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ANATOMIA DOS DENTES DECÍDUOS

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ANATOMIA DOS DENTES DECÍDUOS
A anatomia dentária é a parte da anatomia humana que estuda o órgão dentário e os tecidos em que ele está inserido, os quais, juntos, formam o complexo aparelho mastigatório do ser humano. O conhecimento da morfologia dos dentes decíduos tem grande relevância em muitos outros aspectos da prática clínica. O clínico deve ter o conhecimento da espessura e das proporções dos diferentes tecidos dentários, bem como da anatomia interna dos dentes decíduos.
NOTAÇÃO DENTÁRIA
Atualmente, o sistema utilizado em maior escala é preconizado pela FDI, que utiliza dois dígitos para dentes decíduos e permanentes. O primeiro corresponde ao quadrante e o segundo ao dente.
Exemplo: 55 54 53 52 51/61 62 63 64 65
	 85 84 83 82 81/71 72 73 74 75
NOMENCLATURA DAS ESTRUTURAS ANATÔMICAS
Superfícies ou faces: paredes das coroas ou raízes, que se orientam de maneira diversa. São nomeadas e diferenciadas entre si de acordo com a sua posição.
Cristas: Elevações lineares na superfície de um dente. Também são nomeadas de acordo com sua localização.
Lóbulos: Segmentos das faces vestibulares e linguais dos dentes anteriores, separados por sulcos, que representam partes primárias desses dentes.
Cúspides: São elevações na porção coronária do dente, que caracterizam a divisão das superfícies oclusais (em pré-molares e molares) ou incisivas (em caninos).
Tubérculo: É uma pequena elevação do esmalte localizada em alguma porção da coroa do dente.
Cíngulo: Saliência acentuada localizada na face lingual dos dentes anteriores.
Fossas: São depressões irregulares ou concavidades amplas. Estão localizadas nas superfícies oclusais dos molares e pré-molares ou nas faces linguais dos dentes anteriores.
Fossetas: São pequenas depressões localizadas no fundo das fossas ou nas junções ou terminações dos sulcos de desenvolvimento.
Sulcos de desenvolvimento: São longas depressões lineares na superfície de um dente entre cristas e cúspides, separando partes primárias do dente ou da raiz.
Sulcos suplementares ou secundários: São sulcos mais rasos que não dividem partes primárias do dente e partem das fossas e dos sulcos principais.
Fissura: É um sulco estreito que se localiza na junção dos planos inclinados dos sulcos, ou seja, na sua profundidade.
TIPOS E FUNÇÃO DOS DENTES
INCISIVOS: localizados anteriormente no arco, são 4 em cada arco, sua forma é designada para cortar.
CANINOS: seguem na sequência do arco, são dois em cada arco, sua função é segurar e rasgar os alimentos.
MOLARES: são oito na dentição decídua, sua função é cortar e moer os alimentos.
DENTIÇÃO DECÍDUA	
A dentição decídua é extremamente importante para o desenvolvimento do ser humano. Exercem a função de desenvolver os músculos da mastigação e a formação dos ossos maxilares, além de desempenharem um papel importante na localização, no alinhamento e na oclusão dos dentes permanentes. Esses dentes mantêm espaço para os seus sucessores. Além disso, sua erupção favorece o crescimento dos arcos dentários. Também têm importância na fonação e na estética, dois fatores importantes para a socialização.
DIFERENÇA ENTRE OS DENTES DECÍDUOS E PERMANENTES
A dentição decídua é composta por 20 dentes divididos em dois arcos, sendo oito incisivos, quatro caninos e oito molares (Figura 4.1). Esses dentes apresentam uma coloração branca e opaca, bem diferente da dos permanentes. Além disso, são menores que os dentes permanentes em todas as dimensões. Os dentes anteriores decíduos são menores que seus sucessores permanentes e os molares são mais largos que os pré-molares, que ocuparão as mesmas posições nos arcos.
CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS DOS DENTES DECÍDUOS
- Os dentes decíduos são menores, em todas as suas dimensões, que os dentes permanentes correspondentes. 
