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- ' L ' TORNEIRO MECÂNICO ( 1 FASE) MINISTÉRIO DA EDUCAÇAO E CULTURA-DIRETORIA D O ENSINO INDUSTRIAL h Coordenação de: AGNELO CORRFA VIANNA HELI MENEGALE JOAO B. SALLES DA SILVA LUIZ GONZAGA FERREIRA Elaboração de: HELIO NAVES - MEC - Goiânia HERCULANO LEONARDO SOBRINt LEOLINO DE SOUZA MATTA - SE NICOLINO TIANI - SENAI - São SÉRGIO RIBEIRO - SENAI - São DEUSDEDIT CÂMARA - SENAI - SILVIO DE TOLEDO SALLES - SEh i0 - iNAI - Paula Paulo Mina! IA1 - 5 G Mii SíMBOLOS DAS FERRAMENTAS Algarismos de aco Alargadores cõnicos Alicate universal Arco de serra Broca de centrar Contra molde Cossinete - Tarraxa - Desandador & Compasso de ferreiro (i! Compasso de centrar R Compasso de pontas /4 Contra - estampo cEE - Escala de ferreiro SíMBOLOS DAS FERRAMENTAS Ferro de soldar Gramin ho Estampo para rebites CI Limas rnurças * b @ e a d ; Limas bastardas s i 4 @ f i o 4 Macete 0'3 Macho p- M a l h o L+ Mandril para brocas a M a r t e l o tT Molde M o r s a de mão w Mandri l - manivela Punção de bico Porca ca l ib re Verificador de rosca Fresa escate l TORNEIRO I TORNEAR CILÍNDRICO EXTERNO I FÔLHA DE I MEC*NICO NA PLACA UNIVERSAL OPERACÃO O torneamento cilíndrico é uma das da é quando a peça está prêsa na placa uni- operaçóes básicas da profissão de torneiro me- versal ou na de castanhas independentes. cânico. Trata-se de uma operação muito exe- Para abrir uma rosca ou para ajustar cutada em quase todos os trabalhos de tor- um eixo num mancal, numa polia, numa nearia. engrenagem, etc., faz-se o torneamento cilín- A maneira mais simples de ser efetua- drico. FASES DE EXECUGÃO I -- DESBASTAR l.a Fase Deixe para fora da placa um compri- mento maior do que a parte a ser usinada (fig. 1.) 2.a Fase PRENDA A FERRAMENTA de desbastar, verificando: a) O alinhamento (fig 1). A ferramenta de- verá ficar perpendicular à superfície a ser torneada. b) (3 balanço b, que deverá ser o menor pos- sível. c) A altura. A ponta da ferramenta deverá ficar na altura do centro da peqa. Para acertar essa altura, toma-se como referên= cia a contraponta (fig. 2). Fig. 1 Fig. 2 3.a Fase ção, afaste o instrumento usado, ligue o tôr- MARQUE O COMPRIMENTO a ser tornea- no e aproxime a ferramenta até que ela faça do, usando o compasso (fig. 3), a escala (fig. um risco que vai servir de referência durante 4) ou o paquímetro (fig. 5). Para a marca- o torneamento. Escala Fig. 3 Fig. 4 Fig. 5 MEC - 1965 - 15.000 TORNEIR0 TORNEAR CILÍNDRICO EXTERNO FOLHA DE - MECÂNICO NA PLACA UNIVERSAL OPERACÃO 1.2 I I -. - O~SERVASÃO: 6.a Fase Consulte a tabela de velocidade de AVANCE 1 mm E TORNEIE, mais ou me- corte e determine o numero de rotações por nos, 3 mm de comprimento, com avanço ma- minuto (r.p.m.) antes de ligar o torno. nual, conforme figuras 8 e 9. 4.a Fase 7.a Fase I APROXIME A FERRAMENTA até tomar contato com o material (fig. 6). Fig. 6 1 - 5.a Fase DESLOQUE A FERRAMENTA para a di- reita e tome referência no anel graduado Ifig. 7), marcando o ponto zero. _C Fig. 7 I Fis : 8 Fig. 9 DESLOQUE A FERRAMÉNTA, pare o torno e tome a medida (fig. 10). Determine quanto pode tirar ainda e quantos passes deve dar. Fig. I0 h , Comprimento do peço Fig. I 1 Fase - DÊ PASSES, em todo o comprimento (fig. 11 ), até que o diâmetro fique na medida 30 I MEC - 1965 - 15.000 desejada e pare o torno. No fim de cada c) Se tiver que dar acabamento, deixe 0,5 a passe, afaste a ferramenta e volte com ela ao 1 mm a mais no diâmetro. TORNEIR0 MECÂNICO ponto de partida para iniciar novo corte. OBSERVA$~ES : a) Atenção para o sentido de giro da inani- vela, quando afastar a ferramenta. a) Antes de parar a máquina, afaste a ferra- b) Não abandone o torno nem desvie a aten- menta da peça e desengate o avanço auto- ção, enquanto êle estiver em movimento. mático. c) Cuidado com cavacos quentes e cortantes. L TORNEAR CILÍNDRICO EXTERNO NA PLACA UNIVERSAL b) Para o torneamento automático, determi- d) Não use mangas compridas, pois são mui- ne o avanço, consultando a tabela. to perigosas para trabalhar em torno. I1 - DAR ACABAMENTO FÔLHA DE OPERACÃO 1 .a. Fase 1.3 SIJBSTITUA A FERRAMENTA de desbastar pela de alisar. 2.a Fase LIMPE E LUBRIFIQUE as guias do barra- mento usando escova, estôpa e almotolia (fig. '12). OBSERVA~ÃO : Verifique se a ponta está bem arre- dondada e a aresta cortante b,em aguçada. Se necessário. retoque a mesma com pedra F i g . 12 de afiar. 3.a Fase REPITA A 4.a E 5.a FASES da parte I e dê um passe na ,extremidade (fig. 13). MEC - 1965 - 15.000 31 PARE O TORNO e verifique as medidas (fig. 10 ou 14). TORNEIR8 MECÂblICO 5.a Fase CALCULE QUANTO DEVE TIRAR AINDA, regule a ferramenta até atingir a medida, ligue o torno e complete o torneamento, com avanço automático. I TORNEAR CILÍNDRICO EXTERNO NA PLACA UNIVERSAL a) Mantenha-se ligeiramente afastado do tôr- no e atencioso durante o passe. b). Se usar fluido de corte, não deixe que se interrompa o jato. FOLHA DE OPERAÇÃO QUESTIONÁRIO 1.4 1) Para que se torneia cilíndrico? OBSERVAÇÃO: c) Quando tornear latão, use óculos prote- tores para os olhos ou uma rêde metálica Determine a r. p. m. e o avanço. Con- ou plástica sobre a ferramenta. sulte a tabela. d) Proteja, limpe e lubrifique as guias do torno constantemente, quando trabalhar com ferro fundido. 4.a Fase Fig. 14 2) Como pode ser marcado o comprimento a ser torneado? I 3) Que se usa para medir um eixo desbastado: micrômetro, paquímetro ou compasso? Por quê? I 4) Por. que não se deve usar roupa com mangas compridas, quando se está torneando? 5) Ao se prender o material na placa, quanto deve ser deixado para fora da mesma? 6) Que deve ser observado ao se prender a ferramenta? 7) No desbaste, quanto se deve deixar de. material a mais para dar acabamento? 8) Que precaução deve ser tomada em relação às guias do torno, quando se torneia ferro fundido? I 12 MEC - 1965 - 15.000 . - -- - - - - - . -- . . - . . . TORNEIR0 TORNO MECÂNICO HORIZONT.4L FOLHA DE INFORMAÇÁO MECÂNICO (NOMENCLATURA E CARACTERÍSTICAS) TECNOLOGICA 1.1 O Tôrno mecânico horizontal é uma rotajão, por meio de uma ferramenta de corte máquina que executa trabalhos de tornea- que se desloca continuamente, com sua aresta mento destinados a remover material da cortante pressionada contra a superfície da superfície de urna peça em movimento de = peça. Fig. I - Tôrno mecânico horizontal. Vista de fvente. Fig. 2 Tdrno mecânico horirontal com transmissão extel-na. Vista lateral. Fig. 3 Tôrno mecânico horizon- tal com transmissão inter- na. Vista lateral. NOMENCLATURA As figs. 1 e 2 representam um rôrno torno, no qual o niotor e a transmissão se mecânico harizontal do tipo clássico, com acham na caixa do pé, não havendo assim motor elétrico e transmissão dispostos exter- polias ou .partes móveis salientes, que cons- namente. tituem perigo para o operador. A fig. 3 mostra a vista lateral de outro I I MEC - 1965 - 15.000 33 T~RNEIRO TORNO MECÂNICO HORIZONTAL F6LHA DE MECÂNICO INFORMAÇÁO 1.2 (NOMENCLATURA E CARACTERISTICAS) TECNOLóGICA J Os tornos modernos tendem a se tor- pondente (fig. 4). Apresentam um aspecto nar cada vez mais blindados, com a quase compacto de linhas simples e de arestas mais totalidade do mecanismo alojada no interior acentuadas. das estruturas do cabegote fixo e do pé corres- ~ ~ ~ ~ r n ~ O- MnC~ctrnwnpabtM I Vista de frente Vista lateral Fig. 4 - Tôrno mecânico horizontal CARACTERíSTICAS DO T 6 R N Q HORIZONTAL São consideradas características mais importantes as seguintes: 1) Distância máxima entrepontas (D, na fig. 4). 2) Altura das pontas em relação ao barramento (A, na fig. 4). 3) Altura da ponta em relação ao fundo da cava. 4) Altura da ponta em relação à mesa docarro. 5) Diâmetro do furo da árvore. 6) Passo do fuso roscado ou número de fios por 1" do mesmo 7) Número de avanços automáticos do carro. 8) Roscas de passos em milímetros (caixa Norton). 9) Roscas de passos em polegadas (caixa Norton). 10) Roscas módulo e diametral Pitch (caixa Norton). 1 1) Número de- velocidades da árvore. 12) Potência do motor em HP. QUESTIONAR10 1) No aspecto externo, em que diferem os tornos modernos dos antigos? Qual a vanta- gem principal, quanto ao novo aspecto externo? 2) Diga as características principais de um tôrno mecânico horizontal. 3) Em que consiste a operação de tornear? - 34 MEC - 1965 - 15.000 ESCALA I F6LHA .DE INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA O mecânico usa a escala para tomar medidas lineares, quando não há exigência. de grande rigor ou precisão. A escala (fig. l), ou régua graduada, é um instrumento de aço que apresenta, em geral, graduações do sistema métrico (decíme tro, centímetro e milímetro) e graduações do sistema inglês (,polegada e subdivisões). Fig. I As menores divisõ~s, que pe~mitem clara leitura nas gradua~ões da escala, são as de milímetro e 1/32 da polegada. Mas estas últimas, quase sempre, sòmente existem em parte da escala, que se apresenta em tamanhos diversos, sendo mais comuns as de 6" (152,4 mm) e 12" (304,8 mm). No caso das figs. 3 e 4, coincide-se o traço de 1 cm com o extremo da dimensão a medir. Da leitura, subtrai-se depois 1 cm. No indicado pela fig. 3, deve-se ter o cui- dado para não inclinar a escala. No indicado pela fig. 4, gira-se a escala nos sentidos indicados pelas flechas, até encontrar a maior medida. Quando se faz a medição em polegada, deve-se coincidir o traço de 1". I MEC - 1965 - 15.000 USOS DA ESCALA As figs. 2, 3 e 4 mostram alguns exemplos. Mede-se, neste caso, a partir do encosto da escala. Êste d e ~ e ser bem ajustado na face do ressalto da peça. Esta face deve estar bem limpa. Fig. 2 - Medição de compri- mento com face de referêincia. Fig. 3 - Medição dk comprimento sem encôsto de reférência. Fig. 4 - Medição de didnzet~o. As figs. 5, 6 e 7 mostram três tipos de escalas para fins especiais. Fig. 5 - Escala de emcôsto interno. TORNEIRO MECÂNICO V Fig. 6 - Esca2a de profundidade. F6LHA DE INFORMAÇÃO TECNOL6GICA ESCALA . L.o* 1"lM"nJ Fig. 7 - Escala de dois encostos (usada pelo ferreiro). 