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ESTACAS PRÉ-MOLDADAS
“As estacas pré-moldadas caracterizam-se por serem cravadas no terreno por percussão, prensagem ou vibração e por fazerem parte do grupo denominado “estacas de deslocamento” (HACHICH ET AL., 1998, p.373).
Segundo (VELLOSO; LOPES, 2010, p. 181), as estacas de deslocamento são denominadas de acordo “onde estariam as estacas cravadas em geral, uma vez que o solo no espaço que a estaca vai ocupar é deslocado (horizontalmente)”.
RECOMENDAÇÕES 
De acordo com (VELLOSO; LOPES, 2010, p. 184), as estacas cravadas em solos granulares pouco compactos, geram aumento na compacidade e reduzem o índice de vazios, sendo benéfico para o comportamento da estaca, obtendo-se menores recalques e maiores capacidades de carga, e se o solo já estiver muito compacto, a introdução da estaca poderá causa deslocamento do solo e causar danos em estruturas e outras estacas já executadas.
Figura 1 - Efeito da cravação de estaca sobre o terreno: em areia.
Fonte: (VELLOSO; LOPES, 2010, p. 184)
As estacas cravadas em solos argilosos saturados, causam um deslocamento do solo praticamente igual ao volume da estaca, devido a baixa permeabilidade, aumentando na região afetadas poropressões e um amolgamento do solo e, após a execução da estaca, os excessos de poropressão dissipam-se num processo de adensamento radial (fluxo de água da estaca para o restante da massa de solo ou, eventualmente, do solo para a estaca se esta for de madeira ou concreto poroso) e há uma recuperação parcial e da estrutura do solo chamada recuperação tixotrópica.. VELLOSO; LOPES, 2010, p. 185)
Figura 2- Efeito da cravação de estaca sobre o terreno: em argila saturada.
Fonte: (VELLOSO; LOPES, 2010, p.184)
CRAVAÇÃO DAS ESTACAS
“A cravação através de terrenos resistentes pode ser auxiliada por perfuração prévia, a seco ou com uso de lamas estabilizantes. Neste último caso, se a estaca for vazada, deve-se fechar ponta para evitar o tipo de ruptura”. (HACHICH, et al., p. 387). 
Figura 3- Trincas longitudinais em estaca vazada
Fonte: (HACHICH, et al., p.386)
No caso da cravação através de areias compactas pode-se utilizar jato d’água ou ar, conforme imagem abaixo, processo denominado como “lançagem”.
Figura 4- Esquema do processo de lançagem
Fonte: (HACHICH, et al., p.388)
PROCESSOS EXECUTIVOS
CRAVAÇÃO POR PERCUSSÃO
É o processo mais utilizado, no qual a cravação é feita por um bate-estacas no qual atua um martelo ou pilão. 
Segundo (VELLOSO; LOPES, 2010, p. 283), os martelos tradicionais são de dois tipos principais: de queda livre, no qual o martelo é levantado pelo guincho e deixado cair quando o tambor do guincho é desacoplado do motor por um sistema de embreagem, e de martelo automático, em que o peso é levantado pela explosão de óleo diesel (martelos diesel) ou pela ação de um fluído, que pode ser vapor, ar comprimido ou óleo (martelo hidráulico). Quando um martelo automático é usado, um cabo de guincho é utilizado apenas para posicioná-lo sobre a cabeça da estaca; a partir daí os golpes são aplicados na estaca automaticamente pelo martelo.
Figura 5- Martelo tradicional de queda livre
Fonte: (VELLOSO; LOPES, 2010, p.283)
Figura 6- Esquema de cravação com martelo automático (martelo diesel)
Fonte: (HACHICH, et al., p.389)
CRAVAÇÃO POR PRENSAGEM
A cravação de estacas por prensagem, inicialmente idealizada para reforço de fundações, tem sido utilizada para fundações normais onde há necessidade de evitar vibrações ou barulho.
Segundo (HACHICH, et al., p. 389), para a cravação dessas estacas emprega-se uma plataforma com sobrecarga ou a própria estrutura como reação, e para o último caso, é necessário que o terreno suporte uma certa carga uma vez que, inicialmente, a construção será assente sobre fundação superficial constituída pelos blocos de coroamento, com os furos previstos para a passagem das estacas.
