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Relações étnico-raciais e responsabilidade social (1)

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Relações étnico-raciais e 
responsabilidade social
Mirian Aparecida Micarelli Struett
SOBRE A FACULDADE
A Faculdade Cidade Verde (FCV) nasceu de um sonho, de um projeto de vida 
de professores universitários que compartilhavam de um mesmo desejo, o de 
produzir e difundir o conhecimento ao maior número de pessoas, com o intuito de 
formar profi ssionais aptos a atuarem no mundo dos negócios. E assim, unidos por 
este propósito transformador, constituíram a FCV por meio da União Maringaense 
de Ensino Ltda (UME).
2005 - O Diário Ofi cial da União (DOU) ofi cializou o projeto com a publicação 
dos dois primeiros cursos: Administração e Ciências Contábeis. O sonho tomava 
forma, novos apoiadores vieram e os primeiros alunos, ao todo eram 35. Ainda 
em 2005, o grupo alçava mais um passo com a implantação dos cursos de pós-
graduação latu-sensu, nas áreas de Gestão e Contabilidade.
2006 - mais uma conquista com a autorização do curso de Ciências Econômi-
cas. A esta altura, o sonho já não cabia no pequeno espaço, e fez-se necessário 
melhorar a estrutura física.
2008 - Iniciou-se uma pesquisa de mercado com intuito de buscar um novo 
local, com facilidade de transporte e segurança.
2009 - O crescimento do novo centro de Maringá, a FCV inicia o seu processo 
de mudança para a Avenida Horácio Raccanello Filho, 5950.
2010 - Ocorreu a mudança para o atual endereço da instituição, ano em que 
houve também a autorização dos cursos tecnólogos em Análise e Desenvolvimen-
to de Sistemas, Gestão Comercial e Gestão da Produção Industrial.
2011 - Direito passa a integrar o complexo de cursos e atividades que daria 
base ao desenvolvimento da FCV.
2014 - Em parceria com os Institutos Lactec, a FCV traz para Maringá o Mestrado 
Profissional em Desenvolvimento de Tecnologia.
2015 - Mais dois novos cursos passam a integrar a oferta de cursos superiores, os 
Tecnólogos em Gestão de Recursos Humanos e Tecnólogo em Marketing. De lá pra cá, 
foram muitas as lutas para garantir a qualidade de ensino e inovação.
2016 - As novas conquistas: os cursos de Psicologia e Design Gráfico.
2017 - Lançamento de oito cursos de Graduação e mais de oitenta cursos de Pós-
Graduação à distância nas áreas de Educação, Gestão, Direito e Informática. 
Hoje, a FCV é reconhecida como um importante centro de produção e difusão de 
conhecimento com mais de vinte cursos de pós-graduação e onze de graduação presen-
ciais, lançando os cursos de Graduação e Pós-Graduação à distância, tendo como foco 
a manutenção dos mesmos padrões de qualidade apresentados nos cursos presenciais. 
As instalações atuais da sede estão distribuídas em mais de dez mil metros quadrados, 
comportando seus diversos departamentos administrativos; biblioteca (com acervo de 
dezoito mil livros); cinco laboratórios de informática, um de anatomia, uma brinquedote-
ca, trinta e quatro salas de aula, Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ), salas de professores 
e de apoio pedagógico, duas cantinas e área de laser. No tocante à qualificação dos 
professores, a FCV conta com mais de 90% do seu corpo docente composto por mestres 
e doutores. Essa é a FCV de hoje, uma faculdade de negócios preocupada em formar 
cidadãos éticos, contribuindo para o desenvolvimento social, buscando resultados susten-
táveis através do ensino presencial e a distância.
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Relações 
étnico-raciais e 
responsabilidade 
social
Mirian Aparecida Micarelli Struett
Caro(a) acadêmico(a), é com muita satisfação que apresento a você o 
livro que fará parte da disciplina Relações Étnico-Raciais e Responsabili-
dade Social. A literatura é vasta, porém, não conclusiva, quando o assunto 
é relacionamento multicultural e responsabilidade social. Desta forma, se-
lecionei as melhores referências na área para que estadisciplina venha a 
somar ainda mais conhecimento ao que você notadamente já possui. 
Sou a professora Mirian, minha formação é em Administração, tanto na 
graduação quanto no Mestrado, na área de Gestão de Negócios e pós-gra-
duação em Tecnologias da Educação a Distância. Sou funcionária pública, 
docente na área de Sustentabilidade e Responsabilidade Social e pesquisa-
dora na área de Gestão Organizacional, por isso acredito poder contribuir 
para a discussão sobre esse importante tema.
O objetivo principal desta signifi cativa disciplina é oportunizar as prin-
cipais discussões acerca do tema proposto, apresentando historicamente, 
alguns elementos importantes sobre as organizações em sociedade, as re-
lações do capital-trabalho, desenvolvimento sustentável e responsabilidade 
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social e as relações étnico-raciais, apontando quais foram e serão os próxi-
mos desafi os em seu campo de atuação. 
Deste modo, o livro foi organizado pensando em você, prezado(a) estu-
dante, e para tanto, será necessário também muito empenho da sua parte 
para que a concretização desse trabalho tenha bons frutos. Por isso, no 
decorrer de suas leituras, procure interagir com os textos, fazer anotações, 
responder as atividades de autoestudo, anotar suas dúvidas, ver as indica-
ções de leitura e realizar novas pesquisas sobre os assuntos tratados, pois 
não foi intento desta pesquisadora, esgotar todo o assunto neste livro.
Para nortear vosso trabalho, na primeira unidade deste livro, você terá 
uma visão geral sobre as “Organizações em sociedade”, em seguida, na 
segunda unidade, você se familiarizará com o tema “Responsabilidade 
social e sustentabilidade” e por fi m, na terceira e última unidade, com-
preenderá como é importante e fundamental o relacionamento multicultural 
nas organizações e sociedade, a partir do tema “Relações Étnico-raciais”, 
um dos principais desafi os para a sociedade atual.
Uma vez norteado vosso caminho, seguem as etapas que você 
trilhará!
Na primeira unidade, você refl etirá sobre a evolução do pensamento 
sobre o trabalho, quais são as formas de poder e dominação nas organiza-
ções, como está a relação entre o capital-trabalho desde os primórdios até 
os dias atuais nas organizações e na sociedade. A seguir, será apresenta-
do a você, como as inovações e perspectivas nas relações do trabalho e 
organizações, e principalmente como a sociedade tem se comportado no 
contexto socioambiental. 
Neste contexto bastante atual, prezado(a) estudante, você compreen-
derá como as transformações mundiais, contemplando aqui, nesta unidade, 
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Oas questões socioambientais que levam às reestruturações na sociedade, 
infl uenciando a morfologia da organização e das relações de produção e 
processos de trabalho. Esta unidade é fundamental para que você compre-
enda o porquê e como as atividades organizacionais impactam na qualida-
de de vida da sociedade e servirá de base para você compreender como o 
desenvolvimento econômico levou as organizações a se tornarem agentes 
de transformação na busca pela sustentabilidade socioambiental a partir do 
uso da ferramenta da responsabilidade social.
Na segunda unidade será apresentado como a sociedade – há algu-
mas décadas – discute sobre o desenvolvimento sustentável do planeta, 
chamando a atenção para a busca de soluções sustentáveis em nossa atu-
ação enquanto indivíduos e organizações. Como você perceberá, há ainda 
muitas resistências por parte dos gestores organizacionais ao uso da fer-
ramenta da responsabilidade social que culminam também em graus de 
envolvimento maiores ou menores de sensibilidade social. Há, entretanto, 
diversas organizações – como será demonstrado – que preocupados com 
sua imagem, atuam com responsabilidade social, utilizando também outros 
instrumentos importantes como o Balanço Social, buscando demonstrar a 
sociedade que não somente se preocupam com a dimensão econômica, 
mas também com as dimensões socioambientais.