1 -4 Fig. 8 - Medição de comprimento com face interna de referência. Fig. 9 - M'edição de pro- fundidade de rasgo. Fig. 10 - Medição de profun- d i d a h de furo não vazado. CARACTERISTICAS DA BOA ESCALA 1) Ser, de preferência, de aço inoxidável. 2) Ter graduação uniforme. 3) Apresentar traços bem finos, profundos e salientados em prêto. As graduações de i /2 milímetro e de 1/64 da polegada na escala são de leitura mais difícil. CONSERVAÇÃO DA ESCALA 1) Evite quedas e o contacto da escala com 4) Náo flexione a escala, para que não se ferramentas comuns de trabalho. empene e não se quebre. 2) Não bata com a mesma. 5) Limpe, após o uso, para remover o suor e 3) Evite arranhaduras ou entalhes que preju- as sujeiras. diquem a graduação. 6) Aplique ligeira camada de óleo fino na escala, antes de guardá-la. QUESTIONARIO 1) Quais são as graduações bem visíveis da escala do mecânico? 2) Quais são as características de uma boa escala? 3) Em que casos o mecânico usa escala? 4) Quais são os cuidados a tomar para a conservação de uma escala? 5) Quais são os comprimentos mais comuns da escala (mm e polegada)? I 36 I MEC - 1965 - 15.000 TORNEIRO I PAQUf METRO I FGLHA DE I MECÃNICO NOMENCLATURA-LEITiiRA-CARACTERf STICAS INFOR*<*CAo 1 1 5 1 CONSERVAÇÃO TECNOLBGICA I MECANICO PAQUf METRO FÔLHA DE TORNEIRO NOMENCLATURA-LEITURA-CARACTERÍSTICAS INFORMACÃO CONSERVAÇÃO TECNOLÓGICA 1 .b I 1) O contacto dos encostos com as superfícies bem correta. Qualquer inc1inaçã.o dêste, da peça deve ser suave. Não se deve fazer altera a medida. pressão exagerada no impulsor OU no para- 3) Antes da medição, limpe bem as superfí- fuso de chamada. cies dos encostos e as faces de contacto da 2) Contacto cuidadoso dos encostos com a Peça. peça, mantendo 0 paquímetro em posição 4) Meça a peça na temperatura nor'mal. O calor dilata a mesma e altera a medida. i0 COM PAÇ.UÍM1- -_ 3 Podem resultar: 2) De quem mede (êrro devido a pressão ou contactos inadequados, leitura desatenta, 1) De construção defeituosa ou má conserva- descuido na verificação da coincidência de $50 do paquíinetro (graduação não uni- traços, posição incorreta do paquímetro, forme, traços grossos ou imprecisos, folgas deficiência de visão, visada incorreta do do cursor, arranhaduras). vernier e da escala). I UUIVI PAQU 1) Ser de aço inoxidável. 5) Encostos bem ajustados. Quando juntos, 2) Ter graduação uniforme. não deixam qualquer fresta. 3) Apresentar traços bem finos, profundos e salientados em prêto. Qualquer empeno do paquimetro, por 4) Cursor bem ajustado, correndo suave- menor que seja, pode prejudicar 0 rigor da mente ao longo da haste. medição. 1) Deve ser manejado com todo o cuidado, 5) Dê completa limpeza após o uso, lubrifi- evitando-se quedas. que com óleo fino. 2) Evite quaisquer choques. O paquímetro 6) Não pressione o cursor, ao fazer uma me- não deve ficar em contacto com as ferra- dição. mentas usuais de trabalho mecânico. 7) De vez em vez, afira o paquímetro, isto é, 3) Evite arranhaduras ou entalhes, que pre- compare sua medida com outra medida judicam a graduação. padrão rigorosa ou precisa. 4) O paquímetro deve ser guardado em estojo próprio. 1) Cite os erros de- medição que podem resultar sòmente do paquímetro. 2). Para que serve o impulsor do paquímetro? 3) Indique as condições para que uma medida seja bem tomada. 4) Cite os erros que podem resultar sòmente da pessoa que mede. 5) Quais são as características de um bom paquímetro? 6) Quais são os cuidados na conservação de um paquímetro? 7) Que é a aferição de um paquímetro? 3 8 MEC - 1965 - 15 TORNEIRO I I ..LHA DE 1 , .7 1 I MECiNICO RECOMENDAÇõES SOBRE O USO DO TORNO INFORMAÇÁO TECNOL6GICA Tratando-se de máquina de grande pre- cisão, de mecanismo complexo, de constante emprêgo na oficina e de custo elevado, todos os cuidados devem ser adotados pelo opera- dor a fim de manter o torno sempre em or- dem e bem conservado, assim como para usá- 10, convenientemente, conforme as técnicas de trabalho mais adequadas e as indispensáveis normas de segurança. Algumas regras gerais, consagradas pela prática, são dadas em seguida, para orienta- ção dos principiantes. 1) Aprenda bem as funções dos seus diver- I sos órgãos. 2) Mantenha-o convenientemente lubrifica- do. 3) Conserve-o limpo e em ordem. A máqui- na suja não é adequada a um trabalho. 4) Compreenda e planifique completamente a tarefa, antes de iniciá-la. 5) Observe se o torno está bem equipado e, em seguida, trabalhe com prudência, e de modo ordenado. 6) Conserve afiadas as ferramentas de cor- te. As ferramentas embotadas ou "cegas" atrasam a produção; dão mau acabamen- to e impõem ao tôrno um injustificado ou desnecessário esforço. 7) Execute um corte que possa ser bem su- portado pela máquina, pela peça e pela ferramenta de corte. Várias sucessões de cortes leves desperdiçam tempo, obrigan- do o operador a trabalho desnecessário. 8) Tome interêsse pelo seu trabalho. Utilize i a máquina como se estivesse trabalhando para si próprio, 9) Afie, na pedra com óleo, os gumes das ferramentas de corte, depois que tenham sido esmerilhados, o que aumenta a du- ração dos mesmos. 10) Aprenda a ter responsabilidade. Isso é um requisito indispensável para que uma pes- soa possa trabalhar. 1 1) Concentre-se em seu trabalho. Uma falha de atenção pode causar sério acidente. 12) Nunca deixe a chave de apêrto encaixada na placa de castanhas. 13) Não tome desordenadamente as medidas da peça. Os detalhes dos desenhos ou dosesboços são dimensionados visando a fins determinados. Execute-os dentro dos li- mites especificados. 14) Não desperdice tempo trabalhando com precisão ou cuidado maiores do que os exigidos pelo desenho ou pelo esboço. 15) Não procure justificar-se quando inutili- zar uma peça. Assuma a responsabilidade, e procure executar peça melhor da próxi- ma vez. 16) Não manobre qualquer alavanca nem gire qualquer manípulo do torno, senão de- pois que,conheça os resultados da mano- bra. 17) Não deixe que os cavacos ou aparas se acu- mulem em tôrno da ferramenta de corte. Quebre-os com um gancho. Melhor ain- da é, em certos casos, esmerilhar a ferra- menta, dando-lhe um "quebra-cavaco" (rebaixo de forma adequada). 18) Não trabalhe no torno com camisa de mangas compridas. Mantenha-as enrola- das acima do cotovelo. 19) Não use paletó ou avental folgados, quan- do trabalhar no torno. 20) Não use também gravatas longas ou anéis. 21) Não trabalhe no torno e converse ao mes- mo tempo. Se você precisa falar, pare a máquina. 22) Não deixe de usar óculos de proteção, quando tornear peças cujos cavacos sal- tem. , 23) Não tente verificar um furo, sem antes proteger-se da ferramenta, a fim de evi- tar ferimentos no braço ou na mão. 24) Ao limar uma peça no torno, não o faça arqueando o braço esquerdo sobre a pla- ca. 25) Nunca coloque a mão ou os dedos em uma pesa ou ferramenta que esteja girando. L MEC - 1965 - 15.000 26) Não saia deixando o torno em movimen- Não deixe também peças ou ferramentas to. Se for obrigado a afastar-se da máqui- sobre o barramento do torno. na, desligue-a antes. 28) Não torneie com o carro transversal e a 27) Não deixe cair ou chocar-se a placa de cas- espera muito salientes em relação à cor- tanhas, a placa lisa ou a placa de arrasto rediça da sua base. contra as guias do barramento do torno. TORNEIRO F6LHA DE MECÂNICO RECOMENDAÇÕES SOBRE O USO DO TORNO INFORMACÃO TECNOLÓGICA Um hábito que se deve adotar, ao apren- der o manejo do torno, é o de certificar-se de que o carro se move livremente ao longo das guias do barramento, antes de pôr a máquina 1.8 TES PRECl TRABAL , INICIAR O 1) a porca do carro não está engrenada no fuso; 2) as alavancas de avanço não estão ligadas; em rotação. A primeira medida que o mecânico ex- perimentado deve tomar, quando vai traba- lhar em um tôrno, é mover o carro ao longo das guias, manualmente, para assegurar-se de . que : 3) a trava do carro não está,apertada; 4) as guias do barramento estão lubrificadas; 5) a peça passará livre pelo carro, quando em rotação. NOTA: AS recomendações e precauções, enunciadas acima foram traduzidas dos livros: - "Machine Shop Theory and Prac- - "Machine Too1 Operation", de Hen- tice", de Albert M. Wagener e Har- ry D. Burghardt e Aaron Axebrod lon R Arthur - Edit. D. Van Nos- - Edit. Mc. Graw Hill Book Co. trand Co. Inc. Inc. TORNEIR0 UTILIDADE DO TORNO MECÂNICO E FOLHA DE ' INFORMAÇÁO OPERAÇõES QUE REALIZA TECNOLÓGICA 1.9 MECÂNICO 0 torno mecânico é máquina-ferramen- 5) 'J ornas de platô, em geral de eixo hori- ta de muita utilidade nas oficinas mecânicas, zontal. Servem para tornear peças curtas, não sòmente porque se presta à execução de mas de grandes diâmetros, como aros de grande variedade de trabalhos, mas também rodas de locomotivas e vagões. porque a sua ferramenta de corte é relativa- mente simples e, na maioria dos casos, pode 6) Tornos automáticos e semi-automáticos, ser preparada na própria oficina. que possuem mudança automática de ali- Determinadas operações, que normal- mente se fazem em outras máquinas, tais I como a furadeira, a fresadora e a retifitadora, também se podem executar no tôrno, com adaptações relativamente simples. O tôrno é uma verdadeira máquina universal, porque pode substituir, até certo ponto, outras máquinas-ferramentas. mentação e emprêgo automático, em uma ordem determinada, das ferramentas ne- cessárias a cada operação. Nos tornos dêste tipo, que servem para a grande produção seriada, o material das peças a tornear tem movimentos de rotação e avanço de alimentação. De um modo geral, são comuns a todos os tipos de tornos, com as variações de dis- I positivos ou dimensões exigidas em cada caso, Os tornos mecânicos podem ser classi- os seguintes mecanismos e partes: ' ficados nos seguintes tipos: 1) Partes que suportam ou alojam os dife- 1 ) Tornos horizontais, de árvore horizontal e rentes mecanismos (barramento, pés, ca- barramento horizontal. beçotes, caixas). 