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TCC CORRIGIDO JOSÊ

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18
JÔSE ALVES DE MELO
INTOLERÂNCIA Á LACTOSE PRIMEIRA INFÂNCIA
Jacobina
2020
 JÔSE ALVES DE MELO
INTOLERÂNCIA Á LACTOSE PRIMEIRA INFÂNCIA
Projeto apresentado ao Curso de Nutrição da Instituição UNOPAR.
Orientador: Prof.ª 
 Prof.ª Daniele Cristina Fernandes Niehues
Jacobina
2020
6
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	8
3 METODOLÓGIA	12
4 CRONOGRAMA DA PESQUISA	12
5 RESULTADOS E DISCURSSAO	13
6 CONCLUSÃO...........................................................................................................
7 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS..................................................................	14
1 Introdução
É necessário uma boa nutrição para que se tenha um bom desenvolvimento e crescimento na primeira infância, desde os primeiros dias de nascido até os seis anos de idade, a nutrição deve ser adequada tanto em macro como em micronutrientes. 
A intolerância à lactose pode ser descrita como uma afecção da mucosa intestinal que a incapacita a digerir a lactose devido à deficiência de enzima denominada lactase (PEREIRA FILHO, D.FURLAN, S.A, 2004) que é responsável pela hidrolise da lactose em glicose e galactose.
A intolerância à lactose costuma ser confundia com a alergia à lactose. Porém, seus mecanismos fisiopatológicos são completamente diferentes. A intolerância à lactose não está relacionada com uma resposta imune, sendo que os agentes causadores da doença são alterados no processo metabólico da absorção e digestão dos alimentos, consequência de uma deficiência enzimática, neste caso em especifico da deficiência da β-galactosidase (WOOTEN, 2010).
A intolerância alimentar está relacionada a um termo genérico que se refere às variadas manifestações clinicas decorrentes de reações adversas desencadeadas por alimentos. A lactose é encontrada no leite animal e derivados. É um dissacarídeo, constituído por duas unidades básicas: a glicose e a galactose.
 Essa intolerância é resultante da ausência ou deficiência da enzima intestinal denominada lactase, sendo essa enzima responsável pela hidrolise da lactose em dois monossacarídeos, glicose e galactose, o que facilita a absorção desse principal glicídio do leite, sendo usada como fonte de energia para o organismo (PORTO, C.P.C.THOFEHRN.M.B.SOUZA, A.S.CECAGNO, D.,2005).
A lactose é encontrada no leite animal e derivados. É um dissacarídeo, constituído por duas unidades básicas: a glicose e a galactose. A intolerância a lactose é resultado da ausência ou deficiência da enzima intestinal denominada lactase. Essa enzima é responsável pela hidrolise da lactose em dois monossacarídeos, glicose e glicídio galactose, o que facilita a absorção desse principal glicídio do leite sendo usada como fonte de energia para o organismo (PORTO, C. P. C.; THOFEHRN.M.B.; SOUZA, A.S.; CECAGANO, D.,2005)
A intolerância congênita a lactose é rara. Bebês com este distúrbio apresentam deficiência na lactase jejunal e tem diarreia quando são amamentados ou ingerem alimentos à base de lactose. A desidratação e o desequilíbrio eletrolítico resultantes são potencialmente letais, por isso, esses bebês devem ser alimentados por uma formula que contenha sacarose ou frutose em vez de lactose (BERNE, 2004).
Alguns sintomas vem em decorrência da lactose que aumenta a pressão osmótica no intestino grosso, pois retém uma certa quantidade de agua, dando origem a esses sintomas tipo excesso de gases e diarreia osmótica. Com a fermentação da lactose no intestino grosso, podem ser observados sinais como a produção de ácido láctico e gases como o gás carbônico e hidrogênio, sendo estes comumente utilizados nos testes de determinação de intolerância. 
É de fundamental importância um planejamento dietético apropriado em crianças, que assegura um crescimento satisfatório (FAGUNDES, UGGIONI, 2006). Diante disso, este estudo pretende fornecer informações gerais acerca da intolerância à lactose e quanto ao cuidado nutricional para crianças intolerantes na primeira infância, realizando uma breve revisão sobre o conceito, causa e conduta nutricional no tratamento a intolerância à lactose.
