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Odonto resumida

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II JOFP 
Jornada Odontológica FAPAN 
“Inovações e tecnologias em odontologia: uma nova perspectiva para o futuro ” 
 
 
 
CADERNO DE RESUMOS 
 
Eduardo dos Santos Garcia (Org.) 
 
 
25, a 27 de outubro de 2017 Curso de Odontologia 
FAPAN - Faculdade do Pantanal – Cáceres – Mato Grosso - Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN 
 ANAIS – ISSN 2525-6327 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2017, Jornada odontológica FAPAN – JOFP, II Edição. 
FAPAN - Faculdade do Pantanal - Cáceres - MT – Brasil 
Eduardo dos Santos Garcia (Org.) 
 
 
ISSN 2525-6327 
 
OS TEXTOS SÃO DE RESPONSABILIDADE DOS AUTORES, 
MANTIDO O FORMATO ORIGINAL DA SUA REDAÇÃO. 
 
Página da web do II JOFP: http://fapan.edu.br/eventos-academicos 
http://fapan.edu.br/eventos-academicos
http://fapan.edu.br/eventos-academicos
http://fapan.edu.br/eventos-academicos
http://fapan.edu.br/eventos-academicos
 
 
 
 JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN 
 ANAIS – ISSN 2525-6327 
II JOFP 
Jornada Odontológica FAPAN 
“Inovações e tecnologias em odontologia: uma nova perspectiva para o futuro ” 
 
ADMINISTRAÇÃO DA FAPAN 
 
Elvys Ferreira de Oliveira Diretor Geral 
 
Marilza Luiz Ferreira Coordenadora Pedagógica 
 
Eduardo dos Santos Garcia Coord. Do Curso de Odontologia 
 
 
 COORDENADOR RESPONSÁVEL 
 
Prof. Me. Eduardo dos Santos Garcia 
 
COMISSÃO ORGANIZADORA 
 
Prof. Me. Eduardo, dos Santos Garcia 
Discente. Welves ferreira Laet 
Discente. Luiz Felipe da Costa Souza 
Discente. Henrique Nogueira Maldonado 
 
COMITÊ CIENTÍFICO 
 
Prof. Esp. Anderson Floriano Barbosa – FAPAN 
Prof. Me. Menandro dos Santos Garcia – UNIC tangará 
Prof. Drª. Evanice Vieira – FAPAN 
Prof. Drª Denise da Costa Boamorte Cortela - FAPAN 
Prof.Dr. Claudia Maria Dias Moreira - UNEMAT 
Prof. Me Eduardo dos Santos Garcia- FAPAN 
 
 
 
 
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 ANAIS – ISSN 2525-6327 
SUMÁRIO 
1. COMPLICAÇÕES OROFACIAIS PELO USO ABUSIVO DE METANFETAMINA NA ODONTOLOGIA 
2. BALANÇO DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE MÉTODO ANESTESIA PARA PACIENTES HIPERTENSOS 
3. O PAPEL DO ODONTÓLOGO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) 
4. MATERIAIS DENTARIOS RESTAURADORES 
5. DOENÇAS BUCAIS E PERCEPÇÃO DE INDIVÍDUOS ACERCA DO CÂNCER DE BOCA. 
6. DISCUÇÃO SOBRE A INSERÇÃO DA ODONTOLOGIA NO MERCADO DE TRABALHO 
7. MUCOSITE BUCAL EM PACIENTES ONCOLOGOS 
8. PESO DA ALIMENTAÇÃO PARA ODONTOLOGIA: REAÇÃO DO AÇÚCAR NOS DENTES 
9. A INCLUSÃO DA ODONTOLOGIA NA ATENÇÃO BÁSICA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A QUALIDADE DE VIDA DA 
POPULAÇÃO 
10. O PAPEL DA ODONTOLOGIA PARA A CRIANÇA NA PRIMEIRA INFÂNCIA 
11. ISOLAMENTO ABSOLUTO: REVISÃO DE LITERATURA 
12. ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO DENTISTA NO ÂMBITO HOSPITALAR 
13. BENEFÍCIOS E QUESTIONAMENTOS DA UTILIZAÇÃO DA RESINA ACRÍLICA NA ODONTOLOGIA. 
14. ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO PARA PACIENTES PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS (PNE) 
15. PERSPECTIVAS DE USO DE CÉLULAS TRONCO NA ODONTOLOGIA NA ULTIMA DÈCADA 
16. CÁRIE PRECOCE E SEVERA NA INFÂNCIA 
17. ACTINOMIOSE 
18. DETERMINAÇÃO DE FATORES QUE INFLUENCIAM NA OCORRÊNCIA DE CÁRIE PRECOCE NA INFÂNCIA 
19. PIERCING NA CAVIDADE ORAL E SUAS COMPLICAÇÕES 
20. GENGIVITE CAUSAS E TRATAMENTO 
21. SÍNDOME DA NEURALGIA DO TRIGEMEO 
22. BALANÇO DE PRODUÇÃO CIENTIFCA SOBRE AVALIAÇÃO DA TENACIDADE À FRATURA DE DIFERENTES SISTEMAS 
CERAMICOS 
23. PREVALÊNCIA DO PROLONGAMENTO DO PROCESSO ESTILÓIDE EM RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS. 
24. BALANÇO DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA CANCER BUCAL 
25. UMA VISÃO GERAL SOBRE A SAUDE BUCAL DOS IDOSOS 
26. BRUXISMO E DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR: UM DESAFIO PARA A ODONTOLOGIA 
27. MÉTODOS RADIOLÓGICOS: DETECÇÃO DA RADIAÇÃO 
28. CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS DA CAVIDADE ORAL 
29. CLAREAMENTO DENTAL E A INFLUÊNCIA DE AGENTES CLAREADORES NO ESMALTE. 
30. ATENDIMENTO DO ODONTOPEDIATRA COM TÉCNICAS DE CONTROLE DE COMPORTAMENTO 
31. O DESUSO DA AMALGAMA 
32. HEMATOMA DE ERUPÇÃO CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
33. AÇÃO DO DENTISTA FRENTE AO HERPES SIMPLES 
34. AIDS E A BIOSEGURANÇA NO CONSULTORIO ODONTOLOGICO 
35. ISOLAMENTO ABSOLUTO: REVISÃO DE LITERATURA 
36. ANGIOEDEMAS OROFACIAIS RECORRENTE AO USO DE INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DA ANGIOTENSINA 
(IECAS) 
 
 
 
 
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 ANAIS – ISSN 2525-6327 
 
HEMATOMA DE ERUPÇÃO CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS. 
 
Caroline Aparecida Paré Bisinoto; Henrique Nogueira Maldonado; Roberta 
Cinthya Siqueira de Abreu. 
Instituição: FAPAN Faculdade do Pantanal. 
Professora; Tutora: Dr.ª Denise Cortela. 
 
Resumo: 
 O processo de erupção dental é caracterizado pela transição de onde ele sairá da 
cavidade alveolar e pertencerá a cavidade bucal, onde ali estarão a realizar todas as suas 
funções necessárias. Podemos usar como exemplo de uma alteração à cavidade bucal na 
criança, durante o processo natural de erupção dentária, há o cisto de erupção que é uma 
variedade distinta de um cisto dentígero, aparecendo como um hematoma da mucosa 
alveolar, o que se leva ao acúmulo de fluido no espaço do folículo de um dente em 
erupção. A patogênese do cisto é desconhecida, porém, aparentemente, ele se desenvolve 
pelo acúmulo de líquido entre o epitélio reduzido do órgão do esmalte e a coroa do dente. 
Vale ressaltar que essa patologia é mais comum em dentição permanente e voltada ao 
sexo masculino. 
 
 
 
 
 
 
Palavras-Chave: hematoma de erupção; erupção dental; diagnostico; tratamento. 
 
Introdução: 
 
 
 
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 O processo de erupção dental pode ser definido como o movimento 
migratório, realizado por um dente em formação, do seu local de desenvolvimento dentro 
do processo alveolar para sua posição funcional na cavidade bucal Amorim et al; (2015), 
“a erupção dentária é um fenômeno universal, fisiológico e é facilmente observado por 
pais e profissionais da saúde Ferreira et al; (2009)”. 
 Além disso, a expressão erupção é empregada para indicar o momento em que a 
coroa do dente rompe a gengiva e passa a pertencer ao ambiente bucal, ou seja, constitui 
somente uma etapa do processo fisiológico que compreende uma série de movimentos 
que os dentes executam, desde o seu estado de germe dental até o fim do seu ciclo 
fisiológico Amorim et al; (2015). 
Este processo representa parte do crescimento e desenvolvimento infantil e a 
cronologia de erupção é um indicador de uma série de ocorrências biológicas 
influenciadas por fatores genéticos e ambientai Amorim et al; (2015), com isso a fase em 
que os dentes irrompem e esfoliam pode sofrer alterações levando a aceleração ou atraso 
devido a distúrbios orgânicos ou até mesmo por fatores pessoais e/ou ambientais que 
apesar de não influenciarem no equilíbrio fisiológico podem causar variações na 
cronologia eruptiva, Amorim et al; (2015). 
Como exemplo de uma alteração associada à cavidade bucal na criança, durante a 
erupção dentária, há o cisto de erupção ou (hematoma de erupção) que constitui uma 
variedade distinta de um cisto dentígero, aparecendo como hematoma damucosa 
alveolar, resultante do acumulo de fluido no espaço do folículo de um dente em erupção 
Coser et al; (2004). De acordo com Amorim et al; (2015) o hematoma de erupção é um 
dos poucos fatores locais que provocam discreto atraso na erupção, salientando ainda que 
este é um problema que geralmente acomete os molares superiores decíduos. 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento: 
 