2) Tornos verticais, com árvore vertical. 2) Mecanismos, que transmitem e transfor- mam o movimento de rotação da árvore 3) Tornos-revólver, no qual várias ferramen- (polias, engrenagens, redutores). tas, montadas em porta-ferramentas ade- quado~ atacam a Peça sucessivamente, em 3) Mecanismos que possibilitam o desloca- operações diversas, pelo acionamento de mento da ferramenta ou da peça, em di- certos comandos rápidos. São tornos para ferentes velocidades (engrenagens, caixa trabalhos em série, de grande produção. de câmbio, inversor de marcha, fuso, va- ra, etc.). 4) Tornos copiadores - São os que produzem uin movimento combinado, obrigando a 4) Partes de fixação da ferramenta e da peça ferramenta a cortar- um perfil na peça, a tornear. que acompanha, por meio de uma guia, um outro semelhante tomado como mo- 5) Comandos dos movimentos e das veloci- dades. dêlo. I MEC - 1965 - 15.000 I -- - TORNEIR0 UTILIDADE DE TORNO MECÂNICO E FBLHA DE MECÂNICO INFORMAÇAO 1.1 0 OPERAÇõES QUE REALIZA TECNOLóGICA OPERAGõES QUE O TORNO REALIZA A feramenta de corte, conforme a sua posição ou a sua forma, pode ataczr a peça externa ou internamente. 1) Operações em que se dá deslocamento da ferramenta paralelamente ao eixo de rotação da peça. Eis alguns exemplos, em operações externas (figs. 1 a 3). Desbaste cilindrico Alisamento cili~zdrico Rôsca cilindrica externo. externo. externa. Fig. 1 Fig. 2 Fig. 3 2) Operações em que se dá deslocamento da ferramenta perpendicularmente ao eixo de rotação da peça. Exemplos em ooperações externas. (figs. 4 a 6). Faceamento d esquerda. Fig. 4 Faceamento à direita. Fig. 5 Sangramen to. Fig. 6 Torneamento r ô ~ l i c o . Tor?zeameir to de perfil. Pig. 7 Fig. 8 3) Operações com deslocamento oblíquo em relação ao eixo de rotação da peça (fig. 7). 4) Operações com deslocamentos combina dos, em direções diferentes (fig. 8). I Torneamento cilindrico interno. Fig. 9 Faceamento interno. Fig. 10 Torneamento conico Torneamento interno. de perfil Fig. 11 i n t ~ r n o . Fig. 12 Qualquer dos quatro tipos gerais de operações citados pode ser também executado internamente, em furos. Exemplos (figs. 9 a 12). QUESTIONARIO 1) Por que o torno mecânico é uma das máquinas-ferramentas de maior utilidade? 2) Cite os mecanismos e partes que, em geral, são comuns a todos os tipos de tornos. 3) Indique e caracterize seis tipos de tornos mecânicos. 4) Cite os nomes de diversas operações externas e internas que o torno realiza indicando os deslocamentos da peça e da ferramenta. I I 42 MEC - 1965 - 15.000 I TORNEIR0 FIX&ÃO DA FERRAMENTA DE CORTE FOLHA DE MECÂNICO INFORMACÃO 1.1 1 (NORMAS GERAIS) TECNOLÓGICA 1 A fixação da ferramenta de corte no importância, pois influem no rendimento e porta-ferramenta do torno e sua posição cor- na qualidade do trabalho, assim como na du- reta em relação à peça a tornear são de grande ração do corte da própria ferramenta. POSIÇÃO DA FERRAMENTA EM RELAGÃO A PEGA A ponta da ferramenta deve ficar à trabalho se torna defeituoso. Oferece, tam- Altzlra do Eixo Geométrico (ou do centro) bém, o perigo da ferramenta "enterrar-se" no da Peça (fig. 1). Então, os ângulos f (formado material, quebrando-se ou arrancando a peça. na frente), c (ângulo da cunha ou do gume Admite-se que, em operação de corte da ferramenta) e s (formado na parte supe-pesado (grandes cavacos), a ponta da ferra- rior), nas ferramentas bem afiadas, terão .os menta fique ligeiramente acima do centro valôres capazes de produzirem bom rendi- (cêrca de 1/40 do diâmetro da peqa, até um mento para o corte. Fig. 1 Para se obter a altura desejada, em máximo de 2 mm), para que na0 se dê flexão cada fixação de ferramenta, é usual o em- da ferramenta e pressão exagerada sobre O prêgo de um ou mais calços de aço, entre a carro do torno. parte inferior da ferramenta e a base do Quanto ao ângulo do eixo longitudinal porta-ferramenta (fig. 2). da ferramenta com o eixo longitudinal da Se a ponta da ferramenta fica abaixo peça, o valor é variável, conforme o tipo de do centro da peça, a aresta cortante tem maior trabalho. Por exemplo, reto (900) na opera~ão penetração, a ferramenta fica forçada, o metal de desbastar (fig. 3) e pouco inferior a 90° é arrancado, os cavacos têm saída difícil e o na operação de facear (fig. 4). ! . Fig. 4 MEC - 1965 - 15.000 43 Fig. 2 TORNEIRO I FIXAÇÃO DA FERKAMENTA DE CORTE I F6LHA DE INFORMAÇAO 1 1 2 MECÂNICO (NORMAS GERAIS) TECNOL6GlCA I TIPOS DE PORTA-FERRAMENTA São usuais os indicados nas figs. 5, 6 e 7: o de poste (fig. 5), o de placa ajustável (fig. 6) e a torre quadrada (fig. 7). 14 Fig. 5 Fig. 6 - Fig. 7 Os dois primeiros se prestam à fixação último, mais reforçado, serve para trabalhos da ferramenta de corte em trabalhos leves. O pesados, nos quais é grande o esfôrço de corte. Para que a ferramenta conserve bem tato superior no porta-ferramenta (figs. 9 seu corte, produza trabalho de bom acaba- e 10). No exemplo da fig. 9, a placa de mento e não trepide, deve ser rígida, isto é, apêrto deve estar bem nivelada, para que não deve flexionar, por pouco que seja, em se dê completo contato entre sua face in- virtude da pressão de corte. ferior e a face superior da ferramenta de corte. Fig. 8 Para que uina ferramenta de corte fi- que rígida, são necessários: 1) ter seção proporcional ao esforço de corte. Se êste fôr grande, usa-se ferramenta ro- busta. Se fôr pequeno, não há inconve- niente no uso de uma seção estreita; 2) ter o mínimo possível de saliência em re- lação ao porta-ferramenta (figs. 8 e 10), isto é, o balanço b deve ser o menor possível; 3) ser enèrgicamente apertada, com as maio- res superfícies possíveis de apoio e de con- Fig. 9 Fig. 10 4 MEC - 1965 - 15.00 TORNEIRO FACEAK NO TORNO FOLHA DE MECÂbl.(ICO OPERACÃO 2.1 A operação de facear externo normal- de referência, a fim de se poder marcar um mente é executada antes tle se fazer outra ope- comprimento (iig. 1 ) ou, ainda, para permi- ração na peça. Serve para preparar uma face tir furação sem o desvio da broca. FASES DE EXECUÇÃO l . a Fase PRENDA A PEÇA na placa (fig. 2). OBSERVAÇÃO: Deixe para fora da placa uni compri- mento L, menor ou igual ao diâmetro 1) do material. 2.a Fase PRENDA A FEKKAMENTA de facear adc- quada (fig. 3). OBSERVAÇ~ES : a) Deixe a aresta cortarite da ferramenta em ângulo com a face da peça (fig. 5 ) e na altura do centro (figs. 4 e 5). I ) ) O balariço 6 deverá ser o menor possível. Fig. 4 C) Quando, iiu taceamento de pecas não fu- radas, a ferramenta é prêsa aciina ou I abaixo do ceiitro (figs. 6 e 7j, ela deixa um resto de corte H que provoca a rup- Fig. 5 tura da ponta cortante. No caso de ser ferra~nenta de carbonêto, ela quebra-se ainda com maior facilidade. Fig. 6 Fig. 7 Fig. 8. Fig. 9 MEC - 1965 - 15.000 47 3.' Fase LIGUE O TORNO, aproxime, cuidadosa- mente, a ferramenta do ponto mais saliente da peça (fig. 8) e fixe o carro principal. 1 OBSERVAÇÃO: Consulte a tabela de velocidade de corte e determine a r.p.m. TORNEIRO MECÂNICO I 1 4.' Fase TOME REFERÊNCIA no anel graduado da espera (fig. 9). FACEAR N O TORNO DESLOQUE A FERRAMENTA para o cen- tro da peça (fig. 10), avance meio milímetro e corte do centro para fora. d 1 6.a Fase - FOLHA DE OPERAÇÃO REPITA A 5.a FASE até que a face da peça fique completamente lisa. 2.2 OBSERVA~~ES: a) Verifique se a peGa deve ser faceada nos dois lados e divida o material excedente pelas duas faces. b) Faça o movimento das mãos lento e uni- forme, para obter uma superfície bem acabada. Habitue-se a trocar de mão sem parar o deslocamento da ferramenta. c) O último passe deve ser bem fino ( I a 2 décimos de milímetro). d) Sempre que possível, faceie usando o au- tomático do torno. Neste caso, consulte a tabela de avanços. Não deixe a ferramenta avanqar além do centro da peça (face plana sem furo), pois isto prejudica o corte e pode quebrar a ponta. NOTAS : a) O faceamento no torno pode ser, também feito em peças prêsas: - entrepontas, com a contraponta rebai- xada para permitir o faceamento total (fig. 11). - em mandril paralelo (fig. 1 2). - em placa lisa com cantoneira (fig. 13). b) A ferramenta de facear deve ser escolhida conforme o caso (figs. 14, 15 e 16). c) Faceando entrepontas, use lubrificante na contraponta. d) Cuidado para que a ferramenta não toque a contraponta. Fig. 10 Fig. 11 pzno Fig. 12 CEAMENTO Fig. 14 - Faceamento de peça pequena, presa n a placa uni - versal. Fig. 15 - Faceamento da peça en tmpontas . Fig. 16 - Faceamento de peça grande, prêsa na placa de cas- tanlzas independentes. 