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A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Julianna Pinheiro Moraes de Moraes Profª Tutor Externo Adarita Souza Silva Centro Universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI Pedagogia (FGP 0233) - Estágio Curricular Supervisionado I 13/07/2019 RESUMO O presente paper é uma síntese sobre a importância do lúdico como uma alternativa para o professor/mediador inovar suas aulas e sair do tradicional das aulas expositivas, que não chamam mais a atenção das crianças, devido à falta de recursos atrativos, porém para mudar essa realidade o professor como mediador da aprendizagem precisa inserir materiais lúdicos na sua prática pedagógica. Assim, a escola deve proporcionar espaço para brincá-lo, pois as atividades lúdicas são importantes para o desenvolvimento integral da criança, e é dever da educação básica oferecer um ensino de qualidade que contemple os aspectos físico, psicológico, intelectual e social. Nessa perspectiva de inovação e de oferecer um ensino de qualidade, o jogo e a brincadeira é importante na sala de aula, estimula o interesse do aluno e assim desenvolve o pensamento, a imaginação e a criatividade, portanto o lúdico é um importante aliado para o ensino. Palavras-chave: Jogo e brincadeira. Lúdico. Educação Infantil. Prática pedagógica. 1. INTRODUÇÃO O lúdico não é um tema novo, mas vem granjeando espaço nas escolas, principalmente na educação infantil, devido a sua importância para o desenvolvimento da criança. Por isso os estudiosos indicam o seu uso como instrumento de construção do conhecimento, já que pesquisas comprovam a sua eficiência como facilitador da aprendizagem. Nas escolas infantis, o brincar é, essencialmente, um meio para a criança adquirir determinadas competências como a socialização. Assim, a prática lúdica na educação infantil não deve ser considerada como um simples passa tempo; também não se restringe à mera diversão. É no brincar que a criança aprende e se desenvolve de forma prazerosa (BRASIL, 2001). Segundo Brasil (2001, p. 22), “brincar é umas das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia”. É no brincar que a criança investiga e constrói conhecimentos sobre si e sobre o mundo. Dessa maneira, a presente investigação busca ampliar a compreensão sobre a temática relativa à ludicidade. De acordo com Rau (2012, p. 31): A ludicidade se define pelas ações do brincar que são organizadas em três eixos: o jogo, o brinquedo e a brincadeira. Ensinar por meio da ludicidade é considerar que a brincadeira faz parte da vida do ser humano e que, por isso, traz referências da própria vida do sujeito. Dessa forma as brincadeiras devem fazer parte do contexto escolar, pois através delas as crianças aprendem conceitos, atitudes e desenvolvem diferentes habilidades, além de possibilitar que os alunos aprendam os conteúdos curriculares de uma forma lúdica e prazerosa. Sendo assim o lúdico é uma alternativa para o professor/mediador inovar suas aulas e sair do tradicional das aulas expositivas, que não chamam mais a atenção das crianças, devido à falta de recursos atrativos, porém para mudar essa realidade o professor como mediador da aprendizagem precisa inserir materiais lúdicos na sua prática pedagógica. Assim, o objetivo geral é verificar as dificuldades que impedem a realização da atividade lúdica nas turmas de educação infantil, no município de Feira de Santana. E os objetivos específicos são levantar informações sobre as condições que a escola dispõe para o professor desenvolver o lúdico com seus alunos, verificar as dificuldades (falta de espaço físico, material) que impedem a inserção do lúdico nas escolas de educação infantil no Município de Feira de Santana e reconhecer a importância do lúdico como estratégia didática imprescindível no processo de ensino-aprendizagem. A metodologia aplicada foi realizada na João Paulo I, a série observada é da educação infantil do Grupo 05 no turno vespertino, com a professora Neila Cruz de Cerqueira Assis. Gil (1995, p. 45) explica que: “As pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis”. A coleta de dados será feita através de livros, artigos, projetos e sites do Google Acadêmico com as seguintes palavras chave: leitura, incentivo, professores, que tem por fim sua análise e interpretação. Nessa perspectiva de inovação e de oferecer um ensino de qualidade, o jogo e a brincadeira é importante na sala de aula, estimula o interesse do aluno e assim desenvolve o pensamento, a imaginação e a criatividade, portanto o lúdico é um importante aliado para o ensino. No entanto muitos professores não estão preparados para trabalhar com essa estratégia didática e garantir aprendizado significativo, diante dessa realidade torna-se imprescindível estudar esse tema com a finalidade de influenciar o professor a pesquisar e buscar conhecimento aprofundado sobre o mesmo para utilizá-lo em sua prática pedagógica. Sendo assim a escola deve proporcionar espaço para brincá-lo, pois as atividades lúdicas são importantes para o desenvolvimento integral da criança, e é dever da educação básica oferecer um ensino de qualidade que contemple os aspectos físico, psicológico, intelectual e social, como garante a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Para assim formar pessoas bem- sucedidas no futuro e preparados para viver em sociedade. O trabalho foi estruturado da seguinte maneira: o primeiro capítulo adentra o contexto escolar, evidenciando as práticas lúdicas na educação infantil e suas contribuições para o desenvolvimento e aprendizagem da criança, em seguida, o brincar é destacado como uma atividade tipicamente infantil, apresentando o conceito e a história do lúdico, corroborando a importância do brincar para desenvolvimento infantil. Para tanto, valeu- se de autores como Jean Piaget, Lev Vygotsky e Henri Wallon, descrevendo as principais contribuições de cada autor em relação às atividades lúdicas, abordando nesse capítulo ainda o lúdico e as brincadeiras na educação infantil. 