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02 - Torneiro Mecanico

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- 
' L ' 
TORNEIRO MECÂNICO 
( 1 FASE) 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇAO E CULTURA-DIRETORIA D O ENSINO INDUSTRIAL 
h 
Coordenação de: 
AGNELO CORRFA VIANNA 
HELI MENEGALE 
JOAO B. SALLES DA SILVA 
LUIZ GONZAGA FERREIRA 
Elaboração de: 
HELIO NAVES - MEC - Goiânia 
HERCULANO LEONARDO SOBRINt 
LEOLINO DE SOUZA MATTA - SE 
NICOLINO TIANI - SENAI - São 
SÉRGIO RIBEIRO - SENAI - São 
DEUSDEDIT CÂMARA - SENAI - 
SILVIO DE TOLEDO SALLES - SEh 
i0 - 
iNAI - 
Paula 
Paulo 
Mina! 
IA1 - 
5 G 
Mii 
SíMBOLOS DAS FERRAMENTAS 
Algarismos de aco 
Alargadores cõnicos 
Alicate universal 
Arco de serra 
Broca de centrar 
Contra molde 
Cossinete - Tarraxa - 
Desandador 
& 
Compasso de ferreiro (i! 
Compasso de centrar R 
Compasso de pontas /4 
Contra - estampo cEE 
- 
Escala de ferreiro 
SíMBOLOS DAS FERRAMENTAS 
Ferro de soldar 
Gramin ho 
Estampo para rebites CI 
Limas rnurças * b @ 
e a d ; 
Limas bastardas s i 4 @ f i o 4 
Macete 0'3 
Macho p- 
M a l h o L+ 
Mandril para brocas a 
M a r t e l o tT 
Molde 
M o r s a de mão w 
Mandri l - manivela 
Punção de bico 
Porca ca l ib re 
Verificador de rosca 
Fresa escate l 
TORNEIRO I TORNEAR CILÍNDRICO EXTERNO I FÔLHA DE I MEC*NICO NA PLACA UNIVERSAL OPERACÃO 
O torneamento cilíndrico é uma das da é quando a peça está prêsa na placa uni- 
operaçóes básicas da profissão de torneiro me- versal ou na de castanhas independentes. 
cânico. Trata-se de uma operação muito exe- Para abrir uma rosca ou para ajustar 
cutada em quase todos os trabalhos de tor- um eixo num mancal, numa polia, numa 
nearia. engrenagem, etc., faz-se o torneamento cilín- 
A maneira mais simples de ser efetua- drico. 
FASES DE EXECUGÃO 
I -- DESBASTAR 
l.a Fase 
Deixe para fora da placa um compri- 
mento maior do que a parte a ser usinada 
(fig. 1.) 
2.a Fase 
PRENDA A FERRAMENTA de desbastar, 
verificando: 
a) O alinhamento (fig 1). A ferramenta de- 
verá ficar perpendicular à superfície a ser 
torneada. 
b) (3 balanço b, que deverá ser o menor pos- 
sível. 
c) A altura. A ponta da ferramenta deverá 
ficar na altura do centro da peqa. Para 
acertar essa altura, toma-se como referên= 
cia a contraponta (fig. 2). 
Fig. 1 
Fig. 2 
3.a Fase 
ção, afaste o instrumento usado, ligue o tôr- 
MARQUE O COMPRIMENTO a ser tornea- no e aproxime a ferramenta até que ela faça 
do, usando o compasso (fig. 3), a escala (fig. um risco que vai servir de referência durante 
4) ou o paquímetro (fig. 5). Para a marca- o torneamento. 
Escala 
Fig. 3 Fig. 4 Fig. 5 
MEC - 1965 - 15.000 
TORNEIR0 TORNEAR CILÍNDRICO EXTERNO FOLHA DE 
- MECÂNICO NA PLACA UNIVERSAL OPERACÃO 1.2 
I 
I -. - 
O~SERVASÃO: 6.a Fase 
Consulte a tabela de velocidade de AVANCE 1 mm E TORNEIE, mais ou me- 
corte e determine o numero de rotações por nos, 3 mm de comprimento, com avanço ma- 
minuto (r.p.m.) antes de ligar o torno. nual, conforme figuras 8 e 9. 
4.a Fase 7.a Fase I 
APROXIME A FERRAMENTA até tomar 
contato com o material (fig. 6). 
Fig. 6 
1 - 5.a Fase 
DESLOQUE A FERRAMENTA para a di- 
reita e tome referência no anel graduado 
Ifig. 7), marcando o ponto zero. 
_C 
Fig. 7 
I 
Fis : 8 Fig. 9 
DESLOQUE A FERRAMÉNTA, pare o torno 
e tome a medida (fig. 10). 
Determine quanto pode tirar ainda e 
quantos passes deve dar. 
Fig. I0 
h , Comprimento do peço 
Fig. I 1 
Fase 
- 
DÊ PASSES, em todo o comprimento 
(fig. 11 ), até que o diâmetro fique na medida 
30 
I 
MEC - 1965 - 15.000 
desejada e pare o torno. No fim de cada c) Se tiver que dar acabamento, deixe 0,5 a 
passe, afaste a ferramenta e volte com ela ao 1 mm a mais no diâmetro. 
TORNEIR0 
MECÂNICO 
ponto de partida para iniciar novo corte. 
OBSERVA$~ES : a) Atenção para o sentido de giro da inani- 
vela, quando afastar a ferramenta. 
a) Antes de parar a máquina, afaste a ferra- b) Não abandone o torno nem desvie a aten- 
menta da peça e desengate o avanço auto- ção, enquanto êle estiver em movimento. 
mático. c) Cuidado com cavacos quentes e cortantes. 
L 
TORNEAR CILÍNDRICO EXTERNO 
NA PLACA UNIVERSAL 
b) Para o torneamento automático, determi- d) Não use mangas compridas, pois são mui- 
ne o avanço, consultando a tabela. to perigosas para trabalhar em torno. 
I1 - DAR ACABAMENTO 
FÔLHA DE 
OPERACÃO 
1 .a. Fase 
1.3 
SIJBSTITUA A FERRAMENTA de desbastar 
pela de alisar. 
2.a Fase 
LIMPE E LUBRIFIQUE as guias do barra- 
mento usando escova, estôpa e almotolia 
(fig. '12). 
OBSERVA~ÃO : 
Verifique se a ponta está bem arre- 
dondada e a aresta cortante b,em aguçada. 
Se necessário. retoque a mesma com pedra 
F i g . 12 
de afiar. 
3.a Fase 
REPITA A 4.a E 5.a FASES da parte I 
e dê um passe na ,extremidade (fig. 13). 
MEC - 1965 - 15.000 31 
PARE O TORNO e verifique as medidas 
(fig. 10 ou 14). 
TORNEIR8 
MECÂblICO 
5.a Fase 
CALCULE QUANTO DEVE TIRAR AINDA, 
regule a ferramenta até atingir a medida, 
ligue o torno e complete o torneamento, com 
avanço automático. 
I 
TORNEAR CILÍNDRICO EXTERNO 
NA PLACA UNIVERSAL 
a) Mantenha-se ligeiramente afastado do tôr- 
no e atencioso durante o passe. 
b). Se usar fluido de corte, não deixe que se 
interrompa o jato. 
FOLHA DE 
OPERAÇÃO 
QUESTIONÁRIO 
1.4 
1) Para que se torneia cilíndrico? 
OBSERVAÇÃO: c) Quando tornear latão, use óculos prote- 
tores para os olhos ou uma rêde metálica 
Determine a r. p. m. e o avanço. Con- ou plástica sobre a ferramenta. 
sulte a tabela. 
d) Proteja, limpe e lubrifique as guias do 
torno constantemente, quando trabalhar 
com ferro fundido. 4.a Fase 
Fig. 14 
2) Como pode ser marcado o comprimento a ser torneado? I 
3) Que se usa para medir um eixo desbastado: micrômetro, paquímetro ou compasso? 
Por quê? I 
4) Por. que não se deve usar roupa com mangas compridas, quando se está torneando? 
5) Ao se prender o material na placa, quanto deve ser deixado para fora da mesma? 
6) Que deve ser observado ao se prender a ferramenta? 
7) No desbaste, quanto se deve deixar de. material a mais para dar acabamento? 
8) Que precaução deve ser tomada em relação às guias do torno, quando se torneia ferro 
fundido? 
I 
12 MEC - 1965 - 15.000 
. - -- - - - - - . -- . . - . . . 
TORNEIR0 TORNO MECÂNICO HORIZONT.4L FOLHA DE INFORMAÇÁO 
MECÂNICO (NOMENCLATURA E CARACTERÍSTICAS) TECNOLOGICA 
1.1 
O Tôrno mecânico horizontal é uma rotajão, por meio de uma ferramenta de corte 
máquina que executa trabalhos de tornea- que se desloca continuamente, com sua aresta 
mento destinados a remover material da cortante pressionada contra a superfície da 
superfície de urna peça em movimento de = peça. 
Fig. I - Tôrno mecânico horizontal. Vista de fvente. 
Fig. 2 
Tdrno mecânico horirontal com transmissão 
extel-na. Vista lateral. 
Fig. 3 
Tôrno mecânico horizon- 
tal com transmissão inter- 
na. Vista lateral. 
NOMENCLATURA 
As figs. 1 e 2 representam um rôrno torno, no qual o niotor e a transmissão se 
mecânico harizontal do tipo clássico, com acham na caixa do pé, não havendo assim 
motor elétrico e transmissão dispostos exter- polias ou .partes móveis salientes, que cons- 
namente. tituem perigo para o operador. 
A fig. 3 mostra a vista lateral de outro 
I I 
MEC - 1965 - 15.000 33 
T~RNEIRO TORNO MECÂNICO HORIZONTAL F6LHA DE 
MECÂNICO 
INFORMAÇÁO 1.2 
(NOMENCLATURA E CARACTERISTICAS) TECNOLóGICA 
J 
Os tornos modernos tendem a se tor- pondente (fig. 4). Apresentam um aspecto 
nar cada vez mais blindados, com a quase compacto de linhas simples e de arestas mais 
totalidade do mecanismo alojada no interior acentuadas. 
das estruturas do cabegote fixo e do pé corres- 
~ ~ ~ ~ r n ~ O- MnC~ctrnwnpabtM 
I 
Vista de frente Vista lateral 
Fig. 4 - Tôrno mecânico horizontal 
CARACTERíSTICAS DO T 6 R N Q HORIZONTAL 
São consideradas características mais importantes as seguintes: 
1) Distância máxima entrepontas (D, na fig. 4). 
2) Altura das pontas em relação ao barramento (A, na fig. 4). 
3) Altura da ponta em relação ao fundo da cava. 
4) Altura da ponta em relação à mesa docarro. 
5) Diâmetro do furo da árvore. 
6) Passo do fuso roscado ou número de fios por 1" do mesmo 
7) Número de avanços automáticos do carro. 
8) Roscas de passos em milímetros (caixa Norton). 
9) Roscas de passos em polegadas (caixa Norton). 
10) Roscas módulo e diametral Pitch (caixa Norton). 
1 1) Número de- velocidades da árvore. 
12) Potência do motor em HP. 
QUESTIONAR10 
1) No aspecto externo, em que diferem os tornos modernos dos antigos? Qual a vanta- 
gem principal, quanto ao novo aspecto externo? 
2) Diga as características principais de um tôrno mecânico horizontal. 
3) Em que consiste a operação de tornear? 
- 
34 MEC - 1965 - 15.000 
ESCALA I F6LHA .DE INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA 
O mecânico usa a escala para tomar medidas lineares, quando não há exigência. 
de grande rigor ou precisão. 
A escala (fig. l), ou régua graduada, é um instrumento de aço que apresenta, em 
geral, graduações do sistema métrico (decíme tro, centímetro e milímetro) e graduações do 
sistema inglês (,polegada e subdivisões). 
Fig. I 
As menores divisõ~s, que pe~mitem clara leitura nas gradua~ões da escala, são as 
de milímetro e 1/32 da polegada. Mas estas últimas, quase sempre, sòmente existem em 
parte da escala, que se apresenta em tamanhos diversos, sendo mais comuns as de 6" 
(152,4 mm) e 12" (304,8 mm). 
No caso das figs. 3 e 4, coincide-se o traço de 1 cm com o extremo da dimensão 
a medir. Da leitura, subtrai-se depois 1 cm. No indicado pela fig. 3, deve-se ter o cui- 
dado para não inclinar a escala. No indicado pela fig. 4, gira-se a escala nos sentidos 
indicados pelas flechas, até encontrar a maior medida. 
Quando se faz a medição em polegada, deve-se coincidir o traço de 1". 