8 I MEC - 1965 - 15.000 USO DA PLACA UNIVERSAL DE MECÂNICO TRÊS CASTANHAS I TECNOLÓGICA .OLHA DE 1 2*1 1 INFORMACÃO A placa universal de três castanhas é muito usada na oficina mecânica, pois permite centragem rápida da peça; apresenta, entre- tanto, os seguintes inconvenientes: 1) não serve para a fixação e centragem de peças de qualquer forma, mas sòmente para peças cilíndricas ou hexagonais; 2) depois de certo tempo de uso, devido ao desgaste no seu complicado mecanismo, não oferece centragem precisa; 3) exige cuidados na lubrificação. A ranhura não deve ser lubrificada, para evitar que os cavacos e sujeiras a ela adiram, influin- do -na precisão da centragem ou danifica- cando a placa. I Quando é necessário muita precisão na centragem de uma peça na placa, não convém usar a placa universal, mas a placa de casta- nhas que se movem independentemente umas das outras. MONTAGEM DA PLACA UNIVERSAL NA ARVORE DO TaRNO i Cuidados a tomar: 1) Coloque a placa sôbre um calço de madeira apropriado, no barramento do torno, como mostra a fig. 1. - Fig. 1 2) Limpe e lubrifique cuidadosamente a rôs- 4) Ajuste a placa contra o topo da árvore, ca da árvore e a face do flange. Qualquer com a mão direita, e, com a esquerda, gire sujeira ou rebarba nessa face pode tornar lentamente o torno, até que o encosto da defeituosa a centragem da peça. placa fique apertado na face do flange. 3) Limpe a rosca da placa com grampo pró- Nunca se deve montar a placa com o torno prio (fig. 2). em movimento. DESMONTAGEM DA PLACA UNIVERSAL DA ARVORE 1) Ligue as engrenagens de redução da mar- cha do tôrno. da fig. 1, que impedirá qualquer choque da placa contra as guias do barramento. 2) Coloque um calço de madeira entre uma das castanhas e (as guias posteriores do barramento (fig. 3). - 3) Gire manualmente a árvore no sentido in- dicado pela seta (fig. 3), para afrouxar o apêrto. 4) Desatarraxe a placa à mão, colocando an- tes sobre o barramento a peça de madeira Fig. 3 I MEC - 1965 - 15.000 49 5 ) Uma vez desmoiltada, deite a placa apoia- da sobre as castanhas. Coii~ isso se evita que os cavacos, por acaso caídos no inte- TORNEIR0 USO DA PLACA IJNIVERSAL DE MECÃNICO TRÊS CASTANHAS rior da placa, possaui concorrer para eni- perrar o seu mecanismo. CLJTDADOS COM A PI.XGt1 I!NIVEKSAI. FQLHA DE INFORMACÁO TECNOLÓGICA 1) Não prenda na placa peças fundidas em bruto ou barras em bruto, com laininação defeituosa. 2) Não introduza canos no inanípulo da cha- ve de manobra com a finalidade de aumen- tar o braçode alavanca e tornar mais enér- gico o apêrto. 3) Para tornar melhor o apêrto da peça, basta usar a chave de manobra nos três encaixes dos pinhões da placa. 2.2 4) Lubrifique com graxa os pinhões e a coroa dentada da placa. N5o convém lubrificar a ranhura espiral, a fim de evitar a aderên- cia de sujeira ou cavacos. 5) De vez em quando, ou se houver alguma anormalidade no funcionamento da placa, desmonte-a e limpe cuidadosamente todas as peças do seu mecanismo. RECOMENDAC$3ES SBIIRE A FIXACiÃO DE PECAS NA PLACA CNIVERSAL 1) No caso de peças de grandes diâmetros, 3) Não fixe peças cônicas na placa, pois não prenda-as nos últimos degraus, evitando há possibilidade de mantê-las firmes. que as castanhas fiquem muito salientes, 4) A peça bruta, com empenanlento ou irre- ou seja, com pequeno encaixe nas ranhu- gularidade, não deve ser fixada na placa ras (fig. 4). universal. Esta só é usada para a centragem 2) A parte saliente da peça (figs. 5 e 6) não de peças bem uniformes. deverá, em regra geral, ser superior a três vêzes o diâmetro da peça (A 1 3 d). Fig. 5 Fig. 6 (Representação esquemática). 1) Quais são os incoi-i~enientes quanto ao uso da placa universal? 2) Quais as fases da inontagein da placa universal na árvore do torno? 3) Quais as fases e os cuidados na desmontagem da placa da árvore? 4 ) Quais os cuidados para conservacão da placa universal? 5) Indique algumas regras relativas à fixacão na placa universal. I 1 =O I MEC - 1965 - 15.000 Para remover certa espessura de mate- rial, ou seja, "dar um passe", o torneiro ne- cessita fazer avançar a ferramenta contra a peça, na medida determinada. A fim de que o trabalho se execute de modo preciso, a me- dida da espessura a remover deve ser fixada e garantida por um mecanismo que, além de produzir o avanço, permita o exato e cuida- doso controle dêste avanço. O torno mecânico possui mecanismos que atendem a tais condições: 1 ,o) no carro transversal, cujo deslocamento é sempre perpendicular ao eixo da peça ou à linha de centros do torno; 2.3 2.O) na espera, onde se situa o porta-ferra- menta, que pode ser inclinada a qual- quer ângulo, pois sua base é rotativa e dispõe de graduação angular. FOLHA DE INFORMAÇAO TECNOLÓGICA TORNEIR0 MECÃNICO 0 Fig. 1 OS ANÉIS G R A D U A D O S D O T O R N O o carro, fazendo-o avanqar ou recuar, confor- me o 'sentido da rotação do parafuso (fig. 1). Os dois mecanismos possibilitam o O controle dos avanços, em qualquer avanço da ferramenta por meio de um sistema dos carros, se faz por meio de graduações cir- parafuso-porca. O parafuso gira entre buchas culares existentes ein torno de buchas oii fixas, pela rotação de um volante ou de ma- anéis cilíndricos solidários com os eixos dos nivela. Com o giro do parafuso, a porca (que parafusos de movimento, e junto aos volantes é prêsa à base do carro) desloca-se e arrasta ou às manivelas (fig. 1). OS ANÊIS GR.4DUaDOS Os anéis graduados, também chamados colares micrométricos, são os dispositivos cir- culares, que determinam e controlam as me- didas de que devem avanqar os carros, mesmo que os avanços tenham de ser muito peque- nos. Sobretudo nos trabalhos de acabamen- to e de execução de roscas (nos quais são ne- cessários pequenos passes de espessuras pre- cisas) o emprêgo do anel graduado evita difi- culdades ou erros. O torneiro pode garantir um determinado! avanço da ferramenta, gi- rando o anel graduado de um certo número de divisões, a partir de uma referência fixa. Nas tarefas de tornearia, principalmen- te na execução de roscas, os anéis graduados podem servir às seguintes finalidades: 1) Graduar a penetração da ferramenta, na operação de roscar. 2) Dar a penetração à ferramenta, para uma determinada medida. 3) Permitir um ponto de referência para acertar novamente a posição de uma fer- ramenta que tenha sido deslocada durante a operação. ANEL GRADUADO PAR.4 PROFUNDIDADES DE CORTE EM VIZLCIKES MÉTRICOS Para explicar coino se controla a pene- duado tenha 80 divisões iguais, conforme a tração, admitamos que o parafuso do carro figura 2. tenha o passo p = 4 mm e que o anel gra- Nestas condições, uma volta completa do anel graduado fará com que a porca, e por- tanto a ferramenta montada no carro, avance - - de 4 mm. Se for feito o deslocamento de apenas uma divisão do anel, o avanço a ou penetra- ção da ferramenta terá a medida: 4mm 1 mm 80 - 20 - 0,05 mm. a=---- Aplicações 1) No anel da fig. 2, qual o número de divi- sões a deslocar para se ter uma profundi- dade de corte na ferramenta de a' = . . . . = 0,25 mm? Resposta: n = 0,25 t 0,05 = = 5 divisões. 2) Com um parafuso de passo p = 6 mm e um anel de 60 divisões iguais, qual o avan- ço a da ferramenta que corresponderá a 1 divisão? 6mm 1 mm Resposta: a = --- --- - 60 - 1 O - 0,l mm. Fig. 2 TORNEIR0 MECÂNICO ANEL GRADUADO PARA PROFUNDIDADE EM F ~ L H A DE INFORMAÇÃO TECNOL6GICA OS ANÉIS GRADUADOS DO TORNO FRAÇõES DECIMAIS DA POLEGADA 2.4 EXEMPLO - O parafuso tem 8 fios por pole- RESPOSTA: 11 = 0,015" + 0,001'' = 15 divisões gada e o anel graduado apresenta 125 divisões iguais. Calcular o avanço correspondente a 1 2) Com parafuso de 4 fios Por polegada e divisão do anel. um anel de 125 divisões, calcular a pro- Uma volta completa do anel graduado fundidade de corte correspondente a 1 dará o avanço de 118" à ferramenta. Portan- divisão. to, o deslocamento de apenas 1 / 125 do anel determinará o avanço o; a profundidade de corte a: Aplicações Como a penetração da ferramenta é radial, 1) Com o anel e o parafuso do exemplo ari- obtém-se no diâmetro uma redução de duas terior, calcular qual o número de divisões vêzes a penetração dada. ~ ~ ~ i ~ , se a penetra- adeslocarparase ter uma profundidade çáodaferramentafôrde0,1mm,odiâmetro de corte de a' = 0,015". sofre uma redução de 0,2 mm. 1) Indique três finalidades do anel graduado no torno. 2) Explique como funciona o anel graduado e como pode determinar e controlar a pe- netração transversal da ferramenta. 3) Com o passo p = 6 mm e 120 divisões do anel, calcular o avanço ou a profundidade de corte a. 4) Num anel micrométrico cujas divisões correspondem a 0,05, quantas divisões é preciso girar para um passe de 0,75 mm de profundidade? i2 MEC - 1965 - 15.00 A operação de desbastar consiste em remover, da peça em rotação no torno, o ca- vaco mais .grosso possível (o cavaco de maior seção), tendo em conta a. resistência da ferra- menta de corte e da máquina, bem como a conservação do gume cortante da ferramenta. Visa o desbaste a obter, com o máximo de rendimento, uma medida na peça que seja ligeiramente superior, de cêrca de 1 milíme- tro, à medida desejada como definitiva. Atin- ge-se aproximadamente à medida definitiva por meio de novos passes da ferramenta para acabamento. Essa operação final, depois do desbaste, requer passes leves da ferramenta de corte, que devem ser constantemente contro- lados por instrumentos de medida ou por calibradores de medida. TORN El R0 MECÂNICO FERRAMENTA DE DESBASTAR , FOLHA DE INFORMACÃO TECNOLóGICA FERRAMENTA DE DESBASTAR Particularmente, no caso do torno, é A ferramenta é de desbastar B direita usual denominar-se Ferramenta de desbastar (figs. 1 e 3) quando, ao cortar, se desloca no a que produz a operação de DESENGROSSAR sentido do CABEÇOTE MÓVEL PARA O CABEÇOTE COM PASSES FORTES, nos casos de cilindrar, ou FIXO. É de desbastar à esquerda quando, ao de tornear cônico, isto é, de operar o corte cortar, se desloca no sentido do CABEÇOTE de modo tal que a ponta da ferramenta