2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA 2.1 O Brincar no Universo Infantil 2.1.1 O BRINCAR: uma atividade tipicamente infantil Segundo Dantas (2013), o brincar e o jogar são dois termos diferentes: “brincar é anterior a jogar, conduta social que supõe regras. Brincar é forma mais livre e individual, que designa as formas mais primitivas de exercício funcional.” Ainda o autor acima supracitado ressalta que o lúdico abrange os dois termos brincar/jogar, ou seja, atividade individual/livre e atividade coletiva/regrada. Portanto, o termo ludicidade engloba os dois conceitos: brincar e jogar- uma ação prazerosa presente nos dois termos. A palavra lúdico vem de origem latina “ludus” que significa tanto brincar quanto jogar. (JARDIM, 2003). No dicionário Aurélio (Ferreira, 2001, p.433) lúdico é relativo a jogos, brinquedos e divertimentos.” A ludicidade é um conteúdo que tem ganhado espaço nos mais diferentes setores da sociedade as “atividades lúdicas fazem parte da vida do ser humano e, em especial, da vida da criança.” Porém, nos séculos passados, as atividades lúdicas tinham um olhar sem importância, recebendo uma conotação de menor valor. Somente a partir dos anos de 1950 é que tais atividades passaram a ser valorizadas. Essa mudança ocorreu devido aos avanços dos estudos da psicologia sobre a criança, colocando, assim, o lúdico em destaque. (SANTOS, 2008, p. 57). O lúdico manifesta valores essenciais para toda a etapa da vida humana, ou seja, todos os indivíduos têm uma cultura lúdica que é um conjunto vivo, diversificado conforme os indivíduos e os grupos, em função dos hábitos lúdicos. (BROUGÈRE, 2013, p. 25). A cultura lúdica é fornecida pelas pessoas ese constrói a todo o momento por meio das brincadeiras, além disso, esta se diferencia conforme o meio social e o sexo da criança. (BROUGÈRE, 2013, p. 25). Pavan (apud Souza e Martins, 2005, p. 183), em seu texto “É brincadeira”, afirma: É coisa séria: brincar não é apenas diversão. Na hora da brincadeira, as crianças desenvolvem- se física e intelectualmente, destacam- se como indivíduos, ao mesmo tempo em que estabelecem o convívio social, tomam iniciativas próprias e estimulam a criatividade. Assim, através da brincadeira, as crianças desenvolvem habilidades como a atenção, a memória, a imaginação, a criatividade e a socialização. (BRASIL, 2001). Santos (2008, p. 110), realça que a ludicidade é de grande importância para o desenvolvimento mental da criança. A autora afirma que: O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento. A criança começa a brincar desde muito cedo. O bebê exercita suas possibilidades motoras, brinca de emitir sons, de se olhar. (DANTAS, 2013). Dessa forma, Ortiz e Carvalho (2012 p. 103) destacam que o bebê começa brincando com os próprios sentidos, num crescente jogo de descobertas, desenvolvimento de habilidades e construções de significados. No primeiro momento a criança brinca com a pessoa que ocupa a sua atenção para, mais tarde, brincar com seu próprio. Assim, o bebê dedica- se em distinguir as diferentes partes de seu corpo, saber o que é dele, o que é do outro e, aos poucos, descobre os objetos ao seu redor, numa frequente conquista do mundo. Tudo é novidade para um bebê que está vendo e percebendo o mundo pela primeira vez, portanto, se lhe for permitido, vai se inserir e conquistar o mundo com sua curiosidade. (ORTIZ; CARVALHO, 2012, p. 104). À medida que a criança cresce as brincadeiras vão ganhando um aspecto mais socializador, com o qual as crianças aprendem a lidar com o outro, a compartilhar e a dividir tarefas. (CRAIDY; KAERCHER, 2001). 2.1.2 AS CONTRIBUIÇÕES DO BRINCAR PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA Brasil (2001), relata que a criança de zero a seis anos apresenta uma necessidade muito grande de brincar e, é certo, a brincadeira provoca interesse na criança e envolve de forma completa, pois tudo aquilo que é divertido torna- se mais interessante para a mesma. Portanto, a criança vivencia a brincadeira de corpo inteiro e, a partir dessa atividade, pode aprender muitas coisas. Cunha (1994, p. 11), diz que brincando, a criança desenvolve situações de interação social, “porque, brincando, a criança desenvolve a sociabilidade, faz amigos e aprende a conviver, respeitando o direito dos outros e as normas estabelecidas pelo grupo. Proporcionar a interação significa conceituar que as diferentes formas de sentir, expressar e comunicar a realidade pelas crianças têm consequência em respostas variadas, que são trocadas entre elas e que garantem parte significativa de suas aprendizagens. A interação cria uma posição de ajuda, na qual as crianças desenvolvem seu processo de aprendizagem. (BRASIL, 2001). A esse respeito, Fortuna (2011, p. 9) afirma que: A brincadeira é tão importante para o desenvolvimento humano que até mesmo quando ocorrem brigas ela contribui para