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II JOFP Jornada Odontológica FAPAN “Inovações e tecnologias em odontologia: uma nova perspectiva para o futuro ” CADERNO DE RESUMOS Eduardo dos Santos Garcia (Org.) 25, a 27 de outubro de 2017 Curso de Odontologia FAPAN - Faculdade do Pantanal – Cáceres – Mato Grosso - Brasil JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 2017, Jornada odontológica FAPAN – JOFP, II Edição. FAPAN - Faculdade do Pantanal - Cáceres - MT – Brasil Eduardo dos Santos Garcia (Org.) ISSN 2525-6327 OS TEXTOS SÃO DE RESPONSABILIDADE DOS AUTORES, MANTIDO O FORMATO ORIGINAL DA SUA REDAÇÃO. Página da web do II JOFP: http://fapan.edu.br/eventos-academicos http://fapan.edu.br/eventos-academicos http://fapan.edu.br/eventos-academicos http://fapan.edu.br/eventos-academicos http://fapan.edu.br/eventos-academicos JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 II JOFP Jornada Odontológica FAPAN “Inovações e tecnologias em odontologia: uma nova perspectiva para o futuro ” ADMINISTRAÇÃO DA FAPAN Elvys Ferreira de Oliveira Diretor Geral Marilza Luiz Ferreira Coordenadora Pedagógica Eduardo dos Santos Garcia Coord. Do Curso de Odontologia COORDENADOR RESPONSÁVEL Prof. Me. Eduardo dos Santos Garcia COMISSÃO ORGANIZADORA Prof. Me. Eduardo, dos Santos Garcia Discente. Welves ferreira Laet Discente. Luiz Felipe da Costa Souza Discente. Henrique Nogueira Maldonado COMITÊ CIENTÍFICO Prof. Esp. Anderson Floriano Barbosa – FAPAN Prof. Me. Menandro dos Santos Garcia – UNIC tangará Prof. Drª. Evanice Vieira – FAPAN Prof. Drª Denise da Costa Boamorte Cortela - FAPAN Prof.Dr. Claudia Maria Dias Moreira - UNEMAT Prof. Me Eduardo dos Santos Garcia- FAPAN JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 SUMÁRIO 1. COMPLICAÇÕES OROFACIAIS PELO USO ABUSIVO DE METANFETAMINA NA ODONTOLOGIA 2. BALANÇO DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE MÉTODO ANESTESIA PARA PACIENTES HIPERTENSOS 3. O PAPEL DO ODONTÓLOGO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) 4. MATERIAIS DENTARIOS RESTAURADORES 5. DOENÇAS BUCAIS E PERCEPÇÃO DE INDIVÍDUOS ACERCA DO CÂNCER DE BOCA. 6. DISCUÇÃO SOBRE A INSERÇÃO DA ODONTOLOGIA NO MERCADO DE TRABALHO 7. MUCOSITE BUCAL EM PACIENTES ONCOLOGOS 8. PESO DA ALIMENTAÇÃO PARA ODONTOLOGIA: REAÇÃO DO AÇÚCAR NOS DENTES 9. A INCLUSÃO DA ODONTOLOGIA NA ATENÇÃO BÁSICA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO 10. O PAPEL DA ODONTOLOGIA PARA A CRIANÇA NA PRIMEIRA INFÂNCIA 11. ISOLAMENTO ABSOLUTO: REVISÃO DE LITERATURA 12. ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO DENTISTA NO ÂMBITO HOSPITALAR 13. BENEFÍCIOS E QUESTIONAMENTOS DA UTILIZAÇÃO DA RESINA ACRÍLICA NA ODONTOLOGIA. 14. ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO PARA PACIENTES PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS (PNE) 15. PERSPECTIVAS DE USO DE CÉLULAS TRONCO NA ODONTOLOGIA NA ULTIMA DÈCADA 16. CÁRIE PRECOCE E SEVERA NA INFÂNCIA 17. ACTINOMIOSE 18. DETERMINAÇÃO DE FATORES QUE INFLUENCIAM NA OCORRÊNCIA DE CÁRIE PRECOCE NA INFÂNCIA 19. PIERCING NA CAVIDADE ORAL E SUAS COMPLICAÇÕES 20. GENGIVITE CAUSAS E TRATAMENTO 21. SÍNDOME DA NEURALGIA DO TRIGEMEO 22. BALANÇO DE PRODUÇÃO CIENTIFCA SOBRE AVALIAÇÃO DA TENACIDADE À FRATURA DE DIFERENTES SISTEMAS CERAMICOS 23. PREVALÊNCIA DO PROLONGAMENTO DO PROCESSO ESTILÓIDE EM RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS. 24. BALANÇO DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA CANCER BUCAL 25. UMA VISÃO GERAL SOBRE A SAUDE BUCAL DOS IDOSOS 26. BRUXISMO E DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR: UM DESAFIO PARA A ODONTOLOGIA 27. MÉTODOS RADIOLÓGICOS: DETECÇÃO DA RADIAÇÃO 28. CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS DA CAVIDADE ORAL 29. CLAREAMENTO DENTAL E A INFLUÊNCIA DE AGENTES CLAREADORES NO ESMALTE. 30. ATENDIMENTO DO ODONTOPEDIATRA COM TÉCNICAS DE CONTROLE DE COMPORTAMENTO 31. O DESUSO DA AMALGAMA 32. HEMATOMA DE ERUPÇÃO CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 33. AÇÃO DO DENTISTA FRENTE AO HERPES SIMPLES 34. AIDS E A BIOSEGURANÇA NO CONSULTORIO ODONTOLOGICO 35. ISOLAMENTO ABSOLUTO: REVISÃO DE LITERATURA 36. ANGIOEDEMAS OROFACIAIS RECORRENTE AO USO DE INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DA ANGIOTENSINA (IECAS) JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 HEMATOMA DE ERUPÇÃO CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS. Caroline Aparecida Paré Bisinoto; Henrique Nogueira Maldonado; Roberta Cinthya Siqueira de Abreu. Instituição: FAPAN Faculdade do Pantanal. Professora; Tutora: Dr.ª Denise Cortela. Resumo: O processo de erupção dental é caracterizado pela transição de onde ele sairá da cavidade alveolar e pertencerá a cavidade bucal, onde ali estarão a realizar todas as suas funções necessárias. Podemos usar como exemplo de uma alteração à cavidade bucal na criança, durante o processo natural de erupção dentária, há o cisto de erupção que é uma variedade distinta de um cisto dentígero, aparecendo como um hematoma da mucosa alveolar, o que se leva ao acúmulo de fluido no espaço do folículo de um dente em erupção. A patogênese do cisto é desconhecida, porém, aparentemente, ele se desenvolve pelo acúmulo de líquido entre o epitélio reduzido do órgão do esmalte e a coroa do dente. Vale ressaltar que essa patologia é mais comum em dentição permanente e voltada ao sexo masculino. Palavras-Chave: hematoma de erupção; erupção dental; diagnostico; tratamento. Introdução: JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 O processo de erupção dental pode ser definido como o movimento migratório, realizado por um dente em formação, do seu local de desenvolvimento dentro do processo alveolar para sua posição funcional na cavidade bucal Amorim et al; (2015), “a erupção dentária é um fenômeno universal, fisiológico e é facilmente observado por pais e profissionais da saúde Ferreira et al; (2009)”. Além disso, a expressão erupção é empregada para indicar o momento em que a coroa do dente rompe a gengiva e passa a pertencer ao ambiente bucal, ou seja, constitui somente uma etapa do processo fisiológico que compreende uma série de movimentos que os dentes executam, desde o seu estado de germe dental até o fim do seu ciclo fisiológico Amorim et al; (2015). Este processo representa parte do crescimento e desenvolvimento infantil e a cronologia de erupção é um indicador de uma série de ocorrências biológicas influenciadas por fatores genéticos e ambientai Amorim et al; (2015), com isso a fase em que os dentes irrompem e esfoliam pode sofrer alterações levando a aceleração ou atraso devido a distúrbios orgânicos ou até mesmo por fatores pessoais e/ou ambientais que apesar de não influenciarem no equilíbrio fisiológico podem causar variações na cronologia eruptiva, Amorim et al; (2015). Como exemplo de uma alteração associada à cavidade bucal na criança, durante a erupção dentária, há o cisto de erupção ou (hematoma de erupção) que constitui uma variedade distinta de um cisto dentígero, aparecendo como hematoma damucosa alveolar, resultante do acumulo de fluido no espaço do folículo de um dente em erupção Coser et al; (2004). De acordo com Amorim et al; (2015) o hematoma de erupção é um dos poucos fatores locais que provocam discreto atraso na erupção, salientando ainda que este é um problema que geralmente acomete os molares superiores decíduos. Desenvolvimento: Os cistos odontogênicos são formados a partir do epitélio odontogênico, ocorrendo entre dentes e ossos maxilares. Tem seu inicio na proliferação e ou degeneração do epitélio Almeida et al; (2015). As lesões podem ser odontogênicas, não odontogênicas, de desenvolvimento e inflamatória, tendo sua origem nos maxilares. “Em crianças, 70% dos cistos tendem a ser de origem do desenvolvimento, enquanto 13,3% são de origem inflamatória Almeida et al; (2015)”. O cisto de desenvolvimento é gerado de acordo com o crescimento da criança, sendo o desenvolvimento dos ossos maxilo faciais junto às dentições decíduas e permanente Almeida et al; (2015). A formação do cisto de erupção é feita a partir do folículo dentário da coroa de um dente em erupção, sendo seguido do rompimento da crista óssea para a erupção dentária Coser et al; (2004). Tem patogênese desconhecida, porém ele se desenvolve pelo acúmulo de líquido entre o epitélio reduzido do órgão do esmalte e a coroa do dente. Tem seu JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 desenvolvimento iniciado na separação do folículo dentário que envolve a coroa de um dente em erupção Almeida et al; (2015), “provocando