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99Desenvolvimento Pessoal e Profissional
UNIDADE DE ESTUDO 10
EMPREGABILIDADE E MERCADO DE TRABALHO
INTRODUÇÃO
Atualmente o mercado de trabalho é permeado por muitas dinâmicas, de modo que, para manter 
a empregabilidade e otimizá-la, é importante ter capacidade de adequação profissional.
Frente a isso e dando sequência ao que estudamos na Unidade anterior, aprofundaremos os estudos 
sobre empregabilidade e apresentaremos o tema Mercado de Trabalho, assuntos diretamente ligados.
1 OS SEIS PILARES DA EMPREGABILIDADE
Iniciaremos o tema desta Unidade apresentando uma abordagem de Minarelli (2010), que trata 
dos seis pilares da empregabilidade. Segundo o autor, um caminho possível para o sucesso na carreira 
profissional é fazer com que esses seis aspectos funcionem em conjunto e de forma equilibrada. 
Convenhamos que essa não aparenta ser uma tarefa muito fácil, não é mesmo? 
FIGURA 1 – Os seis Pilares da Empregabilidade
EMPREGABILIDADE
Adequação Vocacional
Competência Profissional
Idoneidade
Saúde Física, Mental e Espiritual
Reserva Financeira
Relacionamentos
FONTE: A autora (2013)
Ao conseguir manter o funcionamento dos seis pilares ao mesmo tempo, o profissional consegue 
ter mais segurança e melhora sua capacidade de ter ou gerar trabalho, tornando-se contratável e, 
consequentemente, melhorando seu nível de empregabilidade.
E você sabe por que hoje é tão importante mantermos nossa empregabilidade? Porque tendo em 
vista o aumento da expectativa de vida, precisaremos passar mais tempo de nossas vidas empregados 
ou trabalhando.
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Além de esses pilares estarem fortes, estruturados, desenvolvidos e equilibrados, é 
fundamental que eles estejam interligados.
Que tal conhecermos melhor cada um desses pilares?
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1.1 ADEQUAÇÃO VOCACIONAL
É fundamental que as atividades que você 
exerce ou busca exercer estejam adequadas 
a sua vocação enquanto profissional. Dessa 
maneira, você se sentirá mais motivado para 
trabalhar, e, certamente, será mais feliz do que 
se estivesse exercendo algo que não vai ao 
encontro da sua vocação.
Entretanto, nós, profissionais, sabemos 
que nem sempre isso é possível. Dependendo 
de como estiver o mercado de trabalho, 
não temos a oportunidade de fazer as 
melhores escolhas. No entanto, frente a esses 
momentos, é importante continuar tendo em 
vista sempre essa adequação vocacional, de 
modo a orientar nossas atitudes e escolhas.
Você sabe claramente qual é sua vocação?
Na Unidade 1 comentamos sobre uma ferramenta 
bastante importante para enfrentar essa busca pela 
vocação: o autoconhecimento. Essa tarefa exige muita 
reflexão, mas você também pode usufruir de outros 
recursos, como o coaching e a orientação profissional.
1.2 COMPETÊNCIA PROFISSIONAL
Talvez você já tenha ouvido algo sobre o “CHA”, que 
conceitua as competências e as define como Conhecimentos, 
Habilidades e Atitudes, mais ligadas ao comportamento, ao agir.
A competência pode ser desenvolvida de diversas formas: 
por treinamentos, experiências acadêmicas, pelo estudo informal 
e principalmente pelas experiências vividas, tanto no lado pessoal 
quanto profissional.
É necessário estar sempre atualizado e qualificado para 
atender as demandas do mercado. Portanto, a busca por 
competência profissional é um processo contínuo. Sendo assim, 
você, empregado ou não, deve procurar ler jornais, revistas, buscar 
cursos e palestras em busca do seu desenvolvimento, lembrando-
se sempre da importância de estar em sintonia com sua vocação. Para que se adquira conhecimento 
por meio da experiência, é necessário que elas sejam vividas com humildade, havendo vontade e 
disposição para aprender com os outros e com seus próprios erros e acertos.
