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Curso Cuidados 
Clínicos no Pós-operatório
de Cães e Gatos
Conteúdo Programático:
Cuidados na recuperação pós-anestésica 
Cuidados no pós-operatório
Aplicação de medicamentos
Alimentação e reposição energética 
Curativos e bandagens
Cuidados no pós-anestésicos 
Monitoramento dos sinais vitais
Manter a temperatura e o ambiente estáveis 
Efeitos colaterais pós-cirurgia
Cuidados pós-cirúrgicos 
Cuidados pós-cirurgia urinária
Cirurgia gastrointestinal 
Cirurgia respiratória 
Cirurgia ortopédica 
Neurocirurgias
Higiene na troca de curativos 
Medicamentos pós-cirúrgicos 
Antibióticos
Anti-inflamatórios 
 Analgésicos
Cuidados com a 
alimentação
Tempo adequado para a primeira refeição 
Como preparar a alimentação
Cuidados com a desnutrição 
Hipersensibilidade alimentar 
Bibliografia
1.1– Cuidados na recuperação pós-anestésica
Geralmente os donos, mais do que os próprios animais de estimação, têm 
medo dos procedimentos veterinários que requerem anestesia. É difícil imaginar 
o seu cão ou gato indefeso e inconsciente, deitado sobre uma mesa de 
cirurgia. Ver um animal de estimação anestesiado não é uma boa experiência.
Portanto a intenção é prepará-lo e acalmá-lo sobre algumas reações que 
seu animal pode vir a ter após a anestesia.
Avaliação pré-anestésica
O objetivo da avaliação pré-anestésica é identificar fatores de risco 
individuais que podem ou não influenciar a capacidade do paciente de tolerar a 
anestesia.
Alguns fatores que incluem a avaliação do paciente são: 
Estado físico,
Idade
, 
Raça,
Temp
eram
ento,
Tipo de procedimento planejado 
Uso de sedação profunda,
Anestesia geral
Experiência do veterinário para 
realizar tais procedimentos.
Preparação do paciente
Os donos devem ser avisados com antecedência sobre como
Animais jovens requerem menor tempo de jejum do que animais mais
Se o procedimento for realizado em caráter de urgência, obviamente
preparar seu animal para a anestesia, incluindo a administração de 
medicamentos, jejum e permitindo o acesso livre à água.
velhos.
não será possível realizar o jejum do animal, então não se esqueça de avisar o 
veterinário para que tome as precauções necessárias.
Recuperaçã
o
A recuperação é uma fase crítica da anestesia, ela deve ser
monitorada por equipe veterinária treinada para reconhecer complicações, 
mantendo-se vigilantes nas três primeiras horas pós-cirurgia.
O monitoramento de sinais vitais deve continuar até que eles voltem a sua 
normalidade. Isto inclui a medição de pulso e pressão arterial.
Durante o período de recuperação rápida, pode ocorrer a 
dificuldade
de respiração. Desta forma, um oxigênio de suprimento deve ser 
colocado até que a respiração volte ao normal.
Após o procedimento anestésico é necessário esperar o animal acordar 
para mantê-lo aquecido e confortável.
Após a anestesia, o seu animal pode não sentir seu corpo nas próximas 
12 a 24 horas, e em muitos casos ele pode estar ainda sobre a influência da 
anestesia quando chegar em sua casa.
O grau de sonolência e, em alguns casos, de confusão mental, vai 
depender do tipo de anestésico utilizado, tempo de cirurgia e idade do animal. Ele 
pode vomitar ficar tonto e confuso.
É muito importante solicitar ao seu veterinário instruções escritas sobre
dosagens de medicamentos adequados, efeitos
colaterais, e quaisquer irregularidades físicas ou comportamentais que o seu 
o animal terá em casa.
Esperamos ter dado um melhor entendimento das fases de anestesia e, 
sobre os cuidados que você deve ter com o seu animal de estimação no momento 
que ele for submetido a um procedimento que exija anestesia.
1.2- Cuidados no pós-operatório
Após a operação, seu animal deve ser mantido quieto, e nas próximas 
semanas, a sua atividade deve ser moderada. Pode ser difícil manter a calma 
de seu cão, ou gato se ele for indisciplinado, mas não incentive seu animal a 
atividades físicas bruscas.
É importante afastá-lo de áreas onde você sabe que ele gosta de 
brincar e saltar, e evitar deixá-lo sozinho com outros animais de estimação.
O exercício excessivo após a cirurgia pode causar cicatrização
retardada e inchaço.
Algumas cirurgias exigem restrição mais severa ou tipos específicos de 
exercício. Certifique-se de entender as instruções de seus médicos veterinários, 
e segui-las corretamente.
Mantenha seu cão ou gato dentro de casa, não é seguro para ele estar 
fora em meio a carros e outros perigos se ele ainda está sentindo os efeitos da 
anestesia.
Se for possível, é melhor mantê-lo no interior da residência por alguns dias, 
isso irá ajudá-lo a ficar limpo, e pode ajudar a minimizar o excesso de atividade 
física.
Certifique-se de que a área onde vive é especialmente limpa e 
seca.
Seu veterinário pode recomendar um pano macio, ou uma toalha.
Verifique a área onde foi feita a cirurgia em seu cão ou gato 
diariamente. Avise o seu veterinário, se você notar qualquer aumento de 
inchaço, corrimento, sangramento, vermelhidão, ou se você achar que pode 
estar faltando pontos.
Se o seu cão ou gato tem um curativo, normalmente o veterinário irá 
instruí-lo sobre a troca, limpeza e verificação diária, ainda nesse curso veremos 
passo a passo como realizar tal procedimento.
Após a cirurgia, seu animal pode sentir dor, coceira ou irritabilidade. Seu 
instinto natural é de lamber, arranhar ou mastigar, tentando desta forma tirar os 
pontos ou o curativo.
Se você observá-lo incomodando sua incisão, pergunte ao seu 
veterinário se ele pode precisar de um colar elizabetano.
Passo-a-passo de como fazer um colar elizabetano para 
animais de pequenos portes*
Preste atenção em como fazer um colar de emergência que servirá 
para impedir que o animal coce um olho doente ou tente tirar os 
curativos até que seja providenciado um colar elizabetano.
O colar deverá ficar assim:
Materiais:
-1 prato grande
-1 xícara
-1 lápis
-1 cartolina
-1 tesoura
-1 cola
- esparadrapo para fechar.
Desenhe uma circunferência na cartolina com o prato grande. No que 
deve ser o meio, desenhe outra circunferência menor com a xícara. 
Assim:
Q--
Cole outra folha de cartolina e recorte. A folha dupla de cartolina é por 
precaução para que o colar não fique tão fino. Agora faça um corte 
como no desenho abaixo:
Coloque no pescoço do animal e feche com esparadrapo. Esse 
colar só serve para cachorros de pequenos portes e gatos. Para 
cachorros grandes, é melhor papelão ou algo mais grosso. Se o gato 
ou cachorro tiver o pescoço mais grosso, ele deve ser medido com uma 
fita métrica ou um barbante.
O colar também pode ser feito de E.V.A. Se o seu animal não pode 
coçar o focinho, mas pode lamber outras partes do corpo, esse colar 
é perfeito, porque não impede ele de fazer nada, nem comer.
)
Porém, se o problema do animal de estimação for em outra parte do 
corpo e não no focinho, o E.V.A. não é a opção ideal, pois o material é 
mole e pode dobrar.
O colar elizabetano deve ser usado em todos os momentos em que você 
não está vendo-o, principalmente o gato que pode retirar um ponto quando 
você virar as costas.
Em alguns casos este colar é fornecido pelo veterinário ou então 
haverá a necessidade de comprá-lo. Lembrando que principalmente os gatos, 
no primeiro contato com estes colares a primeira reação será de tentar 
removê-los.
No entanto, após um curto período a maioria dos animais vai tolerar o uso 
do colar. Uma vez acostumados, é melhor manter a coleira o tempo todo. 
Lembre-se que leva apenas alguns segundos para seu animal de estimação 
mordiscar e desfazer seus pontos, caso isso aconteça, ligue imediatamente para 
seu veterinário.
1.3 - Aplicação de medicamentos
Se seu animal está usando medicações, leia atentamente e siga todas as 
instruções do rótulo. Se você tiver alguma dúvida, o seu veterinário pode ajudar.
É preciso sempre usar a medicação por toda a duração prescrita, 
mesmo se o seu animal pareça melhor, antes do tempo.
Nuncaautomedique seu animal! Os medicamentos usados pelos 
humanos são tóxicos para eles, podendo levá-los à morte!
Caso seu cão ou gato manifeste dor, pode pedir ao seu veterinário que 
lhe receite analgésicos.
