Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Curso Cuidados Clínicos no Pós-operatório de Cães e Gatos Conteúdo Programático: Cuidados na recuperação pós-anestésica Cuidados no pós-operatório Aplicação de medicamentos Alimentação e reposição energética Curativos e bandagens Cuidados no pós-anestésicos Monitoramento dos sinais vitais Manter a temperatura e o ambiente estáveis Efeitos colaterais pós-cirurgia Cuidados pós-cirúrgicos Cuidados pós-cirurgia urinária Cirurgia gastrointestinal Cirurgia respiratória Cirurgia ortopédica Neurocirurgias Higiene na troca de curativos Medicamentos pós-cirúrgicos Antibióticos Anti-inflamatórios Analgésicos Cuidados com a alimentação Tempo adequado para a primeira refeição Como preparar a alimentação Cuidados com a desnutrição Hipersensibilidade alimentar Bibliografia 1.1– Cuidados na recuperação pós-anestésica Geralmente os donos, mais do que os próprios animais de estimação, têm medo dos procedimentos veterinários que requerem anestesia. É difícil imaginar o seu cão ou gato indefeso e inconsciente, deitado sobre uma mesa de cirurgia. Ver um animal de estimação anestesiado não é uma boa experiência. Portanto a intenção é prepará-lo e acalmá-lo sobre algumas reações que seu animal pode vir a ter após a anestesia. Avaliação pré-anestésica O objetivo da avaliação pré-anestésica é identificar fatores de risco individuais que podem ou não influenciar a capacidade do paciente de tolerar a anestesia. Alguns fatores que incluem a avaliação do paciente são: Estado físico, Idade , Raça, Temp eram ento, Tipo de procedimento planejado Uso de sedação profunda, Anestesia geral Experiência do veterinário para realizar tais procedimentos. Preparação do paciente Os donos devem ser avisados com antecedência sobre como Animais jovens requerem menor tempo de jejum do que animais mais Se o procedimento for realizado em caráter de urgência, obviamente preparar seu animal para a anestesia, incluindo a administração de medicamentos, jejum e permitindo o acesso livre à água. velhos. não será possível realizar o jejum do animal, então não se esqueça de avisar o veterinário para que tome as precauções necessárias. Recuperaçã o A recuperação é uma fase crítica da anestesia, ela deve ser monitorada por equipe veterinária treinada para reconhecer complicações, mantendo-se vigilantes nas três primeiras horas pós-cirurgia. O monitoramento de sinais vitais deve continuar até que eles voltem a sua normalidade. Isto inclui a medição de pulso e pressão arterial. Durante o período de recuperação rápida, pode ocorrer a dificuldade de respiração. Desta forma, um oxigênio de suprimento deve ser colocado até que a respiração volte ao normal. Após o procedimento anestésico é necessário esperar o animal acordar para mantê-lo aquecido e confortável. Após a anestesia, o seu animal pode não sentir seu corpo nas próximas 12 a 24 horas, e em muitos casos ele pode estar ainda sobre a influência da anestesia quando chegar em sua casa. O grau de sonolência e, em alguns casos, de confusão mental, vai depender do tipo de anestésico utilizado, tempo de cirurgia e idade do animal. Ele pode vomitar ficar tonto e confuso. É muito importante solicitar ao seu veterinário instruções escritas sobre dosagens de medicamentos adequados, efeitos colaterais, e quaisquer irregularidades físicas ou comportamentais que o seu o animal terá em casa. Esperamos ter dado um melhor entendimento das fases de anestesia e, sobre os cuidados que você deve ter com o seu animal de estimação no momento que ele for submetido a um procedimento que exija anestesia. 1.2- Cuidados no pós-operatório Após a operação, seu animal deve ser mantido quieto, e nas próximas semanas, a sua atividade deve ser moderada. Pode ser difícil manter a calma de seu cão, ou gato se ele for indisciplinado, mas não incentive seu animal a atividades físicas bruscas. É importante afastá-lo de áreas onde você sabe que ele gosta de brincar e saltar, e evitar deixá-lo sozinho com outros animais de estimação. O exercício excessivo após a cirurgia pode causar cicatrização retardada e inchaço. Algumas cirurgias exigem restrição mais severa ou tipos específicos de exercício. Certifique-se de entender as instruções de seus médicos veterinários, e segui-las corretamente. Mantenha seu cão ou gato dentro de casa, não é seguro para ele estar fora em meio a carros e outros perigos se ele ainda está sentindo os efeitos da anestesia. Se for possível, é melhor mantê-lo no interior da residência por alguns dias, isso irá ajudá-lo a ficar limpo, e pode ajudar a minimizar o excesso de atividade física. Certifique-se de que a área onde vive é especialmente limpa e seca. Seu veterinário pode recomendar um pano macio, ou uma toalha. Verifique a área onde foi feita a cirurgia em seu cão ou gato diariamente. Avise o seu veterinário, se você notar qualquer aumento de inchaço, corrimento, sangramento, vermelhidão, ou se você achar que pode estar faltando pontos. Se o seu cão ou gato tem um curativo, normalmente o veterinário irá instruí-lo sobre a troca, limpeza e verificação diária, ainda nesse curso veremos passo a passo como realizar tal procedimento. Após a cirurgia, seu animal pode sentir dor, coceira ou irritabilidade. Seu instinto natural é de lamber, arranhar ou mastigar, tentando desta forma tirar os pontos ou o curativo. Se você observá-lo incomodando sua incisão, pergunte ao seu veterinário se ele pode precisar de um colar elizabetano. Passo-a-passo de como fazer um colar elizabetano para animais de pequenos portes* Preste atenção em como fazer um colar de emergência que servirá para impedir que o animal coce um olho doente ou tente tirar os curativos até que seja providenciado um colar elizabetano. O colar deverá ficar assim: Materiais: -1 prato grande -1 xícara -1 lápis -1 cartolina -1 tesoura -1 cola - esparadrapo para fechar. Desenhe uma circunferência na cartolina com o prato grande. No que deve ser o meio, desenhe outra circunferência menor com a xícara. Assim: Q-- Cole outra folha de cartolina e recorte. A folha dupla de cartolina é por precaução para que o colar não fique tão fino. Agora faça um corte como no desenho abaixo: Coloque no pescoço do animal e feche com esparadrapo. Esse colar só serve para cachorros de pequenos portes e gatos. Para cachorros grandes, é melhor papelão ou algo mais grosso. Se o gato ou cachorro tiver o pescoço mais grosso, ele deve ser medido com uma fita métrica ou um barbante. O colar também pode ser feito de E.V.A. Se o seu animal não pode coçar o focinho, mas pode lamber outras partes do corpo, esse colar é perfeito, porque não impede ele de fazer nada, nem comer. ) Porém, se o problema do animal de estimação for em outra parte do corpo e não no focinho, o E.V.A. não é a opção ideal, pois o material é mole e pode dobrar. O colar elizabetano deve ser usado em todos os momentos em que você não está vendo-o, principalmente o gato que pode retirar um ponto quando você virar as costas. Em alguns casos este colar é fornecido pelo veterinário ou então haverá a necessidade de comprá-lo. Lembrando que principalmente os gatos, no primeiro contato com estes colares a primeira reação será de tentar removê-los. No entanto, após um curto período a maioria dos animais vai tolerar o uso do colar. Uma vez acostumados, é melhor manter a coleira o tempo todo. Lembre-se que leva apenas alguns segundos para seu animal de estimação mordiscar e desfazer seus pontos, caso isso aconteça, ligue imediatamente para seu veterinário. 