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10
ESTÁGIO SUPERVISIONADO BÁSICO II
ALUNA: NAIR CAMPOS FREITAS PROFESSORA: Ms. ALCIONE JANUÁRIA TEIXEIRA DA SILVEIRA
CURSO: BACHARELADO EM PSICOLOGIA
2020
FACULDADE VÉRTICE – UNIVÉRTIX
SOCIEDADE EDUCACIONAL GARDINGO LTDA. – SOEGAR
EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA DOS AUTISTAS NA ESCOLA COMUM 
Nair Campos Freitas
MATIPÓ
2020
FACULDADE VÉRTICE – UNIVÉRTIX
SOCIEDADE EDUCACIONAL GARDINGO LTDA. – SOEGAR
EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA DOS AUTISTAS NA ESCOLA COMUM 
Relatório Final do Estágio Básico Supervisionado II.
Acadêmica: Nair Campos Freitas
Profa. Orientadora: M.Sc. Alcione Januária Teixeira da Silveira
Matipó
2020
EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA DOS AUTISTAS NA ESCOLA COMUM 
RESUMO
A educação especial direciona suas ações para o atendimento às especificidades dos alunos com necessidades educacionais especializadas, no âmbito de uma atuação mais ampla na escola, orienta a organização de redes de apoio, a formação continuada, a identificação de recursos, serviços e o desenvolvimento de práticas colaborativas. Inclusão é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. O objetivo deste estudo e compreender a intervenção da escola no atendimento a crianças portadoras de necessidades especiais, incluindo o autismo em especial no seu cotidiano? Com este estudo pretendo contribuir para que se esclareçam um pouco as funções da escola e do professor como mediadores destas intervenções que ocorrem dentro das instituições. Os alunos diagnosticados com o Transtorno do Espectro Autista são vistos de uma maneira geral como aqueles que não conseguem se comunicar e também socializar pelo fato de apresentar diversas dificuldades do desenvolvimento humano, mas os alunos autistas tem grande chance de levar uma vida normal respeitando suas limitações. Sabe-se que as instituições em sua maioria, apenas matriculam o aluno, mas não garante a ele que a inclusão realmente aconteça, alcançando o seu desenvolvimento e sua autonomia.
PALAVRA CHAVE: Educação Especial; Autismo; Professor; Escola. Transtorno. 
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como tema educação especial inclusiva dos autistas na escola comum, a inclusão é muito além de receber os alunos com Necessidades Educacionais Especiais, ela busca de uma maneira concreta garantir esse aluno que ele esteja inserido na escola e na sociedade, mas que também ele possa se desenvolver e conseguir alcançar aspectos fundamentais na sua aprendizagem, com metodologias adequadas que respeite as limitações de cada aluno. A escola como instituição pública tem que assegurar aos alunos o pleno direito a educação, sem exclusão. De acordo com a Constituição Federal de 1988 em seu Art. 205 assegura que:
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
O acesso à educação sendo direito de todos proporcionou aos alunos com deficiência e NEE poderem frequentar uma escola comum. Antes mesmo da lei da inclusão, Vieira (2012) já falava de uma educação de qualidade para todos referindo-se, entre outros fatores, a atribuição de novas dimensões da escola no que consiste não somente na aceitação, como também na valorização das diferenças, resgatando os valores culturais e o respeito do aprender e construir. Entretanto, a educação especial que por muito tempo restringiu-se a um ensino paralelo, aos poucos vem redimensionando seu papel, atuando no atendimento direto desse alunado na rede escolar regular.
Nesse sentido, de acordo com a Lei Nº 13.146, de 6 de Julho de 2015. Em seu artigo 27 define que: 
A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.
Parágrafo único. É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação.
Para Mantoan (2001) no início no Brasil a Educação Especial seguiu os modelos assistencialistas e segregativos de atendimento e pela segmentação das deficiências, fatos esses que contribuíram para que a formação escolar e a vida social das crianças e jovens com deficiência aconteçam ainda, na maioria dos casos, em um mundo à parte. A realidade hoje é diferente, muitas coisas mudaram e o cenário da inclusão ganhou uma atenção especial. Assim, é possível perceber que o paradigma da inclusão pressupõe uma escola democrática, com respeito ao tempo do aluno, com a aprendizagem como centro e o estímulo ao trabalho coletivo, participativo.
