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A RELAÇÃO ENTRE FAMÍLIA E ESCOLA NO DESENVOLVIMENTO DO ALUNO
Luiza Vinotti Moreira 
Tutor: Adriana de Freitas
RESUMO 
Esta é uma pesquisa que surgiu da seguinte indagação: Qual a importância do bom relacionamento entre família e escola para o desenvolvimento do aluno. Justifica-se a relevância do tema tendo em vista que a participação da família e o bom convívio com a escola é muito importante para o desenvolvimento do aluno. Os objetivos da pesquisa são: identificar qual o papel do professor para o desenvolvimento do aluno; identificar o papel da escola na construção do aluno; indicar como a família pode contribuir para o desenvolvimento do aluno na escola. A pesquisa é do tipo bibliográfica.. Tento como técnico de pesquisa referências bibliográficas como artigos científicos para enriquecer embasamento teórico. Ao final concluiu-se que diante das pesquisas realizadas a participação da família e o bom relacionamento com a escola é indispensável para o desenvolvimento do aluno dentro do ambiente escolar e como cidadão. 
Palavras-chave: escola, família, desenvolvimento.
INTRODUÇÃO 
Esta é uma pesquisa que surgiu da seguinte indagação: Qual a importância do bom relacionamento entre família e escola para o desenvolvimento do aluno. Justifica-se a relevância do tema tendo em vista que a participação da família e o bom convívio com a escola é muito importante para o desenvolvimento do aluno. Os objetivos da pesquisa são: identificar qual o papel do professor para o desenvolvimento do aluno; identificar o papel da escola na construção do aluno; indicar como a família pode contribuir para o desenvolvimento do aluno na escola. O presente trabalho tem por finalidade colaborar com a discussão e reflexão sobre a necessidade do bom relacionamento entre a família e a escola para um melhor desempenho escolar das crianças.
A escola e a família vem passando por algumas mudanças ao longo da história. Essas mudanças acabam interferindo na estrutura familiar e na dinâmica escolar. Uma dessas mudanças é o fato de pais, mães e/ou responsáveis transferirem para a escola algumas responsabilidades que deveriam ser suas, por terem que trabalhar para ajudar no sustento da casa. As mudanças na família além de afetar a sociedade como um todo, afetam também a educação dos filhos refletindo sobre as atividades desenvolvidas pela escola.
Para Polonia e Dessen, (2005, p.304) no que se diz respeito aos pais, a socialização da criança é um de seus principais papéis, é através do ensino da língua materna que seus filhos serão inclusos no mundo cultural; na convivência em grupo conhecendo símbolos e regras; e na educação geral com a participação da escola. Porém, ao passo que evolui, a sociedade transfere paulatinamente a responsabilidade de educar da família para o estado. A escola acaba tomando para si, mesmo que involuntariamente, a responsabilidade de educar de maneira totalitária seus alunos sem a participação da família. Para Bógus (2007, p.501), a mãe que por falta de renda, ou por trabalhar fora de casa, não tem disponibilidade de cuidar de seu filho, transfere os cuidados de saúde e educação para os profissionais da creche.
A família representa um dos primeiros ambientes no qual o indivíduo começa sua vida em sociedade. Junto com outras instituições, como a escola, por exemplo, a família tem condições de garantir aos seus filhos melhores condições de desenvolvimento em todas as áreas de sua vida. É através da família que as crianças, adolescentes e jovens recebem instruções básicas de relacionamentos psicossociais e se inspiram em influencias socioculturais. Desta forma, é responsabilidade da família a transmissão de normas, ética, valores, ideais, e crenças que marcam a sociedade. 