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2. Revisão Bibliográfica
O leite é um alimento fundamental na infância. Desde o nascimento o leite materno supre todas as necessidades durante os primeiros 6 meses de vida e ainda garante o vínculo emocional. Até o primeiro ano de vida, as crianças que nãos são amamentadas com leite materno utilizam formulas adaptadas a faixa etária e após o primeiro ano o leite de vaca integral pode ser parte da alimentação da criança durante toda a fase de crescimento e desenvolvimento.
De acordo com a DRI, a recomendação de proteína na infância, é dividida conforme a faixa etária, onde as crianças com faixa etária de um a três anos devem ingerir de 5% a 20% de proteínas do consumo energético e as que se enquadram na faixa etária dos quatro aos seis anos de idade, a recomendação é de 10% a 30% (MAHAN e ESCOTT-STUMP, 2005; LOPEZ e BRASIL, 2004).
De forma geral as crianças tem boa aceitação do leite, mas, uma pequena parte dos bebês podem apresentar uma intolerância lactose, que é carboidrato do leite e também chamado de açúcar do leite. É raro que bebês nasçam com intolerância a lactose, pois qualquer leite animal é fonte do açúcar – incluindo o leite humano. Algumas crianças naturalmente produzem menos lactase ao atingir três a seis anos de idade, e muitas desenvolvem intolerância após serem acometidas por doenças que afetam o intestino, como as gastroenterites.
A intolerância a lactose ocorre quando o corpo não produza quantidade suficiente de lactase, que é a enzima responsável pela digestão da lactose. Por não ser bem digerida, a lactose sofre fermentação pelas bactérias do intestino, causando sintomas como distensão abdominal, flatulência, diarreia e vômitos.
O lipídio é uma fonte concentrada de energia, o veículo das vitaminas lipossolúveis e uma fonte de ácidos graxos essenciais. A proporção de gordura da dieta é indispensável, pois as crianças possuem elevadas necessidades de energia. Porém deve ser suficiente para permitir crescimento e desenvolvimento normal, e ao mesmo tempo, reduzir o risco de doença aterosclerótica, pois, muitas vezes, há interpretação errônea e restrições excessivas do nutriente. O percentual de lipídios da dieta para crianças de um a três anos deve estar entre 30% e 40% do consumo energético, e para as crianças de quatro a seis anos entre 25% e 35% (MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2005; LACERDA, 2006; LOPEZ e BRASIL, 2004).
Para as crianças intolerantes a lactose o leite de vaca com baixa ou zero lactose é a melhor opção, já que o alimento é uma das maiores fontes de proteínas, cálcio, riboflavina e de vitamina D. já os leites vegetais (arroz, soja, amêndoa), apesar de serem isento deste açúcar, não apresentam a mesma qualidade nutricional do leite. Queijos e em especial os iogurtes também podem ser bem tolerados, pois as bactérias presentes nesses produtos são capazes de digerir a lactose antes do seu consumo. Atualmente há no mercado diversos derivados lácteos na versão zero lactose, estes produtos podem ser consumidos pelos bebês e crianças desde que realizados o diagnostico pelo médico ou nutricionista.
2.1 Intolerância a Lactose
 A lactose, comumente conhecida como açúcar do leite, é um dissacarídeo formado por glicose e galactose, é encontrada no leite de vaca, leite humano entre outros (MORAIS,2007).
 Esse dissacarídeo é hidrolisado pela enzima intestinal B-D-galactosidase ou lactase, liberando seus componentes monossacarídeos para absorção na corrente sanguínea. A galactose é enigmaticamente convertida em glicose, que é o principal combustível metabólico d muitos tecidos. A atividade da lactase é alta durante o período neonatal e de lactancia, mas declina na época do desmame (BARBOSA, C.R.; ANDREAZZI, M.A. 2011). 
A lactase é uma enzima situada nas micro vilosidades do enterócito,ela é responsável pela hidrólise da lactose (MORAIS, 2007), quando há deficiência desta enzima a lactose, que é uma boa fonte de energia para o microrganismos do cólon, é fermentada a ácido láctico, metano (CH4) e gás hidrogênio (H2). O gás produzido cria um desconforto por distensão intestinal e pelo incomodo problema de flatulência. O ácido láctico produzido pelos microrganismos é osmoticamente ativo e puxa agua para o intestino, assim como lactose não digerida, resultando em diarreia (BARBOSA, C.R.; ANDREAZZI, M.A. 2011).