- O esmalte dos dentes decíduos tem coloração branca mais clara e mais opaca do que a dos dentes permanentes, o que dá à coroa branco-leitosa, uniformemente distribuída por toda a coroa.
- O esmalte dos dentes decíduos é mais permeável e mais facilmente desgastado que o esmalte dos dentes permanentes. O grau de permeabilidade é diminuído após o início da reabsorção radicular.
- A profundidade do esmalte é maior e mais fino que nos dentes permanentes, sendo que a espessura de esmalte dos dentes decíduos está em torno de 0,5 a 1,0 mm.
- o esmalte tem espessura igual ou quase igual em todas as faces da coroa, terminando abruptamente no nível do colo 
- Nos dentes decíduos recém irrompidos, as cúspides tendem a ter pontas mais afiladas.
- Os dentes decíduos tem margem e sulcos cervicais mais pronunciados em especial na face vestibular dos molares decíduos.
- as faces vestibulares e linguais dos molares decíduos são mais planas na cervical do que os permanentes.
- as faces vestibular e lingual dos molares, especialmente dos primeiros molares, convergem até as superfícies oclusais, de modo que o diâmetro vestíbulo- lingual da superfície oclusal se apresenta muito menor que o diâmetro oclusal.
- as raízes dos dentes decíduos são menores, mais delgadas e mais claras que as dos dentes permanentes.
- as raízes de dentes anteriores decíduos são maiores em proporção à coroa e, no sentido mesiodistal, mais estreitas que a dos dentes permanentes. As raízes dos dentes posteriores são mais divergentes para permitir o desenvolvimento do sucessor permanente. Sua divergência é maior que a medida da coroa.
- As câmaras pulpares são proporcionalmente mais amplas em relação às coroas do que nos dentes permanentes e acompanham a morfologia externa da coroa. Os cornos pulpares, especialmente os mesiais, são muito mais altos nos molares decíduos.
- Nos dentes decíduos, há menos estrutura dentária para proteger a polpa do que nos dentes permanentes. Na fossa oclusal dos molares decíduos, há uma espessura de dentina comparavelmente maior sobre a parede pulpar.
- O canal radicular dos dentes decíduos é muito delgado.
ESTUDO INDIVIDUAL DA ANATOMIA DOS DENTES DECÍDUOS
INCISIVO CENTRAL SUPERIOR
A coroa do incisivo central superior decíduo é bastante achatada no sentido vestibulolingual e há um rebordo acentuado junto ao colo. Sua face vestibular pode ser inscrita em um trapézio com a base maior voltada para a borda incisiva do dente. A largura mesiodistal é maior que a medida cervicoincisiva, diferentemente do seu sucessor permanente. Essa face é muito reta e os sulcos de desenvolvimento quase não são notados, sendonmais frequentes no terço incisal. O lado mesial é bastante plano, enquanto o distal apresenta-se mais convexo. A borda incisa!é quase sempre reta, exceto em alguns casos onde o ângulo distoincisal é arredondado.
Na face lingual, existem cristas marginais rnesial e dista!e um cíngulo bem desenvolvido. Entre as cristas marginais, há urna fossa lingual, que se limita às porções incisa!e média da face, pela presença do cíngulo no terço cervical. 
As faces proxirnais são triangulares e com os ângulos arredondados3 8 Dessa vista, a coroa apresenta-se larga em relação ao comprimento, sendo espessa mesmo no terço incisivo. Essas faces são convexas no terço incisivo, tomando-se planas ou côncavas junto ao colo. 
A borda incisiva é quase reta, com o ângulo distal um pouco arredondado, e o mesial agudo e vivo. A raiz desse dente é duas vezes mais longa que a coroa. É normalmente única, regularmente cônica, com ligeiro achatamento no sentido vestibulolingual. Há um acotovelamento do terço apical para o lado vestibular, em virtude da presença do germe do dente permanente.
A cavidade pulpar tem a forma externa do dente, com canal radicular único e contínuo com a câmara pulpar, sem uma transição definida entre ambos. A cavidade pulpar é relativamente volumosa em relação ao tamanho do dente.