o crescimento e a aprendizagem. Negociar perspectivas, convencer o opositor, conquistar adesões para uma causa, ceder, abrir mão, lutar por um ponto de vista- tudo isso ensina a viver. Cunha (1994), diz que brincar com as outras crianças é essencial. Os jogos sociais iniciam- se desde muito cedo, quando os pais brincam com o filho numa relação de afeto, e, mais tarde, ampliam- se para a competição nos diferentes tipos de jogos. Ao brincar com o outro, a criança aprende a aguardar a sua vez e relacionar- se de forma mais organizada, respeitando regras e cumprindo normas. Ainda a autora, brincar em grupo é um exercício enriquecedor e essencial a uma boa interação social. Por intermédio da relação grupal, a criança aprende a dividir, conhece- se a si mesma e aos outros e criar amizades. Winnicott (1985), a criança ganha experiência brincando. A brincadeira proporciona uma organização para o começo de relações emocionais e, assim, possibilita o desenvolvimento de contatos sociais, e também dominar as angústias e controlar ideias. Oliveira (2010, p. 26) afirma que: Brincadeira e jogos podem ser vistos como um grande laboratório, em que as crianças e adolescentes experimentam novas formas de agir, de sentir e de pensar. Brincando, a criança busca se adaptar de forma ativa à realidade onde vive, mas também emite juízos de valor, inclusive sobre o que considera passível de melhora. Souza e Martins (2005) vão ao encontro de tais ideias, evidenciando que a brincadeira é um momento de aprendizagem em que a criança age além do seu comportamento cotidiano. No ato de brincar, a criança simboliza o que mais tarde poderá realizar na vida real. A brincadeira é assim, uma atividade que também acontece no plano da imaginação, isto quer dizer que a criança que brinca tem o domínio de uma linguagem simbólica. Isso acontece nas brincadeiras de faz- de- conta, nas quais a criança interpreta papéis sociais. (BRASIL, 2001). Ao utilizar outros papéis nas brincadeiras, a criança atua frente á realidade de modo não literal, ou seja, transfere e substitui suas ações cotidianas pelas ações características do papel assumido. Ao adotar um determinado papel, a criança deve analisar algumas das suas características. De acordo com Brasil (2001, p. 23) fala que quando utiliza- se da linguagem do faz- de- conta as crianças enriquecem sua identidade, porque podem experimentar outras formas de pensar, ampliando suas concepções sobre as coisas e pessoas ao desempenhar vários papéis sociais ou personagens. Corsaro (2011) destaca que nas rotinas do faz- de- conta a criança expande suas habilidades sociais, linguísticas e interativas, compreendendo vários tipos de conhecimentos do mundo. Através da brincadeira a criança está construindo sua personalidade. (BRASIL, 2001). Segundo Vygotsky (2007), o brinquedo foi criado para a criança satisfazer seus desejos. Acrescenta ainda que no início da idade pré- escolar, quando começam a se manifestar os desejos que não podem ser satisfeitos de imediato, a criança entra em um mundo ilusório para resolver tal angustia e, esse mundo imaginário é chamado de brinquedo. Ainda o autor, por meio do brinquedo a criança aprende a agir numa esfera cognitiva. Nessa fase da idade pré- escolar acontece uma distinção entre os campos de significado e de visão. O pensamento, que antes era determinado pelos objetos exteriores, passa a ser regido pelas ideias. De acordo, com todos os autores e pontos de vistas discutidos é possível afirmar que o brinquedo é essencial para a infância, é o difusor do crescimento que dá a criança a oportunidade de explorar seu universo, possibilitando- lhe descobrir- se e entender- se, compreendendo o seu sentimento, suas ideias e sua forma de agir. O brinquedo é influenciado pela idade, sexo, presença de amigos, além dos aspectos que estão ligados à novidade, surpresa, complexidade e variabilidade. O brinquedo pode ter diferentes papéis, pode ser cooperativo e competitivo. Segundo Cunha (1994), para que os brinquedos apresentem desafios para as crianças, eles devem estar apropriados às mesmas de acordo como suas necessidades e com as capacidades da etapa do desenvolvimento em que se encontram. 2.2 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA REALIDADE EDUCACIONAL 2.2.1 Os primeiros anos de escolarização A educação infantil é um período marcante no processo de formação do ser humano. Esta educação estádirigida para as crianças em fases iniciais, até aproximadamente cinco anos de idade. (RODRIGUES; SILVA e PARIZ, 2003). Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDBEN, nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, artigo 29: A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade, em seus aspectos fisicos, psicologicos, intelectuais e sociais, completando a ação da familia e da comunidade. Segundo o artigo 30, a educação infantil será oferecida em: creches para crianças de até três anos de idade e na pré- escola, para criança de quatro e cinco anos. A escola infantil não deve ser compreedida como um ambiente em que os pais deixam seus filhos para serem cuidados enquanto vão trabalhar. Esse espaço deve ser entendido como um ambiente de brincadeira, de aprendizado e de desenvolvimento. Com base nisso, escola infantil deve ser considerada como um lugar onde os métodos educativos são produzidos de forma dinâmica, que proporcionam a troca de sentimentos, experiências e conhecimentos. Assim, a educação infantil, ao elaborar um