Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A N A C A R O L I N A D A D A | B I O M E D I C I N A Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e Locomotor – Unidade 2 FUNÇÕES DA ESTRUTURA ÓSSEA E DO SISTEMA ESQUELÉTICO • Sustentação: oferece ao corpo a possibilidade de sustentação dos tecidos moles, servindo como pontos de fixação e/ou apoio para os tendões da maioria dos músculos esqueléticos. • Proteção: Faz com que os órgãos internos fiquem protegidos contra possíveis lesões ou traumas externos. Cada segmento ósseo possui uma atribuição de proteção, por exemplo, a calota craniana possui como responsabilidade proteger o encéfalo (massa encefálica); a coluna vertebral (vértebras) é responsável por proteger a medula espinhal; e a caixa torácica assume o compromisso de proteger a estrutura pulmonar e cardíaca. • Auxílio ao movimento: pela existência de fixação dos músculos à estrutura óssea, quando os músculos ao comando encefálico se contraem, puxam e/ou elevam os ossos. Dessa forma, essa atividade conjunta sincronizada, “músculo e estrutura óssea”, quando presente permite a presença do movimento. FUNÇÕES DA ESTRUTURA ÓSSEA E DO SISTEMA ESQUELÉTICO • Homeostase mineral: possui como função armazenar minerais, em especial o cálcio e o fósforo. Conforme a demanda (necessidade) do corpo, a estrutura óssea vai liberando tais minerais no sangue como atividade compensatória, visando manter o equilíbrio homeostático (distribuição de minerais para todo o corpo). • Produção de células do sangue: no interior de alguns segmentos ósseos, há um tecido chamado Medula Óssea Vermelha (MOV), a qual produz glóbulos vermelhos (eritrócitos), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas (trombócitos), através de um processo chamado de hemopoiese (hemo = sangue | poiese = produção) ou hematopoiese. Esse tecido (MOV) é formado por células sanguíneas em desenvolvimento, adipócitos, fibroblastos e macrófagos. Presente na estrutura óssea em desenvolvimento do feto e em alguns ossos da pessoa adulta, como pelve (bacia), costelas, esterno, vértebras, crânio e extremidades dos ossos do braço e da coxa. FUNÇÕES DA ESTRUTURA ÓSSEA E DO SISTEMA ESQUELÉTICO • Armazenamento de triglicerídeos: já a Medula Óssea Amarela (MOA), consiste principalmente em adipócitos, os quais armazenam triglicerídeos. Os triglicerídeos são considerados fonte de reserva de energia química potencial. A MOA contém uma quantidade discreta de células vermelhas. Cabe destacar que no recém-nascido toda medula óssea é vermelha e está envolvida com a hemopoiese. Com o avançar da idade, grande parte da medula óssea vermelha muda para medula óssea amarela. TIPOS DE OSSOS Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em: Ossos Longos: Tem o comprimento maior que a largura e são constituídos por um corpo e duas extremidades. Eles são um pouco encurvados, o que lhes garante maior resistência. O osso um pouco encurvado absorve o estresse mecânico do peso do corpo em vários pontos, de tal forma que há melhor distribuição do mesmo. Os ossos longos tem suas diáfises formadas por tecido ósseo compacto e apresentam grande quantidade de tecido ósseo esponjoso em suas epífises. Exemplo: Fêmur. TIPOS DE OSSOS Ossos Curtos: São parecidos com um cubo, tendo seus comprimentos praticamente iguais às suas larguras. Eles são compostos por osso esponjoso, exceto na superfície, onde há fina camada de tecido ósseo compacto. Exemplo: Ossos do Carpo. TIPOS DE OSSOS Ossos Laminares (Planos): São ossos finos e compostos por duas lâminas paralelas de tecido ósseo compacto, com camada de osso esponjoso entre elas. Os ossos planos garantem considerável proteção e geram grandes áreas para inserção de músculos. Exemplos: Frontal e Parietal. TIPOS DE OSSOS Ossos Irregulares: Apresentam formas complexas e não podem ser agrupados em nenhuma das categorias prévias. Eles tem quantidades variáveis de osso esponjoso e de osso compacto. Exemplo: Vértebras. ESTRUTURA ÓSSEA Em uma unidade óssea da referida categoria, espera-se que sejam identificadas e/ou encontradas até sete partes, sendo elas: Diáfise: é a haste longa do osso. Ele é constituída principalmente de tecido ósseo compacto, proporcionando, considerável resistência ao osso longo. É a parte do osso que tem crescimento primário, ou seja, cresce longitudinalmente, alongando-se. Epífise: as extremidades alargadas de um osso longo. A epífise de um osso o articula, ou une, a um segundo osso, em uma articulação. Cada epífise