Os cistos odontogênicos são formados a partir do epitélio odontogênico, 
ocorrendo entre dentes e ossos maxilares. Tem seu inicio na proliferação e ou 
degeneração do epitélio Almeida et al; (2015). 
As lesões podem ser odontogênicas, não odontogênicas, de desenvolvimento e 
inflamatória, tendo sua origem nos maxilares. “Em crianças, 70% dos cistos tendem a ser 
de origem do desenvolvimento, enquanto 13,3% são de origem inflamatória Almeida et 
al; (2015)”. O cisto de desenvolvimento é gerado de acordo com o crescimento da 
criança, sendo o desenvolvimento dos ossos maxilo faciais junto às dentições decíduas e 
permanente Almeida et al; (2015). 
A formação do cisto de erupção é feita a partir do folículo dentário da coroa de 
um dente em erupção, sendo seguido do rompimento da crista óssea para a erupção 
dentária Coser et al; (2004). 
Tem patogênese desconhecida, porém ele se desenvolve pelo acúmulo de líquido 
entre o epitélio reduzido do órgão do esmalte e a coroa do dente. Tem seu 
 
 
 
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desenvolvimento iniciado na separação do folículo dentário que envolve a coroa de um 
dente em erupção Almeida et al; (2015), “provocando um bloqueio da microinfiltração 
regional que ocorre pela mucosa gengival e o dente não irrompido. Almeida et al; 
(2015)”. 
‘‘De acordo com Amorim et al; (2015) o hematoma de erupção é um dos poucos 
fatores locais que provocam discreto atraso na erupção, salientando ainda que este é um 
problema que geralmente acomete os molares superiores decíduos. ’’ 
Os cistos de erupção apresentam tumefação mole, que pode conter apenas líquido, 
ficando translúcida azulada, podendo apresentar também pigmento hemoglobínico, com 
aparência de hematoma. Assim quando houver traumatismo na região do cisto, com 
sangue na cavidade cística e ficando assim de cor purpura, passará a ser chamado de 
hematoma de erupção Almeida et al; (2015). 
 “Essa patologia é mais comum na dentição permanente e em meninos Almeida et 
al; (2015)”. Considerada rara em dentes decíduos essa patologia ocorre em cerca de 0,7%. 
No caso da dentição decídua o tratamento não será feito, sendo o acompanhamento à 
solução, isso ocorre pelo fato de que o dente rompe a lesão e aparece na cavidade bucal. 
Porém há casos em que a lesão gera incomodo e dor, necessitando assim de tratamento 
Almeida et al; (2015). 
“O diagnóstico do cisto ou hematoma de erupção é essencialmente obtido pelo 
exame clínico, com a realização de uma anamnese cuidadosa e criteriosa, levando-se em 
consideração o tempo de aparecimento da lesão, relato ou não de desconforto Almeida et 
al; (2015).” 
Fatores determinantes para o diagnóstico dos casos seria a análise da coloração, 
tamanho da lesão, consistência e a localização. Aspectos como, a cronologia da erupção 
e idade da erupção dos dentes decíduos, devem ser observados. Uma vez que os cistos de 
erupção acontecem quando o dente esta prestes a se irromper et al; (2015). 
Quando a cavidade se encontra com sangue, devido a algum trauma ou infecção 
sua coloração fica roxa ou azulada, sendo assim denominada de hematoma de erupção, 
para o diagnostico mais diferencial seria hemangioma, cisto gengival do recém-nascido e 
granuloma piogênico Almeida et al; (2015). 
“A conduta para esse tipo de lesão geralmente é a observação do caso, porque 
frequentemente o cisto se rompe espontaneamente, permitindo a erupção do dente 
Almeida et al; (2015)”. 
Quando o paciente reclama de dores, coceira, um desconforto, dificuldade para se 
alimentar se torna necessário uma intervenção. “A simples punção ou incisão e o 
tratamento eletivo com intuito de drenar o fluido acumulado no cisto e aliviar os sintomas. 
Almeida et al; (2015)”. 
Para os bebês uma excisão com lamina de bisturi ou perfuração com sonda irá 
romper o revestimento cístico, permitindo o alivio dos sintomas e assim a erupção do 
dente. “Nessa técnica, o indicado é a anestesia tópica, pois ela atinge aproximadamente 4 
mm da mucosa e a perfuração da sonda não ultrapassa essa medida Almeida et al; 
(2015)”. 
Após o quadro clinico passar a apresentar compatibilidade com hematoma de 
erupção à atuação para o caso também mudará. Sendo a exploração feita em busca de 
informações sobre a lesão, evitando assim cirurgias desnecessárias e de risco, que podem 
 
 
 
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gerar consequências ao paciente, um agravamento da cirurgia seria uma hemorragia 
intensa sem a capacidade de controle. Porém tais consequências podem ser evitadas com 
uma analise mais minuciosa do caso Pires et al; (2017). 
 Dependendo do caso clinico a excisão cirúrgica possibilitara a condução do 
exame anatomopatológico, assim apresentando uma qualidade de tecido para análise 
histológica, para finalmente confirmar o diagnóstico Almeida et al; (2015). 
 
Normalmente, na dentição decídua não há indicação de tratamento, apenas o 
acompanhamento, pois em geral a lesão rompe e o dente irrompe na cavidade bucal. 
Entretanto, em alguns casos, o quadro clínico pode apresentar-se doloroso e incômodo, 
necessitando intervenção Almeida et al; (2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Considerações Finais: 
 
 De acordo com a revisão literária o hematoma de erupção, também chamado de 
cisto de erupção, sua patogênese é de origem desconhecida, porem de acordo com os 
estudos feitos ele se forma a partir de líquido acumulado entre epitélio reduzido do órgão 
do esmalte e a coroa do dente. Clinicamente o cisto de erupção se apresenta de duas 
formas, com aparência translucida azulada ou de aparência de hematoma de cor purpura. 
Esta patologia não é comum em adultos, sendo mais presente em crianças do sexo 
masculino e na dentição permanente. O tratamento não se faz necessário quando não há 
incomodo, pois o dente rompe a lesão indo para cavidade oral sem prejudicar o paciente, 
sendo apenas o acompanhamento feito. Logo quando o hematoma causa irritação e gera 
desconforto o tratamento se inicia, sendo de forma cirúrgica para possibilitar um alivio 
ao paciente e facilitando assim à erupção do dente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Bibliografia: 
 
 
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Sinais e Sintomas da Erupção dos Dentes Decíduos/Cristhiane Ferreira de Amorim, 
Gisele Oliveira Barros, Bianca Mello Azevedo/ Pindamonhangaba-SP: FAPI Faculdade 
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ALMEIDA Luiza Helena Silva de; AZEVEDO Marina Sousa; PAPPEN Fernanda Geraldo; 
ROMANO Ana Regina. Hematomas de erupção: relato de três casos clínicos em bebês; 
Eruption hematomas: report of 3 clinical cases in infants. RFO, Passo Fundo, v. 20, n. 2, p. 
222-226, maio/ago;( 2015). 
 
COSER Rose Mary; FLÓRIO Flávia Martão; MELO Beatriz perfeito de; QUAGLIO Juliana 
Maria. Características Clínicas do Císto de Erupção; RGO, 52 (3): jul/ago/set, (2004). 
 
PIRES Cláudia Esteves. Ulotomia, Ulectomia e Germectomia em Pacientes Odontopediátricos;Artigo de Revisão Bibliográfica do Programa de Mestrado Integrado em Medicina Dentára; 
(2017). 
 
 
FERREIRA Vargas, Fabiana; MACHADO Vieira Soares, Mariella; ARDENGHI Machado, 
Thiago; PRAETZEL Rodrigues, Juliana Manifestações Sistêmicas e/ou Locais Associadas à 
Erupção dos Dentes Decíduos: Estudo Retrospectivo Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e 
Clínica Integrada, vol. 9, núm. 2, mayo-agosto, ( 2009), pp. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANGIOEDEMAS OROFACIAIS RECORRENTE AO USO DE INIBIDORES DA 
ENZIMA CONVERSORA DA ANGIOTENSINA (IECAS) 
 
 
ARRUDA, Rafaela Patricia Souza de ¹ 
Graduando em Odontologia- FOC/UNIC -CUIABÁ 
 
SANTANA, sandy daniely alves ² 
Graduando em Odontologia- FOC/UNIC -CUIABÁ 
 
RESUMO 
 
Objetivo de estudo: O presente estudo visa relatar através da literatura a indução 
de angioedemas orofaciais recorrente ao uso de inibidores da enzima conversora da 
angiotensina (IECAS), observando-se as manifestações, diagnósticos e tratamentos, que 
tem potencial gerar riscos iminentes de morte se for negligenciado pelo cirurgião dentista 
ou quaisquer outros profissionais da saúde. Objetivo: enfatizar a necessidade do 
conhecimento do cirurgião dentista sobre esta causa, para que em casos de urgência o 
cirurgião tenha a noção de conduta, e o mesmo não venha a confundir com quaisquer 
outras anormalidades que causam as mesmas características clinicas. Metodologia: foi 
baseada em evidenciar na literatura a manifestações clínicas da doença em comparação a 
utilização do grupo de anti-hipertensivo IECAs. Considerações finais: A substituição da 
IECAS pela BRAS II, tem a possibilidade de reduzir a frequência de angioedema, e não as 
reações adversas. 
 