espaço de ensino e aprendizagem, deve pensar em produzir momentos de prazer, lazer e de criação do lúdico. (RODRIGUES; SILVA; PARIZ, 2003). A fim de que o processo educacional da criança seja mais bem entendido, serão aprensentadas algumas caracteristicas do desenvolvimento infantil e da sua aprendizagem. Piaget (1989) divide o desenvolvimento humano em quatro estágios. Sensório- motor: de zero a dois anos de idade (recém- nascidos e lactante). Nesse período, a inteligencia da criança é basicamente prática com ações de reflexo. A ligação com o meio não se dá pelo raciocinio lógico, mas pela ação e experimentação. A criança conquista o mundo através da percepção e dos movimentos de todo o espaço que a cerca. (RODRIGUES; SILVA; PARIZ, 2003). Pré- operatório: de dois a sete anos de idade (a primeira infância). Nessa fase prevalece o egocentrismo, em razão de que a criança não consegue se colocar no lugar do outro. (VALLE, 2013, p. 25) Operações concretas: de sete a doze anos de idade (a infância propriamente dita). Nesse estágio é marcado o início da cosntrução lógica, a criança consegue organizar situações e relacionar aspectos diferentes da realidade. A criança consegue exercer suas habilidades e capacidade através de objetos reais e concretos. (RODRIGUES; SILVA; PARIZ, 2003). Operações formais: de onze ou doze anos em diante (a adolescência). Nesse período, ocorre a passagem do pensamento concreto para o pensamento abstrato, ou seja, a criança realiza abstrações sem precisar de representações concretas, imagina situação nunca vista e vivenciada por elas. (VALLE, 2013, p. 26) A fim de que o processo educacional da criança seja mais bem entendido, serão apresentados algumas caracteristicas do desenvolvimento infantil e da sua aprendizagem. Vygotsky (1998), fala que os balbucios da criança de um ano são estágios do desenvolvimento da liguagem e, nessa fase, não têm relação com o pensamento. Aos dois anos de idade, o pensamento e a linguagem encontram- se e se juntam para começar uma nova forma de comportamento. Nesse momento em que a linguagem começa a fazer parte do intelecto e o pensamento começa a ser verbalizado, a curiosidade da criança fica ativa. A função da comunicação tem duas funções: intercambio social, que é como uma função da comunicação e função generalizante, que torna a linguagem um instrumento do pensamento, importante para que a criança possa comunicar adequadamente. (VYGOTSKY, 1998). Segundo Rodrigues, Silva e Pariz (2003), na teoria de Jean Piaget o aluno é um individuo criador de conhecimentos e o professor auxiliador no processo ensino- aprendizagem. A criança deve ser compreendida como agente ativo no universo da escola, pois, assim, poderá entender os diferentes papeis a serem desenvolvidos na sociedade, dentro da familia, da comunidade, dos grupos sociais, e construir tanto sua identidade pessoal como seu referencial sociocultural. Educar na educação infantil significa proporcionar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens conduzidas de maneira completa e que auxiliem no desenvolvimento das capacidades infantis. Nesse procedimento, a educação facilita o desenvolvimento das capacidades de adaptação e de conhecimentos das competências corporais, afetivas, emocionais, contribuindo para a formação de crianças alegres e sadias. (BRASIL, 2001). 2.2.2 O lúdico no contexto da educação infantil A ludicidade se conceitua pelas ações do brincar em que são incluidos os jogos, o brinquedo e a bricadeira. É vista como uma atividade prazerosa, que traz alegria e satisfação, possibilitando a aprendizagem da criança de forma significativa. (RAU, 2012) Na teoria piagentina as atividades lúdicas são classificadas em três categorias. Na primeira categoria encontram- se os jogos de exercicio ou jogos funcionais. Caracterizam o período sensório- motor, que tem inicio aproximadamente aos quatro meses de idade, quando a criança começa a ter melhor coordenação da visão e da percepção. Nesse período, observa- se que os bebês gostam de jogos de repetição. O ato de imitar é imporante para o desenvolvimento das atividades dos bebê, é através dessa ação que a criança passa a interpretar o mundo que a rodeia. (SOUZA; MARTINS, 2005). De acordo com Santos (2008, p. 111), jogos de exercicios são “aqueles que acompanham quase todo o desenvolvimento da criança, representam as primeiras experiências motoras, o simples ato de repetir a mesma ação inúmeras vezes”. Na segunda categoria encontram- se os jogos simbólicos ou de faz- de- conta. Caracterizam o período de desenvolvimento pré- operatório entre dois e sete anos de idade. A criança, ao imitar ações do dia- a- dia passa a dar vida aos objetos. Ela, primeiramente, analisa os gestos e as ações das pessoas mais próximas e, posteriormente, reproduz e imita tais ações. (SOUZA; MARTINS, 2005). A terceira categoria refere- se aos jogos com regras. Esses jogos estão presentes no período de desenvolvimento das operações concretas, aproximadamente dos sete aos onze anos. À medida que a criança cresce, vai ampliando o processo de socialização e, com isso, aprendendo a participar de jogos com regras. Nesse período, é necessária a cooperação dos jogadores. Esse jogo se desenvolve através dos jogos simbólicos, ou seja, uma posição imaginária em que muitas crianças estão incluídas e cada um tem um papel que se liga com as outras. (SOUZA; MARTINS, 2005). Segundo Duprat (2014), as atividades lúdicas, além de oferecer momentos