Para Diogo (1998):
A família, espaço educativo por excelência, é vulgarmente considerada o núcleo central do desenvolvimento moral, cognitivo e afetivo, no qual se “criam” e “educam” as crianças, ao proporcionar os contextos educativos indispensáveis para cimentar a tarefa de construção de uma existência própria. Lugar em que as pessoas se encontram e convivem, a família é também o espaço histórico e simbólico do qual se desenvolve a divisão do trabalho, dos espaços, das competências, dos valores, dos destinos pessoais de homens e mulheres. A família revela-se, portanto, um espaço privilegiado de construção social da realidade em que, através das relações entre os seus membros, os factos do quotidiano individual recebem o seu significado. (p.37)
No campo da educação brasileira, temos observado a dificuldade encontrada pelos professores e demais profissionais de escolas estabelecerem parceria entre o espaço escolar e a família dos alunos. Podemos observar que a maioria dos educadores reclamam da pouca ou nenhuma demonstração de interesse da família em participar do dia-a-dia escolar do filhos. Torna-se, assim, um espaço profícuo de estudo, a fim de se verificar o porquê desta falta de participação tão importante na escola.
MARCHESI (2004) nos diz que a educação não é uma tarefa que a escola possa realizar sozinha sem a cooperação de outras instituições e, como podemos ver, a família é a instituição que mais perto se encontra da escola.
O trabalho de pesquisa foi dividido em 3 subitens. O primeiro trata da identidade do papel do educador na escola; o segundo apresenta contribuição da escola no desenvolvimento dos alunos e o terceiro aborda sobre a importância da família para o desenvolvimento do aluno. 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
1º O PAPEL DO EDUCADOR NO DESENVILVIMENTO DO ALUNO. 
Sabemos que o papel do professor é fundamental dentro da escola e se reflete em toda a sociedade, pois ele é de extrema importância na formação de um cidadão. As crianças buscam alguém para servir como modelos, e seus únicos exemplos são os pais, os professores e amizades encontras no ambiente escolar. O professor é quem orienta seus alunos no primeiro contato com a escola. É ele quem facilita o acesso de informações e dados para que a construção da aprendizagem seja completa desde os primeiros anos na escola.
Pimenta (2012, p. 14) afirma aponta que: 
É nesse contexto complexo que se faz necessário ressignificar a identidade do professor. O ensino, atividade característica dele, é uma prática social complexa, carregada de conflitos de valor e que exige posturas éticas e políticas. Ser professor requer saberes e conhecimentos científicos, pedagógicos, educacionais, sensibilidade, indagação teórica e criatividade para encarar as situações ambíguas, incertas, conflituosas e, por vezes, violentas, presentes nos contextos escolares e não escolares. É da natureza da atividade docente proceder à mediação reflexiva e crítica entre as transformações sociais concretas e a formação humana dos alunos, questionando os modos de pensar, sentir, agir e de produzir e distribuir conhecimentos.
Engana-se quem pensa que o papel do professor é apenas ensinar. Ele também, é um dos responsáveis por estimular as atitudes respeitosas das crianças, ensina o aluno a respeitar os colegas da sala, a ser educado com as pessoas mais velhas, entre outros. O educador é responsável por oferecer às crianças experiências que auxiliam a desenvolver suas capacidades cognitivas, como atenção, memória, e o bem estar em um ambiente cheio de pessoas. O professor precisa desenvolver estratégias e comportamentos para ganhar atenção dos alunos e favorecer a melhor aceitação e desenvolvimento da criança no ambiente escolar. 
Entendemos, assim, que o caráter de professor está além das paredes da escola, das abordagens técnicas e metodológicas das práticas educativas, e exige saberes amplos que estão além do saber ensinar. É indispensável que o docente esteja atento quanto as suas percepções no seu trabalho diário. Nóvoa (1995, p.14), enfatiza que a “maneira de ensinar evolui com o tempo e com as mudanças sociais”. 
Conhecer o aluno e ter consciência do que imagina com sua ação é imprescindível na atividade docente. Freire (1996, p. 145) comenta que a educação não pode ser compreendida “como uma experiênciafria, sem alma, em que os sentimentos e as emoções, os desejos, os sonhos devessem ser reprimidos”. Ao contrário, estes elementos tão essenciais, devem ser extravasados.
2 O PAPEL DA ESCOLA NO DESENVOLVIMENTO DO ALUNO 
A escola existe com a finalidade de inserir as crianças em um círculo, onde ela irá conhecer estranhos, obedecer às regras e criar uma rotina. Além disso, um dos objetivos mais importantes da escola é transferir o conhecimento às pessoas e passar os conceitos básicos da vida em sociedade.
