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AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

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AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
RESUMO 
As Metodologias de Ensino são de suma importância no processo de ensino e aprendizagem, é conhecendo e selecionando vários métodos que podemos contribuir para o ensino, possibilitando aos alunos entendimentos e conhecimentos para sanar suas dúvidas e anseios. Este paper contempla o tema As Relações Interpessoais no Atendimento Educacional Especializado. Este paper estará centrado em pesquisas qualitativas e tem como objetivo investigar e analisar a importância e influências das Relações Interpessoais no Atendimento Educacional Especializado. A inclusão da pessoa com necessidades educativas especiais é hoje um dos maiores desafios da escola, elaborando novas ações de atendimento para atender as especificidades de cada um, partindo do princípio de que todos são aceitos e as diferenças são valorizadas como oportunidades para aprender. Procuramos mostrar pontos fundamentais para a compreensão do tema, como o conceito das relações interpessoais, a influência das relações interpessoais no atendimento educacional especializado, enfatizando o envolvimento do aluno, família e escola neste processo. 
Palavras chave: Relações Interpessoais, Atendimento Educacional Especializado, Inclusão. 
1. INTRODUÇÃO 
O presente paper tem como tema “As relações interpessoais no atendimento educacional especializado”. O paper tem como objetivos investigar e analisar a importância e influências das Relações Interpessoais no Atendimento Educacional Especializado (AEE), identificando as diversas maneiras que as Relações Interpessoais podem contribuir para a atuação do professor do AEE. 
O presente paper se estrutura inicialmente, com base em leituras bibliográficas especializadas sobre o assunto, com o intuito de desenvolver um estudo mais abrangente do assunto.
A inclusão não acontece sozinha, apenas pela presença física dos alunos com necessidades educativas especiais, mas sim pela interação, socialização e aprendizado para aumentar os conhecimentos dos alunos, superando suas dificuldades e ampliando o saber. A inclusão escolar é essencial, pois oferece aos alunos com necessidades educacionais especiais a possibilidade de interação com os demais alunos, oferecendo a oportunidade de conviver e aprender junto com todos. 
É importante salientar que a inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais não depende do grau de comprometimento, mas, da possibilidade de acesso, da interação e da adaptação dos alunos ao grupo na escola.
Ao falar sobre a educação especial as diversidades são grandes, tanto no ponto de vista educacional quanto no familiar, aumentando as dificuldades encontradas pela escola, família, e pelo aluno. Cabendo, muitas vezes, ao professor do Atendimento Educacional Especializado buscar caminhos para possíveis superações. 
Desta forma, é na família e escola onde se inicia a inserção da criança na sociedade, na vida pública. Por isso é imprescindível a importância das relações interpessoais para o desenvolvimento desses alunos.
Sendo assim, neste paper abordaremos o significado das Relações Interpessoais, a influência das relações interpessoais no atendimento educacional especializado e o aluno e a família no atendimento educacional especializado. 
2. RELAÇÃO INTERPESSOAL 
Relacionamento interpessoal hoje é um dos temas mais abordados no cotidiano escolar e não escolar, pois atuamos diariamente com diversas pessoas, entre colegas de trabalho, alunos, familiares e sociedade como um todo. Percebemos a necessidade cada vez mais de desenvolver esta competência. A partir do instante que a pessoa sente estar em um ambiente apropriado e confiável tenderá a produzir mais e melhor, uma vez que estará à vontade para isso. 
A partir da compreensão da importância das relações humanas é possível perceber que melhores resultados poderão ser alcançados no desenvolvimento das atividades do cotidiano seja na vida diária, ou nas atividades profissionais. 
A relação gira ao redor as ações do próprio ser humano, sendo positivas haverá uma relação positiva e construtiva, porém se as atitudes forem negativas, consequentemente esta relação será negativa e carregada de frustrações. Antunes (2007, p. 09) afirma que “cada pessoa é, e sempre será um verdadeiro universo de individualidade, suas ações e pensamentos constituindo paradigmas únicos”. Confirmando que a individualidade e maneira de ser de cada pessoa, a qual traz consigo além da carga genética, há também sua cultura, hábitos e visão de mundo diferente uns dos outros. 
Esta individualidade dificulta a comunicação interpessoal e com ela todo esquema de relações humanas que envolvem o segredo do conviver, uma vez que a não há compreensão do pensamento do outro interfere e prejudica tal relação. 
Carvalho (2009, p18) afirma que uma vez que para ela “os seres humanos são essencialmente seres sociais, instintivamente motivados por uma necessidade de se relacionar”, desta forma todos precisam uns dos outros para a própria sobrevivência da espécie humana. 
Sendo assim, uma pessoa é coerente quando seus pensamento e sentimentos se refletem nas suas ações e interações com os demais. As relações interpessoais são importantes não apenas para o desenvolvimento das tarefas profissionais, mas também na relação entre sociedade e família. 