Nesta perspectiva, construíram-se questões que nortearam este trabalho: 
· Como os alunos autistas estão sendo recebidos nas escolas comuns? 
· Quais os desafios enfrentados para garantir essa inclusão?
· Qual o papel da escola, do professor e da família nesse processo?
Antigamente falava-se que a inclusão era integrar os alunos com deficiência, mas deve ir, além disso, a inclusão, ou seja, colocar ele em um meio onde haja aprendizagem e união de troca de saberes.
Neste sentido, Mantoan (1998 b, p. 5) vem afirmar que:
"a integração escolar, cuja metáfora é o sistema de cascata, é uma forma condicional de inserção em que vai depender do aluno - ou seja, do nível de sua capacidade de adaptação às opções do sistema escolar - a sua integração, seja em uma sala regular, em uma classe especial ou mesmo em instituições especializadas - Trata-se de uma alternativa em que tudo se mantém, nada se questiona do esquema em vigor."
Neste contexto, o objetivo primordial deste estudo é, pois, investigar e compreender a intervenção da escola no atendimento aos alunos autistas nas escolas comuns.
Com este estudo pretendo contribuir para futuro estudos em esclarecer as funções da escola e do professor como mediadores destas intervenções que ocorrem dentro das instituições e são asseguradas por lei. 
INCLUSÃO
Inclusão é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo. Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com o outro (MANTOAN, 2001).
Em tempos remotos o tratamento com os deficientes era bem distante do que vivemos hoje, eles eram excluídos de todo convívio social, na escola não era diferente. Eram considerados incapazes, doentes, loucos entre outros. Nem mesmo os tratamentos médicos eram disponibilizados, eram divididos em dois grupos, os que não ofereciam riscos à sociedade, e ficavam vagando pelas ruas, e os que ofereciam riscos, considerados mais agressivos e ficavam acorrentados nas casas ou até mesmo cadeias (MAZZOTTA, 2005). 
A criação de hospícios fez com que muitos deficientes fossem abandonados, alguns eram submetidos a torturas que levavam até a morte. Em muitos países os pais tinham o direito de matar a criança que nascia com deficiência após o parto (AMARAL, 1995).
Figueiredo (2010) assegura que a inclusão se traduz pala capacidade da escola em dar respostas eficazes á diferença de aprendizagem doa alunos. Ela demanda que a escola se transforme em espaço de trocas o qual favoreça o ato de ensinar e de aprender. Transformar a escola significa criar as condições para que todos participem do processo de construção do conhecimento independentemente de suas característicasparticulares. A inclusão requer também mudanças significativas na gestão da escola, tornando-a mais democrática e participativa, compreendendo o espaço da escola como um verdadeiro campo de ações pedagógicas e sociais, no qual as pessoas compartilham projetos comuns. Ela se caracteriza por seu caráter colaborativo, desenvolvendo valores e organizando o espaço da escola de modo que todos se sintam dele integrantes.
Goulart (2001) diz que os primeiros anos de um ser humano são especiais no tocante ao desenvolvimento da imaginação. A criança desenvolve sua imaginação a partir das suas experiências. Há maior liberdade nas conexões feitas pelo pensamento infantil do que pelo adulto. Ela esta ligada a tudo que esta a sua volta e vai tentando estabelecer relações entre o que vê, ouve, cheira, sente, come. Seus sentidos estão despertos para captar todas as sensações e impressões possíveis e para Expressá-las através do corpo, das atividades plásticas, da linguagem, do movimento. Sua riqueza de expressão é tão grande que formulou-se a ideia de que sua imaginação é fértil. Todavia é bom ressaltar que a riqueza de sua imaginação é construída pelos estímulos que recebe do meio em que vive e das chances que tem de experimentar, explorar e conhecer os elementos deste meio.
Lowenthal e filho 2010 promover a inclusão significa, sobretudo, uma mudança de postura e de olhar acerca da deficiência. Implica em quebra de paradigmas, em reformulação do nosso sistema de ensino para a conquista de uma educação de qualidade, na qual o acesso, o atendimento adequado e a permanência sejam garantidos a todos os alunos, independentemente de suas diferenças e necessidades.