INCISIVO LATERAL SUPERIOR
O incisivo lateral é menor que o central em todas as dimensões, exceto pelo fato de que o comprimento cervicoincisivo é maior que a largura mesiodistal.
A face vestibular é muito convexa, com os sulcos de desenvolvimento menos pronunciados. A face lingual é estreita e côncava em virtude da fossa lingual.8 As cristas marginaise o cíngulo são menos pronunciados que no incisivo central.
As faces proximais têm o mesmo formato do incisivo central, e na borda incisiva, o ângulo distoincisivo é consideravelmente mais arredondado.
A raiz parece mais longa em relação à coroa que o incisivo central. Apresenta um desvio para vestibular e para distal no seu terço apical. A cavidade pulpar também segue a forma externa do dente.
INCISIVO CENTRAL INFERIOR
A forma geral da coroa do incisivo central inferior decíduo é de trapézio alongado, com base maior na borda incisiva.A face vestibular é plana, sem nenhum sulco de desenvolvimento visível. A dimensão cervicoincisiva é maior que a mesiodistal.
A face lingual estreita-se em direção ao cíngulo. As cristas marginais são menos pronunciadas que nos incisivos superiores, mas podem ser facilmente observadas, assim como o cíngulo. A superfície lingual pode apresentar-se achatada nos terços médio e incisivo ou apresentar uma leve concavidade, que corresponde à fossa lingual.
As faces proximais são triangulares, com lados e ângulos arredondados e com as duas superfícies dispostas paralelamente no sentido cervicoincisivo. Os contornos dessas faces são totalmente convexos. Dessa vista, a borda incisiva é centralizada sobre a raiz.
Na borda incisiva, em geral, os ângulos formados com as superfícies proximais são vivos, podendo apresentar leve arredondamento no lado distal. A raiz é única, longa, com cerca de o dobro da coroa e muito achatada no sentido mesiodistal. A cavidade pulpar segue o contorno geral externo, sendo mais larga na altura do cíngulo. O canal radicular é único e ovalado. Nesse dente, há uma demarcação definida entre a câmara pulpar e o canal radicular.
INCISIVO LATERAL INFERIOR
Esses dentes apresentam dimensões maiores que os incisivos centrais inferiores, além de serem menos simétricos. O cíngulo é mais desenvolvido e ligeiramente desviado para o lado distal. A superfície lingual entre as cristas marginais pode ser mais côncava.5,10 As faces proximais têm formato semelhante às do incisivo central. A superfície distal é menor e mais convexa que a mesial.
A raiz é mais longa, mais afilada e mais estreita que no central.1 Apresenta um desvio para vestibular e para distal no terço apical. A cavidade pulpar segue o contorno do dente e o canal radicular é único e com formato oval, sem demarcação definida na transição da câmara e dos canais pulpares.
CANINO SUPERIOR
Os caninos decíduos são mais robustos que os incisivos decíduos em todos os aspectos. A coroa do canino superior apresenta uma constrição na cervical em relação à sua largura mesiodistal. A face vestibular tem forma lanceolada e pode ser inscrita em um pentágono com ângulos e lados arredondados. Essa superfície possui lóbulos bem desenvolvidos e uma cúspide pontiaguda evidente. Suas dimensões mesiodistal e cervicoincisiva são aproximadamente iguais.Além disso, essa face é bastante convexa em todos os sentidos, especialmente no terço cervical, onde se constata a existência de um túber.
A face lingual apresenta duas cristas marginais (mesial e distal) bem evidentes e um cíngulo bem desenvolvido que, algumas vezes, pode ser bipartido. Um tubérculo pode se estender da ponta da cúspide até o cíngulo, dividindo a superfície em duas fossas linguais: mesial e distal. Isso faz com que a face lingual seja convexa no terço cervical e escavada nos terços médio e incisivo.
As faces proximais são triangulares, com lados arredondados, mais largas do que altas. A superfície distal é menor e mais convexa. A ponta da cúspide é levemente distalizada. A borda distal da superfície incisiva é menos inclinada. Dessa vista, o cíngulo aparece bem centralizado no sentido mesiodistal.