I 
MEC - 1965 - 15.000 
USOS DA ESCALA 
As figs. 2, 3 e 4 mostram alguns exemplos. 
Mede-se, neste caso, a partir do encosto da 
escala. Êste d e ~ e ser bem ajustado na face do 
ressalto da peça. Esta face deve estar bem 
limpa. 
Fig. 2 - Medição de compri- 
mento com face de referêincia. 
Fig. 3 - Medição dk comprimento 
sem encôsto de reférência. 
Fig. 4 - Medição de didnzet~o. 
As figs. 5, 6 e 7 mostram três tipos de escalas para fins especiais. 
Fig. 5 - Escala de emcôsto interno. 
TORNEIRO 
MECÂNICO 
V 
Fig. 6 - Esca2a de profundidade. 
F6LHA DE 
INFORMAÇÃO 
TECNOL6GICA 
ESCALA . 
L.o* 1"lM"nJ 
Fig. 7 - Escala de dois encostos (usada pelo ferreiro). 
1 -4 
Fig. 8 - Medição de comprimento 
com face interna de referência. 
Fig. 9 - M'edição de pro- 
fundidade de rasgo. 
Fig. 10 - Medição de profun- 
d i d a h de furo não vazado. 
CARACTERISTICAS DA BOA ESCALA 
1) Ser, de preferência, de aço inoxidável. 
2) Ter graduação uniforme. 
3) Apresentar traços bem finos, profundos e 
salientados em prêto. 
As graduações de i /2 milímetro e de 1/64 
da polegada na escala são de leitura mais 
difícil. 
CONSERVAÇÃO DA ESCALA 
1) Evite quedas e o contacto da escala com 4) Náo flexione a escala, para que não se 
ferramentas comuns de trabalho. empene e não se quebre. 
2) Não bata com a mesma. 5) Limpe, após o uso, para remover o suor e 
3) Evite arranhaduras ou entalhes que preju- as sujeiras. 
diquem a graduação. 6) Aplique ligeira camada de óleo fino na 
escala, antes de guardá-la. 
QUESTIONARIO 
1) Quais são as graduações bem visíveis da escala do mecânico? 
2) Quais são as características de uma boa escala? 
3) Em que casos o mecânico usa escala? 
4) Quais são os cuidados a tomar para a conservação de uma escala? 
5) Quais são os comprimentos mais comuns da escala (mm e polegada)? 
I 
36 
I 
MEC - 1965 - 15.000 
TORNEIRO I PAQUf METRO I FGLHA DE I MECÃNICO NOMENCLATURA-LEITiiRA-CARACTERf STICAS INFOR*<*CAo 1 1 5 1 CONSERVAÇÃO TECNOLBGICA 
I MECANICO PAQUf METRO FÔLHA DE 
TORNEIRO 
NOMENCLATURA-LEITURA-CARACTERÍSTICAS INFORMACÃO 
CONSERVAÇÃO TECNOLÓGICA 
1 .b 
I 
1) O contacto dos encostos com as superfícies bem correta. Qualquer inc1inaçã.o dêste, 
da peça deve ser suave. Não se deve fazer altera a medida. 
pressão exagerada no impulsor OU no para- 3) Antes da medição, limpe bem as superfí- 
fuso de chamada. cies dos encostos e as faces de contacto da 
2) Contacto cuidadoso dos encostos com a Peça. 
peça, mantendo 0 paquímetro em posição 4) Meça a peça na temperatura nor'mal. O 
calor dilata a mesma e altera a medida. 
i0 COM PAÇ.UÍM1- -_ 3 
Podem resultar: 2) De quem mede (êrro devido a pressão ou 
contactos inadequados, leitura desatenta, 
1) De construção defeituosa ou má conserva- descuido na verificação da coincidência de 
$50 do paquíinetro (graduação não uni- traços, posição incorreta do paquímetro, 
forme, traços grossos ou imprecisos, folgas deficiência de visão, visada incorreta do 
do cursor, arranhaduras). vernier e da escala). 
I UUIVI PAQU 
1) Ser de aço inoxidável. 5) Encostos bem ajustados. Quando juntos, 
2) Ter graduação uniforme. não deixam qualquer fresta. 
3) Apresentar traços bem finos, profundos e 
salientados em prêto. Qualquer empeno do paquimetro, por 
4) Cursor bem ajustado, correndo suave- menor que seja, pode prejudicar 0 rigor da 
mente ao longo da haste. medição. 
1) Deve ser manejado com todo o cuidado, 5) Dê completa limpeza após o uso, lubrifi- 
evitando-se quedas. que com óleo fino. 
2) Evite quaisquer choques. O paquímetro 6) Não pressione o cursor, ao fazer uma me- 
não deve ficar em contacto com as ferra- dição. 
mentas usuais de trabalho mecânico. 7) De vez em vez, afira o paquímetro, isto é, 
3) Evite arranhaduras ou entalhes, que pre- compare sua medida com outra medida 
judicam a graduação. padrão rigorosa ou precisa. 
4) O paquímetro deve ser guardado em estojo 
próprio. 
1) Cite os erros de- medição que podem resultar sòmente do paquímetro. 
2). Para que serve o impulsor do paquímetro? 
3) Indique as condições para que uma medida seja bem tomada. 
4) Cite os erros que podem resultar sòmente da pessoa que mede. 
5) Quais são as características de um bom paquímetro? 
6) Quais são os cuidados na conservação de um paquímetro? 
7) Que é a aferição de um paquímetro? 
3 8 MEC - 1965 - 15 
TORNEIRO I I ..LHA DE 1 , .7 1 I MECiNICO RECOMENDAÇõES SOBRE O USO DO TORNO INFORMAÇÁO TECNOL6GICA 
Tratando-se de máquina de grande pre- 
cisão, de mecanismo complexo, de constante 
emprêgo na oficina e de custo elevado, todos 
os cuidados devem ser adotados pelo opera- 
dor a fim de manter o torno sempre em or- 
dem e bem conservado, assim como para usá- 
10, convenientemente, conforme as técnicas de 
trabalho mais adequadas e as indispensáveis 
normas de segurança. 
Algumas regras gerais, consagradas pela 
prática, são dadas em seguida, para orienta- 
ção dos principiantes. 
1) Aprenda bem as funções dos seus diver- 
I sos órgãos. 
2) Mantenha-o convenientemente lubrifica- 
do. 
3) Conserve-o limpo e em ordem. A máqui- 
na suja não é adequada a um trabalho. 
4) Compreenda e planifique completamente 
a tarefa, antes de iniciá-la. 
5) Observe se o torno está bem equipado e, 
em seguida, trabalhe com prudência, e 
de modo ordenado. 
6) Conserve afiadas as ferramentas de cor- 
te. As ferramentas embotadas ou "cegas" 
atrasam a produção; dão mau acabamen- 
to e impõem ao tôrno um injustificado 
ou desnecessário esforço. 
7) Execute um corte que possa ser bem su- 
portado pela máquina, pela peça e pela 
ferramenta de corte. Várias sucessões de 
cortes leves desperdiçam tempo, obrigan- 
do o operador a trabalho desnecessário. 
8) Tome interêsse pelo seu trabalho. Utilize 
i 
a máquina como se estivesse trabalhando 
para si próprio, 
9) Afie, na pedra com óleo, os gumes das 
ferramentas de corte, depois que tenham 
sido esmerilhados, o que aumenta a du- 
ração dos mesmos. 
10) Aprenda a ter responsabilidade. Isso é um 
requisito indispensável para que uma pes- 
soa possa trabalhar. 
1 1) Concentre-se em seu trabalho. Uma falha 
de atenção pode causar sério acidente. 
12) Nunca deixe a chave de apêrto encaixada 
na placa de castanhas. 
13) Não tome desordenadamente as medidas 
da peça. Os detalhes dos desenhos ou dosesboços são dimensionados visando a fins 
determinados. Execute-os dentro dos li- 
mites especificados. 
14) Não desperdice tempo trabalhando com 
precisão ou cuidado maiores do que os 
exigidos pelo desenho ou pelo esboço. 
15) Não procure justificar-se quando inutili- 
zar uma peça. Assuma a responsabilidade, 
e procure executar peça melhor da próxi- 
ma vez. 
16) Não manobre qualquer alavanca nem gire 
qualquer manípulo do torno, senão de- 
pois que,conheça os resultados da mano- 
bra. 
17) Não deixe que os cavacos ou aparas se acu- 
mulem em tôrno da ferramenta de corte. 
Quebre-os com um gancho. Melhor ain- 
da é, em certos casos, esmerilhar a ferra- 
menta, dando-lhe um "quebra-cavaco" 
(rebaixo de forma adequada). 
18) Não trabalhe no torno com camisa de 
mangas compridas. Mantenha-as enrola- 
das acima do cotovelo. 
19) Não use paletó ou avental folgados, quan- 
do trabalhar no torno. 
20) Não use também gravatas longas ou anéis. 
21) Não trabalhe no torno e converse ao mes- 
mo tempo. Se você precisa falar, pare a 
máquina. 
22) Não deixe de usar óculos de proteção, 
quando tornear peças cujos cavacos sal- 
tem. , 
23) Não tente verificar um furo, sem antes 
proteger-se da ferramenta, a fim de evi- 
tar ferimentos no braço ou na mão. 
24) Ao limar uma peça no torno, não o faça 
arqueando o braço esquerdo sobre a pla- 
ca. 
25) Nunca coloque a mão ou os dedos em uma 
pesa ou ferramenta que esteja girando. 
L 
MEC - 1965 - 15.000 
26) Não saia deixando o torno em movimen- Não deixe também peças ou ferramentas 
to. Se for obrigado a afastar-se da máqui- sobre o barramento do torno. 
na, desligue-a antes. 28) Não torneie com o carro transversal e a 
27) Não deixe cair ou chocar-se a placa de cas- espera muito salientes em relação à cor- 
tanhas, a placa lisa ou a placa de arrasto rediça da sua base. 
contra as guias do barramento do torno. 
TORNEIRO F6LHA DE 
MECÂNICO 
RECOMENDAÇÕES SOBRE O USO DO TORNO INFORMACÃO 
TECNOLÓGICA 
Um hábito que se deve adotar, ao apren- 
der o manejo do torno, é o de certificar-se de 
que o carro se move livremente ao longo das 
guias do barramento, antes de pôr a máquina 
1.8 
TES PRECl 
TRABAL 
, INICIAR O 
1) a porca do carro não está engrenada no 
fuso; 
2) as alavancas de avanço não estão ligadas; 
em rotação. 
A primeira medida que o mecânico ex- 
perimentado deve tomar, quando vai traba- 
lhar em um tôrno, é mover o carro ao longo 
das guias, manualmente, para assegurar-se de . 
que : 
3) a trava do carro não está,apertada; 
4) as guias do barramento estão lubrificadas; 
5) a peça passará livre pelo carro, quando em 
rotação. 
NOTA: AS recomendações e precauções, enunciadas acima foram traduzidas dos livros: 
- "Machine Shop Theory and Prac- - "Machine Too1 Operation", de Hen- 
tice", de Albert M. Wagener e Har- ry D. Burghardt e Aaron Axebrod 
lon R Arthur - Edit. D. Van Nos- - Edit. Mc. Graw Hill Book Co. 
trand Co. Inc. Inc. 
TORNEIR0 UTILIDADE DO TORNO MECÂNICO E FOLHA DE ' INFORMAÇÁO 
OPERAÇõES QUE REALIZA TECNOLÓGICA 
1.9 
MECÂNICO 
0 torno mecânico é máquina-ferramen- 5) 'J ornas de platô, em geral de eixo hori- 
ta de muita utilidade nas oficinas mecânicas, zontal. Servem para tornear peças curtas, 
não sòmente porque se presta à execução de mas de grandes diâmetros, como aros de 
grande variedade de trabalhos, mas também rodas de locomotivas e vagões. 
porque a sua ferramenta de corte é relativa- 
mente simples e, na maioria dos casos, pode 6) Tornos automáticos e semi-automáticos, 
ser preparada na própria oficina. que possuem mudança automática de ali- 
Determinadas operações, que normal- 
mente se fazem em outras máquinas, tais 
I como a furadeira, a fresadora e a retifitadora, 
também se podem executar no tôrno, com 
adaptações relativamente simples. 
O tôrno é uma verdadeira máquina 
universal, porque pode substituir, até certo 
ponto, outras máquinas-ferramentas. 
mentação e emprêgo automático, em uma 
ordem determinada, das ferramentas ne- 
cessárias a cada operação. Nos tornos dêste 
tipo, que servem para a grande produção 
seriada, o material das peças a tornear 
tem movimentos de rotação e avanço de 
alimentação. 