As necessidades energéticas, de macro e micronutrientes, variam de acordo com: sexo, idade e ritmo de crescimento. As crianças em idade pré-escolar apresentam um metabolismo muito mais intenso quando comparado aos adultos e com frequência apresentam, também, intensa atividade corporal e mental, requerendo assim, elevada demanda de energia e nutrientes (PHILIPPI et al, 2000, MARCHIONI, et al, 2002, FISBERG, 2005; ACCIOLY, 2005; MAHAN e ESCOTT-STUMP, 2005).
A intolerância a lactose é uma síndrome clinica composta por um ou mais sintomas como: dor abdominal, diarreia, náusea, flatulência e ou distenção abdominal após a ingestão de lactose ou de produtos alimentícios contendo lactose.
A quantidade de lactose ingerida para que se desencadeiem os sintomas varia para cada indivíduo, dependendo da dose de lactose ingerida do grau de deficiência de lactase e do tipo de alimento com o qual a lactose foi ingerida (TUMAS, R; CARDOSO, A.L.,2008).
2.2 Classificação da Intolerância a Lactose
A intolerância a lactose pode ser classificada como primaria, quando há um defeito intrínseco da enzima; ou secundaria, quando ocorre um dano na mucosa intestinal com consequente fala da mesma. Algumas causas do distúrbio primário são: deficiência de lactase do prematuro; deficiência de lactase congênita; e deficiência de lactase do tipo adulto. O distúrbio secundário pode ter como causas: doença celíaca; fibrose cística; alergia a proteína hieróloga; desnutrição; retocolite ulcerativa; síndrome do colón irritável; giardíase; utilização de algumas drogas; entre outras (TEO,2002).
A intolerância a lactose pode ocorrer em qualquer idade, é extremamente raro ser intolerante a lactose desde o nascimento. Nas crianças, a intolerância a lactose se torna mais comum após os 5 anos de idade. A maioria das crianças tem lactase quando nasce e pode digerir lactose enquanto bebes. A lactose é açúcar principal do leite materno. Se uma infecção ou alergia alimentar afetar o intestino delgado, a criança pode desenvolver intolerância a lactose, causando uma redução da lactase.
Normalmente, esse dano é temporário, porem pode levar semanas, ou até meses, até que a criança consiga tolerar o leite seus derivados novamente. Doenças crônicas como a celíaca, a doença de Crohn ou infecções com parasitas também podem causar uma intolerância a lactose transitória. Nos demais casos, a intolerância a lactose desenvolve-se por si só com o passar do tempo. Atingindo idade de 3 a 6 anos as crianças passam naturalmente a produzir menos lactose do que nos dois primeiros anos de vida.
 Em algumas crianças, a produção continua a diminuir, ou pode cessar totalmente. Os sintomas da intolerância a lactose, frequentemente, surgem na adolescência ou no início da idade adulta. Alguns grupos étnicos como: negros, hispânicos e asiáticos são mais suscetíveis ao desenvolvimento desta intolerância (NASPGHAN,2010).
3.3 Causas da Intolerância a Lactose
O cuidado nutricional na tolerância a lactose deve ser iniciado quando o diagnostico for bem estabelecido, visto que mudanças na ingestão de leite e derivados na dieta de crianças pequenas podem resultar em carências nutricionais que poderão perdurar por toda a vida.
Não existe cura para a intolerância a lactose, mas podem-se atenuar os sintomas quando leite e seus derivados não são mais ingeridos, ou são ingeridos controladamente e de forma ilimitada. (PACHECO,2010).
As crianças na primeira infância e os lactentes com deficiência de lactase não devem ingerir fórmulas infantis ou alimentos contendo lactose, até que se tornem capazes de tolerar e digerir a lactose. A restrição parcial ou total da ingestão de leite e seus derivados é suficiente para controlar os sintomas.
 A ingestão de leite, fracionadas em pequenas porções no decorrer no dia podem ser toleradas, por crianças maiores e adultos, porém esta é uma questão absolutamente individual (TUMAS, R; CARDOSO, A.L.2008). São várias as opções para substituição do leite de vaca para a alimentação do lactente. Infelizmente, a maioria delas é totalmente inadequada para as necessidades nutricionais desta faixa etária. Nos lactentes intolerantes a lactose, nenhum outro leite de mamíferos pode substituir o leite de vaca, pois todos contem lactose.
