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PROVA E INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA STJ possuem firme compreensão de que “Sem prévia autorização judicial, são nulas as provas obtidas pela polícia por meio da extração de dados e de conversas registradas no whatsapp presentes no celular do suposto autor de fato delituoso, ainda que o aparelho tenha sido apreendido no momento da prisão em flagrante. Assim, é ilícita a devassa de dados, bem como das conversas de whatsapp, obtidos diretamente pela polícia em celular apreendido no flagrante, sem prévia autorização judicial.” STJ. 6a Turma. RHC 51.531-RO, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 19/4/2016 (Info 583). No âmbito do STF, a questão somente será decida quando do julgamento do ARE 1.042.075. Apesar disso, pela análise das alternativas, infere-se que o Examinador exigiu do candidato o conhecimento acerca do HC 91867, de Relatoria do Ministro Gilmar Mendes, no qual se afirmou que: Não se confundem comunicação telefônica e registros telefônicos, que recebem, inclusive, proteção jurídica distinta. Não se pode interpretar a cláusula do artigo 5º, XII, da CF, no sentido de proteção aos dados enquanto registro, depósito registral. A proteção constitucional é da comunicação de dados e não dos dados. 2.3 Art. 6º do CPP: dever da autoridade policial de proceder à coleta do material comprobatório da prática da infração penal. Ao proceder à pesquisa na agenda eletrônica dos aparelhos devidamente apreendidos, meio material indireto de prova, a autoridade policial, cumprindo o seu mister, buscou, unicamente, colher elementos de informação hábeis a esclarecer a autoria e a materialidade do delito (dessa análise logrou encontrar ligações entre o executor do homicídio e o ora paciente). Verificação que permitiu a orientação inicial da linha investigatória a ser adotada, bem como possibilitou concluir que os aparelhos seriam relevantes para a investigação. (STF, HC 91867, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 24/04/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-185 DIVULG 19-09-2012 PUBLIC 20-09-2012) Na verdade, o arrombamento pode ser comprovado pelas imagens das câmeras de segurança instaladas nas imediações do palco dos fatos, de sorte que, em casos assim, não pode o processo penal andar em descompasso com a realidade, desconsiderar elementos de prova mais modernos, os quais, a propósito, se mostraram capazes de revelar, de forma mais fidedigna, a dinâmica delitiva e as circunstâncias do crime perpetrado. STJ, REsp 1.392.386-RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 3/9/2013, (Info 529). SISTEMAS DE APRECIAÇÃO DAS PROVAS CPP: SISTEMA DE LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO (PERSUAÇÃO RACIONAL) – VERDADE REAL. - VALOR DA PROVA É CONFERIDO AO JUIZ - JUIZ TEM LIBERDADE PARA VALORAR A PROVA (NÃO É SISTEMA TARIFADO). - JUIZ DEVE FUNDAMENTAR SUA DECISÃO COM BASE NAS PROVAS DOS AUTOS. - EXCEÇÃO: SISTEMA DA ÍNTIMA CONVICÇÃO -> TRIBUNAL DE JÚRI (CRIMES CONTRA A VIDA). CORRENTE DA PROVA ILÍCITA PRO RÉU De acordo com os defensores dessa corrente, como o processo penal tem a natureza de proteção ao acusado, advindo do princípio do favor rei, uma prova mesmo que obtida por meio ilícito deverá ser aceita, desde que venha a favorecer o réu. Seria talvez, uma condição de estado de necessidade que se encontraria o réu, sendo que o estado de necessidade por si só elimina a antijuridicidade da conduta, conforme o artigo 23, inciso I. Divisível porque o Juiz pode considerar válida a confissão em relação a apenas algumas de suas partes, e falsa em relação a outras. Retratável porque o réu pode, a qualquer momento, voltar atrás e retirar a confissão. Entretanto, a confissão retratada não perde o seu valor automaticamente, podendo o Juiz considerar sem valor algum a retratação e considerar como digna de valor a confissão. Renan Araujo - Estratégia Art. 200. A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto. Prisão ILEGAL: Cabe Relaxamento Prisão LEGAL: Cabe Revogação A prova obtida por força de interceptação telefônica judicialmente autorizada poderá, a título de prova emprestada, subsidiar denúncia em outro feito que investigue crime apenado com detenção. (Certo) Até mesmo em um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) poderá ser utilizada a prova emprestada obtida por meio de