Para ajudar a aliviar a dor, poderá também colocar compressas quentes 
e frias alternadamente, a cada dez minutos no local da cirurgia, isso fará com que 
se diminua a dor e o inchaço, mas tenha cuidado para não queimar a pele do seu 
animal, é indicado proteger a pele com uma toalha.
Com os cães, a ingestão de comprimidos é mais fácil, pois podemos 
colocar o medicamento dentro de um pedaço de carne, ou algum outro alimento 
que tenha um cheiro bem forte, isso ajuda a ministrar o remédio.
No caso do gato não deve ser colocado no colo ou no chão, ele 
reconhece estes locais como seu território e a resistência à administração do 
medicamento será com maior intensidade.
O local adequado para medicar um gato é sobre um banco sem 
encosto ou em cima de uma mesa.
A cavidade oral do gato é pequena. A escolha do tamanho do comprimido, 
drágea e cápsula deve ser de acordo com a facilidade de o gato engolir.
No caso de cápsulas recomenda-se lubrificá-las com manteiga ou 
margarina, podendo também ser empregado este método para mascarar 
sabores indesejáveis de comprimidos divididos.
A forma de administração por via oral das preparações líquidas é feita 
colocando-se o medicamento dentro de uma seringa.
A cabeça do animal é imobilizada e a seringa é posicionada entre o 
canino e o segundo pré-molar.
Pequenas quantidades de líquido devem ser ministradas devagar, 
possibilitando a ingestão pelo animal. É de suma importância manter a cabeça do 
animal em posição perpendicular em relação ao corpo, evitando o desvio do 
medicamento.
A cabeça do animal não deve estar nunca erguida durante a 
administração das preparações líquidas. Os medicamentos,
em apresentações líquidas, podem ser misturados aos alimentos.
1.4 - Alimentação e reposição energética
É normal ocorrer falta de apetite após o procedimento cirúrgico e seu 
veterinário poderá orientá-lo sobre possíveis alterações apresentadas e os 
cuidados necessários.
Nunca alimente ou dê água enquanto seu animal ainda estiver sob o efeito 
da anestesia.
Já quando ele parecer acordado e alerta, pode-se oferecer alimentos em 
dosagens pequenas e devagar, para evitar dor de estômago.
Alguns anestésicos podem causar náuseas, por isso, após passar o 
efeito da anestesia, dê água primeiro, e se tudo correr bem, uma pequena 
quantidade de alimento pode ser oferecida algumas horas mais tarde.
Espere até o dia seguinte para retornar ao seu horário de alimentação 
normal e evite alimentos gordurosos que poderão provocar distúrbios 
gastrointestinais.
Se o seu animal recusar a comer por mais de 24 horas após a cirurgia, 
consulte o seu veterinário.
1.5 - Curativos e bandagens
Curativo é todo material usado ou aplicado com intuito de proteger ou tratar 
uma ferida, tem como finalidade proporcionar a recuperação e a proteção.
Gatos de estimação com curativos precisam ser mantidos dentro de 
casa, é importante manter os curativos sempre secos, caso ele seja
acostumado a fazer suas necessidades ao ar livre (urinar e defecar), então terá 
que acostumá-lo com uma caixa de areia.
Quando perceber que o seu gato está mastigando o curativo, 
providencie um colar elizabetano, e mantenha o colar no seu gato, pois desta 
forma ele não conseguirá mastigá-lo.
Se você perceber que o seu gato está desconfortável ou sentir que o 
curativo está muito apertado, então entre em contato com o profissional 
imediatamente para ele arrumar.
Assim como os gatos é importante que o curativo do seu cão permaneça 
seco. Se você sair para uma caminhada certifique-se de proteger o curativo com 
um saco plástico, coloque-o sobre o curativo e depois prenda-o, colocando um 
meia para impedir que o saco rasgue.
Aconselhamos que você proteja o curativo, mesmo quando seu cão não 
estiver em locais molhados, é necessário evitar que o curativo fique sujo.
Caso o seu cão esteja sentindo-se incomodado com o curativo, 
mastigando, providencie um colar elizabetano, e procure manter o cone no seu 
cão sempre, até não correr mais riscos.
Lembre-se, que é muito importante que você cuide da limpeza de seu 
animal de estimação.
O veterinário sempre informará sobre o prazo aproximado de 
recuperação de uma ferida em seu cão ou gato, se esse período exceder, 
procure-o novamente.
Abaixo, um artigo muito interessante sobre montar uma farmácia para 
cães e gatos:
A farmacinha dos cães e gatos
Especialistas destacam os cuidados em ter produtos e medicamentos 
para prestar os primeiros socorros aos bichinhos.
Publicado em 03/07/2010 | VITOR GERON.
Quem não tem em casa um kit de primeiros socorros para resolver casos 
emergenciais, como um machucado, dor de cabeça ou até uma febre? Comum 
para seres humanos, a “farmácia básica”, como é chamada, ganhou também uma 
versão para os cães e gatos.
O recém-lançado livro “Primeiros Socorros para Cães e Gatos (editora 
Gutemberg) apresenta alguns itens básicos usados nos primeiros socorros aos 
animais.
Uma das colaboradoras, a professora da Escola de Veterinária da 
Universidade Federal de Minas Gerais Adriane Pimenta Val Bicalho, lembra que 
a obra funciona como uma referência e não um guia médico. Ela destaca que 
tratar de animais é muito delicado e todos os procedimentos devem estar de 
acordo com as orientações de um médico veterinário.
Saiba mais, confira alguns itens da farmácia básica:
Para Leonardo Stelle, médico do Hospital Veterinário São Bernardo, 
em Curitiba, é importante lembrar que felinos não são iguais a cachorros e 
ambos diferentes de pessoas. “Existe uma série de remédios de uso humano 
que não são indicados para os animais, como a aspirina”, lembra.
Para Adriane, nenhum medicamento de uso humano é receitado sem 
a prescrição médica. O veterinário Bruno Tammenhain, do Garra Hospital 
Veterinário, ressalta que um remédio como o Cata-flam, pode causar úlceras 
gástricas em animais.
Segundo Adriana, os itens mais importantes são os que envolvem 
curativos e limpeza dos ferimentos. “O soro fisiológico e os materiais que 
ajudam a limpar o ferimento são essenciais, já que fazer um curativo sem 
higienizar adequadamente o local da lesão pode piorar o quadro”, destaca.
Stelle acredita que o ideal é que um veterinário faça os curativos, 
cabendo ao dono do animal apenas estancar o sangue.
No caso de medicamentos de via oral, a dosagem e situações em que ele deve 
ser usado precisam estar muito bem definidas com o veterinário. “Os anti-
histamínicos, por exemplo, são recomendados para cães que sofrem com 
problemas de pele. Mas só um profissional pode indicar como e quando usá-los 
adequadamente”, diz Tammenhain.
Para os veterinários, o mel é outro item importante para os casos em que o animal 
sofre com o choque hipovolêmico (perda excessiva de sangue). “Nesses casos 
mais graves, como em um atropelamento, a recomendação é manter o cão ou 
gato aquecido e dar o mel puro para aumentar o índice de glicemia”, conta 
Adriana.
2.1 – Monitoramento dos sinais vitais.
A maioria dos veterinários deverá fornecer folhetos impressos depois de 
um procedimento anestésico, detalhando o cuidado que se deve adotar com o 
animal de estimação após o procedimento.
Seguem algumas dicas importantes:
- Mantenha o seu animal isolado.
-Existem muitas drogas anestésicas disponíveis, (por inalação ou injetável) e 
os animais podem reagir de várias maneiras, dependendo da idade, peso, 
estado geral de saúde, espécie e raça (em alguns casos).
-Mantenha o seu animal de estimação calmo nas primeiras 24 horas. Isto vai 
acelerar a recuperação anestésica.
-Verifique se o seu animal de estimação está aquecido. Se o seu animal ainda 
estiver tonto, ele pode ter problemas para manter o calor do corpo normal.
-Monitore o consumo de alimentos e água.O prazo para seu animal de estimação 
comer e beber será determinado pelo seu médico veterinário.
-Não ofereça mais do que o seu veterinário recomenda, isso pode levar a uma 
dor de estômago e vômitos que não é agradável para você ou seu animal de 
estimação.
-Assim que passar a anestesia, o animal pode sentir alguma dor ou desconforto, 
e isto pode causar uma reação diferente que a de costume. Mova-o bem 
devagar e com cuidado nas primeiras horas.
-Se o seu animal de estimação estiver usando uma tala ou curativo, certifique-se 
de ter cuidado extra para as atividades normais.
-Se o seu animal apresentar qualquer comportamento estranho, como atraso na 
recuperação da anestesia, ligue para o seu veterinário o mais rápido possível.
2.2 – Manter a temperatura e o ambiente estáveis.
