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Versao Actualizada - Trabalho final

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ÍNDICE
I.	INTRODUÇÃO	3
1.1.	Problema	4
1.2.	Justificativa	4
1.3.	Objectivos	5
1.3.1.	Geral	5
1.3.2.	Específicos	5
1.3.3.	Questões de pesquisa	5
II.	REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	6
2.1.	Conceitos gerais	6
2.2.	Gestão de recursos naturais	6
2.2.1.	Estratégias da gestão de recursos naturais	6
2.2.2.	Fraco envolvimento comunitário na gestão de recursos naturais	7
2.2.3.	Fraca difusão de instrumentos jurídicos sobre a exploração florestal	8
III.	METODOLOGIAS	9
3.1.	Descrição e Localização da área de estudo	9
3.1.1.	Solos	9
3.1.2.	Clima	9
3.1.3.	Fauna e Flora	10
3.1.4.	População	10
3.1.5.	Actividades Económicas	11
3.1.	Métodos	11
3.1.1.	Revisão bibliográfica	11
3.1.2.	Inquérito	11
3.1.3.	Entrevistas	11
3.1.4.	Amostragem	12
3.1.5.	Processamento e análise dos dados colectados	13
IV.	RESULTADOS E DISCUSSÕES	14
4.1.	Perfil socioeconómico da população de Miala (empresa)	14
4.2.	Nível de Conhecimento da legislação Florestal	16
4.3.	Nível de conhecimento das normas de utilização e conservação de recursos naturais na comunidade de Miala (empresa)	17
Conhecimento dos direitos e deveres na gestão de recursos naturais	19
V.	CONCLUSÃO	22
VI.	RECOMENDAÇÕES	23
VII.	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	24
APÊNDICES	25
I. INTRODUÇÃO
Em Moçambique mais de 80% da sua população depende directamente dos recursos naturais para a sua sobrevivência. A agricultura é considerada a principal base da economia, apesar de ser praticada usando técnicas rudimentares e dependentes de processos naturais tais como a chuva e a recuperação da fertilidade de solo através do pousio de terras. O aumento da população e o consequente aumento da pressão sobre os recursos naturais tende a provocar degradação ambiental no país (MICOA 2008).
O governo de Moçambique definiu como uma das suas principais metas a redução da pobreza que grassa mais de dois terços da população do país. Assim, todos os sectores desenham as suas estratégias procurando contribuir para este objectivo. O subsector de Florestas e Fauna Bravia desenhou a sua política e estratégia de desenvolvimento (1997) incorporando um objectivo social, para além dos objectivos económico, ecológico e de desenvolvimento institucional. O maneio comunitário dos recursos naturais surge assim como uma abordagem que visa motivar a promoção do envolvimento dos utentes na gestão dos recursos naturais com vista a colher benefícios e garantir o seu uso sustentável. Um dos grandes desafios que a implementação deste objectivo social encontrou foi a definição da entidade comunidade. As várias intervenções no campo foram clarificando este aspecto visto que se chegou à conclusão que a comunidade se pode autodefinir de acordo com critérios baseados nas fronteiras de ligações costumeiras bem assim as administrativas e/ou geográficas.
O alvo comum de todas as iniciativas é constituir instituições fortes e garantir o direito positivo de uso e aproveitamento dos recursos bem como as suas obrigações que garantam a perpetuidade desses patrimónios naturais.
Desta forma, objectivou-se para o presente relatório, trazer e descrever de forma sumaria, sobre o Nível de conhecimento dos direitos e obrigações na gestão dos recursos naturais locais pelas populações residentes em Miala (empresa), em relação aos principais intervenientes e seus planos de acção levados acabo na sua implementação, com base nas informações obtidas em campo e solidificadas durante as aulas de Politica de Administração Florestal. 
1.1. Problema 
O uso inadequado dos recursos naturais (terra, vegetação e água) concernentes a práticas agrícolas como a queima para a preparação do campo, a prática da agricultura itinerante, abate indiscriminado das árvores para produção de carvão vegetal e abertura de novos campos de cultivo tem contribuído consequentemente para a perda de nutrientes do solo e o fraco rendimento da produção agrícola e dos recursos florestais na região norte do Niassa. 
Ainda existem outros aspectos contribuintes para o fraco desenvolvimento como: o baixo índice de escolaridade da comunidade, que é um outro grande problema no que concerne à utilização de formas e meios eficazes de comunicação permitindo as formas de adoptar um nível adequado de simplificação dos termos técnicos de modo a permitir maior compreensão. Estes factores afectam directamente os agricultores, diminuem os recursos naturais e afectando directamente na dinâmica do desenvolvimento rural e consequente lacuna no conhecimento dos seus direitos e obrigações na gestão dos recursos naturais. O que está por detrás do baixo nível de implementação dos seus direitos e obrigações na gestão dos recursos naturais nas comunidades rurais, especialmente em (Miala) para que haja um desenvolvimento socioeconómico?
1.2. Justificativa 
Com o uso dos instrumentos reguladores bem como o plano de acção deve ser elaborado de forma participativa, para facilitar a sua implementação em todas as comunidades do distrito de sanga em especial a comunidade de Miala (empresa). 
Com a constatação de que o Estado, sozinho, não pode garantir a conservação e o uso racional dos recursos florestais e faunísticos, a nova Lei de Florestas e Fauna Bravia introduziu nova abordagem na gestão de florestas e da fauna bravia, que procura envolver e responsabilizar todos intervenientes no sector na gestão destes recursos. Nesse sentido, as comunidades locais, o sector privado, organizações e associações de operadores e intervenientes no sector florestal, são encorajados a formar parcerias com o Estado, com vista a seu envolvimento e participação activa, não apenas na exploração e utilização destes recursos, mas também na fiscalização, controle e monitoria das actividades de exploração, maneio e conservação dos recursos florestais e faunísticos.