A raiz do canino superior é robusta nos terços cervical e médio e levemente inclinada para vestibular no terço apical. Tem formato cônico e apresenta duas vezes o comprimento da coroa.
A cavidade pulpar apresenta a forma externa do dente, com pouca demarcação entre a câmara e o canal radicular, que na grande maioria dos casos é único.
CANINO INFERIOR
A face vestibular do canino inferior é convexa nos dois sentidos, principalmente no terço cervical, onde se constata a presença de um túber. A coroa é mais alta do que larga, o que lhe confere uma aparência mais esguia que a do seu antagonista. Ainda em comparação com o canino superior, essa superfície é mais plana e com sulcos de desenvolvimento rasos.
A coroa converge para lingual, fazendo com que a face lingual seja menor que a vestibular. Na superfície lingual, existe apenas uma fossa – essa é a diferença mais marcante entre os caninos decíduos inferiores e superiores.
As faces proximais são triangulares, com a distal menor e mais convexa que a mesial.4 Dessa vista, a borda incisiva localiza-se centralizada no sentido vestibulolingual.
A crista incisal é reta e centralizada.1 A borda mesial da cúspide é menor que a borda distal.2,5 A raiz tem aproximadamente duas vezes o comprimento da coroa e é um pouco achatada no sentido mesiodistal, além de ser mais curta que a raiz do canino superior.
A cavidade pulpar desse dente também acompanha o contorno externo e o canal radicular é único.
PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR
A coroa do primeiro molar superior decíduo tem um formato cúbico irregular, é mais larga do que alta e tem um grande estrangulamento no colo. É o mais atípico dos molares decíduos e, em vista oclusal, lembra um pré-molar superior.
A face vestibular desse dente pode ser inscrita em um trapézio com base maior oclusal.Apresenta duas cúspides (mesiovestibular e distovestibular), com pouca evidência de sulcos de desenvolvimento entre elas. A superfície é na sua maior parte plana, exceto no terço cervical, onde apresenta uma crista cervical bem evidente.
Esta é mais proeminente do lado mesial, em que há a formação do tubérculo molar de Zuckerkandl, que se localiza no ângulo triedro mesiovestibulocervical.
Em vista lingual, observa-se que a coroa do dente converge em direção à superfície lingual. Há uma cúspide mesiolingual e, em alguns casos, uma pequena cúspide distolingual. A face lingual é menor que a vestibular, porém mais convexa, e não apresenta evidências de formação de tubérculo como no segundo molar decíduo.
As faces proximais são trapezoidais e mais largas no nível do colo. A face distal é menor e mais convexa, fazendo com que a coroa seja convergente para o lado distal.
A superfície oclusal pode ter três ou quatro cúspides. Na forma com três cúspides, a maior é a lingual, seguida pela mesiovestibular e a distovestibular. Quando o dente apresenta a quarta cúspide, esta é muito pequena e denominada distolingual. Esse dente geralmente tem três fossas, nas quais em geral está presente uma fosseta no fundo de cada uma delas. O sulco de desenvolvimento principal conecta as fossas mesial e central. O sulco de desenvolvimento vestibular separa as cúspides vestibulares e é evidente. Outros sulcos secundários originam-se dessas fossas, bem como da fossa distal, quando presente.
A crista marginal mesial corre obliquamente para distal. Na maioria dos casos, há uma crista oblíqua com tamanho variado unindo as cúspides distovestibular e mesiolingual. Quando essa crista não está presente, existem apenas duas fossas, sendo a distal inexistente. Nesses casos, a crista oblíqua forma a crista marginal distal, diferentemente dos casos em que ambas aparecem como entidades anatômicas distintas. A presença da crista oblíqua ocorre em cerca de 80% dos casos.
O primeiro molar superior decíduo apresenta três raízes, sendo duas vestibulares e outra lingual. A raiz lingual é mais longa e mais curvada, e a distovestibular, mais curta e reta. Elas são bastante divergentes entre si. Logo abaixo da linha cervical, há a formação da trifurcação.