interceptação telefônica. Prorrogável quantas vezes forem necessárias conforme entendimento do STF (art. 5º, lei 9296/96). -> no CPP é 15 +15 INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA: Captação da comunicação telefônica alheia POR TERCEIRO, SEM O CONHECIMENTO de nenhum dos comunicadores. ESCUTA TELEFÔNICA: Captação da comunicação telefônica POR TERCEIRO, COM O CONHECIMENTO de um dos comunicadores. GRAVAÇÃO CLANDESTINA: É a gravação da comunicação telefônica por um dos comunicadores (autogravação). É clandestina porque feita sem o conhecimento do outro, mas são meios lícitos de prova. COMUNICAÇÃO AMBIENTAL: Conversa mantida entre duas pessoas, sem a utilização de telefone, em qualquer recinto, público ou privado. INTERCEPTAÇÃO AMBIENTAL: Captação da comunicação no próprio ambiente dela, POR TERCEIRO, SEM O CONHECIMENTO dos comunicadores. Tem a mesma substância da interceptação telefônica. Ex.: filmagem de indivíduos comercializando drogas em praça da cidade. ESCUTA AMBIENTAL: Captação de uma comunicação, no ambiente dela, feita POR TERCEIRO, COM O CONHECIMENTO de um dos comunicadores. Ex.: cidadão vítima de concussão que, com o auxílio da polícia, grava o exato momento em que funcionário público exige vantagem indevida para si em razão de sua função. GRAVAÇÃO AMBIENTAL: Captação no ambienta da comunicação feita por um dos comunicadores A CPI pode, por autoridade própria, ou seja, sem a necessidade de qualquer intervenção judicial, sempre por decisão fundamentada e motivada, observadas todas as formalidades legais, determinar a quebra do sigilo fiscal, bancário e de dados, neste último caso, destaquem-se o sigilo dos dados telefônicos. 18/04 Prazo Processual - em dias corridos não contando o inicial. Art. 798. CPP Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, não se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado. § 1º Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento. § 3º O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á prorrogado até o dia útil imediato. Prazo Penal Material - em dias corridos contando o dia de início Art. 10 CP - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. LEI PROCESSUAL NO TEMPO -Art. 2. -> aplicar-se-á desde logo (tempus regit actum) - Não prejudica a validade dos atos realizados sob a lei anterior (não retroage) -> Princípio do efeito imediato (mesmo mais gravosa e em tramitação). EXCEÇÃO: Lei processual que altera prazo prescricional. - Adota sistema do isolamento dos atos processuais (e não o Sistema da Unidade Processual). - O princípio da absoluta territorialidade se aplica ao DIREITO PROCESSUAL PENAL; - O princípio da territorialidade temperada se aplica ao DIREITO PENAL (extraterritorialidade e intraterritorialidade). Art. 3o A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. Fonte formal mediata/indireta Fonte Material (QUEM produziu a norma) CPP: União legislar sobre direito processual penal Fonte Formal (COMO foi feita a norma) CPP: 1. Imediata (Direta): Lei em sentido amplo (CF, legislação infraconstitucional, tratados e regras de direito internacional). 2. Mediata (indireta): Princípios gerais do direito, analogia, costumes, doutrina, direito comparado e jurisprudência. DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias. (CPP/1941) comentários: 1. embora o examinador nãomencione crimes afiançaveis expressamente no item, salvo melhor juízo, devemos considerar implícita tal informação, visto que não há crime funcional previsto no rol de crimes inafiancáveis: racismo, crimes hediondos e equiparados (tráfico de entorpecentes****, terrorismo e tortura) e os crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. 2. um dos traços mais marcantes do procedimento para apurar crime de responsabilidade de funcionário público, trata-se do fato de que, antes de receber a denúncia, o Juiz deve notificar o funcionário público para que este se manifeste por escrito, no prazo de 15d. FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO IP 1. Ação Penal Pública Incondicionada · Ex oficio · Requisiçao do MP ou Juiz · Requerimento da vítima · APF (auto de prisão em flagrante) 2. Ação Penal Pública Condicionada · Representação da vítima · Requisiçao do MP ou Juiz · Requisição do Ministro da Justiça · APF 3. Ação Penal Privada · Requisiçao do MP ou Juiz · Requerimento da vítima · APF
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