Buscar

CONTABILIDADE AVANÇADA II Normas Brasileiras e Internacionais de Contabilidade (2)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

CONTABILIDADE AVANÇADA II
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Profº Andrio Dutra
CONTEÚDO
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE
NORMAIS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE - IFRS
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
Desde final de 1985 vimos, os profissionais de contabilidade, trabalham pela centralização, em uma única entidade, da emissão das normas contábeis no Brasil.
A existência da Lei (das Sociedades por Ações), se por um lado foi a maior alavanca para a melhoria da Contabilidade no Brasil nas últimas décadas, com o decorrer do tempo levou a uma situação de camisa de força que impediu a evolução, principalmente rumo às Normas Internacionais de Contabilidade.
E tudo piorou quando no parágrafo segundo do seu art. 177 não produziu os frutos que levaram à sua introdução nessa Lei de no 6.404/76, criado para separar a contabilidade fiscal da societária.
Assim, obrigou ao surgimento do LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real (tributável). Apresentando todas as diferenças entre a contabilidade societária e a fiscal registradas nesse livro.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
Além disso, temos, no Brasil, a CVM com poderes legais para introduzir novos padrões de contabilidade, e o Banco Central também, além de agências reguladoras, fiscalizadoras e mesmo associações de profissionais que, mesmo sem autorizações legais expressas na quase totalidade das vezes, vinham emitindo normas nessa área. 
Assim, o problema é que, infelizmente, muitas delas acabaram, conflitando entre si e isso ainda vem ocorrendo, porque o Banco Central não está totalmente emparelhado com o CPC.
O caso da então Secretaria da Receita Federal era todo especial: além de exemplos conhecidos de normas fora da prática contábil mais recomendada, possuía uma extraordinária influência indireta que levava as empresas a abandonar a melhor contabilidade para não ter que, com isso, adiantar pagamento de tributos.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
Isso ocorria, por exemplo, com a obrigação da contabilização da depreciação: para sua dedutibilidade fiscal, precisava contabilizá-la.
E se o valor estivesse dentro dos limites aceitos pelo fisco, poderia, se registrada, deduzi-la fiscalmente, mesmo quando tais valores fossem maiores que os economicamente devidos. 
Se a entidade registrasse valor menor do que o permitido fiscalmente, porque considerava esse valor mais representativo da efetiva realidade, perdia o direito à dedutibilidade da diferença, nesse período, da parcela não contabilizada – era impedido o uso do LALUR para ajustes como esses.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
Outros exemplos existiam como no caso de produtos agrícolas avaliados a mercado, operações de leasing financeiro, provisões não dedutíveis, entre outras.
Com isso, reconhecemos que não havia uma interferência fiscal direta obrigando as empresas a não utilizarem os critérios contábeis de melhor qualidade, mas havia, certamente, uma influência indireta pelas razões dadas.
Por isso vimos, há mais de 20 anos, “brigando” pela modificação dessa situação que tem trazido tantos custos para os elaboradores da informação contábil, constrangimento para os contadores e auditores, dificuldades para os analistas e, pior, riscos para os tomadores de decisões, quer credores, investidores minoritários, controladores, etc. 
Porque recebiam demonstrações contábeis não elaboradas segundo as melhores disposições técnicas conhecidas.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
E, quando por causa de todas essas amarras, inclusive legais, nos distanciamos do resto do mundo, vimos aumentar o custo de estrangeiros investindo em nosso País, o custo de nossas empresas investirem no exterior, o custo de tomarmos empréstimos ou outra forma de crédito.
Vimos nossa profissão ser olhada com certas ressalvas pela sociedade.
Vimos tantos gastos para produzir algo que tantas vezes simplesmente não adicionava valor a qualquer usuário. 
E vimos países também emergentes correndo muito mais em direção a uma situação tão diferenciada de nós. 
Fora o caso de nossas empresas que investem no exterior tendo que converter demonstrações elaboradas por suas controladas no exterior para os nossos critérios, muitas vezes com perda de qualidade da informação.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
Por isso a absoluta necessidade de termos uma única normatização contábil no Brasil, suportada legalmente, mas não limitada por esse vínculo, e caminhando rumo a uma única Contabilidade mundial.
E, hoje, esse encaminhamento a uma norma única mundial se dá pela convergência às Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo IASB – International Accounting Standards Board, às quais a União Europeia está totalmente aderente e tantos outros países no mundo também para elas caminham, totalizando mais de uma centena.
Há inclusive todo um processo para uma convergência entre essas normas e as norte-americanas, o que será, de fato, o melhor dos mundos para nós, Contadores.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
Não que essas normas sejam a única verdade, não que não tenham falhas, não que precisemos simplesmente aceitá-las sem qualquer crítica. 