se FIXO PARA O CABEÇOTE MÓVEL (figs. 2 e 4). desloque respectivamente paralela ou incli- nada em relação ao eixo da peça. 2.5 Fig. 1 - Ferramenta reta de des- bastar à direita. Fig. 3 - Fermmentn curva de des- bastar B d i ~ e i t a . Fig. 2 - Ferrame7zta reta de des- bastar a esquerda.Fig. 4 - Fe~rainenta curva de des- b a s t a ~ ci esquerda. FORMA DA PARTE úTIL DA FERRAMENTA DE DESBASTAR, FACES E ARESTAS A parte útil ou cortante da ferramenta para melhor rendimento ao corte. é esmerilhada de modo a formar duas arestas Os ângulos, suas denominações e valo- de corte ou gumes e a preparar certas faces res práticos, serão estudados oportunamente. que se dispõem. em ângulos determinados I MEC - 1965 - 15.000 TORNEIR0 FÕLHA DE MECÂNICO FERRAMENTA DE DESBASTAR INFORMACAO TECNOLÓGICA 2.6 I Com o auxílio das figs. 5 e 6 serão aqui caracterizadas apenas as superfícies oti Faces e as arestas da parte cortante. Face de .saida o u ataque: A B C D A Face frontal: A B B V A " A Face frontal secundária: BCC"BJ'B Aresta de corte, gume o u fio: A B Aresta de corte secundária: B C Aresta frontal o u de incidência: B B ' A inclinação da aresta de corte AB tem grande influência sôbre a duração do fio cortante, podendo produzir maior ou menor pressão de corte, maior ou menor vibração, devido à superfície do cavaco a arrancar. O ângulo r (figs. 7 e 8) chama-se ângulo de ren- dimento. eiii contato. Resulta aí maior pressão e a pos- Para um mesmo avanço a e uma rnes- sibilidade de maior vibração. Sobretudo, ma profundidade p de corte das duas ferra- quando no desbaste de peças de pequeno mentas das figs. 7 e 8, vê-se que, no caso da diâmetro, convém, portanto, ferramenta com fig. 8, há maior extensão da aresta de corte aresta de corte mais inclinada, como na fig. 7. ROBUSTEZ DA FEKKAMEN-I'I\ DE DESRASVI',4R A seção transversal mnop da haste da ferramenta (fig. 9) deve ser tal que a barra de aço possa resistir ao esforço de flexão que resulta da pressão de corte, ou seja, a pressão que se produz sôbre a aresta cortante, quando o cavaco é arrancado. A seçáo da ferramenta deve ser esco- lhida tendo em conta a seção do cavaco a arrancar, isto é, a área resultante do produto Fig. 9 a X p (avanço vêzes a profundidade do corte, figs. 7, 8 e 9). A regra usual é adotar-se uma área da seção da ferramenta 80 a 100 vêzes a área da seção do cavaco. Por exemplo, para um cavaco a cortar de 5 mm2 de seção, pode- se adotar a seção de 16 mm X 25 mril = 400 min2. Realmente, 80 X 5 mm2 = 400 i1iin2. 1) De um modo geral, em que consiste a operação de desbastar? 2) Para que serve a ferramenta de desbastar? Quais os seus deslocamentos? 3) Quais são os nomes das faces e arestas da parte útil da ferramenta? 4) Explique a influência da inclinação da aresta de corte da ferramenta. 5) Como deve ser escolhida a seção da ferramenta de desbastar? ? * 4 MEC - 1965 - 15 TORNEIRO I MECANICO I FERRAMENTA DE 1-ALEAR I FOLHA DE INFORMACAO TECNOLÓGICA 1 2.7 A operação de facear serve para remo- R A ~ Ã O QUE PERMI-rE, NO -TORNO, A O B T E N ~ Ã O ver material da peça em rotação no torno, DE SUPERFÍCIES PLASAS. fazendo o bico da ferramenta avançar em .4 operação de tacear pode ser, não sò- direcão perpendicular ao eixo da peça. Por mente por desbaste (passes profundos), mas iiieio do foceamento são feitos, no torno, os também em selni-acn1)ninento ou em acaba- planos dos topos das peça, os planos transver- mento (sucessivos passes leves, com controle sais dos rebaixos ou os cantos vivos dos i-e freqiiente das .medidas). baixos. Em suma, o faceainento é uma OPE- Fig. 1 F ' rr~-~i i i~rn ta reta (1'0 f ( i c ~ ~ i I. ti direita. Fig. 2 I rr~( i t i i c , !~ ta reta de ftir c .r ! l - ( i ~ s q ~ l e r d a . /*= 1 I ~errarnr?; ta reta de 5 curva de direita. Fig. 6 Ferramenta cilrva de facear 6 esqz~erdn. FERKAMEN?',1 DE FACEAR Apresenta as formas das figuras 1, 2, lado do cabeçote iiióvel. Nas figs. 2, 4 e 6 a 3 e 4 (ferramenta ~ e t n de facear) ou as das ferramenta é de facear à esquerda, ou seja, figuras 5 e 6 (ferramenta c u w a de facear). produz planos do lado do cabeçote fixo. Nas figs. 1, 3 e 5 a ferramenta é de Existe tainbem outro tipo de ferra- fncerr~. ir t/ir.ritn, isto é, ela produz planos do menta de facear, que trabalha ciliildrando - - -. - - - - - -..- ---r TORNEIR0 FBLHA DE FERRAMENTA DE FACEAR INFORMAÇÁO MECÂNICO TECNOL~GICA 2.8 lateral direita. Fig. 7 em passes profundos, com pequeno avanço e produzindo faceamento no rebaixo que deixa na peça. As figs. 7 e 8 mostram as duas fer- ramentas: faca direita e faca esquerda. O faceamento com as ferramentas in- dicadas nas figs. de 1 a 4 é feito do centro I para o exterior da peça. Quando a ferramenta tem a face de saída ou de ataque, conforme indicado nas figs. 5 e 6, o corte é feito do exterior para o centro. O que influi, então, no sentido de deslocamento da ferramenta, é a forma da face de ataque: se ela é inclinada Ferramenta lateral esqu Fig. 8 para os lados, isto é, se o gume é lateral, o corte se dá do centro para o exterior; se a face é inclinada para trás, isto é, se o gume é frontal, o corte se dá do exterior para o centro, qualquer que seja a forma da ferra- menta: reta ou curva. As ferramentas das figs. 1, 2, 3 e 4 são montadas com pequena inclinação em relação ao eixo longitudinal da peça. As das figs. 5, 6, 7 e 8 são fixadas com o eixo longitudinal perpendicular ao eixo longitudinal da peça. FACES E ARESTAS DA PARTE CORTANTE DA FERRAMENTA DE FACEAR faca erda. Por meio da fig. 9, podem ser caracte- rizadas estas faces e arestas: - Face de saida o u ataque: ABCDA Face lateral: ABB'A'A Face frontal: BCC'B'B Aresta de corte, gume, fio: BA Aresta de corte secundária: BC Aresta frontal o u de incidência: BB' Os ângulos, que influem no corte, se- Fig. 9 1) Em que consiste a operação de facear? O faceamento permite desbaste e acabamento? 2) Quais os tipos mais comuns de ferramenta de facear? 3) De que depende o sentido de deslocamento da ferramenta ao se fazer o faceamento? 4) Por que náo se deve forçar a ferramenta de facear num desbaste pesado? I I 56 MEC - 1965 - 15.000 TORNEIRO I FAZER FURO DE CENTRO NO TORNO I FOLHA DE MECÂNICO OPERAC~~O 1 3.1 É muito comum no trabalho do tor- tos, pois, do seu estado, dependem a perfeição neiro mecânico a execução de peças prêsas e a segurança das operações a serem executa- entrepontas ou na placa e ponta. Para qual- das na peça. quer dos dois processos de instalação da peça Furos alinhados, com superfícies lisas, é necessário fazer centro. ângulos e dimensões corretos, são indispensá- Os furos de centro devem ser bem fei- veis para uma perfeita fixação de peças. FASES DE EXECUCÃO 1." Fase PRENDA E CENTRE O material na placa. 2.a Fase FACEIE (fig. 1 - Veja Ref. FO 2/ 1). 3." Fase LIMPE OS CONES do mandril e do man- gote. 4.a Fase COLOQUE O MANDRIL no mangote (fig. 2). 5.a Fase PRENDA A BROCA DE CENTRAR no man- dril. a) Consulte a tabela de brocas de centrar e de furos de centro. b) Deixe fora do rnandril uma parte limi- tada (fig. 4). 6." Fase APROXIME A BROCA da peça e fixe o cabeçote móvel, apertando a porca A (fig. 3). Deixe aproximadamente 10 mm entre a broca e a peça (fig. 4). Fig. 2 L v . Fzg. 4 AEC - 1965 - 15.000 CNt IKU FAZER FURO DE CENTRO NO TBRNO FOLHA DE ... ..4ÂNICO OP E RAÇÁO 3.2 1 8.a Fase FURE até atingir a medida. I pregue fluido de corte adequado ao ma- I I I PRECAUÇÃO: terial. I OBSERVAÇÃO: a) Acione regular e lentamente o volante do cabeçote móvel (fig. 5). Consulte a tabela de velocidade de cor- te para brocas e detemine a r.p.m., conside- b) Afaste a broca, constantemente, limpe-a rando o diâmetro D (fig. 7). com pincel (fig. 6) e, se necessário, ern- Não ultrapasse o limite de rotação indi- C) Verifique 0 diâmetro D (fig. 7) com Pa- cada para a placa, a fim de não danificar a químetro ou escala e, se necessário, com- máquina e de não se expor a perigo. plete o furo na dimensão desejada. Fig. 5 Fig. 6 Fig. 7 QUESTIONARIO 1) Para que serve o furo de centro em peça5 a serem torneadas? 2) Comoé feita a escolha da broca de centrar? 3) Qual a precaução que se deve tomar em relação à rotação da placa, quando se quer fazer o furo de centro em uma peça? 4) Como se verifica se o furo de centro atingiu a medida desejada? 5) Como é feita a fixação do cabeçote móvel? 6) Que distância aproximada deve existir entre a broca e a peça, antes de iniciar a furação do centro? Quando as peças não necessitam ser torneadas entrepontas e são LONGAS demais 3.3 para serem torneadas sòmente na placa, usa- FOLHA DE OPERACÁO TORNEIRO MECÂNICO se um apoio: a contraponta. As peças finas e longas flexionam (fig. TORNEAR NA PLACA E PONTA 1) e, quando a "pega" é curta, podem esca- par-se da placa sob a ação da ferramenta. Para evitar êstes in- convenientes, usa-se colo- car um apoio, ou seja a contraponta, no extremo da peça, resultando disso a fixação na PLACA E PONTA (fig. 2). FASES DE EXECUÇÃO Fase FAJA FURO DE CENTRO numa extremi- dade do material. 2.a Fase COLOQUE LUBRIFICANTE no furo de centro (fig. 3). 3.a Fase LIMPE OS CONES e coloqiie a contra- ponta no mangote. 4.a Fase SITUE E FIXE O CABEJOTE móvel aper- tando a porca A (fig. 4). OBSERVAÇ~ES: a) O mangote deve estar fora do cabeçote de um comprimento igual a duas vêzes o seu diâmetro (fig. 5). b) A distância da contraponta à placa deve ser igual à parte da peça que fica para fora da mesma. Fase INTRODUZA O MATERIAL NA PLACA e feche as castanhas sem, contudo, prendê-lo. Fig. 3 Fig. 4 6.a Fase APERTE AS CASTANHAS, acertando antes Fase o furo de centro na contraponta e girando o VERIFIQUE O ALINHAMENTO da contra- material. ponta pelas referências B e corrija, se neces- sário, girando o parafuso C (fig. 4). 