Palavras chave: angioedema. Inibidores da enzima conversora de angiotensina 
(IECAS). Manifestações orofaciais. Hipertensão Arteria 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
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INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DA ANGIOTENSINA 
(IECAS) 
 
É um grupo de medicamentos anti-hipertensivos que são eficazes, e que têm ação 
principal a inibição da enzima conversora de angiotensina I, impedindo assim a 
transformação de angiotensina I em angiotensina II, de ação vasoconstritora. São eficazes 
no tratamento da HA, reduzindo a morbimortalidade CV (SINDONE A,2013). 
 
Atualmente no Brasil os medicamentos pertencentes a este grupo estão descritos 
na tabela 1. 
 
TABELA 1. Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAS) 
comercialmente disponíveis no Brasil 
Nome Genérico Efeitos colaterais citados nos guias 
 
Captopril 
Benazepril Angioedema de face, lábios, língua e mucosa bucal 
Cilazapril 
Delapril 
Enalapril 
Fosinopril 
Lisinopril 
Perindopril 
Quinapril 
Ramipril 
Trandolapril 
Fonte: KOHLMANN, JR et ll , (2010) e Brunetti, Montenegro, (2002). 
 
 
ANGIOEDEMA DE CABEÇA E PESCOÇO RECORRENTE DO USO DE 
(IECAS) 
 
O angioedema como descrito por (BYRD JB ET ALL, 2006), ocorre em 
aproximadamente 0,1% a 6% dos pacientes que usam inibidores da IECA. A maioria dos 
 
 
 
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casos sucede na primeira semana do início da terapia, contudo um terço dos casos ocorrem 
meses a anos após o início da medicação. O risco de vida é grande quando envolve a via 
aérea superior. 
 
O envolvimento significativo da cabeça e do pescoço, como na face, lábios, 
língua, soalho da boca, faringe e laringe. O risco de angioedema associado aos IECA é 
significativamente maior em negros (três a quatro vezes mais que em outras raças) e este 
padrão é o mais frequentemente encontrado pelos profissionais de saúde oral. O 
angioedema é caracterizado clínicamente como um aumento de volume edematoso difuso 
dos tecidos moles que envolve os tecidos conjuntivos submucoso e subcutâneo, podendo 
afetar o trato gastrointestinal e respiratório, gerando resultados fatais. Apresenta-se como 
uma resultante comum de desgranulação dos mastócitos, que produz liberação de 
histamina e promove alterações clínicas. (NEVILLE,2009). 
 
 
 Figura 2: Paciente com angioedema de língua 
 Fonte: Sjoerd W. Westra, M.D,2006. 
 
 
 
 
 
 
 
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 Figura 3: Paciente com angioedema de língua por utilização do enalapril 
 Fonte: Lucas Santos Zambon,2016. 
 
 
Figura 4: angioedema lingual e orofacial devido ao captopril (A). Imagem de reconstrução 
tridimensional do paciente por técnica de renderização de volume (B). Resolução completa dangioedema 
7 dias após o início do tratamento (C). 
 Fonte: E. Bukhari et al, 2015. 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
Contudo não existe exames laboratoriais que sejam específicos para este caso, ou 
seja o profissional terá que se basear no diagnóstico clínico e averiguar a ausência de 
prurido e urticária, tendo como referência a localização do edema. 
 
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
 
 
 
 
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A principal medida é a análise e proteção das vias aéreas do paciente (Guyer 
AC,2012) e (Hilal-Dandan R, 2011), sabendo que a resposta a adrenalina e aos 
corticosteroides é imprecisa, porém é observado que as administrações dos mesmos 
possam vir a encurtar o tempo de entubação do paciente enquanto o mesmo não responde 
a ambos da medicação, a sua utilização pode ser vantajosa. O angioedema induzido por 
inibidores da ECA não é dependente de histamina, o uso de anti-histamínicos não produz 
efeitos. 
 
Objetivo do presente estudo é relatar através da literatura a indução de 
angioedemas orofaciais o recorrente ao uso de inibidores da enzima conversora da 
angiotensina (IECAS), observando-se as manifestações, diagnósticos e tratamentos, que 
tem potencial gerar riscos iminentes de morte se for negligenciada pelo cirurgião dentista 
ou quaisquer outros profissionais da saúde. O artigo visa enfatizar a necessidade da 
importância do conhecimento do cirurgião dentista sobre esta causa, para que em casos 
de urgência o cirurgião tenha a noção de conduta, e o mesmo não venha a confundir com 
quaisquer outras anormalidades que gera as mesmas características clinicas, visando 
assim a grande necessidade de uma avaliação clínica minuciosas e rigorosa em caso de 
suspeita que o paciente esteja fazendo uso de quaisquer medicamentos do grupo dos 
IECAS. 
 
 
 
 
2. METODOLOGIA 
 
O presente estudo foi realizado através de levantamento bibliográfico do período 
de 2007 a 2017 através do uso da base de dados Lilacs, Scielo, Google Acadêmico, 
Medline e Bireme. As palavras chave utilizadas na pesquisa foram: Angioedema, 
angioedema causado pelo uso de inibidores da angiotensina, angioedema induzido por 
IECAS. Assim, sendo selecionado os artigos de interesse para o estudo e levando emJOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN 
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consideração a fisiopatologia da doença, sinais e sintomas, diagnóstico e possíveis formas 
de tratamento. 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 A substituição dos IECAS por bloqueadores do receptor para angiotensina II 
(segunda geração de medicamentos (p. ex., losartan, valsartan),) é uma das possibilidades 
de se evitar o angioedema, pois a mesma foi especificamente desenvolvida para evitar 
qualquer inibição da degradação da bradicinina, mas esses medicamentos recentes 
reduzem o aparecimento de angioedema, mas não chegam a eliminar a reação adversa 
(NEVILLE,2009). O cirurgião dentista deve avaliar as características clinicas, de forma 
minuciosa e rigorosa para que não exista a possibilidade de confundir com a urticária, ou 
com quaisquer outras enfermidades que apresentem manifestações clinicas semelhantes. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
BYRD JB, Adam A, Brown NJ. Angioedema associado ao inibidor da enzima conversora da 
angiotensina. Immunol Allergy Clin North Am. 2006; 26 : 725-37. doi: 10.1016 / 
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clínico. São Paulo: Artes Médicas, 2002. p. 447-481 
 
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HILAL-DANDAN R. Chapter 26. Renin and Angiotensin. In: Brunton LL, Chabner BA, Knollmann BC, 
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https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17085287
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 JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN 
 ANAIS – ISSN 2525-6327 
KOHLMANN. , JR , OSVALDO. GUS, MIGUEL. Tratamento medicamentoso .Print version ISSN 0101-
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NEVILLE, B. W., DAMM, D. D., ALLEN, C.M. et al. Patologia Oral & Maxilofacial. 2ª ed.,Rio de Janeiro: 
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SJOERD W. Westra, MD, e Cornelis PC de Jager, MD N Engl J Med 2006; 355: 295 20 de julho de 
2006 DOI: 10.1056 / NEJMicm050510 
 
 
ZAMBON ,Lucas Santos . Angioedema por iECA.2016. ACESSO 
:http://www.medicinanet.com.br/conteudos/casos/6687/angioedema_por_ieca.htm [Citado outubro de 
2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.nejm.org/toc/nejm/355/3/
http://www.nejm.org/toc/nejm/355/3/
 
 
 
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 ANAIS – ISSN 2525-6327 
 
 
 
 
 
 
COMPLICAÇÕES OROFACIAIS PELO USO ABUSIVO DE 
METANFETAMINA NA ODONTOLOGIA 
SANTANA, Sandy Daniely Alves1 
Graduando em Odontologia - FOC/UNIC – CUIABÁ 
ARRUDA, Rafaela Patricia Souza de2 
Graduando em Odontologia - FOC/UNIC – CUIABÁ 
RESUMO 
Objetivo de estudo: Um dos principais objetivos do presente artigo é relatar as 
principais consequências, orofaciais, decorrentes do consumo abusivo de 
metanfetamina. Objetivo: O objetivo principal é enfatizar a importância do conhecimento 
do cirurgião dentista, para um diagnóstico correto das alterações manifestadas, através 
das características clínicas. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura, 
utilizando os bancos de dados PUBMED, GOOGLE ACADÊMICO e SCIELO, no 
período de 2007 a 2017. Considerações finais: Conclui-se que as consequências do uso 
indevida da metanfetamina afeta em nível físico e psíquico. O cirurgião dentista precisa 
estar atento, para um correto tratamento. Instruir uma boa higienização, utilizar medidas 
preventivas na remineralização do dente e encaminha-lo para um centro de especialista 
em abuso de substâncias. 
Palavras chave: Alterações Bucais, Complicações Orofaciais e Uso Ilícito da 
Metafetamina. 
 