Figura 7- Instalação de estaca prensada com sobrecarga
Fonte: (HACHICH, et al., p.389)
Figura 8- Instalação de estaca prensada com reação na estrutura
Fonte: (VELLOSO; LOPES, 2010, p.231)
De acordo com (VELLOSO; LOPES, 2010, p. 232, apud VELLOSO E CABRAL, 1982), “em todas as estacas prensadas, a carga de trabalho adotada é dividida por 1,5, sendo uma vantagem desse tipo de estacas sobre as outras, pois em cada estaca é realizada essa prova de carga.”
CRAVAÇÃO POR VIBRAÇÃO
Utiliza-se um martelo, dotado de garras para fixação à estaca, com massas excêntricas que ao girarem rapidamente produzem uma vibração de alta frequência que é transmitida à estaca. Este martelo pode cravar a estaca, quanto removê-la. 
Para que esse procedimento seja bem-feito, tudo depende da qualidade do martelo vibratório que será utilizado. Uma cravação de estacas por vibração feita com um martelo vibratório de baixa qualidade pode trazer prejuízos à estrutura da fundação, e isso é algo que poderia trazer consequências muito graves.
Figura 9- Esquema de funcionamento de um martelo vibratório
Fonte: (HACHICH, et al., p.389)
Figura 10- Exemplo de martelo vibratório
Fonte: Retirada do site www.solucoesindustriais.com.br
OBSERVAÇÃO NA CRAVAÇÃO
Segundo (VELLOSO; LOPES, 2010, p. 285), a maneira mais simples de observar uma resposta a cravação de uma estaca consiste em riscar a lápis uma linha horizontal na estaca, com uma régua apoiada em 2 pontos da torre do bate-estacas, aplicar 10 golpes, riscar novamente e medir a distância entre os dois riscos, dividir por 10 essa distância, encontrando a chamada de “nega”, que é a penetração permanente.
A segunda maneira consiste em prender uma folha de papel ao fuste da estaca e, no momento do golpe, passar um lápis na horizontal, com o auxílio de uma régua apoiada em pontos fora da estaca. Nesse caso, o lápis deixará marcado no papel o movimento da estaca ao receber o golpe. Esse registro indicará a nega e o repique da estaca.
Figura 11- Medida simples da nega
Fonte: (VELLOSO; LOPES, 2010, p.286)
Figura 12- Medida de nega e repique
Fonte: (VELLOSO; LOPES, 2010, p.286)
“Elas podem ser constituídas por um único elemento estrutural, sendo madeira, aço, concreto armado e concreto protendido, ou pela associação com dois desses elementos, no qual denomina-se estaca mista” (HACHICH et al., 1998, p.373).
PATOLOGIAS COMUNS
As estacas cravadas são inseridas no terreno com recurso de equipamento mecânico; estes tipos de estacas são fabricadas com antecedência e transportadas depois para a obra, sendo executadas em solos que apresentam uma camada de fraca resistência sobrepostas às camadas resistentes. As estacas funcionam através de atrito lateral e/ou resistência de ponta.