7.a Fase AJUSTE A PRESSÃO DA CONTRAPONTA, OBSERVAJÕES: girando a manivela do mangote, e fixe o mes- 1) Para essa correçáo, deve-se soltar a porca mo apertando a alavanca D (fig. 4). A (fig. 4). I I MEC - 1965 - 15;000 I a) Torneia-se uma pequena extensão, a partir do topo da peça, do lado da contraponta. i I b) Toma-se a referência do ponto máxi- mo em que a ferramenta avançou trans- versalmente, no anel graduado. TORNEIRO MECÃNICO 2) No caso de peqas cuja cilindricidade é muito importante, pode-se verificar o ali- nhamento da contraponta do modo se- - guinte: c) Desloca-se a ferramenta para o ponto mais próximo da placa e torneia-se uma pequena parte, avançando a ferrainen- ta no sentido transversal exatamente até o ponto em que ela torneou na extremidade. d) Verifica-se com compasso externo (fig. 6) ou micrômetro. Diferença nos diâ- metros indica que a contraponta não está alinhada. Deve-se, por conseguin- te, fazer as correções necessárias no ali- nhamento da contraponta. Quando o diâmetro da extremidade for maior que o diâmetro próximo da placa, deve-se deslocas o cabeçote móvel no sentido de X, girando o parafuso C; caso contrário, deve-se deslocá-lo no sentido de Y, isto é, deve-se afastá-lo do operador (fig. 7). A contraponta sò- mente estará alinhada, quando os dois diâmetros forem iguais. TORNEAR NA PLACA E PONTA 9.a Fase PRENDA A FERRAMENTA e torneie. a) Consulte a tabela e determine a r. p. m, e o avanço. FOLHA DE OPERACÁO b) Durante o torneamento, evite retirar a peça da placa, sem acabá-la porque será mais difícil a centragem da mesma. 3.4 c) Proteja e limpe as guias do torno constan- temente, quando trabalhar com ferro fun- dido. a) Verifique constantemente o ajuste da con- traponta e lubrifique-a, pois, durante o torneamento, a peça se aquece e se dilata, razão pela qual a contraponta deve ser reajustada. b) Quando tornear latão, use óculos proteto- res para os olhos ou uma rêde, metálica ou plástica, sobre a ferramenta. Fig. 7 Fig. 6 I 62 I MEC - 1965 - 15.000 TORNEIRO MECÂNICO I SANGRAR NO TORNO I FOLHA DE OPERACÃO 1 3.5 A operação de sangrar no torno é muito SANGRAR OU BEDAME (fig. 1); tem a .ponta há- executada pelo torneiro na abertura de canais gil e, por isso, é necessário muito cuidado na e no corte de peças. A ferramenta usada nes- sua utilização. sa operação é denominada FERRAMENTA DE Bedame de lâmina. Fig. 1 Bedame comum. FASES DE EXECUÇÃO I - ABRIR CANAL l.a Fase PRENDA, A PESA. OBSERVA~ÃO: Se usar placa, introduza a peça o máximo pos- sível, de forma que o canal a ser feito fique' próximo das castanhas, a fim de evitar que a peça flexione (fig. 2). 2.a Fase MARQUE OS LIMITES DO CANAL usando uma ferramenta de ponta e o paquímetro (fig. 3) ou, então, com o compasso de centrar e a escala (fig. 4). OBSERVAJÁO: A marcação pode também ser feita direta- mente com o bedame a ser usado para fazer o canal. 3.a Fase PRENDA O BEDAME, observando a altu- ra e o alinhamento (figs. 5 e 6). OBSERVAJ~ES: a) O balanço B deverá ser o menor possível (fig. 5) a Pig. 3 Fig. 4 1 TORNEIRO SANGRAR NO TORNO F6LHA DE MECÂNICO OPERAÇAO 3.6 b) Na operação de sangrar é muito conve- niente o uso de suporte de mola (fig. 5). este tipo permite executar a operação sem deslocar lateralmente o bedame. 4.a Fase LOCALIZE O BEDAME entre as marcas limites do canal e bloqueie o carro principal. Fase PREPARE E .LIGUE A MÁQUINA. Consulte a tabela e determine a r. p. m. Fase AVANCE O BEDAME até tocar de leve na peça (fig. 7) e acerte o anel graduado do carro transversal na referência O (zero - fig. 8). 7.a Fase SANGRE, formando o canal. a) Avance o bedame cuidadosamente, de dé- cimo em décimo de milímetro, cortando num extremo do canal próximo à marca limite (fig. 9). Caso o esforço seja muito grande, vá deslo- cando ligeiramente o bedame no sentido la- teral de modo que o canal fique um pouco mais largo e êle possa penetrar livremente. b) Desloque a ferramenta com a manivela do carro principal e repita o mesmo tra- balho na outra extremidade do canal (fig. 10). Fig. 5 Fig. 7 Fig. 6 - Fig. 8 MQML limita c Fig. 9 OBSERVAÇÁO: Deixe, aproximadamente, 0,2 mm a mais no Fig. 10 diâmetro e 0,2 mm de cada lado do canal, para acabamento. I r ' 64 MEC - 1965 - 15.000 Fase TORNEIRO MECÂNICO TERMINE O canal faceando os flancos primeiramente (fig. 11) e depois o fundo OBsERvA~": (fig. 12). S>e necessário, reahe o bedame. Fig. 11 SANGRAR NO TORNO I1 - CORTAR l.a Fase PRENDA A PESA (Veja parte I, 1 .a Fase). FOLHA DE OP ERAÇÁO 2.a Fase PRENDA O BEDAME (Veja parte I, 3.7 3.a Fase). O bedame usado para cortar material no tôr- no tem a aresta inclinada em relação ao eixo geométrico da peça (fig. 13). Esta inclinação evita RESTO DE CORTE na peça que se destaca. Para melhorar o acabamento da face da peça cortada, é comum fazer-se, também, um pequeno ângulo de saída ou de ataque (fig. 13 - Corte AB). 3.a Fase Fig . Fig. 12 Corte A- B LI Fig. 14 MARQUE O comprimento da peça (fig. 14). 4.a Fase SANGRE como na 7.a fase, parte I, dei- xando material para facear. 5.a Fase CORTE A PESA (f ig. 1 5). I I MEC - 1965 - 15.000 65 Fig. 16 I TORNEIRO MECÂNICO OBSERVA~~ES: I a) No caso de peça furada, a altura do be- dame deve ficar ligeiramente acima do centro da mesina (fig. 16). b) Se o número de peças a cortar for grande, use bedame "pescojo de cisne", também chamado "bedame de gancho". Neste caso, quando a peça gira em sen- tido contrário e a ferramenta se encontra vol- tada para baixo, o corte é feito com mais faci- SANGRAR NO TORNO I lidãde (fig. 1'7). OBSERVAÇÃO: O sangramento com a ferramenta voltada para baixo e a peqa girando em sentido con- trário é muito aconselhável no caso de peças de grandes diâmetros e quando já há alguma folga entre a árvore e o manca1 do torno. PRECAUJÁO: NOTA: Quando se sangram peças compridas, Adote êste processo sòmente se o torno tem o esforço do bedame é muito acentuado. Usa- placa de encaixe cônico e prêsa com porca, se, por isso, uma luneta fixa, a qual deveser pois, nos tornos comuns, a placa pode se de- montada bem próxima ao canal ou ao corte satarraxar, expondo o operador a perigo. a ser executado (figs. 18 e 19). FOLHA DE OPERACÃO . , I 66 MEC - 1965 - 15.000 3.8 I-' - - --- - - -- .. - O número de rotações da árvore do torno não pode ser adotado, à vontade, arbi- tràriamente, pelo torneiro. Depende a sua determinação de alguns fatores, dentre os quais são de grande importância a espécie do material a tornear, a espécie do material da ferramenta de corte, o diâmetro da peça, o tipo de operação (desbaste, acabamento). Por exemplo, para tornear material macio, usa-se maior número de rotações que para material duro. Para um mesmo material a tornear, emprega-se maior número de rota- ções quando a ferramenta é de aço rápido do que no ,caso de ser a ferramenta de aço ao carbono. 3.1 O número de rotações é sempre con- minuto", isto é, o número de rotações no siderado em relação ao tempo de 1 minuto. A tempo de 1 minuto. abreviatura "r.p.m." significa "rotação por F6LHA DE INFORMAÇAO VECNOLÓGICA TORNEIR0 MECÂNICO ABELAS OU ESCALAS USUAIS DE "r.p.m." NOS TC1.lut ROTAÇÃO POR M I ~ T U T O NO TOKNO (TABELAS) I Os tornos mecânicos têm, em geral, 1.0) 16 diferentes "r.p.m.": 17 - 23 - 28 - variações reduzidas de "r.p.m." 37 - 45 - 59 - 74 - 98 - 121 - 158 Nos tornos antigos, de polias em de- - 200 - 264 - 319 - 420 - 532 - 700 graus, são comuns as variações de 8 a 12 rota- ções diferentes. Exemplo (caso de 9): 44 - 71 - 112 - 177 - 280 - 354 - 450 - 560 - 900 r.p.m. Nos tornos modernos, o cabeçote fixo contém complicados Jogos de engrenagens de mudanças, que permitem variações mais am- plas, como se mostra pos dois exemplos se- guintes: r.p.m. 36 diferentes "r.p.m.": 14 - 16 - 19 - 22 - 25 - 28 - 32 - 37 - 42 - 48 - 56 -64-75-85 -98 - 113 - 128 - 146 - 169 - 192 - 222 - 260 - 300 - 340 - 385 - 445 - 500 - 580 - 665 - 765 - 895 - 1025 - 1175 - 1335 - 1530 - 1750 r.p.m. Existem três processos: 1.0) Cálculo mediante o emprêgo de uma fórmula matemática, sendo conhecidos o diâmetro da peça e um valor chaniado "velocidade de corte", dado por tabelas. OBSERVAÇÃO : A velocidade de corte dada em tabelas já considera o tipo de material a ser torneado, o da ferramenta e a espécie de trabalho, isto é, se se trata de desbaste ou de acabamento. 2.") Uso de um gráfico, conhecidos tambeni os dois elementos citados. a tornear, material das ferramentas de corte e tipos de operação (desbaste, aca- bamento.). Só será apresentado aqui o terceiro caso, o de tabelas. Em qualquer dos processos, obtido um determinado número de "r.p.m.", adota-se o igual da gama de velocidades do torno, se houver. Em geral, porém, não há coincidência. DEVEM SER ADOTADAS ENTÃO AS "r.p.m." LOGO ABAIXO DAS OBTIDAS pelo cálculo ou pe- los gráficos ou tabelas. 