O ideal é mantê-lo em uma área quente e tranquila, longe de outros 
animais de estimação, onde possa descansar e não se ferir, não apenas 
enquanto passar o efeito da cirurgia e sim, pelo menos por duas semanas.
É importante proporcionar um ambiente seguro, onde seu animal possa 
se recuperar da cirurgia tranquilamente, garantindo que as crianças não o 
incomodem.
O calor tem se mostrado eficaz para reduzir a dor em vários casos, então 
uma boa opção é uma almofada bem macia e aconchegante para o seu animal 
deitar-se.
Não use uma almofada de aquecimento a menos que o seu animal 
tenha a capacidade de se mover para fora se ele ficar muito quente.
2.3 – Efeitos colaterais pós-cirurgia.
É normal ocorrer vermelhidão e inchaço no local da operação. É 
interessante verificar o local uma vez por dia durante uma semana.
Verifique se há vermelhidão excessiva, inchaço, secreção, sangue ou se 
o local da incisão está aberto.
É normal seu animal sentir náuseas, e não querer comer quando ele 
chegar em casa após a cirurgia.
Você precisa oferecer os alimentos lentamente.
Ofereça uma pequena quantidade de comida e água, logo que o animal 
estiver totalmente acordado.
Se ocorrer vômito, espere até o dia seguinte para dar mais comida. 
Forneça a quantidade normal de comida e água para seu animal no dia 
seguinte à cirurgia.
Não mude a dieta do seu animal de estimação e não dê restos de 
comida, leite ou qualquer alimento de outras pessoas por uma semana.
O apetite do seu animal de estimação deve voltar gradualmente dentro de 
24 horas de cirurgia.
O processo de cicatrização leva de sete a dez dias. Qualquer atividade 
excessiva pode interromper o processo de cura.
Alguns animais são ativos após a cirurgia, enquanto outros são quietos. 
É muito importante que você limite a atividade do seu animal de estimação 
durante o processo de cicatrização.
O inchaço desaparece dentro de alguns dias. Entre em contato com o 
veterinário imediatamente se o local continuar inchado ou vermelho ou se você 
notar qualquer um dos seguintes sinais:
- Gengivas pálidas;
- Depressão;
- Vômitos;
- Diarréia;
- Sangramento da incisão;
- Dificuldade em urinar;
- Dificuldade para respirar;
- Diminuição do apetite.
Como vimos no início desta unidade, no mercado veterinário existem dois 
tipos de anestesias, injetáveis e inalatórias. No texto a seguir é explicada a 
diferença entre as duas:
Anestesia injetável ou inalatória? Eis a questão
Gigi, um dia depois da cirurgia. A roupinha cirúrgica continua lá, mas a 
linguinha para fora denuncia: a gatinha já voltou a ser "arteira".
Adotar um novo bichinho é legal, mas, antes de tomar a decisão de levar um 
 filhote para casa, é necessário pensar em todos os detalhes que virão depois. 
Uma das coisas mais importantes é a castração.
Principalmente se o animal for conviver com outros bichos ou se tiver a 
liberdade de sair de casa para passear. Como contei no primeiro post, a última 
gatinha que eu adotei foi a Gioconda, mais conhecida como Gigi.
Ela acabou de completar 6 meses e, apesar de todos os meus pets serem 
castrados, já não podia mais adiar a vez dela. Isso porque moro em uma casa 
com um grande espaço aberto, que não tem como cercar.
Evito, ao máximo, mas nunca se sabe quando a pequena vai resolver sair 
 escondida para dar uma volta ou quando algum gato da vizinhança vai entrar em 
casa para tentar conquistá-la, não é mesmo? Pois bem. Lá fomos nós, rumo ao 
consultório veterinário, para fazer a cirurgia.
Antes disso, quando liguei para marcar a operação, a veterinária me perguntou: 
“Você vai querer fazer com anestesia inalatória ou a comum, que é injetável?”.
Fiquei em silêncio. Se estivéssemos conversando pessoalmente, tenho certeza 
de que ela enxergaria um gigantesco ponto de interrogação na minha testa.
Depois, ela foi me explicando. A inalatória é uma técnica mais moderna. 
Quando a pessoa opta por ela, é necessária a participação de um 
especialista, que traz todo o material e aplica o medicamento com a ajuda de uma 
máscara respiratória.
O animal inala a quantidade calculada do anestésico, que pode ser 
aumentada ou diminuída no meio da cirurgia. Por isso, o veterinário possui 
maior controle da situação durante a operação e o despertar do bichinho é mais 
tranqüilo, quando tudo acaba.
Já com a anestesia injetável, que é a mais comum, o medicamento é aplicado com 
uma seringa, via muscular. Como a injeção é feita de uma vez, antes da cirurgia, a 
quantidade não pode ser alterada no meio do processo.
O animal acorda meio grogue, horas depois, e fica estressado, um pouco tonto, 
baqueado mesmo. Até voltar ao normal, demora um pouquinho mais.
De acordo com a veterinária Darlene Gomes, do Centro Veterinário 
Congonhas, em São Paulo, se o dono puder optar pela inalatória, melhor. “Se o 
animal já tiver sofrido de problemas cardíacos ou tiver mais de dois anos, nós 
costumamos indicar a inalatória”, explica a profissional.
Ah, uma diferença bem importante: o preço. A anestesia injetável costuma ser 
bem mais barata.
Na clínica onde a Gigi foi castrada, a inalatória custava R$ 190 a mais. Como 
eu tenho muitos bichos em casa e a faixa etária da gatinha não era de risco, escolhi 
a injetável, que foi usada em todos os meus outros animais e nunca deu nenhum 
tipo de problema.
O primeiro dia foi um pouco difícil. Ela estava bem nervosa e precisou ficar 
separada dos outros gatos. Mas, agora, apesar de continuar com a roupinha 
cirúrgica, para não mexer nos pontos, ela já voltou a ser a mesma sapeca de 
sempre.
3.1 – Cuidados pós-cirurgia urinária.
Antes de falarmos sobre os cuidados pós-cirurgia urinária, vamos 
entender um pouco sobre qual o caminho que a urina percorre no corpo do 
animal, observe:
O sangue passa pelos rins, que separam o que o organismo não 
precisa mais (impurezas), e produzem a urina.
O nome dado aos caminhos que a urina percorre para se chegar à 
bexiga são ureteres. A urina é acumulada na bexiga, e depois, passa pela 
uretra, que é o caminho final, através do pênis ou chegada na vagina.
Agora que já sabemos o percurso da urina no corpo do seu animal, 
vamos entender quais são e qual a origem das doenças urinárias.
- Infecções urinárias:
São as mais comuns, as bactérias se aproveitam de uma baixa imunidade 
do animal e percorrem pelas vias urinárias até chegarem à bexiga.
Os principais sintomas de infecção urinária são:
- Febre;
- Micção dolorosa;
- Aumento da frequência urinária;
- Diminuição da quantidade de urina em cada micção;
- Sangue na urina.
Nesses casos, tratamentos com os antibióticos corretos, costumam ser 
a solução e não se faz necessária na maioria das vezes a cirurgia.
- Cálculos urinários:
Conhecidos popularmente por pedras nos rins, os sintomas são dores, e 
também podem obstruir o caminho da urina e impedir a micção.
É muito importante seu animal de estimação urinar, caso contrário não 
tem como o rim conseguir fazer seu trabalho de limpeza do sangue.
Veja abaixo o local onde as pedras se alojam:
Observe na radiografia abaixo a pedra no rim de um cão:
Raio x comprovando cálculo renal em um cão
É comum existirinfecções em cães e gatos, porém é mais comum 
ocorrer nos gatos, principalmente nos gatos machos. Veja abaixo alguns dos sinais 
de alerta que o gato demonstra ao sentir dor urinária:
Postura normal para urinar
c.a~.1 Uge1r~nte
lndlNda para baixo
Postura de esforço
Attk:ul~to do }Otlho lkl<lkt.l
Se você perceber que seu gato urina com frequência exagerada, é um bom 
motivo de procurar um veterinário.
Os animais com obstrução urinária, normalmente precisam ser 
sedados e sondados. Muitas vezes operados, para remoção dos cálculos.
É muito importante você estar sempre observando o aspecto da urina do 
seu animal. Além da cor, observe também se ela sai com facilidade ou 
dificuldade.
Como vimos anteriormente, a função dos rins é separar as impurezas do 
sangue e produzir a urina.
Alguns problemas urinários estão relacionados à formação da urina, 
que por sua vez está interligada à composição do sangue, que por sua vez esta 
diretamente relacionada com a alimentação dos animais.
No texto a seguir entenda como a ração de seu animal pode influenciar 
nos problemas urinários:
“Maioria dos casos de cálculo renal em cães é causada por ração”
Um fator-chave para evitar a formação de cálculos urinários é a diluição da 
 urina. Ou seja, para não ter cálculos urinários, os pets (e nós) precisam beber 
água em quantidade suficiente.