Mas porque são, no seu conjunto, efetivamente mais evoluídas do que as nossas. 
Precisamos inclusive forçar nossa participação nesse processo da geração de tais normas internacionais para levarmos nossa experiência, nossas propostas, nossas críticas e conseguirmos influenciar no processo de sua contínua melhoria, sem criarmos informações divergentes para os mesmos fatos e transações.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
E um importante passo, no Brasil, foi dado pela criação do CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Depois de duas décadas, seis entidades não governamentais entraram em acordo, uniram-se, e pediram a formalização do Comitê.
CFC – Conselho Federal de Contabilidade;
APIMEC NACIONAL – Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais;
ABRASCA – Associação Brasileira das Companhias Abertas;
BMeFBOVESPA – Bolsa de Mercadorias, Valores e Futuros;
FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras; e
IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil.
Emitiram a Resolução nº 1.055/05, criando esse Comitê.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
Esse modelo brasileiro acompanha aquele que mais resultado tem produzido no mundo: juntam-se os preparadores (profissionais e empresas) da informação contábil, os auditores independentes dessa informação, os analistas e usuários, os intermediários e a academia para juntos, inclusive nos conflitos de seus legítimos interesses, produzir uma única norma.
Além do mais, no Brasil, esse nascimento do CPC se deu sob o formal, expresso e forte apoio das autarquias governamentais CVM e BACEN, bem como com a concordância do Ministério da Fazenda.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
Inclusive aquelas duas autarquias, CVM e Banco Central e mais a SUSEP – Superintendência dos Seguros Privados e a RFB – Secretaria da Receita Federal Brasileira e mais recentemente a FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos e a CNI – Confederação Nacional da Indústria são membros permanentemente convidados às reuniões do CPC, bem como serão convidadas outras entidades nas discussões de temas específicos (ANATEL, ANEEL, SPC, ANS, ANP, entre outros), bem como algumas dessas e outras entidades poderão também vir a ser convidadas para membros efetivos do Comitê.
A única restrição é a necessidade de a maioria das pessoas físicas componentes do CPC serem Contadores devidamente habilitados e registrados.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
Outro ponto interessante: no Brasil, nossa Constituição impede que órgãos governamentais deleguem funções a outras instituições. 
Assim, não será possível termos o que ocorre em outros países, com os órgãos federais de controle simplesmente deliberando por delegar seu poder de emitir normas a seus “CPCs”(FASB, IASB, entre outros).
Assim, o processo acordado no Brasil é o de o CPC, primeiramente, emitir seu Pronunciamento Técnico, após discussão com as entidades envolvidas e audiência pública.
Posteriormente, tem-se o órgão público (CVM, BACEN, SUSEP, etc) ou mesmo privado (CFC, etc) emitindo sua própria resolução, acatando e determinando o seguimento desse Pronunciamento do CPC.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
CPC emite seu Pronunciamento Técnico, após discussão com as entidades envolvidas e audiência pública; e
O órgão público (CVM, BACEN, SUSEP, etc) ou mesmo privado (CFC, etc) emitindo sua própria resolução, acatando e determinando o seguimento desse Pronunciamento do CPC.
Assim fica o Pronunciamento transformado em “norma” a ser seguida pelos que estiverem subordinados a tais órgãos.
Com isso, a CVM, por exemplo, emite sua Deliberação aprovando o Pronunciamento do CPC.
O próprio CFC emite sua Resolução fazendo o mesmo, idem com o BACEN, a SUSEP etc.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
Estamos, em uma nova fase, quase de civilidade até, no Brasil, que precisamos apoiar, incentivar e com ele colaborar.
O CPC possui quatro Coordenadorias (de Operações, Técnica, de Relações Institucionais e de Relações Internacionais) e tem seu site próprio www.cpc.org.br.