1.3 - Aplicação de medicamentos Se seu animal está usando medicações, leia atentamente e siga todas as instruções do rótulo. Se você tiver alguma dúvida, o seu veterinário pode ajudar. É preciso sempre usar a medicação por toda a duração prescrita, mesmo se o seu animal pareça melhor, antes do tempo. Nuncaautomedique seu animal! Os medicamentos usados pelos humanos são tóxicos para eles, podendo levá-los à morte! Caso seu cão ou gato manifeste dor, pode pedir ao seu veterinário que lhe receite analgésicos. Para ajudar a aliviar a dor, poderá também colocar compressas quentes e frias alternadamente, a cada dez minutos no local da cirurgia, isso fará com que se diminua a dor e o inchaço, mas tenha cuidado para não queimar a pele do seu animal, é indicado proteger a pele com uma toalha. Com os cães, a ingestão de comprimidos é mais fácil, pois podemos colocar o medicamento dentro de um pedaço de carne, ou algum outro alimento que tenha um cheiro bem forte, isso ajuda a ministrar o remédio. No caso do gato não deve ser colocado no colo ou no chão, ele reconhece estes locais como seu território e a resistência à administração do medicamento será com maior intensidade. O local adequado para medicar um gato é sobre um banco sem encosto ou em cima de uma mesa. A cavidade oral do gato é pequena. A escolha do tamanho do comprimido, drágea e cápsula deve ser de acordo com a facilidade de o gato engolir. No caso de cápsulas recomenda-se lubrificá-las com manteiga ou margarina, podendo também ser empregado este método para mascarar sabores indesejáveis de comprimidos divididos. A forma de administração por via oral das preparações líquidas é feita colocando-se o medicamento dentro de uma seringa. A cabeça do animal é imobilizada e a seringa é posicionada entre o canino e o segundo pré-molar. Pequenas quantidades de líquido devem ser ministradas devagar, possibilitando a ingestão pelo animal. É de suma importância manter a cabeça do animal em posição perpendicular em relação ao corpo, evitando o desvio do medicamento. A cabeça do animal não deve estar nunca erguida durante a administração das preparações líquidas. Os medicamentos, em apresentações líquidas, podem ser misturados aos alimentos. 1.4 - Alimentação e reposição energética É normal ocorrer falta de apetite após o procedimento cirúrgico e seu veterinário poderá orientá-lo sobre possíveis alterações apresentadas e os cuidados necessários. Nunca alimente ou dê água enquanto seu animal ainda estiver sob o efeito da anestesia. Já quando ele parecer acordado e alerta, pode-se oferecer alimentos em dosagens pequenas e devagar, para evitar dor de estômago. Alguns anestésicos podem causar náuseas, por isso, após passar o efeito da anestesia, dê água primeiro, e se tudo correr bem, uma pequena quantidade de alimento pode ser oferecida algumas horas mais tarde. Espere até o dia seguinte para retornar ao seu horário de alimentação normal e evite alimentos gordurosos que poderão provocar distúrbios gastrointestinais. Se o seu animal recusar a comer por mais de 24 horas após a cirurgia, consulte o seu veterinário. 1.5 - Curativos e bandagens Curativo é todo material usado ou aplicado com intuito de proteger ou tratar uma ferida, tem como finalidade proporcionar a recuperação e a proteção. Gatos de estimação com curativos precisam ser mantidos dentro de casa, é importante manter os curativos sempre secos, caso ele seja acostumado a fazer suas necessidades ao ar livre (urinar e defecar), então terá que acostumá-lo com uma caixa de areia. Quando perceber que o seu gato está mastigando o curativo, providencie um colar elizabetano, e mantenha o colar no seu gato, pois desta forma ele não conseguirá mastigá-lo. Se você perceber que o seu gato está desconfortável ou sentir que o curativo está muito apertado, então entre em contato com o profissional imediatamente para ele arrumar. Assim como os gatos é importante que o curativo do seu cão permaneça seco. Se você sair para uma caminhada certifique-se de proteger o curativo com um saco plástico, coloque-o sobre o curativo e depois prenda-o, colocando um meia para impedir que o saco rasgue. Aconselhamos que você proteja o curativo, mesmo quando seu cão não estiver em locais molhados, é necessário evitar que o curativo fique sujo. Caso o seu cão esteja sentindo-se incomodado com o curativo, mastigando, providencie um colar elizabetano, e procure manter o cone no seu cão sempre, até não correr mais riscos. Lembre-se, que é muito importante que você cuide da limpeza de seu animal de estimação. O veterinário sempre informará sobre o prazo aproximado de recuperação de uma ferida em seu cão ou gato, se esse período exceder, procure-o novamente. Abaixo, um artigo muito interessante sobre montar uma farmácia para cães e gatos: A farmacinha dos cães e gatos Especialistas destacam os cuidados em ter produtos e medicamentos para prestar os primeiros socorros aos bichinhos. Publicado em 03/07/2010 | VITOR GERON. Quem não tem em casa um kit de primeiros socorros para resolver casos emergenciais, como um machucado, dor de cabeça ou até uma febre? Comum para seres humanos, a “farmácia básica”, como é chamada, ganhou também uma versão para os cães e gatos. O recém-lançado livro “Primeiros Socorros para Cães e Gatos (editora Gutemberg) apresenta alguns itens básicos usados nos primeiros socorros aos animais. Uma das colaboradoras, a professora da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais Adriane Pimenta Val Bicalho, lembra que a obra funciona como uma referência e não um guia médico. Ela destaca que tratar de animais é muito delicado e todos os procedimentos devem estar de acordo com as orientações de um médico veterinário. Saiba mais, confira alguns itens da farmácia básica: Para Leonardo Stelle, médico do Hospital Veterinário São Bernardo, em Curitiba, é importante lembrar que felinos não são iguais a cachorros e ambos diferentes de pessoas. “Existe uma série de remédios de uso humano que não são indicados para os animais, como a aspirina”, lembra. Para Adriane, nenhum medicamento de uso humano é receitado sem a prescrição médica. O veterinário Bruno Tammenhain, do Garra Hospital Veterinário, ressalta que um remédio como o Cata-flam, pode causar úlceras gástricas em animais. Segundo Adriana, os itens mais importantes são os que envolvem curativos e limpeza dos ferimentos. “O soro fisiológico e os materiais que ajudam a limpar o ferimento são essenciais, já que fazer um curativo sem higienizar adequadamente o local da lesão pode piorar o quadro”, destaca. Stelle acredita que o ideal é que um veterinário faça os curativos, cabendo ao dono do animal apenas estancar o sangue. No caso de medicamentos de via oral, a dosagem e situações em que ele deve ser usado precisam estar muito bem definidas com o veterinário. “Os anti- histamínicos, por exemplo, são recomendados para cães que sofrem com problemas de pele. Mas só um profissional pode indicar como e quando usá-los adequadamente”, diz Tammenhain. Para os veterinários, o mel é outro item importante para os casos em que o animal sofre com o choque hipovolêmico (perda excessiva de sangue). “Nesses casos mais graves, como em um atropelamento, a recomendação é manter o cão ou gato aquecido e dar o mel puro para aumentar o índice de glicemia”, conta Adriana. 2.1 – Monitoramento dos sinais vitais. A maioria dos veterinários deverá fornecer folhetos impressos depois de um procedimento anestésico, detalhando o cuidado que se deve adotar com o animal de estimação após o procedimento. Seguem algumas dicas importantes: - Mantenha o seu animal isolado. -Existem muitas drogas anestésicas disponíveis, (por inalação ou injetável) e os animais podem reagir de várias maneiras, dependendo da idade, peso, estado geral de saúde, espécie e raça (em alguns casos). -Mantenha o seu animal de estimação calmo nas primeiras 24 horas. Isto vai acelerar a recuperação anestésica. -Verifique se o seu animal de estimação está aquecido. Se o seu animal ainda estiver tonto, ele pode ter problemas para manter o calor do corpo normal. -Monitore o consumo de alimentos e água.O prazo para seu animal de estimação comer e beber será determinado pelo seu médico veterinário. -Não ofereça mais do que o seu veterinário recomenda, isso pode levar a uma dor de estômago e vômitos que não é agradável para você ou seu animal de estimação. -Assim que passar a anestesia, o animal pode sentir alguma dor ou desconforto, e isto pode causar uma reação diferente que a de costume. Mova-o bem devagar e com cuidado nas primeiras horas. -Se o seu animal de estimação estiver usando uma tala ou curativo, certifique-se de ter cuidado extra para as atividades normais. -Se o seu animal apresentar qualquer comportamento estranho, como atraso na recuperação da anestesia, ligue para o seu veterinário o mais rápido possível. 