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LAUDO PERICIAL (ANOMALIAS NA PAREDE)

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LAUDO PERICIAL
001/2020
	CONTRATANTE -
	CONDOMINIO RESIDENCIAL TRILHAS DO CERRADO
KLAUS NEWMAN DA LUZ, Graduado em Engenharia Civil , Perito(a) contratado(a) pela parte interessada supracitada, vem apresentar as conclusões que chegou através deste Laudo Pericial.
KLAUS NEWMAN DA LUZ 
CREA/GO 1007784261/D
ANÁPOLIS/2020.
Sumário
IDENTIFICAÇÃO	3
Identificação do Autor	3
Identificação do Perito 	3
Identificação do local	3
Data da inspeção	3
OBJETIVO DA PERÍCIA	4
PRELIMINARES	4
CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO	4
INSPEÇÃO	5
Descrição do imóvel	5
METODOLOGIA	6
CONSTATAÇÃO DOS DANOS	6
Umidade	6
Umidade Ascencional	6
Mofo/Bolor	7
Trincas e fissuras	8
Áreas de enfraquecimento	8
Laje	8
Alvenaria	9
Fissuras horizontais	9
Fissuras inclinadas	9
Fissuras no revestimento argamassado	10
Vesícula	10
Deslocamento	11
RELATÓRIO FOTOGRÁFICO	13
CONSIDERAÇÕES FINAIS	24
PROPOSTA DE HONORÁRIOS	25
1. IDENTIFICAÇÃO
1.1. Identificação do contratante e local
NOME EMPRESARIAL: CONDOMINIO RESIDENCIAL TRILHAS DO CERRADO
TÍTULO DO ESTABELECIMENTO (NOME DE FANTASIA): CONDOMINIO RESIDENCIAL TRILHAS DO CERRADO
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA PRINCIPAL: 81.12-5-00 - Condomínios prediais
ENDEREÇO ELETRÔNICO: CONTATO@GESTOCON.COM.BR TELEFONE:(62) 3098-2626
Trata-se de edificação multifamiliar, 2 torres de 10 pavimentos, total de 80 apartamentos, localizada na Av. Albertina de Pina, S/N, Lote 04, Bairro Jardim Alexandrina CEP.: 75.060-150, ANÁPOLIS – GO.
1.2. Data da inspeção
A vistoria técnica na edificação foi realizada no dia 13 de maio de 2020, no turno vespertino, acompanhado pelo síndico.
2. OBJETIVO DA PERÍCIA
Através da inspeção do local, a perícia consiste em verificar as conformidades técnicas e funcionais, e ainda, de conservação dos componentes construtivos visando o diagnóstico de patologias (vícios construtivos) e o nexo causal entre estes e /ou uso posterior.
3. PRELIMINARES
O Autor alega que, passados alguns anos da entrega do edificil, verificaram-se a existência de sinistros, como defeitos nas estruturas, infiltrações, manchas na pintura.
Em seus argumentos o Autor afirma que os danos encontrados no edificil são de natureza progressiva e contínua e, este fato, associado à péssima qualidade do material empregado e técnica construtiva, estariam causando grande incomodo ao mesmo.
Revelam que realizaram reformas das mesmas, mas sempre após as chuvas acareta o aparecimento das mesmas.
4. CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO
Trata-se de região urbana com predominância de habitações residenciais multifamiliares. O clima é ameno, com padrão socioeconômico e cultural variável, com solo predominantemente argiloso, mais precisamente latossolo. A infraestrutura da região possui serviços de coleta de lixo, transporte público, redes de telefonia, energia elétrica, água potável e viária.
Figura 1- Região do imóvel inspecionado
5. METODOLOGIA
Para o presente laudo pericial atendeu-se aos requisitos estabelecidos pela NBR 13752/96 – Perícias de engenharia na construção civil, norma que fixa diretrizes básicas, critérios e procedimentos relativos às perícias de engenharia na construção civil.