Desta forma, essas organizações utilizam modelos que se traduzem em 
responsabilidade social empresarial a partir do uso do Triple Botton Line e 
realizando uma gestão que se traduz em ética e governança corporativa. 
Compreenderá também, como as organizações e as sociedades têm atuado 
no contexto da Sustentabilidade econômica, social e ambiental, buscando 
a sua própria sobrevivência organizacional, porém, corroborando com as 
dimensões socioambientais.
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A terceira unidade será de fato muito importante, pois tratará de con-
ceitos sobre etnicidade, racismo, diversidade, ações afi rmativas, políticas 
de compensação e reparação, envolvendo uma discussão sobre os proces-
sos produtivos, as ações das empresas e das pessoas e suas relações no 
processo de desigualdade e exclusão social, bem como se fundamentam 
essas relações também dentro do sistema capitalista. Nosso objetivo aqui é 
o de entender o papel das empresas e da sociedade e suas relações mul-
ticulturais e étnico-raciais, delimitando os mais relevantes no momento, e 
que ensejam nossa atenção, como as relacionadas às desigualdades sociais 
e econômicas. 
Como pôde perceber por esta apresentação, prezado(a) estudante, há 
um longo caminho para o seu processo de aprendizado! Por isso, “ouse ler 
e refl etir” sobre este assunto e instigue sua curiosidade, explore este livro 
atentamente! De agora em diante é com você! Lembrando que, 
“A persistência é o menor caminho do êxito”
Charles Chaplin
Portanto, desejo a você, 
uma “ótima leitura” com “excelentes intervalos de refl exão”!.
Professora Me. Mirian Aparecida Micarelli Struett
S
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UNIDADE 1: ORGANIZAÇÕES E SOCIEDADE 11
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 13
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ............................................................ 24
PODER E DOMINAÇÃO NA SOCIEDADE E NO TRABALHO ......................................... 33
INOVAÇÕES E PERSPECTIVAS NAS RELAÇÕES DE TRABALHO E ORGANIZAÇÕES .... 44
A SOCIEDADE GLOBAL E AS QUESTÕES SOCIOAMBIENTAIS .................................... 51
UNIDADE 2: RESPONSABILIDADE SOCIAL E 
SUSTENTABILIDADE 67
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 69
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, RESPONSABILIDADE SOCIAL E SUSTENTABILIDADE ...... 70
DILEMAS ACERCA DA RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL .................................... 81
BALANÇO SOCIAL E OS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE ............................... 94
TRIPLE BOTTOM LINE E 3 P’S (PROFIT, PEOPLE AND PLANET) ................................ 107
UNIDADE 3: RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS 127
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 129
ETNICIDADE ........................................................................................................... 130
O MITO DA DEMOCRACIA RACIAL .......................................................................... 153
CONSCIÊNCIA POLÍTICA, DIVERSIDADE E AÇÕES AFIRMATIVAS ............................... 158
POLÍTICAS DE REPARAÇÕES E DE RECONHECIMENTO NAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS ....170
Organizações e Sociedade 
UNIDADE 1
ObjEtIvOS DE AprENDIzAgEm
•	 Compreender como se deu a evolução do pensamento sobre o 
trabalho.
•	 Discutir as formas de organização do trabalho em contexto.
•	 Entender o significado e as formas de poder e dominação na 
sociedade e nas organizações.
•	 Verificar as inovações e perspectivas nas relações de trabalho e 
organizações.
•	 Compreender como a sociedade global tem tratado as questões 
socioambientais no cotidiano organizacional.
plANO DE EStUDO
Serão abordados os seguintes tópicos:
•	 A evolução do pensamento sobre o trabalho.
•	 Formas de organização do trabalho.
•	 Poder e dominação na sociedade e nas organizações.
•	 Inovações e Perspectivas nas relações de trabalho e 
organizações.
•	 A sociedade global e as questões socioambientais.
Mirian Aparecida Micarelli Struett
13
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
INTRODUÇÃO
Prezado(a) estudante!
Você já pensou sobre a influência do trabalho na qualidade de vida humana? E sobre o 
impacto que as organizações ao longo dos anos têm realizado na sociedade?
Para compreender essa relação tão importante entre o trabalho nas organizações e na 
sociedade, faz-se mister compreender como foi a evolução do pensamento sobre o 
trabalho, quais são as formas de poder e dominação nas organizações, como se orga-
nizou o trabalho desde os primórdios até os dias atuais. A partir da discussão sobre as 
inovações e perspectivas nas relações do trabalho e organizações, bem como entender 
como a sociedade, principalmente, as organizações têm se comportado no contexto das 
questões socioambientais, podemos inferir sobre qual deve ser a próxima etapa para a 
atuação do trabalhador e das organizações em sociedade.
Como você irá perceber nessa unidade, caro(a) aluno(a), a relação trabalho e organização 
são compreendidas como um processo de interação entre homem e natureza e seu prin-
cipal objetivo vai além da criação do valor e de uso e transforma suas relações ao longo 
dos últimos anos. Ademais, implicam também em relações de conflitos de interesses que 
podem ser resolvidos ou atenuados por meio do poder que as organizações em socie-
dade impõem aos trabalhadores.
14
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
Em um contexto bastante atual, prezado(a) estudante, você compreenderá como as 
transformações mundiais levam às reestruturações e como as inovações pelas quais a 
sociedade tem passado são variadas e influenciam a forma de organização e funciona-
mento das relações de produção e processos de trabalho. Essas mutações no mundo 
do trabalho, e o momento pela qual a sociedade global está passando, trazem uma nova 
morfologia ao trabalho, levando ainda mais a precarização do trabalhador. Como condi-
ção sine qua non, é preciso compreender que a garantia de qualidade de vida e a própria 
existência humana dependem da consciência socioambiental da sociedade como um 
todo, envolvendo vários atores, na qual as organizações têm papel fundamental.
Bons estudos nessa unidade!
A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO SOBRE O TRABALHO
Etimologicamente a palavra trabalho significa tortura. O termo vem do latim tripalium. 
“Ao tripalium, onde os prisioneiros são torturados”. De maneira geral, é o ato ou efeito de 
trabalhar, seja por exercício, físico ou mental/intelectual (FERREIRA, 2010).
Você já parou para pensar o trabalho realizado por você? 
15
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
Como se sente ao final do dia? 
Fisicamente ou mentalmente exaurido?
O que contribui para isto? 
Pense sobre os fatores supervenientes ao trabalho como as atividades, pessoas ou 
outro fator.
Estudando o mundo do trabalho será possível identificar as transformações ocorridas nas 
últimas décadas, a começar pela inovação tecnológica, a reestruturação produtiva, a pre-
carização das relações de trabalho, as exigências decorrentes dos modelos de gestão 
organizacionais, as novas formas de organização e perceber como essas mudanças do 
século XX até os dias atuais, muitas delas, ocorridas no ambiente de trabalho,trouxeram 
para a vida dos trabalhadores (SOUZA; TOLFO, 2009).
De acordo com Souza e Tolfo (2009, p.1):
O trabalho ocupa um lugar central na vida de quem o realiza, pois é por meio dele que o 
ser humano organiza sua vida, seus horários e suas atividades, e até mesmo seus relacio-
namentos são influenciados pelo trabalho. O trabalho é uma das principais categorias por 
meio do qual o homem interage no seu meio social e no seu tempo, seja pelo fato de ser 
um meio de sobrevivência, seja pelo tempo da vida a ele dedicado, seja pelo fato de ser um 
meio de realização profissional e pessoal. Em função disso, em casos de desemprego as 
pessoas são afetadas de diversas formas, como a falta de sentido de vida, perda e pontos 
16
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
de referência espaço-temporal, distanciamento cultural, isolamento social, problemas fami-
liares e adoecimento mental e físico etc. 
