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RESTAURADORA I – Gilberto Bruna Franciele de Oliveira LIGAS METÁLICAS ➔ O que são metais? Trata-se de uma substância química, boa condutora de calor e eletricidade e quando polida boa refletora de luz. Clinicamente, você precisa proteger a polpa antes de restaurar com metal com um material isolante (cimentos e a resina). Outra coisa importante é que metal ioniza positivamente um solução. Então se tivermos uma solução + íon metálico, essa solução vai estar ionizada positivamente. Clinicamente temos um comportamento dos metais, que se chama CORROSÃO GALVÂNICA e isso tem a ver com a capacidade de ionização do metal. Essa corrosão vai acontecer na boca se tivermos 2 metais dissimilares na boca do paciente, ou seja, se tiver um metal nobre na boca do paciente e um metal não nobre, esse metal não nobre vai se corroer. As vezes o paciente diz sentir gosto de metal, e isso pode ser devido a corrosão de um metal, que pode ser uma restauração de amalgama ou uma liga de metal não nobre, que pode estar com oxidação alta ou em um processo de corrosão. Normalmente esse paciente vai ter uma peça metálica e do lado, por exemplo, um amalgama (dois metais diferentes). Para resolver esse problema do gosto de metal na boca, pode ser feito um polimento ou trocar se for uma restauração fundida, no caso de amalgama se deve polir. Se tiver essa ionização em uma restauração metálica fundida de metal não nobre, e esta estiver oxidada só há uma maneira de melhorar isso. É preciso trocar a restauração. Porque na proximal não vai ser possível realizar o polimento. Para indicar metal não nobre é preciso boa comunicação com seu protético. Pedir para usar sempre liga nova e uma certificação de qual liga ele tem, qual liga ele vai fundir e se for utilizar uma liga fundida/ reutilizada pra ele misturar no máximo 50% de liga reutilizada e 50% nova. RESTAURADORA I – Gilberto Bruna Franciele de Oliveira O ideal é pedir ao protético para sempre utilizar liga nova e pedir para certificar. Outra coisa importante é a região da chama utilizada para fundição do metal, que é a REDUTORA (3° cone/ azul). Se caso chegar peça metálica que você não consiga polir e algumas partes enegrecidas, pode ser que não foi utilizado só liga nova e o metal já está oxidado. UNIÕES METÁLICAS ➔ Por que os metais são bons condutores de energia e calor? Porque possuem união metálica primária que forma uma nuvem de elétrons. Onde necessita o cuidado clínico de proteção pulpar/ isolar. Paciente também pode relatar que quando coloca o garfo na restauração metálica (por exemplo amalgama) ele leva um choque. Ou quando vai morder uma batata que foi assada no papel alumínio sente um choque. Esse choque se dá porque o garfo é um metal de potencial elétrico totalmente diferente daquela restauração que está na boca do paciente, quando encosta o garfo há uma troca de potencial elétrico diferente. Passa pelo tecido pulpar e sente aquele choque. E a solução é trocar a restauração, se não trocar esse problema vai persistir. Ao trocar a restauração vai isolar, fazendo proteção pulpar. Antigamente era utilizado como protetores que era o cimento de óxido de zinco e eugenol, e abaixo dele cimento de hidróxido de cálcio. O cimento de hidróxido de cálcio precisa muito ser utilizado em uma espessura pequena de no máximo 0,5mm e é hidrossolúvel. Então se ele se solubiliza com o tempo e a dentina tem umidade, ali fica dissolvido aquele cimento. Por isso, se você coloca cimento de oxido de zinco e eugenol por cima ele vai ficar isolado parcialmente. Já se for utilizado somente forramento com cimento de hidróxido de cálcio, com o tempo ele RESTAURADORA I – Gilberto Bruna Franciele de Oliveira se solubiliza e o metal vai ter continuidade com o metal e o paciente vai sentir esses ´´choques´´. Para isso é preciso remover a restauração, limpar a cavidade e pode ser restaurado com resina. Caso o paciente queira metal, aprofunda um pouco para colocar protetor para colocar o metal. Restauração em dente polpado sem proteção, sempre vai dar boa condutibilidade