O Papel da escola é atuar na formação moral dos alunos, promovendo o desenvolvimento do mesmo como cidadão. A escola é o lugar onde a criança encontrará os meios de se preparar para realizar seus projetos de vida, por esse motivo a qualidade de ensino é necessária tanto na sua formação intelectual quanto moral, sem formação de qualidade a criança poderá ver seus projetos frustrados no futuro. Além disso, o papel da escola é fazer o indivíduo compreender o significado dos conceitos das normas e valores, se esforçar para torna-los visíveis, assimilar os valores no seu comportamento ao conscientizá-los na sua relação com os outros alunos. 
Os professores e toda a comunidade escolar, são transmissores de normas e valores que guiam e preparam o aluno para viver coletividade. Assim, é importante que as questões de vida em sociedade faça parte da organização curricular, levando a ética ao centro de reflexão e do exercício da cidadania.
A escola é um lugar de múltiplas escolhas, de novidades e de vários projetos acontecendo ao mesmo tempo. Tudo isso contribui para que os alunos possam ser felizes e realizar verdadeiramente seu papel de aprendiz.
3 A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA PARA O DESENVOLVIMENTO DO ALUNO
Quando falamos em educação de crianças, podemos identificar duas instituições de extrema importância nesse processo: família e escola, com um objetivo único de conduzir a criança corretamente para que se torne um adulto responsável com futuro próspero. A educação, dever da família, tem como objetivo o pleno desenvolvimento do indivíduo, seu preparo como cidadão e sua qualificação para o trabalho. Sendo assim, a família tem papel de extrema importância na aprendizagem da criança, pois está fortemente ligada ao papel da escola. A família e a escola formam uma equipe. É fundamental que elas sigam os mesmos princípios e critérios, e a mesma direção em relação aos objetivos que desejam atingir.
A família tem se modificado através da história, mas continua sendo um meio de vínculos afetivos onde se dá todo o processo de humanização do indivíduo. Um ambiente familiar estável e afetivo possivelmente contribui de forma positiva para o bom desempenho escolar da criança. Um lar deficiente, mal estruturado social, tende a favorecer o mau desempenho escolar das crianças. Percebe-se que quando algo não vai bem ao ambiente familiar, o escolar será também de certa forma afetado. Nota-se que a grande maioria das dificuldades apresentadas pelas crianças é proveniente de problemas familiares. 
A família é a base para que o indivíduo construa uma boa estrutura social, pois é dentro do ambiente familiar que a criança tem os primeiros relacionamentos, que depois incluirá a escola e por fim a sociedade. A participação da família na vida da criança é de extrema importância, é ela que servirá de modelo de relacionamentos para que, mais tarde, ela se relacione com outras pessoas.
Não é papel da escola a tarefa básica de educar, mas sim à família, é ela que deve proporcionar as noções de limites e respeito, para que a criança possa desenvolver os valores morais e comportamentais básicos. A noção do certo e errado desenvolverá o autocontrole para que a criança possa ter um bom convívio em sociedade. 
A participação dos pais na vida da criança e na escola é essencial, pois torna o processo de aprendizagem uma extensão daquilo que se iniciou em seu convívio familiar. Com a participação dos pais no processo de ensino aprendizagem, a criança fica mais confiante, uma vez que percebe que todos se interessam por ela, e também porque passam a conhecer quais são as dificuldades e quais os conhecimentos que ela tem.
O ideal é que família e escola tracem as mesmas metas de forma simultânea, passando ao aluno uma segurança na aprendizagem de forma que venha criar cidadãos críticos capazes de enfrentar a complexidade de situações que surgem na sociedade.
Figura 1 - Como a comunicação entre pais e escola pode ser transformada completamente com um aplicativo escolar.
 
 Fonte: Andre Lucas, 2019 
Disponível em: <https://blog.agoapp.com.br/comunicacao-pais-escola-app-escolar/>Acesso em: 12 abril. 2020.
A imagem acima apresenta uma conversa entre aluno, pais e professor, o que representa a união e a boa comunicação entre a escola e a família, o que é extrema importância para a construção e desenvolvimento do aluno. 