um bloqueio da microinfiltração regional que ocorre pela mucosa gengival e o dente não irrompido. Almeida et al; (2015)”. ‘‘De acordo com Amorim et al; (2015) o hematoma de erupção é um dos poucos fatores locais que provocam discreto atraso na erupção, salientando ainda que este é um problema que geralmente acomete os molares superiores decíduos. ’’ Os cistos de erupção apresentam tumefação mole, que pode conter apenas líquido, ficando translúcida azulada, podendo apresentar também pigmento hemoglobínico, com aparência de hematoma. Assim quando houver traumatismo na região do cisto, com sangue na cavidade cística e ficando assim de cor purpura, passará a ser chamado de hematoma de erupção Almeida et al; (2015). “Essa patologia é mais comum na dentição permanente e em meninos Almeida et al; (2015)”. Considerada rara em dentes decíduos essa patologia ocorre em cerca de 0,7%. No caso da dentição decídua o tratamento não será feito, sendo o acompanhamento à solução, isso ocorre pelo fato de que o dente rompe a lesão e aparece na cavidade bucal. Porém há casos em que a lesão gera incomodo e dor, necessitando assim de tratamento Almeida et al; (2015). “O diagnóstico do cisto ou hematoma de erupção é essencialmente obtido pelo exame clínico, com a realização de uma anamnese cuidadosa e criteriosa, levando-se em consideração o tempo de aparecimento da lesão, relato ou não de desconforto Almeida et al; (2015).” Fatores determinantes para o diagnóstico dos casos seria a análise da coloração, tamanho da lesão, consistência e a localização. Aspectos como, a cronologia da erupção e idade da erupção dos dentes decíduos, devem ser observados. Uma vez que os cistos de erupção acontecem quando o dente esta prestes a se irromper et al; (2015). Quando a cavidade se encontra com sangue, devido a algum trauma ou infecção sua coloração fica roxa ou azulada, sendo assim denominada de hematoma de erupção, para o diagnostico mais diferencial seria hemangioma, cisto gengival do recém-nascido e granuloma piogênico Almeida et al; (2015). “A conduta para esse tipo de lesão geralmente é a observação do caso, porque frequentemente o cisto se rompe espontaneamente, permitindo a erupção do dente Almeida et al; (2015)”. Quando o paciente reclama de dores, coceira, um desconforto, dificuldade para se alimentar se torna necessário uma intervenção. “A simples punção ou incisão e o tratamento eletivo com intuito de drenar o fluido acumulado no cisto e aliviar os sintomas. Almeida et al; (2015)”. Para os bebês uma excisão com lamina de bisturi ou perfuração com sonda irá romper o revestimento cístico, permitindo o alivio dos sintomas e assim a erupção do dente. “Nessa técnica, o indicado é a anestesia tópica, pois ela atinge aproximadamente 4 mm da mucosa e a perfuração da sonda não ultrapassa essa medida Almeida et al; (2015)”. Após o quadro clinico passar a apresentar compatibilidade com hematoma de erupção à atuação para o caso também mudará. Sendo a exploração feita em busca de informações sobre a lesão, evitando assim cirurgias desnecessárias e de risco, que podem JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 gerar consequências ao paciente, um agravamento da cirurgia seria uma hemorragia intensa sem a capacidade de controle. Porém tais consequências podem ser evitadas com uma analise mais minuciosa do caso Pires et al; (2017). Dependendo do caso clinico a excisão cirúrgica possibilitara a condução do exame anatomopatológico, assim apresentando uma qualidade de tecido para análise histológica, para finalmente confirmar o diagnóstico Almeida et al; (2015). Normalmente, na dentição decídua não há indicação de tratamento, apenas o acompanhamento, pois em geral a lesão rompe e o dente irrompe na cavidade bucal. Entretanto, em alguns casos, o quadro clínico pode apresentar-se doloroso e incômodo, necessitando intervenção Almeida et al; (2015). Considerações Finais: De acordo com a revisão literária o hematoma de erupção, também chamado de cisto de erupção, sua patogênese é de origem desconhecida, porem de acordo com os estudos feitos ele se forma a partir de líquido acumulado entre epitélio reduzido do órgão do esmalte e a coroa do dente. Clinicamente o cisto de erupção se apresenta de duas formas, com aparência translucida azulada ou de aparência de hematoma de cor purpura. Esta patologia não é comum em adultos, sendo mais presente em crianças do sexo masculino e na dentição permanente. O tratamento não se faz necessário quando não há incomodo, pois o dente rompe a lesão indo para cavidade oral sem prejudicar o paciente, sendo apenas o acompanhamento feito. Logo quando o hematoma causa irritação e gera desconforto o tratamento se inicia, sendo de forma cirúrgica para possibilitar um alivio ao paciente e facilitando assim à erupção do dente. JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 Bibliografia: AMORIM, Cristhiane Ferreira; BARROS, Gisele Oliveira; AZEVEDO, Bianca Mello. Sinais e Sintomas da Erupção dos Dentes Decíduos/Cristhiane Ferreira de Amorim, Gisele Oliveira Barros, Bianca Mello Azevedo/ Pindamonhangaba-SP: FAPI Faculdade de Pindamonhangaba; (2015). ALMEIDA Luiza Helena Silva de; AZEVEDO Marina Sousa; PAPPEN Fernanda Geraldo; ROMANO Ana Regina. Hematomas de erupção: relato de três casos clínicos em bebês; Eruption hematomas: report of 3 clinical cases in infants. RFO, Passo Fundo, v. 20, n. 2, p. 222-226, maio/ago;( 2015). COSER Rose Mary; FLÓRIO Flávia Martão; MELO Beatriz perfeito de; QUAGLIO Juliana Maria. Características Clínicas do Císto de Erupção; RGO, 52 (3): jul/ago/set, (2004). PIRES Cláudia Esteves. Ulotomia, Ulectomia e Germectomia em Pacientes Odontopediátricos;Artigo de Revisão Bibliográfica do Programa de Mestrado Integrado em Medicina Dentára; (2017). FERREIRA Vargas, Fabiana; MACHADO Vieira Soares, Mariella; ARDENGHI Machado, Thiago; PRAETZEL Rodrigues, Juliana Manifestações Sistêmicas e/ou Locais Associadas à Erupção dos Dentes Decíduos: Estudo Retrospectivo Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e Clínica Integrada, vol. 9, núm. 2, mayo-agosto, ( 2009), pp. JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 ANGIOEDEMAS OROFACIAIS RECORRENTE AO USO DE INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DA ANGIOTENSINA (IECAS) ARRUDA, Rafaela Patricia Souza de ¹ Graduando em Odontologia- FOC/UNIC -CUIABÁ SANTANA, sandy daniely alves ² Graduando em Odontologia- FOC/UNIC -CUIABÁ RESUMO Objetivo de estudo: O presente estudo visa relatar através da literatura a indução de angioedemas orofaciais recorrente ao uso de inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECAS), observando-se as manifestações, diagnósticos e tratamentos, que tem potencial gerar riscos iminentes de morte se for negligenciado pelo cirurgião dentista ou quaisquer outros profissionais da saúde. Objetivo: enfatizar a necessidade do conhecimento do cirurgião dentista sobre esta causa, para que em casos de urgência o cirurgião tenha a noção de conduta, e o mesmo não venha a confundir com quaisquer outras anormalidades que causam as mesmas características clinicas. Metodologia: foi baseada em evidenciar na literatura a manifestações clínicas da doença em comparação a utilização do grupo de anti-hipertensivo IECAs. Considerações finais: A substituição da IECAS pela BRAS II, tem a possibilidade de reduzir a frequência de angioedema, e não as reações adversas. Palavras chave: angioedema. Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAS). Manifestações orofaciais. Hipertensão Arteria 1. INTRODUÇÃO JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DA ANGIOTENSINA (IECAS) É um grupo de medicamentos anti-hipertensivos que são eficazes, e que têm ação principal a inibição da enzima conversora de angiotensina I, impedindo assim a transformação de angiotensina I em angiotensina II, de ação vasoconstritora. São eficazes no tratamento da HA, reduzindo a morbimortalidade CV (SINDONE A,2013). Atualmente no Brasil os medicamentos pertencentes a este grupo estão descritos na tabela 1. TABELA 1. Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAS) comercialmente disponíveis no Brasil Nome Genérico Efeitos colaterais citados nos guias Captopril Benazepril Angioedema de face, lábios, língua e mucosa bucal Cilazapril Delapril Enalapril Fosinopril Lisinopril Perindopril Quinapril Ramipril Trandolapril Fonte: KOHLMANN, JR et ll , (2010) e Brunetti, Montenegro, (2002). ANGIOEDEMA DE CABEÇA E PESCOÇO RECORRENTE DO USO DE (IECAS) O angioedema como descrito por (BYRD JB ET ALL, 2006), ocorre em aproximadamente 0,1% a 6% dos pacientes que usam inibidores da IECA. A maioria dos JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 casos sucede na primeira semana do início da terapia, contudo um terço dos casos ocorrem meses a anos após o início da medicação. O risco de vida é grande quando envolve a via aérea superior. O envolvimento significativo da cabeça e do pescoço, como na face, lábios, língua, soalho da boca, faringe e laringe. O risco de angioedema associado aos IECA é significativamente maior em negros (três a quatro vezes mais que em outras raças) e este padrão é o mais frequentemente encontrado pelos profissionais de saúde oral. O angioedema é caracterizado clínicamente como um aumento de volume edematoso difuso dos tecidos moles que envolve os tecidos conjuntivos submucoso e subcutâneo, podendo afetar o trato gastrointestinal e respiratório, gerando resultados fatais. Apresenta-se como uma resultante comum de desgranulação dos mastócitos, que produz liberação de histamina e promove alterações clínicas. (NEVILLE,2009). Figura 2: Paciente com angioedema de língua Fonte: Sjoerd W. Westra, M.D,2006. JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 Figura 3: Paciente com angioedema de língua por utilização do enalapril Fonte: Lucas Santos Zambon,2016. Figura 4: angioedema lingual e orofacial devido ao captopril (A). Imagem de reconstrução tridimensional do paciente por técnica de renderização de volume (B). Resolução completa dangioedema 7 dias após o início do tratamento (C). Fonte: E. Bukhari et al, 2015. DIAGNÓSTICO Contudo não existe exames laboratoriais que sejam específicos para este caso, ou seja o profissional terá que se basear no diagnóstico clínico e averiguar a ausência de prurido e urticária, tendo como referência a localização do edema. TRATAMENTO E PROGNÓSTICO JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 A principal medida é a análise e proteção das vias aéreas do paciente (Guyer AC,2012) e (Hilal-Dandan R, 2011), sabendo que a resposta a adrenalina e aos corticosteroides é imprecisa, porém é observado que as administrações dos mesmos possam vir a encurtar o tempo de entubação do paciente enquanto o mesmo não responde a ambos da medicação, a sua utilização pode ser vantajosa. O angioedema induzido por inibidores da ECA não é dependente de histamina, o uso de anti-histamínicos não produz efeitos. Objetivo do presente estudo é relatar através da literatura a indução de angioedemas orofaciais o recorrente ao uso de inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECAS), observando-se as manifestações, diagnósticos e tratamentos, que tem potencial gerar riscos iminentes de morte se for negligenciada pelo cirurgião dentista ou quaisquer outros profissionais da saúde. O artigo visa enfatizar a necessidade da importância do conhecimento do cirurgião dentista sobre esta causa, para que em casos de urgência o cirurgião tenha a noção de conduta, e o mesmo não venha a confundir com quaisquer outras anormalidades que gera as mesmas características clinicas, visando assim a grande necessidade de uma avaliação clínica minuciosas e rigorosa em caso de suspeita que o paciente esteja fazendo uso de quaisquer medicamentos do grupo dos IECAS. 2. METODOLOGIA O presente estudo foi realizado através de levantamento bibliográfico do período de 2007 a 2017 através do uso da base de dados Lilacs, Scielo, Google Acadêmico, Medline e Bireme. As palavras chave utilizadas na pesquisa foram: Angioedema, angioedema causado pelo uso de inibidores da angiotensina, angioedema induzido por IECAS. Assim, sendo selecionado os artigos de interesse para o estudo e levando emJOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 consideração a fisiopatologia da doença, sinais e sintomas, diagnóstico e possíveis formas de tratamento. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS A substituição dos IECAS por bloqueadores do receptor para angiotensina II (segunda geração de medicamentos (p. ex., losartan, valsartan),) é uma das possibilidades de se evitar o angioedema, pois a mesma foi especificamente desenvolvida para evitar qualquer inibição da degradação da bradicinina, mas esses medicamentos recentes reduzem o aparecimento de angioedema, mas não chegam a eliminar a reação adversa (NEVILLE,2009). O cirurgião dentista deve avaliar as características clinicas, de forma minuciosa e rigorosa para que não exista a possibilidade de confundir com a urticária, ou com quaisquer outras enfermidades que apresentem manifestações clinicas semelhantes. REFERÊNCIAS BYRD JB, Adam A, Brown NJ. Angioedema associado ao inibidor da enzima conversora da angiotensina. Immunol Allergy Clin North Am. 2006; 26 : 725-37. doi: 10.1016 / j.iac.2006.08.001. [ PubMed ] [ Cross Ref ] BRUNETTI, R. F.; MONTENEGRO, F. L. B. Odontogeriatria: noções de interesse clínico. São Paulo: Artes Médicas, 2002. p. 447-481 ESRAA BUKHARI1, Osama Y. Safdar, Mohammed Shalaby, Shafiqa M.J. AlSharif1 , Khoulod Alsufiany & Jameela A. Kari1. Potentially lethal ACE-inhibitor-induced angioedema in a child. ª 2015 The Authors. Clinical Case Reports published by John Wiley & Sons Ltd. doi: 10.1002/ccr3.265 GUYER AC, Banerji A. ACE inhibitor-induced angioedema. UpToDate [Citado em novembro de 2012. Versão 19.3]. HILAL-DANDAN R. Chapter 26. Renin and Angiotensin. In: Brunton LL, Chabner BA, Knollmann BC, eds. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. 12th ed. New York: McGraw- Hill; 2011. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17085287 https://dx.doi.org/10.1016%2Fj.iac.2006.08.001 JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 KOHLMANN. , JR , OSVALDO. GUS, MIGUEL. Tratamento medicamentoso .Print version ISSN 0101- 2800 J. Bras. Nefrol. vol.32 supl.1 São Paulo Sept. 2010 http://dx.doi.org/10.1590/S0101- 28002010000500008 NEVILLE, B. W., DAMM, D. D., ALLEN, C.M. et al. Patologia Oral & Maxilofacial. 2ª ed.,Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. SINDONE A, Erlich J, Perkovic V, Suranyi M, Newman H, Lee C, et al. ACEIs for cardiovascular risk reduction--have we taken our eye off the ball? Aust Fam Physician. 2013;42(9):634-8. SJOERD W. Westra, MD, e Cornelis PC de Jager, MD N Engl J Med 2006; 355: 295 20 de julho de 2006 DOI: 10.1056 / NEJMicm050510 ZAMBON ,Lucas Santos . Angioedema por iECA.2016. ACESSO :http://www.medicinanet.com.br/conteudos/casos/6687/angioedema_por_ieca.htm [Citado outubro de 2017. http://www.nejm.org/toc/nejm/355/3/ http://www.nejm.org/toc/nejm/355/3/ JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 COMPLICAÇÕES OROFACIAIS PELO USO ABUSIVO DE METANFETAMINA NA ODONTOLOGIA SANTANA, Sandy Daniely Alves1 Graduando em Odontologia - FOC/UNIC – CUIABÁ ARRUDA, Rafaela Patricia Souza de2 Graduando em Odontologia - FOC/UNIC – CUIABÁ RESUMO Objetivo de estudo: Um dos principais objetivos do presente artigo é relatar as principais consequências, orofaciais, decorrentes do consumo abusivo de metanfetamina. Objetivo: O objetivo principal é enfatizar a importância do conhecimento do cirurgião dentista, para um diagnóstico correto das alterações manifestadas, através das características clínicas. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura, utilizando os bancos de dados PUBMED, GOOGLE ACADÊMICO e SCIELO, no período de 2007 a 2017. Considerações finais: Conclui-se que as consequências do uso indevida da metanfetamina afeta em nível físico e psíquico. O cirurgião dentista precisa estar atento, para um correto tratamento. Instruir uma boa higienização, utilizar medidas preventivas na remineralização do dente e encaminha-lo para um centro de especialista em abuso de substâncias. Palavras chave: Alterações Bucais, Complicações Orofaciais e Uso Ilícito da Metafetamina. ABSTRACT Study Objective: One of the main objectives of this article is to report the main consequences, orofacial, of abusive use of methamphetamine. Objective: The main 1 Sandy Daniely Alves Santana, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá (UNIC) MT - Brasil. E-mail: sandniely@yahoo.com.br 2 Rafaela Patricia Arruda de Souza, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá (UNIC) MT – Brasil. E-mail: rafaelaarrudatst@hotmail.com JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 objective is to emphasize the importance of dental surgeon knowledge for a correct diagnosis of the alterations manifested through the clinical characteristics. Methodology: A literature review was carried out using the PUBMED, GOOGLE ACADEMICO and SCIELO databases from 2007 to 2017. Final considerations: It