2.2 – Manter a temperatura e o ambiente estáveis. O ideal é mantê-lo em uma área quente e tranquila, longe de outros animais de estimação, onde possa descansar e não se ferir, não apenas enquanto passar o efeito da cirurgia e sim, pelo menos por duas semanas. É importante proporcionar um ambiente seguro, onde seu animal possa se recuperar da cirurgia tranquilamente, garantindo que as crianças não o incomodem. O calor tem se mostrado eficaz para reduzir a dor em vários casos, então uma boa opção é uma almofada bem macia e aconchegante para o seu animal deitar-se. Não use uma almofada de aquecimento a menos que o seu animal tenha a capacidade de se mover para fora se ele ficar muito quente. 2.3 – Efeitos colaterais pós-cirurgia. É normal ocorrer vermelhidão e inchaço no local da operação. É interessante verificar o local uma vez por dia durante uma semana. Verifique se há vermelhidão excessiva, inchaço, secreção, sangue ou se o local da incisão está aberto. É normal seu animal sentir náuseas, e não querer comer quando ele chegar em casa após a cirurgia. Você precisa oferecer os alimentos lentamente. Ofereça uma pequena quantidade de comida e água, logo que o animal estiver totalmente acordado. Se ocorrer vômito, espere até o dia seguinte para dar mais comida. Forneça a quantidade normal de comida e água para seu animal no dia seguinte à cirurgia. Não mude a dieta do seu animal de estimação e não dê restos de comida, leite ou qualquer alimento de outras pessoas por uma semana. O apetite do seu animal de estimação deve voltar gradualmente dentro de 24 horas de cirurgia. O processo de cicatrização leva de sete a dez dias. Qualquer atividade excessiva pode interromper o processo de cura. Alguns animais são ativos após a cirurgia, enquanto outros são quietos. É muito importante que você limite a atividade do seu animal de estimação durante o processo de cicatrização. O inchaço desaparece dentro de alguns dias. Entre em contato com o veterinário imediatamente se o local continuar inchado ou vermelho ou se você notar qualquer um dos seguintes sinais: - Gengivas pálidas; - Depressão; - Vômitos; - Diarréia; - Sangramento da incisão; - Dificuldade em urinar; - Dificuldade para respirar; - Diminuição do apetite. Como vimos no início desta unidade, no mercado veterinário existem dois tipos de anestesias, injetáveis e inalatórias. No texto a seguir é explicada a diferença entre as duas: Anestesia injetável ou inalatória? Eis a questão Gigi, um dia depois da cirurgia. A roupinha cirúrgica continua lá, mas a linguinha para fora denuncia: a gatinha já voltou a ser "arteira". Adotar um novo bichinho é legal, mas, antes de tomar a decisão de levar um filhote para casa, é necessário pensar em todos os detalhes que virão depois. Uma das coisas mais importantes é a castração. Principalmente se o animal for conviver com outros bichos ou se tiver a liberdade de sair de casa para passear. Como contei no primeiro post, a última gatinha que eu adotei foi a Gioconda, mais conhecida como Gigi. Ela acabou de completar 6 meses e, apesar de todos os meus pets serem castrados, já não podia mais adiar a vez dela. Isso porque moro em uma casa com um grande espaço aberto, que não tem como cercar. Evito, ao máximo, mas nunca se sabe quando a pequena vai resolver sair escondida para dar uma volta ou quando algum gato da vizinhança vai entrar em casa para tentar conquistá-la, não é mesmo? Pois bem. Lá fomos nós, rumo ao consultório veterinário, para fazer a cirurgia. Antes disso, quando liguei para marcar a operação, a veterinária me perguntou: “Você vai querer fazer com anestesia inalatória ou a comum, que é injetável?”. Fiquei em silêncio. Se estivéssemos conversando pessoalmente, tenho certeza de que ela enxergaria um gigantesco ponto de interrogação na minha testa. Depois, ela foi me explicando. A inalatória é uma técnica mais moderna. Quando a pessoa opta por ela, é necessária a participação de um especialista, que traz todo o material e aplica o medicamento com a ajuda de uma máscara respiratória. O animal inala a quantidade calculada do anestésico, que pode ser aumentada ou diminuída no meio da cirurgia. Por isso, o veterinário possui maior controle da situação durante a operação e o despertar do bichinho é mais tranqüilo, quando tudo acaba. Já com a anestesia injetável, que é a mais comum, o medicamento é aplicado com uma seringa, via muscular. Como a injeção é feita de uma vez, antes da cirurgia, a quantidade não pode ser alterada no meio do processo. O animal acorda meio grogue, horas depois, e fica estressado, um pouco tonto, baqueado mesmo. Até voltar ao normal, demora um pouquinho mais. De acordo com a veterinária Darlene Gomes, do Centro Veterinário Congonhas, em São Paulo, se o dono puder optar pela inalatória, melhor. “Se o animal já tiver sofrido de problemas cardíacos ou tiver mais de dois anos, nós costumamos indicar a inalatória”, explica a profissional. Ah, uma diferença bem importante: o preço. A anestesia injetável costuma ser bem mais barata. Na clínica onde a Gigi foi castrada, a inalatória custava R$ 190 a mais. Como eu tenho muitos bichos em casa e a faixa etária da gatinha não era de risco, escolhi a injetável, que foi usada em todos os meus outros animais e nunca deu nenhum tipo de problema. O primeiro dia foi um pouco difícil. Ela estava bem nervosa e precisou ficar separada dos outros gatos. Mas, agora, apesar de continuar com a roupinha cirúrgica, para não mexer nos pontos, ela já voltou a ser a mesma sapeca de sempre. 3.1 – Cuidados pós-cirurgia urinária. Antes de falarmos sobre os cuidados pós-cirurgia urinária, vamos entender um pouco sobre qual o caminho que a urina percorre no corpo do animal, observe: O sangue passa pelos rins, que separam o que o organismo não precisa mais (impurezas), e produzem a urina. O nome dado aos caminhos que a urina percorre para se chegar à bexiga são ureteres. A urina é acumulada na bexiga, e depois, passa pela uretra, que é o caminho final, através do pênis ou chegada na vagina. Agora que já sabemos o percurso da urina no corpo do seu animal, vamos entender quais são e qual a origem das doenças urinárias. - Infecções urinárias: São as mais comuns, as bactérias se aproveitam de uma baixa imunidade do animal e percorrem pelas vias urinárias até chegarem à bexiga. Os principais sintomas de infecção urinária são: - Febre; - Micção dolorosa; - Aumento da frequência urinária; - Diminuição da quantidade de urina em cada micção; - Sangue na urina. Nesses casos, tratamentos com os antibióticos corretos, costumam ser a solução e não se faz necessária na maioria das vezes a cirurgia. - Cálculos urinários: Conhecidos popularmente por pedras nos rins, os sintomas são dores, e também podem obstruir o caminho da urina e impedir a micção. É muito importante seu animal de estimação urinar, caso contrário não tem como o rim conseguir fazer seu trabalho de limpeza do sangue. Veja abaixo o local onde as pedras se alojam: Observe na radiografia abaixo a pedra no rim de um cão: Raio x comprovando cálculo renal em um cão É comum existirinfecções em cães e gatos, porém é mais comum ocorrer nos gatos, principalmente nos gatos machos. Veja abaixo alguns dos sinais de alerta que o gato demonstra ao sentir dor urinária: Postura normal para urinar c.a~.1 Uge1r~nte lndlNda para baixo Postura de esforço Attk:ul~to do }Otlho lkl<lkt.l Se você perceber que seu gato urina com frequência exagerada, é um bom motivo de procurar um veterinário. Os animais com obstrução urinária, normalmente precisam ser sedados e sondados. Muitas vezes operados, para remoção dos cálculos. É muito importante você estar sempre observando o aspecto da urina do seu animal. Além da cor, observe também se ela sai com facilidade ou dificuldade. Como vimos anteriormente, a função dos rins é separar as impurezas do sangue e produzir a urina. Alguns problemas urinários estão relacionados à formação da urina, que por sua vez está interligada à composição do sangue, que por sua vez esta diretamente relacionada com a alimentação dos animais. No texto a seguir entenda como a ração de seu animal pode influenciar nos problemas urinários: “Maioria dos casos de cálculo renal em cães é causada por ração” Um fator-chave para evitar a formação de cálculos urinários é a diluição da urina. Ou seja, para não ter cálculos urinários, os pets (e nós) precisam beber água em quantidade suficiente. Acontece que a ração seca conta com cerca de 11% de umidade. Isso é muito pouco. Uma