Schnaid et al. (2005) define as principais patologias devido a execução de estacas cravadas no solo:
• Baixa energia de cravação, pode ser causada pelo peso insuficiente do martelo; baixa energia do sistema de cravação em relação à estaca cravada ou baixa energia de cravação necessária para ultrapassar obstáculos ou camadas mais resistentes, o que resulta em elementos cravados a uma profundidade menor do que a especificada em projeto;
• Excesso de energia de cravação, pode ser causado pelo uso de martelos muito mais pesados ou altura de queda excessiva, este tipo de problemas pode causar danos estruturais nos elementos cravados, causando mau desempenho das fundações;
• Dificuldade de cravação em grupos de estacas devido ao espaçamento reduzido entre estacas, ou seja, durante a cravação de uma estaca esta provoca uma movimentação da massa do solo comprimindo o terreno à volta; ao cravar a segunda estaca vamos encontrar uma maior dificuldade de cravação devido a compressão do solo provocada pela outra estaca, e assim sucessivamente; este fenómeno pode provocar dificuldades de cravação das estacas seguintes e obrigar a um aumento do espaçamento entre estacas ou a execução de um pré-furo para possibilitar a cravação das estacas a profundidade pretendida, um efeito benéfico deste problema é o aumento de resistência de cada estaca;
• Levantamento de elementos estruturais já cravados, típico de maciços com várias estacas, ao fazer o levantamentode uma estaca provoca o deslocamento do solo exercendo forças em direção a superfície que afeta as estacas vizinhas provocando o levantamento das estacas vizinhas ou diminuindo a resistência do solo envolvente. Outro efeito do levantamento de estacas é o deslocamento na lateral que pode provocar nas estacas vizinhas;
• À medida que a estaca vai sendo cravada no solo, através de um pilão, que se move hidraulicamente na calha vertical da vara da máquina, vão sendo adicionados outros elementos pré-fabricados até se atingir a “nega”; quando se verifica a “nega” quer dizer que a estaca atingiu uma zona de solo rígido; a nega verifica-se através da determinação do número de pancadas aplicadas na estaca sem provocar alteração da cota da estaca. Por vezes pode-se deparar com uma “falsa nega” quando aplicamos várias pancadas sem que haja alteração da cota da estaca, mas passado um curto espaço de tempo ao fazer uma recravação à estaca penetra no solo facilmente, por isso é extremamente importante fazer uma recravação das estacas após 24 horas para verificar se está realmente numa camada firme.
DISPONIBILIDADE DE MERCADO
Em relação à mão de obra e execução, para Uberaba (MG), encontramos de forma mais fácil nas cidades de Uberlândia (MG) e Ribeirão-Preto (SP). Através de pesquisas foi constatado que na região do Triângulo Mineiro, dentre as estacas cravadas, ocorre com maior frequência a cravação de estacas pré-moldadas de concreto e metálicas.
As estacas pré-moldadas e metálicas comumente utilizadas em vários cenários da construção civil, já as estacas de madeira, em pontes, lagos e obras marítimas.
Orçamento realizado com a empresa Geometa Engenharia de Fundações e Sondagem LTDA:
O orçamento realizado serve para estacas metálicas H 200x35,9mm; pré-moldadas de concreto com diâmetro de 19,19cm e de madeira com diâmetro de 19,19cm.
É de inteira responsabilidade do cliente: 
•	Obtenção da licença da obra junto aos órgãos competentes do município; 
•	Fornecer o canteiro de obras em boas condições de nivelamento e compactação, tais que permitam a movimentação do equipamento com segurança;
•	Locação e fornecimento das estacas; 
•	Fornecimento de retalhos de madeira para almofada do capacete visando proteção às estacas durante a cravação;
•	Energia elétrica trifásica 220 volts;
•	Vigia na obra nos horários de não expediente.
Figura 13- Orçamento de perfil metálico
Fonte: Geometa Fundações. Acesso em: www.geometa.com.br
Observação:
As estacas metálicas apresentam preço mais elevado, entretanto, são utilizadas devido às suas características, exibe resistência maior com uma seção menor. Além de ocasiões especiais, como contenções.
ESTACAS DE MADEIRA
 “As estacas de madeira nada mais são do que troncos de árvores, os mais retos possíveis, cravados normalmente por percussão, utilizando-se pilões de queda livre. As madeiras utilizadas para obras definitivas são a peroba, a aroeira, a moçaranduba, e o ipê” (HACHICH et al., 1998, p.374).
A madeira deve atender aos requisitos da ABNT NBR 7190.
Figura 14- Estaca de madeira com proteção
Fonte: (HACHICH, et al., p.374)
A ponta e o topo devem ter diâmetros maiores que 15 e 25 cm respectivamente, e um segmento de reta ligando os centros das seções de ponta e topo deve estar integralmente no interior da estaca.
 Segundo (VELLOSO; LOPES, 2010, p. 285), a ponta da estaca deve ser cortada em forma cônica, com uma altura de 1,2 vezes o diâmetro (caso de terrenos resistentes) a 2 vezes o diâmetro (caso de terrenos fracos) e cabeça da estaca deve ser protegida por um capacete ou simples anel, e se a cabeça da estaca ser danificada durante a cravação, prepara-se uma nova.