Para Moscovici (2011, p.72), “competência interpessoal é a habilidade de lidar eficazmente com as relações interpessoais, de lidar com outras pessoas de forma adequada às necessidades de cada uma”. Certamente não é simples o desenvolvimento desta competência, porém é algo que deve ser trabalhado e valorizado a cada dia. Sendo assim, o diferencial entre os que desenvolvem esta competência e os que não conseguem, é a disposição, o querer e o fazer. 
2.1 A INFLUÊNCIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO 
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é um serviço da Educação Especial que tem como objetivo acompanhar e oferece suporte à educação regular, com atendimento aos alunos, professores de sala e a escola, pretendendo suprir com as necessidades educacionais, eliminando barreiras e favorecendo a permanência na escola e seu processo de ensino-aprendizagem. 
De acordo com Campbell (2009, p.135) a Educação Especial se baseia em: “princípios, como a preservação da dignidade humana, busca de identidade e exercício da cidadania e tem como objetivo quebrar as barreiras que impedem a criança de exercer a sua cidadania”.
Esse serviço de atendimento acompanha e oferece suporte à educação regular, com atendimento aos alunos, professores de sala e a escola, pretendendo suprir com as necessidades educacionais, eliminando barreiras e favorecendo a permanência na escola e seu processo de ensino-aprendizagem.
O AEE é um recurso educacional e estratégico de apoio e complementação para os alunos com deficiência, proporcionando diferentes alternativas de atendimento com procedimentos diferentes do ensino regular, de acordo com a dificuldade de cada aluno.
O AEE é fundamental pois trabalha as necessidades dos alunos, respeitando os ritmos de aprendizagem e as peculiaridades de cada um. Isso faz com que desenvolva sua autonomia e potencialidades, facilita a aquisição de valores, favorece a compreensão de conhecimentos de situações da visa diária, enfim, possibilita ao aluno avanços e recursos para querer aprender ao seu próprio ritmo, evoluindo aos poucos. 
O relacionamento interpessoal é um dos fatores que influenciam no dia-a-dia e no desempenho de um grupo, cujo resultado depende de parcerias para obter melhores frutos. No Atendimento Educacional Especializado não é diferente, para que o professor possa atingir os objetivos com os alunos, faz-se necessário ter boa relação interpessoal com todos os envolvidos nesse processo. 
Para desenvolver um excelente trabalho no AEE é imprescindível que o professor conheça a realidade de seus alunos e suas especificidades, conversando com as famílias, professoras de sala, comunidade escolar, para poder realizarum trabalho eficaz. “É preciso se dispor a conhecer cada um deles para auxiliá-los” (Chalita 2001, p 139).
Com isso, é possível admitir que a partir das interações uns com os outros, amadurecemos os sentimentos, aprendemos, conhecemos e confiamos no outro. É este processo que também ocorre durante os atendimentos educacionais especializados, no qual tanto professor quanto aluno estão envolvidos em um mesmo propósito, o de desenvolver habilidades e competências.
De acordo com Stainback & Stainback (1999, p.21) “as pessoas com deficiências têm oportunidades de se preparar para a vida na comunidade, os professores melhoram suas habilidades profissionais e a sociedade toma a decisão consciente de funcionar de acordo com o valor social da igualdade para todas as pessoas, com os consequentes resultados de melhoria da paz social”. E neste processo a o envolvimento não é apenas do aluno, mas também da família e escola, nos atendimentos educacionais especializados. 
2.1.2 O ALUNO, A FAMÍLIA E O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO 
A união da família com a escola, em especifico no AEE, aumenta o processo de ensino e aprendizagem do aluno, para isso, o professor precisará conquistar a confiança dos alunos juntamente com a família. 
A escola e a família se complementam, buscar à formação humana do indivíduo e de um lugar na sociedade é preciso do apoio e o suporte de ambas.
Szymansky (2010, p.22) descreve que “É na família que a criança encontra os primeiros “outros” e, por meio deles, aprende os modos humanos de existir – seu mundo adquire significado e ela começa a construir-se como sujeito”
A relação família e escola refere-se a uma parceria entre a escola e pais, considerando ambas responsáveis pela aprendizagem dos alunos. 
A família, nesta perspectiva, é uma das instituições responsáveis pelo processo de socialização realizado mediante práticas exercidas por aqueles que têm o papel transmissor – os pais – e desenvolvidas junto aos que são os receptores – os filhos. (SZYMANSKI, 2010, p. 20)
“É na família que aprendemos a nos relacionar com os outros. Portanto, a construção dessa sociedade inclusiva começa nas famílias. Os pais e as próprias pessoas com deficiência são seus principais agentes.” (PAULA, 2007, p. 7)
O aluno deseja ser amado, aceito, acolhido e ouvido para que possa se sentir confiante, essa proximidade afetiva proporciona a interação com a construção de conhecimento significativo. Senso assim, considerar o conhecimento que o aluno traz é fundamental para que a integração ocorra da melhor forma. 