 Em nosso meio, o mais comum é o leite de cabra, que estaria contraindicado como substituto. Outras bebidas à base de arroz ou soja são isentos de lactose, porem seu conteúdo nutricional não é equivalente ao leite de vaca a ponto de poderem substitui-lo (American Academy of Pediatrics,2006).
Formas infantis isentas de lactose, a base de leite de vaca, são a melhor escolha para substituição, quando necessário, do leite materno e ou a formula infantil à base de leite de vaca para aquelas crianças intolerantes a lactose. Formulas infantis a base de proteína isolada de soja também são uma opção, uma vez que são adequadas as necessidades do lactente e não contem lactose na sua composição. Estes produtos deves ser consumidos por crianças maiores de dois anos de idade. Queijos e iogurte também são uma opção. 
O iogurte em especial apesar de seu alto teor de lactose, pode ser bem tolerado pelos pacientes intolerantes a lactose por que as bactérias nele presentes são capazes de digerir a lactose antes do seu consumo.
O iogurte costuma diminuir a velocidade do esvaziamento gástrico e do transito intestinal, diminuindo os sintomas de intolerância a lactose (American Academy of Pediatrics,2006). 
A retirada de leite e seus derivados é preocupante, por se tratar da maior fonte de cálcio, pois as propriedades deste mineral estão presentes principalmente no crescimento e desenvolvimento na infância e adolescência, por isso é que se deve avaliar o consumo de cálcio pela dieta, que, em casos de deficiência ou baixa ingestão de cálcio, é recomendado que ocorra a suplementação (BUARRAJ et. Al., 2003).
É indicado o consumo de vegetais de cor verde escura como brócolis, a couve, o agrião, a mostarda, o repolho, o nabo, peixes que tenham ossos moles como o salmão e sardinhas, mariscos e camarão, que são fontes ricas de cálcio (KAUFMAN,2005).
Os pacientes intolerantes a lactose devem ser orientados a ler os rótulos dos alimentos a serem consumidos, para verificar se há presença de leite e lactose na composição do produto.
3.4 Conduta Nutricional em relação as crianças com a intolerância à lactose
O profissional nutricionista desempenha papel importante no que diz respeito a adequada conduta a ser tomada no caso da criança apresentar intolerância alimentar. O objetivo principal do tratamento nutricional é evitar o desencadeamento dos sintomas, a progressão da doença e a piora das manifestações alérgicas e proporcionar à criança crescimento e desenvolvimento adequados (WEFFORT, 2010).
A exclusão dos alimentos que a criança apresenta intolerância é uma forma eficaz no tratamento da patologia, é imprescindível a orientação detalhada do tipo de alimentos que a criança deve evitar, para que assim seja evitado direitas desnecessárias e muito restritivas visando garantir a adequada oferta nutricional alcançando as necessidades individuais de cada criança.
A intolerância a lactose tem forte influência sobre a vida das pessoas que apresentam os sintomas, pois afeta não só a saúde, como a qualidade de vida dos mesmos. Como relatado, a intolerância a lactose acontece quando há diminuição na quantidade da enzima lactase ou quando a mesma não é produzida.
Há uma demora na identificação da intolerância a lactose, pois esta patologia pode serfacilmente confundida com outras reações do organismo, com alergia ou sensibilidade (PORTO, C.P.C; THOFEHRN.M.B.; SOUZA, A.S.; CECAGNO, D.,2005). 
3.5 Cuidado Nutricional no tratamento da intolerância à lactose
O cuidado nutricional na intolerância à lactose deve ser iniciado quando o diagnostico for bem estabelecido, visto que mudanças na ingestão de leite e derivados na dieta de crianças pequenas podem resultar em carências nutricionais que poderão perdurar por toda a vida.
Não existe cura para a intolerância a lactose, mas podem-se atenuar os sintomas quando leite e seus derivados não são mais ingeridos, ou são ingeridos controladamente e de forma limitada. (PACHECO, 210).
As crianças na primeira infância e os lactentes com deficiência de lactase não devem ingerir formulas infantis ou alimentos contendo lactose, até que se tornem capazes de tolerar e digerir a lactose. O fato de não tomar ou limitar o uso do leite e derivados é suficiente para esse controle dos sintomas.
Ingerir pequenas porções do leite no decorrer do dia podem ser toleradas, por crianças maiores e adultos, entretanto é uma questão absolutamente individual (TUMAS, R; CARDOSO, A.L. 2008). São várias as opções para substituição do leite de vaca para a alimentação do lactente. 