is concluded that the consequences of improper use of methamphetamine affect physically and psychologically. The dental surgeon needs to be attentive, for a correct treatment. Instruct good hygiene, use preventive measures in remineralizing the tooth and refer you to a specialist substance abuse center. Key words: Oral Alterations, Orofacial Complications and Illicit Use of Metafetamine. INTRODUÇÃO A metanfetamina (“met”) é uma droga que têm efeitos estimuladores no sistema nervoso central (SNC). Utilizada no tratamento de narcolepsia, hiperatividade e transtorno do déficit de atenção. Percebeu-se através dos usuários, o aumento da capacidade física, euforia e ganho de energia, este fato fez com que iniciassem o uso ilegal desse medicamento, com o intuito de aumentar a agilidade, combater a depressão e controlar o peso. A droga é um pó cristalino que se dissolve em líquido, podendo ser fumada, aspirada, injetada ou ingerida por via oral. Os efeitos duram mais de 12 horas, e o usuário habitual relata usar mais de 20 dias por mês, obtendo um efeito quase que constante (NEVILLE et al., 2009). Nos anos 90 a metanfetamina foi sintetizada pela primeira vez, com capacidade de produzir efeito farmacológico, tendo a finalidade de substituir a efedrina, medicamento utilizado no tratamento de doenças respiratórias. Foi usada na Segunda Guerra Mundial, para impedir que capacidade de combater dos militares alemães caísse. (GUEREIRO et al., 2011; CICCARONE, 2011). O consumo impróprio de drogas é um dos principais problemas sociais e de saúde pública, podendo envolver várias questões, como por exemplo, a violência, o tráfico além de aspectos morais (LARANJEIRA et al, 2007; NOTO et al., 2003). O cirurgião dentista deve ter uma atenção especial no atendimento dos pacientes usuários, pois serão eles, em muitos dos casos, os primeiros a terem a possibilidade de JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 diagnosticar o aparecimento de alterações causadas pelo usoda metanfetamina (COLODEL et al., 2009; FERNANDES et al., 2008). É preciso ter como objetivo o conhecimento das principais consequências, orofaciais, decorrentes do consumo abusivo de metanfetamina e estar ciente da importância do cirurgião dentista no diagnóstico correto das alterações. METODOLOGIA Foi realizada uma revisão de literatura, utilizando os bancos de dados PUBMED, LILACS, GOOGLE ACADÊMICO e SCIELO, no período de 2007 a 2017, selecionando os artigos que mencionava sobre as principais complicações bucais decorrentes do consumo de metanfetamina e sua prevalência de uso. METANFETAMINA A metanfetamina é classificada como uma droga sintética, que estimula o sistema nervoso central, faz com que o cérebro tenha um melhor desempenho, trabalhando mais rápido que o normal (Fig. 1). Possibilitando aos usuários ficar hiperativos e sem sono (AMARAL & GUIMARÃES, 2012). Figura 1. Estrutura química da metanferamina. Fonte: Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial, 2012 p.175-180. 1 Sandy Daniely Alves Santana, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá (UNIC) MT - Brasil. E-mail: sandniely@yahoo.com.br 2 Rafaela Patricia Arruda de Souza, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá (UNIC) MT – Brasil. E-mail: rafaelaarrudatst@hotmail.com 1 Sandy Daniely Alves Santana, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá (UNIC) MT - Brasil. E-mail: sandniely@yahoo.com.br http://www.sciencedirect.com/science/journal/16462890 http://www.sciencedirect.com/science/journal/16462890 JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 Essas substâncias podem ocasionar dependência física e psíquica, além de existir a necessidade de dosagens cada vez maiores para obter os mesmos efeitos ou evitar o mal- estar produzido pela sua falta no organismo (SCHIFANO et al., 2007; KISH, 2008; GUERREIRO et al.,2011). É bastante complexo o tratamento odontológico, de usuários, precisa-se de uma anamnese e um exame clínico minuciosos, para realizar um plano de tratamento, visto que os impáctos do consumo de metanfetaminas são notório em vários órgãos. Além disso, a colaboração do paciente é indispensável, especialmente se ele suspender o uso da droga, pelo fato da droga agir de maneira extremamente destruidora (COUTINHO, LUDGLEYDSON, 2004). CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS ENCONTRADAS NO USUÁRIO DE METANFETAMINA Muitos viciados manifestam ilusões de parasitoses (formigação), neurose que apresenta a sensação de insetos ou cobra rastejando sob ou sobre a pele. Fazendo com que o usuário tente retirar os parasitas imaginários, com as unhas, resultando em lesão traumática. Na tabela 1 encontram-se as características clínicas para que o cirurgião dentista possa diagnosticar um usuário de metanfetamina (NEVILLE et al., 2009). Tabela 1- Características Clínicas Prevalência maior Efeitos em curto prazo Efeitos em longo prazo Homens Insônia Dependência psicológica Idade entre 19 e 40 anos Agressividade Comportamento violento Agitação Ansiedade Hiperatividade Confusão Diminuição do apetite Depressão Taquicardia Paranoia 2 Rafaela Patricia Arruda de Souza, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá (UNIC) MT – Brasil. E-mail: rafaelaarrudatst@hotmail.com JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 Taquipneia Alucinações auditivas Hipertensão Ilusões Hipertermia Mudanças de humor Vômito Desordens cardiovasculares Tremores Desordens SNC Xerostomia Desordens hepáticas Desordens gastrointestinais Desordens renais Desordens pulmonares Fonte: NEVILLE et al. (2009, p.305). A presença de cáries rampantes é uma manifestação comum, exibem semelhança com as cáries de mamadeira. Afeta inicialmente as superfícies vestibular e as interproximais, e, caso não haja interferência, toda a estrutura coronária de todos os dentes pode ser danificada ou destruída (Fig. 2). A destruição é causada pela precária higiene oral combinada com extrema xerostomia devido ao efeito da droga. Na tabela 2 encontram-se as principais manifestações bucais ao uso de metafetamina (NEVILLE et al., 2009). 1 Sandy Daniely Alves Santana, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá (UNIC) MT - Brasil. E-mail: sandniely@yahoo.com.br 2 Rafaela Patricia Arruda de Souza, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá (UNIC) MT – Brasil. E-mail: rafaelaarrudatst@hotmail.com JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 Fig. 2: Cáries relacionadas à metanfetamina. Cáries extensas na superfície vestibular dos dentes anteriores. (NEVILLE et al., 2009, p.305). Tabela 2 - Principais manifestações bucais associadas ao uso de metanfetamina MANIFESTAÇÕES Fluxo salivar reduzido Xerostomia Cáries rampantes Doença periodontal Bruxismo Fonte: HAMAMOTO & RHODUS (2009, p. 27-37) A xerostomia é a reclamação mais presente nos usuários de metanfetamina (SCHIFANO et al., 2007). O sistema nervoso autônomo controla a secreção salivar por meio das vias simpática e parassimpática (SAINI et al., 2005). A metanfetamina é uma amina simpaticomimética, que tem ação nos receptores adrenérgicos, broqueando os receptores alfa-2 , causando vasoconstrição, assim reduzindo o fluxo salivar, levando a um estado de hiposalivação (GOODCHILD et al., 2007). A redução do fluxo salivar causa perda na capacidade tampão da saliva, assim crescendo o risco de cáries e aumentando a desmineralização dentária (SAINI et al., 2005; GOODCHILD et al.,2007). Por causa dos períodos de abstinência, onde o indivíduo por algum tempo tem cuidado com a higiene oral, a destruição intraoral é alternada, entre períodos de rápida e lenta progressão, nos períodos de má higienização os usuários podem apresentar doença periodontal. (KLASSER & EPSTEIN, 2006; GOODCHILD & DONALDSON, 2007). 