A escola como instituição de ensino é o primeiro lugar a incentivar as práticas de inclusão, nela as diferenças devem deixar de existir, o grande desafio encontrado pela escola hoje é de possibilitar que essas diferenças venham ser harmoniosas e produtivas. Sendo que a escola é o primeiro espaço onde efetiva-se a diversidade, é necessário repensar que a escola age com princípio inclusivo, buscando reconhecer as possibilidades, capacidade de todos que não são por ela alcançadas (BRASIL, 2001). 
Cunha (2014) afirma que as políticas oficiais em nosso país reconhecem o processo de inclusão como uma ação educacional que tem por meta possibilitar o ensino de acordo com as necessidades do indivíduo. Buscam permitir o fornecimento de suporte de serviços por intermédio da formação e da atuação dos seus professores.
Pellegrini e Zardo 2010 afirmam que na perspectiva, a acessibilidade é elemento integrante da promoção de uma educação de qualidade, sendo imprescindível para garantir o direito ao acesso a á participação dos alunos com deficiência no contexto da escolarização. Portanto, a organização de condições que promovam a acessibilidade na escola aos alunos com deficiência deve estar articulada aos processos pedagógicos, a fim de subsidiar a aprendizagem dos alunos com necessidades educacionais especificas.
O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola (MEC/SEESP, 2007).
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA CONCEITO E DESAFIOS 
O transtorno do espectro autista (TEA) é a junção de distúrbios que comprometem o desenvolvimento do sistema neurológico, e consequentemente acarreta o comprometimento das habilidades de convivência e também da comunicação do paciente diagnosticado. As características variam muito de paciente a paciente, alguns casos o comprometimento leva a incapacidades severas e outros casos o quociente de inteligência é normal e levam uma vida mais independente. Estes indivíduos também podem apresentar uma série de outras comorbidades, como hiperatividade, distúrbios de sono e gastrintestinais, e epilepsia (GADIA, 2006).
Oliveira (p. 27, 2009) define o autismo como:
Um transtorno complexo do desenvolvimento, do ponto de vista comportamental, com diferentes etiologias que se manifesta em graus de gravidade variados, “autos” significa “próprio” e “ismo” traduz um estado ou uma orientação, isto é, uma pessoa fechada, reclusa em si. Então o nome autismo mostra a principal característica da pessoa que é a condição de ser solitário e individualista.
De acordo com Gómez e Terán (2014, p. 447) a respeito do termo Autismo, destacam que:
O termo “Autismo” foi nomeado pelo psiquiatra Leo Kanner tendo como base a terminologia originalmente concebida por seu colega suíço Eugene Bleuler em 1911. Bleuler utilizou o termo “autismo” para descrever o afastamento do mundo exterior observado em adultos com esquizofrenia, que tendem a mergulhar em suas próprias fantasias e pensamentos.
Ainda a esse respeito Pereira (2009) destaca que o autismo foi reconhecido pela medicina por Eugen Bleuler em 1911, e era utilizado para separar as pessoas que tinham dificuldades em comunicar-se e interagir com as pessoas, e tinham uma manifestação de se isolar das demais, muitos anos atrás os autistas eram conhecidos como esquizofrênicos, e tratados como deficientes mentais. 
O TEA se manifesta logo nos primeiros anos de vida, ainda é uma doença que não se sabe as causas, é desconhecida só se pode destacar que há uma grande contribuição de fatores genéticos e não tem cura, tem em seus sintomas incertezas que dificultam, muitas vezes, um diagnóstico precoce (CUNHA, 2014).
Cunha (2012) afirma que conhecer e identificar o autismo, mostrar o que o educador precisa saber revelar o que construir com a criança, oferecer um currículo de atividades funcionais, falar sobre a família e a escola, facilitar o conhecimento da escola inclusiva, do ambiente inclusivo, apontar a contribuição da psicopedagogia e não esquecer de uma palavra de amor é o que o professor pode oferecer para se mesmo e manifestar o desejo de lutar, insistir, nunca retroceder, nem desanimar na tentativa de alcançar a meta que se pretende alcançar.