Embora a maioria delas é totalmente inadequada para as necessidades nutricionais desta faixa etária. Aos lactentes intolerantes à lactose, nenhum outro leite de mamíferos pode substituir o leite de vaca, pois todos contem lactose.
Em nosso meio, o mais comum é o leite de cabra, que estaria contra indicado como substituto. Outras bebidas à base de arroz ou soja são isentos de lactose, porem seu conteúdo nutricional não é equivalente ao leite de vaca a ponto de poderem substitui-lo (American Academy of Pediatrics, 2006).)
Buscar formulas infantis isentas de lactose, a base de leite de vaca, são a melhor escolha para a substituição, quando necessário, do leite materno e/ou a formula infantil a base de leite de vaca para aquelas crianças intolerantes a lactose. As formulas infantis à base de proteína isolada de soja também são uma opção, uma vez que são adequadas às necessidades do lactente e não contem lactose na sua composição. Estes produtos devem ser consumidos por crianças maiores de dois anos de idade. Queijos e iogurte também são uma opção. O iogurte em especial, apesar de seu alto teor de lactose, pode ser bem tolerado pelos pacientes intolerantes à lactose por que as bactérias neles presentes são capazes de digerir a lactose antes do seu consumo. O iogurte costuma diminuir a velocidade do esvaziamento gástrico e transito intestinal, diminuindo os sintomas de intolerância à lactose (American Academy of Pediatrics, 2006).
A retirada de leite e seus derivados é preocupante, por se tratar da maior fonte de cálcio, pois as propriedades deste mineral estão presentes principalmente no crescimentos e desenvolvimento na infância e adolescência, por isso é que se deve avaliar o consumo de cálcio, é recomendado que ocorra a suplementação (BUARRAJ et. Al., 2003).
Desse modo é indicado o consumo de vegetais de cor verde escura como o brócolis, a couve, o agrião, a mostarda, o repolho, o nabo, peixes que tenham ossos moles como o salmão e sardinhas, mariscos e camarão, que são fontes de cálcio (KAUFMAN, 2005).
Os pacientes intolerantes a lactose devem ser orientados a ler rótulos dos alimentos a serem consumidos, para verificar se há presença de leite e lactose na composição do produto.
3.6 Nutrição na Infância
 A alimentação cumpre um papel importante durante todo o ciclo de vida do indivíduo. Entre as diferentes fases da vida, pode-se destacar como exemplo, a criança em idade pré-escolar (PHILIPPI et al, 2002) O modo de vida das pessoas é um dos fatores influenciadores dos hábitos alimentares (MEZOMO, 1994). 
Os hábitos alimentares são formados desde o primeiro ano de vida, pela frequência com que são consumidos certos tipos de alimentos, que podem ser oferecidos pela mãe e pela família, desde a amamentação até os costumes aprofundados no ambiente familiar em termos de alimentação. Se uma alimentação saudável for mantida durante a fase de crescimento, minimizam-se os fatores de risco de doenças crônico-degenerativas. 
O tipo de alimento escolhido na infância tende a se solidificar na vida adulta e por isso é importante estimular a formação de hábitos saudáveis o mais precocemente possível (TEIXEIRA et al, 2007; LOPEZ; BRASIL, 2004). 
Um dos aspectos fundamentais para a saúde da criança é uma alimentação equilibrada na infância, proporcionando condições ideais de saúde, crescimento e desenvolvimento intelectual, tornando o nível educacional melhor, reduzindo assim transtornos de aprendizado causados por deficiências nutricionais (LOPEZ e BRASIL, 2004). 
Em virtude das crianças estarem crescendo e desenvolvendo ossos, dentes, músculos e sangue, elas precisam de alimentos adequados no ponto de vista nutricional e higiênico, em proporções ao seu peso. Quando não possuem uma alimentação adequada em todos estes princípios, podem ficar em risco de desnutrição ou com outras patologias decorrentes de contaminações. (MASCARENHAS et al, 2001, NÓBREGA, 2007)
. O contato com o alimento para a criança deve ser uma fonte de descobertas e prazer. Os pré-escolares geralmente interessam-se pelo meio ambiente, aspecto, cor, odor e textura dos alimentos utilizando as mãos ou utensílios 18 para explorá-los.