De um modo geral, são comuns a todos 
os tipos de tornos, com as variações de dis- 
I positivos ou dimensões exigidas em cada caso, Os tornos mecânicos podem ser classi- os seguintes mecanismos e partes: ' ficados nos seguintes tipos: 
1) Partes que suportam ou alojam os dife- 
1 ) Tornos horizontais, de árvore horizontal e rentes mecanismos (barramento, pés, ca- 
barramento horizontal. beçotes, caixas). 
2) Tornos verticais, com árvore vertical. 2) Mecanismos, que transmitem e transfor- 
mam o movimento de rotação da árvore 
3) Tornos-revólver, no qual várias ferramen- (polias, engrenagens, redutores). 
tas, montadas em porta-ferramentas ade- 
quado~ atacam a Peça sucessivamente, em 3) Mecanismos que possibilitam o desloca- 
operações diversas, pelo acionamento de mento da ferramenta ou da peça, em di- 
certos comandos rápidos. São tornos para ferentes velocidades (engrenagens, caixa 
trabalhos em série, de grande produção. de câmbio, inversor de marcha, fuso, va- 
ra, etc.). 
4) Tornos copiadores - São os que produzem 
uin movimento combinado, obrigando a 4) Partes de fixação da ferramenta e da peça 
ferramenta a cortar- um perfil na peça, a tornear. 
que acompanha, por meio de uma guia, 
um outro semelhante tomado como mo- 5) Comandos dos movimentos e das veloci- 
dades. dêlo. 
I 
MEC - 1965 - 15.000 I 
-- - 
TORNEIR0 UTILIDADE DE TORNO MECÂNICO E FBLHA DE 
MECÂNICO 
INFORMAÇAO 1.1 0 
OPERAÇõES QUE REALIZA TECNOLóGICA 
OPERAGõES QUE O TORNO REALIZA 
A feramenta de corte, conforme a sua posição ou a sua forma, pode ataczr a peça 
externa ou internamente. 
1) Operações em que se dá deslocamento da ferramenta paralelamente ao eixo de rotação 
da peça. Eis alguns exemplos, em operações externas (figs. 1 a 3). 
Desbaste cilindrico Alisamento cili~zdrico Rôsca cilindrica 
externo. externo. externa. 
Fig. 1 Fig. 2 Fig. 3 
2) Operações em que se dá deslocamento da ferramenta perpendicularmente ao eixo de 
rotação da peça. Exemplos em ooperações externas. (figs. 4 a 6). 
Faceamento d esquerda. 
Fig. 4 
Faceamento à direita. 
Fig. 5 
Sangramen to. 
Fig. 6 
Torneamento r ô ~ l i c o . Tor?zeameir to de perfil. 
Pig. 7 Fig. 8 
3) Operações com deslocamento oblíquo em relação ao eixo de rotação da peça (fig. 7). 
4) Operações com deslocamentos combina dos, em direções diferentes (fig. 8). 
I 
Torneamento cilindrico 
interno. 
Fig. 9 
Faceamento interno. 
Fig. 10 
Torneamento conico Torneamento 
interno. de perfil 
Fig. 11 i n t ~ r n o . 
Fig. 12 
Qualquer dos quatro tipos gerais de operações citados pode ser também executado 
internamente, em furos. Exemplos (figs. 9 a 12). 
QUESTIONARIO 
1) Por que o torno mecânico é uma das máquinas-ferramentas de 
maior utilidade? 
2) Cite os mecanismos e partes que, em geral, são comuns a todos os 
tipos de tornos. 
3) Indique e caracterize seis tipos de tornos mecânicos. 
4) Cite os nomes de diversas operações externas e internas que o 
torno realiza indicando os deslocamentos da peça e da ferramenta. 
I I 
42 MEC - 1965 - 15.000 
I TORNEIR0 FIX&ÃO DA FERRAMENTA DE CORTE FOLHA DE 
MECÂNICO 
INFORMACÃO 1.1 1 
(NORMAS GERAIS) TECNOLÓGICA 
1 
A fixação da ferramenta de corte no importância, pois influem no rendimento e 
porta-ferramenta do torno e sua posição cor- na qualidade do trabalho, assim como na du- 
reta em relação à peça a tornear são de grande ração do corte da própria ferramenta. 
POSIÇÃO DA FERRAMENTA EM RELAGÃO A PEGA 
A ponta da ferramenta deve ficar à trabalho se torna defeituoso. Oferece, tam- 
Altzlra do Eixo Geométrico (ou do centro) bém, o perigo da ferramenta "enterrar-se" no 
da Peça (fig. 1). Então, os ângulos f (formado material, quebrando-se ou arrancando a peça. 
na frente), c (ângulo da cunha ou do gume Admite-se que, em operação de corte 
da ferramenta) e s (formado na parte supe-pesado (grandes cavacos), a ponta da ferra- 
rior), nas ferramentas bem afiadas, terão .os menta fique ligeiramente acima do centro 
valôres capazes de produzirem bom rendi- (cêrca de 1/40 do diâmetro da peqa, até um 
mento para o corte. 
Fig. 1 
Para se obter a altura desejada, em máximo de 2 mm), para que na0 se dê flexão 
cada fixação de ferramenta, é usual o em- da ferramenta e pressão exagerada sobre O 
prêgo de um ou mais calços de aço, entre a carro do torno. 
parte inferior da ferramenta e a base do Quanto ao ângulo do eixo longitudinal 
porta-ferramenta (fig. 2). da ferramenta com o eixo longitudinal da 
Se a ponta da ferramenta fica abaixo peça, o valor é variável, conforme o tipo de 
do centro da peça, a aresta cortante tem maior trabalho. Por exemplo, reto (900) na opera~ão 
penetração, a ferramenta fica forçada, o metal de desbastar (fig. 3) e pouco inferior a 90° 
é arrancado, os cavacos têm saída difícil e o na operação de facear (fig. 4). 
! . 
Fig. 4 
MEC - 1965 - 15.000 43 
Fig. 2 
TORNEIRO I FIXAÇÃO DA FERKAMENTA DE CORTE I F6LHA DE INFORMAÇAO 1 1 2 MECÂNICO (NORMAS GERAIS) TECNOL6GlCA I 
TIPOS DE PORTA-FERRAMENTA 
São usuais os indicados nas figs. 5, 6 e 7: o de poste (fig. 5), o de placa ajustável 
(fig. 6) e a torre quadrada (fig. 7). 
14 Fig. 5 
Fig. 6 
- 
Fig. 7 
Os dois primeiros se prestam à fixação último, mais reforçado, serve para trabalhos 
da ferramenta de corte em trabalhos leves. O pesados, nos quais é grande o esfôrço de corte. 
Para que a ferramenta conserve bem tato superior no porta-ferramenta (figs. 9 
seu corte, produza trabalho de bom acaba- e 10). No exemplo da fig. 9, a placa de 
mento e não trepide, deve ser rígida, isto é, apêrto deve estar bem nivelada, para que 
não deve flexionar, por pouco que seja, em se dê completo contato entre sua face in- 
virtude da pressão de corte. ferior e a face superior da ferramenta de 
corte. 
Fig. 8 
Para que uina ferramenta de corte fi- 
que rígida, são necessários: 
1) ter seção proporcional ao esforço de corte. 
Se êste fôr grande, usa-se ferramenta ro- 
busta. Se fôr pequeno, não há inconve- 
niente no uso de uma seção estreita; 
2) ter o mínimo possível de saliência em re- 
lação ao porta-ferramenta (figs. 8 e 10), isto 
é, o balanço b deve ser o menor possível; 
3) ser enèrgicamente apertada, com as maio- 
res superfícies possíveis de apoio e de con- 
Fig. 9 
Fig. 10 
4 MEC - 1965 - 15.00 
TORNEIRO 
FACEAK NO TORNO 
FOLHA DE 
MECÂbl.(ICO OPERACÃO 
2.1 
A operação de facear externo normal- de referência, a fim de se poder marcar um 
mente é executada antes tle se fazer outra ope- comprimento (iig. 1 ) ou, ainda, para permi- 
ração na peça. Serve para preparar uma face tir furação sem o desvio da broca. 
FASES DE EXECUÇÃO 
l . a Fase 
PRENDA A PEÇA na placa (fig. 2). 
OBSERVAÇÃO: 
Deixe para fora da placa uni compri- 
mento L, menor ou igual ao diâmetro 1) do 
material. 
2.a Fase 
PRENDA A FEKKAMENTA de facear adc- 
quada (fig. 3). 
OBSERVAÇ~ES : 
a) Deixe a aresta cortarite da ferramenta em 
ângulo com a face da peça (fig. 5 ) e na 
altura do centro (figs. 4 e 5). 
I ) ) O balariço 6 deverá ser o menor possível. 
Fig. 4 
C) Quando, iiu taceamento de pecas não fu- 
radas, a ferramenta é prêsa aciina ou 
I abaixo do ceiitro (figs. 6 e 7j, ela deixa 
um resto de corte H que provoca a rup- 
Fig. 5 
tura da ponta cortante. No caso de ser 
ferra~nenta de carbonêto, ela quebra-se 
ainda com maior facilidade. 
Fig. 6 Fig. 7 Fig. 8. Fig. 9 
MEC - 1965 - 15.000 47 
3.' Fase 
LIGUE O TORNO, aproxime, cuidadosa- 
mente, a ferramenta do ponto mais saliente 
da peça (fig. 8) e fixe o carro principal. 
1 
OBSERVAÇÃO: 
Consulte a tabela de velocidade de 
corte e determine a r.p.m. 
TORNEIRO 
MECÂNICO 
I 
1 4.' Fase 
TOME REFERÊNCIA no anel graduado 
da espera (fig. 9). 
FACEAR N O TORNO 
DESLOQUE A FERRAMENTA para o cen- 
tro da peça (fig. 10), avance meio milímetro 
e corte do centro para fora. 
d 
1 6.a Fase 
- 
FOLHA DE 
OPERAÇÃO 
REPITA A 5.a FASE até que a face da 
peça fique completamente lisa. 
2.2 
OBSERVA~~ES: 
a) Verifique se a peGa deve ser faceada nos 
dois lados e divida o material excedente 
pelas duas faces. 
b) Faça o movimento das mãos lento e uni- 
forme, para obter uma superfície bem 
acabada. Habitue-se a trocar de mão sem 
parar o deslocamento da ferramenta. 
c) O último passe deve ser bem fino ( I a 2 
décimos de milímetro). 
d) Sempre que possível, faceie usando o au- 
tomático do torno. Neste caso, consulte a 
tabela de avanços. 
Não deixe a ferramenta avanqar além 
do centro da peça (face plana sem furo), pois 
isto prejudica o corte e pode quebrar a ponta. 
NOTAS : 
a) O faceamento no torno pode ser, também 
feito em peças prêsas: 
- entrepontas, com a contraponta rebai- 
xada para permitir o faceamento total 
(fig. 11). 
- em mandril paralelo (fig. 1 2). 
- em placa lisa com cantoneira (fig. 13). 
b) A ferramenta de facear deve ser escolhida 
conforme o caso (figs. 14, 15 e 16). 
c) Faceando entrepontas, use lubrificante na 
contraponta. 
d) Cuidado para que a ferramenta não toque 
a contraponta. 
Fig. 10 
Fig. 11 
pzno 
Fig. 12 
CEAMENTO 
Fig. 14 - Faceamento de peça 
pequena, presa n a placa uni - 
versal. 
Fig. 15 - Faceamento da peça 
en tmpontas . 
Fig. 16 - Faceamento de peça 
grande, prêsa na placa de cas- 
tanlzas independentes. 
8 
I 
MEC - 1965 - 15.000 
USO DA PLACA UNIVERSAL DE 
MECÂNICO TRÊS CASTANHAS I TECNOLÓGICA .OLHA DE 1 2*1 1 INFORMACÃO 
A placa universal de três castanhas é 
muito usada na oficina mecânica, pois permite 
centragem rápida da peça; apresenta, entre- 
tanto, os seguintes inconvenientes: 
1) não serve para a fixação e centragem de 
peças de qualquer forma, mas sòmente 
para peças cilíndricas ou hexagonais; 
2) depois de certo tempo de uso, devido ao 
desgaste no seu complicado mecanismo, 
não oferece centragem precisa; 
3) exige cuidados na lubrificação. A ranhura 
não deve ser lubrificada, para evitar que 
os cavacos e sujeiras a ela adiram, influin- 
do -na precisão da centragem ou danifica- 
cando a placa. 
I 
Quando é necessário muita precisão na 
centragem de uma peça na placa, não convém 
usar a placa universal, mas a placa de casta- 
nhas que se movem independentemente umas 
das outras. 
