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A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
Julianna Pinheiro Moraes de Moraes 
Profª Tutor Externo Adarita Souza Silva 
Centro Universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI 
Pedagogia (FGP 0233) - Estágio Curricular Supervisionado I 
13/07/2019 
 
RESUMO 
 
O presente paper é uma síntese sobre a importância do lúdico como uma 
alternativa para o professor/mediador inovar suas aulas e sair do tradicional das 
aulas expositivas, que não chamam mais a atenção das crianças, devido à falta 
de recursos atrativos, porém para mudar essa realidade o professor como 
mediador da aprendizagem precisa inserir materiais lúdicos na sua prática 
pedagógica. Assim, a escola deve proporcionar espaço para brincá-lo, pois as 
atividades lúdicas são importantes para o desenvolvimento integral da criança, 
e é dever da educação básica oferecer um ensino de qualidade que contemple 
os aspectos físico, psicológico, intelectual e social. Nessa perspectiva de 
inovação e de oferecer um ensino de qualidade, o jogo e a brincadeira é 
importante na sala de aula, estimula o interesse do aluno e assim desenvolve o 
pensamento, a imaginação e a criatividade, portanto o lúdico é um importante 
aliado para o ensino. 
 
Palavras-chave: Jogo e brincadeira. Lúdico. Educação Infantil. Prática 
pedagógica. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O lúdico não é um tema novo, mas vem granjeando espaço nas escolas, 
principalmente na educação infantil, devido a sua importância para o 
desenvolvimento da criança. Por isso os estudiosos indicam o seu uso como 
instrumento de construção do conhecimento, já que pesquisas comprovam a sua 
eficiência como facilitador da aprendizagem. 
Nas escolas infantis, o brincar é, essencialmente, um meio para a criança 
adquirir determinadas competências como a socialização. Assim, a prática lúdica 
na educação infantil não deve ser considerada como um simples passa tempo; 
também não se restringe à mera diversão. É no brincar que a criança aprende e 
se desenvolve de forma prazerosa (BRASIL, 2001). 
Segundo Brasil (2001, p. 22), “brincar é umas das atividades 
fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia”. É no 
brincar que a criança investiga e constrói conhecimentos sobre si e sobre o 
mundo. Dessa maneira, a presente investigação busca ampliar a compreensão 
sobre a temática relativa à ludicidade. De acordo com Rau (2012, p. 31): 
A ludicidade se define pelas ações do brincar que são organizadas em 
três eixos: o jogo, o brinquedo e a brincadeira. Ensinar por meio da 
ludicidade é considerar que a brincadeira faz parte da vida do ser 
humano e que, por isso, traz referências da própria vida do sujeito. 
 
Dessa forma as brincadeiras devem fazer parte do contexto escolar, pois 
através delas as crianças aprendem conceitos, atitudes e desenvolvem 
diferentes habilidades, além de possibilitar que os alunos aprendam os 
conteúdos curriculares de uma forma lúdica e prazerosa. 
Sendo assim o lúdico é uma alternativa para o professor/mediador inovar 
suas aulas e sair do tradicional das aulas expositivas, que não chamam mais a 
atenção das crianças, devido à falta de recursos atrativos, porém para mudar 
essa realidade o professor como mediador da aprendizagem precisa inserir 
materiais lúdicos na sua prática pedagógica. 
Assim, o objetivo geral é verificar as dificuldades que impedem a 
realização da atividade lúdica nas turmas de educação infantil, no município de 
Feira de Santana. E os objetivos específicos são levantar informações sobre as 
condições que a escola dispõe para o professor desenvolver o lúdico com seus 
alunos, verificar as dificuldades (falta de espaço físico, material) que impedem a 
inserção do lúdico nas escolas de educação infantil no Município de Feira de 
Santana e reconhecer a importância do lúdico como estratégia didática 
imprescindível no processo de ensino-aprendizagem. 
A metodologia aplicada foi realizada na João Paulo I, a série observada é 
da educação infantil do Grupo 05 no turno vespertino, com a professora Neila 
Cruz de Cerqueira Assis. Gil (1995, p. 45) explica que: “As pesquisas descritivas 
têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada 
população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis”. A 
coleta de dados será feita através de livros, artigos, projetos e sites do Google 
Acadêmico com as seguintes palavras chave: leitura, incentivo, professores, que 
tem por fim sua análise e interpretação. 
Nessa perspectiva de inovação e de oferecer um ensino de qualidade, o 
jogo e a brincadeira é importante na sala de aula, estimula o interesse do aluno 
e assim desenvolve o pensamento, a imaginação e a criatividade, portanto o 
lúdico é um importante aliado para o ensino. No entanto muitos professores não 
estão preparados para trabalhar com essa estratégia didática e garantir 
aprendizado significativo, diante dessa realidade torna-se imprescindível estudar 
esse tema com a finalidade de influenciar o professor a pesquisar e buscar 
conhecimento aprofundado sobre o mesmo para utilizá-lo em sua prática 
pedagógica. 
Sendo assim a escola deve proporcionar espaço para brincá-lo, pois as 
atividades lúdicas são importantes para o desenvolvimento integral da criança, 
e é dever da educação básica oferecer um ensino de qualidade que contemple 
os aspectos físico, psicológico, intelectual e social, como garante a Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação. Para assim formar pessoas bem- sucedidas no 
futuro e preparados para viver em sociedade. 
O trabalho foi estruturado da seguinte maneira: o primeiro capítulo adentra 
o contexto escolar, evidenciando as práticas lúdicas na educação infantil e suas 
contribuições para o desenvolvimento e aprendizagem da criança, em seguida, 
o brincar é destacado como uma atividade tipicamente infantil, apresentando o 
conceito e a história do lúdico, corroborando a importância do brincar para 
desenvolvimento infantil. Para tanto, valeu- se de autores como Jean Piaget, Lev 
Vygotsky e Henri Wallon, descrevendo as principais contribuições de cada autor 
em relação às atividades lúdicas, abordando nesse capítulo ainda o lúdico e as 
brincadeiras na educação infantil. 
 