Orientação profissional é compreendida como 
a ajuda para a tomada de decisão em momen-
tos específicos, tais como: a passagem de um 
ciclo educativo a outro; a transição dos estudos 
ao mundo do trabalho; mudança de ocupação 
ou emprego ou preparação e adaptação para a 
aposentadoria. A intervenção ocorre, portanto, 
em momentos críticos da trajetória profissional 
de pessoas e grupos. 
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1.3 IDONEIDADE
A idoneidade é certamente algo essencial para a sociedade, visto que sua essência está ligada 
à honestidade e às atitudes corretas. Para que o profissional mantenha boas relações com clientes e 
empregados, ou seja, tenha um bom nível de empregabilidade, é necessário cumprir compromissos, 
prazos, regras e prometer apenas o que poderá cumprir. Isso é ser idôneo.
Algumas vezes podemos ficar expostos a situações em que nossa idoneidade seja colocada a prova, 
mas nesses momentos devemos refletir e lembrar de que podemos estar comprometendo definitivamente 
nossa carreira, portanto vale a pena ser um profissional idôneo, honesto, ético e correto. Dessa forma, 
é possível adquirir a confiança e admiração das pessoas a sua volta, podendo enfrentar o mercado de 
trabalho, pois por meio das referências surgirão novos trabalhos.
1.4 SAÚDE FÍSICA, MENTAL E ESPIRITUAL
Este tema já foi estudado na Unidade 3, porém precisamos 
reafirmar a influência da saúde na sua empregabilidade. A saúde 
física, mental e espiritual é algo que devemos cuidar sempre, 
pois vivemos muito melhor e, logicamente, trabalhamos melhor 
se esses aspectos estiverem alinhados.
Busque o equilíbrio entre trabalho e lazer, entre seu papel 
enquanto profissional e os demais papéis que tem na vida, 
pois essa é uma forma de administrar sua empregabilidade.
Você já aprendeu um pouco sobre isso nas Unidades 1, 
2 e 3.
1.5 RESERVA FINANCEIRA
Ninguém está isento de passar por um processo de demissão inesperado e, pensando nisso, 
é essencial que seja feita um reserva financeira para enfrentar um período pós-demissão. Esta ação, 
a longo prazo, poderá lhe proporcionar certa autonomia financeira e lhe sustentar diante de algum 
contratempo. Não havendo uma total dependência do salário, o profissional terá mais tranquilidade 
para fazer suas escolhas. 
Se estiver descontente com seu emprego, você 
terá a possibilidade de se desligar da empresa 
e ter uma alternativa de sustento até conseguir 
outro trabalho. Para conseguir fazer essa reserva 
é necessário que haja planejamento nos gastos e 
que ela faça parte do orçamento.
Outra alternativa para que seja realizada essa 
reserva é desenvolver outras atividades fora do 
horário de trabalho ou em finais de semana para 
complementar a renda.
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1.6 RELACIONAMENTOS
Ao manter relacionamentos com muitas pessoas, temos mais acesso 
às informações e às oportunidades de emprego ou negócios.
Portanto, é fundamental para nossa empregabilidade cultivar os 
relacionamentos, ou seja, precisamos ser atenciosos e prestativos com 
as pessoas que conhecemos, a fim de poder contar com elas também 
em caso de necessidade. 
Minarelli (2010) usa o termo capital social para explicar os relacionamentos 
que são construídos na sociedade, considerando-os valorosos e, 
principalmente, com uma grande capacidade de solucionar problemas.
Frequentemente não damos valor aos relaciona-
mentos e acabamos não aproveitando sua capacidade. 
Fazendo uma analogia ao capital financeiro, se deposi-
tado diariamente, o capital social aumenta conforme nos 
disponibilizamos aos relacionamentos. 
Este último pilar também é relacionado ao 
networking, considerado um tópico emergente em 
desenvolvimento pessoal e profissional, do qual fa-
laremos na próxima Unidade. 
Esses são os seis pilares que sustentam a empregabilidade. Lembre-se que eles devem funcionar 
em conjunto para que você aumente a possibilidade de sucesso profissional, pois o cenário atual do 
mercado de trabalho exige cada vez mais profissionais com competências e habilidades específicas 
para exercer uma atividade funcional. 
2 MERCADO DE TRABALHO
O que você entende por mercado de trabalho?