De acordo com Mustafa e Benatti (2010, p. 404-405):
“O trabalho constitui elemento central na vida dos homens e que por meio dele se busca a 
satisfação das necessidades humanas”. Seu surgimento assim se resume historicamente:
• Na história primitiva os homens produziam unicamente para satisfazer suas neces-
sidades imediatas. Os instrumentos utilizados inicialmente rudimentares, vão aos 
poucos sendo aperfeiçoados para garantir a caça e a pesca. A propriedade e a 
produção eram partilhadas entre todos e a única divisão do trabalho era a divisão 
sexual (papéis diferenciados entre homem e mulher). 
• Com o surgimento da agricultura, por exemplo, o homem já começava a ter 
excedentes, dando início a mercadoria e sua comercialização. Daí, decorre a 
separação entre aqueles que produzem e aqueles que se apropriam da pro-
dução excedente.
17
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
• No Ocidente, anos 3000 a.C até 476 d.C, os escravos advinham das chamadas 
guerras de conquistas, trabalhando em terras conquistadas pelo Estado, dado aos 
nobres – surge então a divisão dos homens entre proprietários e não proprietários.
• No fim do Império Romano, esboça-se uma nova organização societária – socie-
dade feudal – os servos produziam (trabalhavam) nas terras dos senhores para ob-
terem subsistência. Com o excedente, caracterizava-se a exploração do trabalho.
• A produção dos pequenos artesãos se destinava à troca, dando origem 
às corporações.
• A produção agora não tinha só valor de uso (produto produzido por trabalho 
humano concreto, útil ao homem), mas também valor de troca (resulta-
dos de trabalhos diversos que incluem o trabalho humano abstrato).
 
Apesar dos diversos significados atribuídos ao trabalho, fundamentalmente e historica-
mente, como podemos perceber, o trabalho se afirma na satisfação de nossas necessi-
dades, no sentido de obtermos os bens necessários à sobrevivência, partindo da forma 
mais elementar, da relação do homem com a natureza. 
18
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
Nessa relação do ser humano com a natureza, há uma transformação para que objetos 
produzidos possam satisfazer suas necessidades. Para Iasi (2010, p.63) “a atividade do 
trabalho consiste em transformar a natureza, e não apenas na apropriação de seus ele-
mentos tal como se encontram”. 
O trabalho é um processo de que participam o homem e a natureza, processo em que o 
ser humano com sua própria ação, impulsiona, regula e controla o seu intercâmbio material 
com a natureza. Defronta-se com a natureza como uma de suas forças. Põe em movimen-
to as forças naturais de seu corpo, braços e pernas, cabeça e mãos, a fim de apropriar-se 
dos recursos da natureza, imprimindo-lhes forma útil à vida humana. Atuando assim sobre 
a natureza externa e modificando-a ao mesmo tempo em que modifica sua própria natureza 
(MARX, 1988, p.202).
Neste sentido, a ação humana que altera a natureza, altera o próprio ser humano, pro-
duzindo sempre novas necessidades. Para plantar ou arrancar raízes, ou preparar a terra 
para o plantio, por exemplo, é necessária a criação de instrumentos chamados “meios 
de produção”. Considerada de forma simples, os elementos do processo seriam então:
1) Uma atividade orientada a um fim; 2) a matéria a que se aplica o trabalho, ou o objeto 
do trabalho; e 3) os meios e instrumentos de trabalho. Assim considerado, o processo de 
trabalho é apenas um processo de produção de valores de uso para satisfazer diretamen-
te, com meios de consumo, ou indiretamente, como meios de produção, necessidades 
humanas (IASI, 2010, p.64).
19
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
Para Iasi (2010), os seres humanos não produzem apenas os bens necessários à exis-
tência e os meios de produção necessários para isso, produzem também relações so-
ciais, ou ainda, produzem a si mesmos como seres sociais. Visto dessa maneira, de 
maneira singular, não haveria nada no trabalho que levasse o homem ao estranhamento, 
ou melhor, não haveria obstáculo à emancipação, pois o que há de especificamente 
humano, se dá graças ao trabalho, ou ainda, desse agir humano o que lhe poderia ser 
hostil ou controlá-lo?
O principal objetivo do processo de trabalho é a criação do valor de uso, de forma que 
a atividade laboral é inerente ao ser humano e a sua existência. O trabalhador em sua 
essência vende sua força de trabalho e não o trabalho em si, uma vez que, nele há o 
dispêndio da força que confere, por sua vez, valor às mercadorias – denominado como 
trabalho abstrato (MARX, 1988).
De acordo com Antunes (2011, p.28):
No mundo produtivo, o trabalho abstrato cumpre papel decisivo na criação de valores de 
troca. A redução do tempo físico do trabalho manual direto e a ampliação do trabalho mais 
intelectualizado não negam à lei do valor, quando se considera a totalidade do trabalho, a 
capacidade do trabalho socialmente combinada, o trabalhador coletivo como expressão de 
múltiplas atividades combinadas.
20
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
De acordo com Iasi (2010, p.67), o fenômeno do estranhamento ou também chamada 
“alienação” está ligado a “uma forma particular e determinada de trabalho, aquela que 
pressupõe a produção de mercadorias e que assume seu ponto culminante sob o pro-
cesso capitalista de produção de mercadorias”.
REFLITA!
Mas afi nal, “o que há na forma particular do processo de trabalho 
submisso ao capital que poderia inverter a característica do trabalho, 
ou seja, de base da sociabilidade humana para fundamento da aliena-
ção (estranhamento)?” (IASI, 2010, p.67).
O processo de trabalho exige uma atividade orientada para um fim, objetos sob os quais 
atua a força de trabalho e meios de produção que permitam a mediação entre força de 
trabalho e seus objetos. Produzir mercadorias exige necessariamente produção de valo-
res de uso. O trabalhador submetido a essas relações agora se apresenta como forma 
de estranhamento ou alienação, determinado pelo capital, e isso sim, é desastroso para 
a emancipação humana (IASI, 2010).
No raciocínio de Marx (2004, p.80 apud IASI, 2010, p.71-72):
21
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
O trabalhador torna-se tanto mais pobre quanto mais riqueza produz e quanto mais a sua 
produção aumenta em poder e extensão. O trabalhador torna-se uma mercadoria tanto 
mais barata quanto mais mercadorias cria. Com a valorização do mundo das coisas au-
menta em proporção direta a desvalorização do mundo dos homens. O trabalho não pro-
duz apenas mercadorias, produz também a si mesmo e ao trabalhador como mercadoria, 
e isto na medida em que, de fato, produz mercadorias em geral.
Como percebemos até agora, a condição humana é transformada em mercadoria, e o 
aumento da produtividade do trabalho, que em princípio aumenta a quantidade de valores 
de uso, produz ao mesmo tempo, um efeito inverso que é a desvalorização da própria 
mercadoria, a força detrabalho, a qual sofre oscilações do mercado.
O trabalho não é só explorado pelo tempo excedente e baixos salários, como pelo ritmo 
que se impõe à produção, sem alteração de jornada de trabalho. Além da separação 
entre trabalhador e meios de produção, não existe mais a unidade entre necessidades 
e produção na era do capital, ou seja, a produção não é mais voltada para o uso, mas 
principalmente para a troca.
