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relações privadas e internet
1. ACEITAÇÃO
Aceitação ou oblação é a concordância com os termos da proposta. É a manifestação de vontade imprescindível para que se repute concluído o contrato, ou ainda, consiste na formulação da vontade concordante do oblato, feita dentro do prazo e envolvendo adesão integral à proposta recebida.
Para produzir o efeito de aperfeiçoar o contrato a aceitação deve conter os seguintes requisitos (art. 431 CC): deve ser feita dentro do prazo estipulado, bem como corresponder a uma adesão integral aos termos da proposta, sem que haja adições, restrições, ou modificações, do contrário, importarão em nova proposta.
A aceitação pode ser expressa ou tácita. A primeira decorre de declaração do aceitante, manifestando a sua anuência; a segunda, de sua conduta, reveladora do consentimento (art. 432 CC).
CONTRATO ENTRE PRESENTES
Nesse tipo de contrato, as partes estarão vinculadas a partir do momento que o oblato aceitar a proposta. Nesse momento caracteriza-se o acordo recíproco de vontades, e desde já o contrato passa a produzir efeitos jurídicos.
CONTRATO ENTRE AUSENTES
Nesse caso não há comunicação simultânea entre as partes, ele pode ser feito através de: E-mail; Carta; Mensageiro; Fax etc.
Há uma divergência sobre o momento que o contrato se consumará de fato. Existem as seguintes teorias:
TEORIA DA COGNIÇÃO (INFORMAÇÃO)
O momento que o proponente toma conhecimento da aceitação.
Caso haja confusão sobre alguma clausula etc. deve-se enviar uma retratação, que tem que chegar junto ou antes da aceitação.
TEORIA DA AGNIÇÃO
- TEORIA DA DECLARAÇÃO: Por essa teoria, o contrato é firmado no momento que o aceitante redige a sua resposta.
- TEORIA DA EXPEDIÇÃO: Considera formação do contrato no momento que aceitação é expedida.
- TEORIA DA RECEPÇÃO (a majoritária): O momento de formalização do contrato é quando o proponente RECEBE a aceitação. Isso é diferente a Teoria da Cognição, tomar conhecimento é diferente de receber.
2. Lei nº 12.965 de 23 de Abril de 2014
Estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil.
Art. 19. Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais em contrário.
§ 1o A ordem judicial de que trata o caput deverá conter, sob pena de nulidade, identificação clara e específica do conteúdo apontado como infringente, que permita a localização inequívoca do material.
§ 2o A aplicação do disposto neste artigo para infrações a direitos de autor ou a direitos conexos depende de previsão legal específica, que deverá respeitar a liberdade de expressão e demais garantias previstas no art. 5o da Constituição Federal.
§ 3o As causas que versem sobre ressarcimento por danos decorrentes de conteúdos disponibilizados na internet relacionados à honra, à reputação ou a direitos de personalidade, bem como sobre a indisponibilização desses conteúdos por provedores de aplicações de internet, poderão ser apresentadas perante os juizados especiais.
§ 4o O juiz, inclusive no procedimento previsto no § 3o, poderá antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, existindo prova inequívoca do fato e considerado o interesse da coletividade na disponibilização do conteúdo na internet, desde que presentes os requisitos de verossimilhança da alegação do autor e de fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação.
3. Contrato eletrônico, segundo Leal (2009, p.79), pode ser definido como o contrato “em que o computador é utilizado como meio de manifestação e de instrumentalização da vontade das partes.”
Por enquanto, os contratos eletrônicos não são regulados por lei específica, e por esta razão são considerados atípicos e de forma livre (LEAL, 2009). Entrementes, há uma classificação sistemática dos contratos eletrônicos de acordo com seu grau de interação homem e máquina, os quais são classificados em (LEAL, 2009; LOVATO, 2011):
a) Interpessoais: ou entre pessoas, o computador apenas opera como meio de comunicação para o acordo de vontade das partes. A declaração de vontade é emitida diretamente pelas partes, sem que existam respostas automatizadas que configurem tal declaração;
b) Intersistêmicos: a contratação é feita entre sistemas, por meio de aplicativos pré- programados, ou seja, não há ação humana;
c) Interativos: é a forma de contratação mais utilizada no comércio eletrônico, e resulta “de uma relação de comunicação entre uma pessoa e um sistema previamente programado” (LOVATO, 2011, p.74). Os contratos interativos são por sua natureza contratos de adesão;
d) Mistos: contratos que possuem mais de uma característica de classificação.
Outrossim, constata-se que os contratos eletrônicos para serem válidos devem seguir as regras exigidas aos demais contratos, uma vez que se diferenciam apenas pela sua forma, em razão da declaração de vontade das partes ser expressa por meio eletrônico de comunicação (LEAL, 2009).
4. São os contratos que se apresentam com suas cláusulas preestabelecidas e impostas por uma das partes, cabendo à outra apenas aderir ou não ao estipulado.
Assim os define o art. 54, do Código do Consumidor:
“Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo”.
Os dispositivos encontrados no Código Civil, assim como no CDC, impõem uma proteção maior à parte hipossuficiente da relação contratual, ou seja, ao aderente. Prescrevendo-se que, em havendo cláusulas ambíguas ou contraditórias, deverá ser adotada interpretação mais favorável ao aderente. Outrossim, as cláusulas que determinam a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da própria natureza do contrato serão tidas como nulas[8]~
a inserção de cláusula no formulário, hipótese que não se desfigura a natureza de adesão no contrato; admissão de cláusula resolutória, desde que seja alternativa e conforme a vontade do consumidor; que a redação dos contratos de adesão escritos devem ser redigida em termos claros e legíveis, cujo tamanho da fonte não poderá ser inferior ao corpo doze[9]; as cláusulas que limitarem o direito do consumidor deverão ser redigidas com destaque, de modo que possibilite fácil e imediata compreensão.
5. As estruturas de organização da infraestrutura e gestão da internet repetem-se a partir de um organismo central, apoiado em organismos regionais e em instituições nacionais. Na esfera mundial, a gestão é exercida pela Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN), entidade de direito privado, sem fins lucrativos, vinculada ao governo dos Estados Unidos da América, que congrega representantes das comunidades mundiais acadêmica, empresarial, técnica e de usuários da internet. No Brasil, a entidade designada pela ICANN 4 para a gestão do domínio “.br” é o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br. Nos termos do Decreto 4.829/2003, cabe ao CGI.br estabelecer as diretrizes para a organização das relações entre o governo e a sociedade naexecução do registro de nomes de domínio, na alocação de endereços IP e na administração pertinente ao ccTLD ".br", no interesse do desenvolvimento da internet no país (BRASIL, 2003).

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