consiste de uma fina camada de osso compacto que reveste o osso esponjoso e recobertas por cartilagem. Durante o seu desenvolvimento, é a cartilagem epifisária a estrutura responsável pelo crescimento longitudinal e diametral (lateral) do osso. Devemos destacar que é durante a infância e a adolescência que a cartilagem epifisária promove o crescimento, mas, quando o indivíduo atinge a idade adulta, a cartilagem é substituída por osso compacto, interrompendo-se o crescimento. Metáfise: é na referida região que ocorre a unificação entre a diáfise e a epífise, quando o osso se encontra maduro. Na unidade óssea em crescimento, cada metáfise contém uma lâmina epifisial, um tipo específico de cartilagem hialina, que permite à diáfise do osso crescer em comprimento. Ao atingir o crescimento na sua totalidade, a cartilagem na lâmina epifisial é substituída por osso, e a estrutura óssea resultante torna-se conhecida como linha epifisial. Resumidamente, é ao nível da metáfise que se situa a cartilagem de conjugação que assegura o crescimento em comprimento do osso ESTRUTURA ÓSSEA ESTRUTURA ÓSSEA Em uma unidade óssea da referida categoria, espera-se que sejam identificadas e/ou encontradas até sete partes, sendo elas: Cartilagem epifisial ou cavidade articular: esta estrutura é composta por uma fina camada de cartilagem hialina que recobre a epífise, onde o osso forma uma articulação (encaixe) com outro osso. cartilagem epifisial reduz o atrito e absorve o choque nas articulações livremente móveis. Periósteo (peri = em torno/ao redor de | osteo = osso): esta é uma estrutura resistente de tecido conjuntivo denso não modelado, vascularizada, fibrosa e resistente que envolve por completo os ossos, exceto nas articulações Cartilaginosas. O periósteo em si contém células formadoras de ossos, as quais propiciam o crescimento, seja ao seu diâmetro ou espessura, entretanto, não influencia no crescimento quanto ao comprimento. Outra função do periósteo se remete a proteger o osso, auxiliando-o na sua reparação quando acontecem as fraturas, ajudando na oferta de nutrição óssea e ainda, serve como um ponto de fixação para ligamentos e tendões. ESTRUTURA ÓSSEA Em uma unidade óssea da referida categoria, espera-se que sejam identificadas e/ou encontradas até sete partes, sendo elas: Cavidade medular (medula = parte central da estrutura, tutano): é um espaço cilíndrico oco dentro da diáfise em adultos, que contém a medula óssea amarela. A medula espinhal passa no interior do canal vertebral. Endósteo (endo = dentro | interno): esta estrutura é uma camada fina de tecido conjuntivo frouxo, a qual reveste a superfície do tecido ósseo que forma a cavidade medular dos ossos longos, contendo uma única camada formadora de ossos. ESTRUTURA ÓSSEA ESTRUTURA ÓSSEA Quando estamos estudando tecido, estudamos o que tem fora das células e as células: Matriz extracelular: - orgânica: formada por fibras de colágeno. Se tiver deficiência de colágeno o osso fica quebradiço. - Inorgânica: formada por cálcio e fósforo fosfato de cálcio gera a dureza do osso. Células: - Osteoblastos: produzem a matriz óssea (células jovens). Quando sofrem maturação, se transformam em OSTEÓCITOS. - Osteoclastos : absorvem a matriz Regeneração FORMAÇÃO DA ESTRUTURA ÓSSEA O processo pelo qual o osso é formado é chamado de “ossificação”, a qual ocorre em quatro etapas principais: • formação inicial de ossos no embrião e feto; • crescimento dos ossos durante a infância e a adolescência atéatingir a fase adulta; • remodelamento ósseo (substituição do tecido ósseo por tecido jovem); • reparo de fraturas durante a vida. FORMAÇÃO DA ESTRUTURA ÓSSEA - Embrião e feto O crescimento ósseo se inicia durante o desenvolvimento embrionário e no período pós-natal (período que se dá após o nascimento). O esqueleto embrionário é, primeiramente, composto por mesênquima no formato de ossos e representa os locais onde a ossificação ocorre. O mesênquima é um folheto embrionário formado na terceira semana de gestação. Esses ossos fornecem o modelo para a subsequente ossificação, que começa durante a sexta semana do desenvolvimento embrionário. Existem dois métodos de formação óssea, ossificação intramembranosa e ossificação endocondral. O primeiro tipo de ossificação, chamado de ossificação intramembranosa (intra = dentro) sinaliza que o osso se forma diretamente dentro do mesênquima, disposto em camadas semelhantes a lâminas que lembram membranas. Esta é a forma mais simples dos dois tipos de