Conforme indica Antunes (1999 apud SILVA; SILVA, 2010, p.115):
O trabalho é instância de realização do ser social e condição para sua existência e humani-
zação [...] Entretanto, no modo de produção capitalista, o que deveria ser finalidade básica 
22
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
do ser social (no e pelo trabalho) é pervertido e degradado, isto é, o trabalho é subjugado 
ao capital, tendo em vista que o processo de trabalho é apenas meio de sobrevivência, a 
força de trabalho é mercadoria que produz outras mercadorias.
A condição humana tinha o trabalho como meio de humanização, agora na condição de 
mercadoria, ocorre a desumanização, porque só se tem acesso ao trabalho, por isso 
soa externo ao trabalhador, produzindo, na maioria das vezes, sofrimento, como aponta 
Dejours (1992, p.96 apud IASI, 2010, p.73).
As tarefas repetitivas, os comportamentos condicionados não são unicamente consequên-
cias da organização do trabalho. Mais que isso, estruturam toda a vida externa ao trabalho, 
contribuindo desse modo para submeter os trabalhadores aos critérios de produtividade.
Este fato é comprovado pela aquisição de hábitos do trabalho que se traduzem em com-
portamentos, como assumir aquilo que são hábitos de trabalho em casa mesmo longe do 
controle do espaço laboral. Iasi (2010) apresenta alguns exemplos, como aposentados 
que seguem acordando na mesma hora em que acordavam para ir ao trabalho ou que se 
irritam com a desorganização dos filhos, e assim, resulta em adoecimento. 
As contradições entre a relação de trabalho e o capital conduzem ao adoecer do traba-
lhador, que podem resultar em sofrimento psíquico, físico e emocional. Embora haja mui-
tos estudos sobre as transformações no mundo do trabalho, não nos aprofundaremos 
23
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
nas formas que envolvem a precarização do trabalho e seus aspectos psicossociais. 
Para isto, sugiro a leitura do livro de Dejours.
INDICAÇÃO DE LEITURA 
DEJOURS, Christophe; ABDOUCHELI Elisabeth; STOCCO, Maria 
Irene. Maria Irene Stocco Betiol (coord). Psicodinâmica do trabalho: 
contribuições da escola dejouriana e análise da relação prazer, sofri-
mento e trabalho. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1993.
A psicopatologia do trabalho tem na obra de Dejours, a sua visão sobre o sofrimento no 
trabalho, demonstrando que esse sofrimento se constitui em consequências da insistên-
cia do ser humano em viver em um ambiente que lhe é hostil ou adverso. Dejours afirma 
que as relações de trabalho, frequentemente despojam o trabalhador de sua subjetivida-
de, excluindo-o como sujeito e fazendo dele uma vítima do trabalho. A ideia do sofrimento 
está relacionada à subjugação do trabalho.
24
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
As transformações ocorridas nas organizações proporcionaram grandes mudanças no 
processo de trabalho. No último século, a indústria e o processo de trabalho culminado 
pelo Fordismo com os elementos constitutivos básicos eram dados por:
[...] produção em massa, por meio da linha de montagem e de produtos homogêneos; 
através do controle dos tempos e movimentos pelo cronômetro taylorista e da produção 
em série fordista; pela existência do trabalho parcelar e pela fragmentação das funções; 
pela separação entre elaboração e execução no processo de trabalho; pela existência de 
unidades fabris concentradas e verticalizadas e pela constituição/consolidação do operá-
rio-massa, do trabalhador coletivo fabril, entre outras dimensões. Menos do que um modelo 
de organização societal, que abrangeria igualmente esferas ampliadas da sociedade, com-
preendemos o fordismo como processo de trabalho que, junto com o taylorismo, predo-
minou na grande indústria capitalista ao longo deste século (ANTUNES, 2011, p. 24-25). 
Na década de 80 houve algumas mudanças e transformações relacionadas à tecnologia, 
automação, robótica e a microeletrônica. Essas se inseriram na relação de trabalho e de 
produção de capital. Da mesma forma, como no fordismo e o taylorismo, novos proces-
sos emergem, onde “cronômetro e a produção em série e de massa foram substituídos 
pela flexibilização da produção” (ANTUNES, 2011, p.24). 
25
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
A flexibilização da produção, marcada pelo toyotismo, apesar de já estar presente na era 
Ford, mescla e substitui o padrão fordista dominante a partir da aplicação dos Círculos 
de controle de qualidade (CCQs), da gestão participativa e da busca da qualidade total.
O esboço de uma “captura” da subjetividade do trabalhador, que foi sistematizado com o 
toyotismo, já estava presente em Ford na medida em que “se um operário deseja progredir 
e conseguir alguma coisa, o apito será um sinal para que comece a repassar no espírito o 
trabalho feito a fim de descobrir meios de aperfeiçoá-lo” (FORD, 1967, p.41 apud BATISTA, 
2008, p.3). [...] Também a preocupação de uma organização descentralizada da produção 
e redução dos níveis hierárquicos como forma de combate ao poder dos chefes pode ser 
encontrada no “manual” de Ford, rompendo com a hierarquia da administração científica 
de Taylor e apontamentos sobre a responsabilização e incitação à competição e gestão por 
iniciativa e incentivo aos trabalhadores. Mesmo um delineamento da gestão participativa 
com intuito de apropriação do conhecimento tácito do trabalhador e redução de custos já 
podia ser notado (ANTUNES, 2011, p. 24).
De acordo com Sabel e Piore (1984 apud ANTUNES, 2011, p.25) “o elemento causal da 
crise capitalista seria encontrado nos excessos do fordismo e da produção em massa, 
prejudiciais ao trabalho, e supressores da sua dimensão criativa”. A esses autores atribui-
se o pioneirismo na tese “especialização fl exível”, ou seja, tratava-se de uma nova 
forma produtiva, com significativo desenvolvimento tecnológico e descontração produtiva 
baseada em pequenas e médias empresas “artesanais” (chamada de terceira Itália), o 
26
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
que recuperaria, segundo os autores, uma concepção do trabalho, mais flexível e isento 
da alienação causada pela base fordista. 
Para Iasi (2010, p.75-76):
A rígida separação taylorista entre o planejamento e a execução deixava espaço para formas 
de resistência operária. Ao seguir rigorosamente o plano e as especificações técnicas, o 
produto apresentava uma série de problemas que iam sendo corrigidos na prática pelos 
operadores, através de pequenos ajustes, ou, como forma de protesto, cumprindo rigorosa-
mente o estabelecido na chamada “operação padrão”. A apropriação deste saber operário 
pelo capital por meio dos círculos de qualidade, trabalho em equipe, bônus e premiações 
coloca este saber a serviço da eficiência da produção visando evitar o retrabalho [...] da 
mesma maneira, a separação rígida do princípio “homem-máquina” na linha de montagem na 
qual cada um desempenhava uma função, propiciava resistências como quebrar a máquina, 
desgastá-la além do limite, diminuir o ritmo [...] a exigência de atos mecânicos e repetitivos 
não pode ser entendida como não utilização das funções subjetivas do trabalho [...] 
Seria responsável, assim, pela superação do modelo produtivo fordista que dominou o 
cenário de produção capitalista, ou seja, na visão de Annunziato (1989), a produção arte-
sanal é um meio necessário para a preservação do capitalismo. De acordo com Antunes 
(2011), várias críticasforam feitas a Sabel e Piore. Observe a tabela a seguir.
27
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
Tabela 1: Críticas à “especialização fl exível”
CRÍTICAS AUTORES
A generalização do modelo seria empiricamente irrealizável num mercado 
segmentado e instável “generalização abusiva”
CORIAT, 
1992, p.151-153. 
A tese original da especialização fl exível não é “universalmente aplicável”. Seria 
um meio de desqualificar e desorganizar o trabalho, além de intensificá-lo. O 
fordismo seria dotado de dimensão fl exível.