Possivelmente você responderá que são as 
oportunidades de trabalho e emprego oferecidas 
pelas empresas. Isso está parcialmentecorreto, pois 
o mercado de trabalho é um espaço muito mais 
complexo do que podemos imaginar!
O mercado de trabalho pode ser considerado um 
espaço de troca, de negociação, no qual estão envolvidas 
pessoas que oferecem seu talento, colocando à mostra suas 
capacidades e buscando a satisfação de suas necessidades 
(psicológicas, sociais e físicas), e organizações que 
necessitam destes talentos e estão dispostas a oferecer 
condições para a satisfação de algumas necessidades.
Para que haja a conciliação dos interesses de ambas 
as partes envolvidas, serão primordiais as negociações, o 
que torna a dinâmica do mercado de trabalho um pouco 
mais complexa.
Networking:
Prática de construir uma rede de 
relacionamentos que favoreça os 
negócios e o desenvolvimento 
profissional.
Mercado de trabalho: conjunto de oportunida-
des de trabalho oferecido pelas organizações 
e de pessoas dispostas a oferecer sua força 
(Dutra, 2012).
103Desenvolvimento Pessoal e Profissional
Neste sentido é possível perceber que o mercado não é constituído apenas pelas oportunidades 
oferecidas, mas também pelos ricos espaços criados pelos envolvidos e por sua própria dinâmica.
Por se tratar de um espaço dinâmico, ele sofre constantes mudanças de acordo com os momentos 
vivenciados na sociedade. Existem dois momentos que se refletem diretamente no mercado de trabalho: 
o de oferta e o de procura, os quais estão descritos no quadro a seguir: 
QUADRO 1 – Mercado de Trabalho – Oferta X Procura 
Oferta Procura
Quando o mercado de trabalho está em situação 
de oferta, com mais oportunidades do que procura 
por vagas, as organizações vivenciam a escassez 
e dificuldade de recursos, visto que as pessoas 
disponíveis são insuficientes para a demanda.
Quando o mercado está em situação de procura, as 
oportunidades são menores, existe abundância de 
recursos e o mercado fica mais competitivo, visto que 
as pessoas têm que disputar as oportunidades.
FONTE: Chiavenato (2008)
Em que momentos ficamos atentos ao mercado de trabalho?
Na maior parte das vezes, ficamos atentos apenas quando temos alguma necessidade referente 
ao trabalho/emprego.
Porém, ao compreender a complexidade da dinâmica do mercado de trabalho, é possível perceber 
a sua influência no processo de desenvolvimento pessoal e profissional. Por isso é fundamental estar 
em contato contínuo com o mercado, e não apenas em função de uma necessidade pontual.
2.1 RELAÇÕES ESTABELECIDAS NO MERCADO DE TRABALHO 
As relações estabelecidas no mercado de trabalho tendem a se tornar cada vez mais complexas. 
Isso se deve à forma como os envolvidos vêm se desenvolvendo, como podemos observar na FIG. 2: 
FIGURA 2 – Elementos do Mercado de trabalho
ORGANIZAÇÕES
Cada vez mais complexas, tanto em termos tecnológicos 
quanto em termos de relações organizacionais.
PESSOAS
Cada vez mais capacitadas e mais aptas a lidar com os 
níveis crescentes de complexidade.
RELAÇÕES DE 
TRABALHO
Diferentes formas baseadas na ideia de agregação mútua 
de valor.
FONTE: A autora (2013)
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As características do mercado de trabalho acabam influenciando também o comportamento dos 
candidatos. 
Na situação de grande oferta por parte do mercado, as pessoas têm a possibilidade de escolher 
e selecionar as organizações que desejam trabalhar, analisando os salários, as oportunidades e os 
benefícios, e se sentem encorajadas a buscar melhores oportunidades. 
Diante disso podem ocorrer consequências negativas para as organizações, pois os funcionários 
tendem a reivindicar mais, o que, muitas vezes, faz com que a produtividade caia e também pode haver 
aumento de absenteísmo.
Em contrapartida, em uma situação de escassez de oportunidades no mercado, as pessoas/
candidatos podem apresentar propostas salariais mais baixas, candidatando-se a cargos inferiores às 
suas qualificações. Além disso, essas pessoas buscam estabilidade no emprego, evitam atritos e tendem 
a ser mais disciplinadas.
