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Parasitologia – Aula 02 Leishmaniose tegumentar: doença infeciosa, não contagiosa, causada por protozoários que acomete o homem. São cerca de 7 espécies que causam a doença. É um protozoário polimórfico, ou seja, a células sofrem várias modificações. O homem não é o hospedeiro original da leishmania. O contato surgiu devido a expansão da vida urbana sobre o meio silvestre. E uma doença em processo de urbanização. 1- Agente etiológico: Leishmania sp., L. amazonensis, L. guiyanesia, L. brasiliensis 2- Formas de vida (parasita): Promastigota: encontrada dentro do intestino do hospedeiro invertebrado. Amastogota: encontrada nos hospedeiros vertebrados, dentro das células de defesa (macrófago). 3- Transmissão/Vetor: apenas as fêmeas de insetos fêmeas do gênero Flebotomíneos. Lutzomia sp. Uma característica desse inseto é que ele voa alcançando pequenos voos, tipo saltos. São bem pequenos, com aproximadamente 3mm. Vivem aproximadamente 20 dias. Possuem hábitos crepusculares e noturnos. Reprodução em matéria orgânica. 4- Reservatórios: possuem diferentes reservatórios naturais que são animais silvestres, tais como: tatu, gamba, roedores, preguiça, primatas..., no ambiente doméstico são encontrados o cachorro, gato e cavalo, porém, é desconhecido o papel desses animais para a manutenção do ciclo de vida de parasita. O homem é um hospedeiro e não um reservatório do protozoário. 5- Ciclo biológico: Obs.: Metaciclogenese: processo 6- Manifestações clinicas: A lesão classica geralmente ocorre no local onde foi a picada do inseto · Assintomáticos · Feridas cutâneas localizada: onde foi a picada do inseto. · Ferida cutânea disseminada: quando há uma disseminação do parasito. Menos comum, cerca de 2% dos indivíduos. · Ferida cutânea difusa: extremamente rara. Acontece apenas em indivíduos que possuem alterações genéticas na resposta imune celular, que, portanto, apresentam uma reação grave das lesões cutâneas, as lesões não ulceram. Apenas a leishmania amazonensis. · Ferida cutânea recidiva cútis: o indivíduo, após o tratamento, com regressão da lesão, há um crescimento/ atividade, na borda da lesão. É frequente em pacientes que não fazem o tratamento adequado. · Ferida mucosa tardia: indivíduos que tiveram uma forma pregressa cutânea, surge uma ferida na mucosa. Ocorre devido a falhas no tratamento. · Ferida mucosa concomitante · Ferida mucosa contigua · Ferida mucosa indeterminada: o indivíduo chega com ferida na região de mucosa, porém não sabe dizer se teve lesão cutânea ou a picada do inseto ocorreu na região da mucosa. · Ferida mucosa primaria Obs.: é uma das 6 doenças do mundo com maior capacidade de causar lesões 7- Diagnostico: · Intradermoreação de Montenegro (IDRM) a) Primeira pergunta: já teve leishmaniose antes? SIM b) Aplica-se uma inoculação de .... após 48/72H e observa-se reações no local da inoculação. c) Biopsia (retira-se um fragmento da lesão e carimba-se a lâmina com o fragmento + Imprint d) PCR Limitações: técnica cara. Obs.: De acordo com o Ministério da saúde, para fazer o tratamento, é necessário ver o parasito ou um produto do parasito para iniciar o tratamento. 8- Tratamento: · 1ª Escolha: Glucantime. Exceto para gestantes, visto que atravessa a barreira transplacentária, podendo causar teratogenese. Pacientes... · 2ª Escolha: Anfopericina B, o paciente deve estar internado. A infusão demora cerca de 6 horas e deve-se avaliar bem o quadro clinico do paciente. Anfopericina B lipossomal: indicação é extremamente restrita, usado apenas em pacientes com inúmeras restrições. Obs.: em casos de gestantes, é indicado o acompanhamento, sem o tratamento, ate que a gestação termine. O custo benefício é maior do que expor a gestante/criança aos riscos dos efeitos adversos. 9- Profilaxia: · Evitar o acumulo de matéria orgânica; · Uso de repelentes e de roupas compridas; · Evitar se expor no momento de maior atividade do inseto, período crepuscular/noturno; · Vacinar os cães e gatos domésticos. Leishmaniose visceral 1- Agente etiológico: Leishmania chagasi 2- Formas de vida (parasito): idem. 3- Transmissão/vetor: idem LT, Lutzomya longiplapis, vetor extremamente adaptado ao ambiente urbano. 4- Reservatórios: · Gamba: Didelphis allviventris · Raposa: Cerdocyon Thous · Cão 5- Ciclo biológico: idem 6- Manifestações clinicas: assintomáticos, grande parcela. Obs.: grande parte dos médicos não vê a leishmaniose como uma doença humana. Esse fator é um determinante para o numero de óbitos. Há uma maior numero de casos em crianças, ate 10 anos de idade, em indivíduos imunocomprometidos e em indivíduos do sexo masculino. A febre persistente e sem nenhuma causa aparente é um sintoma clássico. 7- Diagnostico: · Sorologia (Reação de 8- Tratamento: idem LT 9- Profilaxia: idem LT
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