CLARKET,
 1991, p.124-125.
O fordismo domina a economia dos EUA à medida que tem um processo de 
trabalho taylorizado e é dotado de uma hegemonia capitalista que penetra o 
interior das organizações de trabalhadores, tanto sindicais, quanto nos partidos 
políticos.
ANNUNZIATO, 
1989, p. 99-100 e 106.
A articulação entre descentralização produtiva e avanço tecnológico tem um 
claro sentido: combater a autonomia e coesão de setores do operariado 
Italiano. Essa fragmentação (unidades produtivas menores) pode possibilitar 
ao capital uma maior exploração quanto um maior controle sobre a força de 
trabalho.
MURRAY; FERGUS, 
1983, p. 79-85.
Essa fase da produção é “marcada por um confronto direto com a rigidez 
do fordismo”. Envolve rápidas mudanças dos padrões de desenvolvimento 
desigual. O neofordismo leva ao nascimento de formas industriais totalmente 
novas ou à integração do fordismo a toda uma rede de subcontratação e de 
deslocamento para dar maior flexibilidade diante do aumento da competição e 
dos riscos.
HARVEY, 
1992, p.140, 148, 
178-79. 
Fonte: A daptada de Antunes (2011, p. 25-29).
28
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
Conforme Ricardo Antunes (apud HOFFMANN, 2003, p.152), o toyotismo assim 
se apresenta: 
[...] É a via japonesa de expansão e consolidação do capitalismo monopolista industrial, 
que apresenta as seguintes características: a) a noção de qualidade total passa a estar 
relacionada ao menor tempo de duração dos produtos, realçando a tendência expansio-
nista do capital e revelando a lógica destrutiva do sistema de produção por intermédio da 
redução do ciclo de vida útil dos produtos; b) a introdução de novas técnicas de gestão de 
força de trabalho com base na informação e com o auxílio dos computadores (o que não 
havia nos sistemas taylorista e fordista), aplicadas pela desconcentração produtiva, da re-
engenharia, da eliminação dos postos de trabalho, da concepção de células de produção 
etc., e com a finalidade de intensificar as condições de exploração da força de trabalho, 
com a redução ou a eliminação do trabalho improdutivo; c) a modificação de vários as-
pectos do processo de produção por meio da desregulamentação, da fragmentação da 
classe trabalhadora, da precarização do emprego e do trabalho, da terceirização da força 
de trabalho e da ruptura do sindicalismo.
De acordo com Batista (2008), na gestão participativa pode-se conceber também a 
ideia dos círculos de controle de qualidade, combinando Sistema Just in Time e método 
Kanban por meio da apropriação do saber tácito da força de trabalho.
Para isso, o rodízio das tarefas foi utilizado como técnica bem como a “auto-supervisão”. 
É importante destacar que mesmo com as novas técnicas de gestão sistematizadas na 
Toyota, os trabalhos parcelados e repetitivos continuaram coexistindo com os de caráter 
29
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
multifuncional e pluriespecializado. A novidade se deu em aplicar a todos os tipos as formas 
de controle do processo de trabalho, o que ratifica a suposição inicial de que existe uma 
continuidade nos três métodos de organização do trabalho, continuidade com sofisticação, 
e não superação, daí estas formas serem sociais, e não restritas ao espaço de trabalho 
(BATISTA, 2008, p.11).
Essa forma flexibilizada de acumulação capitalista é baseada na reengenharia, na empre-
sa enxuta, e fez com que a classe trabalhadora se fragmentasse, se tornasse heterogê-
nea e mais complexa, além disto, como aponta Silva e Silva (2011, p. 24), houve uma 
série de consequências:
Tornou-se mais qualificada em vários setores onde houve uma relativa intelectualização 
do trabalho, mas desqualifi cou-se e precarizou-se em diversos ramos, como na indústria 
automobilística, na qual o ferramenteiro não tem mais a mesma importância, sem falar na 
educação dos inspetores de qualidade, dos gráficos, dos mineiros, dos portuários, dos tra-
balhadores da construção naval etc. Criou-se, de um lado, em escala minoritária, o traba-
lhador “polivalente e multifuncional” da era informacional, capaz de operar com máquinas 
com controle numérico e de, por vezes, exercitar com mais intensidade sua dimensão mais 
intelectual. E, de outro lado, há uma massa de trabalhadores precarizados, sem qualifica-
ção, que hoje está presenciando as formas de part-time, emprego temporário, parcial, ou 
então vivenciando o desemprego estrutural.
O que podemos perceber do toyotismo e da rigidez da organização do trabalho taylorista-
fordista, se comparados, pode parecer que o modelo de produção e gerenciamento da 
força de trabalho é melhor no sistema Toyota, mas não para os trabalhadores, e sim para 
30
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
o capital, de forma que além do uso das técnicas já experimentadas pelos modelos ante-
riores, o “Sistema Toyota aprimorou a intensificação do trabalho e ampliou as dimensões 
da exploração da força de trabalho quando sistematizou as técnicas de apropriação da 
subjetividade” (BATISTA, 2008, p.12). 
De acordo com Kovácz (2006, p.41), a designação de “novas formas de organização 
do trabalho” (NFOT) muito utilizada na Europa, no século XX, principalmente na década 
de 70, buscou a humanização no trabalho e a democratização da empresa, centrada no 
fator humano.
A renovação organizacional estaria na ordem do dia, porque é entendida como um dos 
meios essenciais para a sobrevivência e melhoria da competitividade das empresas no 
contexto de concorrência. Segundo Kovácz (2006), a Comissão Europeia lançou a re-
novação da organização do trabalho, em 1997, com a discussão sobre hierarquias mais 
planas, horizontalização das estruturas, conteúdo funcional mais rico e diversificado, tra-
balho em equipe, centralidade das competências, autonomia na realização dos trabalhos, 
confiança nas relações laborais e envolvimento e participação de trabalhadores.
Há uma ideia de que o grau de autonomia e conteúdo do trabalho é muito diferen-
ciado. São fatores de diferenciação, por exemplo, tipo de organização, situações de 
trabalho concretas de acordo com níveis de formação/qualificação exigidos, o grau de 
31
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
estabilidade de emprego, além de outros fatores, como contextos sócio-históricos, insti-
tucionais, culturais, a natureza das relações laborais, dentre outros.
Kovácz afirma (2006, p.42) que estamos em uma nova era caracterizada pela “pas-
sagem da produção em massa de produtos e serviços estandartizados em quadros 
organizacionais rígidos para um novo sistema produtivo caracterizado pela diversidade, 
flexibilidade, inovação e cooperação”, ou seja, para isso, as novas tecnologias levam à 
era pós-taylorista, pós-burocrática, à generalização do trabalho inteligente, tornando o tra-
balho imaterial, mais complexo, exigindo conhecimentos mais amplos, autonomia, iniciati-
va, responsabilidade, capacidade de aprendizagem contínua, autocontrole, investimento 
subjetivo e a mobilização da inteligência realizada em estruturas organizacionais mais 
planas e descentralizadas. Pessoas e organizações devem se adaptar às Tecnologias de 
Informação e Comunicação (TICs).
Apesar disto, como declara Antunes (2011, p.32), máquinas inteligentes não podem 
substituir trabalhadores, pois elas exigem o trabalho intelectual de operários,que ao agir 
com as máquinas acabam por transferir parte dos atributos intelectuais nesse proces-
so, estabelecendo um completo processo interativo entre trabalho e ciência produtiva, 
que não pode levar à extinção do trabalho. A retroalimentação resultante desse trabalho 
impõe ao capital a necessidade de encontrar “uma força de trabalho ainda mais 
complexa, multifuncional, que deve ser explorada de maneira mais intensa e 
32
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
sofi sticada”. Ainda assim, na conversão do trabalho vivo em morto há um processo 
de “objetivação das atividades cerebrais junto à maquinaria, de transferência do saber 
intelectual e cognitivo da classe trabalhadora que se converte em linguagem própria”.