A câmara pulpar é ampla e segue o formato externo da coroa, com três ou quatro cornos pulpares. O corno mesiovestibular é o mais proeminente. Cada raiz tem um canal radicular único.
SEGUNDO MOLAR SUPERIOR
O segundo molar superior decíduo lembra muito o primeiro molar superior permanente, exceto porseu tamanho, que é menor. Essa característica refere-se ao isomorfismo entre esses molares.
Na face vestibular, duas cúspides são observadas, com um sulco de desenvolvimento entre elas.
No triedro mesiovestibulocervical, há presença do tubérculo molar de Zuckerkandl.
Por uma vista lingual, esse dente apresenta duas cúspides (uma distal e outra mesial), além do tubérculo de
Carabelli, localizado no lado mesial e, em geral, pouco desenvolvido. Um sulco de desenvolvimento lingual separa as cúspides mesiolingual e distolingual e, às vezes, conecta-se com o sulco de desenvolvimento que contorna o tubérculo.
As faces proximais têm forma trapezoidal, com base maior na cervical. A coroa é menor e mais convexa na superfície distal em comparação com a mesial.
O dente apresenta quatro cúspides bem desenvolvidas, sendo a mesiolingual a maior, seguida pelas mesiovestibular, distovestibular e distolingual, a menor. A superfície oclusal apresenta uma fossa central e uma fossa triangular mesial bem definida, localizada distal à crista marginal mesial. Cada fossa tem uma fosseta na sua parte mais profunda. Há um sulco de desenvolvimento bem desenvolvido unindo essas duas fossas. Um sulco de desenvolvimento vestibular estende-se da fossa central, separando as duas cúspides vestibulares.
Outros sulcos suplementares irradiam deles.
Uma crista oblíqua proeminente é formada pela crista distal da cúspide mesiolingual e pela crista central da cúspide distovestibular. Distal a essa crista, há a fossa distal e o sulco de desenvolvimento distal, que divide as duas cúspides linguais e une-se ao sulco de desenvolvimento lingual. A crista marginal distal é bem desenvolvida, assim como a mesial.
O segundo molar superior decíduo apresenta três raízes, sendo duas vestibulares e uma lingual. A raiz mesiovestibular pode ser tão longa quanto a lingual e a raiz distovestibular é a mais curta das três.
A cavidade pulpar consiste em uma câmara pulpar ampla e três canais radiculares, que seguem a forma externa do dente. Há quatro cornos pulpares, sendo o mesiovestibular o mais proeminente, e cada raiz tem apenas um canal radicular.
PRIMEIRO MOLAR INFERIOR
O primeiro molar decíduo inferior não lembra nenhum outro dente, seja decíduo ou permanente. Contudo, como forma de aprendizado, pode-se dizer que esse dente é a união dos dois pré-molares inferiores. Exemplificando, caso se separe o primeiro pré-molar em duas metades (uma mesial e outra distal) e se repita esse procedimento para o segundo pré-molar, têm-se quatro partes. Associando-se a metade mesial do primeiro pré-molar à metade distal do segundo, cria-se um primeiro molar inferior decíduo.
A face vestibular apresenta o seu lado distal mais curto que o mesial. Duas cúspides vestibulares estão presentes, e o sulco de desenvolvimento entre elas não é muito evidente. Sua convexidade é mais evidente no nível da borda cervical e particularmente no ângulo triedro vestibulomesiocervical, onde se forma uma saliência muito acentuada, denominada tubérculo molar de Zuckerkandl. Essa face vestibular pode ser inscrita em um trapézio com base maior na oclusal.
Da vista lingual, observam-se duas cúspides linguais com um sulco de desenvolvimento entre elas. A crista marginal mesial é bem desenvolvida e, às vezes, pode se assemelhar a uma cúspide.A face lingual é menos inclinada, menor e mais convexa que a vestibular, o que proporciona uma convergência da coroa para o lado lingual.
As faces proximais são irregularmente trapezoides, com sua base maior na cervical. A superfície distal é mais convexa e menor que a mesial. A crista marginal mesial é mais desenvolvida que a distal e tem uma inclinação no sentido cervical, à medida que caminha em direção à face lingual. A crista marginal distal é menos proeminente e reta.