 
 
 
 
 
 
2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA 
 
2.1 O Brincar no Universo Infantil 
 
2.1.1 O BRINCAR: uma atividade tipicamente infantil 
 
 Segundo Dantas (2013), o brincar e o jogar são dois termos diferentes: 
“brincar é anterior a jogar, conduta social que supõe regras. Brincar é forma mais 
livre e individual, que designa as formas mais primitivas de exercício funcional.” 
 Ainda o autor acima supracitado ressalta que o lúdico abrange os dois 
termos brincar/jogar, ou seja, atividade individual/livre e atividade 
coletiva/regrada. Portanto, o termo ludicidade engloba os dois conceitos: brincar 
e jogar- uma ação prazerosa presente nos dois termos. 
 A palavra lúdico vem de origem latina “ludus” que significa tanto brincar 
quanto jogar. (JARDIM, 2003). No dicionário Aurélio (Ferreira, 2001, p.433) 
lúdico é relativo a jogos, brinquedos e divertimentos.” 
 A ludicidade é um conteúdo que tem ganhado espaço nos mais diferentes 
setores da sociedade as “atividades lúdicas fazem parte da vida do ser humano 
e, em especial, da vida da criança.” Porém, nos séculos passados, as atividades 
lúdicas tinham um olhar sem importância, recebendo uma conotação de menor 
valor. Somente a partir dos anos de 1950 é que tais atividades passaram a ser 
valorizadas. Essa mudança ocorreu devido aos avanços dos estudos da 
psicologia sobre a criança, colocando, assim, o lúdico em destaque. (SANTOS, 
2008, p. 57). 
 O lúdico manifesta valores essenciais para toda a etapa da vida humana, 
ou seja, todos os indivíduos têm uma cultura lúdica que é um conjunto vivo, 
diversificado conforme os indivíduos e os grupos, em função dos hábitos lúdicos. 
(BROUGÈRE, 2013, p. 25). A cultura lúdica é fornecida pelas pessoas ese 
constrói a todo o momento por meio das brincadeiras, além disso, esta se 
diferencia conforme o meio social e o sexo da criança. (BROUGÈRE, 2013, p. 
25). 
 Pavan (apud Souza e Martins, 2005, p. 183), em seu texto “É brincadeira”, 
afirma: 
É coisa séria: brincar não é apenas diversão. Na hora da brincadeira, 
as crianças desenvolvem- se física e intelectualmente, destacam- se 
como indivíduos, ao mesmo tempo em que estabelecem o convívio 
social, tomam iniciativas próprias e estimulam a criatividade. 
 
 Assim, através da brincadeira, as crianças desenvolvem 
habilidades como a atenção, a memória, a imaginação, a criatividade e a 
socialização. (BRASIL, 2001). 
 Santos (2008, p. 110), realça que a ludicidade é de grande importância 
para o desenvolvimento mental da criança. A autora afirma que: 
O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o 
desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa 
saúde mental, prepara um estado interior fértil, facilita os processos de 
socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento. 
 
 A criança começa a brincar desde muito cedo. O bebê exercita suas 
possibilidades motoras, brinca de emitir sons, de se olhar. (DANTAS, 2013). 
Dessa forma, Ortiz e Carvalho (2012 p. 103) destacam que o bebê começa 
brincando com os próprios sentidos, num crescente jogo de descobertas, 
desenvolvimento de habilidades e construções de significados. 
 No primeiro momento a criança brinca com a pessoa que ocupa a sua 
atenção para, mais tarde, brincar com seu próprio. Assim, o bebê dedica- se em 
distinguir as diferentes partes de seu corpo, saber o que é dele, o que é do outro 
e, aos poucos, descobre os objetos ao seu redor, numa frequente conquista do 
mundo. Tudo é novidade para um bebê que está vendo e percebendo o mundo 
pela primeira vez, portanto, se lhe for permitido, vai se inserir e conquistar o 
mundo com sua curiosidade. (ORTIZ; CARVALHO, 2012, p. 104). 
 À medida que a criança cresce as brincadeiras vão ganhando um aspecto 
mais socializador, com o qual as crianças aprendem a lidar com o outro, a 
compartilhar e a dividir tarefas. (CRAIDY; KAERCHER, 2001). 
 
2.1.2 AS CONTRIBUIÇÕES DO BRINCAR PARA O DESENVOLVIMENTO DA 
CRIANÇA 
 
 Brasil (2001), relata que a criança de zero a seis anos apresenta uma 
necessidade muito grande de brincar e, é certo, a brincadeira provoca interesse 
na criança e envolve de forma completa, pois tudo aquilo que é divertido torna- 
se mais interessante para a mesma. Portanto, a criança vivencia a brincadeira 
de corpo inteiro e, a partir dessa atividade, pode aprender muitas coisas. 
 Cunha (1994, p. 11), diz que brincando, a criança desenvolve situações 
de interação social, “porque, brincando, a criança desenvolve a sociabilidade, 
faz amigos e aprende a conviver, respeitando o direito dos outros e as normas 
estabelecidas pelo grupo. 
 Proporcionar a interação significa conceituar que as diferentes formas de 
sentir, expressar e comunicar a realidade pelas crianças têm consequência em 
respostas variadas, que são trocadas entre elas e que garantem parte 
significativa de suas aprendizagens. A interação cria uma posição de ajuda, na 
qual as crianças desenvolvem seu processo de aprendizagem. (BRASIL, 2001). 
 A esse respeito, Fortuna (2011, p. 9) afirma que: 
A brincadeira é tão importante para o desenvolvimento humano que 
até mesmo quando ocorrem brigas ela contribui para o crescimento e 
a aprendizagem. Negociar perspectivas, convencer o opositor, 
conquistar adesões para uma causa, ceder, abrir mão, lutar por um 
ponto de vista- tudo isso ensina a viver. 
 