Participe das audiências públicas, dando suas sugestões, oferecendo críticas, apresentando colaborações, e apoie esse órgão que vem elevando enormemente a qualidade da nossa Contabilidade.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
PRONUNCIAMENTOS TÉCNICOS
CPC “00” – “Pronunciamento Conceitual Básico (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil- Financeiro” (“Framework” – IASB);
CPC 01 (R1) – “Redução ao Valor Recuperável de Ativos” (IAS 36) – “Impairment”;
CPC 02 (R2) – “Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis” (IAS 21);
CPC 03 (R2) – “Demonstração dos Fluxos de Caixa” (IAS 7);
CPC 04 (R1) – “Ativo Intangível” (IAS 38);
CPC 05 (R1) – “Divulgação sobre Partes Relacionadas” (IAS 24);
CPC 06 (R1) – “Operações de Arrendamento Mercantil” (IAS 17);
CPC 07 (R1) – “Subvenção e Assistência Governamentais” (IAS 20);
CPC 08 (R1) – “Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários” (IAS 39)
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
PRONUNCIAMENTOS TÉCNICOS
CPC 09 – “Demonstração do Valor Adicionado”;
CPC 10 (R1) – “Pagamento Baseado em Ações” (IFRS 2);
CPC 11 – “Contratos de Seguro” (IFRS 4);
CPC 12 – “Ajuste a Valor Presente”;
CPC 13 – “Adoção inicial da Lei no 11.638/07 e da Medida Provisória no 449/08” (válido só para 2008);
CPC 14 – “Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação” – fase I (IAS 39, IAS 32 e IFRS 7 – partes) – revogado a partir de 2010, transformado na OCPC 03;
CPC 15 (R1) – “Combinação de Negócios” (IFRS 3);
CPC 16 (R1) – “Estoques” (IAS 2);
CPC 17 (R1) – “Contratos de Construção” (IAS 11);
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
PRONUNCIAMENTOS TÉCNICOS
CPC 18 (R2) – “Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto” (IAS 28);
CPC 19 (R2) – “Negócios em Conjunto” (IFRS 11);
CPC 20 (R1) – “Custos de Empréstimos” (IAS 23);
CPC 21 (R1) – “Demonstração Intermediária” (IAS 34);
CPC 22 – “Informações por Segmento” (IFRS 8);
CPC 23 – “Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro” (IAS 8);
CPC 24 – “Evento Subsequente” (IAS 10);
CPC 25 – “Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes” (IAS 37);
CPC 26 (R1) – “Apresentação das Demonstrações Contábeis” (IAS 1);
CPC 27 – “Ativo Imobilizado” (IAS 16);
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
PRONUNCIAMENTOS TÉCNICOS
CPC 28 – “Propriedade para Investimento” (IAS 40);
CPC 29 – “Ativo Biológico e Produto Agrícola” (IAS 41);
CPC 30 (R1) – “Receitas” (IAS 18); 
CPC 31 – “Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada” (IFRS 5);
CPC 32 – “Tributos sobre o Lucro” (IAS 12);
CPC 33 (R1) – “Benefícios a Empregados” (IAS 19);
CPC 35 (R2) – “Demonstrações Separadas” (IAS 27);
CPC 36 (R3) – “Demonstrações Consolidadas” (IFRS 10);
CPC 37 (R1) – “Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade” (IFRS 1);
CPC 38 – “Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração” (IAS 39);
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
PRONUNCIAMENTOS TÉCNICOS
CPC 39 – “Instrumentos Financeiros: Apresentação” (IAS 32);
CPC 40 (R1) – “Instrumentos Financeiros: Evidenciação” (IFRS 7);
CPC 41 – “Resultado por Ação” (IAS 33);
CPC 43 (R1) – “Adoção inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 41”;
CPC 44 – Demonstrações Combinadas;
CPC 45 – “Divulgação de Participações em Outras Entidades” (IFRS 12);
CPC 46 – “Mensuração do Valor Justo” (IFRS 13);
CPC 47 – “Receita de Contrato com Cliente” (IFRS 15);
CPC 48 – “Instrumentos Financeiros” (IFRS 9); 
Pronunciamento Técnico PME – “Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas” (IFRS for SMEs).