 Nesta idade a alimentação passa a ser semelhante à dos demais membros da família. Deve ser composta de cinco a seis refeições por dia; evitar o consumo de guloseimas e/ou alimentos pouco nutritivos nos intervalos. A ingestão de hortaliças e frutas é de extrema importância para que as necessidades de vitaminas e minerais sejam atendidas assim como as de fibras. Com isso, a criança passa a selecionar quais alimentos são importantes para sua saúde e quais não são. (ALBIERO, 2007; SILVA, 2006).
 É importante também estimular a criança a se alimentar sozinha, fazendo suas refeições em local adequado e sempre que possível, junto aos demais familiares (SILVA, 2006).
 Neste período, o apetite é irregular, apresentando momentos de desinteresse pela alimentação onde até os alimentos preferidos podem ser rejeitados. Porém, a criança acaba aceitando os novos alimentos apenas em algumas refeições, ou quando estão inseridas em um ambiente diferente, como restaurantes, casas de amigos ou de outros familiares, ou seja, comem mais, sem que seja necessária tanta insistência, como nas refeições feitas em casa.
 A falta de apetite ou inapetência alimentar são quadros característicos e esperados no desenvolvimento normal das crianças, que costuma ser entre os 14 meses e os cinco anos de idade. Todas estas mudanças geram certa ansiedade aos responsáveis pela criança, que costumam reclamar que o apetite das mesmas se modificou. (MACEDO et al, 1999, ACCIOLY, 2005; LOPEZ; BRASIL, 2004). 
Por volta dos três anos, a criança tende a recusar o alimento como maneira de firmar sua posição, contrariar a vontade do adulto tentar controlar o ambiente. É uma fase que a criança tende a rejeitar novos alimentos, demonstrando ter preferência por aquilo que conhece. Se os pais souberem compreender, tolerar e lidar com essas situações, elas tendem a ser temporárias (NÓBREGA, 2007). 
Se os sintomas persistirem eles podem indicar algum tipo de distúrbio ambiental ou relacional, muito comum após uma fase de adaptação importante, ou que tenha manifestado algum comportamento de autonomia, reagindo com inapetência e isso, de alguma forma, não é bem compreendido e/ou respeitado pelos pais, provocando ansiedade ou agressividade nos mesmos, que diante da recusa alimentar forçam a criança a comer, fazendo com que esta perca o prazer em alimentar-se. Esse processo completa-se quando a mãe faz chantagem, mobiliza a 19 família, entra em desespero e acaba castigando a criança. 
O resultado disso prejudica o vínculo afetivo e a autoestima, principalmente da criança (NÓBREGA, 2007; MADEIRA, 2003). 
Desta forma, os pais precisamser tranquilizados e orientados quanto à qualidade e quantidade de alimentos que atendem as necessidades de seus filhos neste período de vida (ACCIOLY, 2005).
4 Metodologia
 
A metodologia utilizada é a revisão literária baseada em análise qualitativa das referências encontradas nas bases de dados PubMed, MEDLINE, LILACS e Sielo, considerando o período de 1999 a 2012. A estratégia de busca foi definida pelos unitermos relativos a intolerância a lactose em crianças na primeira infância, desde o nascimento até os seis anos de idade, e seus respectivos termos intolerância alimentar, alergia alimentar, leite de vaca, nutrição na primeira infância.
5 Resultados e discursão
O resultado dessa pesquisa vem demonstrar que as crianças portadoras de intolerância a lactose venha ter um tratamento e forma adequada e prevenção as suas causa quando ingeridas alimentos derivados do leite, que quando ingeridos pela população que possui a deficiência da enzima lactase, vão para o intestino não sendo hidrolisados, gerando sintomas de desconfortos em decorrência a quantidade de lactose ingerida, por exemplo, dores abdominais e diarreias. 
Com o tratamento o mais importante a ser realizado nesse segmento, é a não ingestão de produtos derivados do leite, mas sabendo-se que estes produtos contem boas fontes de cálcio, os mercados de comercialização de alimentos disponibilizaram vários tipos de produtos destinados aos intolerantes a lactose.