A perícia constituiu-se em:
1. Estudo dos fatos apresentados nos autos.
2. Inspeção do imóvel.
3. Elaboração do Laudo Pericial.
6. CONSTATAÇÃO DOS DANOS
6.1. Umidade
6.1.1. Umidade Ascencional
Verificou-se a existência de manchas de infiltração em algumas paredes próximo ao piso, decorrentes de movimentações higroscópicas causadas pela ascensão de umidade por capilaridade. Isso ocorre em função da ausência ou deficiência de impermeabilização nas fundações.
A umidade por capilaridade é a umidade que ascende do solo úmido (umidade
ascensional), ocorrendo nas vigas baldrames das edificações. A água encontra passagem pelos canais capilares dos materiais constituintes das estruturas, vindo a aflorar no interior das edificações.
Ao passar pela alvenaria, essa umidade capilar irá dissolver alguns sais presentes no próprio material da construção e assim, quando essa solução migrar para a superfície do material, a água irá evaporar, mas os sais se depositam na superfície. Essa manifestação patológica é denominada eflorescência (VERÇOZA, 1991).
Segundo Verçoza (1991), a superfície na qual a eflorescência se deposita pode sofrer alterações em sua aparência, o que normalmente resulta apenas em mau aspecto. Porém em casos mais graves, pode causar o descolamento dos revestimentos ou pinturas, desagregação das paredes e até queda de elementos construtivos.
Outro problema que se manifesta pela ascensão da umidade capilar são fissuras horizontais na base das paredes. Essas fissuras são causadas pelo processo de movimentação higrotérmica do material da construção, onde a movimentação diferenciada entre o material úmido (próximo ao solo) e o material superior, que se encontra mais seco e sujeito a maior insolação, geram tensões que resultam nas fissuras. (THOMAZ, 1989).
A chuva é o agente mais comum para gerar umidade, porém, este tipo de umidade pode surgir ou não com as chuvas. O simples fato de chover, não provoca patologias de umidades com esta causa.
Para impedir que esse fenômeno ocorra, deve-se fazer a impermeabilização entre a baldrame e a edificação, pois ela é a responsável por impedir a progressão da umidade.
6.1.2. Mofo/Bolor
Esta umidade ascensional pode ainda causar patologias como manchas de umidade, acompanhada ou não pela formação de mofo, bolor e/ou vesículas. A infiltração constante da água provoca a desagregação do revestimento, com pulverulência, a argamassa descolando inteiramente da alvenaria, em placas compactas, ou ainda, formação de bolor, principalmente em pontos onde não há incidência de sol.
O mofo é a manifestação de um tipo de microrganismo pertencente ao grupo dos
fungos. Sua morfologia pode ser observada, devido à grande quantidade, macroscopicamente na superfície de diferentes materiais (YAZIGI, 2009).
Apresenta-se através de manchas que normalmente possuem coloração preta (Figura 3) ou ainda variada, conforme a cor do fungo. (VERÇOZA, 1991).
A umidade favorece para que sejam alcançadas as condições ideais para a proliferação do mofo, pois os fungos têm preferência por bases orgânicas, ambientes com umidade acima de 75% e temperaturas entre 10 e 35° C (VERÇOZA, 1991).
6.2. Trincas e fissuras
6.2.1. Áreas de enfraquecimento
As alvenarias são resistentes às solicitações de compressão axial, mas não ocorre o mesmo para as solicitações de tração e cisalhamento, sendo de suma importância a prevenção contra as concentrações de tensões nas aberturas de portas e janelas com a execução de vergas e contravergas.
A ausência ou o subdimensionamento de vergas e contravergas nas aberturas originam tensões concentradas excessivas nos vértices (áreas de enfraquecimento), e consequentemente, provocam o aparecimento de trincas e consequentes infiltrações nas arestas. Com agravantes se, estas anomalias se combinam com recalques diferenciais.
As trincas também podem ser provocadas ou intensificadas pela movimentação higrotérmica (dilatações e retrações na alvenaria), ocasionadas pela variação da umidade no painel em função dos ganhos e perdas de água.
A alvenaria constitui um elemento rígido, no sentido da maior inércia, sendo concebida para não aceitar deformações. A variação da umidade provoca uma deformação volumétrica, aumentando ou diminuindo a peça, e por consequência, causando o aparecimento das fissuras.