MONTAGEM DA PLACA UNIVERSAL 
NA ARVORE DO TaRNO 
i Cuidados a tomar: 
1) Coloque a placa sôbre um calço de madeira apropriado, no barramento do torno, 
como mostra a fig. 1. - 
Fig. 1 
2) Limpe e lubrifique cuidadosamente a rôs- 4) Ajuste a placa contra o topo da árvore, 
ca da árvore e a face do flange. Qualquer com a mão direita, e, com a esquerda, gire 
sujeira ou rebarba nessa face pode tornar lentamente o torno, até que o encosto da 
defeituosa a centragem da peça. placa fique apertado na face do flange. 
3) Limpe a rosca da placa com grampo pró- Nunca se deve montar a placa com o torno 
prio (fig. 2). em movimento. 
DESMONTAGEM DA PLACA UNIVERSAL DA ARVORE 
1) Ligue as engrenagens de redução da mar- 
cha do tôrno. 
da fig. 1, que impedirá qualquer choque 
da placa contra as guias do barramento. 
2) Coloque um calço de madeira entre uma 
das castanhas e (as guias posteriores do 
barramento (fig. 3). - 
3) Gire manualmente a árvore no sentido in- 
dicado pela seta (fig. 3), para afrouxar o 
apêrto. 
4) Desatarraxe a placa à mão, colocando an- 
tes sobre o barramento a peça de madeira Fig. 3 
I 
MEC - 1965 - 15.000 49 
5 ) Uma vez desmoiltada, deite a placa apoia- 
da sobre as castanhas. Coii~ isso se evita 
que os cavacos, por acaso caídos no inte- 
TORNEIR0 USO DA PLACA IJNIVERSAL DE 
MECÃNICO TRÊS CASTANHAS 
rior da placa, possaui concorrer para eni- 
perrar o seu mecanismo. 
CLJTDADOS COM A PI.XGt1 I!NIVEKSAI. 
FQLHA DE 
INFORMACÁO 
TECNOLÓGICA 
1) Não prenda na placa peças fundidas em 
bruto ou barras em bruto, com laininação 
defeituosa. 
2) Não introduza canos no inanípulo da cha- 
ve de manobra com a finalidade de aumen- 
tar o braçode alavanca e tornar mais enér- 
gico o apêrto. 
3) Para tornar melhor o apêrto da peça, 
basta usar a chave de manobra nos três 
encaixes dos pinhões da placa. 
2.2 
4) Lubrifique com graxa os pinhões e a coroa 
dentada da placa. N5o convém lubrificar a 
ranhura espiral, a fim de evitar a aderên- 
cia de sujeira ou cavacos. 
5) De vez em quando, ou se houver alguma 
anormalidade no funcionamento da placa, 
desmonte-a e limpe cuidadosamente todas 
as peças do seu mecanismo. 
RECOMENDAC$3ES SBIIRE A FIXACiÃO DE PECAS 
NA PLACA CNIVERSAL 
1) No caso de peças de grandes diâmetros, 3) Não fixe peças cônicas na placa, pois não 
prenda-as nos últimos degraus, evitando há possibilidade de mantê-las firmes. 
que as castanhas fiquem muito salientes, 4) A peça bruta, com empenanlento ou irre- 
ou seja, com pequeno encaixe nas ranhu- gularidade, não deve ser fixada na placa 
ras (fig. 4). universal. Esta só é usada para a centragem 
2) A parte saliente da peça (figs. 5 e 6) não de peças bem uniformes. 
deverá, em regra geral, ser superior a três 
vêzes o diâmetro da peça (A 1 3 d). 
Fig. 5 Fig. 6 
(Representação esquemática). 
1) Quais são os incoi-i~enientes quanto ao uso da placa universal? 
2) Quais as fases da inontagein da placa universal na árvore do torno? 
3) Quais as fases e os cuidados na desmontagem da placa da árvore? 
4 ) Quais os cuidados para conservacão da placa universal? 
5) Indique algumas regras relativas à fixacão na placa universal. 
I 
1 =O 
I 
MEC - 1965 - 15.000 
Para remover certa espessura de mate- 
rial, ou seja, "dar um passe", o torneiro ne- 
cessita fazer avançar a ferramenta contra a 
peça, na medida determinada. A fim de que 
o trabalho se execute de modo preciso, a me- 
dida da espessura a remover deve ser fixada 
e garantida por um mecanismo que, além de 
produzir o avanço, permita o exato e cuida- 
doso controle dêste avanço. 
O torno mecânico possui mecanismos 
que atendem a tais condições: 
1 ,o) no carro transversal, cujo deslocamento é 
sempre perpendicular ao eixo da peça ou 
à linha de centros do torno; 
2.3 
2.O) na espera, onde se situa o porta-ferra- 
menta, que pode ser inclinada a qual- 
quer ângulo, pois sua base é rotativa e 
dispõe de graduação angular. 
FOLHA DE 
INFORMAÇAO 
TECNOLÓGICA 
TORNEIR0 
MECÃNICO 
0 
Fig. 1 
OS ANÉIS G R A D U A D O S D O T O R N O 
o carro, fazendo-o avanqar ou recuar, confor- 
me o 'sentido da rotação do parafuso (fig. 1). 
Os dois mecanismos possibilitam o O controle dos avanços, em qualquer 
avanço da ferramenta por meio de um sistema dos carros, se faz por meio de graduações cir- 
parafuso-porca. O parafuso gira entre buchas culares existentes ein torno de buchas oii 
fixas, pela rotação de um volante ou de ma- anéis cilíndricos solidários com os eixos dos 
nivela. Com o giro do parafuso, a porca (que parafusos de movimento, e junto aos volantes 
é prêsa à base do carro) desloca-se e arrasta ou às manivelas (fig. 1). 
OS ANÊIS GR.4DUaDOS 
Os anéis graduados, também chamados 
colares micrométricos, são os dispositivos cir- 
culares, que determinam e controlam as me- 
didas de que devem avanqar os carros, mesmo 
que os avanços tenham de ser muito peque- 
nos. 
Sobretudo nos trabalhos de acabamen- 
to e de execução de roscas (nos quais são ne- 
cessários pequenos passes de espessuras pre- 
cisas) o emprêgo do anel graduado evita difi- 
culdades ou erros. O torneiro pode garantir 
um determinado! avanço da ferramenta, gi- 
rando o anel graduado de um certo número 
de divisões, a partir de uma referência fixa. 
Nas tarefas de tornearia, principalmen- 
te na execução de roscas, os anéis graduados 
podem servir às seguintes finalidades: 
1) Graduar a penetração da ferramenta, na 
operação de roscar. 
2) Dar a penetração à ferramenta, para uma 
determinada medida. 
3) Permitir um ponto de referência para 
acertar novamente a posição de uma fer- 
ramenta que tenha sido deslocada durante 
a operação. 
ANEL GRADUADO PAR.4 PROFUNDIDADES DE CORTE EM 
VIZLCIKES MÉTRICOS 
Para explicar coino se controla a pene- duado tenha 80 divisões iguais, conforme a 
tração, admitamos que o parafuso do carro figura 2. 
tenha o passo p = 4 mm e que o anel gra- 
Nestas condições, uma volta completa 
do anel graduado fará com que a porca, e por- 
tanto a ferramenta montada no carro, avance 
- - 
de 4 mm. 
Se for feito o deslocamento de apenas 
uma divisão do anel, o avanço a ou penetra- 
ção da ferramenta terá a medida: 
4mm 1 mm 
80 - 20 
- 0,05 mm. a=---- 
Aplicações 
1) No anel da fig. 2, qual o número de divi- 
sões a deslocar para se ter uma profundi- 
dade de corte na ferramenta de a' = . . . . 
= 0,25 mm? Resposta: n = 0,25 t 0,05 = 
= 5 divisões. 
2) Com um parafuso de passo p = 6 mm e 
um anel de 60 divisões iguais, qual o avan- 
ço a da ferramenta que corresponderá a 
1 divisão? 
6mm 1 mm 
Resposta: a = --- --- - 
60 - 1 O 
- 0,l mm. 
Fig. 2 
TORNEIR0 
MECÂNICO 
ANEL GRADUADO PARA PROFUNDIDADE EM 
F ~ L H A DE 
INFORMAÇÃO 
TECNOL6GICA 
OS ANÉIS GRADUADOS DO TORNO 
FRAÇõES DECIMAIS DA POLEGADA 
2.4 
EXEMPLO - O parafuso tem 8 fios por pole- RESPOSTA: 11 = 0,015" + 0,001'' = 15 divisões 
gada e o anel graduado apresenta 125 divisões 
iguais. Calcular o avanço correspondente a 1 2) Com parafuso de 4 fios Por polegada e 
divisão do anel. um anel de 125 divisões, calcular a pro- 
Uma volta completa do anel graduado fundidade de corte correspondente a 1 
dará o avanço de 118" à ferramenta. Portan- divisão. 
to, o deslocamento de apenas 1 / 125 do anel 
determinará o avanço o; a profundidade de 
corte a: 
Aplicações 
Como a penetração da ferramenta é radial, 1) Com o anel e o parafuso do exemplo ari- 
obtém-se no diâmetro uma redução de duas 
terior, calcular qual o número de divisões vêzes a penetração dada. ~ ~ ~ i ~ , se a penetra- 
adeslocarparase ter uma profundidade çáodaferramentafôrde0,1mm,odiâmetro 
de corte de a' = 0,015". sofre uma redução de 0,2 mm. 
1) Indique três finalidades do anel graduado no torno. 
2) Explique como funciona o anel graduado e como pode determinar e controlar a pe- 
netração transversal da ferramenta. 
3) Com o passo p = 6 mm e 120 divisões do anel, calcular o avanço ou a profundidade de 
corte a. 
4) Num anel micrométrico cujas divisões correspondem a 0,05, quantas divisões é preciso 
girar para um passe de 0,75 mm de profundidade? 
i2 MEC - 1965 - 15.00 
A operação de desbastar consiste em 
remover, da peça em rotação no torno, o ca- 
vaco mais .grosso possível (o cavaco de maior 
seção), tendo em conta a. resistência da ferra- 
menta de corte e da máquina, bem como a 
conservação do gume cortante da ferramenta. 
Visa o desbaste a obter, com o máximo 
de rendimento, uma medida na peça que seja 
ligeiramente superior, de cêrca de 1 milíme- 
tro, à medida desejada como definitiva. Atin- 
ge-se aproximadamente à medida definitiva 
por meio de novos passes da ferramenta para 
acabamento. Essa operação final, depois do 
desbaste, requer passes leves da ferramenta de 
corte, que devem ser constantemente contro- 
lados por instrumentos de medida ou por 
calibradores de medida. 
TORN El R0 
MECÂNICO 
FERRAMENTA DE DESBASTAR 
, 
FOLHA DE 
INFORMACÃO 
TECNOLóGICA 
FERRAMENTA DE DESBASTAR 
Particularmente, no caso do torno, é A ferramenta é de desbastar B direita 
usual denominar-se Ferramenta de desbastar (figs. 1 e 3) quando, ao cortar, se desloca no 
a que produz a operação de DESENGROSSAR sentido do CABEÇOTE MÓVEL PARA O CABEÇOTE 
COM PASSES FORTES, nos casos de cilindrar, ou FIXO. É de desbastar à esquerda quando, ao 
de tornear cônico, isto é, de operar o corte cortar, se desloca no sentido do CABEÇOTE 
de modo tal que a ponta da ferramenta se FIXO PARA O CABEÇOTE MÓVEL (figs. 2 e 4). 
desloque respectivamente paralela ou incli- 
nada em relação ao eixo da peça. 
2.5 
Fig. 1 - Ferramenta reta de des- 
bastar à direita. 
Fig. 3 - Fermmentn curva de des- 
bastar B d i ~ e i t a . 
Fig. 2 - Ferrame7zta reta de des- 
bastar a esquerda.Fig. 4 - Fe~rainenta curva de des- 
b a s t a ~ ci esquerda. 
FORMA DA PARTE úTIL DA FERRAMENTA DE 
DESBASTAR, FACES E ARESTAS 
A parte útil ou cortante da ferramenta para melhor rendimento ao corte. 
é esmerilhada de modo a formar duas arestas Os ângulos, suas denominações e valo- 
de corte ou gumes e a preparar certas faces res práticos, serão estudados oportunamente. 
que se dispõem. em ângulos determinados 
I 
MEC - 1965 - 15.000 
TORNEIR0 FÕLHA DE 
MECÂNICO FERRAMENTA DE DESBASTAR INFORMACAO TECNOLÓGICA 2.6 I 
Com o auxílio das figs. 5 e 6 serão 
aqui caracterizadas apenas as superfícies oti 
Faces e as arestas da parte cortante. 