1 Sandy Daniely Alves Santana, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá (UNIC) MT - Brasil. E-mail: sandniely@yahoo.com.br 2 Rafaela Patricia Arruda de Souza, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá (UNIC) MT – Brasil. E-mail: rafaelaarrudatst@hotmail.com JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 O bruxismo é resultado da intensa energia e atividade neuromuscular durante a fase de consumo da metanfetamina (HAMAMOTO & RHODUS, 2009; SAINI et al., 2005). TRATAMENTO E PROGNÓSTICO O cirurgião-dentista deve estar atento quando um adulto jovem com pouco peso, agitado e nervoso apresentando taquicardia, taquipneia, hipertensão, hipertermia e cáries rampantes na superfície vestibular e interproximais. A falha no reconhecimento destes sinais pode causar sérias consequências. Depois de 6 horas da ingestão, a metanfetamina potencializa os efeitos das aminas simpaticomiméticas. O uso de anestésicos locais, com adrenalina ou levonordefina, pode levar a crise hipertensiva,acidente vascular cerebral ou infarto do miocárdio. O cuidado também deve ser adotado na administração de sedativos, anestesia geral, óxido nitroso ou prescrição de narcóticos. Embora o abandono do uso desta droga ilegal seja essencial, os pacientes devem ser instruídos, durante os períodos de xerostomia, a não beber refrigerantes ácidos ou com alto teor de açúcar e evitar diuréticos como cafeína, tabaco e álcool. Além disso, a importância da higiene oral e pessoal deve ser enfatizada. Medidas de prevenção como a aplicação de flúor tópico, podem auxiliar na proteção dos dentes. O paciente deve ser encaminhado a um médico de um centro de 2especialista em abuso de substâncias químicas (NEVILLE et al., 2009). CONSCIDERAÇÃO FINAIS As consequências da utilização indevida da metanfetamina, podem ser observadas a nível físico e psíquico. O cirurgião dentista precisa estar alerta aos sinais e sintomas que ocorrem no usuário, para assim tomar precauções no tratamento. A xerostomia, a cárie dentária, o bruxismo e a doença periodontal são as manifestações orais mais frequentes nos usuários. É importante instruir o paciente a uma boa higienização oral, utilizar 1 Sandy Daniely Alves Santana, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá (UNIC) MT - Brasil. E-mail: sandniely@yahoo.com.br 2 Rafaela Patricia Arruda de Souza, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá (UNIC) MT – Brasil. E-mail: rafaelaarrudatst@hotmail.com JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 medidas preventivas que ajudem na remineralização do dente e encaminha-lo para um centro de especialista em abuso de substâncias químicas, na tentativa e empenho de proporcionar-lhe uma melhoria na sua qualidade de vida. BIBLIOGRAFIA 1. AMARAL, A.S.; GUIMARÃES, M.I. Manifestações orais do uso de metanfetaminas. Rev. Port. Estomatol. Med. Dent. Cir. Maxilofac. 53(1): 175-80. 2012. 2. COLODEL, E.V.; SILVA E.L.F.M.; ZIELAK J.C.; ZAITTER W., Michel-Crosto E., Pizzatto E. Alterações bucais presentes em dependentes químicos. RSBO; 6(1): 44-8. 2009. 3. COUTINHO, M.P.L.; LUDGLEYDSON F.A.; GONTIES B. Uso da maconha e suas representações sociais: estudo comparativo entre universitários. Psicol. Est. 9(3): 469-77. 2004. 4. GUERREIRO, D.F.; CARMO, A.L.; SILVA, J.A.; NAVARRO, R.; GÓIS, C. Um novo perfil de abuso de substâncias em adolescentes e jovens adultos. Ata Med Port, 24, pp. 739-756. 2011. 5. CICCARONE, D. Stimulant abuse: pharmacology, cocaine, methamphetamine, treatment, attempts at pharmacotherapy. Prim Care, 38, pp. 38-41. 2011. 6. FERNANDES, J.P.; BRANDÃO, V.S.G.; LIMA, A.A.S. Prevalência de lesões cancerizáveis bucais em indivíduos portadores de alcoolismo. Rev. Bras. Cancerol. 54(3): 239-44. 2008. 7. SCHIFANO, F.J.M.; CORKERY, G. CuffoloSmokable (“ice”, “crystal meth”) and non smokable amphetamine-type stimulants: clinical pharmacological and epidemiological issues, with special reference to the UK. Ann Ist Super Sanita, 43, pp. 110-115. 2007. 8. KLASSER G.D.; EPSTEIN, J.B. The methamphetamine epidemic and dentistry. Gen Dent, 54, pp. 431- 439. 2006. 9. HAMAMOTO, D.T.; RHODUS, N.L. Methamphetamine abuse and dentistry. Oral Dis. 15(1): 27-37. 2009. 10. GOODCHILD, J.H.; DONALDSON, M. 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SAINI, T.S.; EDWARDS, P.C.; KIMMES, N.S.; CARROLL, L.R.; SHANER, J.W.; DOWD, F.J. Etiology of xerostomia and dental caries among methamphetamine abusers. Oral Health Prev Dent, 3, pp. 189-195. 2005. BALANÇO DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE MÉTODO ANESTESIA PARA PACIENTES HIPERTENSOS IGOR FERRAZ O presente trabalho compreende a elaboração de balanço de produção acadêmica e científica sobre o MÉTODO ANESTESIA PARA PACIENTES HIPERTENSOS através de banco de dados eletrônico, disponível para consulta pela internet. O objetivo do trabalho é situar a pesquisa no contexto de produção científica nacional. Isso ocorreu através do acompanhamento das produções já realizadas no país e da análise dos resultados formado pela coleta nos bancos de dados. A metodologia utilizada foi a do “Estado da Arte”. Foram realizadas várias buscas com combinação de descritores no Banco de Teses da SCIELO. A combinação de descritores escolhidas foi “Anestesia Hipertensos” que apresentou 18 (vinte) trabalhos. As publicações que se mostraram interessantes para um estudo ganharam destaque a partir do ano de 2012, e de lá para cá vem se mantendo em pequenas quantidades de trabalho. Palavras-chave: Anestesia Hipertensos, Procedimento odontológicos, Pacientes Hipertensos Introdução O objetivo do trabalho é situar a pesquisa no contexto de produção científica nacional. Isso ocorreu através do acompanhamento das produções já realizadas no país e da análise do corpus formado pela coleta nos bancos de dados. Itens como ano de publicação, instituição, região geográfica da coleta da publicação, área de conhecimento das produções permitem conhecer de uma progressão de produção do conhecimento sobre a temática a ser abordada. JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 A busca ocorre pela determinação de descritores que identifiquem a pesquisas. Esses descritores são compostos de palavras-chave, que possuem conceito determinado. O conceito de cada palavra-chave é estabelecido por um consenso científico e também pela voga científica dada pelo conceito, e acordo com período de significação e apropriação do termo. Diante deste procedimento é possível delimitar conceitos e meios da pesquisa. Os próprios descritores são estabelecidos dentro da dinâmica do estado da arte e são determinados por uma média adequada de resultados alcançados com os objetivos e interesse do pesquisador diante da pesquisa. Sílvio Sanches Gamboa, em seu texto “Análise da produção do conhecimento em educação”, demonstra que a produção do conhecimento vai alem do “estado da arte”. O autor afirma através de outros autores3 que esse tipo de pesquisa: deve ir sendo paralelamente construída, identificando e explicitando os caminhos da ciência, para que se revele o processo de construção do conhecimento sobre determinado tema, para que se possa tentar a integração de resultados e também, identificar duplicações, contradições e, sobretudo, lacunas, isto é, aspectos não estudados ou ainda precariamente estudados, (e) metodologias de pesquisapouco exploradas (SOARES E MACIEL, citado por GABMOA, ). Nas discussões de Gamboa, essa metodologia se enquadra como “revisão bibliográfica” de caráter “inventariante e descritivo da produção acadêmica” (FERREIRA citado por GAMBOA 2013). O autor afirma que a pesquisa deveria estar além do “estado da arte” não só como progressão da trajetória da produção; deveria estabelecer relações contextuais como “conjunto de outros parâmetros” (GAMBOA, 2013). Gamboa estabelece uma matriz epistemológica da pesquisa. Que possibilita ir alem do mapeamento da produção científica. Essa matriz possibilita a contextualização epistemológica da pesquisa e assim sendo, indo além do contexto de produção propiciado pelo estado da arte. Gamboa apresenta três níveis de elementos histórico-sociais que estabelecem os elementos de contexto dessa matriz paradigmática. Eles são macro- 3 O autor não menciona nas Referências Bibliográfica a obra de “SOARES E MACIEL, 2000: 6” JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 estruturais; meso-institucionais e micro-sociais. Esses níveis são articulados e se condicionam entre si. No nosso entendimento o balanço de produção através do estado da arte é um procedimento transversal entre os elementos da matriz paradigmática da pesquisa. Desta maneira, o balanço de produção estabelece a localização da pesquisa dentro de um contexto de produção científica entre as referências epistemológica da pesquisa. O balanço de produção que se realiza com este trabalho é parte de um projeto mais amplo, que se desenvolverá metodologicamente através da perspectiva fenomenológica de pesquisa. A fenomenologia não preconiza esse procedimento, porém compõe a sincronia dentro dessa perspectiva. O contexto que evidencia o oculto dentro da perspectiva fenomenológica está ligada a diacronia ou sincronia do tempo: A preocupação sincrônica concebe os fenômenos como colocados num cenário, com sistemas dentro de um macrossistema. Embora adquiram movimento no conflito das interpretações, eles são a manifestação de uma essência