Não se pode cumprir uma lei sem antes ter o conhecimento da sua existencia, sendo assim, foi conduzido este estudo para saber até que ponto a comunidade de Miala (empresa) tem conhecimentos sobre os instrumentos reguladores do uso de recursos naturais. Portanto, este trabalho vai ajudar a estimar os esforços que o governo, as instituicoes de ensino, as empresas e ONGs devem fazer para garantir o cumprimento da legislação flotestal na comunidade de Miala e noutras semelhantes, visando garantir o uso sustentavel e racional dos recursos naturais para o beneficio socioeconomico das mesmas. 
1.3. Objectivos 
1.3.1. Geral
· Analisar o nível de conhecimento dos direitos e obrigações na gestão dos recursos naturais locais da população da comunidade de Miala (empresa).
1.3.2. Específicos
· Conhecer o nível socioeconómico da população de Miala (empresa) e como é feita a gestão de recursos naturais localmente;
· Descrever o nível de conhecimento dos instrumentos reguladores do uso de recursos naturais locais da população de Miala (empresa);
· Obter percepções das comunidades locais em relação ao conhecimento das normas vigentes sobre a utilização dos recursos naturais;
· Identificar os factores por detrás do nível de conhecimento da população em relação aos instrumentos reguladores de uso dos recursos florestais e faunísticos na comunidade de Miala (empresa).
1.3.3. Questões de pesquisa 
· Será que as comunidades locais têm conhecimento da lei vigente sobre o uso e conservação dos recursos naturais?
· Como a comunidade obtém os conhecimentos sobre as normas em relação a utilização dos recursos naturais?
II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
2.1. Conceitos gerais 
A FAO define floresta como ‟terreno medindo mais de 0,5 hectare com árvores maiores do que 5 metros de altura e cobertura de copa superior a 10%, ou árvores capazes de alcançar esses parâmetros”.
Segundo Bordin (1999), ‟Florestas são áreas de terra mais ou menos extensas, cobertas predominantemente por vegetação lenhosa de alto porte”. 
Para UNFCC (Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), ‟Floresta é uma área mínima de terra de 0,05-1,0 h com densidade ou cobertura vegetal equivalente ou superior 10-30%, com árvores capazes de atingir uma altura mínima de 2-5”. 
Para além de os conceitos supra citados apresentaremvários aspectos comuns, responde aos propósitos para quais foram criados. 
2.2. Gestão de recursos naturais 
A gestão dos recursos florestais ‟é um conjunto de acções que visão o controlo, racionalização e protecção dos recursos florestais” (Cunha e Almeida; 2002). Estes mecanismos constam na Constituição da Republica e visam assegurar que os benefícios dos recursos florestais se estendam a curto, médio e longo prazo. 
O conceito de gestão associa-se á utilização ou administração de um recurso qualquer, de tal maneira que se alcance resultados promissores. Por exemplo, a gestão ambiental é compreendida como um sistema que inclui actividades de planeamento, controlo e alocação dos recursos naturais.
2.2.1. Estratégias da gestão de recursos naturais 
1. Plano de Maneio
Os planos de maneio segundo MICOA (2004), actual MITADER, ‟são formas de gestão dos recursos florestais adoptados”. Estes planos são efectuados por técnico inscritos como consultores de inventariação e maneio dos recursos florestais do agora Ministério de Agricultura e Segurança Alimentar. Ainda de acordo com a fonte supra citada, esta forma de gestão dos recursos florestais pode ser feita na qualidade de consulta individual, sociedade de consultoria ou associações dedicadas a estatutos ambientais.
2. Envolvimento comunitário 
Envolvimento comunitário na gestão dos recursos florestais ‟é um conjunto de práticas locais geradas por iniciativas internas dentro das comunidades locais” (Cunha, 2002).
O envolvimento das comunidades no processo de gestão dos recursos florestais se consegue com a conjugação de esforços multe sectoriais e valorização dos conhecimentos locais, incrementando-os com a divulgação de instrumento jurídicos existentes, de tal forma que as comunidades possam contribuir de diversas formas para a sustentabilidade dos seus recursos e na manutenção das condições ambientais necessárias para a sobrevivência do homem. 
Nesta ordem de ideia, com o seu envolvimento as comunidades tiram o máximo proveito dos recursos florestais e assumem um papel privilegiado para ter apoio quer do estado, OSC e ONGs, o que influencia na melhoria da qualidade de vida das mesmas.
2.2.2. Fraco envolvimento comunitário na gestão de recursos naturais 
Para Salomão (2004), ‟o princípio básico do envolvimento das comunidades na gestão dos recursos florestais é o de que todos os grupos devem participar em todas as fases do processo de tomada de decisões”. Neste âmbito, Katerre (2002), ressalta a importância de a multiplicidade dos parceiros vinculados no maneio das florestas seja reconhecida e que o seu papel seja cautelosamente, bem definido. 
Na localidade de Miala (empresa), local onde se fez o estudo, o envolvimento comunitário na gestão dos recursos florestais continua sendo um grande desafio, e agrega diversos factores subsequentes no processo, isto é, ainda prevalece a centralização das responsabilidades de maneio nas autoridades governamentais e pouca se não participação limitada dos actores comunitários na tomada de decisões. 
Mushove (2002), traz-nos a visão de que embora a participação comunitária tenha ganho força nos últimos dias, há ainda obstáculos operacionais, por que a legislação não é clara, quanto ao poder, autoridade e responsabilidade. 