Acontece que a ração seca conta com cerca de 11% de umidade. Isso é 
muito pouco. Uma dieta preparada em casa, em contrapartida, apresenta 70- 80% 
de água. Isso é importante para a saúde dos rins e do trato urinário.
No caso dos gatos, conforme vários estudos recentes estão mostrando, 
o problema é ainda mais grave. O sal presente em abundância nas rações 
consegue estimular a sede nos cães, na tentativa de compensar pela ingestão 
do alimento seco.
Mas os gatos, independentemente de quanto sal ingiram 
freqüentemente
-Pon-
ur."11-:uqu't.:
-ida-- -·-
não consomem água na proporção necessária para evitar a formação de 
cálculos e o surgimento de infecções urinárias como a corriqueira Doença do Trato 
Urinário Inferior dos Felinos (DTUIF).
Isso porque o gato descende de um felino do deserto, que, frente à escassez de 
água no ambiente, evoluiu para obter toda a água de que precisa diretamente do 
consumo de suas presas (as carcaças contêm cerca de 70% de água, assim como 
as dietas caseiras).
Quem busca saúde sabe que precisa maneirar nos
alimentos industrializados, não é mesmo? Pois é, e cada vez mais 
proprietários de pets, veterinários e criadores estão percebendo que o mesmo se 
aplica aos nossos queridos animais de estimação!
Além dos sintomas apresentados anteriormente nos
casos de problemas urinários, outra forma de saber quando um animal está com 
bloqueio urinário e com inflamação é apalpando na barriga para verificar a 
presença de algum cálculo na bexiga. Veja abaixo o local certo para examinar:
O cálculo pode chegar até o tamanho de um pêssego, é duro e se 
parece muito com uma pedra. Lembrando que para um diagnóstico correto 
deve-se levar seu animal de estimação ao um veterinário para avaliação.
Este procedimento é muitas vezes doloroso e
a
Veja abaixo a foto de um cão que foi submetido a uma cirurgia para 
retirada de cálculos renais:
O tratamento inicial
A coisa mais importante para o animal com obstrução urinária é ter a 
desobstrução. Este procedimento é realizado apenas por um veterinário.
É inserido um cateter na uretra, conecta-se uma seringa com soro no pênis 
ou na vagina do animal e injeta na tentativa de empurrar o muco com cristais 
causador da obstrução novamente para o interior da bexiga, observe o 
procedimento:
sedação
provavelmente será necessária para torná-lo mais tranquilo. No caso dos 
gatos devido o canal urinário ser muito pequeno, o desbloqueio ocorre com 
grande dificuldade.
Quando o problema de bloqueio urinário é detectado logo no início, e 
imediatamente é realizado o desbloqueio ocorre uma rápida recuperação e seu 
cão ou gato pode continuar com o tratamento, sem ter que passar alguns dias 
no hospital.
O que acontece durante internação?
Os rins fazem a maioria do trabalho durante a fase de recuperação. O 
animal deve usar uma coleira especial para evitar morder ou remover o 
cateter urinário.
Após o desbloqueio, seu animal de estimação permanecerá no hospital 
por alguns dias para que o monitoramento da produção de urina seja feito, além 
disso, ele precisará de muito soro intravenoso para ajudar a eliminar as toxinas 
concentradas.
Passado esse período de observação, o cateter urinário é retirado e mais 
um dia de hospitalização é necessário para se ter certeza que seu animal não 
irá obstruir novamente. Ele não terá permissão para ir para casa até que seu fluxo 
de urina pareça forte e relativamente fácil.
O principal cuidado com o animal após a cirurgia é a manutenção dos 
pontos, para isso você pode usar uma roupinha cirúrgica no animal, que cobre 
os pontos ou então o famoso colar elizabetano (abajur), como já 
apresentamos.
É preferível que você esteja junto ao animal no pós-operatório para 
monitorar esses cuidados, ou quando o animal tem de ficar sozinho, pode-se 
limitar o espaço, deixando-o em um cômodo onde não possa fazer 
“estripulias”.
O curativo dos pontos também deve ser feito diariamente, adiante 
ensinaremos como fazê-lo. A colocação de gaze e esparadrapo ajuda a vedar 
o ferimento, conferindo uma maior proteção.
3.2 – Cirurgia gastrointestinal.
Agora, antes de saber os cuidados pós-cirurgia gastrointestinal, vamos 
entender como é o funcionamento do estômago do seu animal:
A função do estômago é armazenar temporariamente os alimentos, 
fazer a digestão pela secreção de ácido e enzimas, misturar e triturar o 
alimento e controlar a velocidade de entrada da ingestão pelo intestino delgado.
esôfago
fundo
Divisão Anatômica do Estômago
O estômago é anatomicamente dividido em:
- Cárdia;
- Fundo;
- Corpo;
-
Antro;
- piloro.
Acompanhe o percurso do alimento até chegar ao estômago:
A função da cárdia é permitir a passagem da comida e de água para o interior 
do estômago e também impedir o refluxo gastroesofágico, ela está ligada entre 
o esôfago e o estômago.
O corpo e o fundo fazem a função de armazenagem e dilatam-se para 
acomodar os alimentos. Além disso, é o corpo que elimina as enzimas 
digestivas e o ácido clorídrico.
Pronto! Entendemos o funcionamento do estômago de seu animal de 
estimação, agora vamos estudar os tipos de doenças do estômago, saber suas 
causas e como tratá-las e também descobriremos o que é a gastrite.
O significado do nome Gastrite é “inflamação do estômago”. Ela pode 
ocorrer de duas formas:
Gastrite aguda:
É uma irritação na mucosa do estômago e os principais sintomas são 
vômitos com duração de 24 até 48 horas.
As principais causas da gastrite aguda são: Ingestão de alimentos 
estragados e lixo, fezes, objetos plásticos, cabelo, osso, papéis, certos 
medicamentos que o animal possa ter reação se for alérgico como a aspirina ou 
alguns antibióticos.
Gastrite Crônica:
Seus sintomas são vômitos contínuos com duração de dias ou até 
semanas, você perceberá que seu animal fica com o pêlo sem brilho, e perde 
peso.
Uma das principais causas da gastrite crônica é a alergia alimentar 
(hipersensibilidade) que vamos explicar com detalhes mais a frente, outras são 
o consumo contínuo de remédios, bolas de pêlo, pedaços de borracha, plástico, 
produtos químicos ou toxinas.
Lembrando que a reação de seu cão ou gato comer grama quando 
sente o estômago muito cheio é normal, eles fazem isso para provocar o 
vômito.
Porém se os vômitos persistirem e, principalmente, se o seu cão ou gato 
apresentar diarreia, dor abdominal, ou dificuldade em se alimentar, é 
importante consultar o veterinário imediatamente.
A gastrite aguda ou crônica tem tratamento para controlar ou resolver o 
quadro. Tudo depende do diagnóstico.
O seu veterinário poderá fazer umexame mais a fundo como a 
radiografia, a ultrassonografia e a endoscopia e desta forma conseguirá 
detectar a causa da gastrite e se necessário, realizar a cirurgia, veja abaixo um 
exemplo de endoscopia em cães:
Endoscopia realizada em um cão
Dietas e cuidados pós-cirúrgicos:
Após seu cão ou gato ter passado pela cirurgia gástrica, e voltado ao lar 
tome sempre os seguintes cuidados:
Retire o alimento por um período de 12 a 48 horas (o veterinário irá 
indicar o prazo mais adequado);
Ofereça água em pequenas quantidades, várias vezes ao dia durante as 
primeiras 24 horas;
Se não houver vômitos nas primeiras 24 horas, você pode começar a 
alimentar seu bichinho com uma pequena quantidade de alimento com baixo teor 
de gordura;
Elimine pães, bolos caninos, “ossos” de couro e de palito e petiscos 
industrializados em geral, principalmente os com farinhas e alimentos 
gordurosos;
O ideal é dividir o total da dieta do animal com gastrite em quatro a seis 
refeições ao dia, usando metade do alimento normal ao dia, para facilitar o 
processo digestivo, e ir aumentando gradualmente nos próximos três dias;
Quando a gastrite estiver sob controle, basta uma dieta caseira com 
variações, como uma alimentação natural (vamos abordar este tema e dar
r,-.~1
.
xigenação sanguínea e liberação de gás
carbônico
dicas de como preparar uma alimentação natural mais a frente), de acordo com 
a reação do animal em relação ao alimento;
Em quadros inflamatórios, o consumo de Ômega-3 pode ser de grande 
auxílio. Seu veterinário pode indicar a dosagem correta;
No pós-operatório do trato gastrointestinal usam-se sempre sondas para 
alimentação pela via enteral, que fornece nutrientes para o trato gastrintestinal 
funcional através de sondas nasoesofágicas, faringostomia, esofagostomia,
gastrostomia e de enterostomia (abordaremos detalhadamente 
esse tópico mais adiante na unidade de cuidados com a alimentação)
É o veterinário quem vai dizer quando o seu cão ou gato poderá voltar 
a se alimentar como de costume.