permanente (o invariante). As pesquisas diacrônicas são coerentes com a visão dinâmica da realidade e as noções ontológicas de “mundo inacabado” e o “universo em construção” e estão preocupadas em perceber os fenômenos no seu devir e na sua história. (SOUZA, 2001) A sincronia faz parte do contexto histórico-social da pesquisa. Epistemologicamente o balanço de produção promoverá o desenvolvimento sincrônico da pesquisa, pois permitirá compreender o desenvolvimento da temática de acordo com a relação espaço/tempo. Metodologia A metodologia utilizada é a do “Estado da Arte” ou “Estado do Conhecimento”, que consiste em: Mapear e de discutir uma certa produção acadêmica em diferentes campos do conhecimento, tentando responder que aspectos e dimensões vêm sendo destacados e privilegiados em diferentes épocas e lugares, de que formas e em que condições têm sido produzidas certas dissertações de mestrado, teses de doutorado, publicações em periódicos e comunicações em anais de congressos e de seminários. (FERREIRA, 2002) JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 As primeiras pesquisa denominadas “estado da arte” começam a ganhar atenção no meio científico brasileiro a cerca de 30 anos atrás (FERREIRA, 2002). O que determinou o fortalecimento desse método de pesquisa foi a possibilidade de sistematização de bancos de dados de pesquisa. Esse tipo de pesquisa bibliográfica só era possível de serem realizadas através de catálogos de bibliotecas ou bancos de dados físicos similares. A abrangência da se limitava a disponibilidade de obras no local de arquivo. Os meios eletrônicos permitiram o avanço significativo dessas pesquisas. Inicialmente os CDs ROM que reuniam os trabalhos em eventos científicos e as publicações eletrônicas de periódicos deram maior reforço científico ao estado da arte. Os bancos de dados disponíveis na internet atualmente permitem realizar o estado da arte de maneira mais prática e com menos esforço, abrangendo o maior número de trabalhos. O banco de tese da Scielo reuniu todas as produções de programas de pós- graduação no país e assim sendo, padronizou a produção científica a ser consultada. Ao reunir dissertações e teses, o banco de teses da Scielo deu destaque as produções científicas vinculadas à pós-graduação e formou um corpus representativo e uniforme de produção científica bastante abalizada. O interesse é desenvolver pesquisa sobre o método de anestesias para hipertensos. A bibliografia de referência foi determinada de acordo com a pesquisa e reuniu obras referentes à pacientes diabeticos, pressão arterial, vasoconstritor. A partir da definição da bibliografia da pesquisa foi pré estabelecido o caminho do balanço de produção Valci Barbosa, em trabalho apresentado no PPDEdu/Unemat estabelecu as seguintes fases do balanço: Eleger a(s) fonte(s) de consulta Definir o período de busca Escolher os descritores (palavras-chave) Selecionar os trabalhos (ler os resumos) Realizar análise dos trabalhos selecionados Elaborar síntese (BARBOSA, 2013) JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 Acompanhando essas fases, o primeiro passo foi eleger o Banco de Teses da Scielo como fonte de consulta. O período de busca não foi determinado, pois o interesse maior era buscar trabalhos que envolvessem a temática em questão e não o período; também se considerou o pouco número de trabalhos que envolvessem to da a temática. Os descritores foram definidos através de uma pré-busca que possibilitou agrupar a combinação que forneciam os trabalhos mais próximos da temática estabelecida. Essa pré-busca foi fundamental para definir elementos da pesquisa, como as palavras-chave que determinam o trabalho, e também estabelece a sistemática em que o trabalho será localizado após a publicação. Na página Scielo existe um espaço para busca. A busca é realizada por assunto, conforme indica a imagem: Ao inserir apena um descritor, o resultado é muito amplo. Como resultado do descritor “Hipertensos” apareceram 1.507 (mil quinhentos e sete) trabalhos; ao descritor “Anestesia” foram 3.364 (dois mil setecentos e vinte) trabalhos. A solução foi combinar os descritores em uma única busca e marcar a opção “todas as palavras” entre as opções logo abaixo do espaço para os descritores. JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 Foram realizadas várias buscas com combinação de descritores, como “Pacientes Hipertensos” com 847 (oitocentos quarenta e sete) trabalhos; “Pacientes Hipertensos”, não apresentando nenhum resultado; “Anestesia Hipertensos” com 18(dezoito) trabalhos. A combinação de descritores escolhidas foi “Anestesia Hipertensos” que apresentou 18 (vinte) trabalhos. Os trabalhos com essa combinação de descritores foi a que melhor associou com a temática e objetivos do trabalho. Resultado e Discussão Entre os 18 (vinte) trabalhos selecionados existem publicações de 1995 a 2017. 2000 e 2001 não houve publicações. 2015 foi o pico de publicação, com 04 (quatro) . A maioria dos trabalhos está na áreado Anestesiologia, totalizando 07 (sete) trabalhos. Existe 05(Cinco) trabalho em Cirurgia, 03 (Três) trabalho em Medicina Geral e Interna, 02 trabalho em cada área de Alergia, Sistema Cardíaco, Odontologia, em Anestesia Hipertensos, que pode compor esta área. Saúde é a segunda área mais contemplada, com 16 (Dezesseis ) trabalhos. As demais áreas foram tiveram apenas um trabalho cada. Dentre essas áreas, existem áreas afins, como no caso de Ciências Humanas, e Multidisciplinar. Desses 18 (Dezoito) Trabalhos, 08 (oito) dos trabalhos estão em instituições brasileiras, 03(três) dos trabalhos em cuba, 02 (dois) trabalhos cada em Uruguai e Argentina, os demais 01 (um) cada em Argentina, México e Venezuela. Considerações Finais As publicações no banco de teses da Scielo que se mostraram interessantes para um estudo sobre Anestesia em Hipertensos vem se ganhando destaque a partir do ano de 2015, e de lá para cá vem se mantendo em pequenas quantidades de trabalho. Esse dado JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 pode revelar pouco interesse na área cujos fatores não são possíveis de serem identificados, mas mostra que o tema é pouco explorado. Nem todos os trabalhos versam sobre Saúde sobre o método a ser usado para com o paciente hipertenso, mas foram selecionadas pela busca por terem o Hipertenso como sujeito ou propriamente Referências Bibliográficas BARBOSA, Valci Aparecida. Metodologia para elaboração de balanço de produção. (Apresentação de slides). Apresentado em: 25/06/2013 FERREIRA, Norma Sandra Almeida. “As pesquisas denominadas “Estado da Arte”. Educação & Sociedade, ano XXIII, no 79, Agosto/2002 GAMBOA. S. S. Análise da produção do conhecimento em educação: ampliação de sentidos e de desafios. Texto digitado. Acessado em: 25/07/2013 GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de pesquisa social, 5ª edição. São Paulo: editora Atlas S.A. 2007. GIL, Antônio Carlos. O projeto na pesquisa fenomenológica, Anais IV SIPEQ . Rio Claro: UNESP, 2010 MILHOMEM, André Luiz Borges; GENTIL, Heloisa Salles; AYRES, Sandra Regina Braz. Balanço de Produção Científica: A utilização das TICs como ferramenta de pesquisa acadêmica. SemiEdu2010 - ISSN:1518-4846 - UFMT, Cuiabá-MT, 2010 MINAYO, M.C.S. (Org.). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Petrópolis RJ: Vozes, 2004. RIBEIRO, José Luis Duarte. Diretrizes para elaboração do Referencial Teórico e Organização de Textos Científicos. 