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1 ATIVIDADE INDIVIDUAL AVALIATIVA Segunda parte da avaliação 1 (AV 1) – 5,0 pontos. 1.º Questão: (0,5 ponto) “A” obriga-se perante “B” a entregar seu cavalo puro-sangue ou a construir uma ponte, ficando a escolha a critério de “A”. Como “A” não pôde entregar o cavalo, que veio a morrer em razão de incêndio provocado em sua fazenda por um descuido seu, avisa à “B” que construiria a ponte. Meses depois tal ponte seria entregue a “B”, mas caiu em virtude da péssima qualidade do material utilizado por “A”. Diante disso, “A” deverá: a. Pagar o valor da obrigação que se impossibilitou por último, mais perdas e danos que o caso determinar. b. Pagar o valor de qualquer uma das obrigações, além de pagar indenização pelas perdas e danos. c. Pagar apenas a indenização pelos prejuízos causados. d. Obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra. e. Entregar a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos. 2.º Questão: (0,5 ponto) A é credor de B, C, D e E, que são devedores solidários da quantia total de R$ 1.000,00 (um mil reais). B falece e deixa como herdeiros BA e BB. A perdoa a dívida em relação a C e pactua com D uma nova garantia para o crédito. E torna-se insolvente. É correto afirmar em relação a essa obrigação solidária que: a) C é considerado liberado da dívida pelo perdão de A, não sendo responsável, portanto, pela quota de E, que se tornou insolvente, pela qual responderão os herdeiros de B e o devedor D. b) A insolvência de E será suportada pelo credor, que somente poderá exigir dos herdeiros de B e do devedor D o valor total da dívida, subtraídas as parcelas devidas pelos devedores C e E. Disciplina: Direito das Obrigações Docente: Luiz Carlos Secca Turma: 4DIR35A A1 (X) A2 ( ) Aluno(a): Maria Eduarda da Costa Nicodemos Matrícula: 20181105977 Data: 30/04/2020 Nota da Prova: Nota de Trabalho(s): ------------ Nota Final: Orientações: O aluno terá um prazo de uma semana para elaborar as questões objetivas e discursivas. Está autorizada consulta a doutrina, a lei e ao material pedagógico da disciplina. Elabore as questões individualmente e após a conclusão anexe à plataforma na aba “Atividade Individual Avaliativa”. Prazo limite para anexação da avaliação é improrrogável - 30/04/2020. CUIDADO! A ANEXAÇÃO DA PRESENTE AVALIAÇÃO NO FÓRUM TEMÁTICO AVALIATIVO A INVALIDARÁ. 2 c) BA e BB respondem pelo débito, até as forças da herança, sendo rompida a solidariedade com relação a eles e aos demais codevedores, respondendo cada um por sua quota. d) A estipulação entre A e D, de estabelecer nova garantia para o crédito, não terá efeito em relação aos demais devedores, que não poderão ver suas situações agravadas se não manifestaram seu consentimento. 3.º Questão: (2,0 pontos) André, Bolívar, Carlos e Dario tornaram-se devedores solidários (cláusula de solidariedade expressa no instrumento contratual) de Zenóbio pela quantia de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais). Antes do vencimento, André promove um negócio com Zenóbio, através do qual este renuncia à solidariedade de André, recebendo deste a quantia correspondente à sua quota-parte na dívida solidária. Após, ainda anteriormente ao vencimento, é decretada a insolvência de Dario, que restou sem nenhum patrimônio. Não paga a dívida no vencimento, Zenóbio executa Bolívar, que salda o débito, acordando com o credor a dispensa do pagamento de juros, correção monetária e despesas judiciais. Pergunta-se: a) Em ação regressiva Bolívar irá cobrar de quais codevedores? Qual seria o valor devido a ele por esses codevedores? Justifique a resposta. Bolívar poderia exigir dos codevedores R$ 60.000,00. Mas como um dos devedores se tornou insolvente, a parte que lhe cabia na dívida é repartida entre os outros codevedores. Como informa o art. 283, “o devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um a sua quota, dividindo- se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os codevedores”. Assim, pelo débito do insolvente, estão responsáveis o próprio Bolívar, André e Carlos, cada um na quota-parte de R$ 10.000,00. E mais: “no caso de rateio entre os codevedores, contribuirão também os exonerados da solidariedade, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente”. Assim, André ficará responsável por R$ 10.000,00, correspondente à sua quota-parte na de Dario, já que pagou a sua própria parte. Carlos ficará responsável pela sua quota-parte (R$ 30.000,00) e mais R$ 10.000,00 da parte do devedor insolvente, totalizando R$ 40.000,00. b) A dispensa do pagamento de juros, correção monetária e despesas judiciais convencionada entre Zenóbio e Bolívar requer anuência dos demais codevedores? Justifique a resposta. Sim, se a condição ou termo for pactuada após o estabelecimento da obrigação solidária por um dos codevedores, este fato não poderá agravar a posição dos demais, sem consentimento destes com base no Art. 278 do CC “Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento destes.” Ou seja, se não houver anuência dos demais, apenas o que se vinculou a tal ajuste é que arcará com as consequências. 3 4.º Questo: (2,0 pontos) Felipe e Ana, casal de namorados, celebraram contrato de compra e venda com Armando, vendedor, cujo objeto era um carro no valor de R$ 30.000,00, a ser pago em 10 parcelas de R$ 3.000,00, a partir de 1º de agosto de 2016. Em outubro de 2016, Felipe terminou o namoro com Ana. Em novembro, nem Felipe nem Ana realizaram o pagamento da parcela do carro adquirido de Armando. Felipe achava que a responsabilidade era de Ana, pois o carro tinha sido presente pelo seu aniversário. Ana, por sua vez, acreditava que, como Felipe ficou com o carro, não estava mais obrigada a pagar nada, já que ele terminara o relacionamento. Pergunta-se: Tendo sido um presente afastaria a obrigação de Felipe? O fim do namoro desobrigaria a Ana? Armando poderia cobrar a dívida integral a qualquer um dos dois? Justifique a resposta. Não, pois os dois são apenas namorados. Não há casamento ou união estável e muito menos previsão contratual, nem legal, então a solidariedade não pode ser presumida (art 265). Se presume a divisão da obrigação pelo número de devedores, no caso, dois, Felipe e Ana, com base no art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores". Como não foi estipulada solidariedade entre os devedores, o credor poderá cobrar a parte que toca a cada devedor.
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