dieta preparada em casa, em contrapartida, apresenta 70- 80% de água. Isso é importante para a saúde dos rins e do trato urinário. No caso dos gatos, conforme vários estudos recentes estão mostrando, o problema é ainda mais grave. O sal presente em abundância nas rações consegue estimular a sede nos cães, na tentativa de compensar pela ingestão do alimento seco. Mas os gatos, independentemente de quanto sal ingiram freqüentemente -Pon- ur."11-:uqu't.: -ida-- -·- não consomem água na proporção necessária para evitar a formação de cálculos e o surgimento de infecções urinárias como a corriqueira Doença do Trato Urinário Inferior dos Felinos (DTUIF). Isso porque o gato descende de um felino do deserto, que, frente à escassez de água no ambiente, evoluiu para obter toda a água de que precisa diretamente do consumo de suas presas (as carcaças contêm cerca de 70% de água, assim como as dietas caseiras). Quem busca saúde sabe que precisa maneirar nos alimentos industrializados, não é mesmo? Pois é, e cada vez mais proprietários de pets, veterinários e criadores estão percebendo que o mesmo se aplica aos nossos queridos animais de estimação! Além dos sintomas apresentados anteriormente nos casos de problemas urinários, outra forma de saber quando um animal está com bloqueio urinário e com inflamação é apalpando na barriga para verificar a presença de algum cálculo na bexiga. Veja abaixo o local certo para examinar: O cálculo pode chegar até o tamanho de um pêssego, é duro e se parece muito com uma pedra. Lembrando que para um diagnóstico correto deve-se levar seu animal de estimação ao um veterinário para avaliação. Este procedimento é muitas vezes doloroso e a Veja abaixo a foto de um cão que foi submetido a uma cirurgia para retirada de cálculos renais: O tratamento inicial A coisa mais importante para o animal com obstrução urinária é ter a desobstrução. Este procedimento é realizado apenas por um veterinário. É inserido um cateter na uretra, conecta-se uma seringa com soro no pênis ou na vagina do animal e injeta na tentativa de empurrar o muco com cristais causador da obstrução novamente para o interior da bexiga, observe o procedimento: sedação provavelmente será necessária para torná-lo mais tranquilo. No caso dos gatos devido o canal urinário ser muito pequeno, o desbloqueio ocorre com grande dificuldade. Quando o problema de bloqueio urinário é detectado logo no início, e imediatamente é realizado o desbloqueio ocorre uma rápida recuperação e seu cão ou gato pode continuar com o tratamento, sem ter que passar alguns dias no hospital. O que acontece durante internação? Os rins fazem a maioria do trabalho durante a fase de recuperação. O animal deve usar uma coleira especial para evitar morder ou remover o cateter urinário. Após o desbloqueio, seu animal de estimação permanecerá no hospital por alguns dias para que o monitoramento da produção de urina seja feito, além disso, ele precisará de muito soro intravenoso para ajudar a eliminar as toxinas concentradas. Passado esse período de observação, o cateter urinário é retirado e mais um dia de hospitalização é necessário para se ter certeza que seu animal não irá obstruir novamente. Ele não terá permissão para ir para casa até que seu fluxo de urina pareça forte e relativamente fácil. O principal cuidado com o animal após a cirurgia é a manutenção dos pontos, para isso você pode usar uma roupinha cirúrgica no animal, que cobre os pontos ou então o famoso colar elizabetano (abajur), como já apresentamos. É preferível que você esteja junto ao animal no pós-operatório para monitorar esses cuidados, ou quando o animal tem de ficar sozinho, pode-se limitar o espaço, deixando-o em um cômodo onde não possa fazer “estripulias”. O curativo dos pontos também deve ser feito diariamente, adiante ensinaremos como fazê-lo. A colocação de gaze e esparadrapo ajuda a vedar o ferimento, conferindo uma maior proteção. 3.2 – Cirurgia gastrointestinal. Agora, antes de saber os cuidados pós-cirurgia gastrointestinal, vamos entender como é o funcionamento do estômago do seu animal: A função do estômago é armazenar temporariamente os alimentos, fazer a digestão pela secreção de ácido e enzimas, misturar e triturar o alimento e controlar a velocidade de entrada da ingestão pelo intestino delgado. esôfago fundo Divisão Anatômica do Estômago O estômago é anatomicamente dividido em: - Cárdia; - Fundo; - Corpo; - Antro; - piloro. Acompanhe o percurso do alimento até chegar ao estômago: A função da cárdia é permitir a passagem da comida e de água para o interior do estômago e também impedir o refluxo gastroesofágico, ela está ligada entre o esôfago e o estômago. O corpo e o fundo fazem a função de armazenagem e dilatam-se para acomodar os alimentos. Além disso, é o corpo que elimina as enzimas digestivas e o ácido clorídrico. Pronto! Entendemos o funcionamento do estômago de seu animal de estimação, agora vamos estudar os tipos de doenças do estômago, saber suas causas e como tratá-las e também descobriremos o que é a gastrite. O significado do nome Gastrite é “inflamação do estômago”. Ela pode ocorrer de duas formas: Gastrite aguda: É uma irritação na mucosa do estômago e os principais sintomas são vômitos com duração de 24 até 48 horas. As principais causas da gastrite aguda são: Ingestão de alimentos estragados e lixo, fezes, objetos plásticos, cabelo, osso, papéis, certos medicamentos que o animal possa ter reação se for alérgico como a aspirina ou alguns antibióticos. Gastrite Crônica: Seus sintomas são vômitos contínuos com duração de dias ou até semanas, você perceberá que seu animal fica com o pêlo sem brilho, e perde peso. Uma das principais causas da gastrite crônica é a alergia alimentar (hipersensibilidade) que vamos explicar com detalhes mais a frente, outras são o consumo contínuo de remédios, bolas de pêlo, pedaços de borracha, plástico, produtos químicos ou toxinas. Lembrando que a reação de seu cão ou gato comer grama quando sente o estômago muito cheio é normal, eles fazem isso para provocar o vômito. Porém se os vômitos persistirem e, principalmente, se o seu cão ou gato apresentar diarreia, dor abdominal, ou dificuldade em se alimentar, é importante consultar o veterinário imediatamente. A gastrite aguda ou crônica tem tratamento para controlar ou resolver o quadro. Tudo depende do diagnóstico. O seu veterinário poderá fazer umexame mais a fundo como a radiografia, a ultrassonografia e a endoscopia e desta forma conseguirá detectar a causa da gastrite e se necessário, realizar a cirurgia, veja abaixo um exemplo de endoscopia em cães: Endoscopia realizada em um cão Dietas e cuidados pós-cirúrgicos: Após seu cão ou gato ter passado pela cirurgia gástrica, e voltado ao lar tome sempre os seguintes cuidados: Retire o alimento por um período de 12 a 48 horas (o veterinário irá indicar o prazo mais adequado); Ofereça água em pequenas quantidades, várias vezes ao dia durante as primeiras 24 horas; Se não houver vômitos nas primeiras 24 horas, você pode começar a alimentar seu bichinho com uma pequena quantidade de alimento com baixo teor de gordura; Elimine pães, bolos caninos, “ossos” de couro e de palito e petiscos industrializados em geral, principalmente os com farinhas e alimentos gordurosos; O ideal é dividir o total da dieta do animal com gastrite em quatro a seis refeições ao dia, usando metade do alimento normal ao dia, para facilitar o processo digestivo, e ir aumentando gradualmente nos próximos três dias; Quando a gastrite estiver sob controle, basta uma dieta caseira com variações, como uma alimentação natural (vamos abordar este tema e dar r,-.~1 . xigenação sanguínea e liberação de gás carbônico dicas de como preparar uma alimentação natural mais a frente), de acordo com a reação do animal em relação ao alimento; Em quadros inflamatórios, o consumo de Ômega-3 pode ser de grande auxílio. Seu veterinário pode indicar a dosagem correta; No pós-operatório do trato gastrointestinal usam-se sempre sondas para alimentação pela via enteral, que fornece nutrientes para o trato gastrintestinal funcional através de sondas nasoesofágicas, faringostomia, esofagostomia, gastrostomia e de enterostomia (abordaremos detalhadamente esse tópico mais adiante na unidade de cuidados com a alimentação) É o veterinário quem vai dizer quando o seu cão ou gato poderá voltar a se alimentar como de costume. Tudo depende do estado do animal, o tipo de cirurgia que foi submetido, órgão acometido e a sua recuperação no pós-operatório. 