Neste contexto, para Kovácz (2006, p.44):
O trabalho é ambíguo: constitui um ato compulsório, mas também de criação; é um meio 
de subsistência e de consumo, mas também é fonte de desenvolvimento, de satisfação e 
de identidade; pode ser submetido à racionalidade burocrática, ao poder autoritário, mas 
também pode constituir um espaço de autodeterminação, de intervenção e de trabalho em 
geral, implicando tipos e graus de autonomias muito diferentes. O livro verde: parceria para 
uma nova organização do trabalho (1997) divulgado pela Comissão Europeia, identifica as 
novas formas de organizar o trabalho com a “empresa flexível”. [...] implica em estruturas 
mais inovadoras e flexíveis, assentes na excelência da competência e no primado da con-
fiança, bem como na maior participação dos trabalhadores.
FIQUE POR DENTRO
O Livro Verde retrata como e por que é necessária uma nova organização do trabalho, quais 
são os desafios políticos e as novas parcerias necessárias. Este material está disponível em: 
<http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=COM:1997:0128:FIN:PT:PDF>. 
33
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
De acordo com Marques (2008, p.12):
Autores como Márcio Pochmann apud Hoffmann (2003, p. 155) falam de uma nova tran-
sição no modelo de administração, caracterizada pelo movimento toyotista-flexibilização, 
cujo ganho maior é a redefinição do conteúdo da atividade empresarial, numa organização 
que desloca parte do processo produtivo para os países pobres (atividades mais rotinei-
ras), deixando para os países ricos (então com o poder de mando) o gerenciamento ou 
a coordenação destas atividades. Entretanto, há uma perda de centralidade do trabalho.
Neste sentido, a perda da centralidade no trabalho exige do trabalhador uma adapta-
ção muito maior aos perfis de produção de empresas, de maneira que a sua forma de 
inserção na cultura produtiva tende a modificar-se, muitas vezes, de modo tão intenso, 
e isto acaba por exercer uma pressão no trabalhador, que busca atender às exigências 
impostas, já que está sob o risco da exclusão do mercado de trabalho.
PODER E DOMINAÇÃO NA SOCIEDADE E NO 
TRABALHO
Como percebido historicamente, ao longo dos anos, as organizações têm sido asso-
ciadas a processos de dominação social nas quais indivíduos ou grupos encontram 
formas de impor a respectiva vontade sobre os outros. Na visão de alguns teóricos 
34
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
organizacionais, inspirados por Karl Marx, Weber e Robert Michels, essa combinação 
de realização e exploração é uma característica marcante das organizações através dos 
tempos. É possível encontrar relações de poder assimétricas que resultam na maioria tra-
balhando para a minoria, por exemplo, a convocação obrigatória e a escravidão que ga-
rantiram muito da mão de obra necessária para a construção da pirâmide e de impérios, 
deram lugar atualmente, ao trabalho assalariado, da qual os empregados têm o direito de 
se demitir (MORGAN, 1996). 
De acordo com os postulados de Weber (apud MORGAN, 1996, pp.282-283), há três 
tipos de dominação e raramente são encontradas em suas formas puras, de forma que, 
quando se misturam acabam por ocasionar tensão e mal-estar. São elas:
• Dominação carismática: ocorre quando o líder exerce influência em virtude de 
qualidades pessoais. É legitimado na fé que o liderado deposita no líder – exem-
plos: profetas, heróis ou mesmo demagogos. O aparato administrativo é pequeno, 
flexível, desestruturado e instável.
• Dominação tradicional: o poder de mando tem por base o respeito pela tradi-
ção e pelo passado. É legitimado pelo costume e o sentimento de que é correto 
fazer as coisas de tal forma tradicional. As pessoas exercem o poder de status 
adquirido. Exemplos: oficiais, parentes, administradores.
35
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
• Dominação racional-legal: o poder é legitimado por leis, regras, regulamentos 
e procedimentos. Quem manda pode obter poder legitimado seguindo procedi-
mentos legais. É formalmente fundamentado em regras. O aparato administrativo 
típico é a burocracia, dentro da qual a autoridade formal está concentrada no topo 
da hierarquia organizacional.
As formas mais racionais e democráticas de organização podem resultar em modelos de 
dominação. À medida que se fica cada vez mais sujeito a uma administração por meio de 
regras, mais se fica dominado pelo processo em si. Essas ideias se compatibilizam com 
aquelas que Karl Marx expõe, a de que a lógica move a sociedade moderna e encon-
tra-se na dominação por meio da racionalização. Para Marx, encontra-se na dominação 
gerada pela mais valia e a acumulação de capital, mostrando como a organização no 
mundo moderno se acha baseada em processos de dominação e exploração de dife-
rentes formas (MORGAN, 1996).
Como sabemos, o trabalhador trabalha sob o controle do capitalista, a quem pertence o 
seu trabalho, afinal, o capitalista controla a ordem, os meios e os fins de produção empre-
gados e os instrumentos utilizados para a realização do trabalho. Uma vez, o trabalhador, 
dentro do local de trabalho do dono do capital, o valor de uso da sua força de trabalho, 
36
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
sua utilização, o trabalho, pertencem a ele. 
O capitalista mediante a compra da força de trabalho incorporou o próprio trabalho, como 
fermento vivo, aos elementos mortos constitutivos do produto que lhe pertencem igualmen-
te. Do seu ponto de vista, o processo de trabalho é apenas o consumo da mercadoria, 
força de trabalho por ele comprada, que só pode, no entanto, consumir ao acrescentar-lhe 
meios de produção. O processo de trabalho é um processo entre coisas que o capitalista 
comprou, entre coisas que lhe pertencem. O produto deste processo lhe pertence de 
modo inteiramente, igual ao produto deste processo [...] (MARX, 1983, p.154 apud SILVA; 
SILVA, 2010, p.115).
Para Silva e Silva (2011, p.130), “as observações feitas por Marx há mais de 140 anos 
são extraordinariamente atuais”:
[...] o consumo da força de trabalho pelo capital é, tão rápido que o trabalhador de media-
na idade, na maioria dos casos, já está mais ou menos esgotado. Ele cai nas fileiras dos 
excedentes ou passa de um escalão mais alto para um mais baixo. Justamente entre os 
trabalhadores da grande indústria é que nos deparamos com a duração mais curta da vida. 
[...] dentro do sistema capitalista, todos os métodos para a elevação da força produtiva 
social do trabalho se aplicam à custa do trabalhador individual; todos os meios para o de-
senvolvimento da produção se convertem em meios de dominação e exploração do produ-
tor, mutilam o trabalhador, transformando-o num ser parcial, degradam-no, tornando-o um 
apêndice da máquina; aniquilam, com o tormento do seu trabalho, seu conteúdo, alienam-
lhe as potências espirituais do processo de trabalho na mesma medida em que a ciência 
é incorporada a este último como potência autônoma; desfiguram as condições dentro 
das quais trabalha, submetem-no, durante o processo d e trabalho, ao mais mesquinho 
37
UNIDADE I - RelaçõesÉtnico-Raciais e Responsabilidade Social
e odiendo despotismo, transformam seu tempo de vida em tempo de trabalho [...] (MARX 
apud SILVA; SILVA, p. 207-210).
Enquanto algumas pessoas veem o poder como um recurso, por exemplo, como algu-
ma coisa que alguém possui, outras o veem como uma relação social caracterizada por 
algum tipo de dependência, como um tipo de influência sobre alguma coisa ou alguém. 