prazerosos, sçao responsaveis pelo desenvolvimento de diversas habilidades como a inteligência, a coordenação e a socialização. Portanto, mesmo se ter consciência disso, ao brincar, a criança está desenvolvendo aspectos físicos e psiquicos. De acordo com Rau (2012), o lúdico precisa ser levado a sério no ambiente escolar, favorecendo o aprendizado por meio do jogo e da brincadeira. O jogo como recurso pedagógico tem a função de ensinar e, por isso, tem objetivos a atingir. O jogo educativo está associado a duas funções: a primeira funçao lúdica do jogo apresenta a ideia de que sua experiência proporciona a diversão, o prazer quando escolhido espontaneamente pela criança. A segunda função educativa é quando a ação do jogo desenvolve saberes no individuo. Portanto, o equilibrio dessas duas funções é o que determina o objetivo do jogo educativo. (KISHIMOTO, 2011). Duprat (2014), conclui que a ludicidade no contexto escolar é muito mais do que um procedimento de ensino, é uma oportunidade de dar ao aluno a descoberta e a construção livre de seu caráter e de um olhar critico com o meio que vive, formando, assim, sua personalidade. Rau (2012), na perspectiva de Piagetsobre o lúdico, a criança brinca e descobre os objetos livremente e, portanto, desde cedo as crianças lidam com aspectos de prazer. Com isso, a aprendizagem não é um peso, mas um aspecto de satisfação e desenvolvimento. Cória- Sabini (2004), ressalta que é importante relacionar os conhecimenots e conteúdos à cultura e ao meio social dos alunos e que os mesmos não devem ser aplicados em situações descontextualizadas. Assim, o educador deve considerar que os fatores externos fazem partes da formação das crianças ao tornarem significativos os problemas por ele propostos. Com base nisso, o lúdico pode ser visto como um método facilitador de aprendizagem. Segundo Brougère (2013, p. 20), brincar não é uma dinâmica interna do indivíduo, mas uma atividade dotada de uma significação social precisa que, como outras, necessita de aprendizagem. De acordo com o autor, brincar é um conjunto de atividades humanas que é caracterizado através do contexto cultural que a criança está inserida. Wallon (2007) destaca que o brincar e o jogo dividem- se em quatro categorias: primeiro estágio: as brincadeiras funcionais, que pode ser caracterizado por movimentos simples e de exploração do corpo, como esticar e encolher os braços e as pernas, mexer os dedos, tocar os objetos, produzir ruídos e sons; segundo estágio: as bricadeiras de ficção ou faz- de- conta, refere- se às criaações imaginárias, fantasiosas, atividades cuja interpretação é mais complexa; terceiro estágio: as brincadeiras de aquisição, relaciona- se à capacidade da criança de olhar, escutar para compreender coisas e seres; quarto estágio: as brincadeiras de fabricação, aquelas em que a criança manipula, cria, transforma, modifica, combina e junta objetos. Duprat (2014), descorda trazendo a teoria Piagentiana que estabele o jogo em seis estágios: o primeiro estágio refere- se a preparação reflexa, nesse período não tem uma imitação e sim repetições reflexas de ações. No segundo estágio, de imitação esporádica, ocorre uma fase pré- imitativa, os movimentos reflexos começam assimilar certos elementos exteriores e aumentam a função da experiência adquirida. No terceiro estágio, de imitação sistemática, a criança consegue imitar sons e movimentos feitos por outras pessoas. No quarto estágio, de imitação dos movimentos já executados pelo sujeito, mas de maneira invisivel para ele, a criança passa a imitar novos modelos sonoros e visuais. No quinto estágio, de imitação sistemática de modelos novos inclusive os que correspondem aos movimentos invisiveis do próprio corpo, a imitação começa a ser mais definida e ativa, sendo simultâneo aos progressos da inteligência. No sexto estágio, começa a imitação representativa e evolução posterior da imitação, a criança consegue imitar de memória um modelo ausente. 2.2.3 Lúdico e as brincadeiras na Educação Infantil Na sociedade contemporânea a atividade lúdica possui papel relevante no processo de ensino/aprendizagem, e contribui para o desenvolvimento integral da criança, por isso deve ser trabalhada na escola, mas para isso o professor precisa estar preparado para trabalhar com esta estratégia didática e garantir o aprendizado dos educandos. Segundo, (ALMEIDA, 1995, p.63): O sentido real, verdadeiro, funcional da educação lúdica estará garantido se o educador estiver preparado para realizar. Nada será feito se ele não tiver um profundo conhecimento sobre os fundamentos essenciais da educação lúdica, condições suficientes para socializar o conhecimento e predisposição para levar adiante. Sabe-se que o brincar acompanha o ser humano desde o início da humanidade, e é imprescindível na vida da criança, para um crescimento saudável, pois é por meio da brincadeira que a criança desenvolve a imaginação e a autonomia. Como relata o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (RCNEI,1998, p.22). Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de a criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização experimentação de regras e papéis sociais. Outra forma lúdica para se trabalhar um conteúdo escolar são os jogos, pois contribui para o desenvolvimento dos processos psíquicos, dos movimentos físicos na construção do conhecimento e na socialização da criança. Como afirma Rizzi e Haydt, (2000, p.14). “O ser que brinca e joga é, também, o ser que age, pensa, aprende e se desenvolve”. O lúdico sendo, portanto, utilizado de forma bem planejada de acordo com a realidade dos alunos contribui de forma positiva no processo de ensino/aprendizagem. O brincar/lúdico além de ser um direito garantido por lei é também considerado pelos estudiosos como fundamental para o desenvolvimento cognitivo, físico, psicológico, motor e social da criança, por isso deve ser vista e valorizada como uma ferramenta para auxiliar o processo de ensino- aprendizagem, tornando o mais prazeroso e significativo. O lúdico é bem-vindo em todas as idades, principalmente quando criança, pois essa já significa “brincadeira”, e o desafio da educação infantil, é compreender e conhecer maneira de cada um agir suas limitações, expor ao máximo seu potencial, dando valor à capacidade de cada um. O brincar no universo lúdico na educação infantil é uma das grandes estratégias para crianças mais bem sucedidas e a estimulação para a aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo de uma criança. As atividades lúdicas, são significativas as quais, desenvolvem capacidades como: memória, atenção, sensação e percepção, sensação que são aspectos penitentes básicos para uma excelente aprendizagem. Almeida, (1995, p.12) descreve que: A educação lúdica é uma ação inerente na criança e aparece sempre como uma forma transacional em direção a algum conhecimento, que se redefine na elaboração constante do pensamento individual em permutações constantes com o pensamento coletivo. As brincadeiras fazem parte da infância de toda criança, de forma natural e cultural quando é usada de maneira lúdica a aprendizagem e o desenvolvimento possibilita um significado pedagógico, que estimula o conhecimento, o emocional, a aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo e afetivo de forma construtiva. Segundo Carvalho (2007, p.3): As culturas infantis são constituídas por um conjunto de formas, significados, objetos, artefatos que conferem modos de compreensão simbólica sobre o mundo. Ou seja, brinquedos, brincadeiras, músicas e histórias que expressam o olhar infantil, olhar construído no processo histórico de diferenciação do adulto. Os brinquedos e brincadeiras elaborados e vivenciados pelas crianças ao longo da história da humanidade são, portanto, objeto de estudo que surgem à medida que entendemos a infância como categoria geracional sociologicamente instituída e produtora de uma cultura própria. O desenvolvimento infantil de forma lúdica possibilita uma vida mais prazerosa, alegre, divertida e com grande significado para o processo de ensino e aprendizagem, com o objetivo de estimular este pequeno cidadão a uma vida social através das trocas do meio o qual, a criança está envolvida. Comenta Oliveira, (1995, p. 58), que: Vygotsky dá ao papel do outro social no desenvolvimento dos indivíduos cristaliza-se na formulação de um conceito específico dentro de sua teoria, essencial para a compreensão de suas ideias sobre as relações entre desenvolvimento e aprendizado: o conceito de zona de desenvolvimento proximal. A formação da criança é influenciada pela interaçãosocial que ocorre entre o indivíduo e o meio, ao qual, a criança está submetida. Portanto, um desenvolvimento defasado, devido à falta de estímulos trará sérios problemas ao aprendizado desta criança, até a sua idade adulta com sérias dificuldades de aprendizado. Segundo Friedman, (1996, p. 41), Os jogos lúdicos permitem uma situação educativa cooperativa e interacional, ou seja, quando alguém está jogando está executando regras do jogo e ao mesmo tempo, desenvolvendo ações de cooperação e interação que estimulam a convivência em grupo. O lúdico segundo Gilda Rizzo (2001, p. 40) diz que, a atividade lúdica pode ser, portanto, um eficiente recurso aliado do educador, interessado no desenvolvimento da inteligência de seus alunos, quando mobiliza sua ação intelectual. No caso, o educador e escola devem atuar como parceiros da aprendizagem, para direcionar as atividades com bastantes estímulos, desenvolvendo o trabalho lúdico para que haja uma interação social entre as crianças e o desenvolvimento das suas habilidades intelectuais. Segundo Celso Antunes (2001, p. 55) argumenta que: Um professor que adora o que faz que se empolga com o que ensina, que se mostra sedutor em relação aos saberes de sua disciplina, que apresenta seu tema sempre em situações de desafios, estimulantes, intrigantes, sempre possui chances maiores de obter reciprocidade do que quem a desenvolve com inevitável tédio da vida, da profissão, das relações humanas, da turma. Atualmente, o lúdico na educação infantil deve exigir do educador uma fundamentação teórica para que haja uma maior compreensão, sobre a importância destas atividades lúdicas na educação infantil. Nesse modo, o projeto educativo tem como objetivo, a intencionalidade e a consciência clara do desenvolvimento cognitivo, físico, intelectual, afetivo, e motor para a aprendizagem da criança da educação infantil. Almeida, (1995, p. 11) relata que: A este ato de troca, de interação, de apropriação é que damos o nome de EDUCAÇÃO. Esta não existe por si. É uma ação em conjunta entre as pessoas que cooperam, comunicam-se e comunga o mesmo saber. Por isso, educar não é um ato ingênuo, indefinido, imprevisível, mas um ato histórico (tempo), cultural (valores), social (relação), psicológico (inteligente), afetivo, existencial (concreto) e, acima de