formação óssea. FORMAÇÃO DA ESTRUTURA ÓSSEA - Embrião e feto FORMAÇÃO DA ESTRUTURA ÓSSEA - Embrião e feto O segundo tipo de ossificação chamado de ossificação endocondral (endo = dentro / condral = cartilagem), traz o entendimento de que o osso se forma dentro da cartilagem hialina, que se desenvolve do mesênquima. Esse tipo de formação óssea é mais comumente observado em ossos longos, como o fêmur, por exemplo. FORMAÇÃO DA ESTRUTURA ÓSSEA - Crescimento ósseo em comprimento O crescimento ósseo em termos do seu comprimento está diretamente relacionado à atividade da lâmina epifisial. No interior na lâmina epifisial há um grupo de condrócitos jovens que estão em constante divisão, na medida em que o osso cresce em comprimento, novos condrócitos são formados no lado epifisial da placa (face mais calibrosa do osso – distal), enquanto os condrócitos velhos são substituídos por osso, no lado da placa voltado para a diáfise (face mais estreita do osso – extensão) FORMAÇÃO DA ESTRUTURA ÓSSEA - Crescimento ósseo em comprimento O osso é composto por fibras de colágeno, nas quais é depositado fosfato de cálcio na forma de nanocristais. Quando uma pessoa atinge a adolescência, a formação de novas células e de matriz extracelular diminui, geralmente cessa por completo entre os 18 e 25 anos. Após o osso ter substituído toda a cartilagem, observa-se a presença de uma estrutura chamada de linha epifisial, a qual sinaliza que o crescimento ósseo relacionado ao seu comprimento não ocorrerá mais. FORMAÇÃO DA ESTRUTURA ÓSSEA - Crescimento ósseo em comprimento • Condições patológicas que acometem pacientes com o esqueleto imaturo podem envolver a fise (cartilagem de crescimento) e a epífise, causando complicações, como parada do crescimento, encurtamento dos membros, formação de pontes ósseas e deformidades angulares. • Se uma fratura óssea danificar a lâmina epifisial, o osso fraturado poderá ser menor do que o osso normal, uma vez que a estatura adulta tenha sido alcançada. Isso ocorre porque a lesão (dano) na cartilagem, a qual é avascular, acelera o fechamento da lâmina epifisial, justificando, assim, o crescimento longitudinal do osso. FORMAÇÃO DA ESTRUTURA ÓSSEA - Crescimento ósseo em espessura Quanto ao remodelamento ósseo, para que este evento fisiológico ocorra na sua totalidade, algumas etapas acontecem como: a reabsorção óssea, referindo-se à remoção de sais minerais e de fibras de colágeno do osso pelos osteoclastos, e a deposição óssea, significando a adição de minerais e fibras colágenas ao osso pelos osteoblastos. Dessa forma, a reabsorção óssea resulta em destruição da matriz extracelular óssea, ao passo que a deposição óssea resulta na formação da matriz extracelular óssea. FRATURAS Quanto ao processo de reparação do osso lesionado (fraturado), existem dois passos a serem percorridos. Primeiro, as células de defesa, chamadas de fagócitos, iniciam a remoção do tecido morto. Então os condroblastos formam fibrocartilagem no local da fratura e isso liga as extremidades fraturadas do osso. Segundo, a fibrocartilagem é convertida em tecido ósseo esponjoso pelos osteoblastos, ocorrendo após o remodelamento ósseo. No entanto, as células mortas ou porções mortas do osso são absorvidas pelos osteoclastos e o osso esponjoso é convertido em osso compacto. PAPEL DO OSSO NA HOMEOSTASE DO CÁLCIO E SUA FISIOLOGIA • Osso é o principal reservatório de cálcio do corpo humano, armazenando 99% da sua quantidade total. • Atua na formação dos ossos e dentes, auxilia na regulação da coagulação e participa ativamente de funções neuromusculares e protetivas, bem como cardíacas. • O cálcio (Ca2+) torna-se disponível para os tecidos somente quando a estrutura óssea ou o osso é destruído durante o seu processo de remodelação. • Hipercalcemia = Hiper – aumento / calcemia – cálcio) :pode levar a arritmias cardíacas e deixar a pessoa susceptível a uma parada cardiopulmonar. • Hipocalcemia = Hipo – diminuição / calcemia – cálcio): problemas de ordem respiratória e distúrbios respiratórios acentuados, bem como uma parada respiratória PAPEL DO OSSO NA HOMEOSTASE DO CÁLCIO E SUA FISIOLOGIA • O hormônio que regula a troca de Ca2+ entre o osso e o sangue é o hormônio paratireóideo (PTH), secretado pelas glândulas paratireoides. • Se algum estímulo causar a hipocalcemia as células da glândula paratireoide (seus receptores) detectam essa alteração e interpretam a necessidade de se produzir alguma resposta compensatória, desencadeando a geração de alguns