O formato da superfície oclusal é bem achatado no sentido vestibulolingual e alongado no mesiodistal. Esse dente tem quatro cúspides – que, por ordem decrescente de tamanho, são a mesiolingual, a mesiovestibular, a distovestibular e, por último, a distolingual. As pontas das cúspides aproximam-se muito no sentido vestibulolingual. Uma crista transversa distinta une as duas cúspides mesiais e é formada pela crista central da cúspide mesiovestibular e pela crista central da cúspide mesiolingual.4 Essa crista divide a superfície em duas fossas, mesial e central.
A fossa mesial contém a fosseta mesial, enquanto na fossa central localizam-se as fossetas central e distal.
Todas elas são unidas pelo sulco de desenvolvimento central, que termina na fosseta mesial, em uma localização imediatamente distal à crista marginal mesial. Desse sulco partem dois sulcos suplementares, um para lingual e outro para vestibular. Geralmente, o sulco lingual invade a face lingual em um curto trajeto. Outros sulcos suplementares menos perceptíveis originam-se do sulco central. Entre a crista marginal e a cúspide mesiolingual, há a presença de um sulco que serve de escape durante a mastigação.
O primeiro molar inferior tem duas raízes: a mesial e a distal. Elas são planas, largas e bem separadas, além de muito achatadas, afastando-se consideravelmente no terço apical.
A cavidade pulpar contém uma câmara pulpar que acompanha o formato externo da coroa, com quatro cornosnpulpares, sendo o mesiovestibular o maior. A raiz mesial tem dois canais radiculares e a distal, apenas um.
SEGUNDO MOLAR INFERIOR
O segundo molar inferior decíduo lembra o primeiro molar permanente (isomorfismo), exceto pelas dimensões reduzidas e a típica constrição no colo. Dois sulcos de desenvolvimento vestibulares dividem a superfície vestibular em três cúspides: mesiovestibular, distovestibular e distal, que têm tamanho aproximadamente igual, diferenciando-se também nesse ponto do primeiro molar permanente, que apresenta as três cúspides vestibulares com tamanhos bastante distintos. No ângulo triedro mesiovestibulocervical, há o tubérculo molar de Zuckerkandl, menos evidente que nos primeiros molares decíduos.
No lado lingual, há um sulco de desenvolvimento lingual curto, que divide duas cúspides com dimensões semelhantes. Essas são maiores que as vestibulares, mas a soma de suas larguras mesiodistais não excede a mesma distância no lado vestibular. Com isso, o dente converge para lingual. A porção mesial da coroa parece ser um pouco mais alta que a distal, o que faz com que o dente pareça ser um pouco inclinado no sentido distal.
As faces proximais têm formato de trapézio irregular, com base maior na cervical.4 A crista marginal mesial é particularmente alta, enquanto a distal não é tão larga ou longa quanto a mesial. Esse dente apresenta cinco cúspides, que, por meio de uma análise mais detalhada, podem ser descritas em ordem decrescente de tamanho: mesiolingual, distolingual, distovestibular, mesiovestibular e distal. Na superfície oclusal, observam-se três fossas, cada qual contendo uma fosseta. Há um sulco de desenvolvimento central que segue um curso da fossa triangular mesial até a fossa triangular distal. Sulcos de desenvolvimento originam-se desse sulco, um para lingual e dois para vestibular, dividindo as cúspides. Espalhados sobre a superfície oclusal, aparecem outros sulcos secundários.5,9 A crista marginal mesial é mais pronunciada que a distal.
As raízes dos segundos molares são duas vezes maiores que a coroa. As duas raízes (mesial e distal) são longas, delgadas e separadas. A bifurcação é imediatamente abaixo da cervical do dente. Elas têm uma inclinação característica no sentido mesiodistal nos terços médio e apical.
A câmara pulpar segue o contorno externo do dente, com cinco cornos pulpares, correspondendo às cinco cúspides. A raiz mesial tem dois canais radiculares, enquanto a distal apenas um.

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