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
INTERPRETAÇÕES TÉCNICAS
ICPC 01 (R1) – “Contratos de Concessão” (IFRIC 12);
ICPC 02 – “Contrato de Construção do Setor Imobiliário” (IFRIC 15);
ICPC 03 –“Aspectos Complementares das Operações de Arrendamento Mercantil” (IFRIC 4, SIC 15 e SIC 27);
ICPC 04 – “Alcance do Pronunciamento Técnico CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações” (IFRIC 8);
ICPC 05 – “Pronunciamento Técnico CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações – Transações de Ações do Grupo e em Tesouraria” (IFRIC 11); 
ICPC 06 – “Hedge de Investimento Líquido em Operação no Exterior” (IFRIC 16);
ICPC 07 – “Distribuição de Lucros In Natura” (IFRIC 17);
ICPC 08 (R1) – “Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos”; 
ICPC 09 (R2) – “Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial”;
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
INTERPRETAÇÕES TÉCNICAS
ICPC 10 – “Interpretação Sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e à Propriedade para Investimento dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43”;
ICPC 11 – “Recebimento em Transferência de Ativos de Clientes” (IFRIC 18);
ICPC 12 – “Mudanças em Passivos por Desativação, Restauração e Outros Passivos Similares” (IFRIC 1);
ICPC 13 – “Direitos a Participações Decorrentes de Fundos de Desativação, Restauração e Reabilitação Ambiental” (IFRIC 5);
ICPC 14 – “Cotas de Cooperados em Entidades Cooperativas e Instrumentos Similares” (IFRIC 2);
ICPC 15 – “Passivo Decorrente de Participação em um Mercado Específico – Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos” (IFRIC 6);
ICPC 16 – “Extinção de Passivos Financeiros com Instrumentos Patrimoniais” (IFRIC 9);
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
INTERPRETAÇÕES TÉCNICAS
ICPC 17 – “Contratos de Concessão: Evidenciação” (SIC 29);
ICPC 18 – “Custo de Remoção de Estéril (stripping) de Minas de Superfície na Fase de Produção” (IFRIC 20);
ICPC 19 – “Tributos” (IFRIC 21);
ICPC 20 – “Limite de Ativo de Benefício Definido, Requisitos de Custeio (Funding) Mínimo e sua Interação” (IFRIC 14);
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
ORIENTAÇÕES
OCPC 01 (R1) – “Entidades de Incorporação Imobiliária”;
OCPC 02 – “Esclarecimentos sobre as Demonstrações Contábeis de 2008” (BR) – válido só para 2008;
OCPC 03 – “Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação”;
OCPC 04 –“Aplicação da Interpretação Técnica ICPC 02 às Entidades de Incorporação Imobiliárias Brasileiras”;
OCPC 05 – “Contratos de Concessão”;
OCPC 06 – “Apresentação de Informações Financeiras Pro Forma”;
OCPC 07 – “Evidenciação na Divulgação dos Relatórios Contábil-Financeiros de Propósito Geral”;
OCPC 08 – “Reconhecimento de Determinados Ativos e Passivos nos Relatórios Contábil-Financeiros de Propósito Geral das Distribuidoras de Energia Elétrica emitidos de acordo com as Normas Brasileiras e Internacionais de Contabilidade”.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
REVISÕES
Um pronunciamento CPC pode, além de ser substituído poroutro, sofrer alterações por distintas razões. As principais delas são as seguintes:
Alterações por consequência de uma nova norma emitida: é comum que quando o CPC emite uma nova norma, por exemplo, isso tenha impacto em outras normas que, muito embora não tenham sido objeto específico de qualquer modificação, devem ser atualizadas à luz da nova norma emitida. Existindo interdependência entre as normas, as conexões precisam ser revistas sempre que uma nova norma (ou uma modificação em uma norma existente) seja emitida.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
REVISÕES
Ciclos de melhoria: o IASB, e por consequência o CPC também, procede a diversas melhorias que vão sendo identificadas nas normas à medida que seu uso indica essas oportunidades. Em se tratando de assuntos não urgentes, eles são geralmente aglutinados em ciclos de revisão periódicos e publicados de uma só vez de tempos em tempos, modificando geralmente diversas normas de uma só vez.
Modificações de escopo limitado: geralmente como resultado da avaliação do Comitê de Interpretações das IFRS, pode ser identificada a necessidade de uma alteração limitada em uma norma, sem a necessidade de emissão de uma interpretação, que no Brasil é acolhida por meio das ICPC. Nesses casos em que uma ICPC não é necessária, modificação de escopo limitado pode ser emitida, revisando e alterando uma norma existente de sorte a promover sua aplicação consistente.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
RELAÇÃO ENTRE OS DOCUMENTOS EMITIDOS PELO CPC E PELO IASB
Os Pronunciamentos, as Interpretações e as Orientações emanadas do CPC são, basicamente, traduções das normas internacionais, com raras adaptações de linguagem e de algumas situações específicas.
Também em raras situações ocorre o seguinte: uma das alternativas dadas pela norma internacional não é aqui reconhecida, normalmente por problemas legais. 
Por exemplo, não podemos adotar a reavaliação. Ou então, no caso da demonstração do resultado abrangente, o IASB permite que seja divulgada uma única demonstração, juntando a do resultado com a dos outros resultados abrangentes, mas por força da nossa Lei, o CPC aceitou apenas a alternativa de exibição em duas alternativas.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC
RELAÇÃO ENTRE OS DOCUMENTOS EMITIDOS PELO CPC E PELO IASB
Todavia, não existe uma única determinação do CPC que não esteja abrigada pelas normas internacionais, com a única exceção de que as normas do IASB não reconhecem o balanço individual com investimento em controlada, obrigando a sua substituição pelo consolidado, mas nós, no Brasil, somos obrigados, por lei, a ter esse balanço individual.