“O poder é o meio através do qual, conflitos de interesses são, afinal, resolvidos. O poder 
influencia quem consegue o quê, quando e como” (MORGAN, 1996, p.163).
Para Pagès et al. (2006, p. 163 ), “o exercício do poder não consiste em ordenar, 
tomar decisões, mas em delimitar o campo, estruturar o espaço na qual são tomadas 
as decisões”.
Nas organizações, as fontes do poder são utilizadas para modelar a dinâmica da vida 
organizacional. Todas as fontes de poder citadas a seguir – Tabela 2, oferecem aos 
membros da organização uma variedade de meios para ampliar os seus interesses, re-
solvendo ou perpetuando os conflitos organizacionais.
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UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
Tabela 2 - Fontes de poder e características e fi nalidades
FONTES DE PODER CARACTERÍSTICAS E FINALIDADES
Autoridade formal
Poder legitimado pela organização que é respeitado e conhecido por aqueles 
com quem interage. Pode ser por carisma, tradição ou lei de acordo com 
conceitos de Weber. A autoridade formal é dado, por exemplo, ao gerente 
que é legitimado a instruir aqueles que estão sob seu controle.
Controle sobre recursos 
escassos
Habilidade de exercer o controle sob os recursos como dinheiro, materiais, 
tecnologia, pessoal, bem como apoio dos consumidores e fornecedores.
Uso da estrutura 
organizacional, regras e 
regulamentos
O poder é exercido a partir do uso de instrumentos racionais como: estrutura 
organizacional, regras e regulamentos.
Controle do processo de 
tomada de decisão
A possibilidade de influenciar os resultados por meio dos processos 
decisórios.
Controle do conhecimen-
to e da informação
O poder emana da pessoa que pode sistematizar o conhecimento e controlá
-lo definindo a realidade do processo de tomada de decisão.
Controle dos limites
Conhecido como administração de fronteiras, definindo limites entre grupos 
de trabalho ou departamentos, bem como entre organização e seu ambiente.
Habilidade de lidar com a 
incerteza
Habilidade de lidar com as incertezas que influenciam o funcionamento da 
empresa. No dia a dia, é uma fonte de poder implícita, ligada a alguém numa 
posição global do trabalho.
Controle da tecnologia
Serve como instrumento de poder, aumentando as habilidades em manipular, 
controlar e impor-se sobre o ambiente.
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UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
Alianças interpessoais, 
redes e controle da 
“organização informal”
Amigos altamente colocados, patrocinadores, mentores, coalizões com 
pessoas preparadas para transacionar apoio e favores para promover os fins 
individuais das pessoas, bem como redes informais de consulta às bases, 
sondagens ou simples bate papos, tudo isso oferece fonte de poder aos 
envolvidos.
Controle das 
contraorganizações
Reside no estabelecimento e controle daquilo que pode ser chamado de 
“contraorganizações”. Os sindicatos são os mais óbvios, fazem parte de 
uma estratégia de exercício de poder, influenciando a organização, sem fazer 
parte dela.
Simbolismo e administra-
ção do significado
Reside na habilidade que uma pessoa tem em persuadir os demais em 
idealizar realidades que sejam mais interessantes para alguém perseguir. A 
administração do simbólico pode ocorrer por meio teatral, de imagens ou uso 
da arte.
Sexo e administração das 
relações entre os sexos
Muitas organizações são dominadas a favor de um sexo em relação ao 
outro. É comum ligações entre estereótipos sexuais e as formas de poder 
transformadas em estratégias organizacionais que podem privilegiar o 
gênero.
Fatores estruturais que 
definem o estágio da 
ação
Um dos aspectos surpreendentes é que dificilmente alguém admite que 
tenha algum tipo de poder real. Usa-se o poder, porém, há uma negação da 
existência deles, ou seja, as pessoas se veem somente como agentes ou 
portadores do poder que lhes é conferido pela organização.
O poder que já se tem
O poder é uma via para o poder e com frequência é possível usá-lo para 
adquirir mais poder ainda – tirar vantagem, atrair e transformar poder em mais 
poder.
Fonte: Adaptada de morgan (1996, p.164-191).
40
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
A organização, na sua realidade econômica e política, propõe aos indivíduos uma imagem 
de força e de poder: o poder da organização, seu caráter mundial, sua eficácia, seus ob-
jetivos de conquista (lucro e expansão), constituem uma imagem agressiva de onipotência 
(o caráter mundial é importante neste caso), que favorece à projeção de sonhos individuais 
de onipotência, ao mesmo tempo que mantém a angústia que os alimenta. Neste nível, é o 
poder real da organização que age por si próprio, sem que para isso seja necessário apelar 
para o desejo consciente dos dirigentes de influenciar os indivíduos. [...] esta imagem de 
onipotência é consolidada ideologicamente pela organização (PAGÈS et al., 2006, p.163).
Para Silva e Silva (2010), corroborando com a relação entre capital-trabalho, esta se apre-
senta como uma relação imposta de forma truculenta e violenta sob várias dimensões e 
que tem se perpetuado por meio de métodos coercitivos.
[...] coercitivos explícitos ou mais sutis vinculados à racionalização técnica do trabalho. 
Nessa ordem só existe espaço para o padrão do trabalhador e de sociedade adaptados 
à necessidade de reprodução e de acumulação do capital, sendo que inexiste espaço na 
esfera produtiva para a subjetividade do trabalhador. Este último, subjugado e desumaniza-
do, é reduzido à condição de mercadoria para produção de outras mercadorias, seguindo 
os ditames do capital (SILVA; SILVA, 2010, p.132).
Para mediar essas relações entra a figura do Estado, que de acordo com Marques (2008, 
p.2), pode-se supor como uma das capacidades do Estado de poder o de se sobrepor 
41
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
à relação entre empregador e trabalhador, de forma que haja a tutela diretamente os 
direitos desse último, objetivando um equilíbrio, formando assim o tripé capital-trabalho 
e Estado. Instituído assim como um mediador dos conflitos entre trabalhadores e empre-
sas, o Estado interfere nessa relação, que, na concepção marxista, é permeada por uma 
permanente luta (classista), em uma visão de que as classes dominantes (capitalistas) 
precisam ser “monitoradas” pelo Estado para que não usurpem os direitos das classes 
dominadas.
Especificamente, no que tange à disciplina trabalhista, estão marcadamente traduzidos tais 
princípios, através do preâmbulo da CF/88 (quando assegura a aplicabilidade dos direitos 
sociais), nos artigos 1º, III e IV; e artigos 6 a 11. Também são encontrados elementos que 
legitimam a utilização dos princípios nas súmulas, doutrina, enfim, em todo o ferramental 
através do qual se aplica o direito ao caso concreto (MARQUES, 2008, p.2). 
Buscando traçar políticas que privilegie a filosofia de ser o trabalho não apenas mera 
mercadoria, mas sim uma atividade que gere sentido para a vida do indivíduo, de forma a 
contribuir para a sua estruturação na sociedade, seja social, econômica, cultural e dotada 
de sentido emancipador, que venha a garantir o exercício da sua soberania, seus valores, 
enfim, contribuindo para a garantia de dignidade humana. Vindo daí a ideia de proteção. 
42
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
De acordo com Marques (2008, p.9), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) é 
mundialmente conhecida como o foro mundial, no qual se desenrolam discussões acer-
ca das questõestrabalhistas.