Face de .saida o u ataque: A B C D A 
Face frontal: A B B V A " A 
Face frontal secundária: BCC"BJ'B 
Aresta de corte, gume o u fio: A B 
Aresta de corte secundária: B C 
Aresta frontal o u de incidência: B B ' 
A inclinação da aresta de corte AB 
tem grande influência sôbre a duração do fio 
cortante, podendo produzir maior ou menor 
pressão de corte, maior ou menor vibração, 
devido à superfície do cavaco a arrancar. O 
ângulo r (figs. 7 e 8) chama-se ângulo de ren- 
dimento. eiii contato. Resulta aí maior pressão e a pos- 
Para um mesmo avanço a e uma rnes- sibilidade de maior vibração. Sobretudo, 
ma profundidade p de corte das duas ferra- quando no desbaste de peças de pequeno 
mentas das figs. 7 e 8, vê-se que, no caso da diâmetro, convém, portanto, ferramenta com 
fig. 8, há maior extensão da aresta de corte aresta de corte mais inclinada, como na fig. 7. 
ROBUSTEZ DA FEKKAMEN-I'I\ DE DESRASVI',4R 
A seção transversal mnop da haste da 
ferramenta (fig. 9) deve ser tal que a barra 
de aço possa resistir ao esforço de flexão que 
resulta da pressão de corte, ou seja, a pressão 
que se produz sôbre a aresta cortante, quando 
o cavaco é arrancado. 
A seçáo da ferramenta deve ser esco- 
lhida tendo em conta a seção do cavaco a 
arrancar, isto é, a área resultante do produto Fig. 9 
a X p (avanço vêzes a profundidade do corte, 
figs. 7, 8 e 9). A regra usual é adotar-se uma 
área da seção da ferramenta 80 a 100 vêzes 
a área da seção do cavaco. Por exemplo, para 
um cavaco a cortar de 5 mm2 de seção, pode- 
se adotar a seção de 16 mm X 25 mril = 400 
min2. Realmente, 80 X 5 mm2 = 400 i1iin2. 
1) De um modo geral, em que consiste a operação de desbastar? 
2) Para que serve a ferramenta de desbastar? Quais os seus deslocamentos? 
3) Quais são os nomes das faces e arestas da parte útil da ferramenta? 
4) Explique a influência da inclinação da aresta de corte da ferramenta. 
5) Como deve ser escolhida a seção da ferramenta de desbastar? 
? * 
4 MEC - 1965 - 15 
TORNEIRO I MECANICO I FERRAMENTA DE 1-ALEAR I FOLHA DE INFORMACAO TECNOLÓGICA 1 2.7 
A operação de facear serve para remo- R A ~ Ã O QUE PERMI-rE, NO -TORNO, A O B T E N ~ Ã O 
ver material da peça em rotação no torno, DE SUPERFÍCIES PLASAS. 
fazendo o bico da ferramenta avançar em .4 operação de tacear pode ser, não sò- 
direcão perpendicular ao eixo da peça. Por mente por desbaste (passes profundos), mas 
iiieio do foceamento são feitos, no torno, os também em selni-acn1)ninento ou em acaba- 
planos dos topos das peça, os planos transver- mento (sucessivos passes leves, com controle 
sais dos rebaixos ou os cantos vivos dos i-e freqiiente das .medidas). 
baixos. Em suma, o faceainento é uma OPE- 
Fig. 1 
F ' rr~-~i i i~rn ta reta (1'0 
f ( i c ~ ~ i I. ti direita. 
Fig. 2 
I rr~( i t i i c , !~ ta reta de 
ftir c .r ! l - ( i ~ s q ~ l e r d a . 
/*= 1 I ~errarnr?; ta reta de 
5 
curva de 
direita. 
Fig. 6 
Ferramenta cilrva de 
facear 6 esqz~erdn. 
FERKAMEN?',1 DE FACEAR 
Apresenta as formas das figuras 1, 2, lado do cabeçote iiióvel. Nas figs. 2, 4 e 6 a 
3 e 4 (ferramenta ~ e t n de facear) ou as das ferramenta é de facear à esquerda, ou seja, 
figuras 5 e 6 (ferramenta c u w a de facear). produz planos do lado do cabeçote fixo. 
Nas figs. 1, 3 e 5 a ferramenta é de Existe tainbem outro tipo de ferra- 
fncerr~. ir t/ir.ritn, isto é, ela produz planos do menta de facear, que trabalha ciliildrando 
- - -. - - - - - -..- ---r TORNEIR0 FBLHA DE 
FERRAMENTA DE FACEAR INFORMAÇÁO 
MECÂNICO TECNOL~GICA 2.8 
lateral direita. 
Fig. 7 
em passes profundos, com pequeno avanço e 
produzindo faceamento no rebaixo que deixa 
na peça. As figs. 7 e 8 mostram as duas fer- 
ramentas: faca direita e faca esquerda. 
O faceamento com as ferramentas in- 
dicadas nas figs. de 1 a 4 é feito do centro 
I para o exterior da peça. Quando a ferramenta tem a face de saída ou de ataque, conforme 
indicado nas figs. 5 e 6, o corte é feito do 
exterior para o centro. O que influi, então, 
no sentido de deslocamento da ferramenta, é 
a forma da face de ataque: se ela é inclinada 
Ferramenta 
lateral esqu 
Fig. 8 
para os lados, isto é, se o gume é lateral, o 
corte se dá do centro para o exterior; se a 
face é inclinada para trás, isto é, se o gume 
é frontal, o corte se dá do exterior para o 
centro, qualquer que seja a forma da ferra- 
menta: reta ou curva. 
As ferramentas das figs. 1, 2, 3 e 4 são 
montadas com pequena inclinação em relação 
ao eixo longitudinal da peça. As das figs. 5, 
6, 7 e 8 são fixadas com o eixo longitudinal 
perpendicular ao eixo longitudinal da peça. 
FACES E ARESTAS DA PARTE CORTANTE DA 
FERRAMENTA DE FACEAR 
faca 
erda. 
Por meio da fig. 9, podem ser caracte- 
rizadas estas faces e arestas: - 
Face de saida o u ataque: ABCDA 
Face lateral: ABB'A'A 
Face frontal: BCC'B'B 
Aresta de corte, gume, fio: BA 
Aresta de corte secundária: BC 
Aresta frontal o u de incidência: BB' 
Os ângulos, que influem no corte, se- 
Fig. 9 
1) Em que consiste a operação de facear? O faceamento permite desbaste e acabamento? 
2) Quais os tipos mais comuns de ferramenta de facear? 
3) De que depende o sentido de deslocamento da ferramenta ao se fazer o faceamento? 
4) Por que náo se deve forçar a ferramenta de facear num desbaste pesado? 
I I 
56 MEC - 1965 - 15.000 
TORNEIRO I FAZER FURO DE CENTRO NO TORNO I FOLHA DE MECÂNICO OPERAC~~O 1 3.1 
É muito comum no trabalho do tor- tos, pois, do seu estado, dependem a perfeição 
neiro mecânico a execução de peças prêsas e a segurança das operações a serem executa- 
entrepontas ou na placa e ponta. Para qual- das na peça. 
quer dos dois processos de instalação da peça Furos alinhados, com superfícies lisas, 
é necessário fazer centro. ângulos e dimensões corretos, são indispensá- 
Os furos de centro devem ser bem fei- veis para uma perfeita fixação de peças. 
FASES DE EXECUCÃO 
1." Fase 
PRENDA E CENTRE O material na placa. 
2.a Fase 
FACEIE (fig. 1 - Veja Ref. FO 2/ 1). 
3." Fase 
LIMPE OS CONES do mandril e do man- 
gote. 
4.a Fase 
COLOQUE O MANDRIL no mangote 
(fig. 2). 
5.a Fase 
PRENDA A BROCA DE CENTRAR no man- 
dril. 
a) Consulte a tabela de brocas de centrar e 
de furos de centro. 
b) Deixe fora do rnandril uma parte limi- 
tada (fig. 4). 
6." Fase 
APROXIME A BROCA da peça e fixe o 
cabeçote móvel, apertando a porca A (fig. 3). 
Deixe aproximadamente 10 mm entre 
a broca e a peça (fig. 4). 
Fig. 2 L 
v . Fzg. 4 
AEC - 1965 - 15.000 
CNt IKU 
FAZER FURO DE CENTRO NO TBRNO FOLHA DE ... ..4ÂNICO OP E RAÇÁO 3.2 
1 
8.a Fase 
FURE até atingir a medida. I 
pregue fluido de corte adequado ao ma- I 
I 
I PRECAUÇÃO: terial. I 
OBSERVAÇÃO: a) Acione regular e lentamente o volante do 
cabeçote móvel (fig. 5). 
Consulte a tabela de velocidade de cor- 
te para brocas e detemine a r.p.m., conside- b) Afaste a broca, constantemente, limpe-a 
rando o diâmetro D (fig. 7). com pincel (fig. 6) e, se necessário, ern- 
Não ultrapasse o limite de rotação indi- C) Verifique 0 diâmetro D (fig. 7) com Pa- 
cada para a placa, a fim de não danificar a químetro ou escala e, se necessário, com- 
máquina e de não se expor a perigo. plete o furo na dimensão desejada. 
Fig. 5 Fig. 6 Fig. 7 
QUESTIONARIO 
1) Para que serve o furo de centro em peça5 a serem torneadas? 
2) Comoé feita a escolha da broca de centrar? 
3) Qual a precaução que se deve tomar em relação à rotação da placa, 
quando se quer fazer o furo de centro em uma peça? 
4) Como se verifica se o furo de centro atingiu a medida desejada? 
5) Como é feita a fixação do cabeçote móvel? 
6) Que distância aproximada deve existir entre a broca e a peça, antes 
de iniciar a furação do centro? 
Quando as peças não necessitam ser 
torneadas entrepontas e são LONGAS demais 
3.3 
para serem torneadas sòmente na placa, usa- 
FOLHA DE 
OPERACÁO TORNEIRO 
MECÂNICO 
se um apoio: a contraponta. 
As peças finas e longas flexionam (fig. 
TORNEAR NA PLACA E PONTA 
1) e, quando a "pega" é curta, podem esca- 
par-se da placa sob a ação da ferramenta. 
Para evitar êstes in- 
convenientes, usa-se colo- 
car um apoio, ou seja a 
contraponta, no extremo 
da peça, resultando disso 
a fixação na PLACA E 
PONTA (fig. 2). 
FASES DE EXECUÇÃO 
Fase 
FAJA FURO DE CENTRO numa extremi- 
dade do material. 
2.a Fase 
COLOQUE LUBRIFICANTE no furo de 
centro (fig. 3). 
3.a Fase 
LIMPE OS CONES e coloqiie a contra- 
ponta no mangote. 
4.a Fase 
SITUE E FIXE O CABEJOTE móvel aper- 
tando a porca A (fig. 4). 
OBSERVAÇ~ES: 
a) O mangote deve estar fora do cabeçote 
de um comprimento igual a duas vêzes o 
seu diâmetro (fig. 5). 
b) A distância da contraponta à placa deve 
ser igual à parte da peça que fica para 
fora da mesma. 
Fase 
INTRODUZA O MATERIAL NA PLACA e 
feche as castanhas sem, contudo, prendê-lo. 
Fig. 3 
Fig. 4 
6.a Fase 
APERTE AS CASTANHAS, acertando antes Fase 
o furo de centro na contraponta e girando o VERIFIQUE O ALINHAMENTO da contra- 
material. ponta pelas referências B e corrija, se neces- 
sário, girando o parafuso C (fig. 4). 
7.a Fase 
AJUSTE A PRESSÃO DA CONTRAPONTA, OBSERVAJÕES: 
girando a manivela do mangote, e fixe o mes- 1) Para essa correçáo, deve-se soltar a porca 
mo apertando a alavanca D (fig. 4). A (fig. 4). 
I I 
MEC - 1965 - 15;000 
I 
a) Torneia-se uma pequena extensão, a 
partir do topo da peça, do lado da 
contraponta. 
i 
I 
b) Toma-se a referência do ponto máxi- 
mo em que a ferramenta avançou trans- 
versalmente, no anel graduado. 
TORNEIRO 
MECÃNICO 
2) No caso de peqas cuja cilindricidade é 
muito importante, pode-se verificar o ali- 
nhamento da contraponta do modo se- 
- guinte: 
c) Desloca-se a ferramenta para o ponto 
mais próximo da placa e torneia-se uma 
pequena parte, avançando a ferrainen- 
ta no sentido transversal exatamente 
até o ponto em que ela torneou na 
extremidade. 
d) Verifica-se com compasso externo (fig. 
