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AUDITORIA E GESTÃO DE QUALIDADE NAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE

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AUDITORIA E GESTÃO DE QUALIDADE NAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE
CONCEITO DE AUDITORIA
· Na área contábil: é o exame de demonstrações e registros administrativos. O auditor observa a exatidão, integridade e autenticidade de tais demonstrações, registros e documentos. Preocupa-se com a verificação de elementos contábeis e em determinar a exatidão e a fidelidade das demonstrações e relatórios contábeis.
· Na área de saúde: é um instrumento de administração utilizado na avaliação da qualidade do cuidado. É a comparação entre a assistência e prestada e os padrões de assistência considerados como aceitáveis.
· AUDITORIA MÉDICA: conjunto de atividades exercidas com o objetivo de avaliar o trabalho da equipe de saúde, nos seus múltiplos aspectos.
· AUDITORIA DE ENFERMAGEM: exame oficial dos registros de enfermagem com o objetivo de avaliar, verificar, e melhorar a assistência de enfermagem. As primeiras publicações sobre auditoria em enfermagem, datam de 1955, também nos Estados Unidos, onde atualmente se desenvolve no campo hospitalar, de saúde pública e domiciliar.
OBJETIVOS DA AUDITORIA
· a melhoria da qualidade da assistência de enfermagem que o hospital se propõe oferecer à comunidade, ou que tem por obrigação social oferecer;
· a motivação da enfermagem a alcançar padrões ideais de assistência ao paciente.
BENEFÍCIOS DA AUDITORIA
· Para o fornecimento de elementos para decisões administrativas;
· Para o corpo clinico do Hospital que dispõe de informações seguras para análise das técnicas e programas desenvolvidos.
MÉTODOS DE AUDITORIA
· Retrospecção: verifica os fatos passados situando a observação quanto ao tempo, em períodos já vividos. Não vai diretamente ao fato; mas aos elementos que o evidenciam.
· Análise: constitui a essência da ação auditorial. Os fatos são analisados detalhadamente, incluindo as condições favoráveis à melhoria do serviço.
· Perrone propõe a auditoria concorrente: que é feita durante a hospitalização do paciente
· Cerqueira propõe três tipos de auditoria no serviço de Enfermagem: 
· Retrospectiva;
· Operacional: É realizada enquanto o paciente está hospitalizado e compreende a verificação do prontuário e entrevista com o paciente.(concorrente)
· Plano de cuidado;
CLASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA
Quanto a:
· forma de intervenção: interna e externa
· tempo: contínua e periódica
· natureza: normal ou especial (necessidade)
· limite: total ou parcial
LIMITAÇÕES PRINCIPAIS DA AUDITORIA
· avaliação retrospectiva; 
· avaliação parcial; 
· não tem finalidade punitiva; 
· a auditoria não visa a melhoria dos registros. 
LIMITAÇÕES DE ORDEM ADMINISTRATIVA:
· dificuldade na mensuração dos dados;
· parâmetros não correspondentes à realidade local;
· valores referentes ao hospital e não a cada clínica.
REQUISITOS ESSENCIAIS AO FUNCIONAMENTO DA AUDITORIA DE ENFERMAGEM
· Serviços de Enfermagem com objetivos claros, precisos e mensuráveis;
· Percepção da assistência ao paciente como responsabilidade multiprofissional;
· Estrutura administrativa que permita a Enfermagem planejar, implementar, coordenar e controlar suas atividades;
· estabelecimento de um guia que permita identificar problemas no serviço.
INDISPENSÁVEL PARA PROGRAMA DE AUDITORIA 
· muita coragem para enfrentar o problema;
· humildade para reconhecer as falhas;
· honestidade de propósitos para dar continuidade à tarefa;
· liderança a fim de criar condições de implantação do sistema de avaliação.
AULA 2: Qualidade aplicada a Instituições de Saúde: Histórico e conceitos.
O crescente interesse pelas questões da qualidade segue, ao longo das últimas décadas, uma tendência mundial nos sistemas de saúde, sendo um dos temas mais presentes no debate político e nas estratégias de saúde um pouco por todo o mundo. 
Imperatori (1999) define qualidade como um conjunto de propriedades e características de um bem ou serviço que lhe confere aptidão para satisfazer as necessidades explícitas ou implícitas dos clientes. É assumido como um conceito multidimensional e sistemático para a busca da excelência.