 
 Cunha (1994), diz que brincar com as outras crianças é essencial. Os 
jogos sociais iniciam- se desde muito cedo, quando os pais brincam com o filho 
numa relação de afeto, e, mais tarde, ampliam- se para a competição nos 
diferentes tipos de jogos. Ao brincar com o outro, a criança aprende a aguardar 
a sua vez e relacionar- se de forma mais organizada, respeitando regras e 
cumprindo normas. 
 Ainda a autora, brincar em grupo é um exercício enriquecedor e essencial 
a uma boa interação social. Por intermédio da relação grupal, a criança aprende 
a dividir, conhece- se a si mesma e aos outros e criar amizades. 
 Winnicott (1985), a criança ganha experiência brincando. A brincadeira 
proporciona uma organização para o começo de relações emocionais e, assim, 
possibilita o desenvolvimento de contatos sociais, e também dominar as 
angústias e controlar ideias. 
 Oliveira (2010, p. 26) afirma que: 
Brincadeira e jogos podem ser vistos como um grande laboratório, em 
que as crianças e adolescentes experimentam novas formas de agir, 
de sentir e de pensar. Brincando, a criança busca se adaptar de forma 
ativa à realidade onde vive, mas também emite juízos de valor, 
inclusive sobre o que considera passível de melhora. 
 
 Souza e Martins (2005) vão ao encontro de tais ideias, evidenciando que 
a brincadeira é um momento de aprendizagem em que a criança age além do 
seu comportamento cotidiano. No ato de brincar, a criança simboliza o que mais 
tarde poderá realizar na vida real. A brincadeira é assim, uma atividade que 
também acontece no plano da imaginação, isto quer dizer que a criança que 
brinca tem o domínio de uma linguagem simbólica. Isso acontece nas 
brincadeiras de faz- de- conta, nas quais a criança interpreta papéis sociais. 
(BRASIL, 2001). 
 Ao utilizar outros papéis nas brincadeiras, a criança atua frente á realidade 
de modo não literal, ou seja, transfere e substitui suas ações cotidianas pelas 
ações características do papel assumido. Ao adotar um determinado papel, a 
criança deve analisar algumas das suas características. 
 De acordo com Brasil (2001, p. 23) fala que quando utiliza- se da 
linguagem do faz- de- conta as crianças enriquecem sua identidade, porque 
podem experimentar outras formas de pensar, ampliando suas concepções 
sobre as coisas e pessoas ao desempenhar vários papéis sociais ou 
personagens. 
 Corsaro (2011) destaca que nas rotinas do faz- de- conta a criança 
expande suas habilidades sociais, linguísticas e interativas, compreendendo 
vários tipos de conhecimentos do mundo. Através da brincadeira a criança está 
construindo sua personalidade. (BRASIL, 2001). 
 Segundo Vygotsky (2007), o brinquedo foi criado para a criança satisfazer 
seus desejos. Acrescenta ainda que no início da idade pré- escolar, quando 
começam a se manifestar os desejos que não podem ser satisfeitos de imediato, 
a criança entra em um mundo ilusório para resolver tal angustia e, esse mundo 
imaginário é chamado de brinquedo. 
 Ainda o autor, por meio do brinquedo a criança aprende a agir numa 
esfera cognitiva. Nessa fase da idade pré- escolar acontece uma distinção entre 
os campos de significado e de visão. O pensamento, que antes era determinado 
pelos objetos exteriores, passa a ser regido pelas ideias. 
 De acordo, com todos os autores e pontos de vistas discutidos é possível 
afirmar que o brinquedo é essencial para a infância, é o difusor do crescimento 
que dá a criança a oportunidade de explorar seu universo, possibilitando- lhe 
descobrir- se e entender- se, compreendendo o seu sentimento, suas ideias e 
sua forma de agir. O brinquedo é influenciado pela idade, sexo, presença de 
amigos, além dos aspectos que estão ligados à novidade, surpresa, 
complexidade e variabilidade. O brinquedo pode ter diferentes papéis, pode ser 
cooperativo e competitivo. 
 Segundo Cunha (1994), para que os brinquedos apresentem desafios 
para as crianças, eles devem estar apropriados às mesmas de acordo como 
suas necessidades e com as capacidades da etapa do desenvolvimento em que 
se encontram. 
 
2.2 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA REALIDADE EDUCACIONAL 
 
2.2.1 Os primeiros anos de escolarização 
 
 A educação infantil é um período marcante no processo de formação do 
ser humano. Esta educação estádirigida para as crianças em fases iniciais, até 
aproximadamente cinco anos de idade. (RODRIGUES; SILVA e PARIZ, 2003). 
 Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDBEN, nº 
9.394 de 20 de dezembro de 1996, artigo 29: 
A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como 
finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco anos de 
idade, em seus aspectos fisicos, psicologicos, intelectuais e sociais, 
completando a ação da familia e da comunidade. 
 