Tudo depende do estado do animal, o tipo de cirurgia que foi submetido, 
órgão acometido e a sua recuperação no pós-operatório.
3.3 – Cirurgia respiratória
Vamos entender como funciona o sistema respiratório do seu animal de 
estimação?
O sistema respiratório desenvolve várias funções dentro do organismo 
animal, uma das mais importantes é relacionada às trocas gasosas, ou seja,
pulmonares. Conheça abaixo o sistema respiratório de um animal:
nos
alvéolos
Pulmões
ldl,tlqt&r tou loprinclp1l
' --of-;~-:-
Sistema respiratório
O sistema respiratório constitui-se, anatomicamente, de narinas, 
coanas, seios paranasais, laringe, traqueia, brônquios principais, brônquios 
segmentares, bronquíolos e alvéolos.
O funcionamento respiratório de um cão ou gato é similar ao humano, tem 
o mesmo propósito.
A seguir trataremos sobre as doenças respiratórias de cães e gatos e como 
tratá-las:
As doenças respiratórias podem ser causadas por bactérias, fungos, 
vírus ou processos alérgicos, e geralmente costumam acontecer mais com os 
gatos.
Existem dois tipos de vírus mais comuns nas doenças respiratórias dos 
gatos, e elas provocam praticamente os mesmos sintomas. São: o “Herpesvírus” 
e o “Calicivírus”.
A rinotraqueíte que é causada pelo “Herpesvírus”, é também 
conhecida como a “gripe do gato”, pois os sintomas são parecidos com os de 
uma gripe.
Os sintomas da gripe felina são:
- Espirros;
- Conjuntivite (podendo ou não ter úlceras na córnea);
- Febre;
- Falta de apetite,
- Tosse;
- Lesões na boca (úlceras);
- Pneumonia.
Os filhotes são mais sensíveis ao vírus e ficam mais debilitados, podendo 
vir a óbito ou ficarem cegos em decorrência das lesões oculares, porém, os 
animais de qualquer idade estão sujeitos a essas doenças.
A maior fonte de infecção é o espirro. Os animais que se recuperam 
tornam-se portadores do vírus, podendo apresentar recaídas frequentes da 
doença, principalmente após períodos de estresse.
Para o controle, deve-se manter o ambiente limpo e desinfetado, com 
pouca circulação de pessoas e o local onde os animais permanecerem, deve ser 
bem ventilado. Os gatos doentes devem ser isolados dos saudáveis. A doença 
não é transmissível para cães ou pessoas.
Já o “Calicivírus” é um vírus que Infecta apenas os felinos, ele pode 
sobreviver por até uma semana, se o ambiente for úmido.
Os sintomas são os mesmos do “Herpesvírus”, o que diferencia é o 
aparecimento de úlceras na boca do gato, observe as manchas causadas pelo 
“Calicivírus”:
A vacina é a melhor forma de prevenção contra os dois tipos de vírus, 
apenas animais saudáveis devem ser vacinados, e a recomendação 
veterinária é que os gatos devem ser vacinados a partir de oito a nove 
semanas de vida contra esses vírus, e a próxima vacina após um ano. Se o seu 
animal já estiver com o vírus, a cura será somente com tratamento.
Não tem como diferenciar qual dos dois vírus está afetando o gato, o 
importante é que ele inicie o mais rápido possível o tratamento. Portanto, assim 
que você observar seu gato com os olhos lacrimejando ou espirrando, leve-o 
imediatamente ao consultório veterinário.
Porém, temos doenças respiratórias que atinge tanto o gato como o cão. 
É o caso da bronquite. O termo bronquite significa inflamação de uma parte do 
trato respiratório ou vias aéreas menores, chamado brônquio.
termo é um pouco relativo. Pois a asma em
O brônquio está localizado n entrada dos
pulmões, é uma ramificação da traqueia que permite o transporte de ar 
para dentro e para fora dos pulmões, observe:
Aparelho respiratório:
CÃO . ...
_
GAT
O
Lañng
e
Pulm
ão
Bronquite crônica é geralmente o termo utilizado para descrever uma 
síndrome respiratória progressiva, caracterizada pelo excesso de secreção de 
muco na árvore brônquica, persistindo por aproximadamente dois meses 
consecutivos.
Uma inflamação nas vias aéreas causa tosse crônica e produção 
excessiva de muco. Como seu cão ou gato não conseguem expectorar 
ocorre um excesso de produção de muco nas vias respiratórias. Sendo 
assim, o diagnóstico de bronquite crônica é geralmente baseado unicamente na 
presença de tosse crônica.
Bronquite felina:
A bronquite nos gatos, também é conhecida como asma, porém 
este pessoas refere-
seprincipalmente a constrição reversível dos músculos das paredes dos 
brônquios.
Já a bronquite está relacionada ao inchaço das paredes do brônquio que 
estreitam a passagem de ar e provocam a obstrução das vias aéreas por 
tampões de muco ou outras secreções.
Observamos que em alguns casos, os gatos possuem realmente a 
asma, e em outros possuem a bronquite. Essa diferença é observada conforme o 
tratamento é realizado.
Bronquite canina:
Geralmente nos cães, a bronquite crônica é provavelmente a doença do 
trato respiratório mais comum. Inicia-se com uma inflamação das vias 
respiratórias, depois leva a tosse crônica e excessiva produção de muco.
É difícil saber se o cão está produzindo excesso de muco, uma vez que 
os cães não conseguem expectorar. Neste caso, nos quadros de tosse crônica, o 
diagnóstico é quase sempre denominado como bronquite.
A bronquite crônica ocorre geralmente em cães pequenos e cães mais 
velhos. Em algumas raças ocorrem com maior frequência, entre elas temos 
Yorkshire, Pequinês, Poodle Toy, Pincher.
Causas e Sinais clínicos
A bronquite pode ser aguda (de curta duração) e associada a lesões 
reversíveis na estrutura das vias respiratórias ou crônica (de longa duração 
geralmente dois a três meses) e associada com mudanças permanentes e 
irreversíveis das vias respiratórias.
A bronquite e a asma podem ocorrer juntas e podem ser causadas por 
infecções bacterianas, alergias ou parasitas, mas em muitos casos é difícil 
descobrir a causa.
Acredita-se que fumaça e agentes poluentes podem causar alergias, 
infecções, inclusive o convívio com fumantes favorecem o aparecimento dos 
sinais clínicos.
Os sinais clínicosmais comuns da bronquite são: tosse constante, 
dificuldade na respiração e sons pulmonares diferentes.
Em algumas situações a tosse pode ser acompanhada de vômitos, 
quando os animais apresentam tosse intensa seguida por ânsia.
A respiração pode ser rápida e exigir esforço, nos casos mais severos pode 
ser ouvido chiados e ruídos com movimentos expiratórios prolongados, além de 
angústia respiratória, cianose (mucosas arroxeadas causadas pela má 
oxigenação) e respiração com a boca aberta (principalmente nos gatos).
Geralmente os cães com bronquite são levados ao veterinário, com 
queixa principal de tosse, que pode ser com produção de catarro ou não. A tosse 
geralmente desenvolve de forma lenta por meses ou até anos.
À medida que a doença evolui, seu animal se torna mais cansado e em 
seguida inicia-se uma tosse incessante. O colapso traqueal pode culminar 
com dificuldade respiratória e síncope (desmaio) em cães durante fases de 
tosse paroxística.
Independente da causa, a inflamação dos brônquios
leva
Tanto a bronquite crônica canina quanto a asma felina, são doenças 
crônicas, que podem ter crises agudas, manifestando dificuldade na 
respiração, após uma crise de tosse.
Diagnóstico
Para diagnosticar um caso de bronquite é feito um histórico de tosse 
crônica com duração de dias ou meses, e também o exame constatando 
alterações características nas radiografias torácicas.
Cada mudança no ambiente do seu animal deve ser analisada, como uma 
nova cama, fumaça de cigarro ou de lareiras, produtos de limpeza ou produtos 
domésticos que contenham perfumes como desodorantes e sprays. Reformas 
recentes e qualquer outra mudança no ambiente pode ser fonte de alérgenos 
(substâncias que causam alergias).
É importante atentar-se que a bronquite crônica é uma doença que dá 
geralmente em cães e gatos velhos, e eles também podem apresentar outras 
doenças que também ocasionam a tosse.
Tratamento
Os tratamentos para a bronquite dependem da causa que uma vez 
descoberta, podem receber tratamentos eficazes.