Segundo esse autor, muitas políticas do governo tem o objectivo de devolver as responsabilidades ao nível local, sem no entanto lhes conferir autoridade de tomada de decisões. Por seu turno, Matakala (2002) diverge com a teoria de Mushove, afirmando que não há responsabilidade sem autoridade e nem autoridade sem responsabilidade, ou seja, a responsabilidade está ligada ao poder da autoridades e as dinâmicas da responsabilidade podem contribuir para o desenvolvimento das competências. 
2.2.3. Fraca difusão de instrumentos jurídicos sobre a exploração florestal 
Em Moçambique, a lei de Floresta e Fauna Bravia é que regula todos os procedimentos da gestão dos recursos florestais, esta lei apresenta portanto, as responsabilidades, direitos e deveres de todos sectores envolvidos na gestão dos recursos florestais, no entanto, é de capital importância as comunidades conhecerem esse regulamento para que efectivamente possa ser útil na defesa dos seus direitos e privilégios assentes na constituição da república. 
A fraca difusão da lei de Floresta e Fauna Bravia confirma a existência de lacunas no seio dos membros comunitários na gestão dos recursos florestais, para a afirmação de atitudes e procedimentos legais durante a realização das actividades de maneio florestal. A fraca difusão deste regulamento, constitui um factor de risco para o sucesso na gestão das florestas no posto administrativo de Miala (empresa), uma vez que a lei é que estabelece todas as medidas, responsabilidades e postura das comunidades na gestão dos recursos florestais. 
III. METODOLOGIAS 
3.1. Descrição e Localização da área de estudo
O estudo será feito na comunidade de Miala, que situa-se a 7Km da vila sede do distrito de Sanga (Malulo), na parte Norte da Província do Niassa a 60 Km da capital provincial – Lichinga. O distrito de Sanga está localizado na parte Norte da Província do Niassa a 60Km da capital provincial – Lichinga, confinando a Norte com a República da Tanzania, a Sul com o distrito de Lichinga, a Leste com os distritos de Muembe e Mavago e a Oeste com o distrito de Lago (MAE,2014). 
3.1.1. Solos 
Constituindo a zona agro ecológica 10, os solos desta área são destacados pela elevada fertilidade e grande potencial agrícola. Neste distrito são predominantes os solos argilosos, vermelhos, profundos e bem drenados (INE, 2005).
3.1.2. Clima 
Com duas estações uma quente e chuvosa que vai de Dezembro a Março, sendo Abril mês de transição e outra seca e fria de Maio a Outubro, e Novembro sendo o mês de transição, fenómenos ocasionados pelo facto do distrito de Sanga estar sob a influência da zona de convergência inter tropical (INE, 2013)
Anualmente o distrito de Sanga recebe uma precipitação pluvial variável entre 1000 a 1200mm no extremo norte, ao longo dos rios Rovuma e Luchiringo, porém, nas zonas altas a precipitação pode chagar a atingir os máximos de 2000 mm e com uma precipitação média mensal igual 243.4 mm (INE, 2013). 
Nas zonas planálticas e na cordilheira de Sanga os valores médios das temperaturas variam entre os 20 a 23º C, durante a estação quente e húmida, aumentando de 23 a 26º C, na faixa norte do distrito, na zona das planícies ao longo do rio Rovuma (INE, 2013).
3.1.3. Fauna e Flora 
Localizado na zona Zambesíaca o distrito de Sanga com principal destaque (zona Norte, Nordeste e ao longo do Rio Rovuma), possuem uma vegetação esta constituída por formações de Miombo decíduo seco. As planícies da Zona Norte do Posto Administrativo de Matchedje são cobertas poimensas manchas de vegetação arbustiva com predominância para Brachystegia utilis, enquanto a parte Sul do distrito é dominada por Brachystegia boehmii, B. spiciformis (Messassa) e espécies do género Uapaca (Massuco) nas zonas planálticas e montanhosas da Cordilheira de Sanga (MAE, 2005).
De acordo com MAE (2014), os recursos faunísticos locais têm potencial turístico, embora o isolamento do distrito impossibilite um aproveitamento a curto prazo. O peixe é também incluído na alimentação local, sendo capturado nos rios da região.
A distribuição da fauna na zona está relacionada com a distribuição das associações vegetais e com as condições hídricas, podendo verificar-se na área uma grande diversidade animal, que vai desde as espécies aquáticas (peixes, batráquios, etc), aves répteis, insectos e mamíferos. O distrito possui, particularmente, uma alta diversidade de fauna bravia, incluindo espécies como Elefante, Hipopótamo, Elande, Cudo, Zebra, Leão, répteis, insectos e mamíferos (MAE, 2014). 
Nos últimos anos, o Distrito registou um aumento acentuado de conflitos Homem/ Fauna Bravia, facto que tem perturbado as populações das zonas de Nova Madeira e que provocou estragos na machamba da Cadeia Provincial do Niassa, sendo as culturasas mais visadas pelos animais invasores (MAE, 2014). 
3.1.4. População 
Conforme MAE (2014), a superfície do distrito1 é de 12.545 km2 e a sua população está estimada em 67 mil habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 5,4hab/km2, prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 80 mil habitantes.
A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica de 1:1, isto é, por cada 10 crianças ou anciões existem 10 pessoas em idade activa. Com uma população Jovem (48%, abaixo dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de 96% (por cada 100 pessoas do sexo feminino existem 96 do masculino) e uma taxa de urbanização do distrito é de 6%, concentrada na Vila de Unango (INE, 2013).
3.1.5. Actividades Económicas 
A agricultura é a actividade dominante e envolve quase todos os agregados familiares. De um modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações familiares em regime de consociação de culturas com base em variedades locais. O Distrito teve um crescimento na produção global de culturas alimentares na ordem dos 8.1% em comparação com a campanha 2009/010, tendo alcançado uma produção global de 73.384 toneladas. O fomento pecuário no distrito tem sido fraco. Porém, dada a tradição na criação de gado e algumas infraestruturas existentes, verificou-se algum crescimento do efectivo pecuário. O Distrito de Sanga conta com um efectivo de 503 cabeças de gado bovino, 2400 caprinos e 1896 ovinos (MAE, 2014).