6.2.2. Vesícula
As vesículas são deslocamentos pontuais isolados no reboco (Figura 7) e sua causa está ligada a um dos materiais constituintes da argamassa, o Cal. O inconveniente é o aumento de volume que acompanha a reação de hidratação.
Este agregado, se utilizada logo após a fabricação, o aumento de volume causa danos ao revestimento, mais propriamente na camada de reboco, com efeitos diferentes. Existindo óxido de cálcio livre, na forma de grãos grossos, a expansão não pode ser absorvida pelos vazios da argamassa e o efeito é o de formação de vesículas, observáveisnos primeiros meses de aplicação do reboco.
O revestimento endurecido empola gradativamente deslocando-se do emboço. Aspecto típico do deslocamento da argamassa de cal do revestimento interno. Observar- se que o empolamento e mais localizado em regiões onde há maior incidência do sol ou de aquecimento por fontes quaisquer.
Causas decorrentes do tipo de pintura, por exemplo, as tintas a óleo ou à base de borracha clorada e epóxi promovem uma camada impermeável que dificulta a difusão do ar atmosférico através da argamassa de revestimento. Se a pintura for aplicada prematuramente, o grau de carbonatação atingido não é suficiente para conferir à camada de reboco a resistência suficiente e este acaba por deslocar-se do emboço com desagregação.
6.2.3. Deslocamento
Os deslocamentos são caracterizados pela formação de um bolsão localizado sob o revestimento argamassado, apresentando som cavo ao se bater nele. Conforme o desenvolvimento do deslocamento vão surgindo fissuras, que são seguidas pelo desprendimento e queda do revestimento (VERÇOZA, 1991).
Esse problema patológico pode ter sua origem relacionada a diversos fatores, porém, para a presente edificação, conclui-se que foi oriundo, principalmente, das infiltrações da umidade. Entretanto, outras causas podem estar simultaneamente relacionadas.
Por esse fenômeno se manifestar paralelamente a outros também derivados da umidade, acredita-se que ela seja o fator predominante da causa. Nesse processo, a água exerce uma pressão contra o revestimento, provocando seu descolamento.
Os outros fatores plausíveis para a gênese do problema são, a falta de aglomerantes na argamassa, a superfície muito fechada e lisa dos tijolos, a falta de chapisco, ou a falta de molhagem da parede antes da aplicação do revestimento, sendo esses aspectos fortes responsáveis pela ancoragem do revestimento na base.
Para a devida conclusão dos fatores contribuintes, se faz necessária a realização de ensaios destrutivos e de resistência da argamassa, porém, essas medidas são inviáveis para o presente processo.
7. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
Fotos pelo autor.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As peritas designadas para elaboração do Laudo Pericial pessoalmente inspecionaram, fotografaram e elaboraram o mesmo, inexistindo interesse de nenhuma natureza no imóvel e tampouco no resultado deste Laudo. Os trabalhos desenvolvidos são baseados em análises, avaliações, diligências, pesquisas e conclusões.
O objeto da perícia, o qual se refere este Laudo Técnico emitido posteriormente a análise e investigação dos itens destacados acima, definem um documento com parecer técnico no setor da Engenharia Civil em forma de atestado legal perante aos órgãos competentes ou a quem possa interessar.
Constatações:
· Existência de umidade ascensional: Aparecimento de manchas e fissuras causadas pela ausência ou falha no processo de impermeabilização das vigas baldrames;
Assim, através da Perícia, efetuada no apartamento do Residencial Princesa D’Oeste, informamos sob forma de responsabilidade técnica, que todos os itens levantados in loco, os quais se referem aos processos executivos, às condições, características e métodos de aplicação de materiais, bem como ao dimensionamento da estrutura, apresentam incoerências e falhas, não havendo o total cumprimento das normas e manuais técnicos.
22 de MAIO de 2020, ANÁPOLIS – GO.
KLAUS NEWMAN DA LUZ - CREA/GO 1007784261/D

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