Para ajudar a reduzir os níveis de estresse, o seu cão ou gato deve estar 
em um ambiente tranquilo e confortável.
ao
espessamento da mucosa e parede das vias aéreas, e secreção de muco. O 
resultado são sinais de tosse e cansaço físico. Portanto a diminuição do 
processo inflamatório é o mais importante no tratamento da bronquite.
O medicamento mais eficaz no tratamento desta doença continua 
sendo os corticoides mesmo que apresentem diversos efeitos colaterais que 
limitam sua utilização.
Os corticoides diminuem a inflamação local e consequentemente 
aliviam a tosse, pois diminuem o estímulo dos nervos sensoriais das vias 
respiratórias que são responsáveis pelo início do quadro de tosse. Além disso, 
eles diminuem a produção de muco.
Nos casos de bronquite crônica não aguda, inicialmente o tratamento se 
dá com medicação via oral conforme prescrição do veterinário até melhora de 
75% dos sinais clínicos, cerca de duas semanas, a seguir é feito o tratamento de 
manutenção.
Havendo necessidade de uma dose altíssima de corticóide via oral, ou que 
o animal apresente efeitos colaterais com a medicação via oral, a opção fica sendo 
corticoides inaláveis, através de bombinhas, elas possuem ação local direta nas 
vias aéreas e acabam proporcionando alívio mais rápido com poucos efeitos 
colaterais.
No caso de uma medicação que precisa ser inalada, não é possível 
conseguir isso tranquilamente com cães e gatos, é necessário o uso de 
câmaras de adaptação que existem na forma comercial
importada (AeroDawg) ou através de uma adaptação com frasco de soro.
Exemplo de um AeroDawg
Forma de Aplicação
Cuidados após cirurgias no Sistema Respiratório
É importante observar a presença de hemorragia, tosse, engasgo ou 
aspiração. Os animais submetidos às cirurgias no trato respiratório devem ser 
rigorosamente monitorados no pós-operatório. É importante ter atenção sempre 
que houver a presença de hemorragia, tosse, engasgo ou aspiração.
Caso o procedimento seja realizado nas vias respiratórias superiores, é 
recomendado manter os animais entubados com sonda endotraqueal através de 
traqueostomia.
Em alguns casos, para evitar infecção bacteriana secundária é feita a 
traqueostomia que é a criação de uma abertura temporária para o interior da 
traquéia, para facilitar o fluxo aéreo de oxigênio através da colocação de uma 
cânula, ela geralmente permanece no animal por um período máximo de dez 
dias de pós-operatório. Através da cânula é fornecido oxigênio suplementar até a 
recuperação do animal.
Outra opção é a oxigenoterapia. Esta deve ser mantida o maior tempo 
possível, enquanto o veterinário achar necessário. Mesmo após a retirada da 
cânula de traqueostomia pode-se deixar o animal no oxigênio através de 
máscara, colar ou cateter nasal até a melhora de sua dificuldade respiratória.
Após a remoção da traqueostomia, limite o movimento do pescoço, não 
utilize coleiras e desestimule a vocalização por duas a quatro semanas.
Ofereça água aproximadamente oito horas após a cirurgia e se não 
ocorrer engasgo, regurgitação ou vômito, dê alimento mole de 18 a 24 horas após 
a operação.
Os alimentos devem ser oferecidos em quantidades pequenas durante 
cinco a sete dias após o procedimento. A partir daí, pode-se retornar 
gradativamente a dieta normal do cão ou gato.
eIndependente do tipo de cirurgia deve-se
usar antibióticos analgésicos após cirurgias do sistema respiratório. O 
período da medicação
fica a critério do veterinário responsável, adotando tempo
necessário conforme a gravidade de cada caso e do paciente.
Mesmo após a recuperação, é importante que o cão ou gato com 
bronquite tenham reavaliações periódicas com o veterinário, pois as doses das 
medicações poderão sofrer ajustes, principalmente se ocorreu lesão 
permanente nas vias respiratórias e a doença é incurável. Mas com tratamento 
clínico adequado, os sinais podem ser amenizados e as lesões brônquicas 
podem ser interrompidas ou reduzidas.
3.4 – Cirurgia ortopédica
Vamos entender quais são os problemas ortopédicos de cães e gatos:
Eles podem ser traumáticos (fraturas rompimento de ligamentos, 
luxações), degenerativos (dificuldade de andar, hérnia de disco), ou 
congênitos e hereditários (má formação óssea).
É importante saber que não são apenas nos casos de fraturas e 
luxações traumáticas (ocorridas após acidentes automobilísticos, chutes, 
brigas, etc.) que se deve procurar um veterinário, mas sim toda vez que houver 
alterações durante as atividades de caminhar, correr, sentar e levantar que 
podem ou não, estar associadas a uma manifestação de dor.
Após ser feita uma avaliação clínica e ortopédica, juntamente com 
exames auxiliares (exames laboratoriais, radiográficos, ultrassonográficos, 
dentre outros) o veterinário chega a um diagnóstico e indica a cirurgia ou o 
tratamento mais adequado ao seu cão ou gato.
Quando seu animal de estimação chegar em casa pode estar 
enfaixado, ou com uma tala. Em qualquer dos casos, o curativo têm de
permanecer limpo e seco. Isso significa ficar fora do chão orvalhado, e fora da 
chuva, poças, lama, tigela de água, piscinas e banhos.
Se estiver chovendo ou o solo estiver molhado quando seu animal de 
estimação tiver que ir para fora para fazer suas necessidades, cubra o 
curativo com um saco plástico e verifique se não há nenhum buraco no saco.
Remova o saco assim que o animal voltar para dentro. Se o curativo ficar 
molhado, ele tem que ser substituído sempre que for necessário o mais rápido 
possível.
Os problemas associados com compressas quentes, talas ou moldes 
podem variar de uma incisão irritada a complicações mais graves, incluindo em 
alguns casos, gangrena que resulta na perda do membro.
Preste atenção para o inchaço acima ou abaixo da cirurgia e avise 
imediatamente para o seu veterinário. Se o curativo (tala) ficar muito apertado, 
o inchaço vaicortar a circulação necessária.
Cheire o local da cirurgia todos os dias. Um odor indica que ele deve ser 
reavaliado pelo veterinário, logo que possível, assim que perceber tal 
mudança.
Para reduzir o inchaço, utilize uma compressa fria após a cirurgia, a cada 
10 a 15 minutos, depois de 4 a 6 horas após a cirurgia. Se você usar gelo, 
certifique-se de tê-lo colocado em um saco plástico e tê-lo enrolado em uma toalha 
para evitar o arrefecimento excessivo.
Talas e gessos só devem ser ajustados pelo veterinário. Algumas talas 
devem ser utilizadas durante várias semanas. Você pode aplicar pó de talco ou 
amido de milho para ajudar a prevenir a ocorrência de lesões, onde a pele é 
friccionada pela tala.
Cuidados em casa depois de qualquer procedimento ortopédico são 
muito importantes. Muitas vezes, após a cirurgia, o animal vai começar a se sentir 
melhor e mais autoconfiante depois que o problema for corrigido.
Normalmente depois de qualquer reparação de fratura ou osteotomia, 
levará vários meses para que os ossos se curem completamente e ainda mais 
para os tecidos moles, como músculos, tendões e ligamentos.
Até que o animal esteja curado, os implantes podem falhar se tensões 
demais forem colocadas sobre eles. Porque animais não entendem isso, eles 
vão tentar usar a perna mais do que deveriam.
Cabe a você fornecer ao seu animal de estimação um ambiente adequado 
em que a cicatrização possa acontecer de forma tranquila.
Um local bem acolchoado, sem correntes de ar seria a área ideal para a 
recuperação. No caso de transporte do animal, o ideal é utilizar caixas de 
transporte.
No caso dos gatos, a caixa de transporte pode ser a mesma utilizada para 
cães de pequeno porte ou pode-se utilizar também das chamadas bolsas de 
transporte.
Caixa de transporte
terapia física pode não ser necessária,
ocasionalmente
Bolsa de transporte
Restringir a atividade de um cão ou gato pode ser um desafio, 
especialmente quando ele começa a se sentir melhor, mas é absolutamente 
necessário, mesmo para filhotes brincalhões.
Muitos animais de estimação preferem estar com as pessoas quando não 
estão se sentindo bem. Alguns vão tentar segui-lo ao redor da casa, subir e 
descer escadas, e assim por diante.
Se você usar uma caixa de transporte para restringir a atividade de seu 
animal, sempre que for para outro local da casa leve-o com você de forma que o 
animal não sinta a necessidade de segui-lo.
Se o seu animal de estimação é incapaz de ser levado para fora para urinar 
ou defecar, deve-se reservar uma área de fácil acesso e de fácil limpeza. As 
escadas devem ser evitadas.