elétrica e boa condutibilidade térmica. LIGA METÁLICA: é uma material metálico onde há a mistura de dois elementos metálicos. METAL PURO: - Ouro coesivo: é um biomaterial de uso odontológico, porém é caro e necessita de retenção ,mecânica com cavidade muito parecida a para amalgama. - Prata: foi usado na sua forma mais pura, porém não é mais utilizada. Servia para cones para obturar dentes tratados endodonticamente, hoje já é utilizado a guta percha. - Titânio CP (comercialmente puro): é utilizado principalmente para os implantes e algumas metalocerâmica de titânio. -> quais os metais podem ou são utilizados na sua forma pura na odontologia ? Ouro coesivo, prata pura e titânio CP. O uso de metais puro é limitado, os outros utilizado são ligas ( dois ou mais metais). O primeiro metal/ liga metálica de uso na odontologia como um biomaterial bom foi o ouro (amarelo). A primeira classificação foi como os metais nobres, onde nobres são os elementos que não se oxidam, como o ouro. RESTAURADORA I – Gilberto Bruna Franciele de Oliveira Como o ouro é caro e mais escasso, em 1928 nos EUA, surgiram as ligas alternativas às ligas de ouro. Então metal que não é nobre vai virar liga alternativa. Liga alternativa = liga de metal não nobre ➔ Por que utilizar ligas metálicas? Juntando mais metais melhora a propriedade para a aplicação dele. A classificação mais antiga classifica os metasi quanto a sua nobresa, sendo: - Ligas altamente nobres; - Ligas nobres; - Ligas predominantemente de metais básicos ou ligas alternativas. ➔ Todo metal possui aquela ligação metálica que libera elétron na ultima camada, formando aquela nuvem eletrônica. ➔ Todo metal oxida. Entao se tenho uma peça de metal na mão + oxigênio do ar = metal vai oxidar. ➔ Temos metais que se oxidam passivamente e os metais que se oxidam ativamente. PASSIVAMENTE: O oxigênio vai vir da superficie daquele metal e vai interagir ali. Só que a ligação do oxigênio com o metal é RESTAURADORA I – Gilberto Bruna Franciele de Oliveira muito fraca, não vai ocorer uma oxidação perceptível (empretejada) ou seja, não vai ter acúmulo de oxigênio. E essa ligação não vai evoluir para ser tão forte pra corroer aquele metal. METAIS NOBRES TAMBÉM SE OXIDAM O oxigênio que é negativamente carregado, aproxima-se daquele metal e forma a camada dióxido. Mas é uma oxidação passiva. Nos Metais não Nobres, a união do oxigênio com aquele metal é uma união mais forte. E se nós permitirmos tempo ela pode ir para uma estabilidade onde vai sair daquele metal um óxido metálico e isso saindo vai promover uma corrosão. Essa é uma corrosão à seco. Caso envolva agua já é uma corrosão ainda mais problemática. Então quando você tem os metais não nobres, você tem que polir, tem que trabalhar mutio bem ele. Para que você minimise essa oxidação ao longo do tempo. Quando você tem um metal nobre isso não acontece. Resumindo: METAL NOBRE: camada passiva não oxida com acúmulo de oxigênio e não corroi. METAL NÃO NOBRE: Camada ativa, que vai acumular oxigênio ou que também vai corroer. OURO BRANCO: uma liga de ouro com outro metal mais nobre que o ouro, chamado PLATINA (Pt). A platina é um material da cor mais ou menos cinza/prata. Então se você tiver uma liga de ouro, paltina e palladium (Pd), nós vamos ter algumas pessoas que é ouro branco. Mas na verdade é uma liga metálica de ametais altamente nobres que por ter agora uma menor qauntidade de ouro e maior de platina e palladium ele vai parecer branco.RESTAURADORA I – Gilberto Bruna Franciele de Oliveira METAIS NOBRES - Ouro (Au) - Palladium (Pd) - Platina (Pt) - Ródio (Rh) - Rutênio (Ru) - Irídio (Ir) - Ósmio (Os) ➔ Se tiver liga de metais altamente nobres, essa liga não vai corroer na boca do paciente. OBS: A PRATA NA ODONTOLOGIA NÃO É CONSIDERADA NOBRE. ➔ Para ter uma liga altamente nobre ela deve conter: pelo menos 40% de ouro e pelo menos 60% de elementos metáliucos nobres. ➔ Para ter uma liga nobre deve conter mais de 25% de metais nobres. ➔ Para uma liga predominante básica (PB) deve conter menos de 25% de metal nobre. RESTAURADORA I – Gilberto Bruna Franciele de