tudo, político, pois, numa sociedade de classe, nenhuma ação é simplesmente neutra, sem consciência de seus propósitos. Neste sentido, o lúdico na educação infantil deve ser planejado, organizado e sistematizado para promover grandes avanços na vida da criança, pois, é necessário que ela interaja, aprendam a brincar em grupo para que possa desenvolver diversas habilidades e competências, enfim, o ambiente lúdico promove o ambiente mágico e como facilitador da aprendizagem na sala de aula, a criança aprende brincando, forma conceitos, estabelece estimativas, relações lógicas e integra percepções. Por fim, é indispensável o lúdico é para o desenvolvimento afetivo da criança e psicomotor, essas atividades lúdicas inserida no processo escolar deve ser encarada como uma ferramenta didática necessária a mais nas mãos do professor para tornar a aprendizagem mais eficaz e prazerosa, auxiliando a criança a obter melhor desempenho na sua aprendizagem. 3. VIVÊNCIA DO ESTÁGIO O presente relatório é uma síntese das observações, entrevista e regência realizada na Escola João Paulo I, situada à rua Cruz e Souza, 186, no Bairro Kalilândia. A Escola João Paulo I foi fundada no dia 05 de março de 1972. A diretora da Instituição Judinara Braz Mota de Carvalho e a coordenadora Norma Suely Melo Guimarães. Corpo Docente é composto por 14 professores e 15 auxiliares de classe, e 7 funcionários. Na escola possui 15 salas e cada sala possui 5 banheiros em salas de aula, 2 para as crianças externo e 1 para adultos, 1 auditório, 1 cantina, 1 biblioteca, 01 biblioteca, 01 laboratório de ciências, 40 salas de aulas, 02 salas de professores, 01 laboratório de informática, 01 auditório, 03 áreas de lazer com parquinhos e brinquedos pedagógicos, 01 quadra poliesportiva, 01 anfiteatro para pequenas apresentações, 01 lanchonete, 01 espaço gourmet, 01 cozinha experimental, 01 banco de areia, 01 fazendinha, 01 jardim sensorial. Os níveis de Modalidades de Ensino oferecidos é a Educação Infantil até o Ensino Fundamental II. A construção do P.P.P (Projeto Político Pedagógico) aconteceu na data 20 de julho 2019, construído pelo corpo docente da Instituição. Os números de alunos por série são: Grupo 02- 28 alunos; Grupo 03 – 79 alunos; Grupo 04 – 85 alunos; Grupo 05 – 69 alunos. Turno Matutino = 161 alunos e no Turno Vespertino: 98 alunos. Os projetos oferecidos pela instituição para os alunos são: Cantinho da leitura; Projeto Folclórico; Projeto Festa Junina; Projeto Meio Ambiente; Projeto Conto de Fadas. A Gestão Escolar sempre promove treinamento com professores para o uso de recursos didáticos existentes na escola e trabalhos de campo que evidenciem as consequências de atividades indisciplinadas e/ou inflacionárias, observando as questões ambientais, através de caminhada pelo bairro. Existem também as reuniões com os pais para explicar sobre a aprendizagem do seu filho, as atividades que acontecem na escola, à participação do aluno nas aulas. As reuniões pedagógicas com os professores sempre acontecem na terça-feira. De acordo com Martinez (2007, p. 104): A compreensão da aprendizagem como um processo complexo e, consequentemente, singularizado da subjetividade humana, do espaço escolar como um sistema social complexo, assim como uma concepção social e não fatalista da deficiência e de outras características e condições das crianças devem orientar o conjunto de ações do profissional da psicologia no contexto escolar. A série observada é da educação infantil do Grupo 05 no turno vespertino, com a professora Neila Cruz de Cerqueira Assis. Durante o estágio na escola fiz uma sondagem sobre a direção, alunos e professores. Assim, do dia 10/03 à 14/04/2019, umas das atividades realizadas foram à observação da escola, com o objetivo de conhecer o campo docente, direção, instituição, alunos e fazer uma pesquisa documental em relação à escola. Durante o período de observação a educadora organizava a rodinha e fazia explicação das atividades e abordava o assunto que seria transmitido aos alunos, criava dinâmicas, iteração entre os alunos, questionava o tema abordando. Os alunos prestavam atenção na aula, e demostravam interesse em aprender. A organização da sala é de 6 cadeiras por mesas. A professora realiza dinâmicas para a interação do grupo na sala, para que os alunos participem e aprendam o assunto abordado. De acordo com Candeias (1994, p.475), [...] não são os métodos de ensino que fazem com que uma criança seja um ser ativo, a criança é em si um ser ativo? Será a própria significação que a criança consegue conferir àquilo que ouve, consequência de uma série de fatores, entre os quais se destaca a forma como o professor consegue estruturar e transmitir os conteúdos do ensino. No segundo momento da aula, a professora pediu que os alunos desenhassem numa folha de ofício os animais da atividade abordada sobre os animais. Em seguida a organização da rodinha e a realização das atividades e após o lanche na sala. No horário de 16h30min h a professora organizou os alunos para levar ao parque. Do dia 09, 10 e 15 de abril de 2019 deu início das 15:30: 00 ás 16h00min h: a entrevista com a professora, diretora da Instituição e auxiliares. A identificação do (a) professor (a): Nome: Neila Cruz de Cerqueira. Grupo: 05. 