A definição até hoje mais aceita é a do Institute of Medicine (IOM) que considera a qualidade em saúde como o “grau em que os serviços de saúde, para os indivíduos e populações, aumentam a probabilidade de se atingirem os resultados de saúde desejáveis de acordo com o conhecimento profissional corrente” (USA. Institute of Medicine, 2000).
QUALIDADE NA SAÚDE baseia-se na produção de saúde e de satisfação para uma população, com as limitações da tecnologia existente e dos recursos disponíveis.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) entende como cuidados de saúde de qualidade: um elevado grau de excelência profissional, com riscos mínimos e resultados de saúde para os doentes e com eficiência na utilização dos recursos.
Como objetivos das políticas de melhoria contínua da qualidade em cuidados de saúde, a OMS aponta:
· a promoção da saúde das populações,
· a estruturação dos serviços de saúde,
· a utilização racional e eficiente dos recursos tanto humanos, físicos como financeiros disponíveis;
· e a garantia da competência profissional prestada aos cidadãos por forma a satisfazer plenamente as suas necessidades.
 
DIMENSÕES DA QUALIDADE
· 
· Efetividade;
· Eficiência;
· Equidade;
· Segurança;
· Prestação de cuidados;
· Prestação de cuidado centrada no doente.
As características da qualidade dos serviços de saúde baseiam-se:
· performance técnica;
· gestão das relações interpessoais;
· condições da prestação de cuidados;
· a resposta às preferências dos pacientes.
Componentes para a qualidade da saúde:
· Profissionais de saúde;
· Atividades de gestão das organizações, num quadro de responsabilização pela melhoria contínua e excelência da prestação de cuidados;
· DOENTE.
TRÍADE DE DONABEDIAN: Estrutura, processo e resultados
PRÁTICAS E ESTRATÉGIAS INTERNACIONAIS NA ÁREA DA QUALIDADE EM SAÚDE
1 ACREDITAÇÃO
Um método de autoavaliação e auditoria externa, usado pelas organizações de saúde para avaliarem com rigor o seu nível de desempenho em relação a padrões preestabelecidos e implementarem melhorias. Um processo formal de avaliação externa, voluntário e periódico, baseada na melhor evidência científica e em padrões de qualidade elevados, reconhecidos por entidades de referência, como o Ministério da Saúde. 
· Como funciona?: International Society for Quality in Health Care (ISQua). Os padrões são desenvolvidos por um conjunto de especialistas internacionais, que os publicam, analisam e revêem periodicamente de forma a acompanharem o progresso do conhecimento, dos avanços tecnológicos e terapêuticos e das mudanças nas políticas de saúde.
· PROCESSO DE ACREDITAÇÃO
1. na realização de uma primeira visita da entidade acreditadora à “organização-cliente” para verificar o grau de conformidade dos seus processos para com os padrões;
2. se a apreciação for satisfatória é entregue um certificado de acreditação com a validade de três anos, caso não o seja, a entidade fará recomendações e realizará outras visitas para fazer novas avaliações do que, entretanto, foi feito;
O conjunto de critérios considerados para a avaliação depende do modelo de acreditação adotado
· MODELOS DE ACREDITAÇÃO
· King’s Fund Health Quality Service: é uma organização inglesa, sem fins lucrativos. Fundada há cerca de 100 anos para promover melhores cuidados de saúde no país, através da promoção de boas práticas nas organizações de saúde. Com a criação, em 1998, do departamento Health Quality Service (HQS), a sua missão centrou-se em apoiar prestadores de cuidados a melhorar a qualidade dos mesmos, através de avaliação independente e acreditação.