3.1. Métodos
Para a realização do presente estudo seguiu-se os seguintes procedimentos metodológicos: revisão da literatura, inquéritos e entrevistas. Trata-se de uma pesquisa de inquérito que foi conduzida a população de estudo através da aplicação de questionários em forma de entrevistas. 
3.1.1. Revisão bibliográfica
A grande prioridade foi a recolha, leitura, análise dos documentos, artigos, relevantes que abordam temática relacionada ao estudo, que permitira a elaboração coerente e consolidação do quadro teórico e conceptual, de forma a realizar a pesquisa de acordo com os padrões aceites nacional e internacionalmente. 
3.1.2. Inquérito
O inquérito efectuado, visava essencialmente colher informações inerentes ao conhecimento das pessoas sobre os seus direitos e deveres no âmbito da gestão de recursos naturais na área de estudo. Os inquéritos basearam se num guião de inquérito, onde obtinha perguntas fechadas, onde podia responder com um “sim ou não” e colocar um (x) na alternativa que achasse correcta, onde prosseguia por uma explicação detalhada, de como podiam ser respondidas as questões (Luis, 2004). Os inquéritos tiveram lugar na localidade de Miala, no bairro de empresa. O guião de inquérito era composto por perguntas de múltipla escolha que abordavam temas relacionados com a gestão de recursos naturais.
3.1.3. Entrevistas
A entrevista teve como objectivo, recolher dados inerentes a área de estudo, para por um lado complementar a informação retirada em alguns documentos, por outro lado responder aos objectivos da presente investigação. 
As entrevistas foram feitas nos agregados familiares de modo que o inquirido fosse o chefe do agregado familiar, para que evitasse a repetição dos indivíduos a serem inquéritos e em cada residência.
Foi entrevistado um total de 17 informadores chaves, sendo que nos entrevistados inclui um secretário de bairro e 16 moradores da comunidade, o guião de entrevista era composto por 20 perguntas fechadas dirigidas aos chefes dos agregados familiares, a entrevista era procedida por uma explicação detalhada sobre os objectivos da pesquisa. A sequência da entrevista dependia do entrevistado, embora fosse previamente estabelecida um guião, podendo saltar de uma pergunta para a outra, apesar disso os entrevistados responderam todas as questões.
3.1.4. Amostragem
A definição do tamanho da amostra, baseou-se na metodologia apresentada por Case (1990) adaptado por Matacala e Macucule (1998), a amostragem teve como base para o presente estudo um universo de 17 agregados familiares, a nível do bairro empresa da localidade de Miala. O universo da população de Miala (empresa) é de 109 agregados familiares e através da expressão matemática abaixo, definiu-se o tamanho da amostra.
Onde: 
n: tamanho da amostra calculada;
Cp: intervalo de confiança em termos de proporção (0,05);
: Proporções da variável do nível de confiança (95%, 1.96).
N: Numero total de famílias na área de estudo. 	
A amostra dos inqueridos foi fixada em um erro padrão de 5% e um nível de confiança de 95% de probabilidade. Os inquéritos foram feitos através da amostragem aleatória simples. 
A tipologia de levantamento que foi utilizada neste estudo, assim como o instrumento de pesquisa foi o questionário, este foi aplicado a cada chefe ou representante do agregado familiar com idade igual ou maior a 18 anos, no período de 8 a 10 de outubro de 2018. As questões do questionário que foi utilizado nesta pesquisa adaptou-se de Maciel et al. (2009).
Para melhor obter informações sobre o nível de conhecimento dos direitos e obrigações na gestão de recursos naturais locais pelas comunidades residentes na área de estudo, foram analisados aspectos como o nível de escolaridade da população, o nível de conhecimento das normas de uso e conservação de recursos naturais, o nível de conhecimento da legislação florestal, a forma como os recursos florestais e faunísticos são geridos na comunidade e as actividades que são realizadas pela população nos remanescentes florestais para a sua sobrevivência.
3.1.5. Processamento e análise dos dados colectados
De forma geral, a análise dos dados envolveu diversos procedimentos como a codificação das respostas, tabulação dos dados e cálculos estatísticos. Juntamente com a análise dos dados, fez-se a sua interpretação, que consistiu em estabelecer a ligação entre os resultados obtidos com outros já conhecidos, derivados de teorias ou de estudos realizados anteriormente, como recomenda Gil (2010).
Após a coleta dos dados necessários, estes foram tabulados e organizados através do Software Microsoft Office Excel e Word onde lhes foi atribuído um valor numérico para cada alternativa de cada questão de forma que possibilitasse o uso destas informações no Software IBM SSPS STATISTIC 21.
Com base nesta tabulação e análise dos resultados foi possível identificar o perfil e o nível de conhecimento da população da área de estudo sobre os seus direitos e deveres na gestão de recursos naturais.
IV. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Este capítulo tem por finalidade apresentar os resultados obtidos com o desenvolvimento da pesquisa, assim como as análises e interpretações pertinentes ao conhecimento que a população de Miala (empresa) possui sobre os seus direitos e obrigações na gestão de recursos naturais. 
A organização deste capítulo é subdivida em três partes: na primeira são analisadas as respostas relativas ao perfil da população, na segunda são analisadas respostas relativas ao nível de conhecimento da legislação florestal no geral, respostas relativas as normas de uso de recursos naturais na terceira parte, como será demonstrado a seguir. 
