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ORDENS RELIGIOSAS NA PARAÍBA OS JESUÍTAS Acompanhando Martim Leitão nos últimos momentos da conquista são os primeiros sacerdotes católicos a pisarem no solo paraibano. Eles estão presentes na “certidão de batismo” da Paraíba, o “Sumário das Armas” – documento oficial que relata os primeiros episódios deste território. Esses missionários da Companhia de Jesus, criada em 1540, como instrumento da Contra-Reforma Católica, por Inácio de Loyola, instalou-se primeiramente no Passeio Geral (atual Ilha do Bispo), devido à proximidade com a aldeia tabajara do cacique Piragibe. Estes deveriam ser aculturados através da catequese jesuíta. E, às margens do Sanhauá construíram a capela de São Gonçalo, no Varadouro. Essa ordem católica não era muito bem vista pelos capitães-mores paraibanos, uma vez que sempre colocavam em discordâncias as importâncias temporais e espirituais. Isso porque por muitas vezes os tabajaras eram força necessária para evitar o ainda constante incômodo potiguara e os padres jesuítas que pregavam a paz e o perdão dificultava a arregimentação. Passaram ainda por grande dificuldade porque em 1593, durante a União Ibérica, por imposição real espanhola chega um grupo (franciscano) responsável pela plena expulsão dos inacianos. Com seu retorno em 1708, os jesuítas, através do Padre Malagrida, fundou um colégio, onde ensinava-se Filosofia, Letras e Latim. Ao lado nasce o Seminário e a Igreja da Conceição. A expulsão definitiva dos jesuítas do território paraibano, assim como de todo o Brasil, só ocorre em 1760, por ordem do 1º ministro do rei D. José I, o Marquês de Pombal. Ainda hoje, no Palácio da Redenção, edificado nas estruturas primordiais do grande convento jesuíta, estão guardados os bens dos mesmos. OS FRANCISCANOS Frutuoso Barbosa, segundo capitão-mor da Paraíba, não considerava que os jesuítas se apresentavam em número suficiente para as missões indígenas, por isso convidou os franciscanos para ajudarem na obra da catequese. Obviamente, os jesuítas sentiram-se agredidos e consequentemente procuram dificultar as atitudes franciscanas. Fixaram-se, principalmente nas aldeias do Pássaro, Praias, Mangue, Almaga e Joanne. Posteriormente, construíram o primeiro convento Santo Antônio (onde funcionou o Colégio estadual do Roger) e a igreja de São Francisco (construção interrompida durante a dominação holandesa) que só foi concluída em 1799. Os franciscanos procuraram apoiar os paraibanos (portugueses e tabajaras) contra as ameaças potiguaras. Mas, geralmente, não pegavam em armas. Apenas serviam de amparo espiritual e material de encorajamento nas batalhas. OS BENEDITINOS Feliciano Coelho, em 1599, solicitou a vinda da ordem beneditina para auxílio na catequese, devido à saída dos jesuítas em 1593. O terreno doado estava no cenário perfeito para uma ordem contemplativa como a beneditina. Uma vista para a várzea do Paraíba e o belo pôr do sol. Passo a passo o Convento de São bento ia sendo construído, pedra por pedra. Paralisando as atividades durante a dominação holandesa, porque todos os missionários foram perseguidos. Em 1666, é encerrada a construção. Ainda hoje, para um público muito seleto, é apresentado o famoso Canto Gregoriano. Já funcionou como instalação de cursos da faculdade UNIPE. Hoje é simplesmente conhecida como o “Calvário”. OS CARMELITAS Chegados em 1591, também contribuíram na catequização dos índios. Construíram vários templos, como a Igreja de Nossa senhora da Guia, na margem esquerda do rio Paraíba; o Convento do Carmo (hoje Palácio do Bispo) e ao lado, a Igreja da ordem Terceira. A história da ordem dos Carmelitas está incompleta porque durante a invasão holandesa, os missionários enterraram os documentos e após a expulsão dos invasores, quando tudo voltou ao normal, esses documentos estavam danificados. Não se sabe ao certo se foi mera coincidência ou proposital, mas as edificações abaixo formam um desenho de uma cruz. - O Convento de São Francisco, ao norte; - O Convento e Colégio dos Jesuítas, ao sul; - Mosteiro de São bento, a oeste; - Convento do Carmo, a leste. Referência – Terezinha pordeus
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