Para Porto (2011, p 26): “A interação envolve também a afetividade, a emoção como elemento básico e essencial... Onde certos padrões afetivos se desenvolvem, fornece o substrato para a ocorrência de transformações no comportamento da criança”. 
É na busca desta relação que o professor do Atendimento Educacional Especializado baseará suas ações, planejando os atendimentos de forma individual, considerando as especificações dos alunos, valorizando-os e respeitando-os.
A família é importante neste Atendimento Especializado, sendo a referência do aluno, acompanha e os compreende desde o nascimento, conhece seus costumes, manias, gostos e desgostos. Esta relação deve ser respeitada pelo professor do AEE, pois esta participação da família fara diferença no desenvolvimento destes alunos. 
Para Chalita (2001, p17) “qualquer projeto educacional sério depende da participação familiar, em alguns momentos, apenas do incentivo e em outros, de uma participação efetiva no aprendizado”. 
A participação da família no processo de aprendizagem deve se efetiva e fundamental para o desenvolvimento dos alunos frente as suas necessidades. A parceria entre família e escola faz com que todos tenham mais informações, direitos e responsabilidades perante aos alunos. Com a proximidade da família os professores conhecem mais seus alunos, suas características, necessidades e potencialidades.
Segundo Pereira (2004, p.17) “Cabe à escola, cada vez mais, interagir com a família e a sociedade, com projetos que resgatem o valor humano de cada um, de cada aluno. É na vivência com o outro ser humano que a criança se permitirá avaliar seus conhecimentos.”.
Portanto, a relação interpessoal eficaz é importante para o compromisso com as famílias, visto que são as mesmas a base dos alunos com necessidades educativas especiais.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
	O presente artigo se estrutura inicialmente, com base em leituras bibliográficas especializadas sobre o assunto, com o intuito de desenvolver um estudo mais abrangente do assunto, fazendo então uma análise sobre as Relações Interpessoais no Atendimento Educacional Especializado.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após a realização das pesquisas percebemos que o relacionamento Interpessoal é um assunto abrangente a ser abordado. Porém, seu estudo é de fundamental importância, se trata de uma capacidade, podendo influenciar positiva ou negativamente nossas vidas, tanto no âmbito profissional ou pessoal. 
As Relações Interpessoais no Atendimento Educacional Especializado é um instrumento que ampara e fortalece o desenvolvimento das potencialidades e habilidades dos alunos em parceria com as famílias e escola. 
Sendo assim, é necessário que famílias e professores tenham a concepção de que a escola precisa contar com o envolvimento de todos para melhorar a compreensão sobre os alunos com necessidades educativas especiais
Esse processo inclusivo exige parceria, e compartilhamento da responsabilidade pelo ensino de todos os estudantes, sendo importante o contato dos profissionais da escola com a família. Um bom relacionamento entre família e escola traz melhorias na compreensão das dificuldades, interesses e potencialidades dos alunos se tornando mais eficaz o ensino e aprendizagem na escola.
5. CONCLUSÃO
Concluímos que conviver e se relacionar com pessoas que possuem necessidades educativas especiais é necessária para o desenvolvimento de valores éticos, como a o respeito ao outro, a igualdade e a solidariedade. Sendo assim, a família desempenha um importante papel na formação da personalidade, na evolução mental e social dos alunos. 
Todos os indivíduos têm direito a educação de qualidade, e para que ocorra uma educação de qualidade é necessário um melhor aproveitamento desses profissionais, realizando um trabalho em parceria com todos, garantindo não só a permanência na escola em que haja inclusão, mas também um efetivo processo de ensino e aprendizagem de todos os alunos, independente das diferenças.
REFERÊNCIA
CAMPBELL, Selma Inês. Múltiplas Faces da Inclusão. Rio de Janeiro: Wak, 2009. 
CARVALHO, Maria do Carmo Nacif De. Relacionamento Interpessoal: como preservar o sujeito coletivo. Rio de Janeiro: LTC, 2009. 
CHALITA, Gabriel. Educação: A solução está no Afeto. 19ª ed. São Paulo: Gente, 2001.
MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento Interpessoal. Treinamento e Grupo. 20ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2011. 
PAULA, Ana Rita de. COSTA, Carmem Martini. A hora e a vez da família em uma sociedade inclusiva. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2007. 
PEREIRA. Esther Cristina. Escola e família: uma parceria que dá certo. Curitiba: E. C. Pereira, 2004.
PORTO, Oliveira. Bases da Psicopedagogia Diagnóstica e Intervenção nos Problemas de Aprendizagem. 5ª ed. Rio de Janeiro: Wak, 2011.
 
STAINBACK, Susan; STAINBACK, William. Inclusão: um guia para educadores. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
SZYMANSKI, Heloisa. A relação família e escola: desafios e perspectivas. Brasília: Liber, 2010.

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