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AD2 – Disciplina Economia
Curso: Engenharia de Produção
Nome: Polo: 
Questão 1
 Conceitue a Demanda Agregada e Oferta Agregada: (2pts)
R.: A demanda é tudo aquilo que os agentes econômicos solicitam à sociedade para levarem aos
seus lares, para as unidades produtoras, para o governo ou até mesmo para fora do país. É o
somatório das despesas da sociedade como bens e serviços, na forma de consumo privado (C);
investimento (I); despesas governamentais (G) e exportações (menos importações). (PIB real da
economia a nível de preços). 
E a Oferta Agregada é a quantidade total de produção que o setor produtivo fornece, por período
de tempo, dado certo nível de preços. E assim tem-se que a função da produção é Q= f(K,L,T)
sendo K a quantidade de bens de capital, L o trabalho e T a tecnologia.
Questão 2
Qual são as diferenças fundamentais entre os diagnósticos de inflação feito pelos
inercialistas e o diagnóstico dos economistas monetários que atrelaram a inflação com a
demanda da época? (2pts)
Os economistas monetários atrelaram a inflação à demanda, nesse aspecto, pautaram a restrição
do consumo como caminho para diminuir o processo inflacionário (a base teórica é referenciada
na Teoria Quantitativa da Moeda e ainda lastreia muitas perspectivas teóricas sobre a inflação).
Nesta perspectiva, a quantidade de moeda em circulação influencia a demanda e
consequentemente a demanda.
Já os inercialistas diagnosticaram a atuação dos agentes (comerciantes, por exemplo) no
processo de aumento automático dos preços com o intuito de diminuir os riscos de perda diante
da conjuntura econômica. Com esse último diagnóstico, foi proposto um novo plano monetário,
mas com a utilização de uma âncora cambial – URV – com o intuito de estabilizar os preços
fixando-as ao URV.
Questão 3
Caracterize a inflação estrutural (1pt):
 Esta se relaciona com a ineficiência de serviços fornecidos pela infraestrutura de uma
determinada economia, ou seja, é baseada na rigidez da oferta de bens e serviços dessa estrutura
econômica.
Questão 4
O Plano Real foi um plano de estabilização monetária da economia brasileira com base
no diagnóstico de inflação inercial. Explique como a âncora cambial - Unidade Real de
Valor (URV) foi importante para combater o processo inflacionário e a instituição da
nova moeda do Brasil. (3,0p)
Na década de 1990, houve a abertura econômica do Brasil, em um contexto pós Consenso de
Washington. Nessa conjuntura, de mudança da moeda brasileira – e o processo de indexação
através da URV (explicitada na questão anterior), atrelada a necessidade de entrada de capitais
para sobrevalorizar a moeda, as importações ascenderam e houve o desmonte da política
industrial do período desenvolvimentista do Brasil.
Sobre a entrada de capitais especulativos, apesar de ajudarem o balanço de pagamentos,
tornava a economia vulnerável aos capitais internacionais de curto prazo – não destinados ao
setor produtivo – que viam no Brasil um bom investimento por conta dos altos juros.
Questão 5
Por que outros planos heterodoxos de estabilização – Bresser e Verão - também falharam
na tentativa de conter o processo inflacionário? (2,0p)
Os planos econômicos citados utilizaram instrumentos atrelados à austeridade. Foi o período de
corte de gastos, fim do gatilho salarial. Esses instrumentos utilizados se baseavam,
principalmente, no diagnóstico da inflação por demanda e não inercial (como alguns
apontaram quase que exclusivamente). 
Apesar de Bresser ter escrito sobre a inflação inercial e de congelarem os preços por
compreenderem que havia componentes inerciais, os instrumentos utilizados indicavam uma
perspectiva inflacionária totalmente diferente. Isto é, utilizavam instrumentos para diminuir uma
demanda agregada (corte do gasto público) e não rearranjar a economia e a memória
inflacionária – que foi conseguido apenas depois com o Plano Real..
Ademais da explicitação acima, era necessário detalhar cada plano econômico e algumas
assertivas baseadas nos trechos abaixo. Por exemplo:
Sobre o Plano Bresser: ele não adotou políticas que pudessem efetivamente combater a inflação
inercial. E seria importante você adicionar que: "outros problemas começaram a ameaçar o
sucesso do Plano Bresser. Em primeiro lugar, havia falta de credibilidade da opinião pública,
especialmente pelo fato de se ter lançado mão de um congelamento, tal como fora feito no
Cruzado, expediente que havia trazido, como se sabe, grandes benefícios no curto prazo, mas
que produziu efeitos desastrosos a médio prazo. 
Em segundo lugar, os desequilíbrios de alguns preços relativos, apesar do cuidado que se tomara
na implantação do Plano, aliados aos grandes superávits na balança comercial, causavam
consideráveis pressões inflacionárias. Em terceiro lugar, a manutenção do regime de taxas
de juros reais positivas, ao mesmo tempo que inibia a explosão de consumo — algo de fato
almejado —, também estimulava o direcionamento do investimento para o setor financeiro em
detrimento do produtivo, o que constituiria um grande problema, sobretudo no médio prazo. Por
fim, embora a realização de uma reforma tributária fizesse parte da estratégia do Ministério da
Fazenda para que o plano fosse bem-sucedido, tal reforma não foi levada adiante pelo
governo devido às mais diversas restrições, sobretudo de ordem política."
Desde o início, vários fatores colaboraram para determinar o fracasso do plano. A inflação, que
caíra para pouco mais de 3% em fevereiro, elevar-se-ia, já em abril, para mais de 7%. Como
contrapartida, o governo viu-se obrigado a elevar as taxas de juros, o que fazia cair por terra a
promessa de reduzir o déficit público naquele ano. Em pouco tempo, alguns aumentos foram
autorizados, o cruzado novo foi desvalorizado e o congelamento começou a ser desfeito. A
indexação voltou a ser praticada com a criação dos Bônus do Tesouro Nacional (BTN). Em
setembro de 1989 o governo suspendeu o pagamento dos juros da dívida externa, em razão da
deterioração do saldo comercial. Os últimos meses do governo Sarney foram marcados por
verdadeiro caos político e econômico. Não havia mais credibilidade nem sustentação política ao
governo, após as diversas tentativas — todas fracassadas — de estabilização econômica.
Embora os três planos — Cruzado, Bresser e Verão — tenham procurado eliminar ou reduzir a
inflação, esta atingia níveis ainda mais preocupantes do que antes, no limiar da hiperinflação. A
taxa de inflação anual em 1989 foi de 1.764,86%, enquanto as taxas mensais no início de 1990
foram de 64,17% em janeiro, 73,21% em fevereiro e 85,12% na primeira quinzena de março.

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