4.1. Perfil socioeconómico da população de Miala (empresa)
O objetivo proposto nas primeiras questões é conhecer de uma forma geral o perfil da população de Miala (empresa) e sua interação com os recursos naturais; Opta-se pela apresentação e descrição de gráficos para que as informações sejam mais claras e interpretativas. A seguir, dados do perfil da população. 
Gráfico 1: Questões relativas ao perfil da população de Miala (empresa).
Fonte: Adaptado pelo autor.
Legenda: Q1- Idade do inquerido; Q2- Género do inquerido; Q3- Grau de escolaridade; Q4- Quem além de você constitui o seu grupo familiar? Q5- Qual é a actividade principal que pratica?
Através do gráfico acima, percebe-se que a maioria dos entrevistados (Q2) nesta pesquisa são homens (cerca de 65%), sendo as mulheres a minoria (cerca de 35%) e quanto a idade (Q1), verifica-se que maior parte dos indivíduos entrevistados apresentammais de 38 anos (cerca de 40%), seguido de indivíduos com idade que varia de 18 a 22 anos (cerca de 28%).
 Em relação a terceira questão (Q3), que perguntava sobre o nível de escolaridade dos inqueridos, verifica-se que uma boa parte da população de Miala (empresa) (cerca de 42%) não passou por nenhuma formação escolar, sendo que o nível de analfabetismo é maior. Apenas 35% da população tem formação primária e 23% passou pela escola secundária, sendo na sua maioria jovens com idade que vai de 18 a 27 anos. 
Cerca de 65% dos entrevistados vivem com os seus cônjugues e filhos, o que leva a inferir que na comunidade de Miala (empresa) os agregados familiares são numerosos, ou seja, são constituídos por um número maior de pessoas, sendo numerosa a população. 
Em relação a quinta questão (Q5), observa-se que a maior parte da população de Miala (cerca de 90%) tem a agricultura como sua principal actividade de rendimento, e apenas 11% realizam o comércio como a principal actividade de sustento. A população produz principalmente culturas como milho e feijão e as vezes batata reno e hortícolas. A agricultura praticada é de subsistência, vendendo-se apenas o excedente ou mesmo a própria comida reservada para o consumo, no sentido satisfazer outras necessidades. Já nos comerciantes existentes na área de estudo, uns se ocupam na compra e venda de produtos agrícolas e outros possuem pequenas bancas, aonde são vendidos produtos como óleo, sabão, detergente de lavar roupa, bebidas, peixe, entre outros produtos básicos. 
Conforme o gráfico acima, actividades como o artesanato, a pesca, a produção de carvão não são realizadas pelos entrevistados, possibilitando assim inferir que estas actividades não são ou são realizadas por um pequeno número de indivíduos na população da área de estudo. 
Na entrevista com o secretário do bairro de Miala (empresa) além de serem aplicadas questões relativas ao nível de conhecimento, também procurou-se perceber como os recursos naturais são geridos na comunidade e, percebeu-se que não existem normas locais que regulem o uso de florestas e fauna bravia.
Estes resultados não diferem muito com os que foram obtidos por Macuacue (2017), em que a percentagem da população dependente dos recursos florestais e faunísticos para a satisfação de suas necessidades foi de 70%. 
Manjate (2013), no seu estudo, a agricultura foi a principal actividade mais praticada pela população, assemelhando-se assim com os resultados obtidos na presente pesquisa.
4.2. Nível de Conhecimento da legislação Florestal 
Em relação a sétima pergunta (Q7), que perguntava qual o nível de conhecimento dos entrevistados sobre a lei de florestas e fauna bravia aos entrevistados, observa-se na figura acima que mais da metade (cerca de 76%) da população nunca ouviu falar e nem conhece a lei de florestas e fauna bravia, sendo que 24% apenas ouviu falar que existe uma possível lei de florestas e desconhece o conteúdo da mesma. 
No que diz respeito ao conhecimento do diploma ministerial de 93/2005 de 4 de Maio que trata sobre a canalização dos 20%, os resultados são similares às da Q7, pois verifica-se que cerca de 71% dos entrevistados desconhecem da existência desse diploma.
O baixo nível de conhecimento dos instrumentos reguladores do uso e conservação de florestas e fauna bravia, deve-se por um lado ao baixo nível de escolaridade da população, e por outro lado da fraca capacidade institucional do estado para fazer conhecer a legislação florestal a população que vive nas comunidades rurais, que são os principais beneficiários e usuários dos recursos naturais locais.
Para Macuacue (2017), numa pesquisa realizada no sul de Moçambique, obteve um maior nível de conhecimento da legislação florestal que o obtido neste estudo.
Segundo Nhantumbo & Macqueen (2003), por causa das experiências e expectativas da comunidade com relação ao uso dos recursos naturais, a Política de Florestas e Fauna Bravia define no seu objectivo social a necessidade de envolvê-la na gestão dos mesmos. Esta é, segundo a Política, a estratégia para alcançar o maneio sustentável, melhorar a capacidade de fiscalização e prover benefícios para a comunidade. 
Figura 1: Questões relacionadas ao nível de conhecimento da legislação florestal.
	
	
	
Legenda: Q7-Qual é o nível de conhecimento que tem sobre a lei de florestas e fauna bravia? Q8-Qual e o nível de conhecimento que tem sobre o diploma ministerial nº 93/2005 de 4 de Maio, que trata sobre a canalização dos 20%? Q9 - Alguma vez ouviu falar de comité de gestão de recursos naturais?
4.3. Nível de conhecimento das normas de utilização e conservação de recursos naturais na comunidade de Miala (empresa)
Apesar de as normas de utilização de recursos florestais não serem obedecidas rigorosamente pela população da área de estudo, elas são conhecidas pela maior parte da população da área de estudo.