Os gatos devem ser mantidos dentro de casa com uma cama, água 
potável, comida e caixa de areia. Se você tem outros animais de estimação, eles 
também devem ser supervisionados para que não machuquem o animal operado 
enquanto este estiver se recuperando.
Serão feitos exames periodicamente, para monitorar a cicatrização de 
fraturas ou osteotomias e terão de ser tiradas radiografias em algumas das 
visitas de acompanhamento.
Os exames são muito importantes para que quaisquer problemas ou 
complicações possam ser identificados e administrados cedo. Embora a
exercícios
destinados a aumentar a mobilidade e utilização serão indicados pelo médico 
em cada visita.
Uma vez que a cura tenha ocorrido, uma segunda cirurgia pode 
ocasionalmente ser feita para remover os implantes se houver.
Um colar deve impedir que o animal de estimação alcance e consiga 
lamber a incisão. Após o seu animal de estimação fazer a cirurgia, cuidados pós-
operatórios são importantes para segurança e recuperação.
Serão necessários medicamentos para a dor em
algumas circunstâncias, por isso siga as instruções do seu veterinário sobre 
medicamentos. Se o seu cão sente dor, não será capaz de se acalmar e 
descansar, enquanto os gatos são mais propensos a se esconder e parar de comer. 
Sem dor, buscar a cura através da farmacologia, pode ser uma boa alternativa.
Incisões
Como já foi dito no início do curso, Incisões cirúrgicas devem 
permanecer limpas e secas para prevenir uma infecção. É importante observar 
a incisão com frequência até que esteja completamente fechada.
Na verificação devem ser observado, inchaço, pus vermelhidão e febre, o 
odor ruim, falta de pontos, ou cortes. Nunca deixe o seu animal lamber a 
incisão, porque lamber pode provocar infecção, da mesma forma, então cuidado 
para que ele não puxe os pontos. O velho mito de saliva como sendo útil ou ter 
propriedades antibacterianas simplesmente não é verdade.
A incisão pode estar ligeiramente enrugada quando o animal chegar em 
casa, mas deve melhorar e a pele normalizar conforme sua cicatrização. Se isso 
não acontecer, consulte o seu veterinário.
Incisões, geralmente fecham dentro de 7 a 14 dias. Suturas externas, 
grampos, etc., devem ser removidos pelo veterinário. Algumas incisões são 
fechadas com suturas absorvíveis internas, que não necessitam
de remoção. Seu veterinário irá informá-lo sobre a existência de grampos ou 
pontos que exijam remoção.
Fisioterapia (Exercitando seu animal)
A fisioterapia é importante após determinadas cirurgias. Quando o 
veterinário autorizar seu cão a se exercitar, comece aos poucos, com 
caminhadas curtas, não use uma coleira retrátil.
A parte mais difícil do processo de cura é quando o animal começa a se 
sentir melhor e quer correr. Permaneça firme. Estimule sua mente; usando um 
brinquedo interativo que não exige que ele se levante e se mova.
Brinquedos como “ossos” podem manter os cães ativos e distraídos por 
várias horas. Sente-se no chão para ficar com seu animal de estimação.
Modelo de um osso vendido em Pets
A principal coisa a se lembrar é que os nossos animais de estimação não 
têm capacidade de compreender e obedecer as restrições, como você poderia 
receber de seu médico após a cirurgia.
Eles não conseguem entender que determinada atividade pode 
atrapalhar sua recuperação ou causar grandes complicações, e eles não têm 
nenhuma noção sobre qual atividade é aceitável.
Acompanhe a seguir alguns tipos de fisioterapias nesta 
reportagem: Fisioterapia para Cães e Gatos
Quando um cão era submetido a uma cirurgia ortopédica até há poucos 
anos o conselho do veterinário após este ir para casa era de efetuar pouco 
exercício e mantê-lo calmo. Hoje em dia é comum os donos levarem indicações 
de certos exercícios que devem efetuar para mais rapidamente o cão regressar à 
sua forma física.
A fisioterapia começou a ser aplicada na clínica de grandes animais, mais 
concretamente em cavalos no início do anos 70, e era uma mera adaptação 
de técnicas e conhecimentos adquiridos em Medicina Humana.
Porém, nos últimos anos sofreu um desenvolvimento rápido permitindo 
aparecimento de técnicas específicas para pequenos animais,
com resultados, em alguns casos, superiores aos obtidos em seres humanos.
A grande aceitação por parte de Veterinários e Proprietários de Animais é 
potenciada pelo fato de usar técnicas não invasivas no combate a dor, na 
recuperação funcional da região comprometida, na profilaxia de futuras lesões 
articulares, e na melhoria da qualidade de vida do animal.
Tornou-se assim uma técnica auxiliar da Ortopedia. O tipo, o número, as e 
a duração de cada sessão sempre irão depender da patologia do animal e da 
resposta do animal à terapia.
Um exemplo: A Hidroterapia
A hidroterapia como o seu nome indica é um tipo de fisioterapia, que utiliza 
exercícios na água para recuperar ou melhorar a performance de grupos 
musculares. É uma terapia bastante antiga, que nas últimas décadas sofreu um 
impulso maior devido a sua utilização sistemática, basicamente na recuperação de 
deficientes físicos.
É crescente, também, o número de profissionais que indicam este tipo de 
terapia, embora ainda esteja a dar os seus primeiros passos devido aos elevados 
investimentos em formação de pessoal e instalaçõesespecíficas que requer.
É preconizada em quase todos os problemas em que se procura um 
condicionamento ou recuperação da musculatura sem o trauma resultante do 
impacto causado pela corrida na estrutura esquelética. Incluem-se as 
artroses, patologias da coluna, tratamentos pós-cirúrgicos em ortopedia, e, 
principalmente, displasia coxo-femural.
Na maior parte desses problemas, a hidroterapia é
utilizada conjuntamente com outras terapias, inclusive a medicamentosa, 
mas como fisioterapia é considerada a melhor opção.
Em número de casos, a displasia coxo-femural é a patologia mais 
beneficiada pela hidroterapia. O aumento da musculatura da
coxa, associado ao efeito anti-inflamatório causado pela vasodilatação 
devido à temperatura quente da água, melhoram a sintomatologia através do 
fortalecimento da articulação com diminuição sensível da dor.
O resultado do tratamento depende da idade e do grau de displasia. 
Animais jovens, com poucas lesões articulares e não obesos, obterão 
resultados mais rápidos e evidentes.
A água é aquecida para permitir o uso nos períodos frios e não 
comprometer o exercício muscular: Pode ser utilizada desde uma piscina 
normal até os chamados moinhos de água e esteiras adequadas para cães.
Alguns cães com receio da água terão que passar por uma 
adaptação à mesma de forma a efetuarem os exercícios satisfatoriamente e 
sem stress.
Cones com cavalete, exercício de Cinesioterapia
Laser Terapêutico
Na juventude, as mensagens são transmitidas
com
neurônios comunicam-se através de s bstâncias
O cérebro é formado por milhões de células,
cada
Com as modernas técnicas cirúrgicas e os medicamentos usados para 
controle da dor, a maioria dos cães e gatos estarão dispostos para brincar, 
pular e correr em pouco tempo.
Mas lembre-se que é você quem está no comando, portanto, você tem a 
obrigação de cuidar de seu animal de estimação, e estabelecer regras para que 
sua recuperação total seja realizada com sucesso.
E acima de tudo tenha paciência com seu bichinho. Pense em como você 
se sentiria após uma anestesia e cirurgia. Apesar de nossos cães e gatos não 
se queixarem da mesma forma que nós fazemos, eles são tão biologicamente 
complexos quanto nós e sentem dificuldades semelhantes.
3.5 – Neurocirurgias
Como é o funcionamento do cérebro do seu cão ou gato?
uma
aproximadamente com 10 000 neurônios que ligam essas células umas as 
outras. Elas transportam informação em forma de impulsos elétricos. Os
químicas
neurotransmissoras e a velocidade destas transmissões depende de uma 
substância chamada mielina.
grand
evelocidade, mas à medida que o cérebro envelhece, passam a mover-se mais 
devagar. Devido a certas doenças, a mielina pode não se formar corretamente ou 
degenerar; isto resulta em uma função nervosa reduzida.
central do disco intervertebral para além dos s us
limites
A neurologia é responsável pelo diagnóstico e tratamento de doenças que 
afetam o cérebro, coluna, nervos periféricos e músculos.
Cães e gatos sofrem mais de problemas no cérebro, medula espinhal e 
problemas neuromusculares que os humanos. Estes casos incluem uma ampla 
gama de sintomas no cão ou gato como convulsões, incluindo
epilepsia, discos rompidos, lesões na medula espinhal, traumatismo 
craniano, tumores cerebrais, etc. Os sintomas mais comuns são:
Convulsões:
As convulsões atingem cerca de 5% da população canina e são 
consideradas mais raras em gatos.