Assim, não há, genuinamente, um conflito, e sim uma demonstração não referenciada pelo IASB. 
Também deve ser destacada a Demonstração do Valor Adicionado que foi tornada obrigatória para as companhias abertas, pela Lei, e para as demais sociedades, por Resolução do CFC, mesmo não sendo especificamente prevista nas normas do IASB.
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE
PROMULGAÇÃO DAS LEIS Nº11.638/07, 11.941/09 E 12.973/14 E A INDEPENDÊNCIA DA CONTABILIDADE BRASILEIRA
A partir do Projeto de Lei nº 3.741/00 entregue ao Ministério da Fazenda, aprovado no final de 2007, houve um marco histórico para a independência da contabilidade no Brasil.
Essa Lei, alterando a de nº 6.404/76, a Lei das S.A., foi a grande mudança que propiciou condições para a convergência às normas internacionais de contabilidade. 
O texto legal não só determinou essa convergência como produziu alterações na Lei que impediam a adoção de várias dessas normas internacionais. 
Além disso, fez expressa menção à figura do CPC e, o mais fundamental de tudo, determinou, de forma enfática, a segregação entre Contabilidade para fins de Demonstrações Contábeis e Contabilidade para fins Fiscais.
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE
PROMULGAÇÃO DAS LEIS Nº11.638/07, 11.941/09 E 12.973/14 E A INDEPENDÊNCIA DA CONTABILIDADE BRASILEIRA
Mudou o conceito de ativo imobilizado, ao admitir que sejam nesse grupo registrados aqueles que, mesmo não sendo de propriedade jurídica da empresa, estão sob seu controle, sendo dessa empresa os benefícios e os riscos advindos de seu controle. 
Essa foi a abertura que passou a permitir a figura da Prevalência da Essência sobre a Forma, conceito fundamental para uma boa Contabilidade, rica e informativa aos administradores da entidade, aos investidores, aos credores, aos empregados, ao governo, à sociedade em geral.
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE
PROMULGAÇÃO DAS LEIS Nº11.638/07, 11.941/09 E 12.973/14 E A INDEPENDÊNCIA DA CONTABILIDADE BRASILEIRA
Após edição dessa Lei no final de 2007, surgiram dois pontos: o projeto de lei havia demorado tantos anos para ser aprovado que, quando saiu, saiu defasado.
Era já necessária uma série de outras modificações na Lei das S.A. porque as normas lá fora tinham avançado. 
Assim, saiu a Medida Provisória nº 449/08, depois convertida integralmente em lei dentro da Lei nº 11.941/09, que produziu alguns complementos de modificação à Lei das S.A., como a extinção do ativo diferido e dos resultados de exercícios futuros e outras.
O segundo ponto foi a formalização, agora do ponto de vista tributário, e não societário, da desvinculação entre Fisco e Contabilidade, com a criação do Regime Transitório de Tributação (RTT).
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE
PROMULGAÇÃO DAS LEIS Nº11.638/07, 11.941/09 E 12.973/14 E A INDEPENDÊNCIA DA CONTABILIDADE BRASILEIRA
A partir dessas legislações passou a ser possível praticar-se, de fato, Contabilidade no Brasil sem influências diretas ou indiretas de natureza fiscal, com a Secretaria da Receita Federal Brasileira passando a ser enorme parceira da evolução contábil.
De agora em diante, trabalham juntas, as normas contábeis e as normas fiscais, mas cada uma seguindo seu caminho.
Nenhuma norma contábil nova, convergente às internacionais, provoca qualquer efeito tributário, aumentando ou reduzindo tributos, sem que haja uma outra norma de natureza fiscal para fazê-lo. Não saindo essa nova norma tributária, prevalece a que existia anteriormente.
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE
PROMULGAÇÃO DAS LEIS Nº11.638/07, 11.941/09 E 12.973/14 E A INDEPENDÊNCIA DA CONTABILIDADE BRASILEIRA
Por outro lado, se o Fisco determinar uma nova forma de apropriação de receita ou despesa para fins próprios, isso não tem automática aplicação na Contabilidade, sem que saia uma nova norma contábil. 
E todas essas diferenças são controladas no ECD, ECF, entre outros.
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE
As normas internacionais de contabilidade emitidas pelo IASB foram implementadas no Brasil pelo CPC e pelos órgãos reguladores brasileiros, principalmente pela CVM e pelo CFC. Elas têm algumas características básicas:
São baseadas muito mais em princípios do que em regras: 
	Elas são razoavelmente detalhadas, mas não têm necessariamente resposta para todas as dúvidas. 