eventos com a finalidade de se evitar maiores danos ao organismo. COMPOSIÇÃO ANATÔMICA ÓSSEA DO SISTEMA LOCOMOTOR Sem os ossos não é possível realizar movimentos, como caminhar ou agarrar. A pancada mais leve na cabeça ou no tórax poderia provocar dano fatal ao encéfalo ou ao coração. Os ossos, os músculos e as articulações, em conjunto, formam um sistema integrado chamado sistema musculoesquelético. O ramo da ciência médica relacionado com a prevenção e a correção dos distúrbios do sistema musculoesquelético chama-se ortopedia. “Sistema Esquelético: Esqueleto Axial” Divisões do Sistema Esquelético O esqueleto humano adulto consiste em 206 ossos específicos; a maioria deles é dupla, como um membro de cada par no LD e outro no LE. Os esqueletos de recém-nascidos e crianças têm mais de 206 ossos, porque alguns ossos se fundem no decorrer da vida (quadril , sacro, cóccix). Os ossos do esqueleto adulto são agrupados em duas divisões principais: O esqueleto axial e o esqueleto apendicular. “Sistema Esquelético: Esqueleto Axial” Crânio É o arcabouço ósseo da cabeça e contém 22 ossos, sem contar os ossos das orelhas médias. O crânio repousa na extremidade superior da coluna vertebral e inclui dois conjuntos de ossos: ossos do crânio e os ossos da face. Possuem basicamente, não menos importante, a função de proteger o encéfalo. Suas superfícies internas possibilitam a fixação das membranas (meninges), as quais estabilizam o encéfalo, os ramos venosos (veias) e nervos (pares cranianos). Os ossos do crânio formam a cavidade do crânio, que envolve e protege o encéfalo. Os oito ossos do crânio são o frontal, os dois parietais, os dois temporais, o occipital, o esfenoide e o etmoide. “Sistema Esquelético: Esqueleto Axial” Face A face é composta por 14 ossos: dois ossos nasais, duas maxilas, dois zigomáticos, a mandíbula, dois lacrimais, dois palatinos, duas conchas nasais inferiores e o vômer. “Sistema Esquelético: Esqueleto Axial” Funções e Características Gerais Além da cavidade craniana que aloja o encéfalo, apresenta outras cavidades menores, incluindo a cavidade nasal e as órbitas (cavidades oculares) que se abrem para o exterior. Determinados ossos do crânio possuem cavidades específicas, chamadas seios paranasais (revestidas com túnica mucosa e se abrem na cavidade nasal). No interior do crânio também se encontram pequenas cavidades das orelhas internae média, que alojam as estruturas atuantes no equilíbrio e na audição. “Sistema Esquelético: Esqueleto Axial” Funções e Características Gerais Além de formar o arcabouço da face, os ossos da face protegem e fornecem suporte às entradas para o sistema respiratório e digestório. O crânio possui numerosos orifícios através dos quais passam os nervos e vasos sanguíneos. Juntos os ossos do crânio e da face protegem e suportam os delicados órgãos dos sentidos especiais da visão, gustação, olfação, audição e equilíbrio. “Sistema Esquelético: Esqueleto Axial” “Sistema Esquelético: Esqueleto Axial” Coluna Vertebral Forma aproximadamente dois quintos da altura total do corpo. É composta de uma série de ossos chamados vértebras. Consiste em osso e tecido conjuntivo que circunda e protege o sistema nervoso e a medula espinhal. Comprimento aproximado de 71cm H e 61cm M. Atua como uma haste flexível e resistente, com elementos que conseguem se mover para a frente, para trás e para os lados e que podem girar. “Sistema Esquelético: Esqueleto Axial” Coluna Vertebral A coluna vertebral envolve e protege a medula espinal, suporta a cabeça e atua como um ponto de fixação para as costelas, cíngulo do MI e músculos do dorso e dos MS. O n° total de vértebras durante o início do desenvolvimento é de 33. Depois, diversas vértebras nas regiões coccígea e sacral se fundem. Como consequência, a coluna vertebral do adulto é composta tipicamente por 26 vértebras. As vértebras estão assim distribuídas: 7 vértebras cervicais na região cervical 12 vértebras torácicas posteriores à cavidade torácica. 