3.3 – Cirurgia respiratória Vamos entender como funciona o sistema respiratório do seu animal de estimação? O sistema respiratório desenvolve várias funções dentro do organismo animal, uma das mais importantes é relacionada às trocas gasosas, ou seja, pulmonares. Conheça abaixo o sistema respiratório de um animal: nos alvéolos Pulmões ldl,tlqt&r tou loprinclp1l ' --of-;~-:- Sistema respiratório O sistema respiratório constitui-se, anatomicamente, de narinas, coanas, seios paranasais, laringe, traqueia, brônquios principais, brônquios segmentares, bronquíolos e alvéolos. O funcionamento respiratório de um cão ou gato é similar ao humano, tem o mesmo propósito. A seguir trataremos sobre as doenças respiratórias de cães e gatos e como tratá-las: As doenças respiratórias podem ser causadas por bactérias, fungos, vírus ou processos alérgicos, e geralmente costumam acontecer mais com os gatos. Existem dois tipos de vírus mais comuns nas doenças respiratórias dos gatos, e elas provocam praticamente os mesmos sintomas. São: o “Herpesvírus” e o “Calicivírus”. A rinotraqueíte que é causada pelo “Herpesvírus”, é também conhecida como a “gripe do gato”, pois os sintomas são parecidos com os de uma gripe. Os sintomas da gripe felina são: - Espirros; - Conjuntivite (podendo ou não ter úlceras na córnea); - Febre; - Falta de apetite, - Tosse; - Lesões na boca (úlceras); - Pneumonia. Os filhotes são mais sensíveis ao vírus e ficam mais debilitados, podendo vir a óbito ou ficarem cegos em decorrência das lesões oculares, porém, os animais de qualquer idade estão sujeitos a essas doenças. A maior fonte de infecção é o espirro. Os animais que se recuperam tornam-se portadores do vírus, podendo apresentar recaídas frequentes da doença, principalmente após períodos de estresse. Para o controle, deve-se manter o ambiente limpo e desinfetado, com pouca circulação de pessoas e o local onde os animais permanecerem, deve ser bem ventilado. Os gatos doentes devem ser isolados dos saudáveis. A doença não é transmissível para cães ou pessoas. Já o “Calicivírus” é um vírus que Infecta apenas os felinos, ele pode sobreviver por até uma semana, se o ambiente for úmido. Os sintomas são os mesmos do “Herpesvírus”, o que diferencia é o aparecimento de úlceras na boca do gato, observe as manchas causadas pelo “Calicivírus”: A vacina é a melhor forma de prevenção contra os dois tipos de vírus, apenas animais saudáveis devem ser vacinados, e a recomendação veterinária é que os gatos devem ser vacinados a partir de oito a nove semanas de vida contra esses vírus, e a próxima vacina após um ano. Se o seu animal já estiver com o vírus, a cura será somente com tratamento. Não tem como diferenciar qual dos dois vírus está afetando o gato, o importante é que ele inicie o mais rápido possível o tratamento. Portanto, assim que você observar seu gato com os olhos lacrimejando ou espirrando, leve-o imediatamente ao consultório veterinário. Porém, temos doenças respiratórias que atinge tanto o gato como o cão. É o caso da bronquite. O termo bronquite significa inflamação de uma parte do trato respiratório ou vias aéreas menores, chamado brônquio. termo é um pouco relativo. Pois a asma em O brônquio está localizado n entrada dos pulmões, é uma ramificação da traqueia que permite o transporte de ar para dentro e para fora dos pulmões, observe: Aparelho respiratório: CÃO . ... _ GAT O Lañng e Pulm ão Bronquite crônica é geralmente o termo utilizado para descrever uma síndrome respiratória progressiva, caracterizada pelo excesso de secreção de muco na árvore brônquica, persistindo por aproximadamente dois meses consecutivos. Uma inflamação nas vias aéreas causa tosse crônica e produção excessiva de muco. Como seu cão ou gato não conseguem expectorar ocorre um excesso de produção de muco nas vias respiratórias. Sendo assim, o diagnóstico de bronquite crônica é geralmente baseado unicamente na presença de tosse crônica. Bronquite felina: A bronquite nos gatos, também é conhecida como asma, porém este pessoas refere- seprincipalmente a constrição reversível dos músculos das paredes dos brônquios. Já a bronquite está relacionada ao inchaço das paredes do brônquio que estreitam a passagem de ar e provocam a obstrução das vias aéreas por tampões de muco ou outras secreções. Observamos que em alguns casos, os gatos possuem realmente a asma, e em outros possuem a bronquite. Essa diferença é observada conforme o tratamento é realizado. Bronquite canina: Geralmente nos cães, a bronquite crônica é provavelmente a doença do trato respiratório mais comum. Inicia-se com uma inflamação das vias respiratórias, depois leva a tosse crônica e excessiva produção de muco. É difícil saber se o cão está produzindo excesso de muco, uma vez que os cães não conseguem expectorar. Neste caso, nos quadros de tosse crônica, o diagnóstico é quase sempre denominado como bronquite. A bronquite crônica ocorre geralmente em cães pequenos e cães mais velhos. Em algumas raças ocorrem com maior frequência, entre elas temos Yorkshire, Pequinês, Poodle Toy, Pincher. Causas e Sinais clínicos A bronquite pode ser aguda (de curta duração) e associada a lesões reversíveis na estrutura das vias respiratórias ou crônica (de longa duração geralmente dois a três meses) e associada com mudanças permanentes e irreversíveis das vias respiratórias. A bronquite e a asma podem ocorrer juntas e podem ser causadas por infecções bacterianas, alergias ou parasitas, mas em muitos casos é difícil descobrir a causa. Acredita-se que fumaça e agentes poluentes podem causar alergias, infecções, inclusive o convívio com fumantes favorecem o aparecimento dos sinais clínicos. Os sinais clínicosmais comuns da bronquite são: tosse constante, dificuldade na respiração e sons pulmonares diferentes. Em algumas situações a tosse pode ser acompanhada de vômitos, quando os animais apresentam tosse intensa seguida por ânsia. A respiração pode ser rápida e exigir esforço, nos casos mais severos pode ser ouvido chiados e ruídos com movimentos expiratórios prolongados, além de angústia respiratória, cianose (mucosas arroxeadas causadas pela má oxigenação) e respiração com a boca aberta (principalmente nos gatos). Geralmente os cães com bronquite são levados ao veterinário, com queixa principal de tosse, que pode ser com produção de catarro ou não. A tosse geralmente desenvolve de forma lenta por meses ou até anos. À medida que a doença evolui, seu animal se torna mais cansado e em seguida inicia-se uma tosse incessante. O colapso traqueal pode culminar com dificuldade respiratória e síncope (desmaio) em cães durante fases de tosse paroxística. Independente da causa, a inflamação dos brônquios leva Tanto a bronquite crônica canina quanto a asma felina, são doenças crônicas, que podem ter crises agudas, manifestando dificuldade na respiração, após uma crise de tosse. Diagnóstico Para diagnosticar um caso de bronquite é feito um histórico de tosse crônica com duração de dias ou meses, e também o exame constatando alterações características nas radiografias torácicas. Cada mudança no ambiente do seu animal deve ser analisada, como uma nova cama, fumaça de cigarro ou de lareiras, produtos de limpeza ou produtos domésticos que contenham perfumes como desodorantes e sprays. Reformas recentes e qualquer outra mudança no ambiente pode ser fonte de alérgenos (substâncias que causam alergias). É importante atentar-se que a bronquite crônica é uma doença que dá geralmente em cães e gatos velhos, e eles também podem apresentar outras doenças que também ocasionam a tosse. Tratamento Os tratamentos para a bronquite dependem da causa que uma vez descoberta, podem receber tratamentos eficazes. Para ajudar a reduzir os níveis de estresse, o seu cão ou gato deve estar em um ambiente tranquilo e confortável. ao espessamento da mucosa e parede das vias aéreas, e secreção de muco. O resultado são sinais de tosse e cansaço físico. Portanto a diminuição do processo inflamatório é o mais importante no tratamento da bronquite. O medicamento mais eficaz