ABSTRACT 
Study Objective: One of the main objectives of this article is to report the main 
consequences, orofacial, of abusive use of methamphetamine. Objective: The main 
 
1 Sandy Daniely Alves Santana, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá (UNIC) 
MT - Brasil. E-mail: sandniely@yahoo.com.br 
2 Rafaela Patricia Arruda de Souza, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá 
(UNIC) MT – Brasil. E-mail: rafaelaarrudatst@hotmail.com 
 
 
 
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objective is to emphasize the importance of dental surgeon knowledge for a correct 
diagnosis of the alterations manifested through the clinical characteristics. 
Methodology: A literature review was carried out using the PUBMED, GOOGLE 
ACADEMICO and SCIELO databases from 2007 to 2017. Final considerations: It is 
concluded that the consequences of improper use of methamphetamine affect physically 
and psychologically. The dental surgeon needs to be attentive, for a correct treatment. 
Instruct good hygiene, use preventive measures in remineralizing the tooth and refer you 
to a specialist substance abuse center. 
Key words: Oral Alterations, Orofacial Complications and Illicit Use of Metafetamine. 
 
INTRODUÇÃO 
A metanfetamina (“met”) é uma droga que têm efeitos estimuladores no sistema 
nervoso central (SNC). Utilizada no tratamento de narcolepsia, hiperatividade e 
transtorno do déficit de atenção. Percebeu-se através dos usuários, o aumento da 
capacidade física, euforia e ganho de energia, este fato fez com que iniciassem o uso ilegal 
desse medicamento, com o intuito de aumentar a agilidade, combater a depressão e 
controlar o peso. A droga é um pó cristalino que se dissolve em líquido, podendo ser 
fumada, aspirada, injetada ou ingerida por via oral. Os efeitos duram mais de 12 horas, e 
o usuário habitual relata usar mais de 20 dias por mês, obtendo um efeito quase que 
constante (NEVILLE et al., 2009). 
Nos anos 90 a metanfetamina foi sintetizada pela primeira vez, com capacidade de 
produzir efeito farmacológico, tendo a finalidade de substituir a efedrina, medicamento 
utilizado no tratamento de doenças respiratórias. Foi usada na Segunda Guerra Mundial, 
para impedir que capacidade de combater dos militares alemães caísse. (GUEREIRO et 
al., 2011; CICCARONE, 2011). 
O consumo impróprio de drogas é um dos principais problemas sociais e de saúde 
pública, podendo envolver várias questões, como por exemplo, a violência, o tráfico além 
de aspectos morais (LARANJEIRA et al, 2007; NOTO et al., 2003). 
O cirurgião dentista deve ter uma atenção especial no atendimento dos pacientes 
usuários, pois serão eles, em muitos dos casos, os primeiros a terem a possibilidade de 
 
 
 
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diagnosticar o aparecimento de alterações causadas pelo usoda metanfetamina 
(COLODEL et al., 2009; FERNANDES et al., 2008). É preciso ter como objetivo o 
conhecimento das principais consequências, orofaciais, decorrentes do consumo abusivo 
de metanfetamina e estar ciente da importância do cirurgião dentista no diagnóstico 
correto das alterações.  
 
METODOLOGIA 
Foi realizada uma revisão de literatura, utilizando os bancos de dados PUBMED, 
LILACS, GOOGLE ACADÊMICO e SCIELO, no período de 2007 a 2017, selecionando 
os artigos que mencionava sobre as principais complicações bucais decorrentes do 
consumo de metanfetamina e sua prevalência de uso. 
 
METANFETAMINA 
A metanfetamina é classificada como uma droga sintética, que estimula o sistema 
nervoso central, faz com que o cérebro tenha um melhor desempenho, trabalhando mais 
rápido que o normal (Fig. 1). Possibilitando aos usuários ficar hiperativos e sem sono 
(AMARAL & GUIMARÃES, 2012). 
 
 
Figura 1. Estrutura química da metanferamina. Fonte: Revista Portuguesa de 
Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial, 2012 p.175-180. 
 
1 Sandy Daniely Alves Santana, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá (UNIC) 
MT - Brasil. E-mail: sandniely@yahoo.com.br 
2 Rafaela Patricia Arruda de Souza, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá 
(UNIC) MT – Brasil. E-mail: rafaelaarrudatst@hotmail.com 
1 Sandy Daniely Alves Santana, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá (UNIC) 
MT - Brasil. E-mail: sandniely@yahoo.com.br 
http://www.sciencedirect.com/science/journal/16462890
http://www.sciencedirect.com/science/journal/16462890
 
 
 
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Essas substâncias podem ocasionar dependência física e psíquica, além de existir a 
necessidade de dosagens cada vez maiores para obter os mesmos efeitos ou evitar o mal-
estar produzido pela sua falta no organismo (SCHIFANO et al., 2007; KISH, 2008; 
GUERREIRO et al.,2011). 
É bastante complexo o tratamento odontológico, de usuários, precisa-se de uma 
anamnese e um exame clínico minuciosos, para realizar um plano de tratamento, visto 
que os impáctos do consumo de metanfetaminas são notório em vários órgãos. Além 
disso, a colaboração do paciente é indispensável, especialmente se ele suspender o uso da 
droga, pelo fato da droga agir de maneira extremamente destruidora (COUTINHO, 
LUDGLEYDSON, 2004). 
 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS ENCONTRADAS NO USUÁRIO DE 
METANFETAMINA 
Muitos viciados manifestam ilusões de parasitoses (formigação), neurose que 
apresenta a sensação de insetos ou cobra rastejando sob ou sobre a pele. Fazendo com 
que o usuário tente retirar os parasitas imaginários, com as unhas, resultando em lesão 
traumática. Na tabela 1 encontram-se as características clínicas para que o cirurgião 
dentista possa diagnosticar um usuário de metanfetamina (NEVILLE et al., 2009). 
 
Tabela 1- Características Clínicas 
Prevalência maior Efeitos em curto prazo Efeitos em longo prazo 
Homens Insônia Dependência psicológica 
Idade entre 19 e 40 anos Agressividade Comportamento violento 
 Agitação Ansiedade 
 Hiperatividade Confusão 
 Diminuição do apetite Depressão 
 Taquicardia Paranoia 
 
2 Rafaela Patricia Arruda de Souza, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá 
(UNIC) MT – Brasil. E-mail: rafaelaarrudatst@hotmail.com 
 
 
 
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 Taquipneia Alucinações auditivas 
 Hipertensão Ilusões 
 Hipertermia Mudanças de humor 
 Vômito Desordens cardiovasculares 
 Tremores Desordens SNC 
 Xerostomia Desordens hepáticas 
 Desordens gastrointestinais 
 Desordens renais 
 Desordens pulmonares 
Fonte: NEVILLE et al. (2009, p.305).  
 
A presença de cáries rampantes é uma manifestação comum, exibem semelhança 
com as cáries de mamadeira. Afeta inicialmente as superfícies vestibular e as 
interproximais, e, caso não haja interferência, toda a estrutura coronária de todos os dentes 
pode ser danificada ou destruída (Fig. 2). A destruição é causada pela precária higiene 
oral combinada com extrema xerostomia devido ao efeito da droga. Na tabela 2 
encontram-se as principais manifestações bucais ao uso de metafetamina (NEVILLE et 
al., 2009). 
 
 
 
1 Sandy Daniely Alves Santana, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá (UNIC) 
MT - Brasil. E-mail: sandniely@yahoo.com.br 
2 Rafaela Patricia Arruda de Souza, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá 
(UNIC) MT – Brasil. E-mail: rafaelaarrudatst@hotmail.com 
 
 
 
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Fig. 2: Cáries relacionadas à metanfetamina. Cáries extensas na superfície vestibular 
dos dentes anteriores. (NEVILLE et al., 2009, p.305). 
 
Tabela 2 - Principais manifestações bucais associadas ao uso de metanfetamina 
MANIFESTAÇÕES 
Fluxo salivar reduzido 
Xerostomia 
Cáries rampantes 
Doença periodontal 
Bruxismo 
Fonte: HAMAMOTO & RHODUS (2009, p. 27-37)  
 
A xerostomia é a reclamação mais presente nos usuários de metanfetamina 
(SCHIFANO et al., 2007). O sistema nervoso autônomo controla a secreção salivar por 
meio das vias simpática e parassimpática (SAINI et al., 2005). A metanfetamina é uma 
amina simpaticomimética, que tem ação nos receptores adrenérgicos, broqueando os 
receptores alfa-2 , causando vasoconstrição, assim reduzindo o fluxo salivar, levando a 
um estado de hiposalivação (GOODCHILD et al., 2007). 
A redução do fluxo salivar causa perda na capacidade tampão da saliva, assim 
crescendo o risco de cáries e aumentando a desmineralização dentária (SAINI et al., 2005; 
GOODCHILD et al.,2007). Por causa dos períodos de abstinência, onde o indivíduo por 
algum tempo tem cuidado com a higiene oral, a destruição intraoral é alternada, entre 
períodos de rápida e lenta progressão, nos períodos de má higienização os usuários podem 
apresentar doença periodontal. (KLASSER & EPSTEIN, 2006; GOODCHILD & 
DONALDSON, 2007). 
 