· Joint Commission International: Em 1951, foi criada nos Estados Unidos composta por médicos, enfermeiros, administradores, especialistas em políticas públicas e outras entidades; Tem como missão estabelecer normas de qualidade focando-se na melhoria da segurança dos cuidados aos doentes, através de serviços de acreditação, certificação e consultoria; a JCI acredita hospitais e a outras instituições que prestam serviços domiciliários,cuidados de saúde continuados, ambulatório, cuidados primários, serviços de transportes médicos e laboratórios de análises clínicas. Baseia – se em padrões ou normas centradas nos doentes e na gestão das organizações prestadoras de cuidados de saúde, abordando as seguintes dimensões avaliáveis:
· Secção 1 – Normas centradas nos doentes
· Acesso e continuidade dos cuidados de saúde
· Direitos dos doentes e das suas famílias
· Avaliação de doentes
· Prestação de cuidados aos doentes
· Cuidados cirúrgicos e anestésicos
· Gestão e utilização da medicação
· Educação dos doentes e das suas famílias
· Metas internacionais de segurança do doente
· Secção 2 – Normas de gestão das organizações de saúde
· Melhoria da qualidade e segurança dos doentes
· Prevenção e controlo de infecções
· Administração, liderança e orientação
· Gestão e segurança de instalações
· Qualificações e formação do pessoal
· Gestão da comunicação e da informação
· Canadian Council on Health Services Accreditation (CCHSA): já utilizado por países como a Itália e o Brasil;
· Australian Council on Healthcare Standards (ACHS): adotado por países do Médio Oriente e Ásia.
ONA: ORGANIZAÇÃO NACIONAL DE ACREDITAÇÃO: é uma entidade não governamental e sem fins lucrativos que certifica a qualidade de serviços de saúde no Brasil, com foco na segurança do paciente. A metodologia é reconhecida pela ISQua (International Society for Quality in Health Care), associação parceira da OMS e que conta com representantes de instituições acadêmicas e organizações de saúde de mais de 100 países. O objetivo é promover um processo constante de avaliação e aprimoramento nos serviços de saúde e, dessa forma, melhorar a qualidade da assistência no País. A ONA foi fundada em 1999 por entidades públicas e privadas do setor de saúde; Desde sua criação, a ONA coordena o Sistema Brasileiro de Acreditação - SBA, que reúne organizações e serviços de saúde, entidades e instituições acreditadoras em prol da segurança do paciente e da melhoria do atendimento.
ONA certifica: 
I. Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde: Hospitais, Ambulatórios, Laboratórios, Serviços de Pronto Atendimento, Home Care, Serviços de Hemoterapia, Serviços de Nefrologia e Terapia Renal Substitutiva, Serviços de Diagnóstico por Imagem, Radioterapia e Medicina Nuclear
II. Serviços Odontológicos
III. Programas de Saúde e Prevenção de Riscos: Com foco em pacientes saudáveis e com fatores de risco E Com foco em pacientes portadores de condições crônicas
IV. Serviços para a Saúde: Serviço de Processamento de Roupas para a Saúde, Dietoterapia, Manipulação E Esterilização e Reprocessamento de Materiais
PRINCÍPIOS COMUNS DOS MODELOS
· criar uma maior uniformização das práticas,
· promover a mudança,
· reforçar o planeamento e a integração de ações,
· criar sistemas integrados de gestão da qualidade,
· desenvolver e atualizar os profissionais de forma integrada e consistente,
· e aumentar a transparência das organizações.
RAZÕES DA ADESÃO À ACREDITAÇÃO
· prestígio entre os profissionais e a sociedade;
· o marketing;
· o desenvolvimento organizacional voluntário;
· e a exigência legal e coerência com a política governamental.
O PROCESSO ACREDITAÇÃO É PAUTADO POR TRÊS PRINCÍPIOS:
· é voluntário, feito por escolha da organização de saúde;
· é periódico, com avaliação das organizações de saúde para certificação e durante o período de validade do certificado;
· é reservado, ou seja, as informações coletadas em cada organização de saúde não são divulgadas.
Para ser avaliada para acreditação a organização prestadora de serviços de saúde precisa cumprir os requisitos exigidos pela ONA, entre eles:
· estar legalmente constituída há pelo menos um ano;
· possuir alvará de funcionamento;
· possuir licenças pertinentes à natureza da atividade;
· possuir registro do responsável técnico, conforme o perfil da Organização Prestadora de Serviços de Saúde.
A organização prestadora de serviços odontológico precisa cumprir os requisitos exigidos pela ONA, entre eles:
· estar legalmente constituído há pelo menos 1 (um) ano;
· possuir CNPJ distinto de qualquer Organização Prestadora de Serviços de Saúde (OPSS);
· possuir alvará de funcionamento;
· possuir licença sanitária;
· possuir licenças pertinentes à natureza das atividades;
· possuir registro do responsável técnico conforme perfil do serviço.