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JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 O PAPEL DO ODONTÓLOGO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) Ana Roberta Paraba de Oliveira Daiele Andrade da Cruz Natallya Rodrigues Fialho Sergio dos Reis Soares INTRODUÇÃO É de conhecimento geral, a grande importância que o SUS tem em nossa sociedade, desde seu momento de construção até os dias atuais. O SUS é composto por diferentes profissionais, desde procedimentos mais simples como um curativo à até mesmo uma cirurgia do coração. Embora esse programa muito conhecido e utilizado tenha falhas, é inevitável não ver o bem que o mesmo faz para a população. Como citado a cima, o SUS é composto por diferentes profissionais da saúde, sendo assim aprofundaremos nosso assunto em uma área bastante importante, a saúde bucal, relatando a importância do Cirurgião Dentista no sistema único de saúde. Na oficina Saúde Bucal na Vigilância à Saú- de no Distrito Sanitário, promovida pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPS), Nú- cleo de Estudos em Saúde Coletiva do Paraná (Nesco) e Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, em 1992, foram discutidas algumas experiências municipais de saúde bucal e apontados os principais problemas relacionados à inserção do profissional de saúde bucal no SUS: JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 1. A dificuldade do profissional detectar a importância das práticas odontológicas na saúde da população, e do potencial da sua intervenção na saúde bucal 2. A limitação do conceito saúde/doença na sociedade 3. A falta de participação da população na organização e avaliação dos serviços prestados pelo cirurgião dentista no SUS, gerando assim a baixa efetividade das ações de saúde bucal 4. Falta de conhecimento e incorporação das diretrizes que regem o SUS fazendo com que assim, algumas áreas populacionais sejam mais privilegiadas que outras 5. A prática de atenção à saúde bucal fortemente voltada para o modelo clínico 6. A restrição do cirurgião dentista, fazendo com que seja o único profissional responsável na atuação de saúde bucal, consequentemente fazendo com ele faça parte dos profissionais de saúde que regem o SUS 7. O privilegio a procedimentos cirúrgicos, aumentado assim o valor de pagamento ao cirurgião. Com o passar dos anos o SUS foi se modificando para melhoria da sua atuação na sociedade, embora esses problemas citados acima ainda permaneçam nos dias atuais, houve um avanço de grande importância que foi a mudança de pagamentos nos procedimentos. Todos os munícios recebem do SUS um valor per-capta, esse valor pode ser utilizado em campanhas de prevenção. A respeito dos problemas relacionadas as práticas sanitárias, o Governo Federal fica responsável por essa prática. Como já foi citado acima, o SUS é composto por vários profissionais, no PSF ele é composto por no mínimo: ü Um médico ü Um enfermeiro ü Um auxiliar de enfermagem ü De 4 á 6 agentes comunitários de saúde JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 Entretanto outros profissionais já estão sendo incorporados no PSF, como por exemplo, dentista, nutricionista, assistente social, psicólogo e etc(dependendo das possibilidades administrativo-financeiras dos municípios). De acordo com o Ministério da Saúde (MS, 2003) existem duas modalidades voltadas a saúde bucal: · Modalidade 1: cirurgião-dentista e um atendente de consultório dentário · Modalidade 2: técnico em higiene dental O Vigisus, referece a um esforço de vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental, sob a designação de vigilância em saúde. Muitas dessas vigilâncias estão voltadas para a área de atuação do cirurgião dentista, o, a vigilância de serviços odontológicos e a vigilância da qualidade da água. Infelizmente a atuação do cirurgião dentista tanto na rede básica como nos níveis central e distrital não é muito discutida, a literatura a respeito desse profissional é escassa, sendo assim, temo como objetivo discutirsobre a importância desse profissional no SUS A reorganização das práticas de saúde A Vigilância da Saúde é entendia como não apenas como a união de três vigilâncias, mas sim como uma forma de prestação de serviços em saúde. Esse modelo esclarece que saúde é um bem construído socialmente, reconhecendo que para ter uma boa saúde é necessário ter uma boa condição de vida. A principal relação aos modelos médico-assistencial e sanitarista é a inclusão de novos sujeitos. A população como sujeito na construção desse modelo é fundamental para os atores tradicionais de saúde, não apenas no atendimento a queixas e doenças, mas também para os modo de vida. Nesse contexto tem direitos e deveres tantos para os profissionais quanto para as população. Os profissionais de saúde são responsáveis pela população em geral, não apenas aqueles que estão precisando de atendimento médico. Entretanto, é de responsabilidade do cidadão que preserve ao máximo sua saúde. JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 A Carta de Otawao principal documento atual movimento da promoção de saúde, que se consubstancia em uma combinação de cinco estratégias: políticas públicas saudáveis, desenvolvimento de habilidades pessoais, fortalecimento das ações comunitárias, criação de ambientes saudáveis e reorientação dos serviços de saúde (WHO, 1986). Esse documento é forma de sistematizar as possibilidades de atuação no SUS é a partir desses níveis de atuação. Politicas públicas saudáveis Políticas públicas consistem em ações tomadas pelo Estado que têm como objetivo atender os diversos setores da sociedade. Politicas são um conjunto de ideias que dão sustentação para as ações. As politicas publicas podem assegurar um meio ambiente saudável, ofertando serviços que conduzam à equidade e tornando mais acessíveis as escolhas saudáveis ( Dickson e Abegg,2000). Entre as politicas publicas que visam a melhora da situação de saúde da população, esta relacionada aos hábitos alimentares, principalmente ao consumo de açúcar, considerado um dos principais fatores etiológicos da cárie dentária. (Dickson e Abbeg, 2000; Sheiham e Moyses, 2000) acreditam que as politicas promotoras de saúde relacionada a esse assunto incluem desde a diminuição da plantação da cana de açúcar à inclusão de temas transversais nos currículos escolares enfatizando o consumo e o efeito do açúcar sob o aspecto nutricional . Também são de extrema relevância as politicas relacionadas à higiene bucal ,buscando soluções para tal situação , com aspectos relacionados por exemplo ao flúor, ao tabagismo e aos serviços de saúde .Sugere-se a fluoretação da agua de abastecimento, a redução do uso do tabaco com o aumento dos impostos sobre o cigarro, o estimulo ao cirurgião dentista ´para utilizar metade do seu tempo em programas de promoção fora da unidade de saúde (Dickson e Abbeg, 2000; Sheiham e Moyses, 2000) Os serviços de saúde são importantes para a saúde bucal da população, no entanto, o serviço prestado pelo odontólogo é visto apenas como área curativa. É então, que se deve ser trabalhado o conceito de Promoção da Saúde- que vem JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 a ser sinônimo de prevenção de saúde e praticas voltadas para a atuação sobre os fatores de risco. Vigilância da saúde Tradicionalmente, as práticas de vigilância foram estruturadas e orientadas pela demanda espontânea e pontual, tendo um forte componente autoritário e fiscalizador. Em geral, faz-se vigilância "sobre" os profissionais e não "com" a participação ativa deles e, como conseqüência, os programas perdem eficiência e efetividade. De um modo geral, a formação e a capacitação de recursos humanos na área da vigilância é um grande desafio a ser superado. Esses profissionais necessitam incorporar ao saber específico de sua área outros saberes, provenientes de diferentes campos do conhecimento, e desenvolver competências e habilidades, visando fundamentar cientificamente sua prática cotidiana e com isso aumentar a credibilidade de suas ações, isso requer que os profissionais de saúde responsáveis pelas ações de vigilância busquem a legitimidade social. No âmbito da vigilância da saúde, a prática odontológica abrange uma série de ações que incidem não somente na saúde dos indivíduos e da coletividade, mas também no meio ambiente. É certo que, muitas vezes, na realização dessas atividades, interesses econômicos dos envolvidos são contrariados. Por essa razão, é imprescindível o envolvimento dos prestadores de serviços odontológicos, desde a definição e a normatização de rotinas até as ações de fiscalização. A importância da participação do cirurgião-dentista na equipe de vigilância se deve ao conhecimento técnico específico e ao embasamento científico que orientam as ações Vigilância de serviços odontológicos A qualidade da prestação dos serviços odontológicos depende de um constante cuidado por parte dos cirurgiões dentistas e sua equipe profissional, particularmente, quanto às questões de biossegurança na prevenção dos agravos a saúde da população,as ações de vigilância de serviços odontológicos têm por objetivo proteger a saúde da população de numerosos riscos reais ou potenciais e promover os meios necessários para garantir a segurança sanitária nesses ambientes,a exposição a fatores de risco físico-químicos e biológicos, a geração JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 de resíduos sólidos, tóxicos e infectantes determinam uma preocupação cada vez maior com a segurança da prática odontológica. Cabe a Vigilância Sanitária realizar o monitoramento de serviços públicos e privados com a finalidade de verificar “in