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Aula I: Plenitude de defesa Tício é levado a julgamento perante Tribunal do Júri, no entanto, durante o plenário o advogado de defesa apresentou sua manifestação de forma superficial e genérica, sem se aprofundar nas provas colhidas. Ao final, Tício foi condenado pelo crime de homicídio. No dia seguinte ao julgamento você é contratado como novo advogado de Tìcio. Qual deverá ser a medida adotada e a tese apresentada? RESPOSTA ESPERADA Deverá ser interposto recurso de apelação. Como preliminar deverá ser arguida a nulidade do julgamento por ofensa ao princípio da plenitude de defesa. Isto porque não basta que a defesa técnica se apresente formalmente, é necessário que exista defesa real, efetiva e adequada ao caso concreto. Aula II: Soberania dos veredictos José foi levado a julgamento perante o Tribunal do Júri, sendo alegada em sua defesa a tese de legítima defesa da honra. Após a quesitação os jurados reconhecerem ser José o autor dos disparos que causaram a morte da vítima. Porém, ao responderem a pergunta “o jurado absolve o réu?”, os jurados, por maioria, responderam SIM. O Ministério Público interpôs recurso de apelação alegando julgamento contrário às provas dos autos, afirmando não ser admitida na jurisprudência a chamada legítima defesa da honra. Na qualidade de advogado de José, o que deverá alegar em favor de seu cliente? RESPOSTA ESPERADA Deverá alegar que a decisão dos jurados não pode ser considerada contrária à prova dos autos já que reconheceram expressamente a autoria e a materialidade, ou seja, deram correta interpretação à prova existente nos autos. A decisão de absolvição/condenação proferida pelos jurados é imotivada e soberana, não cabendo recurso contra a decisão que reconhece o autor do crime e, mesmo assim, opta por absolvê-lo. Aula III: Sigilo das votações Verificando-se que houve comunicação entre os jurados, pergunta-se: Qual deve ser a medida adotada? RESPOSTA ESPERADA O jurado deverá ser excluído do Conselho de sentença, nos termos do art. 466, § 1º, do CPP. Além disso, será condenado a pagar multa no valor de 1 a 10 salários mínimos. Aula IV: Competência para os crimes dolosos contra a vida Mário foi denunciado, perante a Vara do Tribunal do Júri, como incurso no art. 213 e art. 121, caput, ambos do Código Penal. Conforme narra a denúncia, a vítima caminhava pela via pública, ocasião na qual foi abordada pelo acusado e conduzida pelo braço até um bosque próximo. Enquanto Mário empregava força física para manter relação sexual com a ofendida, inclusive desferindo socos e tapas, a vítima debatia-se desesperadamente até lograr empreender fuga. Mário saiu em seu encalço, correndo, e ao se aproximar da vítima, saltou sobre seu corpo, jogando-a ao chão. Ao cair, a ofendida chocou a cabeça sobre uma pedra, vindo a falecer. Na qualidade de advogado de Mário, qual tese apresentaria em resposta à acusação? RESPOSTA ESPERADA Deverá ser alegado que a conduta se tipifica como estupro qualificado pelo resultado morte, nos termos do art. 213, § 2º, do Código Penal. Além disso, tal delito não é classificado como doloso contra a vida, devendo ser afastada a competência do júri.
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