1 Sandy Daniely Alves Santana, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá (UNIC) 
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2 Rafaela Patricia Arruda de Souza, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá 
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O bruxismo é resultado da intensa energia e atividade neuromuscular durante a fase 
de consumo da metanfetamina (HAMAMOTO & RHODUS, 2009; SAINI et al., 2005). 
 
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
O cirurgião-dentista deve estar atento quando um adulto jovem com pouco peso, 
agitado e nervoso apresentando taquicardia, taquipneia, hipertensão, hipertermia e cáries 
rampantes na superfície vestibular e interproximais. A falha no reconhecimento destes 
sinais pode causar sérias consequências. Depois de 6 horas da ingestão, a metanfetamina 
potencializa os efeitos das aminas simpaticomiméticas. O uso de anestésicos locais, com 
adrenalina ou levonordefina, pode levar a crise hipertensiva,acidente vascular cerebral 
ou infarto do miocárdio. O cuidado também deve ser adotado na administração de 
sedativos, anestesia geral, óxido nitroso ou prescrição de narcóticos. Embora o abandono 
do uso desta droga ilegal seja essencial, os pacientes devem ser instruídos, durante os 
períodos de xerostomia, a não beber refrigerantes ácidos ou com alto teor de açúcar e 
evitar diuréticos como cafeína, tabaco e álcool. Além disso, a importância da higiene oral 
e pessoal deve ser enfatizada. Medidas de prevenção como a aplicação de flúor tópico, 
podem auxiliar na proteção dos dentes. O paciente deve ser encaminhado a um médico 
de um centro de 2especialista em abuso de substâncias químicas (NEVILLE et al., 2009). 
 
 
CONSCIDERAÇÃO FINAIS 
As consequências da utilização indevida da metanfetamina, podem ser observadas 
a nível físico e psíquico. O cirurgião dentista precisa estar alerta aos sinais e sintomas que 
ocorrem no usuário, para assim tomar precauções no tratamento. A xerostomia, a cárie 
dentária, o bruxismo e a doença periodontal são as manifestações orais mais frequentes 
nos usuários. É importante instruir o paciente a uma boa higienização oral, utilizar 
 
 
1 Sandy Daniely Alves Santana, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá (UNIC) 
MT - Brasil. E-mail: sandniely@yahoo.com.br 
2 Rafaela Patricia Arruda de Souza, Graduando do curso de Odontologia na Universidade de Cuiabá 
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medidas preventivas que ajudem na remineralização do dente e encaminha-lo para um 
centro de especialista em abuso de substâncias químicas, na tentativa e empenho de 
proporcionar-lhe uma melhoria na sua qualidade de vida. 
BIBLIOGRAFIA 
1. AMARAL, A.S.; GUIMARÃES, M.I. Manifestações orais do uso de metanfetaminas. Rev. Port. 
Estomatol. Med. Dent. Cir. Maxilofac. 53(1): 175-80. 2012. 
 
2. COLODEL, E.V.; SILVA E.L.F.M.; ZIELAK J.C.; ZAITTER W., Michel-Crosto E., Pizzatto E. 
Alterações bucais presentes em dependentes químicos. RSBO; 6(1): 44-8. 2009. 
3. COUTINHO, M.P.L.; LUDGLEYDSON F.A.; GONTIES B. Uso da maconha e suas representações 
sociais: estudo comparativo entre universitários. Psicol. Est. 9(3): 469-77. 2004. 
 
4. GUERREIRO, D.F.; CARMO, A.L.; SILVA, J.A.; NAVARRO, R.; GÓIS, C. Um novo perfil de abuso 
de substâncias em adolescentes e jovens adultos. Ata Med Port, 24, pp. 739-756. 2011. 
 
5. CICCARONE, D. Stimulant abuse: pharmacology, cocaine, methamphetamine, treatment, attempts at 
pharmacotherapy. Prim Care, 38, pp. 38-41. 2011. 
 
6. FERNANDES, J.P.; BRANDÃO, V.S.G.; LIMA, A.A.S. Prevalência de lesões cancerizáveis bucais em 
indivíduos portadores de alcoolismo. Rev. Bras. Cancerol. 54(3): 239-44. 2008. 
 
 
7. SCHIFANO, F.J.M.; CORKERY, G. CuffoloSmokable (“ice”, “crystal meth”) and non smokable 
amphetamine-type stimulants: clinical pharmacological and epidemiological issues, with special reference 
to the UK. Ann Ist Super Sanita, 43, pp. 110-115. 2007. 
 
8. KLASSER G.D.; EPSTEIN, J.B. The methamphetamine epidemic and dentistry. Gen Dent, 54, pp. 431-
439. 2006. 
 
9. HAMAMOTO, D.T.; RHODUS, N.L. Methamphetamine abuse and dentistry. Oral Dis. 15(1): 27-37. 
2009. 
 
10. GOODCHILD, J.H.; DONALDSON, M. Methamphetamine abuse and dentistry: a review of the 
literature and presentation of a clinical case. Quintessence Int, 38, pp. 583-590. 2007. 
 
11. GOODCHILD, J.H.; DONALDSON, M. ManginiMethamphetamine abuse and the impact on dental 
health. Dent Today, 26, pp. 124-131. 2007. 
 
12. LARANJEIRA, R.; PINSKY, I.; ZALESKI, M.; CAETANO, R.I. Levantamento Nacional sobre os 
padrões de consumo de álcool na população brasileira, 1.ed., Brasília: Editora SENAD; 2007. 
 
 
 
 
 JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN 
 ANAIS – ISSN 2525-6327 
13. NEVILLE, B. W.; DAMM, D. D.; ALLEN, C.M. et al. Patologia Oral & Maxilofacial. 3ª ed., Rio de 
Janeiro: Elsevier, pp. 305. 2009. 
 
13. NOTO, A.R; BAPTISTA, M.C.; FARIA, S.T; NAPPO, A.S., GALDURÓZ, J.C.F; CARLINI, E.A. 
Drogas e saúde na imprensa brasileira: uma análise de artigos publicados em jornais e revistas. Cad. Saúde 
Pú- blica; 19(1): 69-79. 2003. 
 
14. S.J. KishPharmacolgic mechanisms of crystal meth CMAJ, 178 (2008), pp. 1679-1682 
 
15. SAINI, T.S.; EDWARDS, P.C.; KIMMES, N.S.; CARROLL, L.R.; SHANER, J.W.; DOWD, 
F.J. Etiology of xerostomia and dental caries among methamphetamine abusers. Oral Health Prev 
Dent, 3, pp. 189-195. 2005. 
 
BALANÇO DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE MÉTODO ANESTESIA 
PARA PACIENTES HIPERTENSOS 
 
IGOR FERRAZ 
 
 
O presente trabalho compreende a elaboração de balanço de produção acadêmica e 
científica sobre o MÉTODO ANESTESIA PARA PACIENTES HIPERTENSOS através 
de banco de dados eletrônico, disponível para consulta pela internet. O objetivo do 
trabalho é situar a pesquisa no contexto de produção científica nacional. Isso ocorreu 
através do acompanhamento das produções já realizadas no país e da análise dos 
resultados formado pela coleta nos bancos de dados. A metodologia utilizada foi a do 
“Estado da Arte”. Foram realizadas várias buscas com combinação de descritores no 
Banco de Teses da SCIELO. A combinação de descritores escolhidas foi “Anestesia 
Hipertensos” que apresentou 18 (vinte) trabalhos. As publicações que se mostraram 
interessantes para um estudo ganharam destaque a partir do ano de 2012, e de lá para cá 
vem se mantendo em pequenas quantidades de trabalho. 
 
Palavras-chave: Anestesia Hipertensos, Procedimento odontológicos, Pacientes 
Hipertensos 
 
Introdução 
 
O objetivo do trabalho é situar a pesquisa no contexto de produção científica 
nacional. Isso ocorreu através do acompanhamento das produções já realizadas no país e 
da análise do corpus formado pela coleta nos bancos de dados. Itens como ano de 
publicação, instituição, região geográfica da coleta da publicação, área de conhecimento 
das produções permitem conhecer de uma progressão de produção do conhecimento sobre 
a temática a ser abordada. 
 