1 Formação: Licenciatura em pedagogia; 2 Tragetória profissional: Leciono desde 1998,quando concluir o mágistério pelo Instituto de Educação Gastão Guimarâes; 3 O que você entende por interdisciplinariedade?A interdisciplinariedade diz respeito ao processo de ligação de duas ou mais disciplina, ou seja, só acontece quando os conteúdos das disciplinas se relacionam para ampla compreensão de um tema estudado; 4 Na sua opinião o que significa uma prática pedagógica interdisciplinar? Significa que o professor em seu papel de mediador, necessita estar mais atento aos conteúdos envolvidos, caso haja necessidade com relação a dúvidas sobre um tema abordado é importante anteceder -se as pesquisas e parcerias com profissionais que possam dar suporte para sua mediação; 5 Como a prática interdisciplinar pode contribuir para aprendizagem dos estudantes? Trabalhar com temas integrados é uma proposta interessante, mas exige cuidados,pois é uma alternativa para integrar diferentes disciplinas e dar espaço para que alguns temas possam ser discutidos de maneira mais completa,mas, não fica claro o que os alunos aprenderam em cada uma das disciplinas.Por isso, é preciso olhar com atenção como a proposta está sendo construída, quais temas serão envolvidos e o que vai ser de fato ensinado aos estudantes. No segmento da Educação Infantil o trabalho com a interdisciplinariedade é muito mais comum , sendo natural desenvolver as discursões mediante as ações, o convívio, os encaminhamentos de acordo a Base Nacional Comum Curricular; 6 Você já trabalhou com algum projeto interdisciplinar? Sim. Na verdade, um tema ,que foi relevante as várias disciplinas. Trabalhos integrados que foram propostos e organizados com objetivos relativos a mais de uma área , onde, essa articulação ajudou no desenvolvimento da aprendizagem; 7 Quais projetos oferecidos no G5? O grupo 5 tem como suporte didático o material do Sistema Positivo de Ensino, um material de acordo a BNCC, que integra temas (projetos) de acordo as expectativas de aprendizagem para o desenvolvimento de cada faixa etária.Sendo assim, um suporte facilitador que traz projetos incluídos em todo material. O campo da educação infantil vive um intenso processo de revisão de concepções sobre educação de crianças, na observação durante estes dois dias, foram de suma importância para o nosso ensino e aprendizado. Segundo Dantas (1995, p.105) “Saber mais sobre o significado das experiências vividas no início da escolaridade para o processo de desenvolvimento infantil, bem como para a continuidade da vida escolar, representa a possibilidade de contribuir na construção de propostas que permitam acolher as crianças para melhor atender suas necessidades, facilitando-lhes estabelecer interações mais produtivas com esse novo contexto”. Com isso, podemos perceber a forma que a criança, principalmente, da educação infantil é tratada nesse ambiente educacional. As crianças chegam à sala e colocam suas mochilas na área externa da sala e sentam-se na roda para descrever como foi seu dia. De acordo com Vygotsky (1991, p.212), “o ato de brincar é muito importante para o desenvolvimento integral da criança”. Portanto, as crianças se relacionam de várias formas com significados e valores inscritos nos brinquedos, ou seja, nas brincadeiras, as crianças dá o novo significado para sua vida e suas emoções, logo, este momento poderia ser mais lúdico, construtivo e enriquecido, com atividades que envolvia o contrato de convivência, no primeiro dia, iniciarmos a aula elaborando o contrato de convivência com os alunos, estabelecendo regras para a classe. No último dia, de estágio na educação infantil, existia uma sensação de dever cumprido, com êxito, pois, houve muita aprendizagem para ambos tanto para os alunos como para a estagiária. A parceira de cada criança em todas as brincadeiras. Por fim, durante este momento foi de suma importância para o aprendizado, pude vivência as teorias de Piaget, Wallon e Vygotsky na prática, dessa forma, sair do ambiente da sala de aula da Faculdade e partir para a prática, com isso, perceber a importância da educação infantil na vida dessas crianças, que necessitam ter uma aprendizagem significativa para a sua carreira escolar, enfim, o educador tem a responsabilidade de conhecer o aluno, e juntos construir o ambiente produtivo, com estratégias que promovam respeito, cooperação, amor e solidariedade pelo outro. 4. IMPRESSÕES DO ESTÁGIO Através do estágio supervisionado realizado na ecola foi compreensível a importância do reconhecimento de estratégias que favoreçam aprendizagem dos alunos. O que mais me encantou na instituição foi perceber a criança como sujeito ativo durante o processo de formação, conhecer o espaço, osprofessores, os alunos que são muitos carinhosos, a participação, porém, alguns tinham certa dificuldade em compartilhar o material escolar com os colegas e outros não eram muitos cuidadosos. Enfim, a experiência no estágio foi fantástica porque aproxima o aluno da prática pedagógica proporcionando-lhe a oportunidade de aprender entre a teoria e a pratica. A educação pode mudar a vida as gerações só dependem de o educador trazer novidades para o ambiente escolar, brincadeiras, jogos pedagógicos, assim, o sucesso dos alunos é um grande desafio nas escolas, porém se existir um esforço, uma convicção de que todos podem aprender apesar de suas peculiaridades na educação, poderemos fazer e ser a diferença para a educação. REFERÊNCIAS ALMEIDA, P. N. Educação Lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Loyola, 1995. BRASIL. Secretaria de Educação Básica. 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