5 vértebras lombares na região lombar 1 sacro é composto por cinco vértebras sacrais fundidas 1 cóccix é composto por quatro vértebras coccígeas fundidas. “Sistema Esquelético: Esqueleto Axial” Curvaturas Normais da Coluna Vertebral Apresenta quatro (4) curvaturas normais: As curvaturas cervical e lombar são convexas (secundárias). As curvaturas torácica e sacral são côncavas (primárias). Obs. As curvaturas da coluna vertebral aumentam a resistência, ajudam a manter o equilíbrio na posição ortostática, absorvem impactos e ajudam a proteger as vértebras contra fraturas. “Sistema Esquelético: Esqueleto Axial” Discos Intervertebrais A partir da segunda vértebra cervical até o sacro, encontram-se os discos intervertebrais. Os discos representam 25% da altura da coluna vertebral. Cada disco possui um anel fibroso externo, composto de fibrocartilagem, chamado anel fibroso, e uma substância mucoide mole interna, chamada núcleo pulposo. Os discos formam articulações fortes, permitem vários movimentos da coluna vertebral e absorvem impactos verticais. “Sistema Esquelético: Esqueleto Axial” Discos Intervertebrais No decurso do dia os discos sofrem compressão e perdem água de sua matriz cartilagínea (diminuímos... !?!). Enquanto dormimos a compressão é menor, o núcleo pulposo se reidrata e assim ficamos mais alto quando acordamos. A redução na altura da coluna, com a idade, resulta da perda óssea nos corpos das vértebras (não espessura dos discos intervertebrais). Os discos intervertebrais são avasculares, o anel fibroso e o núcleo pulposo contam com os vasos sanguíneos proveniente dos corpos das vértebras para obter O2 nutrientes e a remoção de resíduos. Exercícios de alongamento, como yoga, descomprimem os discos e aumentam a circulação sanguínea geral. “Sistema Esquelético: Esqueleto Axial” Partes de uma vértebra comum As vértebras normalmente (apesar de tamanhos ǂ) são compostas de um corpo, um arco vertebral e diversos processos. Corpo Vertebral A maior parte de uma vértebra, forma a massa volumosa anterior do osso. Todos os corpos vertebrais adjacentes alinhados em uma fileira criam um eixo colunar do esqueleto. Atuam como principal componente de sustentação de peso da coluna vertebral. “Sistema Esquelético: Esqueleto Axial” Corpo Vertebral Os discos intervertebrais cartilagíneos situam-se entre os corpos vertebrais adjacentes. As faces superior e inferior dos corpos vertebrais são enrugadas (fixação da cartilagem hialina do disco intervertebral e impedir perda de água). As faces anterior e lateral contêm forames nutrícios, orifícios para vasos sanguíneos que transportam nutrientes e oxigênio. Também removem dióxido de carbono e resíduos do tecido ósseo. “Sistema Esquelético: Esqueleto Axial” Arco Vertebral • O forame vertebral se situa entre o arco vertebral e o corpo, e contém a medula espinal e suas meninges de revestimentos, tecido adiposo, tecido conjuntivo areolar e vasos sanguíneos. • Coletivamente os forames vertebrais de todas as vértebras formam o canal vertebral (espinal). • Incisuras vertebrais são endentações superior e inferior dos pedículos. Quando empilhadas formam uma abertura entre as vértebras adjacentes (forame intervertebral), nos dois lados da coluna. • Pelo forame intervertebral, passa um único nervo espinal levando e trazendo informações para medula espinal. “Sistema Esquelético: Esqueleto Axial” Arco Vertebral • Se estende posteriormente a partir do corpo vertebral, e junto com o corpo vertebral envolve a medula espinal. • São complexos e variam de região para região. • Consistem em várias projeções ósseas que fornecem superfícies de fixação e braços de alavanca para os músculos. • Dois processos curtos espessos, os pedículos, formam a base do arco vertebral. “Sistema Esquelético: Esqueleto Axial” Regiões da Coluna Vertebral Apresenta cinco (5) regiões (a cervical, a torácica, a lombar, a sacral e a coccígea). “Sistema Esquelético: Esqueleto Axial” TÓRAX A parte esquelética do tórax, a caixa torácica, é arcabouço ósseo formado pelo esterno, pelas costelas e suas cartilagens costais e pelos corpos das vértebras torácicas É mais estreita na extremidade superior e mais larga extremidade inferior, e é achatada anteroposteriormente. A caixa envolve e protege os órgãos nas cavidades abdominal superior e torácica, fornece suporte para os MS e participa da respiração. As estruturas passam entre a cavidade torácica e o pescoço pela abertura superior do tórax. “Sistema Esquelético: Esqueleto Axial” TÓRAX Entre essas estruturas estão a traqueia, o esôfago, nervos e vasos sanguíneos que irrigam e drenam a cabeça e o pescoço e os MS. A abertura superior do tórax é limitada pela primeira vértebra torácica, pelo primeiro par de costelas e suas cartilagens e pela margem superior do manúbrio do esterno. As aberturas que passam entre a cavidade torácica e a cavidade abdominal transpõem a abertura torácica inferior. Essa abertura é fechada pelo diafragma, permite a passagem de estruturas como esôfago, nervos