Para os programas de saúde e prevenção de riscos, é necessário, entre outros:
· dispor de sistema de informação estruturado, utilizado para registro e acompanhamento da população beneficiada pelo programa;
· ter a população-alvo definida e monitorada;
· possuir cobertura de, no mínimo, 20% da população-alvo definida;
· equipe multidisciplinar atuante nas atividades do programa.
PARA A AVALIAÇÃO DE SERVIÇOS PARA A SAÚDE É IMPRESCINDÍVEL:
· estar legalmente constituído há pelo menos 1 (um) ano;
· possuir CNPJ distinto de qualquer Organização Prestadora de Serviços de Saúde (OPSS) e/ou Serviço Odontológico (SO);
· possuir alvará de funcionamento;
· possuir licença sanitária e demais licenças pertinentes à natureza da atividade;
· possuir registro do responsável técnico conforme o perfil do Serviço para a Saúde (SPS);
· possuir estrutura e processamento do produto totalmente independente da organização ou serviço cliente.
2. CERTIFICAÇÃO: 
É um método de avaliação externa, através do qual um organismo independente e acreditado avalia e reconhece um profissional ou uma instituição como desempenham as suas atividades e funções de acordo com requisitos predeterminados. Não é tão comum como a acreditação, pode ser requerida a nível dos serviços, podendo cada um desenvolver um sistema de gestão da qualidade certificado, ou abrangida a toda a organização, passando assim a existir um sistema de gestão da qualidade certificado; Com a certificação são introduzidas melhorias no registro e na documentação, e acrescenta-se um maior rigor na definição dos objetivos da qualidade e no planejamento e controle dos processos;
A certificação pode ocorrer em três níveis:
· Acreditado: Para instituições que atendem aos critérios de segurança do paciente em todas as áreas de atividade, incluindo aspectos estruturais e assistenciais. Válido por dois anos.
· Acreditado Pleno: Para instituições que, além de atender aos critérios de segurança, apresenta gestão integrada, com processos ocorrendo de maneira fluida e plena comunicação entre as atividades. Válido por dois anos.
· Acreditado com Excelência: O princípio deste nível é a “excelência em gestão”. Uma Organização ou Programa da Saúde Acreditado com excelência atende aos níveis 1 e 2 , além dos requisitos específicos de nível 3. A instituição já deve demonstrar uma cultura organizacional de melhoria contínua com maturidade institucional. Válido por três anos.
ASPECTO NEGATIVO por possibilitar várias interpretações, e portanto, variabilidade na aplicação;
ASPECTO POSITIVO por não especificar os meios para o alcance das exigências, deixando uma flexibilidade para as organizações gerirem os seus recursos como podem.
BENEFÍCIOS DO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO
· É a exigência do desenvolvimento, caso a organização não tenha, ou da atualização contínua do Manual da Qualidade;
· É um documento que descreve todo o sistema de gestão da qualidade bem como responsabilidades e tarefas;
· Nos casos em que já existam normas internas de boas práticas, os auditores têm de avaliar até que ponto estas estão de acordo com a norma ISO.
ISO: A International Organization for Standardization é uma instituição não-governamental, sediada em Genebra, que iniciou a sua actividade em 1947, com a finalidade de promover a normalização e a segurança em organizações de todo o mundo, facilitar as trocas comerciais de bens e serviços e contribuir para a eficiência e efetividade das indústrias. A sua atividade consiste no desenvolvimento e publicação de normas e recomendações, não estando envolvida diretamente no processo de certificação. São normas que apenas dizem o que se deve cumprir, ficando a melhor forma de o fazer ao critériodas organizações. Com os princípios da melhoria contínua da qualidade, definidos nas normas ISSO.
3. MODELO DE EXCELÊNCIA DA EFQM 
4. AUDITORIAS CLÍNICAS
5. NORMAS DE ORIENTAÇÃO CLÍNICA
OBJETIVOS DA MAIORIA DESTAS ESTRATÉGIAS
· Simplificar,
· Introduzir melhorias
· Sistematizar processos e
· Possibilitar o reconhecimento externo e interno da qualidade das organizações.

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