 Segundo o artigo 30, a educação infantil será oferecida em: creches para 
crianças de até três anos de idade e na pré- escola, para criança de quatro e 
cinco anos. 
 A escola infantil não deve ser compreedida como um ambiente em que os 
pais deixam seus filhos para serem cuidados enquanto vão trabalhar. Esse 
espaço deve ser entendido como um ambiente de brincadeira, de aprendizado e 
de desenvolvimento. Com base nisso, escola infantil deve ser considerada como 
um lugar onde os métodos educativos são produzidos de forma dinâmica, que 
proporcionam a troca de sentimentos, experiências e conhecimentos. Assim, a 
educação infantil, ao elaborar um espaço de ensino e aprendizagem, deve 
pensar em produzir momentos de prazer, lazer e de criação do lúdico. 
(RODRIGUES; SILVA; PARIZ, 2003). 
 A fim de que o processo educacional da criança seja mais bem entendido, 
serão aprensentadas algumas caracteristicas do desenvolvimento infantil e da 
sua aprendizagem. Piaget (1989) divide o desenvolvimento humano em quatro 
estágios. 
 Sensório- motor: de zero a dois anos de idade (recém- nascidos e lactante). 
Nesse período, a inteligencia da criança é basicamente prática com ações de 
reflexo. A ligação com o meio não se dá pelo raciocinio lógico, mas pela ação 
e experimentação. A criança conquista o mundo através da percepção e dos 
movimentos de todo o espaço que a cerca. (RODRIGUES; SILVA; PARIZ, 
2003). 
 Pré- operatório: de dois a sete anos de idade (a primeira infância). Nessa fase 
prevalece o egocentrismo, em razão de que a criança não consegue se 
colocar no lugar do outro. (VALLE, 2013, p. 25) 
 Operações concretas: de sete a doze anos de idade (a infância propriamente 
dita). Nesse estágio é marcado o início da cosntrução lógica, a criança 
consegue organizar situações e relacionar aspectos diferentes da realidade. 
A criança consegue exercer suas habilidades e capacidade através de 
objetos reais e concretos. (RODRIGUES; SILVA; PARIZ, 2003). 
 Operações formais: de onze ou doze anos em diante (a adolescência). Nesse 
período, ocorre a passagem do pensamento concreto para o pensamento 
abstrato, ou seja, a criança realiza abstrações sem precisar de 
representações concretas, imagina situação nunca vista e vivenciada por 
elas. (VALLE, 2013, p. 26) 
A fim de que o processo educacional da criança seja mais bem entendido, 
serão apresentados algumas caracteristicas do desenvolvimento infantil e da sua 
aprendizagem. 
Vygotsky (1998), fala que os balbucios da criança de um ano são estágios 
do desenvolvimento da liguagem e, nessa fase, não têm relação com o 
pensamento. Aos dois anos de idade, o pensamento e a linguagem encontram- 
se e se juntam para começar uma nova forma de comportamento. Nesse 
momento em que a linguagem começa a fazer parte do intelecto e o pensamento 
começa a ser verbalizado, a curiosidade da criança fica ativa. 
 A função da comunicação tem duas funções: intercambio social, que é 
como uma função da comunicação e função generalizante, que torna a 
linguagem um instrumento do pensamento, importante para que a criança possa 
comunicar adequadamente. (VYGOTSKY, 1998). 
 Segundo Rodrigues, Silva e Pariz (2003), na teoria de Jean Piaget o aluno 
é um individuo criador de conhecimentos e o professor auxiliador no processo 
ensino- aprendizagem. A criança deve ser compreendida como agente ativo no 
universo da escola, pois, assim, poderá entender os diferentes papeis a serem 
desenvolvidos na sociedade, dentro da familia, da comunidade, dos grupos 
sociais, e construir tanto sua identidade pessoal como seu referencial 
sociocultural. 
 Educar na educação infantil significa proporcionar situações de cuidados, 
brincadeiras e aprendizagens conduzidas de maneira completa e que auxiliem 
no desenvolvimento das capacidades infantis. Nesse procedimento, a educação 
facilita o desenvolvimento das capacidades de adaptação e de conhecimentos 
das competências corporais, afetivas, emocionais, contribuindo para a formação 
de crianças alegres e sadias. (BRASIL, 2001). 
 