	Preocupam-se muito mais em dar a filosofia, os princípios básicos a serem seguidos pelo raciocínio contábil. 
	Apesar de que, na prática, esse balanceamento entre princípio e regra seja muito difícil, essa é a filosofia básica do IASB.
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE
	O costume nosso de querermos tudo com base em regras, aliás muito difundido em outros países também, tem sido a morte da profissão contábil, porque nos acostumamos simplesmente a cumprir o que é determinado, sem grandes análises e julgamentos. 
	O uso de princípios, ao invés de regras, obriga, é claro, a maior julgamento e a maior análise, exigindo maior preparação, mas, por outro lado, permite que se produzam informações contábeis com muito maior qualidade e utilidade, dependendo, é claro, da qualidade com que o contabilista exerça sua profissão.
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE
São baseadas na Prevalência da Essência sobre a Forma:
	Isso significa que, antes de qualquer procedimento, o profissional que contabiliza, bem como o queaudita devem, antes de mais nada, conhecer muito bem a operação a ser contabilizada e as circunstâncias que a cercam. 
	Assim, não basta simplesmente contabilizar o que está escrito. É necessário ter certeza de que o documento formal represente, de fato, a essência econômica dos fatos sendo registrados.
	Assim, se a empresa está vendendo um imóvel para alguém, comprometendo-se a alugá-lo e recomprá-lo daqui a quatro anos, quando o empréstimo estiver pago, é necessário analisar e verificar se, ao invés de uma venda, um contrato de aluguel e uma recompra, o que está ocorrendo, na verdade, não é uma operação de empréstimo em que o imóvel esteja sendo dado como garantia. 
	Com isso, o registro contábil deverá seguir a essência, e não a forma, se esta não representar bem a realidade da operação.
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE
	A consolidação de balanços é também uma forma de prevalência da essência sobre a forma, provavelmente a experiência mais antiga da Contabilidade: juntam-se os balanços e produz-se uma informação como se as várias entidades, controladora e controladas, fossem uma só.
	Ou seja, representa-se a entidade econômica, e não a entidade jurídica.
	E é tão relevante essa informação (a consolidada) que somente ela é, basicamente, a utilizada no mercado financeiro mundial hoje em dia. 
	No caso dos norte-americanos, é a única informação disponibilizada publicamente.
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE
O exemplo do leasing financeiro é outro exemplo clássico da prevalência da essência sobre a forma.
Esse conceito fundamental tem, é claro, seus problemas, porque exige do profissional conhecimentos de gestão, de economia, de direito, de negócios em geral, da empresa, das transações que ela pratica, da terminologia envolvida, etc. 
Por isso precisa ele estar sempre atualizado e cercando-se de cuidados para obter todo o conhecimento necessário. 
E exige dele também julgamento, bom senso e coragem de representar a realidade, o que é sua obrigação mais importante, por sinal.
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE
Essência sobre a forma não significa arbitrariedade a qualquer gosto, disponibilidade para fazer o que se acha deva ser feito, etc. 
É preciso muita cautela, julgamento e bom senso, mas também é preciso que se registre, e bem claramente, todas as razões pelas quais se chegou à conclusão de que a essência não está bem representada formalmente.
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE
São muito mais importantes os conceitos de controle, de obtenção de benefícios e de incorrência em riscos do que a propriedade jurídica para registro de ativos, passivos, receitas e despesas:
o próprio conceito de essência sobre a forma já induz a essa consequência, tratando-se de um complemento fundamental.
Assim, se uma entidade vende sua carteira de recebíveis, mas se obriga a repor qualquer título com inadimplência, continua mantendo todos os ônus e riscos dessa carteira.
De fato não a terá vendido, terá, isso sim, efetuado um empréstimo e dado a carteira como garantia, obrigando-se a recompô-la quando necessário.
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE
É o caso, inclusive, do desconto de duplicatas no Brasil, que é, por causa disso, um empréstimo com as duplicatas dadas em garantia, e não uma efetiva venda de duplicatas. Daí estarmos mudando sua contabilização. 
Veja-se, inclusive, o novo conceito de ativo imobilizado dado pela Lei das S.A., conforme alteração dada pela Lei nº 11.638/07, onde prevalece a figura da transferência do controle, dos riscos e dos benefícios, e não da titularidade jurídica.
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE
A Contabilidade passa a ser de toda a empresa, não só do Contador:
Apesar de parecer isso uma afronta à profissão contábil, trata-se, na realidade, de uma ascensão da profissão, por elevar o patamar com que é praticada e reconhecida a Contabilidade.