e vasos sanguíneos calibrosos. “Sistema Esquelético: Esqueleto Axial” Características Superficiais O corpo do esterno se articula direta ou indiretamente com parte da cartilagem costal da segunda costela e com as cartilagens costais da terceira a 10° costela. O processo xifoide consiste em cartilagem hialina durante a lactância e a infância (ossificação completa 40 anos). Nenhuma costela está fixada a ele, mas o processo xifoide fornece fixação para alguns músculos abdominais. “Sistema Esquelético: Esqueleto Axial” Costelas Doze pares de costelas, numeradas de I a XII, de cima para baixo, fornecem suporte estrutural para os lados da cavidade torácica. Aumentam de comprimento a partir da primeira até a sétima e, em seguida, diminuem de comprimento até a costela XII. Cada uma se articula com uma vértebra torácica correspondente. “Sistema Esquelético: Esqueleto Axial” Características Superficiais Do primeiro até o sétimo par de costelas todos têm uma fixação anterior direta com o esterno por meio de uma faixa de cartilagem hialina chamada cartilagem costal. As cartilagens costais contribuem para a elasticidade da caixa torácica. As costelas que possuem cartilagens costais e se fixam diretamente ao esterno são chamadasde costelas verdadeiras (vertebroesternais). Os cinco pares restantes de costelas são chamadas de costelas falsas. “Sistema Esquelético: Esqueleto Axial” Características Superficiais As cartilagens do oitavo, do nono e do 10° pares de costelas se fixam umas às outras e, em seguida, às cartilagens do sétimo par de costelas. Essas costelas falsas são chamadas de vertebrocondrais. As costelas XI e XII são costelas falsas, chamadas costelas flutuantes (vertebrais), porque suas extremidades anteriores não se fundem ao esterno. “Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular” O esqueleto axial é o esqueleto estrutural principal ou núcleo do corpo, e ajuda a proteger os órgãos internos. O esqueleto apendicular consiste em membros superiores (MS) e membros inferiores (MI) e cuja função básica é o movimento. Os MS consistem em cíngulos e partes livres dos MS, enquanto os MI consistem em cíngulos e partes livres dos MI. Diferença principal entre MS e MI é em relação aos cíngulos. (MI firmemente ancorados à coluna vertebral). “Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular” Esqueleto do Membro Superior (MS) Cada esqueleto do membro superior consiste em 32 ossos que formam duas regiões distintas: (1) cíngulo do membro superior e (2) parte livre do MS. O cíngulo do MS une os ossos da parte livre dos MS ao esqueleto axial. Cada um dos cíngulos é composto de uma clavícula e uma escápula. “Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular” Os cíngulos dos MS não se articulam com a coluna vertebral e são mantidos na posição e suportados por um grupo de músculos grandes. Cada parte livre do MS possui 30 ossos. - braço (úmero); - antebraço (ulna e rádio); - a mão ( 8 ossos carpais no carpo – 5 ossos metacarpais no metacarpo); - 14 falanges nos dedos da mão. “Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular” Clavícula É fina e em forma de U. Repousa horizontalmente na parte anterior do tórax, acima da primeira costela. A metade medial é convexa anteriormente, enquanto a metade lateral é côncava. É tipicamente mais lisa e reta nas mulheres e mais enrugada nos homens. Forma o suporte anterior do cíngulo do MS que mantém a articulação do ombro distante da caixa torácica. A clavícula é subcutânea e facilmente palpável em toda sua extensão. “Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular” Características Superfíciais A extremidade medial, chamada de extremidade esternal, é arredondada e se articula com o manúbrio do esterno (articulação esternoclavicular). A extremidade lateral, larga e plana, a extremidade acromial, articula-se com o acrômio da escápula, na articulação acromioclavicular. O tubérculo conoide, na face inferior da extremidade lateral do osso, é um local de fixação para o ligamento conoide. Na face inferior da extremidade esternal, é um local de fixação para o ligamento costoclavicular (um ligamento que conecta a primeira costela à clavícula). “Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular” Escápula Um osso plano triangular grande com uma crista na sua face posterior. Ocupa a parte superior da porção posterior do toráx, entre os níveis da segunda até a sétima costela, lateral à coluna vertebral. “Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular” Características