2.2.2 O lúdico no contexto da educação infantil 
 
 A ludicidade se conceitua pelas ações do brincar em que são incluidos os 
jogos, o brinquedo e a bricadeira. É vista como uma atividade prazerosa, que 
traz alegria e satisfação, possibilitando a aprendizagem da criança de forma 
significativa. (RAU, 2012) 
 Na teoria piagentina as atividades lúdicas são classificadas em três 
categorias. Na primeira categoria encontram- se os jogos de exercicio ou jogos 
funcionais. Caracterizam o período sensório- motor, que tem inicio 
aproximadamente aos quatro meses de idade, quando a criança começa a ter 
melhor coordenação da visão e da percepção. Nesse período, observa- se que 
os bebês gostam de jogos de repetição. O ato de imitar é imporante para o 
desenvolvimento das atividades dos bebê, é através dessa ação que a criança 
passa a interpretar o mundo que a rodeia. (SOUZA; MARTINS, 2005). 
 De acordo com Santos (2008, p. 111), jogos de exercicios são “aqueles 
que acompanham quase todo o desenvolvimento da criança, representam as 
primeiras experiências motoras, o simples ato de repetir a mesma ação inúmeras 
vezes”. 
 Na segunda categoria encontram- se os jogos simbólicos ou de faz- de- 
conta. Caracterizam o período de desenvolvimento pré- operatório entre dois e 
sete anos de idade. A criança, ao imitar ações do dia- a- dia passa a dar vida 
aos objetos. Ela, primeiramente, analisa os gestos e as ações das pessoas mais 
próximas e, posteriormente, reproduz e imita tais ações. (SOUZA; MARTINS, 
2005). 
 A terceira categoria refere- se aos jogos com regras. Esses jogos estão 
presentes no período de desenvolvimento das operações concretas, 
aproximadamente dos sete aos onze anos. À medida que a criança cresce, vai 
ampliando o processo de socialização e, com isso, aprendendo a participar de 
jogos com regras. Nesse período, é necessária a cooperação dos jogadores. 
Esse jogo se desenvolve através dos jogos simbólicos, ou seja, uma posição 
imaginária em que muitas crianças estão incluídas e cada um tem um papel que 
se liga com as outras. (SOUZA; MARTINS, 2005). 
 Segundo Duprat (2014), as atividades lúdicas, além de oferecer 
momentos prazerosos, sçao responsaveis pelo desenvolvimento de diversas 
habilidades como a inteligência, a coordenação e a socialização. Portanto, 
mesmo se ter consciência disso, ao brincar, a criança está desenvolvendo 
aspectos físicos e psiquicos. 
 De acordo com Rau (2012), o lúdico precisa ser levado a sério no 
ambiente escolar, favorecendo o aprendizado por meio do jogo e da brincadeira. 
O jogo como recurso pedagógico tem a função de ensinar e, por isso, tem 
objetivos a atingir. 
 O jogo educativo está associado a duas funções: a primeira funçao lúdica 
do jogo apresenta a ideia de que sua experiência proporciona a diversão, o 
prazer quando escolhido espontaneamente pela criança. A segunda função 
educativa é quando a ação do jogo desenvolve saberes no individuo. Portanto, 
o equilibrio dessas duas funções é o que determina o objetivo do jogo educativo. 
(KISHIMOTO, 2011). 
 Duprat (2014), conclui que a ludicidade no contexto escolar é muito mais 
do que um procedimento de ensino, é uma oportunidade de dar ao aluno a 
descoberta e a construção livre de seu caráter e de um olhar critico com o meio 
que vive, formando, assim, sua personalidade. 
 Rau (2012), na perspectiva de Piagetsobre o lúdico, a criança brinca e 
descobre os objetos livremente e, portanto, desde cedo as crianças lidam com 
aspectos de prazer. Com isso, a aprendizagem não é um peso, mas um aspecto 
de satisfação e desenvolvimento. 
 Cória- Sabini (2004), ressalta que é importante relacionar os 
conhecimenots e conteúdos à cultura e ao meio social dos alunos e que os 
mesmos não devem ser aplicados em situações descontextualizadas. Assim, o 
educador deve considerar que os fatores externos fazem partes da formação das 
crianças ao tornarem significativos os problemas por ele propostos. Com base 
nisso, o lúdico pode ser visto como um método facilitador de aprendizagem. 
 Segundo Brougère (2013, p. 20), brincar não é uma dinâmica interna do 
indivíduo, mas uma atividade dotada de uma significação social precisa que, 
como outras, necessita de aprendizagem. De acordo com o autor, brincar é um 
conjunto de atividades humanas que é caracterizado através do contexto cultural 
que a criança está inserida. 
 Wallon (2007) destaca que o brincar e o jogo dividem- se em quatro 
categorias: primeiro estágio: as brincadeiras funcionais, que pode ser 
caracterizado por movimentos simples e de exploração do corpo, como esticar e 
encolher os braços e as pernas, mexer os dedos, tocar os objetos, produzir 
ruídos e sons; segundo estágio: as bricadeiras de ficção ou faz- de- conta, refere- 
se às criaações imaginárias, fantasiosas, atividades cuja interpretação é mais 
complexa; terceiro estágio: as brincadeiras de aquisição, relaciona- se à 
capacidade da criança de olhar, escutar para compreender coisas e seres; 
quarto estágio: as brincadeiras de fabricação, aquelas em que a criança 
manipula, cria, transforma, modifica, combina e junta objetos. 
Duprat (2014), descorda trazendo a teoria Piagentiana que estabele o 
jogo em seis estágios: o primeiro estágio refere- se a preparação reflexa, nesse 
período não tem uma imitação e sim repetições reflexas de ações. No segundo 
estágio, de imitação esporádica, ocorre uma fase pré- imitativa, os movimentos 
reflexos começam assimilar certos elementos exteriores e aumentam a função 
da experiência adquirida. No terceiro estágio, de imitação sistemática, a criança 
consegue imitar sons e movimentos feitos por outras pessoas. No quarto estágio, 
de imitação dos movimentos já executados pelo sujeito, mas de maneira invisivel 
para ele, a criança passa a imitar novos modelos sonoros e visuais. No quinto 
estágio, de imitação sistemática de modelos novos inclusive os que 
correspondem aos movimentos invisiveis do próprio corpo, a imitação começa a 
ser mais definida e ativa, sendo simultâneo aos progressos da inteligência. No 
sexto estágio, começa a imitação representativa e evolução posterior da 
imitação, a criança consegue imitar de memória um modelo ausente. 
 
 
2.2.3 Lúdico e as brincadeiras na Educação Infantil 
 
Na sociedade contemporânea a atividade lúdica possui papel relevante 
no processo de ensino/aprendizagem, e contribui para o desenvolvimento 
integral da criança, por isso deve ser trabalhada na escola, mas para isso o 
professor precisa estar preparado para trabalhar com esta estratégia didática e 
garantir o aprendizado dos educandos. 
Segundo, (ALMEIDA, 1995, p.63): 
O sentido real, verdadeiro, funcional da educação lúdica estará 
garantido se o educador estiver preparado para realizar. Nada será 
feito se ele não tiver um profundo conhecimento sobre os fundamentos 
essenciais da educação lúdica, condições suficientes para socializar o 
conhecimento e predisposição para levar adiante. 
 
Sabe-se que o brincar acompanha o ser humano desde o início da 
humanidade, e é imprescindível na vida da criança, para um crescimento 
saudável, pois é por meio da brincadeira que a criança desenvolve a imaginação 
e a autonomia. 
Como relata o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil 
(RCNEI,1998, p.22). 
Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da 
identidade e da autonomia. O fato de a criança, desde muito cedo, 
poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar 
determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua 
imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver 
algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a 
memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades 
de socialização, por meio da interação e da utilização experimentação 
de regras e papéis sociais. 
 