no tratamento desta doença continua sendo os corticoides mesmo que apresentem diversos efeitos colaterais que limitam sua utilização. Os corticoides diminuem a inflamação local e consequentemente aliviam a tosse, pois diminuem o estímulo dos nervos sensoriais das vias respiratórias que são responsáveis pelo início do quadro de tosse. Além disso, eles diminuem a produção de muco. Nos casos de bronquite crônica não aguda, inicialmente o tratamento se dá com medicação via oral conforme prescrição do veterinário até melhora de 75% dos sinais clínicos, cerca de duas semanas, a seguir é feito o tratamento de manutenção. Havendo necessidade de uma dose altíssima de corticóide via oral, ou que o animal apresente efeitos colaterais com a medicação via oral, a opção fica sendo corticoides inaláveis, através de bombinhas, elas possuem ação local direta nas vias aéreas e acabam proporcionando alívio mais rápido com poucos efeitos colaterais. No caso de uma medicação que precisa ser inalada, não é possível conseguir isso tranquilamente com cães e gatos, é necessário o uso de câmaras de adaptação que existem na forma comercial importada (AeroDawg) ou através de uma adaptação com frasco de soro. Exemplo de um AeroDawg Forma de Aplicação Cuidados após cirurgias no Sistema Respiratório É importante observar a presença de hemorragia, tosse, engasgo ou aspiração. Os animais submetidos às cirurgias no trato respiratório devem ser rigorosamente monitorados no pós-operatório. É importante ter atenção sempre que houver a presença de hemorragia, tosse, engasgo ou aspiração. Caso o procedimento seja realizado nas vias respiratórias superiores, é recomendado manter os animais entubados com sonda endotraqueal através de traqueostomia. Em alguns casos, para evitar infecção bacteriana secundária é feita a traqueostomia que é a criação de uma abertura temporária para o interior da traquéia, para facilitar o fluxo aéreo de oxigênio através da colocação de uma cânula, ela geralmente permanece no animal por um período máximo de dez dias de pós-operatório. Através da cânula é fornecido oxigênio suplementar até a recuperação do animal. Outra opção é a oxigenoterapia. Esta deve ser mantida o maior tempo possível, enquanto o veterinário achar necessário. Mesmo após a retirada da cânula de traqueostomia pode-se deixar o animal no oxigênio através de máscara, colar ou cateter nasal até a melhora de sua dificuldade respiratória. Após a remoção da traqueostomia, limite o movimento do pescoço, não utilize coleiras e desestimule a vocalização por duas a quatro semanas. Ofereça água aproximadamente oito horas após a cirurgia e se não ocorrer engasgo, regurgitação ou vômito, dê alimento mole de 18 a 24 horas após a operação. Os alimentos devem ser oferecidos em quantidades pequenas durante cinco a sete dias após o procedimento. A partir daí, pode-se retornar gradativamente a dieta normal do cão ou gato. eIndependente do tipo de cirurgia deve-se usar antibióticos analgésicos após cirurgias do sistema respiratório. O período da medicação fica a critério do veterinário responsável, adotando tempo necessário conforme a gravidade de cada caso e do paciente. Mesmo após a recuperação, é importante que o cão ou gato com bronquite tenham reavaliações periódicas com o veterinário, pois as doses das medicações poderão sofrer ajustes, principalmente se ocorreu lesão permanente nas vias respiratórias e a doença é incurável. Mas com tratamento clínico adequado, os sinais podem ser amenizados e as lesões brônquicas podem ser interrompidas ou reduzidas. 3.4 – Cirurgia ortopédica Vamos entender quais são os problemas ortopédicos de cães e gatos: Eles podem ser traumáticos (fraturas rompimento de ligamentos, luxações), degenerativos (dificuldade de andar, hérnia de disco), ou congênitos e hereditários (má formação óssea). É importante saber que não são apenas nos casos de fraturas e luxações traumáticas (ocorridas após acidentes automobilísticos, chutes, brigas, etc.) que se deve procurar um veterinário, mas sim toda vez que houver alterações durante as atividades de caminhar, correr, sentar e levantar que podem ou não, estar associadas a uma manifestação de dor. Após ser feita uma avaliação clínica e ortopédica, juntamente com exames auxiliares (exames laboratoriais, radiográficos, ultrassonográficos, dentre outros) o veterinário chega a um diagnóstico e indica a cirurgia ou o tratamento mais adequado ao seu cão ou gato. Quando seu animal de estimação chegar em casa pode estar enfaixado, ou com uma tala. Em qualquer dos casos, o curativo têm de permanecer limpo e seco. Isso significa ficar fora do chão orvalhado, e fora da chuva, poças, lama, tigela de água, piscinas e banhos. Se estiver chovendo ou o solo estiver molhado quando seu animal de estimação tiver que ir para fora para fazer suas necessidades, cubra o curativo com um saco plástico e verifique se não há nenhum buraco no saco. Remova o saco assim que o animal voltar para dentro. Se o curativo ficar molhado, ele tem que ser substituído sempre que for necessário o mais rápido possível. Os problemas associados com compressas quentes, talas ou moldes podem variar de uma incisão irritada a complicações mais graves, incluindo em alguns casos, gangrena que resulta na perda do membro. Preste atenção para o inchaço acima ou abaixo da cirurgia e avise imediatamente para o seu veterinário. Se o curativo (tala) ficar muito apertado, o inchaço vaicortar a circulação necessária. Cheire o local da cirurgia todos os dias. Um odor indica que ele deve ser reavaliado pelo veterinário, logo que possível, assim que perceber tal mudança. Para reduzir o inchaço, utilize uma compressa fria após a cirurgia, a cada 10 a 15 minutos, depois de 4 a 6 horas após a cirurgia. Se você usar gelo, certifique-se de tê-lo colocado em um saco plástico e tê-lo enrolado em uma toalha para evitar o arrefecimento excessivo. Talas e gessos só devem ser ajustados pelo veterinário. Algumas talas devem ser utilizadas durante várias semanas. Você pode aplicar pó de talco ou amido de milho para ajudar a prevenir a ocorrência de lesões, onde a pele é friccionada pela tala. Cuidados em casa depois de qualquer procedimento ortopédico são muito importantes. Muitas vezes, após a cirurgia, o animal vai começar a se sentir melhor e mais autoconfiante depois que o problema for corrigido. Normalmente depois de qualquer reparação de fratura ou osteotomia, levará vários meses para que os ossos se curem completamente e ainda mais para os tecidos moles, como músculos, tendões e ligamentos. Até que o animal esteja curado, os implantes podem falhar se tensões demais forem colocadas sobre eles. Porque animais não entendem isso, eles vão tentar usar a perna mais do que deveriam. Cabe a você fornecer ao seu animal de estimação um ambiente adequado em que a cicatrização possa acontecer de forma tranquila. Um local bem acolchoado, sem correntes de ar seria a área ideal para a recuperação. No caso de transporte do animal, o ideal é utilizar caixas de transporte. No caso dos gatos, a caixa de transporte pode ser a mesma utilizada para cães de pequeno porte ou pode-se utilizar também das chamadas bolsas de transporte. Caixa de transporte terapia física pode não ser necessária, ocasionalmente Bolsa de transporte Restringir a atividade de um cão ou gato pode ser um desafio, especialmente quando ele começa a se sentir melhor, mas é absolutamente necessário, mesmo para filhotes brincalhões. Muitos animais de estimação preferem estar com as pessoas quando não estão se sentindo bem. Alguns vão tentar segui-lo ao redor da casa, subir e descer escadas, e assim por diante. Se você usar uma caixa de transporte para restringir a atividade de seu animal, sempre que for para outro local da casa leve-o com você de forma que o animal não sinta a necessidade de segui-lo. Se o seu animal de estimação é incapaz de ser levado para fora para urinar ou defecar, deve-se reservar uma área de fácil acesso e de fácil limpeza. As escadas devem ser evitadas. Os gatos devem ser mantidos dentro de casa com uma cama, água potável, comida e caixa de areia. Se você tem outros animais de estimação, eles também devem ser supervisionados para que não machuquem o animal operado enquanto este estiver se recuperando. Serão feitos