A norma alemã DIN 4026 (Raminpfahle: Herstellung, Bernessung und zulassige Belastung), fornece a seguinte especificação para o diâmetro médio (medido no meio do comprimento da estaca) na tabela: 
Tabela 1- Relação entre comprimento e diâmetro de estacas de madeira
Fonte: (VELLOSO; LOPES, 2010, p.191)
A carga admissível das estacas de madeira, do ponto de vista estrutural, depende do diâmetro da seção média da estaca, bem como do tipo de madeira empregada. Entretanto, costuma-se adotar como ordem de grandeza os valores apresentados na tabela abaixo: 
Tabela 2- Cargas admissíveis normalmente usadas em estacas de madeira.
Fonte: (HACHICH, et al., p.375)
Segundo (VELLOSO; LOPES, 2010, p. 190), para garantir a durabilidade da estaca quando são usadas no mar, tem-se usado o creosoto, cerca de 30 kg de creosoto por m³ de madeira, e quando usadas em terra, basta apenas a metade dessa quantidade.
De acordo com (Hachich et al., 1998, p.375):
Para evitar danos à estaca durante a cravação, a cabeça desta deve ser munida de um anel de aço, destinado a evitar que ela se rompa por fendilhamento. Além do mais, quando a estaca tiver que penetrar ou atravessar camadas resistentes, as pontas devem ser protegidas por ponteira de aço. Quanto às emendas, podem ser feitas por sambladura, por talas de junção ou por anel metálico.
Figura 15- Reforço de cabeça e ponta em estacas de madeira
Fonte: (HACHICH, et al., p.375)
Figura 16- Tipos de emendas em estacas de madeira
Fonte: (HACHICH, et al., p.375)
PATOLOGIAS COMUNS EM ESTACAS DE MADEIRA
• Uso de material de baixa resistência e elevada degradabilidade ou elementos sem a geometria adequada para servir de elemento de fundação; 
• Falta de proteção na cabeça da estaca durante a cravação, pode provocar danos no elemento e amortecimento durante a cravação; 
• Danos na ponta da estaca provocados por obstruções existentes e pela contínua cravação na tentativa de ultrapassar esses obstáculos; 
• Utilização de emendas inadequadas que diminui a resistência de cravação e a resistência aos esforços de serviço;
• Variações de humidade, devido ao seu carácter orgânico as estacas de madeira não aguentam as variações de humidade, devendo por isso ficar completamente embebidas num maciço com um nível freático estável ou pelo contrário com carência absoluta de água.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS ESTACAS DE MADEIRA
VANTAGENS
•	Este tipo de estaca tem o preço inferior as demais, em locais onde a madeira de lei e de fácil acesso.
•	São leves, o que torna o seu transporte fácil. 
•	Facilidade em fazer emendas, o que proporciona o alcance de uma boa profundidade sem comprometer o funcionamento estrutural.
•	Tem uma duração ilimitada quando mantida embaixo da água permanentemente.
DESVANTAGENS
•	A estaca de madeira e mais frágil durante o processo de cravação, o que pode ocasionar na quebra da mesma. 
•	Este tipo de estaca não pode ser utilizado onde há variação no nível do lençol freático, pois essa variação favorece o apodrecimento da madeira.
•	A execução de fundações e infraestrutura em terrenos vizinhos, pode comprometer a segurança de obras suportadas por estacas de madeira
•	Em regiões onde a madeira não e tão disponível, o seu custo pode ser auto ou similar às das demais estacas.
ESTACAS METÁLICAS
DEFINIÇÃO 
Segundo (Hachich et al., 1998, p.376):
As estacas metálicas são constituídas por peças de aço laminado ou soldado tais como perfis de seção I e H, chapas dobradas de seção circular (tubos), quadrada e retangular bem como os trilhos, estes geralmente reaproveitados após sua remoção de linhas férreas, quando perdem sua utilização por desgaste. 
Tanto os perfis quanto os trilhos podem ser empregados como estacas em sua forma simples ou como composição de vários elementos, conforme imagens abaixo:
Figura 17- Seções transversais de estacas metálicas em sua forma simples
Fonte: (HACHICH, et al., p.376)
Figura 18- Seções transversais de estacas metálicas como composições paralelas de vários elementos.
Fonte: (HACHICH, et al., p.376)
“Os tipos de aço mais utilizados seguem os padrões ASTM A36 (tensão de escoamento 250 MPa) e A572 Grau 50 (tensão de escoamento 345 MPa)”. (VELLOSO; LOPES, 2010, p. 192).