Outra forma lúdica para se trabalhar um conteúdo escolar são os jogos, 
pois contribui para o desenvolvimento dos processos psíquicos, dos movimentos 
físicos na construção do conhecimento e na socialização da criança. Como 
afirma Rizzi e Haydt, (2000, p.14). “O ser que brinca e joga é, também, o ser 
que age, pensa, aprende e se desenvolve”. O lúdico sendo, portanto, utilizado 
de forma bem planejada de acordo com a realidade dos alunos contribui de forma 
positiva no processo de ensino/aprendizagem. 
O brincar/lúdico além de ser um direito garantido por lei é também 
considerado pelos estudiosos como fundamental para o desenvolvimento 
cognitivo, físico, psicológico, motor e social da criança, por isso deve ser vista e 
valorizada como uma ferramenta para auxiliar o processo de ensino-
aprendizagem, tornando o mais prazeroso e significativo. O lúdico é bem-vindo 
em todas as idades, principalmente quando criança, pois essa já significa 
“brincadeira”, e o desafio da educação infantil, é compreender e conhecer 
maneira de cada um agir suas limitações, expor ao máximo seu potencial, dando 
valor à capacidade de cada um. 
O brincar no universo lúdico na educação infantil é uma das grandes 
estratégias para crianças mais bem sucedidas e a estimulação para a 
aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo de uma criança. As atividades 
lúdicas, são significativas as quais, desenvolvem capacidades como: memória, 
atenção, sensação e percepção, sensação que são aspectos penitentes básicos 
para uma excelente aprendizagem. 
Almeida, (1995, p.12) descreve que: 
A educação lúdica é uma ação inerente na criança e aparece sempre 
como uma forma transacional em direção a algum conhecimento, que 
se redefine na elaboração constante do pensamento individual em 
permutações constantes com o pensamento coletivo. 
 
As brincadeiras fazem parte da infância de toda criança, de forma natural 
e cultural quando é usada de maneira lúdica a aprendizagem e o 
desenvolvimento possibilita um significado pedagógico, que estimula o 
conhecimento, o emocional, a aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo e 
afetivo de forma construtiva. 
Segundo Carvalho (2007, p.3): 
As culturas infantis são constituídas por um conjunto de formas, 
significados, objetos, artefatos que conferem modos de compreensão 
simbólica sobre o mundo. Ou seja, brinquedos, brincadeiras, músicas 
e histórias que expressam o olhar infantil, olhar construído no processo 
histórico de diferenciação do adulto. Os brinquedos e brincadeiras 
elaborados e vivenciados pelas crianças ao longo da história da 
humanidade são, portanto, objeto de estudo que surgem à medida que 
entendemos a infância como categoria geracional sociologicamente 
instituída e produtora de uma cultura própria. 
 
O desenvolvimento infantil de forma lúdica possibilita uma vida mais 
prazerosa, alegre, divertida e com grande significado para o processo de ensino 
e aprendizagem, com o objetivo de estimular este pequeno cidadão a uma vida 
social através das trocas do meio o qual, a criança está envolvida. 
Comenta Oliveira, (1995, p. 58), que: 
Vygotsky dá ao papel do outro social no desenvolvimento dos 
indivíduos cristaliza-se na formulação de um conceito específico dentro 
de sua teoria, essencial para a compreensão de suas ideias sobre as 
relações entre desenvolvimento e aprendizado: o conceito de zona de 
desenvolvimento proximal. 
 
A formação da criança é influenciada pela interaçãosocial que ocorre 
entre o indivíduo e o meio, ao qual, a criança está submetida. Portanto, um 
desenvolvimento defasado, devido à falta de estímulos trará sérios problemas 
ao aprendizado desta criança, até a sua idade adulta com sérias dificuldades de 
aprendizado. 
Segundo Friedman, (1996, p. 41), 
Os jogos lúdicos permitem uma situação educativa cooperativa e 
interacional, ou seja, quando alguém está jogando está executando 
regras do jogo e ao mesmo tempo, desenvolvendo ações de 
cooperação e interação que estimulam a convivência em grupo. 
 
O lúdico segundo Gilda Rizzo (2001, p. 40) diz que, a atividade lúdica 
pode ser, portanto, um eficiente recurso aliado do educador, interessado no 
desenvolvimento da inteligência de seus alunos, quando mobiliza sua ação 
intelectual. No caso, o educador e escola devem atuar como parceiros da 
aprendizagem, para direcionar as atividades com bastantes estímulos, 
desenvolvendo o trabalho lúdico para que haja uma interação social entre as 
crianças e o desenvolvimento das suas habilidades intelectuais. 
Segundo Celso Antunes (2001, p. 55) argumenta que: 
Um professor que adora o que faz que se empolga com o que ensina, 
que se mostra sedutor em relação aos saberes de sua disciplina, que 
apresenta seu tema sempre em situações de desafios, estimulantes, 
intrigantes, sempre possui chances maiores de obter reciprocidade do 
que quem a desenvolve com inevitável tédio da vida, da profissão, das 
relações humanas, da turma. 
 
Atualmente, o lúdico na educação infantil deve exigir do educador uma 
fundamentação teórica para que haja uma maior compreensão, sobre a 
importância destas atividades lúdicas na educação infantil. Nesse modo, o 
projeto educativo tem como objetivo, a intencionalidade e a consciência clara do 
desenvolvimento cognitivo, físico, intelectual, afetivo, e motor para a 
aprendizagem da criança da educação infantil. 
Almeida, (1995, p. 11) relata que: 
A este ato de troca, de interação, de apropriação é que damos o nome 
de EDUCAÇÃO. Esta não existe por si. É uma ação em conjunta entre 
as pessoas que cooperam, comunicam-se e comunga o mesmo saber. 
Por isso, educar não é um ato ingênuo, indefinido, imprevisível, mas 
um ato histórico (tempo), cultural (valores), social (relação), psicológico 
(inteligente), afetivo, existencial (concreto) e, acima de tudo, político, 
pois, numa sociedade de classe, nenhuma ação é simplesmente 
neutra, sem consciência de seus propósitos. 
 