exames periodicamente, para monitorar a cicatrização de fraturas ou osteotomias e terão de ser tiradas radiografias em algumas das visitas de acompanhamento. Os exames são muito importantes para que quaisquer problemas ou complicações possam ser identificados e administrados cedo. Embora a exercícios destinados a aumentar a mobilidade e utilização serão indicados pelo médico em cada visita. Uma vez que a cura tenha ocorrido, uma segunda cirurgia pode ocasionalmente ser feita para remover os implantes se houver. Um colar deve impedir que o animal de estimação alcance e consiga lamber a incisão. Após o seu animal de estimação fazer a cirurgia, cuidados pós- operatórios são importantes para segurança e recuperação. Serão necessários medicamentos para a dor em algumas circunstâncias, por isso siga as instruções do seu veterinário sobre medicamentos. Se o seu cão sente dor, não será capaz de se acalmar e descansar, enquanto os gatos são mais propensos a se esconder e parar de comer. Sem dor, buscar a cura através da farmacologia, pode ser uma boa alternativa. Incisões Como já foi dito no início do curso, Incisões cirúrgicas devem permanecer limpas e secas para prevenir uma infecção. É importante observar a incisão com frequência até que esteja completamente fechada. Na verificação devem ser observado, inchaço, pus vermelhidão e febre, o odor ruim, falta de pontos, ou cortes. Nunca deixe o seu animal lamber a incisão, porque lamber pode provocar infecção, da mesma forma, então cuidado para que ele não puxe os pontos. O velho mito de saliva como sendo útil ou ter propriedades antibacterianas simplesmente não é verdade. A incisão pode estar ligeiramente enrugada quando o animal chegar em casa, mas deve melhorar e a pele normalizar conforme sua cicatrização. Se isso não acontecer, consulte o seu veterinário. Incisões, geralmente fecham dentro de 7 a 14 dias. Suturas externas, grampos, etc., devem ser removidos pelo veterinário. Algumas incisões são fechadas com suturas absorvíveis internas, que não necessitam de remoção. Seu veterinário irá informá-lo sobre a existência de grampos ou pontos que exijam remoção. Fisioterapia (Exercitando seu animal) A fisioterapia é importante após determinadas cirurgias. Quando o veterinário autorizar seu cão a se exercitar, comece aos poucos, com caminhadas curtas, não use uma coleira retrátil. A parte mais difícil do processo de cura é quando o animal começa a se sentir melhor e quer correr. Permaneça firme. Estimule sua mente; usando um brinquedo interativo que não exige que ele se levante e se mova. Brinquedos como “ossos” podem manter os cães ativos e distraídos por várias horas. Sente-se no chão para ficar com seu animal de estimação. Modelo de um osso vendido em Pets A principal coisa a se lembrar é que os nossos animais de estimação não têm capacidade de compreender e obedecer as restrições, como você poderia receber de seu médico após a cirurgia. Eles não conseguem entender que determinada atividade pode atrapalhar sua recuperação ou causar grandes complicações, e eles não têm nenhuma noção sobre qual atividade é aceitável. Acompanhe a seguir alguns tipos de fisioterapias nesta reportagem: Fisioterapia para Cães e Gatos Quando um cão era submetido a uma cirurgia ortopédica até há poucos anos o conselho do veterinário após este ir para casa era de efetuar pouco exercício e mantê-lo calmo. Hoje em dia é comum os donos levarem indicações de certos exercícios que devem efetuar para mais rapidamente o cão regressar à sua forma física. A fisioterapia começou a ser aplicada na clínica de grandes animais, mais concretamente em cavalos no início do anos 70, e era uma mera adaptação de técnicas e conhecimentos adquiridos em Medicina Humana. Porém, nos últimos anos sofreu um desenvolvimento rápido permitindo aparecimento de técnicas específicas para pequenos animais, com resultados, em alguns casos, superiores aos obtidos em seres humanos. A grande aceitação por parte de Veterinários e Proprietários de Animais é potenciada pelo fato de usar técnicas não invasivas no combate a dor, na recuperação funcional da região comprometida, na profilaxia de futuras lesões articulares, e na melhoria da qualidade de vida do animal. Tornou-se assim uma técnica auxiliar da Ortopedia. O tipo, o número, as e a duração de cada sessão sempre irão depender da patologia do animal e da resposta do animal à terapia. Um exemplo: A Hidroterapia A hidroterapia como o seu nome indica é um tipo de fisioterapia, que utiliza exercícios na água para recuperar ou melhorar a performance de grupos musculares. É uma terapia bastante antiga, que nas últimas décadas sofreu um impulso maior devido a sua utilização sistemática, basicamente na recuperação de deficientes físicos. É crescente, também, o número de profissionais que indicam este tipo de terapia, embora ainda esteja a dar os seus primeiros passos devido aos elevados investimentos em formação de pessoal e instalaçõesespecíficas que requer. É preconizada em quase todos os problemas em que se procura um condicionamento ou recuperação da musculatura sem o trauma resultante do impacto causado pela corrida na estrutura esquelética. Incluem-se as artroses, patologias da coluna, tratamentos pós-cirúrgicos em ortopedia, e, principalmente, displasia coxo-femural. Na maior parte desses problemas, a hidroterapia é utilizada conjuntamente com outras terapias, inclusive a medicamentosa, mas como fisioterapia é considerada a melhor opção. Em número de casos, a displasia coxo-femural é a patologia mais beneficiada pela hidroterapia. O aumento da musculatura da coxa, associado ao efeito anti-inflamatório causado pela vasodilatação devido à temperatura quente da água, melhoram a sintomatologia através do fortalecimento da articulação com diminuição sensível da dor. O resultado do tratamento depende da idade e do grau de displasia. Animais jovens, com poucas lesões articulares e não obesos, obterão resultados mais rápidos e evidentes. A água é aquecida para permitir o uso nos períodos frios e não comprometer o exercício muscular: Pode ser utilizada desde uma piscina normal até os chamados moinhos de água e esteiras adequadas para cães. Alguns cães com receio da água terão que passar por uma adaptação à mesma de forma a efetuarem os exercícios satisfatoriamente e sem stress. Cones com cavalete, exercício de Cinesioterapia Laser Terapêutico Na juventude, as mensagens são transmitidas com neurônios comunicam-se através de s bstâncias O cérebro é formado por milhões de células, cada Com as modernas técnicas cirúrgicas e os medicamentos usados para controle da dor, a maioria dos cães e gatos estarão dispostos para brincar, pular e correr em pouco tempo. Mas lembre-se que é você quem está no comando, portanto, você tem a obrigação de cuidar de seu animal de estimação, e estabelecer regras para que sua recuperação total seja realizada com sucesso. E acima de tudo tenha paciência com seu bichinho. Pense em como você se sentiria após uma anestesia e cirurgia. Apesar de nossos cães e gatos não se queixarem da mesma forma que nós fazemos, eles são tão biologicamente complexos quanto nós e sentem dificuldades semelhantes. 