Ainda Cunha 2012 relata que o autismo requer do professor estudo, preparação e dedicação. Para além da condição limítrofe do autista, estará a sua condição humana e os seus atributos e a sua natureza de aprendente. Para além das nossas atribuições de ensinantes, estará a nossa capacidade de educar pelo nosso exemplo e amor.
Incluir os autistas nas escolas, ou seja, no ensino regular, requer uma mudança na adaptação de currículos e muita dedicação de toda a equipe escolar. Essa inclusão mesmo sendo um desafio constante é muito importante para o desenvolvimento da criança autista. A escola deve buscar com a inclusão resgatar os valores e respeito pelas diferenças. O processo de inclusão traz benefícios não só para o aluno autista, mas para toda a comunidade escolar, pois ajuda os alunos a trabalhar o respeito a diversidade, a solidariedade e a cooperação com todos (CARVALHO, 1999).
Segundo Saviani (1991), a escola tem a função de estender a todos os alunos, sem exclusão por diferenças, o conhecimento a aprendizagem, fundamental para que as pessoas tenham maior participação e internalização do conhecimento, a partir desse processo, podemos notar que algumas atividades vêm sendo evidenciadas nas escolas para avançar o processo de inclusão.
Os profissionais veem que a inclusão é a melhor forma de ajudar no desenvolvimento dos alunos com NEE, assim ele garante o seu desenvolvimento e pode ser introduzida na sociedade de maneira ais eficaz. De acordo com Werneck (1997, p.52) "o objetivo é incluir um aluno ou um grupo de alunos que já foram anteriormente excluídos. A meta primordial da inclusão é não deixar exterior de ensino regular, desde o começo".
Frente a todos os obstáculos que os autistas enfrentam é necessáriaessa inclusão até mesmo para o desenvolvimento do próprio aluno com a dificuldade. E privar os alunos da convivência tanto social quanto escolar acaba contribuindo para agravar ainda mais os sintomas. “As crianças com autismo têm necessidades especiais, mas devem ser educadas com as mínimas restrições possíveis" (GÓMEZ; TERÁN, 2014, p. 543).
A inclusão nas escolas não é somente uma mudança pedagógica, física, mas principalmente uma mudança nas condições de vida, no tratamento e contato social. Trabalhar com os autistas requer uma dedicação muito grande e quanto menos restrição melhor é ter o contato com outras crianças da mesma idade ajuda a estabelecer sua autonomia e o desenvolvimento individual. 
A esse respeito Cunha (2014, p. 100) afirma que “não podemos pensar em inclusão escolar, sem pensarmos em ambiente inclusivo. Inclusivo não somente em razão dos recursos pedagógicos, mas também pelas qualidades humanas”.
Hoje em dia, no entanto, há também um crescente consenso de que a escola é um privilegiado espaço, onde se articula a produção do conhecimento com o compromisso da cidadania, capaz de cumprir a mais elevada destinação social do saber. Entende-se assim, que todos os educandos possuem o direito a educação, independentemente de suas limitações ou necessidades educacionais (CUNHA 2014).
O PROFESSOR E A ESCOLA FRENTE A INCLUSÃO DOS ALUNOS COM TEA
Goulart (2001) relata que a ideia moderna de criança percebida como ser único, distinto psíquica, cognitiva e afetivamente do adulto é resultado de um longo processo histórico. A construção da ideia da singularidade da infância esta diretamente relacionada à constituição da escola moderna, espaço privilegiado de aprendizagem e preparação para o mundo adulto. A visão de que a criança tem que ocupar espaços diferentes e especiais na sociedade adulta determinou a elaboração de saberes sobre a infância, de conhecimentos que definem as características próprias a ela e que orientam as praticas de socialização.
Vieira (2012) afirma que a inclusão é um processo dinâmico e gradual, esta se resume em cooperação/solidariedade, respeito às diferenças, comunidade, valorização das diferenças, melhora para todos, pesquisa reflexiva. O educador é o mediador e responsável pela construção do conhecimento, interação e socialização do aluno com NEE, sendo a inclusão considerada uma tentativa de reedificar esse público, analisando desde os casos mais complexos aos mais singelos, pois uma educação de qualidade é direito de todos. De acordo com a autora supracitada, para concretizar os desafios e objetivos da rede educacional, esta se deve direcionar e centrar-se nos quatro pilares básicos da educação aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser. 