Neste sentido, o lúdico na educação infantil deve ser planejado, 
organizado e sistematizado para promover grandes avanços na vida da criança, 
pois, é necessário que ela interaja, aprendam a brincar em grupo para que possa 
desenvolver diversas habilidades e competências, enfim, o ambiente lúdico 
promove o ambiente mágico e como facilitador da aprendizagem na sala de aula, 
a criança aprende brincando, forma conceitos, estabelece estimativas, relações 
lógicas e integra percepções. 
Por fim, é indispensável o lúdico é para o desenvolvimento afetivo da 
criança e psicomotor, essas atividades lúdicas inserida no processo escolar deve 
ser encarada como uma ferramenta didática necessária a mais nas mãos do 
professor para tornar a aprendizagem mais eficaz e prazerosa, auxiliando a 
criança a obter melhor desempenho na sua aprendizagem. 
 
3. VIVÊNCIA DO ESTÁGIO 
 
O presente relatório é uma síntese das observações, entrevista e regência 
realizada na Escola João Paulo I, situada à rua Cruz e Souza, 186, no Bairro 
Kalilândia. A Escola João Paulo I foi fundada no dia 05 de março de 1972. A 
diretora da Instituição Judinara Braz Mota de Carvalho e a coordenadora Norma 
Suely Melo Guimarães. Corpo Docente é composto por 14 professores e 15 
auxiliares de classe, e 7 funcionários. 
Na escola possui 15 salas e cada sala possui 5 banheiros em salas de 
aula, 2 para as crianças externo e 1 para adultos, 1 auditório, 1 cantina, 1 
biblioteca, 01 biblioteca, 01 laboratório de ciências, 40 salas de aulas, 02 salas 
de professores, 01 laboratório de informática, 01 auditório, 03 áreas de lazer com 
parquinhos e brinquedos pedagógicos, 01 quadra poliesportiva, 01 anfiteatro 
para pequenas apresentações, 01 lanchonete, 01 espaço gourmet, 01 cozinha 
experimental, 01 banco de areia, 01 fazendinha, 01 jardim sensorial. 
Os níveis de Modalidades de Ensino oferecidos é a Educação Infantil até 
o Ensino Fundamental II. A construção do P.P.P (Projeto Político Pedagógico) 
aconteceu na data 20 de julho 2019, construído pelo corpo docente da 
Instituição. Os números de alunos por série são: 
 Grupo 02- 28 alunos; 
 Grupo 03 – 79 alunos; 
 Grupo 04 – 85 alunos; 
 Grupo 05 – 69 alunos. 
Turno Matutino = 161 alunos e no Turno Vespertino: 98 alunos. Os 
projetos oferecidos pela instituição para os alunos são: 
 Cantinho da leitura; 
 Projeto Folclórico; 
 Projeto Festa Junina; 
 Projeto Meio Ambiente; 
 Projeto Conto de Fadas. 
A Gestão Escolar sempre promove treinamento com professores para o 
uso de recursos didáticos existentes na escola e trabalhos de campo que 
evidenciem as consequências de atividades indisciplinadas e/ou inflacionárias, 
observando as questões ambientais, através de caminhada pelo bairro. 
Existem também as reuniões com os pais para explicar sobre a 
aprendizagem do seu filho, as atividades que acontecem na escola, à 
participação do aluno nas aulas. As reuniões pedagógicas com os professores 
sempre acontecem na terça-feira. 
De acordo com Martinez (2007, p. 104): 
A compreensão da aprendizagem como um processo complexo e, 
consequentemente, singularizado da subjetividade humana, do espaço 
escolar como um sistema social complexo, assim como uma 
concepção social e não fatalista da deficiência e de outras 
características e condições das crianças devem orientar o conjunto de 
ações do profissional da psicologia no contexto escolar. 
 
A série observada é da educação infantil do Grupo 05 no turno vespertino, 
com a professora Neila Cruz de Cerqueira Assis. Durante o estágio na escola fiz 
uma sondagem sobre a direção, alunos e professores. 
Assim, do dia 10/03 à 14/04/2019, umas das atividades realizadas foram 
à observação da escola, com o objetivo de conhecer o campo docente, direção, 
instituição, alunos e fazer uma pesquisa documental em relação à escola. 
Durante o período de observação a educadora organizava a rodinha e fazia 
explicação das atividades e abordava o assunto que seria transmitido aos 
alunos, criava dinâmicas, iteração entre os alunos, questionava o tema 
abordando. Os alunos prestavam atenção na aula, e demostravam interesse em 
aprender. A organização da sala é de 6 cadeiras por mesas. A professora realiza 
dinâmicas para a interação do grupo na sala, para que os alunos participem e 
aprendam o assunto abordado. 
De acordo com Candeias (1994, p.475), 
[...] não são os métodos de ensino que fazem com que uma criança 
seja um ser ativo, a criança é em si um ser ativo? Será a própria 
significação que a criança consegue conferir àquilo que ouve, 
consequência de uma série de fatores, entre os quais se destaca a 
forma como o professor consegue estruturar e transmitir os conteúdos 
do ensino. 
 
