Buscar

ESTUDO DE CASO analises

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ESTUDO DE CASO
Uma mulher de 45 anos de idade chega ao PS com história de polaciúria (aumento da frequência urinária). A família relata que notou alguns outros sintomas. O médico plantonista solicita uma Urina Tipo 1 de urgência para confirmar suas suspeitas. Imagine a possibilidade de dois quadros diferentes para essa paciente.
Caso 1:A paciente também apresenta disúria e encontra-se gestante no momento. A suspeita do médico é de um quadro de Infecção do Trato Urinário (ITU). Que alterações poderiam ser encontradas na análise física, bioquímica e microscópicado exame de urina que confirmariam a suspeita? Justifique e correlacione os sinais e sintomas clínicos aos achados na urina.
Sintomas de infecção urinária
· Dor para urinar (disúria)
· Aumento da frequência urinária (polaciúria)
· Urgência para urinar
· Odor fétido na urina
· Ardência para urinar
· Sangue na urina (hematúria)
· Necessidade de acordar a noite para urinar (nictúria)
· Dor na região mais baixa do abdome, próximo à bexiga (dor supra-púbica)
· Urina turva 
Nos casos de pielonefrite, em que os rins estão acometidos pela infecção, pode haver febre acima de 38° C, calafrios e dor lombar.
Análise Física
A urina pode ser avaliada pela aparência física (cor, turbidez, odor e volume), chamada também de análise macroscópica. A urina pode variar na cor de amarelo pálido (quase incolor) até amarelo escuro, vermelho, verde ou azul. Algumas medicações também podem alterar a sua coloração, assim como corantes naturais presentes nos alimentos, tais como cenoura e beterraba.
· Levemente amarelada: normal
· Amarelo escuro: baixa ingestão de água, também pode indicar a presença de bilirrubina (responsável pela coloração característica de problemas hepáticos).
· Esbranquiçada: piúria, pode ser um sinal de uma infecção bacteriana ou fúngica do trato urinário.
· Laranja: ingestão de alimentos ricos em betacaroteno (como cenoura), pode indicar doenças no fígado e também uso de certos medicamentos.
· Vermelha/marrom: indica a presença de sangue, hemácias, hemoglobina, mioglobina, porfirinas, excesso de bilirrubinas. Pode estar relacionada a infecção urinária, problemas renais e também no fígado.
· Verde/azul: corantes, medicamentos e contraste utilizados em exames de diagnóstico.
Análise Bioquímica
Esta etapa avalia as propriedades químicas da urina, identificando a ausência ou presença de determinadas substâncias, pH e também densidade. Os mais comumente avaliados são:
· pH: a capacidade ou incapacidade dos rins de secretar ou reabsorver ácidos ou bases. Valores altos ou baixos podem indicar cálculos renais e presença de microrganismos.
· Densidade: capacidade de concentração de substâncias sólidas diluídas na urina. Baixa, pode representar uso excessivo de líquido, até diabetes e hipertensão. Já alta densidade pode ser indicativo de desidratação, insuficiência cardíaca etc.
· Bilirrubina: característico de doenças hepáticas e biliares.
· Urobilinogênio: indica danos ao fígado e distúrbios hemolíticos.
· Corpos cetônicos (cetona): produtos da metabolização das gorduras, comum durante jejum prolongado e pacientes diabéticos.
· Glicose: detecção e monitoramento de diabetes.
· Proteína: relacionada a doenças do trato urinário e renal.
· Sangue: indica hemorragia que atinge o sistema urinário (infecção, cálculo renal etc).
· Nitrito: infecção bacteriana nos rins ou do trato urinário.
· Leucócitos (glóbulos brancos): doença do trato urinário e inflamação renal.
Análise Microscópica
O exame microscópico do sedimento urinário pode revelar a presença de células, cristais minerais e agentes patogênicos, como bactérias ou fungos.
· Leucócitos (glóbulos brancos): indica doença do trato urinário e inflamação renal.
· Hemácias (glóbulos vermelhos): infecções, pedras nos rins e doenças renais graves.
· Células epiteliais: pode estar relacionada a algum problema renal grave, como síndrome nefrótica.
· Cristais: podem indicar cálculos renais.
· Parasitas: infecção por cândida ou protozoários.
· Bactérias ou leveduras: infecção urinária.
O diagnóstico da infecção urinária é realizado em consultório pela escuta das queixas do paciente e pelo exame físico realizado em consultório. A comprovação da infecção é realizada pelo exame de urina e determinação da quantidade de bactérias presentes na amostra coletada. Se o resultado for superior a 100 mil bactérias por mililitro é diagnosticada a infecção urinária. O tipo de bactéria causadora da infecção e o antibiótico apropriado para o tratamento são determinados pela cultura de urina (urocultura).
Caso 2:A paciente apresenta, além de polaciúria, poliúria e polidipsia. O médico suspeitade um quadro de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2). Que alterações poderiam ser encontradas na análise física, química e microscópica da urina tipo 1 que confirmariam a suspeita? Justifique e correlacione os sinais e sintomas clínicos aos achados urinários.
Os sintomas do diabetes tipo 2 incluem:
· Urinar excessivamente
· Sede excessiva
· Fome extrema
· Visão desfocada
· Perda de energia e fadiga extrema
· Dormência e formigamento nas mãos e pés
· Cicatrização lenta de feridas e infecções recorrentes
Muitas pessoas com diabetes tipo 2 permanecem sem conhecimento de sua condição por muito tempo, porque os sintomas não são tão evidentes quanto os do diabetes tipo 1, podendo levar anos até o diagnóstico.
Existem várias formas de diagnosticar o diabetes. Estes são os exames de sangue mais comuns utilizados para diagnosticar a doença:
· Teste de hemoglobina (A1C): Mede a média de açúcar no sangue nos últimos dois a três meses. Para esse exame, não é necessário fazer jejum ou ingerir qualquer bebida especial.
· Teste de glicose plasmática em jejum (FPG): Verifica os chamados "níveis de glicose em jejum". Para fazê-lo, você não deve comer nem beber nada, exceto água, durante oito horas, geralmente à noite, antes de realizar o teste. Normalmente, é agendado para o início do dia, antes do café da manhã.
· Teste oral de tolerância à glicose (OGTT): Testa a resposta do seu corpo à glicose. Para esse exame, é necessário ingerir uma bebida doce especial. Os seus níveis de açúcar no sangue são testados antes e depois de consumir a bebida.
· Teste aleatório de glicose plasmática (RPG): Verifica o nível de açúcar no sangue em um determinado momento do dia, sem qualquer preparação prévia para o teste. Este exame é geralmente realizado quando há outros sinais óbvios de diabetes, como perda de peso injustificada, fadiga extrema e/ou outros sinais.
· geral, os valores dos exames para diabetes estão indicados na tabela a seguir:
	Exame
	Resultado
	Diagnóstico
	Glicemia (glicose) em jejum
	Menor que 99 mg/dl
	Normal
	
	Entre 100 e 125 mg/dL
	Pré-diabetes
	
	Maior que 126 mg/dL
	Diabetes
	Teste de glicemia capilar
	Menor que 200 mg/dL
	Normal
	
	Maior que 200 mg/dL
	Diabetes
	Hemoglobina Glicada
	Menor que 5,7%
	Normal
	
	Maior que 6,5%
	Diabetes
	Teste de Tolerância à Glicose (TOTG)
	Menor que 140 mg/dl
	Normal
	
	Maior que 200 mg/dl
	Diabetes

Outros materiais