Na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996, no Artigo 59, inciso III, ao definir o que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos com necessidades especiais, é apontada uma diretriz para a formação dos professores: “professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular, capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns” (BRASIL, 1996).
Mantoan (2002) relata que a maioria dos alunos que lotam as classes e as escolas especiais são os que não estão conseguindo acompanhar os seus colegas de turma, ou os que são indisciplinados, filhos de lares pobres, de negros e outros. Pautada para atender a um aluno idealizado e ensinando a partir de um projeto escolar elitista, meritocrático e homogeneizador de competências, a escola tem produzido quadros de deficiência que deveriam ser atribuídos às suas práticas, mas que têm, injustamente, prejudicado a trajetória educacional de muitos estudantes. Pela ausência de laudos periciais competentes e de queixas escolares bem fundamentadas, há alunos que correm o risco de ser admitidos e considerados pessoas com deficiência e encaminhados, indevidamente, aos serviços da Educação Especial. 
Brasil (2004) Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a integrar a proposta pedagógica da escola regular, promovendo o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Nestes casos e outros, que implicam em transtornos funcionais específicos, a educação especial atua de forma articulada com o ensino comum, orientando para o atendimento às necessidades educacionais especiais desses alunos. 
Cunha (2013) afirma que a formação do educador e o seu conhecimento cientifico a respeito do assunto tornam-se essenciais para a identificação da síndrome. Da mesma sorte, sua capacitação pedagógica no exercício docente possibilitará uma educação adequada. Apesar de níveis de comprometimentos dissimilares, é comum o aluno com autismo apresentar algumas características mais marcantes que inicialmente poderão interferir na sua aprendizagem: o déficit de atenção, a hiperatividade, as estereotipias e os comportamentos disruptivos.
Goulart (2001) afirma que a formação da personalidade de uma criança e de sua uto estima se da através dos vínculos afetivos que a criança estabelece com os adultos que cuidam dela. Ser amada, cuidada e respeitada pelos adultos que a cercam é o alimento de que precisa para um desenvolvimento sadio, para uma aprendizagem afetiva. O caráter lúdico permeia a ação da criança no mundo, pois ela não apenas transgrida o real através de sua ação lúdica, mas tentas compreende-lo brincando de ser adulto, ou seja, imitando-o. Assim é que o brincar se reveste da maior seriedade e importância para o desenvolvimento da criança.
Cunha (2008) diz que a escola é um lugar privilegiado para a socialização, onde as relações afetivas possuem substancial valor. O professor que não considerar os aspectos sociais e humanos da sua atribuição correrá o risco de não ser bem sucedido. O aluno possui a necessidade de conviver, estabelecer relações, adquirir conhecimento. A primeira evidencia desse aferimento estará na manifestação de seu desejo, pelo qual expressará sua humanidade e o caminho para atraí-lo.
A professora ou professor é o guardião do seu ambiente. A começar pelos seus movimentos em sala, que devem ser adequados e gentis. A postura, o andar, o falar são observados pelos alunos, que o vê como modelo. Independentemente de idade, da pré-escola á universidade, o professor será sempre observado. Então, um bom ambiente para a pratica do ensino começa por ele, que canalizara a atenção do aprendente e despertara o seu interesse em aprender (CUNHA, 2008).
METODOLOGIA 
O estudo trata sobre o tema: educação especial inclusiva dos autistas na escola comum, quanto ao tipo de pesquisa foi descritiva, que segundo Gil (1999) a pesquisa descritiva é aquela que descreve uma realidade, leva em conta os aspectos da formulação das perguntas que norteiam a pesquisa, além de estabelecer também uma relação entre as variáveis propostas no objeto de estudo em análise.