Por exemplo, anteriormente, para calcular a depreciação, a grande maioria dos profissionais simplesmente utilizava a tabela admitida pela SRF, e ninguém mais na empresa, na maioria das vezes, tomava qualquer conhecimento, efetuava qualquer crítica ou análise sobre isso.
Hoje, como é necessário conhecer e registrar com base na vida útil econômica e no valor residual estimados, a depreciação, na grande maioria das situações, precisará ser efetuada a partir de dados e informações da engenharia, de áreas externas, etc.
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE
Outros departamentos, que não o contábil, e outras diretorias também estarão envolvidos e se responsabilizando pela geração do que o Contador usará como dados para calcular e registrar como depreciação.
No cálculo do valor justo dos instrumentos financeiros, outro exemplo, não é mais o Contador que simplesmente verifica o título e suas condições de juros, etc. 
Agora precisará a área financeira, a tesouraria ou o local devido providenciar e se responsabilizar pela geração dessas informações relativas à avaliação do derivativo, do valor justo de certos títulos e obrigações, etc. (Aliás, precisa o Contador se munir de todos esses documentos para fundamentar seus registros.)
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE
Outro exemplo, na apuração da recuperabilidade dos valores dos ativos (impairment), a definição do que é unidade geradora de caixa é da alta administração da empresa.
Em uma empresa de exploração de transporte rodoviário, por exemplo, cada ônibus é uma unidade geradora de caixa ou um conjunto de ônibus que é utilizado em uma linha recebida em concessão é que é a unidade geradora de caixa, bem como a responsabilidade pelo fornecimento dos fluxos de caixa esperados, da taxa de desconto, etc. O Contador vai participar, mas não sozinho desse processo.
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE
No caso da informação por segmento, é também a alta administração que delibera pelos segmentos a divulgar, porque precisam ser os que ela usa para a própria gestão.
Ou seja, a Contabilidade passa a ser alimentada com número muito maior de inputs de outras áreas, devidamente formalizados tais dados, e passam a Diretoria, o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal, o Comitê de Auditoria e outros organismos, se existirem, a se responsabilizar por todo esse processo, porque afirmarão, indiretamente, que tudo isso está sendo cumprido quando assinarem os balanços.
Mudam os próprios papéis desses órgãos todos. Isso influencia inclusive, e fortemente, o processo de Governança Corporativa da entidade. Principalmente quando da aplicação do conceito da Essência sobre a Forma!
PRONUNCIAMENTO ESPECIAL DO CPC
PEQUENA E MÉDIA EMPRESA
O IASB emitiu um documento para ser aplicado às Pequenas e Médias Empresas (PMEs). E o CPC seguiu as orientações emitindo seu Pronunciamento relativo a tal documento.
Trata-se de um documento que se salienta fortemente por sua linguagem bem mais acessível e por resumir a praticamente 10% o volume total de páginas quando comparado com os IFRSs. Além do mais, contém diversas simplificações.
Pequenas e médias empresas, conforme conceito adotado pelo IASB e pelo CPC são empresas que não têm obrigação pública de prestação de contas e elaboram demonstrações contábeis, além de para fins internos de gestão, para usuários externos, mas para finalidades gerais, como é o caso de sócios que não estão envolvidos na administração do negócio, credores existentes e potenciais, e agências de avaliação de crédito.
PRONUNCIAMENTO ESPECIAL DO CPC
PEQUENA E MÉDIA EMPRESA
Uma empresa tem obrigação pública de prestação de contas se seus instrumentos de dívida (debêntures, notas promissórias etc.) ou patrimoniais (ações, bônus de subscrição etc.) são negociados em mercado de ações ou estão para virem a ser negociados em bolsa de valores (nacional ou estrangeira) ou em mercado de balcão, incluindo mercados locais ou regionais.
Também tem obrigação pública de prestação de contas a empresa que tiver ativos em condição fiduciária perante um grupo amplo de terceiros como um de seus principaisnegócios, como é o caso típico de bancos, cooperativas de crédito, companhias de seguro, corretoras de seguro, fundos mútuos e bancos de investimento.
PRONUNCIAMENTO ESPECIAL DO CPC
PEQUENA E MÉDIA EMPRESA
As sociedades por ações fechadas (sem negociação de ações em bolsa), sociedades limitadas e demais sociedades comerciais, desde que não enquadradas pela Lei nº 11.638/07 como sociedades de grande porte, também são tidas como pequenas e médias empresas.