6) ou micrômetro. Diferença nos diâ- 
metros indica que a contraponta não 
está alinhada. Deve-se, por conseguin- 
te, fazer as correções necessárias no ali- 
nhamento da contraponta. Quando o 
diâmetro da extremidade for maior 
que o diâmetro próximo da placa, 
deve-se deslocas o cabeçote móvel no 
sentido de X, girando o parafuso C; 
caso contrário, deve-se deslocá-lo no 
sentido de Y, isto é, deve-se afastá-lo 
do operador (fig. 7). A contraponta sò- 
mente estará alinhada, quando os dois 
diâmetros forem iguais. 
TORNEAR NA PLACA E PONTA 
9.a Fase 
PRENDA A FERRAMENTA e torneie. 
a) Consulte a tabela e determine a r. p. m, 
e o avanço. 
FOLHA DE 
OPERACÁO 
b) Durante o torneamento, evite retirar a 
peça da placa, sem acabá-la porque será 
mais difícil a centragem da mesma. 
3.4 
c) Proteja e limpe as guias do torno constan- 
temente, quando trabalhar com ferro fun- 
dido. 
a) Verifique constantemente o ajuste da con- 
traponta e lubrifique-a, pois, durante o 
torneamento, a peça se aquece e se dilata, 
razão pela qual a contraponta deve ser 
reajustada. 
b) Quando tornear latão, use óculos proteto- 
res para os olhos ou uma rêde, metálica 
ou plástica, sobre a ferramenta. 
Fig. 7 
Fig. 6 
I 
62 I MEC - 1965 - 15.000 
TORNEIRO 
MECÂNICO I SANGRAR NO TORNO I FOLHA DE OPERACÃO 1 3.5 
A operação de sangrar no torno é muito SANGRAR OU BEDAME (fig. 1); tem a .ponta há- 
executada pelo torneiro na abertura de canais gil e, por isso, é necessário muito cuidado na 
e no corte de peças. A ferramenta usada nes- sua utilização. 
sa operação é denominada FERRAMENTA DE 
Bedame de lâmina. Fig. 1 Bedame comum. 
FASES DE EXECUÇÃO 
I - ABRIR CANAL 
l.a Fase 
PRENDA, A PESA. 
OBSERVA~ÃO: 
Se usar placa, introduza a peça o máximo pos- 
sível, de forma que o canal a ser feito fique' 
próximo das castanhas, a fim de evitar que a 
peça flexione (fig. 2). 
2.a Fase 
MARQUE OS LIMITES DO CANAL usando 
uma ferramenta de ponta e o paquímetro 
(fig. 3) ou, então, com o compasso de centrar 
e a escala (fig. 4). 
OBSERVAJÁO: 
A marcação pode também ser feita direta- 
mente com o bedame a ser usado para fazer o 
canal. 
3.a Fase 
PRENDA O BEDAME, observando a altu- 
ra e o alinhamento (figs. 5 e 6). 
OBSERVAJ~ES: 
a) O balanço B deverá ser o menor possível 
(fig. 5) 
a Pig. 3 Fig. 4 
1 
TORNEIRO 
SANGRAR NO TORNO F6LHA DE MECÂNICO OPERAÇAO 3.6 
b) Na operação de sangrar é muito conve- 
niente o uso de suporte de mola (fig. 5). 
este tipo permite executar a operação sem 
deslocar lateralmente o bedame. 
4.a Fase 
LOCALIZE O BEDAME entre as marcas 
limites do canal e bloqueie o carro principal. 
Fase 
PREPARE E .LIGUE A MÁQUINA. 
Consulte a tabela e determine a r. p. m. 
Fase 
AVANCE O BEDAME até tocar de leve na 
peça (fig. 7) e acerte o anel graduado do carro 
transversal na referência O (zero - fig. 8). 
7.a Fase 
SANGRE, formando o canal. 
a) Avance o bedame cuidadosamente, de dé- 
cimo em décimo de milímetro, cortando 
num extremo do canal próximo à marca 
limite (fig. 9). 
Caso o esforço seja muito grande, vá deslo- 
cando ligeiramente o bedame no sentido la- 
teral de modo que o canal fique um pouco 
mais largo e êle possa penetrar livremente. 
b) Desloque a ferramenta com a manivela 
do carro principal e repita o mesmo tra- 
balho na outra extremidade do canal 
(fig. 10). 
Fig. 5 
Fig. 7 
Fig. 6 
- 
Fig. 8 
MQML limita c 
Fig. 9 
OBSERVAÇÁO: 
Deixe, aproximadamente, 0,2 mm a mais no 
Fig. 10 diâmetro e 0,2 mm de cada lado do canal, 
para acabamento. 
I 
r ' 64 MEC - 1965 - 15.000 
Fase 
TORNEIRO 
MECÂNICO 
TERMINE O canal faceando os flancos 
primeiramente (fig. 11) e depois o fundo OBsERvA~": 
(fig. 12). S>e necessário, reahe o bedame. 
Fig. 11 
SANGRAR NO TORNO 
I1 - CORTAR 
l.a Fase 
PRENDA A PESA (Veja parte I, 1 .a Fase). 
FOLHA DE 
OP ERAÇÁO 
2.a Fase 
PRENDA O BEDAME (Veja parte I, 
3.7 
3.a Fase). 
O bedame usado para cortar material no tôr- 
no tem a aresta inclinada em relação ao eixo 
geométrico da peça (fig. 13). 
Esta inclinação evita RESTO DE CORTE 
na peça que se destaca. 
Para melhorar o acabamento da face 
da peça cortada, é comum fazer-se, também, 
um pequeno ângulo de saída ou de ataque 
(fig. 13 - Corte AB). 
3.a Fase 
Fig . 
Fig. 12 
Corte A- B 
LI Fig. 14 
MARQUE O comprimento da peça (fig. 
14). 
4.a Fase 
SANGRE como na 7.a fase, parte I, dei- 
xando material para facear. 
5.a Fase 
CORTE A PESA (f ig. 1 5). 
I I 
MEC - 1965 - 15.000 65 
Fig. 16 
I TORNEIRO 
MECÂNICO 
OBSERVA~~ES: 
I a) No caso de peça furada, a altura do be- 
dame deve ficar ligeiramente acima do 
centro da mesina (fig. 16). 
b) Se o número de peças a cortar for grande, 
use bedame "pescojo de cisne", também 
chamado "bedame de gancho". 
Neste caso, quando a peça gira em sen- 
tido contrário e a ferramenta se encontra vol- 
tada para baixo, o corte é feito com mais faci- 
SANGRAR NO TORNO 
I lidãde (fig. 1'7). 
OBSERVAÇÃO: 
O sangramento com a ferramenta voltada 
para baixo e a peqa girando em sentido con- 
trário é muito aconselhável no caso de peças 
de grandes diâmetros e quando já há alguma 
folga entre a árvore e o manca1 do torno. 
PRECAUJÁO: NOTA: 
Quando se sangram peças compridas, 
Adote êste processo sòmente se o torno tem o esforço do bedame é muito acentuado. Usa- 
placa de encaixe cônico e prêsa com porca, se, por isso, uma luneta fixa, a qual deveser 
pois, nos tornos comuns, a placa pode se de- montada bem próxima ao canal ou ao corte 
satarraxar, expondo o operador a perigo. a ser executado (figs. 18 e 19). 
FOLHA DE 
OPERACÃO 
. , 
I 
66 MEC - 1965 - 15.000 
3.8 
I-' - - --- - - -- .. - 
O número de rotações da árvore do 
torno não pode ser adotado, à vontade, arbi- 
tràriamente, pelo torneiro. Depende a sua 
determinação de alguns fatores, dentre os 
quais são de grande importância a espécie do 
material a tornear, a espécie do material da 
ferramenta de corte, o diâmetro da peça, o 
tipo de operação (desbaste, acabamento). 
Por exemplo, para tornear material 
macio, usa-se maior número de rotações que 
para material duro. Para um mesmo material 
a tornear, emprega-se maior número de rota- 
ções quando a ferramenta é de aço rápido do 
que no ,caso de ser a ferramenta de aço ao 
carbono. 
3.1 
O número de rotações é sempre con- minuto", isto é, o número de rotações no 
siderado em relação ao tempo de 1 minuto. A tempo de 1 minuto. 
abreviatura "r.p.m." significa "rotação por 
F6LHA DE 
INFORMAÇAO 
VECNOLÓGICA 
TORNEIR0 
MECÂNICO 
ABELAS OU ESCALAS USUAIS DE "r.p.m." NOS TC1.lut 
ROTAÇÃO POR M I ~ T U T O NO TOKNO 
(TABELAS) 
I Os tornos mecânicos têm, em geral, 1.0) 16 diferentes "r.p.m.": 17 - 23 - 28 - variações reduzidas de "r.p.m." 37 - 45 - 59 - 74 - 98 - 121 - 158 Nos tornos antigos, de polias em de- - 200 - 264 - 319 - 420 - 532 - 700 
graus, são comuns as variações de 8 a 12 rota- 
ções diferentes. Exemplo (caso de 9): 44 - 71 
- 112 - 177 - 280 - 354 - 450 - 560 - 
900 r.p.m. 
Nos tornos modernos, o cabeçote fixo 
contém complicados Jogos de engrenagens de 
mudanças, que permitem variações mais am- 
plas, como se mostra pos dois exemplos se- 
guintes: 
r.p.m. 
36 diferentes "r.p.m.": 14 - 16 - 19 - 
22 - 25 - 28 - 32 - 37 - 42 - 48 - 56 
-64-75-85 -98 - 113 - 128 - 146 
- 169 - 192 - 222 - 260 - 300 - 340 
- 385 - 445 - 500 - 580 - 665 - 765 - 
895 - 1025 - 1175 - 1335 - 1530 - 
1750 r.p.m. 
Existem três processos: 
1.0) Cálculo mediante o emprêgo de uma 
fórmula matemática, sendo conhecidos o 
diâmetro da peça e um valor chaniado 
"velocidade de corte", dado por tabelas. 
OBSERVAÇÃO : 
A velocidade de corte dada em tabelas 
já considera o tipo de material a ser torneado, 
o da ferramenta e a espécie de trabalho, isto 
é, se se trata de desbaste ou de acabamento. 
2.") Uso de um gráfico, conhecidos tambeni 
os dois elementos citados. 
a tornear, material das ferramentas de 
corte e tipos de operação (desbaste, aca- 
bamento.). 
Só será apresentado aqui o terceiro 
caso, o de tabelas. 
Em qualquer dos processos, obtido um 
determinado número de "r.p.m.", adota-se o 
igual da gama de velocidades do torno, se 
houver. Em geral, porém, não há coincidência. 
DEVEM SER ADOTADAS ENTÃO AS "r.p.m." 
LOGO ABAIXO DAS OBTIDAS pelo cálculo ou pe- 
los gráficos ou tabelas. 
3.O) Emprêgo de tabelas de "r.p.m." em que A título de exemplo se encontram, no 
diferentes diâmetros das peças são consi- verso, tabelas resumidas de "rotações por 
derados em relação a diversos materiais minuto" para certos casos. 
I 
MEC - 1965 - 15.000 
@ TABELA DE "r.p.in PARA DESBASTE COM -TA DE ACO AO CARBONO 
DIÂMETROS 
WTERIAL A TORNEAR 
F e r r o fundido 
TORNEIR0 
MECANICO 
Aço doce 
C ' * 
FOLHA DE 
INFORMACAO 
TECNOLÓGICA 
ROTAÇÃO POR MINUTO NO TORNO 
(TABELAS) 
O - d o 11" 1 " 
Aço duro 
Bronze 182 159 
Latão e dlumínio 296 259 
@ TABELA DE nr.p.mm PAJU ACAJL 
3.2 
DE ROTAÇÕES POR MINUTO (r.p.m ) 
4 8 42 3% 35 32 29 27 25 
95 85 76 69 64 59 55 51 
80 71 64 58 53 49 45 42 
48 42 38 35 32 29 27 25 
127 113 102 93 85 78 73 68 
207 184 166 150 138 127 118 110 
D COM FERRBMENTA DE AÇO AO CARBONC 
DIAMETROS (mm) - 
MATERIAL A TORNEAR N ~ E R o DE ROTAÇ~ES POR MINOTO (r .p .m ) 
F e r r o fundido 
Aço doce 
Aço semi- duro 
Aço duro 
Bronze 
Latão e Alumínio 
@ TABELA DE "r .p .mn PARA DESBASTE COM FERRIU~BNTA DE AÇO R ~ P I D O 
136 
159 
136 
91 
296 
341 
. DIÂMETRos (mm) - 
MATERIAL A TORNEAR 
F e r r o fundido 
Aço doca 
Aço semi- duro 
Aço duro 
Bronze 
Latão e Aluminio 
C I 
68 MEC - I 06s - 15 nnn 
28 4 
N-O DE ROTAÇÕES POR MINUTO (r.u.m ) 
- - - - - - - -- - --- - - - - - - -- - - 
@ TBBELA DE "r .p.mn P.AU ACABAMENTO COM FERRAhENTA DE AÇO R&IDO 
119 
139 
119 
80 
259 
298 
159 
227 
182 
136 
227 
455 
DIÂMETROS ( 1 - 
MATERIAL A TORNEAR 
F e r r o fundido 
I Aço doce 
Aço aemi-duro 
"2" 
1 Latão e Aluminio 
106 
124 
106 
71 
230 
265 
139 
159 
119 
199 
398 
EXEMPLOS : 3.0) Obter, nas, tabelas, as r.p.in. para desbas- 
1 tar ferro fundido corn ferramenta de aço 
1.0) Obter, nas tabelas, as r.p.m. para desbas- rápido, diâmetro da peça 40 mm. Res- 
I tar aço duro com ferramenta de aço rá- posta: 11 1 r.p.m. (tab. 3). 
pido, diâmetro da peça 55 mm. Res- 
1 posta: 69 r.p.m. (Tab. 3). OBSERVA~ÃO: 
No caso de diâmetros que não constam 
2.') Obter, nas tabelas, as r.p-m. para traba- nas tabelas, tomar a "r.p.m.", indicada para 
lhos de acabamento em latão C O ~ I ferra- menor mais próximo. Exemplo: para des- 
1 menta de aço ao carbono, diâmetro da bastar bronze com ferramenta de aço rápido, 
I peça 90 mm. Resposta: 106 r.p.m. (tabela diâmetro da peça 72 mm, deve-se trabalhar 
1 2). com 91 r.p.m. 