Superficiais Uma crista proeminente, chamada espinha da escápula, corre diagonalmente pela face posterior. Extremidade lateral da espinha se projeta como um processo expandido achatado, chamado acrômio, facilmente perceptível como o ponto mais alto do ombro. O acrômio se articula com a extremidade acromial da clavícula para formar a articulação acromioclavicular. Inferiormente ao acrômio encontra-se uma depressão superficial, a cavidade glenoidal, que recebe a cabeça do úmero para formar a articulação do ombro. “Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular” Características Superficiais A margem fina da escápula, mais próxima da coluna vertebral, é chamada margem medial (vertebral). Situa- se a 5 cm da coluna vertebral. A margem mais espessa da escápula, mais próxima do braço, é chamada margem lateral (axilar). As margens medial e lateral se unem no ângulo inferior. A borda superior, chamada de margem superior, se une à margem medial no ângulo superior. “Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular” Úmero É o maior e mais longo da parte livre do MS. Possui uma extremidade proximal arredondada com duas projeções proeminentes de osso na base. Um corpo tubular cilíndrico que forma a maior parte de sua extensão. Uma extremidade distal achatada expandida. Articula-se proximalmente com a escápula e distalmente no cotovelo tanto com a ulna quanto com o rádio. “Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular” Características Superficiais • A extremidade proximal apresenta uma cabeça arredondada, que se articula com a cavidade glenoidal da escápula (art. do ombro). • Distalmente à cabeça encontra-se o colo anatômico (local anterior da lâmina epifisal), que é visível como um sulco oblíquo. • O tubérculo maior é uma projeção lateral, distal ao colo anatômico, e o acidente ósseo mais lateralmente palpável na região do ombro. • O tubérculo menor se projeta anteriormente. “Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular” Características Superficiais • Um sulco intertubercular corre entre os dois tubérculos. • O corpo é aproximadamente cilíndrico na extremidade proximal, mas gradualmente se torna triangular, até sua extremidade distal ficar achatada e larga. • Lateralmente, na porção média do corpo, encontra-se uma área enrugada, em forma de V, chamada tuberosidade do músculo deltoide. “Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular” Características Superficiais Na extremidade distal, encontram-se diversas características proeminentes: - o capítulo do úmero (saliência arredondada na face lateral do osso que se articula com a cabeça do rádio); - a fossa radial (uma depressão anterior, acima do capítulo, que se articula com a cabeça do rádio quando o antebraçó é fletido); - a tróclea (medial ao capítulo, uma superfície em forma de carretel que se articula com a ulna); - O epicôndilo medial e epicôndilo lateral (são projeções rugosas nos dois lados da extremidade distal do úmero às quais a maioria dos tendões do antebraço está aderida). “Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular” Ulna Está localizada na face medial do antebraço e é mais longa que o rádio. É espessa e chanfrada na extremidade proximal, e seu corpo triangular largo se afila para ficar mais estreito e cilíndrico distalmente. “Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular” Características Superficiais Na extremidade proximal da ulna encontra-se o olécrano, que forma a proeminência do cotovelo. O processo coronoide é uma projeção anterior distal a uma grande incisura troclear. A incisura radial é uma depressão situada lateral e inferior à incisura troclear e se articular com a cabeça do rádio. Um processo estiloide está localizado no lado posterior da extremidade distal da ulna. “Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular” Rádio O menor dos dois ossos do antebraço. Localizado na face lateral do antebraço. Em contraste com a ulna, o rádio é estreito na extremidade proximal e se alarga na extremidade distal. “Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular” Características Superficiais A ulna e o rádio se articulam com o úmero na articulação do cotovelo. A articulação ocorre em dois lugares: I. onde a cabeça do rádio se articula com o capítulo do úmero; II. onde a incisura troclear da ulna recebe a tróclea do úmero. “Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular” Esqueleto da Mão Ossos Carpais O carpo é a região proximal da