Observa-se na figura abaixo que 69% dos entrevistados tem conhecimento que deve-se usar árvores caídas e cortar árvores secas que estiverem em pé como material combustível. Durante as entrevistas feitas, foi possível perceber que a comunidade da área de estudo tem evitado abater árvores vivas em pé para usar como material combustível na preparação de alimentos, abatendo apenas quando se pretende queimar tijolos de argila.
Em relação a décima primeira questão (Q11), observa-se no gráfico abaixo que maior parte da população tem conhecimento de que se deve evitar fazer queimadas descontroladas e maior parte dos entrevistados alegaram que tem usado queimas controladas na abertura de campus agrícolas. O maior conhecimento da necessidade de evitar queimadas descontroladas deve-se por um lado ao conhecimento de que todo aquele que puser fogo e queimar descontroladamente a floresta e causar danos a mesma pode ser preso (Q12) e pagar multa pelos danos causados. 
Observa-se um baixo nível de conhecimento da necessidade de evitar o abate indiscriminado e ilegal de animais faunísticos, onde cerca de 76% dos entrevistados desconhece que se deve proteger e fazer o uso sustentável e racional da fauna silvestre. 
A população da área de estudo está bem informada sobre a proibição de produção de carvão vegetal para a venda sem licenciamento, pois, verifica-se que cerca de 82% da população sabe que esta actividade é proibida perante a lei, entretanto, a produção de carvão vegetal continua expandido na comunidade uma vez que a fonte de renda da população é limitada e a população não dispõe de meios alternativos para satisfazer suas necessidades básicas.
Figura 2: Questões relativas ao nível de conhecimento das normas de utilização e conservação dos recursos naturais. 
	
	
	
	
	
Fonte: Adaptado pelo autor.
Legenda: Q10 - Tens conhecimentos que deve-se usar árvores caídas e secas para o combustível lenhoso? Q11 - Sabias que deves evitar as queimadas descontroladas? Q12 - Sabias que todo aquele que introduzir fogo numa florestal e causar danos a mesma deve pagar uma multa e cumprir uma pena de prisão de um ano? Q13 - Tens conhecimento de que não se deve abater ilegalmente os animais? Q15 - Tens conhecimentos de que não deve produzir carvão vegetal para a venda sem licença? 
Nhantumbo e Mabunda (2000) citados por Chitsondzo (2006), afirmam que a gestão comunitária dos recursos naturais é o controlo do uso dos recursos assegurando a participação efectiva de todos intervenientes. Isto implica que a comunidade deve saber o que, como, quando retirar tais recursos, para que tragam maiores benefícios para todos, no presente e no futuro de modo a melhorar as condições de vida da comunidade. 
Os conhecimentos mencionados foram adquiridos a partir de reuniões e pequenas palestras feitas nas comunidades pelo governo distrital nas quais se privilegia os ensinamentos sobre o uso sustentável dos recursos naturais. O sistema de descentralização estimula que os régulos, secretários e outras estruturas tradicionais permitam maior difusão, acompanhamento e assistência as comunidades em relação a essas normas. 
4.4. Conhecimento dos direitose deveres na gestão de recursos naturais
A décima sexta questão (Q16), que perguntava de uma forma geral sobre o nível de conhecimento dos direitos e deveres, observou-se que mais da metade dos entrevistados (cerca de 59%) não tem nenhum conhecimento que gozam de certos direitos e deveres no âmbito da gestão de recursos naturais. O alto nível de analfabetismo na comunidade também influencia significativamente neste aspecto, pois, maior parte dos entrevistados nem sequer sabia o que é um direito, mesmo explicando a eles com a língua local, foi difícil de lhes fazer perceber. Cerca de 29% dos entrevistados tem algum conhecimento dos seus direitos e obrigações na gestão de recursos naturais e estes na sua maioria são os que frequentaram o ensino primário. Sendo assim, pode-se inferir que a comunidade de Miala (empresa) pouco conhece os direitos e deveres que tem perante o uso e conservação dos recursos naturais, conhecendo parcialmente aspectos como a responsabilidade de evitar queimadas descontroladas (Q11), uso de árvores caídas para lenha (Q10), entre outros.
Maior parte da população não tem conhecimento que tem o direito de receber uma remuneração quando participar na identificação de um caçador furtivo ou alguém que fizer a exploração indiscriminada dos recursos naturais sem o devido licenciamento. 
Observa-se que apesar da comunidade local de Miala (empresa) usar os recursos florestais e faunísticos para a satisfação de suas necessidades básicas (combustível, material de construção, fonte de proteína animal, etc.), maior parte da população (cerca de 65%) não tem o conhecimento que por lei isso constitui um dos seus direitos e que eles são os principais beneficiários dos recursos naturais existentes na comunidade. Maior parte da população também não tem conhecimento que é obrigação deles velar sobre os seus recursos e denunciar sempre às autoridades competentes os possíveis infractores.
O limitado conhecimento que a população tem sobre os seus direitos e obrigações na gestão de recursos naturais é graças aos serviços de florestas e fauna bravia do distrito que mesmo com dificuldades tem feito campanhas de conscientização da população sobre a importância das florestas e a necessidade de proteger os recursos naturais. 
Figura 3: Questões relativas ao conhecimento dos deveres e obrigações na gestão de recursos naturais na comunidade de Miala (empresa).
	
	
	
	
Fonte: Adaptado pelo autor.