A pesquisa foi realizada com observação em uma escola estadual do Município de Santa Margarida-MG. A cidade de Santa Margarida possui aproximadamente 15.011 mil habitantes Sua principal atividade econômica são a cafeicultura e agropecuária. Possui como principal fonte de renda é a agropecuária com maior destaque para a cafeicultura, participando também de sua economia a pecuária e o comércio, porém com menor sustentabilidade. Possui um distrito denominado Ribeirão de São Domingos. O bairro mais importante é o centro onde está localizado a Igreja Matriz, bancos, supermercados, lojas, e a maioria dos pontos comerciais (IBGE, 2010).
O instrumento para coleta de dados foi um questionário estruturado de múltipla escolha contendo 10 perguntas com professores da rede estadual. Além da observação das aulas e rotina dos alunos com TEA atendidos na escola. A coleta de dados foi realizada de fevereiro a maio de 2020. 
A abordagem dos dados será estatística descritiva, o que significa que visa descrever qualquer conjuntode dados, ou seja, é aquela estatística que está preocupada em sintetizar os dados de maneira direta, preocupando-se menos com variações e intervalos de confiança dos dados. O instrumento utilizado para analisar os dados foi o programa Microsoft Excel versão 2010. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Há quanto tempo em que se fala em educação especial inclusiva, e porque somente agora mais ou menos duas décadas para cá que está começando a incluir, e mesmo assim, na maioria das vezes quem se capacita por conta própria são os pais, porque a sociedade não está preparada para receber seus filhos, respeitar seus direitos.
O autismo é apenas um dos transtornos que integram o quadro de Transtorno do Espectro Autista (TEA). O TEA foi definido pela última edição do DSM-V como uma série de quadros (que podem variar quanto à intensidade dos sintomas e prejuízo gerando na rotina do indivíduo). Diante do exposto, concluiu-se os autistas precisam ser incluídos e respeitados em todos os ambientes de forma humana e eficaz, mostrado que a diversidade deve ser respeitada e pautando a necessidade de interação de todos nesse processo de desenvolvimento e estendendo a sociedade como uma responsabilidade de todos.
“Sou professora de apoio na rede estadual de minas gerais trabalho com crianças com necessidades especiais, o que cinto às vezes é um descaso por parte de todas as áreas, mas quando tem alguém interessado no assunto e no trabalho em equipe e colocando todos cientes de que pode sim haver inclusão de verdade e com qualidade, que se procurar nos informar e se capacitar para saber com que tipo de deficiência ou transtorno estamos lidando, para podermos trabalhar com os métodos e metas que de acordo com a necessidade especial podemos fazer um trabalho inclusivo de qualidade”
Realmente temos que pensar em inclusão de qualidade, temos que primeiramente mudar nossas atitudes, nossos atos e nossas ações, por quê? A quem estamos incluindo e em quem estamos pensando? Porque na verdade nos não temos que pensar somente na inclusão de pessoas com uma determinada deficiência física, mental ou intelectual, na cor da pele, na situação financeira, religião etc. tem que incluir todos sem distinção para que possamos ter uma sociedade com igualdade, que sabe respeitar o direito do outro das suas necessidades e colaborando para que esse cidadão possa ter uma vida digna de plena liberdade e reconhecimento dos suas qualidades e habilidades.
Os autistas têm a tendência de se isolar, a família e a sociedade são os pilares que o ele poderá contar para que alcance o seu desenvolvimento. Viver com crianças autistas é um desafio a cada dia. Constatou-se que os desafios de incluir os autistas são muitos, mas que nos últimos anos a busca por essa igualdade e maior valorização tem ganhado grande força.
E para nossas crianças, com necessidades especiais a mais que os outros, temos que ter um olhar especial, com amor, para que possamos ajuda-los de maneira adequada, para que não se perca tempo e que esse cidadão tenha uma evolução intelectual de qualidade. 
CONCLUSÃO
Diante do exposto, concluiu-se que a inclusão de autistas nas escolas regulares precisa ser efetivada de forma humana e eficaz, mostrado que a diversidade deve ser respeitada e pautando a necessidade de interação de toda a escola nesse processo de desenvolvimento e estendendo a sociedade como uma responsabilidade de todos.