 
 
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A busca ocorre pela determinação de descritores que identifiquem a pesquisas. 
Esses descritores são compostos de palavras-chave, que possuem conceito determinado. 
O conceito de cada palavra-chave é estabelecido por um consenso científico e também 
pela voga científica dada pelo conceito, e acordo com período de significação e 
apropriação do termo. 
Diante deste procedimento é possível delimitar conceitos e meios da pesquisa. 
Os próprios descritores são estabelecidos dentro da dinâmica do estado da arte e são 
determinados por uma média adequada de resultados alcançados com os objetivos e 
interesse do pesquisador diante da pesquisa. 
Sílvio Sanches Gamboa, em seu texto “Análise da produção do conhecimento 
em educação”, demonstra que a produção do conhecimento vai alem do “estado da arte”. 
O autor afirma através de outros autores3 que esse tipo de pesquisa: 
 
deve ir sendo paralelamente construída, identificando e explicitando os 
caminhos da ciência, para que se revele o processo de construção do 
conhecimento sobre determinado tema, para que se possa tentar a integração 
de resultados e também, identificar duplicações, contradições e, sobretudo, 
lacunas, isto é, aspectos não estudados ou ainda precariamente estudados, (e) 
metodologias de pesquisapouco exploradas (SOARES E MACIEL, citado por 
GABMOA, ). 
 
Nas discussões de Gamboa, essa metodologia se enquadra como “revisão 
bibliográfica” de caráter “inventariante e descritivo da produção acadêmica” 
(FERREIRA citado por GAMBOA 2013). O autor afirma que a pesquisa deveria estar 
além do “estado da arte” não só como progressão da trajetória da produção; deveria 
estabelecer relações contextuais como “conjunto de outros parâmetros” (GAMBOA, 
2013). 
Gamboa estabelece uma matriz epistemológica da pesquisa. Que possibilita ir 
alem do mapeamento da produção científica. Essa matriz possibilita a contextualização 
epistemológica da pesquisa e assim sendo, indo além do contexto de produção propiciado 
pelo estado da arte. Gamboa apresenta três níveis de elementos histórico-sociais que 
estabelecem os elementos de contexto dessa matriz paradigmática. Eles são macro-
 
3 O autor não menciona nas Referências Bibliográfica a obra de “SOARES E MACIEL, 2000: 6” 
 
 
 
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estruturais; meso-institucionais e micro-sociais. Esses níveis são articulados e se 
condicionam entre si. 
No nosso entendimento o balanço de produção através do estado da arte é um 
procedimento transversal entre os elementos da matriz paradigmática da pesquisa. Desta 
maneira, o balanço de produção estabelece a localização da pesquisa dentro de um 
contexto de produção científica entre as referências epistemológica da pesquisa. 
O balanço de produção que se realiza com este trabalho é parte de um projeto 
mais amplo, que se desenvolverá metodologicamente através da perspectiva 
fenomenológica de pesquisa. A fenomenologia não preconiza esse procedimento, porém 
compõe a sincronia dentro dessa perspectiva. O contexto que evidencia o oculto dentro 
da perspectiva fenomenológica está ligada a diacronia ou sincronia do tempo: 
 
A preocupação sincrônica concebe os fenômenos como colocados num 
cenário, com sistemas dentro de um macrossistema. Embora adquiram 
movimento no conflito das interpretações, eles são a manifestação de uma 
essência permanente (o invariante). As pesquisas diacrônicas são coerentes 
com a visão dinâmica da realidade e as noções ontológicas de “mundo 
inacabado” e o “universo em construção” e estão preocupadas em perceber os 
fenômenos no seu devir e na sua história. (SOUZA, 2001) 
 
A sincronia faz parte do contexto histórico-social da pesquisa. 
Epistemologicamente o balanço de produção promoverá o desenvolvimento sincrônico 
da pesquisa, pois permitirá compreender o desenvolvimento da temática de acordo com 
a relação espaço/tempo. 
 
Metodologia 
 
A metodologia utilizada é a do “Estado da Arte” ou “Estado do Conhecimento”, 
que consiste em: 
 
Mapear e de discutir uma certa produção acadêmica em diferentes campos do 
conhecimento, tentando responder que aspectos e dimensões vêm sendo 
destacados e privilegiados em diferentes épocas e lugares, de que formas e em 
que condições têm sido produzidas certas dissertações de mestrado, teses de 
doutorado, publicações em periódicos e comunicações em anais de congressos 
e de seminários. (FERREIRA, 2002) 
 
 
 
 
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As primeiras pesquisa denominadas “estado da arte” começam a ganhar atenção 
no meio científico brasileiro a cerca de 30 anos atrás (FERREIRA, 2002). O que 
determinou o fortalecimento desse método de pesquisa foi a possibilidade de 
sistematização de bancos de dados de pesquisa. 
Esse tipo de pesquisa bibliográfica só era possível de serem realizadas através 
de catálogos de bibliotecas ou bancos de dados físicos similares. A abrangência da se 
limitava a disponibilidade de obras no local de arquivo. 
Os meios eletrônicos permitiram o avanço significativo dessas pesquisas. 
Inicialmente os CDs ROM que reuniam os trabalhos em eventos científicos e as 
publicações eletrônicas de periódicos deram maior reforço científico ao estado da arte. 
Os bancos de dados disponíveis na internet atualmente permitem realizar o 
estado da arte de maneira mais prática e com menos esforço, abrangendo o maior número 
de trabalhos. O banco de tese da Scielo reuniu todas as produções de programas de pós-
graduação no país e assim sendo, padronizou a produção científica a ser consultada. Ao 
reunir dissertações e teses, o banco de teses da Scielo deu destaque as produções 
científicas vinculadas à pós-graduação e formou um corpus representativo e uniforme de 
produção científica bastante abalizada. 
O interesse é desenvolver pesquisa sobre o método de anestesias para 
hipertensos. A bibliografia de referência foi determinada de acordo com a pesquisa e 
reuniu obras referentes à pacientes diabeticos, pressão arterial, vasoconstritor. A partir da 
definição da bibliografia da pesquisa foi pré estabelecido o caminho do balanço de 
produção 
Valci Barbosa, em trabalho apresentado no PPDEdu/Unemat estabelecu as 
seguintes fases do balanço: 
 
 Eleger a(s) fonte(s) de consulta 
 Definir o período de busca 
 Escolher os descritores (palavras-chave) 
 Selecionar os trabalhos (ler os resumos) 
 Realizar análise dos trabalhos selecionados 
 Elaborar síntese 
(BARBOSA, 2013) 
 
 
 
 
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Acompanhando essas fases, o primeiro passo foi eleger o Banco de Teses da 
Scielo como fonte de consulta. O período de busca não foi determinado, pois o interesse 
maior era buscar trabalhos que envolvessem a temática em questão e não o período; 
também se considerou o pouco número de trabalhos que envolvessem to da a temática. 
Os descritores foram definidos através de uma pré-busca que possibilitou 
agrupar a combinação que forneciam os trabalhos mais próximos da temática 
estabelecida. Essa pré-busca foi fundamental para definir elementos da pesquisa, como 
as palavras-chave que determinam o trabalho, e também estabelece a sistemática em que 
o trabalho será localizado após a publicação. 
Na página Scielo existe um espaço para busca. A busca é realizada por assunto, 
conforme indica a imagem: 
 
 
 
Ao inserir apena um descritor, o resultado é muito amplo. Como resultado do 
descritor “Hipertensos” apareceram 1.507 (mil quinhentos e sete) trabalhos; ao descritor 
“Anestesia” foram 3.364 (dois mil setecentos e vinte) trabalhos. A solução foi combinar 
os descritores em uma única busca e marcar a opção “todas as palavras” entre as opções 
logo abaixo do espaço para os descritores. 
 
 
 
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Foram realizadas várias buscas com combinação de descritores, como “Pacientes 
Hipertensos” com 847 (oitocentos quarenta e sete) trabalhos; “Pacientes Hipertensos”, 
não apresentando nenhum resultado; “Anestesia Hipertensos” com 18(dezoito) trabalhos. 
A combinação de descritores escolhidas foi “Anestesia Hipertensos” que apresentou 18 
(vinte) trabalhos. Os trabalhos com essa combinação de descritores foi a que melhor 
associou com a temática e objetivos do trabalho. 
 
Resultado e Discussão 
 
Entre os 18 (vinte) trabalhos selecionados existem publicações de 1995 a 2017. 
2000 e 2001 não houve publicações. 2015 foi o pico de publicação, com 04 (quatro) . 
 
A maioria dos trabalhos está na áreado Anestesiologia, totalizando 07 (sete) 
trabalhos. Existe 05(Cinco) trabalho em Cirurgia, 03 (Três) trabalho em Medicina Geral 
e Interna, 02 trabalho em cada área de Alergia, Sistema Cardíaco, Odontologia, em 
Anestesia Hipertensos, que pode compor esta área. Saúde é a segunda área mais 
contemplada, com 16 (Dezesseis ) trabalhos. As demais áreas foram tiveram apenas um 
trabalho cada. Dentre essas áreas, existem áreas afins, como no caso de Ciências 
Humanas, e Multidisciplinar. 
Desses 18 (Dezoito) Trabalhos, 08 (oito) dos trabalhos estão em instituições 
brasileiras, 03(três) dos trabalhos em cuba, 02 (dois) trabalhos cada em Uruguai e 
Argentina, os demais 01 (um) cada em Argentina, México e Venezuela. 
 