Ao refletirmos sobre esse contexto, é perceptível que as pessoas e as organizações que não se 
prepararem para atuar ficarão para trás, tornando-se pouco competitivas.
Comentamos a importância de nos mantermos sempre no 
mercado de trabalho, porém como fazê-lo? Esse é um espaço 
no qual se estabelecem diversas relações, de modo que um 
dos meios mais importantes para acessá-lo é usando a rede de 
relacionamentos, também explicada pelo conceito networking, 
tema que aprofundaremos na Unidade 11. 
A captação de talentos pelas empresas frequentemente 
efetua-se por indicações. Porém, não podemos ficar apenas à 
espera disso, certo? O acesso ao mercado de trabalho ocorre 
por meio de ações muito conhecidas, como consulta a jornais, 
internet, envio de currículos.
Um aspecto importante nessa dinâmica é a questão do 
foco (DUTRA, 2012). É necessário desde o início da carreira 
profissional ter foco e direcionamento, quanto mais preciso, 
mais chance de obter sucesso.
Chiavenato (2008) aponta ainda a existência de diversos 
fatores que condicionam o mercado de trabalho, como 
a natureza e a qualidade do trabalho, a produtividade, o 
crescimento econômico e a inserção no mercado internacional.
Conforme já citado no início desta Unidade, o mercado de trabalho sofre influências de acordo 
com as questões econômicas enfrentadas por qualquer país.
O Brasil, por exemplo, apresenta vários níveis de desenvolvimento e modernização empresarial e 
industrial, sendo que suas consequências são sentidas mais intensamente nas grandes capitais, devido 
ao fato dessas localidades vivenciarem a concorrência globalizada. 
E você, tem estado atento ao mercado de trabalho?
Esse é mais um passo importante para você poder orientar seu 
desenvolvimento profissional.
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CONCLUSÃO
A partir do estudo desta Unidade podemos concluir que o Mercado de Trabalho é algo 
mutável, que sofre mudanças constantes de acordo com as vivências da realidade em que está 
inserido. Para acompanhar essas mudanças devemos estar atentos aos acontecimentos da 
nossa sociedade, procurando moldar nossas atitudes, porém nunca perdendo de vista nossos 
objetivos e anseios pessoais.
Para conseguir atender as demandas desses diversos níveis as empresas se veem obrigadas a 
rever seus sistemas de trabalho e exigem um desempenho diferenciado dos profissionais disponíveis no 
mercado. Faz-se então necessário que esses profissionais estejam atentos a essas exigências, podendo 
atendê-las de forma benéfica para as empresas e para si mesmos.
Isso é um grande desafio, você sabe por quê? As estruturas de ensino técnico e universitário 
não estão prontamente preparadas para acompanhar as exigências da modernização no Brasil, o que 
pressupõe que o desenvolvimento deve partir das pessoas e também das próprias empresas.
Uma realidade interessante a ser destacada aqui é que com a revolução tecnológica e da informação 
houve um rápido deslocamento do mercado de trabalho da área industrial para a prestação de serviços.
Você sabe a razão dessa mudança? A área industrial está oferecendo menos empregos devido à 
possibilidade de se produzir, atendendo a todas as demandas, com menos gastos – o que é viabilizado 
pela modernização e pelos melhores desempenhos dos processos e das pessoas. Pelo contrário, as áreas 
relacionadas a serviços têm oferecido um grande número de empregos, e isso se deve a um aumento 
do consumo e da exportação, consequência da alta produtividade na indústria.
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REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 3. ed. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2008.
DUTRA, Joel Souza. Gestão de pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2012.
MINARELLI, Augusto José. Empregabilidade: como entrar, permanecer e progredir no mercado de trabalho. São 
Paulo: Gente, 2010.
MELO-SILVA, Lucy Leal; LASSANCE, Maria Célia Pacheco; SOARES, Dulce Helena Penna. A orientação profissional 
no contextoda educação e trabalho. Revista Brasileira de Orientação Profissional, São Paulo , v. 5, n. 2, dez. 2004. 
Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-33902004000200005&lng=
pt&nrm=iso>. Acesso em: 30 maio 2015.