Quanto a corrosão das estacas metálicas, quando enterradas totalmente no solo natural, devido a tão pequena quantidade de oxigênio, quando começa a reação química logo se esgota completamente.
Em relaçãoa corrosão, a norma brasileira NBR 6122 prescreve que estacas de aço total e permanentemente enterradas, independentemente da situação do lençol d'agua, podem dispensar tratamento especial desde que seja descontada uma espessura de sacrifício, como indicado abaixo:
Tabela 3- Espessuras de sacrifício
Fonte: (VELLOSO; LOPES, 2010, p. 197).
A parte superior da estaca que ficar desenterrada deve ser obrigatoriamente protegida com encamisamento de concreto ou outro recurso de proteção do aço especificado em projeto.
De acordo com (Hachich et al., 1998, p.375), embora o custo das estacas metálicas seja elevado em relação aos outros tipos de estaca, em várias situações a utilização dela se torna economicamente viável, atende a várias fases de construção e permite uma cravação fácil com baixa vibração, e pode ser cravada em terrenos resistentes sem danificar outras estacas vizinhas.
Segundo (Hachich et al., 1998, p.376), em caso de subsolos que se estendem até as divisas do terreno, elas podem servir como elemento de contenção e fundação dos pilares junto à divisa sem a utilização de viga de equilíbrio, conforme imagem abaixo:
Figura 19- Estacas metálicas cravadas junto à divisa, servindo como escoramento e fundação
Fonte: (HACHICH, et al., p.376)
A tabela abaixo apresenta as cargas de serviço usuais para os perfis laminados mais utilizados, considerando os dois tipos de aço A36 e A572.
Tabela 4- Estacas de perfis de aço mais utilizadas
Fonte: (VELLOSO; LOPES, 2010, p.193)
Segundo (VELLOSO; LOPES; 2010, p. 197), as emendas das estacas metálicas são realizadas por meio de talas soldadas ou parafusadas, com procedimentos para as emendas detalhados em projeto. Nas emendas com solda, o eletrodo a ser utilizado deve ser especificado em projeto, de classe não inferior ao tipo AWS F 7018 para os aços ASTM A36, A572 e aços-carbono comuns. 
PATOLOGIAS COMUNS EM ESTACAS METÁLICAS
• Problemas de soldagem entre elementos; uso de eléctrodo inadequado ou técnica de soldagem ineficaz podem levar a quebra do elemento metálico ou a transmissão ineficaz das cargas; 
• Problema de emendas nas estacas metálicas pode resultar na perda de resistência durante a cravação ou baixa resistência aos esforços das solicitações especialmente esforços de tração;
• Elementos metálicos muito esbeltos podem facilmente dobrar devido a presença de obstáculos ou desviar devido a camadas resistentes inclinadas, acabando por não atingir a profundidade desejada;
• Estacas muito esbeltas cravadas em solos de fraca resistência ou solos moles podem apresentar problemas de flexão; 
• Excesso de energia de cravação, problemas de excentricidade do choque do martelo na estaca e obstruções, podem resultar em danos estruturais nas estacas;
VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS ESTACAS METÁLICAS
VANTAGENS
•	Fabricadas com seções transversais de várias formas e dimensões;
•	Fáceis de transportar e manipular;
•	São fáceis de cravar para elevadas resistências do aço, pois passa por camadas compactadas;
•	Elevada resistência a tração e compressão;
•	 Facilidade para fazer ajustes, tanto cortes por maçarico como emendas por solda;
•	Possui pouca vibração durante sua cravação;
•	Em casos especiais, pode se utilizar aços resistentes a corrosão.
DESVANTAGENS
•	Alto custo se comparada as outras estacas pré-moldadas; 
•	Baixo número de fornecedores no país;
•	Seu emprego necessita de cuidados especiais por conta de corrosão do material.
ESTACA PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
DEFINIÇÃO
Estas estacas podem ser confeccionadas em concreto armado ou protendido adensado por centrifugação ou por vibração, este de uso mais corrente. 