 
 
Considerações Finais 
 
As publicações no banco de teses da Scielo que se mostraram interessantes para 
um estudo sobre Anestesia em Hipertensos vem se ganhando destaque a partir do ano de 
2015, e de lá para cá vem se mantendo em pequenas quantidades de trabalho. Esse dado 
 
 
 
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pode revelar pouco interesse na área cujos fatores não são possíveis de serem 
identificados, mas mostra que o tema é pouco explorado. 
Nem todos os trabalhos versam sobre Saúde sobre o método a ser usado para 
com o paciente hipertenso, mas foram selecionadas pela busca por terem o Hipertenso 
como sujeito ou propriamente 
 
Referências Bibliográficas 
 
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O PAPEL DO ODONTÓLOGO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) 
Ana Roberta Paraba de Oliveira 
Daiele Andrade da Cruz 
Natallya Rodrigues Fialho 
Sergio dos Reis Soares 
INTRODUÇÃO 
É de conhecimento geral, a grande importância que o SUS tem em nossa 
sociedade, desde seu momento de construção até os dias atuais. O SUS é 
composto por diferentes profissionais, desde procedimentos mais simples como 
um curativo à até mesmo uma cirurgia do coração. 
Embora esse programa muito conhecido e utilizado tenha falhas, é inevitável 
não ver o bem que o mesmo faz para a população. Como citado a cima, o SUS 
é composto por diferentes profissionais da saúde, sendo assim aprofundaremos 
nosso assunto em uma área bastante importante, a saúde bucal, relatando a 
importância do Cirurgião Dentista no sistema único de saúde. 
Na oficina Saúde Bucal na Vigilância à Saú- de no Distrito Sanitário, 
promovida pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPS), Nú- cleo de 
Estudos em Saúde Coletiva do Paraná (Nesco) e Secretaria Municipal de Saúde 
de Curitiba, em 1992, foram discutidas algumas experiências municipais de 
saúde bucal e apontados os principais problemas relacionados à inserção do 
profissional de saúde bucal no SUS: 
 
 
 
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1. A dificuldade do profissional detectar a importância das práticas 
odontológicas na saúde da população, e do potencial da sua intervenção na 
saúde bucal 
2. A limitação do conceito saúde/doença na sociedade 
3. A falta de participação da população na organização e avaliação dos serviços 
prestados pelo cirurgião dentista no SUS, gerando assim a baixa efetividade das 
ações de saúde bucal 
4. Falta de conhecimento e incorporação das diretrizes que regem o SUS 
fazendo com que assim, algumas áreas populacionais sejam mais privilegiadas 
que outras 
5. A prática de atenção à saúde bucal fortemente voltada para o modelo clínico 
6. A restrição do cirurgião dentista, fazendo com que seja o único profissional 
responsável na atuação de saúde bucal, consequentemente fazendo com ele faça 
parte dos profissionais de saúde que regem o SUS 
7. O privilegio a procedimentos cirúrgicos, aumentado assim o valor de 
pagamento ao cirurgião. 
Com o passar dos anos o SUS foi se modificando para melhoria da sua atuação 
na sociedade, embora esses problemas citados acima ainda permaneçam nos 
dias atuais, houve um avanço de grande importância que foi a mudança de 
pagamentos nos procedimentos. 
Todos os munícios recebem do SUS um valor per-capta, esse valor pode ser 
utilizado em campanhas de prevenção. A respeito dos problemas relacionadas 
as práticas sanitárias, o Governo Federal fica responsável por essa prática. 
Como já foi citado acima, o SUS é composto por vários profissionais, no PSF 
ele é composto por no mínimo: 
ü Um médico 
ü Um enfermeiro 
ü Um auxiliar de enfermagem 
ü De 4 á 6 agentes comunitários de saúde 
 
 
 
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Entretanto outros profissionais já estão sendo incorporados no PSF, como por 
exemplo, dentista, nutricionista, assistente social, psicólogo e etc(dependendo 
das possibilidades administrativo-financeiras dos municípios). 
De acordo com o Ministério da Saúde (MS, 2003) existem duas modalidades 
voltadas a saúde bucal: 
· Modalidade 1: cirurgião-dentista e um atendente de consultório dentário 
· Modalidade 2: técnico em higiene dental 
O Vigisus, referece a um esforço de vigilância epidemiológica, sanitária e 
ambiental, sob a designação de vigilância em saúde. Muitas dessas vigilâncias 
estão voltadas para a área de atuação do cirurgião dentista, o, a vigilância de 
serviços odontológicos e a vigilância da qualidade da água. 
Infelizmente a atuação do cirurgião dentista tanto na rede básica como nos 
níveis central e distrital não é muito discutida, a literatura a respeito desse 
profissional é escassa, sendo assim, temo como objetivo discutirsobre a 
importância desse profissional no SUS 
A reorganização das práticas de saúde 
A Vigilância da Saúde é entendia como não apenas como a união de três 
vigilâncias, mas sim como uma forma de prestação de serviços em saúde. Esse 
modelo esclarece que saúde é um bem construído socialmente, reconhecendo 
que para ter uma boa saúde é necessário ter uma boa condição de vida. A 
principal relação aos modelos médico-assistencial e sanitarista é a inclusão de 
novos sujeitos. 
A população como sujeito na construção desse modelo é fundamental para os 
atores tradicionais de saúde, não apenas no atendimento a queixas e doenças, 
mas também para os modo de vida. 
Nesse contexto tem direitos e deveres tantos para os profissionais quanto para 
as população. Os profissionais de saúde são responsáveis pela população em 
geral, não apenas aqueles que estão precisando de atendimento médico. 
Entretanto, é de responsabilidade do cidadão que preserve ao máximo sua 
saúde. 
 
 
 
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A Carta de Otawao principal documento atual movimento da promoção de 
saúde, que se consubstancia em uma combinação de cinco estratégias: políticas 
públicas saudáveis, desenvolvimento de habilidades pessoais, fortalecimento 
das ações comunitárias, criação de ambientes saudáveis e reorientação dos 
serviços de saúde (WHO, 1986). Esse documento é forma de sistematizar as 
possibilidades de atuação no SUS é a partir desses níveis de atuação. 
Politicas públicas saudáveis 
Políticas públicas consistem em ações tomadas pelo Estado que têm como 
objetivo atender os diversos setores da sociedade. 
Politicas são um conjunto de ideias que dão sustentação para as ações. As 
politicas publicas podem assegurar um meio ambiente saudável, ofertando 
serviços que conduzam à equidade e tornando mais acessíveis as escolhas 
saudáveis ( Dickson e Abegg,2000). 
Entre as politicas publicas que visam a melhora da situação de saúde da 
população, esta relacionada aos hábitos alimentares, principalmente ao 
consumo de açúcar, considerado um dos principais fatores etiológicos da cárie 
dentária. 
(Dickson e Abbeg, 2000; Sheiham e Moyses, 2000) acreditam que as politicas 
promotoras de saúde relacionada a esse assunto incluem desde a diminuição da 
plantação da cana de açúcar à inclusão de temas transversais nos currículos 
escolares enfatizando o consumo e o efeito do açúcar sob o aspecto nutricional 
. 
Também são de extrema relevância as politicas relacionadas à higiene bucal 
,buscando soluções para tal situação , com aspectos relacionados por exemplo 
ao flúor, ao tabagismo e aos serviços de saúde .Sugere-se a fluoretação da agua 
de abastecimento, a redução do uso do tabaco com o aumento dos impostos 
sobre o cigarro, o estimulo ao cirurgião dentista ´para utilizar metade do seu 
tempo em programas de promoção fora da unidade de saúde (Dickson e Abbeg, 
2000; Sheiham e Moyses, 2000) 
Os serviços de saúde são importantes para a saúde bucal da população, no 
entanto, o serviço prestado pelo odontólogo é visto apenas como área curativa. 
É então, que se deve ser trabalhado o conceito de Promoção da Saúde- que vem 
 
 
 
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a ser sinônimo de prevenção de saúde e praticas voltadas para a atuação sobre 
os fatores de risco. 
Vigilância da saúde 
Tradicionalmente, as práticas de vigilância foram estruturadas e orientadas pela 
demanda espontânea e pontual, tendo um forte componente autoritário e 
fiscalizador. Em geral, faz-se vigilância "sobre" os profissionais e não "com" a 
participação ativa deles e, como conseqüência, os programas perdem eficiência 
e efetividade. De um modo geral, a formação e a capacitação de recursos 
humanos na área da vigilância é um grande desafio a ser superado. Esses 
profissionais necessitam incorporar ao saber específico de sua área outros 
saberes, provenientes de diferentes campos do conhecimento, e desenvolver 
competências e habilidades, visando fundamentar cientificamente sua prática 
cotidiana e com isso aumentar a credibilidade de suas ações, isso requer que os 
profissionais de saúde responsáveis pelas ações de vigilância busquem a 
legitimidade social. 
No âmbito da vigilância da saúde, a prática odontológica abrange uma série de 
ações que incidem não somente na saúde dos indivíduos e da coletividade, mas 
também no meio ambiente. É certo que, muitas vezes, na realização dessas 
atividades, interesses econômicos dos envolvidos são contrariados. Por essa 
razão, 
é imprescindível o envolvimento dos prestadores de serviços odontológicos, 
desde a definição e a normatização de rotinas até as ações de fiscalização. 
A importância da participação do cirurgião-dentista na equipe de vigilância se 
deve ao conhecimento técnico específico e ao embasamento científico que 
orientam as ações 
Vigilância de serviços odontológicos 
A qualidade da prestação dos serviços odontológicos depende de um constante 
cuidado por parte dos cirurgiões dentistas e sua equipe profissional, 
particularmente, quanto às questões de biossegurança na prevenção dos agravos 
a saúde da população,as ações de vigilância de serviços odontológicos têm por 
objetivo proteger a saúde da população de numerosos riscos reais ou potenciais 
e promover os meios necessários para garantir a segurança sanitária nesses 
ambientes,a exposição a fatores de risco físico-químicos e biológicos, a geração 
 