Legenda: Q16-Qual é o seu nível de conhecimento dos seus direitos e deveres no âmbito da gestão de recursos naturais Q17- Sabias que todo aquele que ajuda na identificação de um infractor da lei de florestas e fauna bravia (ex: caçador furtivo, operadores sem licença) tem o direito de receber uma taxa proveniente da multa aplicada como incentivo? Q18-Sabias que a população local tem o direito de explorar os recursos florestas e faunísticos para o uso próprio sem nenhum licenciamento? Q19-Sabias que é obrigação das comunidades velar sobre os seus recursos e ajudar na fiscalização dos mesmos? Q20-Alguma vez houveram palestras na comunidade para dar a conhecer os direitos e deveres da população de Miala sobre a gestão de recursos naturais?
V. CONCLUSÃO
Depois de uma longa abordagem em volta do tema, conclui-se que na comunidade de Miala (empresa) o número de pessoas que não sabe ler e escrever é elevado (cerca de 70%), pois a maior parte da população não tem nenhuma formação escolar, estando isso relacionado com o baixo nível de conhecimento dos instrumentos reguladores do uso e conservação dos recursos naturais. Maior parte da população depende dos recursos naturais (florestas, fauna, terra, etc…) para satisfazer aquelas que são as suas necessidades básicas, realizando actividades como a aquisição de combustível lenhoso, material para construção de casas, lenha para a produção de carvão, entre outros. 
Em relação ao nível de conhecimento da legislação florestal, conclui-se que na comunidade de Miala (empresa), maior parte da população não tem conhecimento da existência de uma lei de florestas e fauna bravia e não tem domínio do conteúdo desta, sendo que apenas uma minoria da população conhece de forma parcial alguns aspectos desta lei. Apenas 29% da população ouviu alguma vez falar de comité de gestão de recursos naturais e da canalização dos 20%, o que leva a concluir que pouca gente está incluída nos processos de desenvolvimento da comunidade, uma vez que existe um comité de gestão de recursos naturais em Miala.
Em relação ao nível de conhecimento das normas de uso e conservação de florestas e fauna bravia, conclui-se que apesar das normas de as normas de utilização de recursos florestais e faunísticos não serem obedecidas rigorosamente pela população de Miala (empresa), devido a várias razões, elas são conhecidas pela maior parte da população. Maior parte da população sabe que é proibido exercer a actividade de produção de carvão vegetal para fins de comercialização sem o devido licenciamento, mas devido a pobreza agravada e a falta de fontes alternativas de rendimento, a população continua exercendo essa actividade a custa das florestas para garantir a sua sobrevivência. Mais de 51% da população não tem conhecimento que tem direitos e obrigações, 65 % não tem conhecimento que é sua obrigação de velar sobre os recursos naturais existentes na comunidade e de denunciar os infractores. 
De forma geral, baseando-se em todos os dados da pesquisa, conclui-se que a população de Miala (empresa) pouco conhece os seus direitos e deveres na gestão de recursos naturais, ou seja, o nível de conhecimento dos direitos e deveres na gestão de recursos naturais é relativamente muito baixo.
VI. RECOMENDAÇÕES 
Recomenda-se que:
· A direção provincial de florestas e fauna bravia (DPFFB) desenhe estratégias para fazer conhecer a legislação florestal no meio rural, pois, para que uma lei seja comprida é necessário que primeiro seja conhecida; 
· O governo Moçambicano promova o desenvolvimento socioeconómico no meio rural, através de formas alternativas de rendimento, pois, as comunidades dependentes dos recursos naturais não farão o seu uso sustentável enquanto forem dependentes deles para a sua subsistência.
VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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CHITZONDZO, C. C. (2006). Levantamento e análise de conflitos na gestão de florestas: Estudo do caso: Vila de Gooba-Estacao, Provincia de Maputo. Maputo: FAEF/UEM.
CUNHA, M., & ALMEIDA, M. (2002). Enciclopedia da Floresta. Sao Paulo: Companhia de Letras.
FAO. (2016). Florestas. Obtido de http://www.oeco.org.br/florestas
GIL, A. C. (2010). Como elaborar projectos de pesquisa. Sao Paulo: Atlas.
GIL, C. (2008). Métodos e Técnicas de Pesquisa social. Sao Paulo: Atlas.
INE. (2013). Estatisticas do Distrito de Sanga. Instituto Nacional de Estatistica.
LUIS, A. D. (2011). Aplicação dos Sitemas de Informação Geográfica e Detenção Remota no Monitoramento do Mangal. Maputo: UCM.
MACIEL, C. V., & al, e. (2009). Contabilidade ambiental: um estudo exploratorio sobre o conhecimento dos profissionais de contabilidade. Revista contemporanea. Obtido em 6 de 10 de 2018, de http://www.redalyc.org/articuloBasic.oa?id=76219797007
MAE. (2014). Perfil do Distrito de Sanga. 
MANJATE, M. J. (2013). CATEGORIZAÇÃO DE CONFLITOS NA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS. Unango: Universidade Lurio.
MATACALA, P., & MUSCHOVE, P. (2004). Modesto de parceria em Maneio C dos Recursos. 
Nhancale, N. D. (2009). Maneio Comunitários dos Recursos Naturais e Desenvolvimento de Pequenas e Médias Empresas Florestais . Maputo.
NHANTUMBO, I., & MACQUEEN, D. (2003). Direitos das Comunidades: Realidade ou Retorcia. Maputo: DNFFB.
ORSO, T. M. (2015). ANÁLISE DO NÍVEL DE CONHECIMENTO SOBRE CONTABILIDADE AMBIENTAL DOS CONTABILISTAS DE TEUTÔNIA. Lajeado.
SALAMAO, A., & KATERRE, A. (2003). Maneio Comunitário dos Recursos Naturais: Parcerias a Chave de sucesso manual de negociação.Maputo: MADER.
 
APÊNDICES
Apêndice A: Ficha de Questionário adaptado para este estudo.