6 Conclusão
Concluímos o trabalho de pesquisa com propriedade para fundamentação do mesmo. A intolerância a lactose tem forte influência sobre a vida das pessoas que apresentam os sintomas, tanto na saúde quanto na qualidade de vida. Isso ocorre quando há uma diminuição na quantidade de enzima lactase ou quando a mesma não é produzida. Há uma demora na identificação da intolerância à lactose, pois a patologia pode ser facilmente confundida com outras reações do organismo, como alergia ou sensibilidade (PORTO, C.P.C.THOFEHRN.M.B.SOUZA, A.S.CECAGNO, D.,2005). Ao indicar o tratamento dietético para pacientes portadores de intolerância a lactose, deve concentrar-se na adequação da dieta para que esta atinja as necessidades recomendadas para a idade do paciente, já que outros alimentos deverão suprir o aporte de proteínas, cálcio e vitamina D cuja fonte alimentar principal para as crianças é o leite de vaca.
E essencial que não sejam adquiridas condutas restritivas desnecessárias com relação a ingestão do leite de vaca, na dieta das crianças, uma vez que este alimento é uma fonte importante de nutrientes, diretamente envolvidos no processo de crescimento (TUMAS, RCARDOSO, A.L.2008). 
 A adequada ingestão de cálcio durante a infância é a principal forma de prevenção da osteoporose. A restrição dietética de leite e seus derivados pode provocar alterações que poderão perdurar e se manifestar na vida adulta quando não houver uma indicação bem estabelecida, seguida de uma avaliação e orientação individual, adequada para as necessidades de cada paciente.
Dessa forma o profissional nutricionista deve analisar e adequar à ingestão de nutrientes, otimizando a disponibilidade de macro e micronutrientes necessários para a manutenção do crescimento e da boa saúde destas crianças.
7 Referencias
American Academy of Pediatrics, Committee on Nutrition. Lactose Intolerance in Infants, Children and Adolescents. Pediatrics 2006; 118:1279-1286.
BARBOSA, C. R.; ANDREAZZI, M. A.Intolerância à lactose e suas consequências no metabolismo do cálcio. Revista Saúde e Pesquisa, v. 4, n. 1, p. 81-86, jan./abr. 2011
BUARRAJ, C. M. et al. Terapia nutricional na doença inflamatória intestinal. The Electronic Journal of Pediatric Gastroenterology, Nutrition, and Liver Diseases, São Paulo, v. 8, n. 4, 2003. Disponível em:<http://www.e-gastroped.com.br/dec04/doenca_inflama_intest.htm>. Acesso em: 6fev.2012.
FAGUNDES, R. L. M.; UGGIONI, P. L. Tratamento Dietético da Intolerância à Lactose Infantil. Teor de lactose em alimentos. 
GASPARIN, F. S. R, TELES, J.M., ARAÚJO, S. C, Alergia à proteína do leite de vaca versus intolerância à lactose: as diferenças e semelhanças.
PACHECO, S. Contorne a intolerância. Zero Hora. Porto Alegre, 7 ago. 2010. Vida, p.8.PEREIRA FILHO, D.; FURLAN, S. A.Prevalência de intolerância à lactose em função da faixa etária e do sexo: experiência do Laboratório Dona Francisca, Joinville (SC).
PORTO, C. P. C.; THOFEHRN. M. B.; SOUSA, A. S.; CECAGNO, Experiência vivenciada por mães de crianças com intolerância à lactose. Fam. Saúde Desen., Curitiba, v.7, n.3, p.250-256, set./dez. 2005.
Revista Saúde e Ambiente / Health and Environment Journal, v. 5, n. 1, jun. 2004.
Revista Higiene Alimentar, São Paulo, v20, n140, p. 24-29, abr. 2006.
 Revista Saúde e Pesquisa, v. 3, n. 1, p. 107-114, jan./abr. 2010 -ISSN 1983-1870KAUFMAN, D. Intolerância à Lactose. Publicado em: 20 nov. 2005. Disponível em: www.dinakaufman.com.Acesso: 03 fev. 2012.MAHAN, L.K., STUMP, S. E.Alimentos, Nutrição e Dietoterápica. Editora ROCA. 11ª Edição, 2005. São Paulo.
Revista Clínica e terapêutica. Edição: Fev2008(34) 1.WEFFORT, V. R. S.ALERGIA ALIMENTAR. Profaadjunto da Disciplina de Pediatria. UFTM, 2010
TÉO, C. R. P. A.Intolerância à lactose: uma breve revisão para o cuidado nutricional. Arquivos de Ciências da Saúde da Unipar, Toledo, v. 3, n. 6, p. 135-140, 2002.TUMAS, R; CARDOSO, A. L.Como conceituar, diagnosticar e tratar a intolerância à lactose. 
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