- 
95 
111 
95 
64 
207 
239 
124 
1 9 9 1 7 7 1 5 9 
141 
106 
177 
354 
28 1 321 361 40 1 4 501 551 601 65 1 701 751 801 90 COO 
m o DE BOTAÇÕES POR MINUTO (r .p.m ) 
85 
99 
85 
57 
184 
212 
111 
127 
95 
159 
318 
205 
541 
250 
L82 
341 
P68 
104 
174 
127 
93 
174 
289 
76 
89 
76 
5 1 
166 
191 
99 
113 
8 5 
1 4 1 
283 
179 
298 
219 
159 
298 
497 
95 
159 
117 
85 
159 
265 
69 
8 1 
69 
46 
150 
174 
159 
265 
195 
1 4 1 
265 
442 
89 
102 
76 
127 
255 
64 
74 
64 
42 
138 
159 
74 
85 
64 
L06 
212 
8 1 
1 4 1 1 2 7 1 1 6 1 0 6 
93 
69 
116 
231 
88 
147 
108 
78 
147 
245 
115 
1 9 1 
140 
102 
1 9 1 
318 
76 
127 
93 
68 
127 
212 
143 
239 
175 
127 
239 
398 
82 
136 
100 
73 
136 
227 
59 
69 
59 
39 
127 
147 
69 
98 
78 
59 
98 
196 
127 
212 
156 
113 
212 
354 
- 
55 
64 
55 
36 
118 
136 
- 
64 
91 
73 
55 
91 
182 
57 
95 
70 
51 
95 
L59 
72 
119 
88 
64 
119 
199 
64 
106 
78 
57 
106 
1 7 7 
51 
59 
51 
34 
110 
127 
59 
85 
68 
5 1 
85 
170 
48 
56 
48 
32 
103 
119 
56 
80 
64 
48 
80 
159 
42 
50 
42 
28 
92 
106 
50 
71 
57 
42 
71 
141 
38 
45 
38 
25 
83 
95 
45 
64 
5 1 
38 
64 
L27 
Fig. 1 
TORNEIR0 F ~ L H A DE 
MECÃNICO BROCAS DE CENTRAR INFORMAÇAO TECNOLÓGICA 3.3 
Para se tornear urna peça que deva ser contraponta. Quando se precisa tornear, pren- 
ap~iada entre a ponta e a contraponta, é ne- dendo a peça na placa e apoiando o outro 
cessário fazer centros nas faces dos dois topos. extremo na contraponta, também se pratica 
Os centros são furos de forma cônica, aos uin furo de centro, lia face dêsse outro topo, 
quais se adaptam os cones da ponta e da para adaptacão da contraponta. 
TIPOS USUAIS DE CENTROS 
O 
0 
N 
Fig. 3 
O mais comum é o. centro simples, careada a 1200. Há tanibém o centro prote- 
como se vê na figura 1. Compõe-se de uma gido do tipo da figura 3: em lugar da entrada 
entrada tronco-cônica de 60°. Segue-se um escareada a 120°, há um pequeno rebaixo 
furo cilíndricb. Na parte tronco-cônica se cilíndrico. Tanto o escareado a 120°, como o 
adapta a ponta ou a contraponta, cujos cones rebaixo, têm a função de proteger a parte 
são de 600. O furo cilíndrico penni~e que fi- conica contra choques que possam produzir 
que livre o extremo da ponta ou da contra- mossas, deformações ou rebarbas capazes de 
ponta e é, ao mesmo tempo, um pequeno prejudicarem o rigor da centragem. 
depósito de óleo, que serve à lubrificação O cone do centro e o cone da ponta 
dessas partes em contato e sujeitas a atrito devem tero mesmo ângulo (60°), para per- 
devido à rotação da peça. mitir a ajustagem exata da ponta ou da con- 
A figura 4 mostra claramente como se traponta. Se assim não acontecer, a peja girará 
ajusta a ponta do torno no interior do orifí- mal guiada e o torneamento será imperfeito. 
cio de um centro simples. Deiiiais, a ponta e a contraponta se desgas- 
Outro tipo é o centro protegido indi- tam mais ràpidamente, se a centragem não 
cado na figura 2. Além das partes cônica e fôr correta. 
cilíndri'ca, êste centro possui uma entrada es- 
f 
MEC - 1965 - 15.000 
'DIAMETROS MEDIDAS DAS BROCAS 'DIÂMETRO M A X I ~ 
DAS PEÇAS (mm ) MO DO ESCAREK 
d D c C Do I E ) l m n ) 
5 a 1 5 . 1;5 5- 2 4 0 4 
16 a 20 2 6 3 45 5 
21 a 30 2,5 8 3.5 50 6 , s 
31 a 40 3 10 4 5 5 7,5 
41 a 60 4 12 5 66 10 
61 a 100 ' 5 14 6,s 78 12.5 
I . 
TORNEIR0 FBLHA DE 
MECÂNICQ 
BROCAS DE CENTRAR I NFORMAÇAO 
TECNOL6GICA 
3.4 
. 
BROCAS DE CENTRAR 
Para a execução dos centros nas peças, sua forma, executam, numa só operação, o 
usam-se brocas especiais, as Brocas de centrar, furo cilíndrico, o cone e, ainda, o escareado 
cujos tipos inais comuns são indicados a se- (fig. 6). 
guir: broca de centrar simples (fig. 5) e As medidas dos centros devem ser ado- 
broca de centrar com chanfro de proteção tadas em proporção com os diâmetros das 
(fig. 6). A primeira é, em geral, de aço car- peças. A tabela abaixo apresenta dados práti- 
boilo; e a segunda de aço rápido. Devido à cos. 
.- .- 
Fig. 5 Fig. 6 
EXECUCÃO DO CENTRO 
Não convém executar o centro na fu- 
radeira, a não ser que, pela sua forma, a peça 
não possa ser fàcilmente prêsa r,a placa. 
O melhor processo de executar furo de 
centro é o mostrado na figura 8, utilizando-se 
a broca de centrar, montada em mandril fi- 
xado no cabeçote móvel, e a peça prêsa na 
placa universal. 
Como a broca é fraca, deve-se operar 
com avanço bem lento e com a velocidade da 
árvore de acordo com a tabela para brocas. 
Se o avanço for rápido, resulta a que- 
bra da ponta da broca, que fica encravada no 
furo já iniciado. 
QUESTIONÁRIO 
1) Que são os centros da peça? Para que servem os centros? 
2) Quais são os tipos usuais de centros? 
3) Quais são os tipos comuns de brocas de centrar? 
4) Para que serve o escareado de 1200? E o rebaixo cilíndrico? 
70 MEC - 1965 - 15.000 
Fig. 7 
TORNEIRO F6LHA DE FERRAMENTA DE SANGRAR (BEDAME) INFORMAÇÃO 3.5 MECANICO TECNOL~GICA 
I 
I 
Sangrar é a operação em que a ferra- 'direção transversal do seu eixo geométrico. 
menta de corte se desloca perpendicularmen- A operação de sangrar é, também, frequente- 
te ao eixo longitudinal da peça, produzindo mente, destinada a cortar a peça transversal- 
desbaste a partir do exterior da peça para o mente, para o que, em passes sucessivos, se 
seu centro. Por meio desta operação se exe- vai aprofundando o bico da ferramenta até 
cutam canais ou ranhuras na peça, segundo a que êle atinja pràticamente o centro. 
FERRAMENTA DE SANGRAR 
A ferramenta de sangrar, também de- te, afia-se a aresta de corte ou gume com LI- 
nominada Bedume, apresenta usualmente uma . GEIRA INCLINA~ÃO, a fim de conseguir a com- 
das formas indicadas nas figs. 1 e 2 pleta remoção de rebarbas na parte a ser des- 
Quando se prepara o bedame para cor- tacada da peça (fig. 2). 
Fig. I - Ferramenta de sangra,]. 
(para canais). 
Sob a forma de bite, para montagem 
num porta-ferramenta (fig. 3), o bedame é 
uma simples lâmina de aço, cujo aspecto está 
mostrado nas três vistas da fig. 4. Já é encon- 
trado no comércio com as inclinações laterais 
que se vêem na terceira vista da fig. 4 e que 
servem para dar as folgas necessárias num e 
noutro plano do canal aberto na peça. Essa 
ferramenta é geralmente conhecida sob os no- 
mes de bite-bedume ou bedame de lâmina. 
Fig. 3 - Ferramenta de salngrur 
(para corte). 
Fig. 3 
Fig. 4 
VIBRAÇÃO DA FERRAMENTA DE SANGRAR 
A ferramenta de sangrar é a mais há- de vibração, porque o bico tende a penetrar 
gil de todas as ferramentas do torno. Sua se- e a levantar a peça, quando existe qualquer 
,são é muito delgada, em virtude das inclina- folga nos mancais da árvore. 
ções laterais que determinam as folgas. Para evitar êsse inconveniente, usa-se 
Quando se fixa a ferramenta normal- montar a ferramenta ao contrário, inverten- 
mente (com bico para cima), produz-se gran- do-se também o movimento de rota~ão da ár- 
I 
MEC - 1965 - 15.000 7 1 ' 1 
. 
TORNEIR0 INFORMAÇAO FOLHA DE 
MECÂNICO FERRAMENTA DE SANGRAR (BEDAME) 3.6 TECNOLÓGICA 
I I 
Fig. j 
vore do torno, como mostra a fig. 5. Empre- casas, a inversão da ferramenta e da rotação 
ga-se também o bedame "pescoço de cisne" forçam a árvore do torno contra os seus man- 
ou bedame de "gancho" (fig. 6), fixado ao con- cais inferiores, eliminando pràticamente a vi- 
trário e ainda com inversão da rotação da ár- bração. X desvantagem é que, conforme a 
r vore. Esta ferramenta turva oferece maior fle- pressão do corte, a placa montada no extremo 
xibilidade que a ferramenta reta. Nos dois da árvore tende a deslocar-se. 
FACES E ARESTAS DA PARTE CORTANTE DA 
FERRAMENTA DE SANGRAR 
As figs. 7 e 8 facilitam a caracterização 
das faces e arestas da parte útil: 
Face de saida o u ataque: ABCDA 
Face frontal: ABB'A'A 
Faces laterais: AA'DA e BB'CB 
Aresta de corte (Única): AB. 
Ao afiar a aresta de corte, é convenien- 
te dar-lhe um ligeiro arredondamento, como 
mostra, com exagêro, a fig. 8. Com isso se cur- 
va e se desprende obliquamente o cavaco. Se 
não for tomada esta precaução, há possibili- 
dade de acumulação forçada de cavacos no 
bico da ferramenta. Esta se agarra dentro da 
ranhura e por ser frágil, pode-se romper de- 
vido à pressão. 
No caso do bedame de corte, convém 
repetir a observação da primeira página: a 
aresta cortante ou fio deve ter ligeira inclina- 
ção, para facilitar a remoção das rebarbas na 
parte a ser destacada da peça (fig. 2). 
QVESTIONA.RJO 
1) Em que consiste a operação de sangrar? Qual a direção da ferramenta? 
2) Quais as formas da ferramenta de sangrar? Que é bedame? 
3) Que é bite-bedame? Como se monta êste bite para o corte? 
4) Como se evita a vibração da ferramenta de sangrar? 