Para não onerar o custo de transporte das estacas desde a fábrica até a obra, seu comprimento é limitado a 12 m, pois comprimentos maiores necessitam licença especial para tráfego. Por isso, quando se necessita de estacas com mais de 12 m as peças devem ser emendadas. 
A emenda recomendada pela NBR 6122 é a do tipo soldável, conforme imagem abaixo:
Figura 20- Emendas de estacas pré-moldadas por luvas de aço soldadas.
Fonte: (VELLOSO; LOPES, 2010, p.203)
Segundo (VELLOSO; LOPES; 2010, p. 203), para evitar o esmagamento da cabeça da estaca durante a execução, deve-se trabalhar com alturas de queda pequenas não superiores a 1 metro, e adotar amortecedores.
Segundo a NBR 6122, recomenda-se que que o martelo tenha, no mínimo, 70% do peso total da estaca, e pelo menos 20 KN.
O topo da estaca deve ser cortado, denominado “cota de arrasamento”, para fazer a ligação com o bloco de coroamento, e a penetração da estaca com o bloco deve ser de 5 cm a 10 cm.
“Caso o topo da estaca, após a cravação ou após a remoção de concreto danificado, fique abaixo da cota de arrasamento, é possível completar a estaca com concreto de alta qualidade ou, preferivelmente, com argamassa especial (grout), sempre considerando a questão da armadura a ser emendada”. (VELLOSO; LOPES; 2010, p. 204).
Figura 21- Preparo da cabeça da estaca para ligação com o bloco: a) remoção inicial com martelo pneumático; b) posições boa, má e preferível do ponteiro; c) recomposição da estaca.
Fonte: (HACHICH, et al., p.387)
PATOLOGIAS COMUNS EM ESTACAS PRÉ-MOLDADAS
• Estacas cravadas com de baixa resistência ou mistura inadequada das quantidades dos inertes e cimento pode provocar fissuras ou até mesmo a ruptura da estaca;
• Danos durante o manuseamento das estacas, carga e descarga, colocação no equipamento de cravação, entre outros, pode provocar fissuras e pôr em causa a sua utilização;
• Falta de proteção da cabeça da estaca durante a cravação provocando danos na estaca e uma transmissão incorreta das cargas; 
• Dano devido a excentricidade durante o choque do martelo; se o martelo não bater no centro da estaca este poderá provocar danos diferenciais na estaca impedindo uma correta cravação; 
• Estacas com armaduras inadequadas ou mal posicionadas; 
• Em estacas muito esbeltas e longas podem surgir problemas durante a cravação como fissuras ou flexão da própria estaca; 
• Uso de emendas inadequadas que não resistem à força da cravação ou aos esforços solicitantes, principalmente esforços de tração ou esforços horizontais.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
VANTAGENS
•	Tem grande resistência contra agentes agressivos;
•	Elevada resistência tanto a compressão como a tração;
•	Pode-se executar tanto estacas de pequenos como de grandes portes;
•	Controle de qualidade;
•	Oferece segurança na passagem através de terrenos muito moles com lençol freático próximo ao nível do solo;
•	E o tipo de estaca mais econômico;
•	Possibilidade de utilização de diferentes seções transversais apropriadas a capacidade de carga que se pretende atingir.
DESVANTAGENS
•	Produtividade baixa quando comparada `a outros tipos de estacas;
•	Dificuldade de adaptação as variações do terreno;
•	Produz muita vibração e ruídos, o que pode ser um problema em áreas urbanas; 
•	Rompimento das estacas quando encontram uma camada de solo muito resistente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HACHICH,W. et al. Fundações: Teoria e prática. São Paulo: Editora PINI, 1998.
VELLOSO, Dirceu de Alencar; LOPES, Francisco de Rezende. Fundações: volume completo. São Paulo: Oficina de textos, 2010.
ESTACAS CRAVADAS POR VIBRAÇÃO. Soluções industriais. Disponível em: www.solucoesindustriais.com.br/empresa/maquinas-e-equipamentos/hammertec/produtos/maquinas-ferramenta/estacas-cravadas-por-vibracao. Acesso em: 06 mar. de 2020. 
CARVALHO, Décio Manuel. Patologias das fundações: fundações em depósitos de vertente na cidade de Machico. 2010. 247f. Dissertação de Mestrado – Universidade da Madeira, Funchal, junho de 2010.

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