Formada por uma estrutura tripartite, da qual fazem parte governo, trabalhadores e empre-
gadores, visa a OIT traçar políticas que propiciem garantias mínimas favoráveis à classe 
trabalhadora, minimizando os efeitos e impactos dessa relação. Entretanto, não há como 
compatibilizar as políticas de flexibilização e desregulamentação das normas trabalhistas, 
e nisto enxergar algum tipo de vantagem para a classe trabalhadora, já que cada vez mais 
distante da compreensão de sua fundamental contribuição para a concretização do princí-
pio da dignidade da pessoa humana, assim como pelo caráter expropriatório que ganha o 
trabalho, na medida em que é situado enquanto mercadoria, cujo reflexo direto é a própria 
mercadorização da subjetividade do trabalhador.
Vivenciamos a crise da superprodução e falta de consumidores, concomitantemente, au-
mentam de forma assustadora o pauperismo e a população sobrante, descartada, pelo 
desemprego estrutural. Não estamos diante do fim da sociedade do trabalho, mas de uma 
sociedade contemporânea complexa, instaurada a partir dessa crise estrutural, revelando 
estruturalmente um quadro crítico de autodestrutividade. Essa complexidade implica em 
uma classe trabalhadora mais heterogênea, complexa e fragmentada, entretanto isso não 
inviabiliza o seu potencial revolucionário para a efetivação da emancipação humana; ao 
contrário reafirma possibilidades e recoloca desafios para efetivá-la (SILVA; SILVA, 2010).
43
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
REFLITA
“Se o trabalho não retomar a sua potência no sentido de fomentar a 
emancipação humana, não será o capital que o fará”.
(SILVA; SILVA, 2010, p.134)
Para Silva e Silva (2011, p.29) “a questão essencial aqui é: a sociedade contemporânea 
é ou não movida pela lógica do capital, pelo sistema produtor de mercadorias, pelo 
processo de valorização do capital?”. Conforme aponta Antunes (2011), se sim, a crise 
do trabalho abstrato pode ser entendida como a redução do trabalho vivo e a ampliação 
do trabalho morto. Sem a precisa e decisiva incorporação dessa distinção entre trabalho 
concreto e abstrato, quando se diz Adeus ao trabalho, comete-se um forte equívoco 
analítico sob o ponto de vista de que um fenômeno tenha dupla dimensão.
Ainda de acordo com a autora, não há como concordar com as teses que minimizam 
ou mesmo desconsideram o processo de criação de valores de troca e sim de que:
A sociedade do capital e sua lei do valor necessitam cada vez menos do trabalho estável 
e cada vez mais das diversificadas formas de capital parcial ou part-time, terceirizado, que 
são, em escala presente, parte constitutiva do processo de produção capitalista [...] o capi-
tal não pode eliminar o trabalho vivo do processo de criação de valores, ele deve aumentar 
a utilização e a produtividade do trabalho de modo a intensificar as formas de extração do 
sobretrabalho em tempo cada vez mais reduzido [...] outra é imaginar que, eliminando o 
44
UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
trabalho vivo, o capital possa continuar se reproduzindo. A redução do proletariado es-
tável, herdeiro do taylorismo/fordismo, a ampliação do trabalho intelectual abstrato [...] 
e a ampliação generalizada das formas de trabalho precarizado, part-time, terceirizado, 
desenvolvidas intensamente na “era da empresa flexível” e da desverticalização produtiva, 
são fortes exemplos da vigência da lei do valor (ANTUNES, 2011, p.30).
INOVAÇÕES E PERSPECTIVAS NAS RELAÇÕES DE 
TRABALHO E ORGANIZAÇÕES
As reestruturações e inovações pelas quais o capitalismo tem passado, são variadas e 
influenciam a forma de organização e funcionamento das relações de produção e pro-
cessos de trabalho. Como afirma também Castells (2001 apud AQUILES, 2011, p.14):
Nas duas últimas décadas, o próprio capitalismo passa por um processo caracterizado por 
maior flexibilidade de gerenciamento; descentralização das empresas e sua organização de 
redes; considerável fortalecimento do papel do capital e do trabalho, com o declínio conco-
mitante da influência dos movimentos dos trabalhadores, individualização e diversificação 
cada vez maior das relações de trabalho; incorporação maciça das mulheres na força de 
trabalho remunerada, geralmente em condições discriminatórias; intervenção estatal para 
desregular os mercados de forma seletiva e desfazer o estado de bem-estar social; au-
mento da concorrência global em um contexto de progressiva diferenciação dos cenários 
geográficos culturais para acumulação e gestão do capital.
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UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
De acordo com Antunes (2010, p.26) e (2011, p.118), a classe trabalhadora é represen-
tada por todos aqueles que vendem sua força de trabalho em troca de salário, incorpo-
rando, além do proletariado industrial, outros como:
Os assalariados do setor de serviços, também o proletariado rural, que vende sua força de 
trabalho para o capital. Incorpora o proletariado precarizado; o subproletariado moderno; 
part-time; o novo proletariado do McDonalds; os trabalhadores hifenizados de que falou 
Beynon (1995); os trabalhadores terceirizados e precarizados das empresas liofi lizadas de 
que falou Juan José Castilho (1996 e 1996a); os trabalhadores assalariados da chamada 
“economia informal”, e que muitas vezes são indiretamente subordinados ao capital; além 
dos trabalhadores desempregados, expulsos do processo produtivo e do mercado de 
trabalho pela reestruturação do capital, e que hipertrofiam o exército industrial de reserva 
na fase de expansão do desemprego estrutural. 
A nova composição da classe trabalhadora tem um aumento do trabalho feminino, que 
tem sido absorvido pelo capital, preferencialmente no universo do part-time, preca-
rizado e desregulamentado. No Reino Unido, o contingente feminino supera o mas-
culino, porém, o salário tem significado inverso, presenciando-se uma desigualdade 
salarial das mulheres contradita a sua crescente participação no mercado de trabalho. 
Além disso, o percentual de remuneração é bem menor que do sexo masculino, bem 
como no que concerne aos direitos e condições de trabalho (ANTUNES, 2010, p.27; 
ANTUNES, 2011, p.118).
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UNIDADE I - Relações Étnico-Raciais e Responsabilidade Social
Na divisão sexual do trabalho, operada pelo capital dentro do espaço fabril, geralmente as 
atividades de concepção ou aquelas baseadas em capital intensivo são preenchidas pelo 
trabalho masculino, enquanto aquelas fundadas em trabalho intensivo são destinadas às 
mulheres trabalhadoras (e muito frequentemente também aos trabalhadores/as imigran-
tes e negros/as). A mulher trabalhadora ainda realiza sua atividade laborativa duplamente, 
dentro e fora de casa, dentro e fora da fábrica. E, ao fazê-la além da duplicidade do ato 
laborativo, ela é duplamente explorada pelo capital: desde logo por exercer, no seu espaço 
público, seu trabalho produtivo no âmbito fabril. Mas no universo de sua vida privada, 
consome horas decisivas de sua vida no trabalho doméstico, onde possibilita (ao mesmo 
capital), a sua reprodução, nessa esfera do trabalho não mercantil, onde se criam as con-
dições indispensáveis para a reprodução da força de trabalho de seus maridos, filhos/as e 
de si própria. Sem essa esfera de reprodução não diretamente mercantil, as condições de 
reprodução do sistema de metabolismo social do capital estariam bastante comprometidas 
senão inviabilizadas.
De acordo com Antunes (2010, 2011), essas mutações criaram uma classe trabalhadora 
mais heterogênea, fragmentada e complexada dividida entre os trabalhadores que são 
ou não qualificados, pertencem ao mercado formal e informal, jovens e velhos, homens 
e mulheres, estáveis e precários, imigrantes e nacionais, brancos e negros etc., além 
das divisões que decorrem da inserção diferenciada dos países e trabalhadores na nova 
divisão internacional do trabalho,

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