 
 
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de resíduos sólidos, tóxicos e infectantes determinam uma preocupação cada 
vez maior com a segurança da prática odontológica. 
Cabe a Vigilância Sanitária realizar o monitoramento de serviços públicos e 
privados com a finalidade de verificar “in loco”, através das inspeções 
sanitárias, a aplicação das normas técnicas definidas pela legislação vigente, 
com o objetivo de minimizar ao máximo o risco de contaminação cruzada, a 
ausência de legislação federal específica, estabelecendo parâmetros e 
regulamentando as ações de controle de infecção e biossegurança no ambiente 
odontológico 
O controle de infecção ainda não ocupa um lugar de destaque nas rotinas de 
trabalho praticadas por profissionais em todo o país. Soma-se a essa realidade 
o fato de o cirurgião-dentista, historicamente, trabalhar isolado e realizar 
procedimentos invasivos. A deficiência no ensino acadêmico quanto à teoria e 
à prática de um efetivo controle de doenças transmissíveis nos estabelecimentos 
odontológicos também justifica a regulação e a preocupação do poder público 
com esses ambientes. 
Vigilância de produtos fluorados. 
A utilização do flúor é um fator de grande importância para o controle da cárie 
dentária, tem a capacidade de inibir ou mesmo reverter o início e a progreção 
da mesma. Porém a atenção deve ser elevada durante sua utilização por se tratar 
de uma substância farmacologicamente ativa, deve- se ter um controle na 
utilização em termo risco- benefício. 
A vigilância da saúde esta no controle dos teores de flúor nas águas de 
abastecimentos públicos, nas águas minerais, nos produtos alimentícios, 
medicamentos e cosméticos ( dentifrícios) pois enquanto a subdosagem não traz 
benefícios a sobredosagem associa-se com a ocorrência de fluorose. Em 1974 
foi aprovada a lei federal n°6.050 regulamentada pelo decreto 76.872 de 
22/12/75 que tornou obrigatória a fluretação das águas de abastecimentos 
públicos em municípios comestação de tratamentos de água. 
A água distribuída para consumo humano exercida por órgãos públicos deve 
haver um alto nível de controle por parte de secretarias municipais de saúde 
levando em consideração o controle dos índices de flúor efetivamente presente 
nas águas, as análises das águas devem ser feitas mediante a coleta em diversos 
pontos da cidade classificando os teores de flúor ativo em ppm ( parte por 
 
 
 
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milhão) a saber: ausente, abaixo, adequado e acima , para maior parte do 
território brasileiro o limite esta entre 0,6 e 0,9 ppm de flúor. 
A agência de vigilância sanitária não limita o teor máximo permitido , por essa 
razão, os municípios devem exercer seu poder regulamentar impedindo a 
comercialização de águas que excedam os índices recomendados. 
Vigilância ambiental de resíduos tóxicos. 
O sistema de vigilância de resíduos tóxicos aponta que a fonte mais comum de 
intoxicação profissional inclui ações relacionadas a manipulação , segregação , 
armazenamento, estocagem, transporte e destinação final. Em estabelecimentos 
odontológicos um resíduo químico altamente perigoso descartado no meio 
ambiente é o mercúrio que esta presente em restaurações dentárias 80% dele 
entra no corpo humano por vias respiratórias . 
Vigilância epidemiológica da cárie e doença periodontal. 
A organização mundial da saúde recomenda parâmetros preconizados nas 
atividades nas atividades da vigilância epidemiológica o monitoramento e a 
avaliaçoes de ações de controle são de grande importância nesses tipos de 
situações . O nível de satisfação de usuários e de profissionais podem ser 
incluídos como indicadores de interesse local , em nível municipal os inquéritos 
poderão ser realizados de 10 em 10 anos, em localidades como bairros, distritos 
sanitários e de mais necessidades da população essa periodicidade pode ser 
reduzida. O planejamento de políticas de avaliação e monitoramento da saúde 
bucal nessas situações devem ser organizadas em um sistema de informação 
CONCLUSÃO 
O presente trabalho apontou alguns dos possíveis papeis dos cirurgiões-
dentistas no Sistema Único de Saúde ,realizado através de uma revisão de 
literatura . Acredita-se que a saúde não é apenas a ausência de doenças mas sim 
um completo bem estar, físico , metal e social. 
 
 
REFERENCIAS : 
 
 
 
 JOFP-JORNADA ODONTOLÓGICA FAPAN 
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MATERIAIS DENTARIOS RESTAURADORES 
Autores: Karla Regina Mazete, Odontologia, 2º SEM., FAPAN. 
 Matheus Vinicius Ribeiro Sales, Odontologia, 2º Sem., FAPAN. 
 Nela Marina Cháves Paredes, Odontologia 2º Sem., FAPAN. 
 
 
RESUMO 
Com o surgimento das resinas Bulk Fill o principal problema enfrentado pelo metacrilato, 
contração de polimerização, passou a ser superado. Com indicação de procedimentos com 
4 mm e alta reatividade a luz de polimerização essas resinas são indicadas para 
restaurações posteriores com o mínimo de contração a polimerização. As resinas bulk-fill 
ainda são desconhecidas por muitos profissionais, existindo uma necessidade na 
odontologia de conhecê-las melhor, por mostrarem resultados positivos, reafirmando o 
quanto pode ser inovadoras e práticas, diminuindo o tempo clínico do cirurgião-dentista 
e, conseqüentemente, maior comodidade para o paciente, reduzindo tempo de espera na 
cadeira. O objetivo do trabalho foi analisar as características das resinas Bulk Fill, onde 
foi realizada uma busca de artigos, que foram analisados para auxiliar na pesquisa. 
Verificou-se que os estudos laboratoriais demonstraram excelentes resultados em relação 
a essas resinas, mas o número de estudos clínicos ainda é muito pequeno, apesar de sua 
relevante qualidade. 
Palavras-chave: Resina Bulk Fill, Materiais Dentários, Polimerização. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
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Este trabalho tem como objetivo expandir conhecimentos sobre a utilização de 
materiais resinosos assim como os seus benefícios para realização dos mais variados 
tipos de restaurações, trazendo em destaque a resina Bulk-fill. 
 As resinas compostas sejam elas utilizadas para adesão, restauração ou 
cimentação, são os materiais mais utilizados na odontologia adesiva atualmente. Esse 
material, ao longo da história, passou por transformações especialmente no que se refere 
ao modo de polimerização. As primeiras resinas eram quimicamente ativadas, e 
passaram a ser fotoativadas por luz ultravioleta somente em 1973¹. Por conta dos efeitos 
prejudiciais desse tipo de luz (aumentava a incidência de queimadura de córnea e 
cataratas), curta vida útil das lâmpadas e limitada profundidade de polimerização, deu-
se início a estudos visando a utilizar a luz visível para fotoativação¹. 
Com isso, houve necessidade de maior desenvolvimento também das fontes de 
luz, para que elas conseguissem excitar de maneira correta os sistemas fotoiniciadores 
presentes nos materiais resinosos¹. 
METODOLOGIA 
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica baseada em artigos científicos sobre 
resina Bulk Fill. 
O estudo caracterizou-se como revisional, a partir da busca na literatura 
utilizando-se as bases de dados disponíveis no PUBMED e Google Acadêmico, 
conduzindo-se a pesquisa de artigos, monografias e livros publicados com as seguintes 
palavras-chave: Resina BulkFill, Polimerização, Fotoativação. No qual a metodologia 
empregada baseia-se na leitura e análise de textos nos acervos digitais, com o intuito de 
gerar conclusões gerais sobre o tema de interesse². 
 
RESULTADOS 
As resinas compostas e o conceito de adesividade permitem que a dentística atual 
venha ao encontro das necessidades estéticas que permeiam a sociedade moderna. Hoje 
 
 
 
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a nossa especialidade consegue resolver praticamente todos os casos de reabilitações 
estéticas que se apresentam em nossos consultórios apenas com o uso de técnicas 
adesivas e materiais à base de resina composta. 
Desde seu desenvolvimento nos anos 60, as resinas compostas têm evoluído e 
ocupado um espaço cada vez maior dentro da Odontologia. Suas propriedades 
mecânicas, adesivas e estéticas vêm se desenvolvendo ao longo dos anos, ocupando hoje 
um lugar de destaque dentro da clínica diária. Na evolução desses materiais temos a sua 
fotopolimerização que veio trazer uma série de melhorias nas propriedades mecânicas, 
menor porosidade, maior tempo de trabalho e uma melhora na sua manipulação

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