loco”, através das inspeções sanitárias, a aplicação das normas técnicas definidas pela legislação vigente, com o objetivo de minimizar ao máximo o risco de contaminação cruzada, a ausência de legislação federal específica, estabelecendo parâmetros e regulamentando as ações de controle de infecção e biossegurança no ambiente odontológico O controle de infecção ainda não ocupa um lugar de destaque nas rotinas de trabalho praticadas por profissionais em todo o país. Soma-se a essa realidade o fato de o cirurgião-dentista, historicamente, trabalhar isolado e realizar procedimentos invasivos. A deficiência no ensino acadêmico quanto à teoria e à prática de um efetivo controle de doenças transmissíveis nos estabelecimentos odontológicos também justifica a regulação e a preocupação do poder público com esses ambientes. Vigilância de produtos fluorados. A utilização do flúor é um fator de grande importância para o controle da cárie dentária, tem a capacidade de inibir ou mesmo reverter o início e a progreção da mesma. Porém a atenção deve ser elevada durante sua utilização por se tratar de uma substância farmacologicamente ativa, deve- se ter um controle na utilização em termo risco- benefício. A vigilância da saúde esta no controle dos teores de flúor nas águas de abastecimentos públicos, nas águas minerais, nos produtos alimentícios, medicamentos e cosméticos ( dentifrícios) pois enquanto a subdosagem não traz benefícios a sobredosagem associa-se com a ocorrência de fluorose. Em 1974 foi aprovada a lei federal n°6.050 regulamentada pelo decreto 76.872 de 22/12/75 que tornou obrigatória a fluretação das águas de abastecimentos públicos em municípios comestação de tratamentos de água. A água distribuída para consumo humano exercida por órgãos públicos deve haver um alto nível de controle por parte de secretarias municipais de saúde levando em consideração o controle dos índices de flúor efetivamente presente nas águas, as análises das águas devem ser feitas mediante a coleta em diversos pontos da cidade classificando os teores de flúor ativo em ppm ( parte por JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 milhão) a saber: ausente, abaixo, adequado e acima , para maior parte do território brasileiro o limite esta entre 0,6 e 0,9 ppm de flúor. A agência de vigilância sanitária não limita o teor máximo permitido , por essa razão, os municípios devem exercer seu poder regulamentar impedindo a comercialização de águas que excedam os índices recomendados. Vigilância ambiental de resíduos tóxicos. O sistema de vigilância de resíduos tóxicos aponta que a fonte mais comum de intoxicação profissional inclui ações relacionadas a manipulação , segregação , armazenamento, estocagem, transporte e destinação final. Em estabelecimentos odontológicos um resíduo químico altamente perigoso descartado no meio ambiente é o mercúrio que esta presente em restaurações dentárias 80% dele entra no corpo humano por vias respiratórias . Vigilância epidemiológica da cárie e doença periodontal. A organização mundial da saúde recomenda parâmetros preconizados nas atividades nas atividades da vigilância epidemiológica o monitoramento e a avaliaçoes de ações de controle são de grande importância nesses tipos de situações . O nível de satisfação de usuários e de profissionais podem ser incluídos como indicadores de interesse local , em nível municipal os inquéritos poderão ser realizados de 10 em 10 anos, em localidades como bairros, distritos sanitários e de mais necessidades da população essa periodicidade pode ser reduzida. O planejamento de políticas de avaliação e monitoramento da saúde bucal nessas situações devem ser organizadas em um sistema de informação CONCLUSÃO O presente trabalho apontou alguns dos possíveis papeis dos cirurgiões- dentistas no Sistema Único de Saúde ,realizado através de uma revisão de literatura . Acredita-se que a saúde não é apenas a ausência de doenças mas sim um completo bem estar, físico , metal e social. REFERENCIAS : JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 Moyses S& Watt R2000.Promoção de Saúde Bucal- Definições,pp. 1-21.In YP Buischi(org.). Promoção de saúde bucal na clinica odontológica. Ed.Artes Médicas, São Paulo. Ismail AI, Burt AA &Eklund AS 1983. Epidemiologic patterns of smoking and periodontal disease in the United States. JADA306:617-621. Denise Aerts, ClaídesAbegg , Kátia Cesa . O papel do cirurgião-dentista no Sistema Únicode Saúde , 2003 . JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 MATERIAIS DENTARIOS RESTAURADORES Autores: Karla Regina Mazete, Odontologia, 2º SEM., FAPAN. Matheus Vinicius Ribeiro Sales, Odontologia, 2º Sem., FAPAN. Nela Marina Cháves Paredes, Odontologia 2º Sem., FAPAN. RESUMO Com o surgimento das resinas Bulk Fill o principal problema enfrentado pelo metacrilato, contração de polimerização, passou a ser superado. Com indicação de procedimentos com 4 mm e alta reatividade a luz de polimerização essas resinas são indicadas para restaurações posteriores com o mínimo de contração a polimerização. As resinas bulk-fill ainda são desconhecidas por muitos profissionais, existindo uma necessidade na odontologia de conhecê-las melhor, por mostrarem resultados positivos, reafirmando o quanto pode ser inovadoras e práticas, diminuindo o tempo clínico do cirurgião-dentista e, conseqüentemente, maior comodidade para o paciente, reduzindo tempo de espera na cadeira. O objetivo do trabalho foi analisar as características das resinas Bulk Fill, onde foi realizada uma busca de artigos, que foram analisados para auxiliar na pesquisa. Verificou-se que os estudos laboratoriais demonstraram excelentes resultados em relação a essas resinas, mas o número de estudos clínicos ainda é muito pequeno, apesar de sua relevante qualidade. Palavras-chave: Resina Bulk Fill, Materiais Dentários, Polimerização. INTRODUÇÃO JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 Este trabalho tem como objetivo expandir conhecimentos sobre a utilização de materiais resinosos assim como os seus benefícios para realização dos mais variados tipos de restaurações, trazendo em destaque a resina Bulk-fill. As resinas compostas sejam elas utilizadas para adesão, restauração ou cimentação, são os materiais mais utilizados na odontologia adesiva atualmente. Esse material, ao longo da história, passou por transformações especialmente no que se refere ao modo de polimerização. As primeiras resinas eram quimicamente ativadas, e passaram a ser fotoativadas por luz ultravioleta somente em 1973¹. Por conta dos efeitos prejudiciais desse tipo de luz (aumentava a incidência de queimadura de córnea e cataratas), curta vida útil das lâmpadas e limitada profundidade de polimerização, deu- se início a estudos visando a utilizar a luz visível para fotoativação¹. Com isso, houve necessidade de maior desenvolvimento também das fontes de luz, para que elas conseguissem excitar de maneira correta os sistemas fotoiniciadores presentes nos materiais resinosos¹. METODOLOGIA Foi realizada uma pesquisa bibliográfica baseada em artigos científicos sobre resina Bulk Fill. O estudo caracterizou-se como revisional, a partir da busca na literatura utilizando-se as bases de dados disponíveis no PUBMED e Google Acadêmico, conduzindo-se a pesquisa de artigos, monografias e livros publicados com as seguintes palavras-chave: Resina BulkFill, Polimerização, Fotoativação. No qual a metodologia empregada baseia-se na leitura e análise de textos nos acervos digitais, com o intuito de gerar conclusões gerais sobre o tema de interesse². RESULTADOS As resinas compostas e o conceito de adesividade permitem que a dentística atual venha ao encontro das necessidades estéticas que permeiam a sociedade moderna. Hoje JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN ANAIS – ISSN 2525-6327 a nossa especialidade consegue resolver praticamente todos os casos de reabilitações estéticas que se apresentam em nossos consultórios apenas com o uso de técnicas adesivas e materiais à base de resina composta. Desde seu desenvolvimento nos anos 60, as resinas compostas têm evoluído e ocupado um espaço cada vez maior dentro da Odontologia. Suas propriedades mecânicas, adesivas e estéticas vêm se desenvolvendo ao longo dos anos, ocupando hoje um lugar de destaque dentro da clínica diária. Na evolução desses materiais temos a sua fotopolimerização que veio trazer uma série de melhorias nas propriedades mecânicas, menor porosidade, maior tempo de trabalho e uma melhora na sua manipulação
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