No segundo momento da aula, a professora pediu que os alunos 
desenhassem numa folha de ofício os animais da atividade abordada sobre os 
animais. Em seguida a organização da rodinha e a realização das atividades e 
após o lanche na sala. No horário de 16h30min h a professora organizou os 
alunos para levar ao parque. 
Do dia 09, 10 e 15 de abril de 2019 deu início das 15:30: 00 ás 16h00min 
h: a entrevista com a professora, diretora da Instituição e auxiliares. A 
identificação do (a) professor (a): Nome: Neila Cruz de Cerqueira. Grupo: 05. 1 
Formação: Licenciatura em pedagogia; 2 Tragetória profissional: Leciono desde 
1998,quando concluir o mágistério pelo Instituto de Educação Gastão 
Guimarâes; 3 O que você entende por interdisciplinariedade?A 
interdisciplinariedade diz respeito ao processo de ligação de duas ou mais 
disciplina, ou seja, só acontece quando os conteúdos das disciplinas se 
relacionam para ampla compreensão de um tema estudado; 4 Na sua opinião o 
que significa uma prática pedagógica interdisciplinar? Significa que o professor 
em seu papel de mediador, necessita estar mais atento aos conteúdos 
envolvidos, caso haja necessidade com relação a dúvidas sobre um tema 
abordado é importante anteceder -se as pesquisas e parcerias com 
profissionais que possam dar suporte para sua mediação; 5 Como a prática 
interdisciplinar pode contribuir para aprendizagem dos estudantes? Trabalhar 
com temas integrados é uma proposta interessante, mas exige cuidados,pois é 
uma alternativa para integrar diferentes disciplinas e dar espaço para que alguns 
temas possam ser discutidos de maneira mais completa,mas, não fica claro o 
que os alunos aprenderam em cada uma das disciplinas.Por isso, é preciso olhar 
com atenção como a proposta está sendo construída, quais temas serão 
envolvidos e o que vai ser de fato ensinado aos estudantes. No segmento da 
Educação Infantil o trabalho com a interdisciplinariedade é muito mais comum , 
sendo natural desenvolver as discursões mediante as ações, o convívio, os 
encaminhamentos de acordo a Base Nacional Comum Curricular; 6 Você já 
trabalhou com algum projeto interdisciplinar? Sim. Na verdade, um tema ,que foi 
relevante as várias disciplinas. Trabalhos integrados que foram propostos e 
organizados com objetivos relativos a mais de uma área , onde, essa articulação 
ajudou no desenvolvimento da aprendizagem; 7 Quais projetos oferecidos no 
G5? O grupo 5 tem como suporte didático o material do Sistema Positivo de 
Ensino, um material de acordo a BNCC, que integra temas (projetos) de acordo 
as expectativas de aprendizagem para o desenvolvimento de cada faixa 
etária.Sendo assim, um suporte facilitador que traz projetos incluídos em todo 
material. 
O campo da educação infantil vive um intenso processo de revisão de 
concepções sobre educação de crianças, na observação durante estes dois dias, 
foram de suma importância para o nosso ensino e aprendizado. Segundo Dantas 
(1995, p.105) “Saber mais sobre o significado das experiências vividas no início 
da escolaridade para o processo de desenvolvimento infantil, bem como para a 
continuidade da vida escolar, representa a possibilidade de contribuir na 
construção de propostas que permitam acolher as crianças para melhor atender 
suas necessidades, facilitando-lhes estabelecer interações mais produtivas com 
esse novo contexto”. Com isso, podemos perceber a forma que a criança, 
principalmente, da educação infantil é tratada nesse ambiente educacional. 
As crianças chegam à sala e colocam suas mochilas na área externa da 
sala e sentam-se na roda para descrever como foi seu dia. De acordo com 
Vygotsky (1991, p.212), “o ato de brincar é muito importante para o 
desenvolvimento integral da criança”. Portanto, as crianças se relacionam de 
várias formas com significados e valores inscritos nos brinquedos, ou seja, nas 
brincadeiras, as crianças dá o novo significado para sua vida e suas emoções, 
logo, este momento poderia ser mais lúdico, construtivo e enriquecido, com 
atividades que envolvia o contrato de convivência, no primeiro dia, iniciarmos a 
aula elaborando o contrato de convivência com os alunos, estabelecendo regras 
para a classe. 
No último dia, de estágio na educação infantil, existia uma sensação de 
dever cumprido, com êxito, pois, houve muita aprendizagem para ambos tanto 
para os alunos como para a estagiária. A parceira de cada criança em todas as 
brincadeiras. 
Por fim, durante este momento foi de suma importância para o 
aprendizado, pude vivência as teorias de Piaget, Wallon e Vygotsky na prática, 
dessa forma, sair do ambiente da sala de aula da Faculdade e partir para a 
prática, com isso, perceber a importância da educação infantil na vida dessas 
crianças, que necessitam ter uma aprendizagem significativa para a sua carreira 
escolar, enfim, o educador tem a responsabilidade de conhecer o aluno, e juntos 
construir o ambiente produtivo, com estratégias que promovam respeito, 
cooperação, amor e solidariedade pelo outro. 
 
4. IMPRESSÕES DO ESTÁGIO 
 
 Através do estágio supervisionado realizado na ecola foi compreensível a 
importância do reconhecimento de estratégias que favoreçam aprendizagem 
dos alunos. O que mais me encantou na instituição foi perceber a criança como 
sujeito ativo durante o processo de formação, conhecer o espaço, osprofessores, 
os alunos que são muitos carinhosos, a participação, porém, alguns tinham certa 
dificuldade em compartilhar o material escolar com os colegas e outros não eram 
muitos cuidadosos. Enfim, a experiência no estágio foi fantástica porque 
aproxima o aluno da prática pedagógica proporcionando-lhe a oportunidade de 
aprender entre a teoria e a pratica. 
A educação pode mudar a vida as gerações só dependem de o educador 
trazer novidades para o ambiente escolar, brincadeiras, jogos pedagógicos, 
assim, o sucesso dos alunos é um grande desafio nas escolas, porém se existir 
um esforço, uma convicção de que todos podem aprender apesar de suas 
peculiaridades na educação, poderemos fazer e ser a diferença para a 
educação. 
 
 
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