MATERIAIS E MÉTODOS
O presente estudo caracterizou-se como sendo do tipo exploratória. Como instrumentos de pesquisa foram utilizados artigos científicos. Segundo Prodanov e Freitas (2013) “pesquisa exploratória tem como finalidade proporcionar mais informações sobre o assunto que vamos investigar, possibilitando sua definição e seu delineamento, isto é, facilitar a delimitação do tema da pesquisa; orientar a fixação dos objetivos e a formulação das hipóteses ou descobrir um novo tipo de enfoque para o assunto. Assume, em geral, as formas de pesquisa bibliográficas e estudos de caso.”
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A pesquisa apresenta uma compreensão do papel da união da família e escola no intuito de melhorar o ensino aprendizagem do aluno e como contribuir na sua transformação.
Junto à família, a criança vivencia experiências e inicia seu processo de aprendizagem e desenvolvimento, principalmente quanto à ética e à moral. 
A escola e a família tem papeis diferentes em relação ao desenvolvimento da criança, mas tanto a escola como a família representam parcelas significantes quando se trata de como esta criança se transformará ou em quem ela se transformará em consequência da relação entre a escola e família. 
A família possui papel decisivo na educação formal e informal, pois, além de refletir os problemas da sociedade, absorve valores éticos e humanitários e aprofunda os laços de solidariedade. Assim, é indispensável à participação da família na vida escolar dos filhos, pois crianças que percebem que seus pais e/ou responsáveis estão acompanhando de perto tudo o que está acontecendo, que estão verificando o rendimento escolar, perguntando como foram as aulas, questionando as tarefas, etc, tendem a se sentir mais segura e, em consequência dessas atitudes por parte da família, apresentam melhor desempenho nas atividades escolares.
5. CONCLUSÃO
Diante das pesquisas realizadas concluo que é muito importante que a família esteja em harmonia com a escola, uma vez que a relação harmoniosa enriquecerá e facilitará o desempenho educacional das crianças. O papel dos pais, portanto, é dar continuidade ao trabalho da escola, criando condições para que seus filhos tenham sucesso tanto na sala de aula como na vida.
Cubero (1995. p. 253) afirma que:
A escola é junto com a família, a instituição social que maiores repercussões têm para a criança. Tanto nos fins explícitos que persegue expressos no currículo acadêmico, como em outros não planejados, a escola será determinante para o desenvolvimento cognitivo e social da criança e, portanto, para o curso posterior da vida.
Podemos perceber nessa pesquisa o quanto é importante e benéfica à relação Família/Escola no desenvolvimento da criança. Tanto a família quanto a escola são referenciais para que aja um bom desempenho escolar, portanto, quanto melhor for o relacionamento entre estas duas instituições mais positivo será esse desempenho. Todavia, a participação da família na educação formal dos filhos precisa ser constante e consciente, pois vida familiar e vida escolar se complementam. 
REFERÊNCIAS 
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CUBERO, R. Relações sociais nos anos escolares: família, escola, companheiros. In; COLL, C. Desenvolvimento psicológico e educação. V. 1. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à pratica educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
NÓVOA, A. Os professores e a sua formação. 2. ed. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional, 1995.
 ZAGURY, Tânia. O professor refém: para pais e professores entenderem por que fracassa a educação no Brasil. Rio de Janeiro, Record: 2006.
POLONIA, Ana da Costa; DESSEN, Maria Auxiliadora. Em busca de uma compreensão das relações entre família escola. Psicologia escolar e Educação, 2005, vol.9, n.2, p. 303-312, 2005. Disponível em: 
POLONIA, Ana da Costa; DESSEN, Maria Auxiliadora. Em busca de uma compreensão das relações entre família escola. Psicologia escolar e Educação, 2005,vol.9,n.2,p.303-312,2005.Disponívelem: <http://www.scielo.br/pdf/pee/v9n2/v9n2a12.pdf>. Acesso em: 12 Abril.2020.
PIMENTA, Selma Garrido. O Pedagogo na Escola Pública. São Paulo: Loyola, 1991.