As convulsões são uma desordem neurológica muito comum em animais 
de estimação. Entender o que é uma convulsão, por que elas ocorrem e como 
tratá-las é o primeiro passo a tomar para o seu animal de estimação levar uma 
vida mais saudável.
Acidentes vasculares (derrames e hemorragias) no cérebro e na 
coluna vertebral:
São condições comuns em animais mais velhos, assim como nas 
pessoas, há muitos fatores de risco que podem levar a acidentes vasculares 
cerebrais nos animais de estimação, tais como hipertensão, doença cardíaca e 
doença renal.
Felizmente, animais de estimação, muitas vezes têm uma boa 
recuperação de um derrame.
O tratamento de um paciente que sofreu um acidente vascular cerebral 
é baseado no tratamento de qualquer doença subjacente, cuidados de suporte, 
enquanto eles se recuperam.
Doença do disco intervertebral:
A doença degenerativa do disco afeta a maioria dos cães com mais 
idade, mais conhecida como hérnia de disco que é a projeção da parte
normais
ocasionados geralmente após traumatismos como queda, acidentes ou 
esforços ao levantar.
Localização de uma Hérnia de disco
Cerca de 30% dos cães em certas raças, como o Dachshund, terá um 
incidente de hérnia de disco em algum momento de sua vida. Esta condição pode 
ser tratada com cirurgia e repouso.
Cão da raça Dachshund
Tumores da coluna vertebral e cérebro:
O câncer de cérebro e coluna vertebral ocorre em cães e gatos com a 
mesma frequência que ocorrem nas pessoas.
Quase todas as modalidades de tratamento que são utilizadas para as 
pessoas estão disponíveis para cães e gatos, incluindo a cirurgia, a terapia de 
radiação e quimioterapia.
Muitos tumores no cérebro e medulas são benignos e podem ser 
tratados com sucesso, independente da idade do animal de estimação.
Embora distúrbios neurológicos, muitas vezes, causem uma grande 
angústia para animais de estimação e proprietários, muitos problemas podem 
ser tratados com grande sucesso.
Existem várias neurocirurgias em cães e gatos, como dorsal, 
procedimentos ventral, fenestração do disco intervertebral, e exploração dos 
nervos periféricos e raízes nervosas.
Teste de diagnóstico
Técnicas de imagem avançadas, como a ressonância magnética (RM) 
permitem que o clínico veja o cérebro e coluna vertebral.
,
,
Ressonância magnética
A análise do fluido da coluna é útil para fazer o diagnóstico de doenças 
inflamatórias do sistema nervoso.
Retirada do líquido cefalorraquidiano
~
Exame de Sangue: O exame de rotina
pode
Testes eletrodiagnósticos são usados para avaliar as funções dos 
nervos e dos músculos.
Exemplo de um eletrodiagnóstico
Exame
O exame neurológico serve para avaliar o comportamento (estado 
mental) do seu cão ou gato, postura e movimentos (andar, correr), nervos 
cranianos e reflexos espinhais.
Um exame neurológico combinado com uma história completa do seu 
animal é muitas vezes suficiente para dizer a equipe de neurologia que parte do 
sistema nervoso foi afetada.
Neurodiagnósticos comuns incluem:
identificar
antecipadamente a doença e é usado para ajudar na preparação para a 
anestesia, que pode ser necessário para os testes de diagnóstico avançado.
Radiografias (raios-x): radiografias podem ser úteis na fase inicial de 
diagnóstico, pois geralmente podem ser realizadas sem anestesia e de forma 
segura.
Imagem por Ressonância Magnética: considerada o "padrão ouro" 
para observar o sistema nervoso. Ela nos permite ver anormalidades físicas do 
cérebro e coluna vertebral, possuindo suas limitações, por exemplo, não 
podemos ver as mudanças moleculares ou microscópicas do sistema nervoso.
A tomografia computadorizada (TC): também pode ser benéfica em 
imagens do sistema nervoso, mas também tem suas limitações. Por exemplo, 
com a tomografia computadorizada, temos excelentes imagens de tecidos 
ósseos, mas o benefício é limitado na avaliação dos tecidos moles do sistema 
nervoso.
apenas com cirurgia. Uma compreensão completa da
doença,
Análise do líquido cefalorraquidiano: Em certos casos, uma análise do 
líquido cefalorraquidiano pode ser indicada. Avaliar o fluido que envolve o 
cérebro e a coluna vertebral pode ajudar no diagnóstico de meningite / 
encefalite (inflamação do sistema nervoso).
Electrodiagnósticos: é usado para avaliar lesões nos músculos e nos 
nervos do seu animal.
Tratamento e Prognóstico:
Tratamentos como a terapia anticonvulsivante, cirurgia da coluna 
vertebral descompressiva e retirada do tumor são procedimentos derotina para 
o grupo de neurologia.
O prognóstico (resultado previsto) depende de muitos fatores, os quais 
todos são considerados, de modo a permitir que as decisões certas sejam 
tomadas.
O Serviço de Neurologia considera que o processo de cura 
começa uma
combinação de cuidado do paciente, conforto e reabilitação física também são 
necessárias para garantir que o seu animal de estimação tenha o melhor resultado 
possível.
Cuidados Pós-neurocirurgias
Após a cirurgia seu animal ficará sendo monitorado nas primeiras 24 
horas, para que seja observada a respiração, problemas de convulsões e a 
administração de medicamentos (analgésicos).
Como em todos os casos pós-cirúrgicos que já vimos, é importante que 
o animal permaneça imóvel e em local confortável.
É importante o uso de fisioterapias no pós-operatório de qualquer 
neurocirurgia após a recuperação cirúrgica do animal, assim como também 
realizar exames neurológicos e radiografias de tempo em tempo até completar 
um ano da operação.
Independente do local onde foi realizada a operação neurocirúrgica é 
importante o uso de antibióticos, anti-inflamatórios, e analgésicos após 
neurocirurgias. O tempo de terapia do seu animal depende muito do veterinário 
e da gravidade do caso da operação realizada em seu cão ou gato.
3.6 - Higiene na troca de curativos
Como já comentado curativo é todo material usado ou aplicado com 
intuito de proteger ou tratar uma ferida, tem como finalidade proporcionar a 
recuperação e a proteção.
Se o seu animal de estimação estiver com um curativo, independente do 
tipo de cirurgia que ele fez você terá que tomar cuidados especiais para evitar 
problemas com a ferida e trocas desnecessárias de curativos.
Antes de fazer o curativo é importante tomar certas precauções para se 
proteger, pois se o seu animal sentir dor, sua reação será de tentar mordê-lo 
mesmo se ele tiver o temperamento dócil.
Para se proteger de possíveis mordidas você pode usar:
Luvas: para proteger de arranhões do seu gato ou mordidas, 
e para fazer o curativo de forma higiênica.
Focinheira: o modelo para gatos cobre toda a face inclusive os 
olhos, já a usada nos cães cobre apenas o focinho. As focinheiras de 
nylon são maleáveis e não machucam.
Mordaça: pode ser improvisado com um pedaço de pano ou cadarço 
de sapato, não tem como fazer uma mordaça se o seu animal de 
estimação for um gato, pois eles têm o focinho curto. Veja abaixo:
Reforçamos que o uso do colar elizabetano é importante em qualquer tipo 
de cirurgia, eles são vendidos em petshops e clínicas veterinárias. Usando o colar 
seu animal não tem como alcançar nenhuma parte do corpo com a boca, mas 
isso não o impede de comer e beber.
No caso do gato outra forma para se proteger é enrolando-o em uma toalha 
ou cobertor e segurar firme junto ao corpo ou uma mesa procurando deixar 
apenas o local a ser feito o curativo exposto.
Veremos agora como fazer o curativo no seu cão ou gato de uma forma 
simples e correta. Para realização do curativo é importante ter em mãos os 
seguintes itens:
Sabão anticéptico (encontrado em farmácias)
Esparadrapo (micropore) 
Soro
Gaze
Água 
 Iodo
Toal
ha
1° passo : Para desinfetar o local, lave o lugar machucado do animal com água 
e sabão anticéptico.
2° passo: seque cuidadosamente com a toalha
3° passo: agora lave com o soro o local machucado, e seque com a gaze.
4° passo: pingue no local machucado uma gota de tintura de lodo
5° passo: junte duas gazes no local machucado
6° passo: coloque um pedaço de esparadrapo do lado das gazes para firmar a 
gaze
Dica: so de micropore n ferida é menos
gressivo que esparadrapo, já que, quando molhado, é mais fácil de ser 
retirado, evitando assim, a depilação de pelo ou o repuxar da pele.
	Curso Cuidados Clínicos no Pós-operatório de Cães e Gatos
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