3.5 – Neurocirurgias Como é o funcionamento do cérebro do seu cão ou gato? uma aproximadamente com 10 000 neurônios que ligam essas células umas as outras. Elas transportam informação em forma de impulsos elétricos. Os químicas neurotransmissoras e a velocidade destas transmissões depende de uma substância chamada mielina. grand evelocidade, mas à medida que o cérebro envelhece, passam a mover-se mais devagar. Devido a certas doenças, a mielina pode não se formar corretamente ou degenerar; isto resulta em uma função nervosa reduzida. central do disco intervertebral para além dos s us limites A neurologia é responsável pelo diagnóstico e tratamento de doenças que afetam o cérebro, coluna, nervos periféricos e músculos. Cães e gatos sofrem mais de problemas no cérebro, medula espinhal e problemas neuromusculares que os humanos. Estes casos incluem uma ampla gama de sintomas no cão ou gato como convulsões, incluindo epilepsia, discos rompidos, lesões na medula espinhal, traumatismo craniano, tumores cerebrais, etc. Os sintomas mais comuns são: Convulsões: As convulsões atingem cerca de 5% da população canina e são consideradas mais raras em gatos. As convulsões são uma desordem neurológica muito comum em animais de estimação. Entender o que é uma convulsão, por que elas ocorrem e como tratá-las é o primeiro passo a tomar para o seu animal de estimação levar uma vida mais saudável. Acidentes vasculares (derrames e hemorragias) no cérebro e na coluna vertebral: São condições comuns em animais mais velhos, assim como nas pessoas, há muitos fatores de risco que podem levar a acidentes vasculares cerebrais nos animais de estimação, tais como hipertensão, doença cardíaca e doença renal. Felizmente, animais de estimação, muitas vezes têm uma boa recuperação de um derrame. O tratamento de um paciente que sofreu um acidente vascular cerebral é baseado no tratamento de qualquer doença subjacente, cuidados de suporte, enquanto eles se recuperam. Doença do disco intervertebral: A doença degenerativa do disco afeta a maioria dos cães com mais idade, mais conhecida como hérnia de disco que é a projeção da parte normais ocasionados geralmente após traumatismos como queda, acidentes ou esforços ao levantar. Localização de uma Hérnia de disco Cerca de 30% dos cães em certas raças, como o Dachshund, terá um incidente de hérnia de disco em algum momento de sua vida. Esta condição pode ser tratada com cirurgia e repouso. Cão da raça Dachshund Tumores da coluna vertebral e cérebro: O câncer de cérebro e coluna vertebral ocorre em cães e gatos com a mesma frequência que ocorrem nas pessoas. Quase todas as modalidades de tratamento que são utilizadas para as pessoas estão disponíveis para cães e gatos, incluindo a cirurgia, a terapia de radiação e quimioterapia. Muitos tumores no cérebro e medulas são benignos e podem ser tratados com sucesso, independente da idade do animal de estimação. Embora distúrbios neurológicos, muitas vezes, causem uma grande angústia para animais de estimação e proprietários, muitos problemas podem ser tratados com grande sucesso. Existem várias neurocirurgias em cães e gatos, como dorsal, procedimentos ventral, fenestração do disco intervertebral, e exploração dos nervos periféricos e raízes nervosas. Teste de diagnóstico Técnicas de imagem avançadas, como a ressonância magnética (RM) permitem que o clínico veja o cérebro e coluna vertebral. , , Ressonância magnética A análise do fluido da coluna é útil para fazer o diagnóstico de doenças inflamatórias do sistema nervoso. Retirada do líquido cefalorraquidiano ~ Exame de Sangue: O exame de rotina pode Testes eletrodiagnósticos são usados para avaliar as funções dos nervos e dos músculos. Exemplo de um eletrodiagnóstico Exame O exame neurológico serve para avaliar o comportamento (estado mental) do seu cão ou gato, postura e movimentos (andar, correr), nervos cranianos e reflexos espinhais. Um exame neurológico combinado com uma história completa do seu animal é muitas vezes suficiente para dizer a equipe de neurologia que parte do sistema nervoso foi afetada. Neurodiagnósticos comuns incluem: identificar antecipadamente a doença e é usado para ajudar na preparação para a anestesia, que pode ser necessário para os testes de diagnóstico avançado. Radiografias (raios-x): radiografias podem ser úteis na fase inicial de diagnóstico, pois geralmente podem ser realizadas sem anestesia e de forma segura. Imagem por Ressonância Magnética: considerada o "padrão ouro" para observar o sistema nervoso. Ela nos permite ver anormalidades físicas do cérebro e coluna vertebral, possuindo suas limitações, por exemplo, não podemos ver as mudanças moleculares ou microscópicas do sistema nervoso. A tomografia computadorizada (TC): também pode ser benéfica em imagens do sistema nervoso, mas também tem suas limitações. Por exemplo, com a tomografia computadorizada, temos excelentes imagens de tecidos ósseos, mas o benefício é limitado na avaliação dos tecidos moles do sistema nervoso. apenas com cirurgia. Uma compreensão completa da doença, Análise do líquido cefalorraquidiano: Em certos casos, uma análise do líquido cefalorraquidiano pode ser indicada. Avaliar o fluido que envolve o cérebro e a coluna vertebral pode ajudar no diagnóstico de meningite / encefalite (inflamação do sistema nervoso). Electrodiagnósticos: é usado para avaliar lesões nos músculos e nos nervos do seu animal. Tratamento e Prognóstico: Tratamentos como a terapia anticonvulsivante, cirurgia da coluna vertebral descompressiva e retirada do tumor são procedimentos derotina para o grupo de neurologia. O prognóstico (resultado previsto) depende de muitos fatores, os quais todos são considerados, de modo a permitir que as decisões certas sejam tomadas. O Serviço de Neurologia considera que o processo de cura começa uma combinação de cuidado do paciente, conforto e reabilitação física também são necessárias para garantir que o seu animal de estimação tenha o melhor resultado possível. Cuidados Pós-neurocirurgias Após a cirurgia seu animal ficará sendo monitorado nas primeiras 24 horas, para que seja observada a respiração, problemas de convulsões e a administração de medicamentos (analgésicos). Como em todos os casos pós-cirúrgicos que já vimos, é importante que o animal permaneça imóvel e em local confortável. É importante o uso de fisioterapias no pós-operatório de qualquer neurocirurgia após a recuperação cirúrgica do animal, assim como também realizar exames neurológicos e radiografias de tempo em tempo até completar um ano da operação. Independente do local onde foi realizada a operação neurocirúrgica é importante o uso de antibióticos, anti-inflamatórios, e analgésicos após neurocirurgias. O tempo de terapia do seu animal depende muito do veterinário e da gravidade do caso da operação realizada em seu cão ou gato. 3.6 - Higiene na troca de curativos Como já comentado curativo é todo material usado ou aplicado com intuito de proteger ou tratar uma ferida, tem como finalidade proporcionar a recuperação e a proteção. Se o seu animal de estimação estiver com um curativo, independente do tipo de cirurgia que ele fez você terá que tomar cuidados especiais para evitar problemas com a ferida e trocas desnecessárias de curativos. Antes de fazer o curativo é importante tomar certas precauções para se proteger, pois se o seu animal sentir dor, sua reação será de tentar mordê-lo mesmo se ele tiver o temperamento dócil. Para se proteger de possíveis mordidas você pode usar: Luvas: para proteger de arranhões do seu gato ou mordidas, e para fazer o curativo de forma higiênica. Focinheira: o modelo para gatos cobre toda a face inclusive os olhos, já a usada nos cães cobre apenas o focinho. As focinheiras de nylon são maleáveis e não machucam. Mordaça: pode ser improvisado com um pedaço de pano ou cadarço de sapato, não tem como fazer uma mordaça se o seu animal de estimação for um gato, pois eles têm o focinho curto. Veja abaixo: Reforçamos que o uso do colar elizabetano é importante em qualquer tipo de cirurgia, eles são vendidos em petshops e clínicas veterinárias. Usando o colar seu animal não tem como alcançar nenhuma parte do corpo com a boca, mas isso não o impede de comer e beber. No caso do gato outra forma para se proteger é enrolando-o em uma toalha ou cobertor e segurar firme junto ao corpo ou uma mesa procurando deixar apenas o local a ser feito o curativo exposto. Veremos agora como fazer o curativo no seu cão ou gato de uma forma simples e correta. Para realização do curativo é importante ter em mãos os seguintes itens: Sabão anticéptico (encontrado em farmácias) Esparadrapo (micropore) Soro Gaze Água Iodo Toal ha 1° passo : Para desinfetar o local, lave o lugar machucado do animal com água e sabão anticéptico. 2° passo: seque cuidadosamente com a toalha 3° passo: agora lave com o soro o local machucado, e seque com a gaze. 4° passo: pingue no local machucado uma gota de tintura de lodo 5° passo: junte duas gazes no local machucado 6° passo: coloque um pedaço de esparadrapo do lado das gazes para firmar a gaze Dica: so de micropore n ferida é menos gressivo que esparadrapo, já que, quando molhado, é mais fácil de ser retirado, evitando assim, a depilação de pelo ou o repuxar da pele. Curso Cuidados Clínicos no Pós-operatório de Cães e Gatos Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56
Compartilhar