3.O) Emprêgo de tabelas de "r.p.m." em que A título de exemplo se encontram, no diferentes diâmetros das peças são consi- verso, tabelas resumidas de "rotações por derados em relação a diversos materiais minuto" para certos casos. I MEC - 1965 - 15.000 @ TABELA DE "r.p.in PARA DESBASTE COM -TA DE ACO AO CARBONO DIÂMETROS WTERIAL A TORNEAR F e r r o fundido TORNEIR0 MECANICO Aço doce C ' * FOLHA DE INFORMACAO TECNOLÓGICA ROTAÇÃO POR MINUTO NO TORNO (TABELAS) O - d o 11" 1 " Aço duro Bronze 182 159 Latão e dlumínio 296 259 @ TABELA DE nr.p.mm PAJU ACAJL 3.2 DE ROTAÇÕES POR MINUTO (r.p.m ) 4 8 42 3% 35 32 29 27 25 95 85 76 69 64 59 55 51 80 71 64 58 53 49 45 42 48 42 38 35 32 29 27 25 127 113 102 93 85 78 73 68 207 184 166 150 138 127 118 110 D COM FERRBMENTA DE AÇO AO CARBONC DIAMETROS (mm) - MATERIAL A TORNEAR N ~ E R o DE ROTAÇ~ES POR MINOTO (r .p .m ) F e r r o fundido Aço doce Aço semi- duro Aço duro Bronze Latão e Alumínio @ TABELA DE "r .p .mn PARA DESBASTE COM FERRIU~BNTA DE AÇO R ~ P I D O 136 159 136 91 296 341 . DIÂMETRos (mm) - MATERIAL A TORNEAR F e r r o fundido Aço doca Aço semi- duro Aço duro Bronze Latão e Aluminio C I 68 MEC - I 06s - 15 nnn 28 4 N-O DE ROTAÇÕES POR MINUTO (r.u.m ) - - - - - - - -- - --- - - - - - - -- - - @ TBBELA DE "r .p.mn P.AU ACABAMENTO COM FERRAhENTA DE AÇO R&IDO 119 139 119 80 259 298 159 227 182 136 227 455 DIÂMETROS ( 1 - MATERIAL A TORNEAR F e r r o fundido I Aço doce Aço aemi-duro "2" 1 Latão e Aluminio 106 124 106 71 230 265 139 159 119 199 398 EXEMPLOS : 3.0) Obter, nas, tabelas, as r.p.in. para desbas- 1 tar ferro fundido corn ferramenta de aço 1.0) Obter, nas tabelas, as r.p.m. para desbas- rápido, diâmetro da peça 40 mm. Res- I tar aço duro com ferramenta de aço rá- posta: 11 1 r.p.m. (tab. 3). pido, diâmetro da peça 55 mm. Res- 1 posta: 69 r.p.m. (Tab. 3). OBSERVA~ÃO: No caso de diâmetros que não constam 2.') Obter, nas tabelas, as r.p-m. para traba- nas tabelas, tomar a "r.p.m.", indicada para lhos de acabamento em latão C O ~ I ferra- menor mais próximo. Exemplo: para des- 1 menta de aço ao carbono, diâmetro da bastar bronze com ferramenta de aço rápido, I peça 90 mm. Resposta: 106 r.p.m. (tabela diâmetro da peça 72 mm, deve-se trabalhar 1 2). com 91 r.p.m. - 95 111 95 64 207 239 124 1 9 9 1 7 7 1 5 9 141 106 177 354 28 1 321 361 40 1 4 501 551 601 65 1 701 751 801 90 COO m o DE BOTAÇÕES POR MINUTO (r .p.m ) 85 99 85 57 184 212 111 127 95 159 318 205 541 250 L82 341 P68 104 174 127 93 174 289 76 89 76 5 1 166 191 99 113 8 5 1 4 1 283 179 298 219 159 298 497 95 159 117 85 159 265 69 8 1 69 46 150 174 159 265 195 1 4 1 265 442 89 102 76 127 255 64 74 64 42 138 159 74 85 64 L06 212 8 1 1 4 1 1 2 7 1 1 6 1 0 6 93 69 116 231 88 147 108 78 147 245 115 1 9 1 140 102 1 9 1 318 76 127 93 68 127 212 143 239 175 127 239 398 82 136 100 73 136 227 59 69 59 39 127 147 69 98 78 59 98 196 127 212 156 113 212 354 - 55 64 55 36 118 136 - 64 91 73 55 91 182 57 95 70 51 95 L59 72 119 88 64 119 199 64 106 78 57 106 1 7 7 51 59 51 34 110 127 59 85 68 5 1 85 170 48 56 48 32 103 119 56 80 64 48 80 159 42 50 42 28 92 106 50 71 57 42 71 141 38 45 38 25 83 95 45 64 5 1 38 64 L27 Fig. 1 TORNEIR0 F ~ L H A DE MECÃNICO BROCAS DE CENTRAR INFORMAÇAO TECNOLÓGICA 3.3 Para se tornear urna peça que deva ser contraponta. Quando se precisa tornear, pren- ap~iada entre a ponta e a contraponta, é ne- dendo a peça na placa e apoiando o outro cessário fazer centros nas faces dos dois topos. extremo na contraponta, também se pratica Os centros são furos de forma cônica, aos uin furo de centro, lia face dêsse outro topo, quais se adaptam os cones da ponta e da para adaptacão da contraponta. TIPOS USUAIS DE CENTROS O 0 N Fig. 3 O mais comum é o. centro simples, careada a 1200. Há tanibém o centro prote- como se vê na figura 1. Compõe-se de uma gido do tipo da figura 3: em lugar da entrada entrada tronco-cônica de 60°. Segue-se um escareada a 120°, há um pequeno rebaixo furo cilíndricb. Na parte tronco-cônica se cilíndrico. Tanto o escareado a 120°, como o adapta a ponta ou a contraponta, cujos cones rebaixo, têm a função de proteger a parte são de 600. O furo cilíndrico penni~e que fi- conica contra choques que possam produzir que livre o extremo da ponta ou da contra- mossas, deformações ou rebarbas capazes de ponta e é, ao mesmo tempo, um pequeno prejudicarem o rigor da centragem. depósito de óleo, que serve à lubrificação O cone do centro e o cone da ponta dessas partes em contato e sujeitas a atrito devem tero mesmo ângulo (60°), para per- devido à rotação da peça. mitir a ajustagem exata da ponta ou da con- A figura 4 mostra claramente como se traponta. Se assim não acontecer, a peja girará ajusta a ponta do torno no interior do orifí- mal guiada e o torneamento será imperfeito. cio de um centro simples. Deiiiais, a ponta e a contraponta se desgas- Outro tipo é o centro protegido indi- tam mais ràpidamente, se a centragem não cado na figura 2. Além das partes cônica e fôr correta. cilíndri'ca, êste centro possui uma entrada es- f MEC - 1965 - 15.000 'DIAMETROS MEDIDAS DAS BROCAS 'DIÂMETRO M A X I ~ DAS PEÇAS (mm ) MO DO ESCAREK d D c C Do I E ) l m n ) 5 a 1 5 . 1;5 5- 2 4 0 4 16 a 20 2 6 3 45 5 21 a 30 2,5 8 3.5 50 6 , s 31 a 40 3 10 4 5 5 7,5 41 a 60 4 12 5 66 10 61 a 100 ' 5 14 6,s 78 12.5 I . TORNEIR0 FBLHA DE MECÂNICQ BROCAS DE CENTRAR I NFORMAÇAO TECNOL6GICA 3.4 . BROCAS DE CENTRAR Para a execução dos centros nas peças, sua forma, executam, numa só operação, o usam-se brocas especiais, as Brocas de centrar, furo cilíndrico, o cone e, ainda, o escareado cujos tipos inais comuns são indicados a se- (fig. 6). guir: broca de centrar simples (fig. 5) e As medidas dos centros devem ser ado- broca de centrar com chanfro de proteção tadas em proporção com os diâmetros das (fig. 6). A primeira é, em geral, de aço car- peças. A tabela abaixo apresenta dados práti- boilo; e a segunda de aço rápido. Devido à cos. .- .- Fig. 5 Fig. 6 EXECUCÃO DO CENTRO Não convém executar o centro na fu- radeira, a não ser que, pela sua forma, a peça não possa ser fàcilmente prêsa r,a placa. O melhor processo de executar furo de centro é o mostrado na figura 8, utilizando-se a broca de centrar, montada em mandril fi- xado no cabeçote móvel, e a peça prêsa na placa universal. Como a broca é fraca, deve-se operar com avanço bem lento e com a velocidade da árvore de acordo com a tabela para brocas. Se o avanço for rápido, resulta a que- bra da ponta da broca, que fica encravada no furo já iniciado. QUESTIONÁRIO 1) Que são os centros da peça? Para que servem os centros? 2) Quais são os tipos usuais de centros? 3) Quais são os tipos comuns de brocas de centrar? 4) Para que serve o escareado de 1200? E o rebaixo cilíndrico? 70 MEC - 1965 - 15.000 Fig. 7 TORNEIRO F6LHA DE FERRAMENTA DE SANGRAR (BEDAME) INFORMAÇÃO 3.5 MECANICO TECNOL~GICA I I Sangrar é a operação em que a ferra- 'direção transversal do seu eixo geométrico. menta de corte se desloca perpendicularmen- A operação de sangrar é, também, frequente- te ao eixo longitudinal da peça, produzindo mente, destinada a cortar a peça transversal- desbaste a partir do exterior da peça para o mente, para o que, em passes sucessivos, se seu centro. Por meio desta operação se exe- vai aprofundando o bico da ferramenta até cutam canais ou ranhuras na peça, segundo a que êle atinja pràticamente o centro. FERRAMENTA DE SANGRAR A ferramenta de sangrar, também de- te, afia-se a aresta de corte ou gume com LI- nominada Bedume, apresenta usualmente uma . GEIRA INCLINA~ÃO, a fim de conseguir a com- das formas indicadas nas figs. 1 e 2 pleta remoção de rebarbas na parte a ser des- Quando se prepara o bedame para cor- tacada da peça (fig. 2). Fig. I - Ferramenta de sangra,]. (para canais). Sob a forma de bite, para montagem num porta-ferramenta (fig. 3), o bedame é uma simples lâmina de aço, cujo aspecto está mostrado nas três vistas da fig. 4. Já é encon- trado no comércio com as inclinações laterais que se vêem na terceira vista da fig. 4 e que servem para dar as folgas necessárias num e noutro plano do canal aberto na peça. Essa ferramenta é geralmente conhecida sob os no- mes de bite-bedume ou bedame de lâmina. Fig. 3 - Ferramenta de salngrur (para corte). Fig. 3 Fig. 4 VIBRAÇÃO DA FERRAMENTA DE SANGRAR A ferramenta de sangrar é a mais há- de vibração, porque o bico tende a penetrar gil de todas as ferramentas do torno. Sua se- e a levantar a peça, quando existe qualquer ,são é muito delgada, em virtude das inclina- folga nos mancais da árvore. ções laterais que determinam as folgas. Para evitar êsse inconveniente, usa-se Quando se fixa a ferramenta normal- montar a ferramenta ao contrário, inverten- mente (com bico para cima), produz-se gran- do-se também o movimento de rota~ão da ár- I MEC - 1965 - 15.000 7 1 ' 1 . TORNEIR0 INFORMAÇAO FOLHA DE MECÂNICO FERRAMENTA DE SANGRAR (BEDAME) 3.6 TECNOLÓGICA I I Fig. j vore do torno, como mostra a fig. 5. Empre- casas, a inversão da ferramenta e da rotação ga-se também o bedame "pescoço de cisne" forçam a árvore do torno contra os seus man- ou bedame de "gancho" (fig. 6), fixado ao con- cais inferiores, eliminando pràticamente a vi- trário e ainda com inversão da rotação da ár- bração. X desvantagem é que, conforme a r vore. Esta ferramenta turva oferece maior fle- pressão do corte, a placa montada no extremo xibilidade que a ferramenta reta. Nos dois da árvore tende a deslocar-se. FACES E ARESTAS DA PARTE CORTANTE DA FERRAMENTA DE SANGRAR As figs. 7 e 8 facilitam a caracterização das faces e arestas da parte útil: Face de saida o u ataque: ABCDA Face frontal: ABB'A'A Faces laterais: AA'DA e BB'CB Aresta de corte (Única): AB. Ao afiar a aresta de corte, é convenien- te dar-lhe um ligeiro arredondamento, como mostra, com exagêro, a fig. 8. Com isso se cur- va e se desprende obliquamente o cavaco. Se não for tomada esta precaução, há possibili- dade de acumulação forçada de cavacos no bico da ferramenta. Esta se agarra dentro da ranhura e por ser frágil, pode-se romper de- vido à pressão. No caso do bedame de corte, convém repetir a observação da primeira página: a aresta cortante ou fio deve ter ligeira inclina- ção, para facilitar a remoção das rebarbas na parte a ser destacada da peça (fig. 2). QVESTIONA.RJO 1) Em que consiste a operação de sangrar? Qual a direção da ferramenta? 