A inclusão ganhou forças nos últimos anos, e até os dias atuais muitas mudanças foram feitas para que ela fosse efetivada, não há um modelo certo de metodologia um molde que possa dizer “esse o aluno aprende” ou o autista não tem chance de aprender, o método depende da vida social do aluno, da realidade dele o professor tem a capacidade de adaptar em varias maneiras de ensino que se enquadre no aluno que ele está atendendo, o professor consegue tentando e praticando, trabalhando em cima do que não deu certo e assim conquistando a melhor maneira de chegar ao sucesso. 
Viver com crianças autistas na escola é um desafio a cada dia, e sabemos que muitas escolas apenas matriculam os alunos e não ajudam no seu desenvolvimento gerando assim problemas e mais exclusão, que traz sérias consequências. Os problemas vivenciados por professores, alunos e famílias são muitos, além de uma reforma estrutural, os professores precisam se adequar as novas leis avaliar as necessidades e buscar respostas educativas para solucionar problemas de desempenho escolar dos alunos autistas. Além de buscar o aperfeiçoamento da formação dos profissionais de educação que são peça chave nesse processo de inclusão.
Dessa forma constatou-se que os desafios de incluir os alunos autistas nas escolas comuns são muitos, mas que nos últimos anos as escolas e os profissionais da educação juntamente com a família dos alunos tem se esforçado muito para ajudar no crescimento e na valorização da inclusão em todos os lugares não somente nas escolas.
REFERÊNCIAS
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BOSA Cleonice, Atenção Compartilhada e Identificação Precoce Do Autismo. Psicologia: reflexão e crítica, Porto Alegre, 2002.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei 9394, de 23 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 1996.
BRASIL. Ministério Público Federal. O acesso de alunos com deficiência às escolas e classes comuns da rede regular de ensino. Fundação Procurador Pedro Jorge de Melo e Silva (Orgs). 2ª ed. ver. E atualiz. Brasília: Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, 2004. 
CARVALHO, Rosita Edler. Temas em educação especial. 2. ed. Rio de Janeiro: Ed. WVA,1999.
CUNHA, Antonio Eugenio, afeto e aprendizagem. Relação de amorosidade e saber na pratica pedagógica. Wak Editora, 3ª edição, 2008, Disponível em: WWW.wakeditora.com.br. Acesso em 18 de março de 2020. 
CUNHA Antonio Eugenio, autismo e inclusão. Psicopedagogia e práticas educativas na escola e na família. Wak Editora, 4ª edição, 2012. Disponível em: www..wakeditora.com.br. Acesso em 20 de abril de 2020. 
CUNHA Antônio Eugenio, Autismo na Escola. Um jeito dif erente de aprender, um jeito diferente de ensinar. Editora wak 2013. Disponível em: www..eugeniocunha.com.
CUNHA Antônio Eugenio, Práticas Pedagógicas para inclusão e diversidade, Wak Editora, 4ª edição, 2014. Disponível em: www..eugeniocunha.com. Acesso em: 12 de abril de 2020.
FIGUEIREDO Rita Vieira de, Incluir não é inserir, mas interagir e contribuir. INCLUSÃO. Revista da educação especial. Brasília 2010.
GADIA, Carlos. Aprendizagem e autismo: transtornos da aprendizagem: abordagem neuropsicológica e multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2006.
GÓMEZ, A. M. S., TERÁN, N. E. Transtornos de aprendizagem e autismo. Cultural, S.A, 2014.
LOWENTHAL Rosane e FILHO José Ferreira Belisário. Transtornos globais do desenvolvimento e os desafios para o processo de inclusão educacional. INCLUSÃO. Revista da educação especial. Brasília 2010.
MEC/SEESP. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria Ministerial nº 555, de 5 de junho de 2007, prorrogada pela Portaria nº 948, de 09 de outubro de 2007.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Pensando e Fazendo Educação de Qualidade. São Paulo: Editora Moderna, 2001.
________________________Ser ou estar, eis a questão: explicando o déficit intelectual. Rio de Janeiro, 1997.
__________________________Produção de conhecimentos para a abertura das escolas às diferenças: a contribuição do LEPED (Unicamp). In D.E G. Rosa , V.D. de Souza (Orgs.). Políticas organizativas e curriculares, educação inclusiva e formação de professores. (pp.79-93).Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
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