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PÉROLA BARRANCO BRITO
RA 8099575
SÃO PAULO
2020
Alfabetizar letrando e letrar alfabetizando
É fato que após o conceito de letramento ter surgido na década de 80, a alfabetização deixou de ser somente mais um item no planejamento, e tornou-se mais funcional, por que finalmente se esclareceu que saber ler e escrever de forma mecânica, não assegura ao indivíduo o convívio absoluto com a diversidade de expressões escritas e orais da nossa sociedade, já que é essencial se comunicar de acordo com a cultura na qual se está inserido, ou seja, a função social da língua.
Também na década de 80, através dos trabalhos de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, estabeleceu-se uma nova concepção de alfabetização, organizadas em níveis de hipóteses da escrita: icônico, garatuja, pré-silábico, silábico sem valor sonoro, silábico com valor sonoro, silábico alfabético, alfabético e ortográfico.
Contudo é primordial o entendimento global de novos estudos e pesquisas, para que não haja equívoco em seu desenvolvimento. No artigo científico Psicogênese da língua escrita: contribuições, equívocos e consequências para a alfabetização, Onaide Schwuartz Mendonça e Olympio Correa de Mendonça relatam (2011, p.36) “[...] a má interpretação dessa proposta levou a equívocos como a exclusão de conteúdos específicos da alfabetização (discriminação entre letras e sons, análise e síntese de palavras e sílabas, etc) em detrimento de práticas que valorizam apenas a função social da escrita”.
A psicogênese da língua escrita apresenta como o aluno aprende os conceitos e as habilidades para ler e escrever, explicitando que a apropriação desses atos linguísticos assume uma trajetória similar ao percurso que a raça humana trilhou até alcançar o sistema alfabético. Maria de Lucena Coutinho, no livro “Alfabetização: apropriação do sistema de escrita alfabética” elucida sobre esta conceituação:
É importante termos clareza de que a psicogênese da escrita é uma teoria psicológica que aborda como os alunos se apropriam da escrita alfabética. (Coutinho, 2005, p. 67)
Cito também o construtivismo neste contexto sobre o aprendizado da língua, pois o indivíduo traz consigo um conhecimento prévio de sua vivência, além de aprimorar seus estudos através da interação de forma processual e contínua.
Um grande equívoco é tentar implementar na alfabetização, como métodos revolucionários e inovadores, o construtivismo e a psicogênese da língua escrita, os quais não são métodos. É necessário entender que todo conhecimento tem uma gênese, ou seja, uma origem. O professor deve motivar circunstâncias para que o aluno produza a escrita em conformidade com o que pensa, levando em consideração os erros como possibilidades. Neste processo é essencial que o Professor esteja focado nessas tentativas e auxilie o aluno no avanço da aprendizagem.
Silabação, uso de materiais diversificados mas de maneira tradicional, manejar a correspondência entre sons e letras, teorizar as categorias linguísticas, torna o aluno incapaz de compreender a língua, perde-se a lógica do ensino e não o leva à descoberta de que a palavra escrita representa a palavra falada.
Os procedimentos didáticos tradicionais, apoiados em teorias mecânicas têm transformado a alfabetização em simples ato de codificar/decodificar o oral e o escrito. A codificação e a decodificação de sílabas, palavras e frases aparece dissociada de seu significado e do contexto... (DURAN, 1988, p. 14).
Essas interpretações deturpadas tiveram como consequência práticas inadequadas que não levam o aluno à alfabetização e letramento plenos: considerar conceitualmente iguais alfabetização e letramento; não utilizar Literatura Infantil na alfabetização; Professor assumir a função única e exclusivamente de mediador; Professor não fazer nenhum tipo de correção ou intervenção na produção do aluno; não ensinar composição silábica através de atividades que explorem a sílaba; falta de continuidade e contextualização nas atividades entre os níveis pré-silábico e alfabético; propor atividades de escrita livre sem nenhuma orientação; conceituação que a criança é autodidata na integralidade; concepção que o aluno aprende a escrever por assimilação, ou seja, vendo o outro escrever. 
Habitualmente procura-se um procedimento mais adequado para o aprendizado efetivo da língua, entretanto é necessário compreender a importância do equilíbrio entre o contexto histórico e cultural, a comunidade envolvida e os recursos utilizados. Assim sendo, considero que o processo efetivo e eficaz para o contexto atual é alfabetizar letrando e letrar alfabetizando.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
COUTINHO, M. L. Psicogênese da língua escrita: O que é? Como intervir em cada uma das hipóteses? Uma conversa entre professores. In: MORAIS, A. G; ALBUQUERQUE, E. B. C.; LEAL, T. F. (Org.). Alfabetização: apropriação do sistema de escrita alfabética. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
GOULART, M. A. P.; TEIXEIRA, L. P. C.; RUBIO, C. P. Alfabetização e Letramento II. Batatais: Claretiano, 2013. Unidade 3
MENDONÇA, O. S.; MENDONÇA, O. C. Psicogênese da Língua Escrita: contribuições, equívocos e consequências para a alfabetização. Caderno de formação: formação de professores didática dos conteúdos. São Paulo: Cultura Acadêmica/Unesp/Univesp, 2011. v. 2.
OÑATIVIA, A. C. Alfabetização em três propostas: da teoria à prática. São Paulo: Ática, 2009.
	Atividade portfólio 2º. Ciclo
Faça a leitura do artigo “Psicogênese da Língua Escrita”, de Onaide Mendonça e depois, escreva uma texto crítico e reflexivo a respeito das contribuições, dos equívocos e as consequências geradas pela má interpretação da psicogênese da língua escrita para o trabalho pedagógico de alfabetização.
	Trabalho apresentado ao curso de COMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA, Claretiano Centro Universitário, para a disciplina Fundamentos e Métodos do Ensino da Língua Portuguesa e Matemática ministrada pela tutora Alessandra Correa Farago

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