Note-se que, com a adoção desse Pronunciamento pelo Conselho Federal de Contabilidade, ficam facilitados, enormemente, o estudo e a análise por parte dos profissionais de Contabilidade com relação às normas internacionais, porque, como regra, basta conhecer esse Pronunciamento especificamente.
Mas é bom lembrar que, em algumas situações, alguns assuntos podem exigir o conhecimento dos Pronunciamentos Técnicos propriamente ditos, como é o caso de pequena e média empresa que aplique em derivativos ou outros instrumentos financeiros complexos.
PRONUNCIAMENTO ESPECIAL DO CPC
PEQUENA E MÉDIA EMPRESA
Torna-se fundamental lembrar que qualquer entidade de pequeno e médio porte tem o direito de adotar os Pronunciamentos Técnicos do CPC na sua integridade. 
Assim, elas têm duas opções: adotam os Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações do CPC, ou adotam o Pronunciamento Técnico PME – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas.
ADOÇÃO INICIAL DAS NORMAIS INTERNACIONAIS
CPC - 37
O CPC 37 (R1) é um Pronunciamento Técnico elaborado com base na norma internacional IFRS 1 (CPC 43). 
A motivação principal é orientar os procedimentos contábeis relativos à mudança de Gaap (do brasileiro para o internacional) e se aplica às demonstrações contábeis consolidadas.
De um ponto de vista absolutamente teórico, poder-se imaginar uma mudança de Gaap como um processo de refazimento de todos os registros contábeis de uma entidade, assumindo as novas regras.
Então, a empresa faria a sua contabilidade “voltar no tempo” desde sua concepção e registrar novamente os lançamentos contábeis, porém agora de acordo com o novo Gaap.
ADOÇÃO INICIAL DAS NORMAIS INTERNACIONAIS
CPC - 37
Obviamente, essa hipótese seria demasiadamente custosa, pouco prática e muitas vezes impossível de ser realizada, ou seja, quase utópica, a não ser para entidades que acabaram de ser constituídas, portanto com um passado muito recente.
Em função dessa dificuldade de ordem prática, o CPC 37 (R1) procura definir regras que possam garantir que as informações contábeis tenham alta qualidade, podendo, ao mesmo tempo: ser transparentes e comparáveis.
Proporcionar um ponto de partida adequado para a adoção das IFRSs e ser geradas a um custo que não supere os benefícios.
ADOÇÃO INICIAL DAS NORMAIS INTERNACIONAIS
CPC - 37
As regras definidas pelo CPC 37 (R1) procuram tornar a mudança de Gaap algo factível e, para tal, acabam possibilitando procedimentos específicos e muitas vezes mais simplificados em relação aos procedimentos contábeis que a entidade teria se já estivesse adotando as normas internacionais. 
Em função disso, há uma preocupação do Pronunciamento em caracterizar o momento em que essas regras se aplicam.
O CPC 37(R1) se aplica somente em suas primeiras demonstrações contábeis em IFRS.
ADOÇÃO INICIAL DAS NORMAIS INTERNACIONAIS
CPC - 37
A entidade só pode considerar que suas demonstrações contábeis são caracterizadas como “as primeiras demonstrações contábeis em IFRS” quando:
no período anterior, suas demonstrações contábeis não adotavam de forma integral todas as normas internacionais, tais como emitidas pelo IASB;
suas demonstrações contábeis já eram preparadas segundo a IFRS, porém apenas para uso interno;
seu pacote de consolidação enviado para a matriz segundo a IFRS não incluía um conjunto completo de demonstrações contábeis de acordo com a IAS 1;
a entidade não apresentava demonstrações contábeis de períodos anteriores.
ADOÇÃO INICIAL DAS NORMAIS INTERNACIONAIS
CPC - 37
Além disso, a entidade precisa declarar de forma explícita e sem ressalvas que as demonstrações contábeis apresentadas pela primeira vez segundo as IFRSs estão em conformidade com tais normas.
Isso significa que o CPC 37 (R1) é aplicado nesse momento de transição e, após isso, não poderá mais ser utilizado pelas companhias que já adotarem as IFRSs em suas demonstrações contábeis consolidadas.
Para as empresas que vierem a adotar as normas internacionais pela primeira vez (first time adoption) em data futura, os procedimentos relativos ao balanço de abertura e às informações comparativas, também são válidos. 
Por exemplo, se a empresa adotar inicialmente as normas IFRSs no ano de 2013, sua data de transição, isto é, seu balanço de abertura, será de 1º de janeiro de 2012. Nesse caso, seu balanço patrimonial consolidado na adoção inicial terá três colunas: 1º de janeiro de 2012, 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2013.

Outros materiais