Brasil seria 
dividido em três regiões (Amazônia, Nordeste e Centro-Sul), 
onde os limites não coincidem com os limites político-
administrativos.

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