mão, composta de oito pequenos ossos, os ossos carpais, interligados por ligamentos. As articulações entre os ossos carpais são chamadas articulações intercarpais. Os ossos carpais estão dispostos em duas fileiras transversas de quatro ossos cada. “Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular” Características Superficiais Nafileira proximal, de lateral para medial, são o escafoide, o semilunar, o piramidal e o pisiforme. A fileira proximal se articula com a extremidade distal da ulna e do rádio para formar a articulação radiocarpal. Os ossos carpais, na fileira distal, de lateral para medial, são o trapézio, o trapezoide, o capitato e o hamato. “Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular” Características Superficiais O capitato é o maior osso carpal. Em aproximadamente 70% das fraturas do carpo apenas o escafoide é fraturado. Obs. o espaço côncavo anterior formado pelo pisiforme e pelo hamato (no lado ulnar) e pelo escafoide e pelo trapézio (no lado radial), com a cobertura semelhante a um teto do retináculo dos músculos flexores (faixa fibrosa resistente de TC), é o túnel do carpo. “Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular” Esqueleto da Mão Ossos Metacarpais O metacarpo é a região intermediária da mão e consiste em cinco ossos chamados metacarpais. Características Superficiais Cada osso metacarpal consiste em uma base proximal, um corpo intermediário e uma cabeça distal. “Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular” Características Superficiais Os ossos metacarpais são numerados de I a V, começando com o polegar, de lateral para medial. As bases se articulam com a fileira distal dos ossos carpais para formar as articulações carpometacarpais. As cabeças se articulam com as falanges proximais para formar as articulações metacarpofalângicas. As cabeças dos metacarpais são comumente chamadas de “nós dos dedos”, e são facilmente visíveis no punho cerrado. Esqueleto Apendicular – Cíngulo do MI Esqueleto Apendicular – Cíngulo do MI Esqueleto Apendicular – Pelves Esqueleto Apendicular – Membros inferiores Esqueleto Apendicular – Membros inferiores Esqueleto Apendicular – Membros inferiores IDENTIFICAÇÃO HISTOLÓGICA DO SISTEMA LOCOMOTOR • O tecido ósseo possui uma abundante matriz extracelular circundando as células, as quais são amplamente desagrupadas (separadas). A matriz celular é composta por cerca de 25% de água, 25% de fibras colágenas e de 50% de sais minerais cristalizados. IDENTIFICAÇÃO HISTOLÓGICA DO SISTEMA LOCOMOTOR • Existem quatro tipos diferenciados de estruturas celulares, as quais são consideradas como cruciais ao tecido ósseo: células osteogênicas, os osteoblastos, os osteócitos e os osteoclastos. • As células osteogênicas estão dispostas em uma camada mais superficial do periósteo, contendo principalmente fibras colágenas e fibroblastos. IDENTIFICAÇÃO HISTOLÓGICA DO SISTEMA LOCOMOTOR Os osteoblastos são um grupo de células envolvidas diretamente na formação de tecido ósseo, sendo um tipo particular de tecido conjuntivo especializado em funções de suporte do organismo, mas também na proteção de estruturas vitais, formação de tecido sanguíneo e armazenamento e regulação de sais minerais. Referente ao seu formato, estas células possuem um aspeto cúbico, sendo especificamente especializadas em processos de síntese proteica, assegurando sua principal função: propiciar produção da porção orgânica da matriz óssea, formada essencialmente por colágeno de tipo 1, mas também glicoproteínas e proteoglicanos. IDENTIFICAÇÃO HISTOLÓGICA DO SISTEMA LOCOMOTOR Os osteócitos são células maduras provenientes dos osteoblastos, que são residentes em lacunas na matriz óssea. Apesar de os osteócitos abandonarem a função de secretar a matriz óssea, eles permanecem secretando substâncias necessárias à manutenção do osso. O fator do crescimento é liberado tanto no crescimento humano quanto na redistribuição da força no esqueleto. Os osteócitos são células alongadas com vários túneis. IDENTIFICAÇÃO HISTOLÓGICA DO SISTEMA LOCOMOTOR Com relação aos osteoclastos, esse grupo de células compõe a matriz óssea e é muito grande em comparação às demais unidades celulares. Esta célula é multinucleada e está envolvida na reabsorção e remodelagem do tecido ósseo, sendo uma estrutura considerada vital para esses processos. Outra particularidade dessas células é que são extensamente ramificadas, o que possibilita a regeneração óssea Obrigado “ Ana.dada@Uniasselvi.edu.br
Compartilhar