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AMOSTRAGEM DO SOLO PARA AVALIAÇÃO DE SUA FERTILIDADE Amostragem do solo Envio ao laboratório Preparo da amostra Análise química Interpretação dos resultados Recomendação adubação/calagem Confirmação dos procedimentos 1. IMPORTÂNCIA DA AMOSTRAGEM - Primeira e principal etapa da avaliação - O laboratório não corrige erros de amostragem - Amostragem inadequada resulta em análise inexata Dificuldades: a) O solo é um corpo heterogêneo, apresentando variações nas propriedades físicas e químicas tanto no sentido horizontal quanto no vertical; b) Há grande discrepância entre a quantidade de terra da amostra e a quantidade que ela representa no campo. Suponha uma área homogênea de 10 ha. Qual o volume de solo nessa área a uma profundidade de 20 cm ou 0,2 m? 1 ha -------------- 10.000 m2 10 ha -------------- 100.000 m2 Volume = 100.000 m2 x 0,2m = 20.000 m3 = 20.000.000 dm3 Qual a massa de solo nessa área a uma profundidade de 20 cm ou 0,2 m? Densidade de um solo de textura média = 1,25 kg dm-3 Massa = Volume x densidade Massa = 20.000.000 x 1,25 = 25.000.000 kg Portanto, a amostra representa uma quantidade de terra aproximadamente 50 milhões de vezes maior! Portanto, 10 ha contém em média 25.000.000 kg de solo Em geral, envia-se ao laboratório cerca de 0,5 kg de solo Se levarmos em conta que o laboratório utiliza apenas 10 cm3 de solo para proceder cada determinação química, a desproporção torna-se ainda maior: 10 cm3 /20 x 106dm3 = 10 cm3 /20 x 109 cm3= 1cm3/2 x 109 cm3 Portanto, a relação é de 1:2 bilhões!!!! 2. SELEÇÃO DA ÁREA - Área homogênea - Subdividir a propriedade em subáreas Vegetação Topografia Histórico da área (adubação, culturas, corretivos) Idade das culturas (se for perene) Uso Subárea (ha) Pastagem natural 15 a 20 Terreno plano com culturas anuais 2 a 7 Terreno erodido com culturas anuais 1 a 2 Terreno irrigado com culturas anuais 0,5 a 1 Pomar 0,5 a 1 Hortaliças irrigadas 0,5 a 1 - Não se recomenda subáreas com mais de 20 ha a) Amostra simples ou subamostra: é aquela obtida em um determinado ponto do terreno. b) Amostra composta: é aquela obtida pela reunião de várias amostras simples ou subamostras coletadas em diferentes pontos de uma gleba “uniforme” 80 40 20 10 0 30 20 10 5 0 NÚMERO DE PONTOS (n) E R R O ( % ) O erro diminui à medida que aumenta o número de amostras simples: 3. AMOSTRAS SIMPLES E AMOSTRAS COMPOSTAS - O número de amostras simples deve ser de 20 a 30 por subárea - Quanto mais heterogênea a área mais próximo de 30. - Para culturas perenes amostrar na projeção da copa Amostragem em culturas perenes Amostragem em profundidade única: 0-20 cm Região adubada (faixa lateral contínua) Amostragem na projeção da copa Amostragem em duas profundidades: 0-20 cm e 20-40 cm 4. PROFUNDIDADE DE AMOSTRAGEM -Amostragem em profundidade visa obter informações sobre: Barreira química (Al3+) Acúmulo de nutrientes móveis (NO3 -, SO4 -2, K+) Descobrir possíveis camadas compactadas * Culturas anuais: 0-20 cm (0-20 cm e 20-40 cm na 1ª. vez) * Regra geral: considerar a profundidade de exploração das raízes da cultura * Culturas perenes (exceto pastagens): 0-20 cm e 20-40 cm * Espécies florestais: 0-30 cm e 30-60 cm 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 1,0 2,0 3,0 Distância do centro da touceira (m) P ro fu n d id a d e ( m ) Raizes-cordão Raízes de sustentação Raízes superficiais Distribuição do sistema radicular da cana-de-açúcar no solo - Amostragem em sistema de plantio direto Amostrar na camada de 0-5 cm e na camada de 5 a 20 cm 5. MATERIAL DE COLETA 6. ÉPOCA DE AMOSTRAGEM Culturas anuais: 2 a 3 meses antes do plantio Culturas perenes: logo após a colheita Pastagens