Oliveira RESTAURADORA I – Gilberto Bruna Franciele de Oliveira Essa classificação da tabela aterior, leva em consideração o tipo de liga com duas propriedades: vai de 0 até 5. A 0 na verdade é para emtais elétrodepositados (não vai pedir na prova), existe mas no Brasil é muiro raro, por conta do preço não compensava. LIGA TIPO 1: Idicação clinica restaurações fixas unitárias, inlays, onlays,coroas e até com faceta, e também pinos metálicos fundidos. Desde que a faceta da coroa seja resina composta. LIGA DE PRATA (Ag) E ESTANHO(Sn). LIGA TIPO 2: liga de cobre(Cu) e aluminio(Al), a mais barata delas. É mais utilizada, mas é essencial pedir liga nova. Indicação para inlays, onlays e overlays, e coroa total. La na policlinica utilizada para coroas facetadas com resina composta, que são as metaloplásticas. OBS: a liga 1 e a 2 não servem para metalocerâmicas. LIGA TIPO 3: vai servir para restaurações fixas de multiplos elementos, por exemplo pontes. Principal representante dela é a LIGA NÍQUEL- CROMO. Serve também para núcleo metalico fundido, coroas inlays, onlays e fazer fixa de 3 elementos. E vai servir também para metalocerâmica. ➔ Quais as ligas mecanicamente mais indicadas para núcleo metálico fundido de acordo coma ISO 22674? Liga tipo 1, 2 ou 3. A liga de Prata-estanho é um pouco menos rígida, mas as características mecânicas são as mesmas. LIGAS TIPO 4 E LIGA TIPO 5 São indicadas para lugares de grandes tensões e estruturas finas. Principalmente a liga tipo 5, permite fazer a estrutura do metal RESTAURADORA I – Gilberto Bruna Franciele de Oliveira abaixo da cerâmica de 0,2mm de espessura (espessura de uma folha de papel). Então quando você vai fazer metalocerâmica com ligas alternativas, e que você quer estética vai pra metal tipo 4 ou 5. Por isso, converse com seu protetico, para estrutura fina utilizar metal tipo 4 ou 5, que são muito rígidos. ➔ Qual a diferênça entre uma liga tipo 1 e uma liga tipo 5, segundom a ISO 22674? A diferênça clinica é que o metal tipo 4 ou 5, vai ser usado para PPR, por exemplo, de secções transversais muito finas (principalmente tipo 5). Se você usar liga pra PPR tipo 5 com metal novo e bem processado, não vai quebrar. Ela quebra porque ou utilizou a área da chama errada, ou mistura metal refundido 2 ou 3 vezes. ➔ Você usaria por exemplo, uma liga tipo 1 em uma secção tranversal fina e um espaço protético grande? Não. LIMITE DE ALONGAMENTO: alongamento é deformação elastica, é a flexibilidade. A liga tipo 5, existem ligas que tem uma flexibilidade só de 2%, muito rígida. Já a liga tipo 1 possue uma flexibilidade de 18%. ESCOAMENTO: é deformação plástica, ou seja o metal amassa. Isso é tensão MPA. Enquanto o metal tipo 1 com 80 MPA ele já tá ´´amassando´´, se deformando plasticamente permanentemente. O metal tipo 5 vai gastar 500 MPA. Então os tipos 3, 4, 5, jamais voc~e vai vere ele na boca amassado ou deformado. A deformação vai acontecer com o tipo 1 e tipo 2. RESTAURADORA I – Gilberto Bruna Franciele de Oliveira Vai fazer METALOCERÂMICA, de extensão grande na boca do paciente onde o coping de metal , que fica por baixo, tem que ser fino : liga tipo 4 ou 5, melhor tipo 5. Se for uma coroa simples de molar onde a estética não é tão importante pode ser até liga tipo 3. Na região anterior, com grande exigência estética utiliza liga tipo 5, ou no mínimo 4 para o metal por debaixo da cerâmica ser fino. Como também em prótese fixa de grande extensão, com áreas finas de conexão, tipo 4 ou 5. Vai fazer o núcleo metálico fundido, utiliza liga tipo 1, 2 ou 3. Não deveria usar tipo 4 porque a liga é muito rígida, então a chance de ter uma atenção gerada para a raiz é maior. OBS: a liga tipo 3 o metal tem que ficar um pouco mais espesso para fazer metalocerâmica. (utilizado na policlínica) Podendo ser utilizada ate para fixa de 3 elementos, só que terá que ser mais espessa. LIGA TIPO 2 AMARELINHO Depois de polido Liga de cobre-alumínio (desenvolvida no Brasil). Essa que é muito barata, e se bem processada vai te dar um resultado bem interessante.
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