5) Indique as faces e arestas do bedame. Explique as particularidades do fio ou gume. 
72 MEC - 1965 - 15.000 
Fig. 7 Fig. 8 
I - TORNEAR CGNICO EXTERNO I 
I 
l.a Fase 
TORNEIE CILÍNDRICO EXTERNO no diâ- 
metro maior do cone. 
OBSERVA$~O 
Leve em conta o comprimento do cone. 
4.1 
2.a Fase 
FIXE A ESPERA no $ngulo de inclinação 
I 
F6LHA DE 
OPERAÇÃO 
TORNEIR0 
MECÂtNICO 
do cone (figs. 1 e 2) do seguinte modo: * 
TORNEAR CONICQ USANDO A ESPERA 
a) Solte os parafusos de fixação da base 
giratória. 
b) Gire a espera no ângulo desejado, 
observando a graduação angular. 
c) Aperte os parafusos. 
OBSERVA~ÃO 
Consulte a tabela de velocidade e de- 
termine a r.p.m., considerando o diâmetro 
maior do cone. 
3.a Fase 
INICIE O TORNEAMENTO pelo extremo B 
da peça (fig. 3), com passes finos, girando a 
manivela da espera vagarosamente. Troque as 
mãos, na manivela, de modo que não inter- 
rompa o corte. 
4.a Fase 
VERIFIQUE O ÂNGULO do cone, quando 
êle estiver mais ou menos na metade (figs. 4 
e Fi), e corrija, se necessário. 
Fig. 4 
Tvet,ifir.a!.ão com trcc?zsfe~.i(loi. 
(Cone po?ico precisa). 
Fig. I 
Fig. 5 
T'erificação com. calibrado?-. 
(Cone de precisno). 
I 
MEC - 1 965 - 15.000 
a) Para corrigir o ângulo, desaperte os para- 
fusos da base giratória, gire-a levemente no 
sentido desejado e reaperte os parafusos. 
b) Quando o cone é verificado com calibra- 
dor, afaste a ferramenta transversalmente 
e limpe a peqa e o calibrador. 
Cuidado para não machucar a mão na 
ferramenta. Afaste-a bem. 
5.a Fase 
RECOMECE O TORNEAMENTO pela meta- 
de da parte cônica, com cuidado, para tirar o 
mínimo possível (fig. 6) e, se necessário, faça 
novos ajustes até que o ângulo fique na me- 
dida. 
6.a Fase 
DÊ os PASSES FINAIS, movimentando a 
ferramenta de A para B (fig.6), até ficar no 
comprimento desejado. 
OBSERVAÇÃO: 
Os cones dever50 ser ajustados no ân- 
gulo desejado, antes de atingirem a medida 
final. 
I1 - TORNEAR CBNICO INTERNO 
l.a Fase 
TORNEIE CILÍNDRICO INTERNO no diâ- 
metro menor do cone. 
OBSERVAÇÃO : 
Leve em conta o comprimento do cone. 
2.a Fase 
FIXE A ESPERA no ângulo de inclinação 
do cone (Veja 2.a fase da parte I). 
1 Fig . 7 
76 MEC - 1965 - 15.000 
3.a Fase 
PRENDA A FERRAMENTA de alisar inter- 
no. . 
1 
I 
I 
OBSERVAÇÃO : 
Movimente a ferramenta, girando-a no 
sentido das flechas, quando faltar menos de 
1 mm, para acertá-la na altura (fig. 7), utili- 
zando, para isso, o verificador. 
4.a Fase 
SITUE O CARRO em. posição de tornear 
o cone (Veja 4.a fase da parte I). 
4.3 
a) Sendo o cone do comprimento da.peça, a 
ferramenta deverá sair do lado da placa 
(fig. 8).. 
FOLHA DE 
OPERACÃO 
TORNEIRO 
MECÂNICO 
b) Para alisar, dê os passes no sentido de B 
para A e repasse de A para B, sem dar 
profundidade de corte (fig. 9). 
TORNEAR CGNICO USANDO A ESPERA 
5.$ Fase 
DETERMINE O avanço E A r.p.m., consi- 
rando o diâmetro maior do cone. 
6.a Fase 
Fig. 8 
I Fig. 9 
a) As demais fases de execução são iguais às 
da parte I. 
MEC - 1965 - 15.000 
Fig. 1 
FASES DE EXECUÇÃO 
L 
TORNEIRO 
FURAR NO TORNO 
FaLHA DE 
MECANICO OPERAÇAO 
4.5 
A furação no torno é u m a operação Faz-se a furação, de preferência, após 
feita, com broca helicoidal, no início da usi- o desbaste externo e o faceamento (fig. 1). 
nagem de partes internas das peças, eni geral. 
l.a Fase 
CONES LIMPOS 
FACEIE 
--- 
2.a Fase 
COLOQUE O MANDRIL para brocas 110 
cone do mangote (fig. 2) e prenda a broca 
pela haste cilíndrica (fig. 3). 
Fig. 2 
O B S E X V A ~ ~ E S : 
a) Se a broca tiver haste cônica (fig. 4) não 
precisa de tnandril; basta introduzir sua 
haste no cone do mangote. Se necessário, 
use bucha de redução (fig. 5). Para a inon- 
tagem, os cones do mangote, da haste da 
broca e da bucha de redujão devem estar 
liiilpos e secos. 
11) i'erificlue o guine da broca e, se necessi- 
rio, pro~:iclencie a reafiação da inesina. 
ESPIGA 
. -.-. -. -. 
HASTE cÔNICA a 
Fig. 4 Fig. 5 
MEC - 1965 - 15.000 79 
corpo / /Haste cilíndrico 
Fig. 3 
TORNEIRO 
FUKAR NO TORNO FGLHA DE 1 , ' Y Í C I N I C O . OPERAÇAO 4.6 
c) Verifique o diâmetro da broca com paquí- 
metro, medindo sobre as guias (fig. 6). Não 
gire a mesma, quando esta estiver prêsa 
entre os encostos do paq;imetro. 
3.a Fase 
PREPARE O TORNO, para a furação. 
Consulte a tabela de velocidade de corte para 
brocas e determine a r.p.m. 
Limpe e lubrifique as guias do barramento. 
4.a Fase 
APROXIME O CABEÇOTE MÓVEL de modo 
que a ponta da broca fique a, mais ou menos. 
10 mm da peça (fig. 7), tendo antes girado a 
manivela para que o mangote ficasse todo 
para dentro. 
5.a Fase 
FIXE O CABEÇOTE MÓVEL, apertando a 
porca, e ligue o torno. 
6.a Fase 
INICIE O FURO, girando o volante do 
cabeçote móvel, até que a broca encoste na 
peça. 
Caso a broca vibre, ponha um calço de aço 
macio na espera e force-o levemente contra 
a mesma, à medida que a sua ponta penetra 
na peça (fig. 8). 
Fig. 6 
Fig. 7 
I 
-.- 
Cdpo do oscora - 
Fig. R 
7 .a Fase 
AFASTE o CALFO e verifique novamente oBsERvA~Ã02 
se a broca vibra; sendo necessário, repita a Coloque os guines cortantes da broca em 
fase anterior, até que a mesma fique centrada posição vertical, a fim de facilitar o corte 
e a sua ponta penetre lia peça. quando a broca é pressionada pelo calço de 
O MEC - 1965 - 15.0t 
TORNEIRO 
MECÂNICO I FURAR NO TORNO I FOLHA DE OPERACÁO 
escora e, também, para manter o alinhamento 
(fig. 9). 
8.a Fase 
CONTINUE A FURAR, afastando, constan- 
temente, a broca da peça e limpando-a com 
um pincel embebido em um fluido de corte 
adequado ao material a ser furado. 
5 
Se o esforço para furar é muito grande, verifi- 
que se a broca está bem afiada. No caso de 
broca de diâmetro grande, às vêzes, é neces- 
sário fazer um furo inicial de diâmetro menor 
(fig. 10). 
Furo inicial 
Fig. 10 
O uso de broca inicial, muito maior do que 
a alma da broga final (fig. 1 l), pode provocar 
a quebra da mesma e acidente. 
9." Fase 
TERMINE O FURO, na profundidade de- 
sejada. 
OBSERVA~~ES: 
Fig. 11 
a) O comprimento do furo pode ser contro- 
lado pela escala existente no mangote (fig. passo, neste caso, é igual ao comprimento 
12); se não houver esta escala, use um total que fica fora do mangote, menos o 
compasso interno. A abertura do com- comprimento do furo (fig. 13). 
MANOOTL /'1 
Fig. 12 
Comp. do furo _Abertura do wmpos6e - - 
Com~rimrnto totol r : 
Fig. I? 
I 
MEC - 1965 - 15.000 
1) Quando é feita a furação no tôriloi 
2) Quando é que se usa mandril para prender a broca? 
3) Que cuidado deve-se tomar ao iiieclir a broca coin paquímetro? 
4) Que se deve fazer para evitar que a broca vibre ao iniciar o furo? 
5) Que se deve fazer para diminuir o esfdr~o, quando se fura com 
broca de diâmetro grande? 
6) Qual a diferença no comprimento de um furo que deve ser facea- 
do de um que não será faceado? 
TORNEIRO 
FURAR NO TORNO FOLHA DE MECÂNICO O PERACÃO 4.8 
r 
O comprimento indicado pelo compasso 
pode ser marcado com um traço de giz ou com 
uin anel de cobre, prêso na broca, quando o --- 
coiripriinento do furo não é de grande preci- 
são. 
b) Veja se a medida da profundidade do furo 
inclui, ou não, o cone da ponta da broca Fig. 14 - Furo que Fig. 15 - Firro a 
nfio serú farenclo. .ser f r~cendo nlitil 
(figs. 14 e 15). r o117prit1ie)7to. 
c ) Ao medir coin o pacluímetro a profundi- 
dade do furo. a haste deve ficar apoiada na 
parede do mesmo (fig. 16). 
Fig. I 6 
82 MEC - 1965 - 15.000 
! TORNEIR0 GONIOMETRO FOLHA DE 
MECÂNICO 
INFORMACÃO 
(TRANSFERIDOR) TECNOLÓGICA 4.1 
I 
O mecânico tem necessidade de medir O instrumento que usa: para medir ou verifi- 
I 
I 
ou verificar ângulos nas pejas que executa, a car ângulos, é um Goniômetro o.u Transferi- 
fim de usinar ou preparar determinadas su- dor. 
perfícies com o rigor indicado pelos desenhos. 
MEDIÇÃO DE UM ÂNGULO 
A medição ou verificação de um ângu- 
lo qualquer, numa peça, se faz ajustando-o 
entre a régua e a base do goniômetro. Êste 
instrumento possui graduações adequadas, 
que indicam a medida do ângulo formado pela 
régua e pela base, e, portanto, do ângulo da 
peça. 
A unidade prática de medida angular 
é o grau. Dividindo-se um círculo qualquer 
em 360 partes iguais, o ângulo central corres- 
pondente a uma parte é o ângulo de 1 grau. 
O grau se divide em 60 minutos de ângulo e 
o minuto se divide em 60 segundos de ân- 
gulo. Os símbolos usados são: grau (O), minu- 
to (') e o segundo ("). Assim, 54O 31' 12" se 
lê: 54 graus, 31 minutos e 12 segundos. 
Em geral, o goniômetro, ou instrumeil- 
to de medida angular, pode apresentar, ou um 
círculo graduado (360°), ou um semi-círculo 
graduado (1800), ou um quadrante graduado 
(90°). Pràticamente, 1 grau é a menor divisão 
apresentada diretamente na graduação do go- 
niômetro. Quando possui vernier, pode dar 
aproximação de 5 minutos. O goniômetro de 
alta precisão aproxima até 1 minuto. 
Um tipo de goniômetro muito usado 
na oficina é o Transferidor universal (fig. 1). 
Suas duas peças fazem parte de um conjunto 
denominado Esquadro combinado ou Esquu- 
dro universal, que possui mais duas pejas (es- 
quadro de centrar e esquadro com meia es- 
quadria). 
O fixador prende o disco graduado e a 
régua. O alinhamento dos traços extremos do 
disco (900 - 90°) fica paralelo aos bordos da 
régua. No arco, encontra-se um traço "O" de 
referência. Quando a base é perpendicular à 
borda da régua, a referência "0" do arco coin- 
cide com o "90°" do disco. Quando a base é 
paralela à régua, os "zeros" do disco e do arco 
coincidem. 
Traço de reftr6ncici ('0'') 
Rdguo groduo 
.Ingulo que se lê na figura: 
500 (ou o suplenzento 1300). 
TORNEIRO '9 (TRANSFERIDOR) GONI~METRO INFORMACAO TECNOLOGICA FOLHA DE 4.2 a

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