estabelecidas: 2 a 3 meses antes do início das chuvas (adubação) Não amostrar logo após uma chuva ou quando o terreno está muito seco 7. PROCESSAMENTO E ENCAMINHAMENTO DAS AMOSTRA 1- Reunir as amostras simples em recipientes limpos 2- Destorroar e homogeneizar bem as amostras 3- Retirar a amostra composta (cerca de 0,5 kg) 4- Colocar as amostras em sacos plásticos (dois sacos) 5- Identificar as amostras 6- Encaminhar para o laboratório Nome do proprietário................................................................................................................... Propriedade..................................................................................................................... ............ Endereço..................................................................................................................................... E-mail................................................................................................................ CEP.................................... Município................................. Estado...................... Nº da amostra.......................... Adubação anterior?.................... kg/ha de ............................. Cultura anterior...................... Cultura atual.................... Cultura a ser implantada............ FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA AMOSTRA DE SOLO 8. FREQUÊNCIA DE AMOSTRAGEM - Culturas anuais: em geral a cada 3 anos - Áreas com rotação de culturas: amostragem anual - Culturas perenes com altas doses de nutriente: anual Análise completa para fins de fertilidade • pH • Ca • Mg • Na • N • P • K • H + Al • Al • Matéria orgânica • Análise textural (teores de areia, silte e argila) • Mn • Zn • Fe • Cu UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Laboratório de Solos e Nutrição de Plantas -LSNP Campus de Pombal - Sítio Bulandeira - CEP: 58840-000. Pombal (PB) Tel: (83) 3431 2376 ANÁLISE DO SOLO PARA FINS DE FERTILIDADE Cliente: Am ison de Santana Silva Local de Coleta: Horta didática da UFERSA Município/UF: Mossoró-RN Nº do Protocolo: 066 Cultura a ser implantada: Rúcula Data de Entrada: 30/08/2010 Data de Saída: 03/09/2010 Análise Química Ref. Lab. pH P K+ Ca+2 Mg+2 Na+ Al3+ H+ + Al3+ CaCl2 mg dm -3 ---------------------------cmolc dm -3----------------------------------- 066 7,14 3,60 0,42 4,85 2,60 0,81 0,00 0,00 Ref Lab. SB T V m PST M.O Zn Fe Mn Cu B S ---cmolcdm -3--- ----------%---------- g kg-1 ---------------------mg dm-3-------------------- 066 8,68 8,68 100 0,00 9,33 20,79 - - - - - - P, K, Na: extrator Mehlich 1; Al, Ca, Mg: extrator KCl 1,0 mol L-1; SB=Ca+2+Mg+2+K++Na+; H + Al: Extrator Acetato de Cálcio 0,5 mol L-1, pH 7,0; CTC=SB+H++Al+3; M.O.: Digestão Úmida Walkley-Black; PST= Percentagem de Sódio Trocável UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Laboratório de Solos e Nutrição de Plantas -LSNP Campus de Pombal - Sítio Bulandeira - CEP: 58840-000. Pombal (PB) Tel: (83) 3431 2376 ANÁLISE DO SOLO PARA FINS DE FERTILIDADE Cliente: Amison de Santana Silva Local de Coleta: Horta didática da UFERSA Município/UF: Mossoró-RN Nº do Protocolo: 066 Cultura a ser implantada: Rúcula Data de Entrada: 30/08/2010 Data de Saída: 03/09/2010 Ref. Lab. Areia Silte Argila Densidade aparente Densidade real Porosidade total Classe Textural ----------- g kg-1---------- g cm-3 g cm-3 m3 m3 Franco Arenoso 066 769 74 157 1,42 2,42 42,15 Análise Física Granulométrica: pelo decímetro de Boyoucos, Densidade aparente: método da proveta de 100 mL; Densidade real: método do balão. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS - Consultar um Agrônomo- Consultar de tabelas
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