2) Quais as formas da ferramenta de sangrar? Que é bedame? 3) Que é bite-bedame? Como se monta êste bite para o corte? 4) Como se evita a vibração da ferramenta de sangrar? 5) Indique as faces e arestas do bedame. Explique as particularidades do fio ou gume. 72 MEC - 1965 - 15.000 Fig. 7 Fig. 8 I - TORNEAR CGNICO EXTERNO I I l.a Fase TORNEIE CILÍNDRICO EXTERNO no diâ- metro maior do cone. OBSERVA$~O Leve em conta o comprimento do cone. 4.1 2.a Fase FIXE A ESPERA no $ngulo de inclinação I F6LHA DE OPERAÇÃO TORNEIR0 MECÂtNICO do cone (figs. 1 e 2) do seguinte modo: * TORNEAR CONICQ USANDO A ESPERA a) Solte os parafusos de fixação da base giratória. b) Gire a espera no ângulo desejado, observando a graduação angular. c) Aperte os parafusos. OBSERVA~ÃO Consulte a tabela de velocidade e de- termine a r.p.m., considerando o diâmetro maior do cone. 3.a Fase INICIE O TORNEAMENTO pelo extremo B da peça (fig. 3), com passes finos, girando a manivela da espera vagarosamente. Troque as mãos, na manivela, de modo que não inter- rompa o corte. 4.a Fase VERIFIQUE O ÂNGULO do cone, quando êle estiver mais ou menos na metade (figs. 4 e Fi), e corrija, se necessário. Fig. 4 Tvet,ifir.a!.ão com trcc?zsfe~.i(loi. (Cone po?ico precisa). Fig. I Fig. 5 T'erificação com. calibrado?-. (Cone de precisno). I MEC - 1 965 - 15.000 a) Para corrigir o ângulo, desaperte os para- fusos da base giratória, gire-a levemente no sentido desejado e reaperte os parafusos. b) Quando o cone é verificado com calibra- dor, afaste a ferramenta transversalmente e limpe a peqa e o calibrador. Cuidado para não machucar a mão na ferramenta. Afaste-a bem. 5.a Fase RECOMECE O TORNEAMENTO pela meta- de da parte cônica, com cuidado, para tirar o mínimo possível (fig. 6) e, se necessário, faça novos ajustes até que o ângulo fique na me- dida. 6.a Fase DÊ os PASSES FINAIS, movimentando a ferramenta de A para B (fig.6), até ficar no comprimento desejado. OBSERVAÇÃO: Os cones dever50 ser ajustados no ân- gulo desejado, antes de atingirem a medida final. I1 - TORNEAR CBNICO INTERNO l.a Fase TORNEIE CILÍNDRICO INTERNO no diâ- metro menor do cone. OBSERVAÇÃO : Leve em conta o comprimento do cone. 2.a Fase FIXE A ESPERA no ângulo de inclinação do cone (Veja 2.a fase da parte I). 1 Fig . 7 76 MEC - 1965 - 15.000 3.a Fase PRENDA A FERRAMENTA de alisar inter- no. . 1 I I OBSERVAÇÃO : Movimente a ferramenta, girando-a no sentido das flechas, quando faltar menos de 1 mm, para acertá-la na altura (fig. 7), utili- zando, para isso, o verificador. 4.a Fase SITUE O CARRO em. posição de tornear o cone (Veja 4.a fase da parte I). 4.3 a) Sendo o cone do comprimento da.peça, a ferramenta deverá sair do lado da placa (fig. 8).. FOLHA DE OPERACÃO TORNEIRO MECÂNICO b) Para alisar, dê os passes no sentido de B para A e repasse de A para B, sem dar profundidade de corte (fig. 9). TORNEAR CGNICO USANDO A ESPERA 5.$ Fase DETERMINE O avanço E A r.p.m., consi- rando o diâmetro maior do cone. 6.a Fase Fig. 8 I Fig. 9 a) As demais fases de execução são iguais às da parte I. MEC - 1965 - 15.000 Fig. 1 FASES DE EXECUÇÃO L TORNEIRO FURAR NO TORNO FaLHA DE MECANICO OPERAÇAO 4.5 A furação no torno é u m a operação Faz-se a furação, de preferência, após feita, com broca helicoidal, no início da usi- o desbaste externo e o faceamento (fig. 1). nagem de partes internas das peças, eni geral. l.a Fase CONES LIMPOS FACEIE --- 2.a Fase COLOQUE O MANDRIL para brocas 110 cone do mangote (fig. 2) e prenda a broca pela haste cilíndrica (fig. 3). Fig. 2 O B S E X V A ~ ~ E S : a) Se a broca tiver haste cônica (fig. 4) não precisa de tnandril; basta introduzir sua haste no cone do mangote. Se necessário, use bucha de redução (fig. 5). Para a inon- tagem, os cones do mangote, da haste da broca e da bucha de redujão devem estar liiilpos e secos. 11) i'erificlue o guine da broca e, se necessi- rio, pro~:iclencie a reafiação da inesina. ESPIGA . -.-. -. -. HASTE cÔNICA a Fig. 4 Fig. 5 MEC - 1965 - 15.000 79 corpo / /Haste cilíndrico Fig. 3 TORNEIRO FUKAR NO TORNO FGLHA DE 1 , ' Y Í C I N I C O . OPERAÇAO 4.6 c) Verifique o diâmetro da broca com paquí- metro, medindo sobre as guias (fig. 6). Não gire a mesma, quando esta estiver prêsa entre os encostos do paq;imetro. 3.a Fase PREPARE O TORNO, para a furação. Consulte a tabela de velocidade de corte para brocas e determine a r.p.m. Limpe e lubrifique as guias do barramento. 4.a Fase APROXIME O CABEÇOTE MÓVEL de modo que a ponta da broca fique a, mais ou menos. 10 mm da peça (fig. 7), tendo antes girado a manivela para que o mangote ficasse todo para dentro. 5.a Fase FIXE O CABEÇOTE MÓVEL, apertando a porca, e ligue o torno. 6.a Fase INICIE O FURO, girando o volante do cabeçote móvel, até que a broca encoste na peça. Caso a broca vibre, ponha um calço de aço macio na espera e force-o levemente contra a mesma, à medida que a sua ponta penetra na peça (fig. 8). Fig. 6 Fig. 7 I -.- Cdpo do oscora - Fig. R 7 .a Fase AFASTE o CALFO e verifique novamente oBsERvA~Ã02 se a broca vibra; sendo necessário, repita a Coloque os guines cortantes da broca em fase anterior, até que a mesma fique centrada posição vertical, a fim de facilitar o corte e a sua ponta penetre lia peça. quando a broca é pressionada pelo calço de O MEC - 1965 - 15.0t TORNEIRO MECÂNICO I FURAR NO TORNO I FOLHA DE OPERACÁO escora e, também, para manter o alinhamento (fig. 9). 8.a Fase CONTINUE A FURAR, afastando, constan- temente, a broca da peça e limpando-a com um pincel embebido em um fluido de corte adequado ao material a ser furado. 5 Se o esforço para furar é muito grande, verifi- que se a broca está bem afiada. No caso de broca de diâmetro grande, às vêzes, é neces- sário fazer um furo inicial de diâmetro menor (fig. 10). Furo inicial Fig. 10 O uso de broca inicial, muito maior do que a alma da broga final (fig. 1 l), pode provocar a quebra da mesma e acidente. 9." Fase TERMINE O FURO, na profundidade de- sejada. OBSERVA~~ES: Fig. 11 a) O comprimento do furo pode ser contro- lado pela escala existente no mangote (fig. passo, neste caso, é igual ao comprimento 12); se não houver esta escala, use um total que fica fora do mangote, menos o compasso interno. A abertura do com- comprimento do furo (fig. 13). MANOOTL /'1 Fig. 12 Comp. do furo _Abertura do wmpos6e - - Com~rimrnto totol r : Fig. I? I MEC - 1965 - 15.000 1) Quando é feita a furação no tôriloi 2) Quando é que se usa mandril para prender a broca? 3) Que cuidado deve-se tomar ao iiieclir a broca coin paquímetro? 4) Que se deve fazer para evitar que a broca vibre ao iniciar o furo? 5) Que se deve fazer para diminuir o esfdr~o, quando se fura com broca de diâmetro grande? 6) Qual a diferença no comprimento de um furo que deve ser facea- do de um que não será faceado? TORNEIRO FURAR NO TORNO FOLHA DE MECÂNICO O PERACÃO 4.8 r O comprimento indicado pelo compasso pode ser marcado com um traço de giz ou com uin anel de cobre, prêso na broca, quando o --- coiripriinento do furo não é de grande preci- são. b) Veja se a medida da profundidade do furo inclui, ou não, o cone da ponta da broca Fig. 14 - Furo que Fig. 15 - Firro a nfio serú farenclo. .ser f r~cendo nlitil (figs. 14 e 15). r o117prit1ie)7to. c ) Ao medir coin o pacluímetro a profundi- dade do furo. a haste deve ficar apoiada na parede do mesmo (fig. 16). Fig. I 6 82 MEC - 1965 - 15.000 ! TORNEIR0 GONIOMETRO FOLHA DE MECÂNICO INFORMACÃO (TRANSFERIDOR) TECNOLÓGICA 4.1 I O mecânico tem necessidade de medir O instrumento que usa: para medir ou verifi- I I ou verificar ângulos nas pejas que executa, a car ângulos, é um Goniômetro o.u Transferi- fim de usinar ou preparar determinadas su- dor. perfícies com o rigor indicado pelos desenhos. MEDIÇÃO DE UM ÂNGULO A medição ou verificação de um ângu- lo qualquer, numa peça, se faz ajustando-o entre a régua e a base do goniômetro. Êste instrumento possui graduações adequadas, que indicam a medida do ângulo formado pela régua e pela base, e, portanto, do ângulo da peça. A unidade prática de medida angular é o grau. Dividindo-se um círculo qualquer em 360 partes iguais, o ângulo central corres- pondente a uma parte é o ângulo de 1 grau. O grau se divide em 60 minutos de ângulo e o minuto se divide em 60 segundos de ân- gulo. Os símbolos usados são: grau (O), minu- to (') e o segundo ("). Assim, 54O 31' 12" se lê: 54 graus, 31 minutos e 12 segundos. Em geral, o goniômetro, ou instrumeil- to de medida angular, pode apresentar, ou um círculo graduado (360°), ou um semi-círculo graduado (1800), ou um quadrante graduado (90°). Pràticamente, 1 grau é a menor divisão apresentada diretamente na graduação do go- niômetro. Quando possui vernier, pode dar aproximação de 5 minutos. O goniômetro de alta precisão aproxima até 1 minuto. Um tipo de goniômetro muito usado na oficina é o Transferidor universal (fig. 1). Suas duas peças fazem parte de um conjunto denominado Esquadro combinado ou Esquu- dro universal, que possui mais duas pejas (es- quadro de centrar e esquadro com meia es- quadria). O fixador prende o disco graduado e a régua. O alinhamento dos traços extremos do disco (900 - 90°) fica paralelo aos bordos da régua. No arco, encontra-se um traço "O" de referência. Quando a base é perpendicular à borda da régua, a referência "0" do arco coin- cide com o "90°" do disco. Quando a base é paralela à régua, os "zeros" do disco e do arco coincidem. Traço de reftr6ncici ('0'') Rdguo groduo .Ingulo que se lê na figura: 500 (ou o suplenzento 1300). TORNEIRO '9 (TRANSFERIDOR) GONI~METRO INFORMACAO TECNOLOGICA FOLHA DE 4.2 a
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