PARTE I: PERFIL SOCIOECONÓMICO
1) Idade do inquerido
a) 18-22 anos ( ); b) 23-27 anos ( ); c) 28-32anos ( ); d) 33-37 anos ( ) e) > 38 anos ( );
2) Qual o sexo? 
a) ( ) feminino 
b) ( ) masculino 
3) Grau de escolaridade?
a) Sem Formação ( ) b) Formação Primária ( ) c) Formação Básica ( ) d) Formação e) Secundária ( ) f) Formação Média ( ) g) Formação Superior ( ) h) Formação Técnica ( ) j) Outra ______________________________________
4) Quem além de você constitui o seu grupo familiar? 
a) ( ) cônjuge; b) ( ) cônjuge e filhos; c) ( ) filhos e pais; d) ( ) vive sozinho e) ( ) nenhuma opção anterior.
5) Qual é a actividade principal que pratica?
a) Agricultura ( )
b) Artesanato ( )
c) Pesca ( )
d) Comércio 
e) Outra (Indicar)
6) Quais são outras fontes de rendimento?
 ----------------------------------------------------------------------------------------- 
PARTE II: CONHECIMENTOS SOBRE A LEGISLAÇÃO FLORESTAL 
7) Qual é o nível de conhecimento que tem sobre a lei de florestas e fauna bravia?
a) Nenhum ( ); b) insuficiente ( ); c) pouco suficiente ( ); d) regular ( ); e) suficiente ( ); f) excelente ( ).
8) Qual e o nível de conhecimento que tem sobre o diploma ministerial nº 93/2005 de 4 de Maio, que trata sobre a canalização dos 20%?
a) Nenhum ( ); b) insuficiente ( ); c) pouco suficiente ( ); d) regular ( ); e) suficiente ( ); f) excelente ( ).
9) Alguma vez ouviu falar de comité de gestão de recursos naturais?
a) Sim ( ); se sim indicar--------------------------------------------------- 
b) Não ( ); 
PARTE III: CONHECIMENTO DAS NORMAS DE UTILIZAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS
10) Tens conhecimentos que deve-se usar árvores caídas e secas para o combustível lenhoso?
a) Sim ( )
b) Não ( )
11) Sabias que deves evitar as queimadas descontroladas?
a) Sim ( )
b) Não ( )
12) Sabias que todo aquele que introduzir fogo numa florestal e causar danos a mesma deve pagar uma multa e cumprir uma pena de prisão de um ano?
a) Sim ( )
b) Não ( )
13) Tens conhecimento de que não se deve abater ilegalmente os animais?
a) Sim ( )
b) Não ( )
14) Tens conhecimento de que não se pode praticar a actividade pesqueira sem licença?
a) Sim ( )
b) Não ( )
15) Tens conhecimentos de que não deve produzir carvão vegetal para a venda sem licença?
a) Sim ( )
b) Não ( )
PARTE IV: CONHECIMENTO DOS DIREITOS E DEVERES NA GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS 
16) Qual é o seu nível de conhecimento dos seus direitos e deveres no âmbito da gestão de recursos naturais?
Nenhum ( ); b) insuficiente ( ); c) pouco suficiente ( ); d) regular ( ); e) suficiente ( ); f) excelente ( ).
17) Sabias que todo aquele que ajuda na identificação de um infractor da lei de florestas e fauna bravia (ex: caçador furtivo, operadores sem licença) tem o direito de receber uma taxa proveniente da multa aplicada como incentivo?
a) Sim ( )
b) Não ( )
18) Sabias que a população local tem o direito de explorar os recursos florestas e faunísticos para o uso próprio sem nenhum licenciamento?
19) Sabias que é obrigação das comunidades velar sobre os seus recursos e ajudar na fiscalização dos mesmos?
a) Sim ( )
b) Não ( ).
20) Alguma vez houveram palestras na comunidade para dar a conhecer os direitos e deveres da população de Miala sobre a gestão de recursos naturais?
a) Sim ( )
b) Não ( )
QUESTIONÁRIO CONDUZIDO AO SECRETÁRIO DO BAIRRO DE MIALA (EMPRESA)
1) Como é feita a gestão de recursos naturais na comunidade de Miala?
a) Que autoriza? 
b) Quais são as normas estabelecidas? 
c) Quem resolvi os conflitos?
d) Quais são as sanções dadas para quem não obedece as normas? 
Q8	
Nenhum	insuficiente	Pouco suficiente	Regular	Suficiente	Excelente	12	5	0	0	0	
Q9	
Sim	Não	5	12	
Q10	
Sim	Não	11	5	
Q11	
Sim	Não	13	4	
Q12	
Sim	Não	11	6	
Q13	
Sim	Não	4	13	
Q15
Q15	
Sim	Não	14	3	
Q16	
Nenhum	insuficiente	Pouco suficiente	Regular	Suficiente	Excelente	10	2	5	0	0	0	
Q17	
Sim	Não	2	15	
Q18	
Sim	Não	6	11	
Q20
Q29	
Sim	Não	11	6	
Número de respondentes	
18 - 22 anos	23 - 27 anos	28 - 32 anos	33 - 37 anos	Mais de 38 anos	Masulino	Femenino	Sem formaçã	Formação primaria	Formação basica	Formação secundaria	Formação media	Formação superior	Formação tecnica	Formação superior	Cônjugue	Cônjugue e filhos	Filhos e pais	Vive sozinho	Nenhuma opcao 	Agricul	tura 	Artezenato	Pesca	Comercio	Outr	a	Q1	Q2	Q3	Q4	Q5	5	4	1	0	0	11	6	7	6	2	2	0	0	0	0	1	11	4	1	0	15	0	0	2	0	Questões Aplicadas
NúMero de respondentes
Q7
Q7	
Nenhum	insuficiente	Pouco suficiente	Regular	Suficiente	Excelente	13	4	0	0	0	0	
20

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