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Porto Seguro 2020 1 Universidade do Estado da Bahia Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas Especialização em Gênero e Sexualidade na Eduacação. Edson Pesca de Jesus Um estudo das causas e consequências do alto índice de evasão escolar dentre @s alun@s negr@s lgbt’s das escolas públicas do município de Porto Seguro. Porto Seguro 2020 Um estudo das causas e consequências do alto índice de evasão escolar dentre @s alun@s negr@s lgbt’s das escolas públicas do município de Porto Seguro. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito ao curso de Especialização em Gênero e Sexualidade na Eduacação, da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas das Universidade Federal da Bahia Orientador: Prof. Dr.. Josué Leite dos Santos 3 Agradecimentos Ao meu mestre Jesus cujo exemplo de amor por todxs conduziu minhas reflexões de vida e transformações pessoais marcadas durante este tempo de convívio com todxs os professores, discentes e demais pessoas envolvidas no curso. A tod@s colegas que me permitiram uma troca de olhar, de afeto, de cuidado e de experiências no decorrer de cada encontro presencial. Aos processores por ter ofertado parte de sua vida para me proporcionar ser uma pessoa melhor. Agradecimento especial a professora Daniela por todo carinho, dedicação e compromisso com a turma e comigo. Ao minha esposa e filhos pelo incentivo e compreensão de minhas ausências para dedicação ao curso. 4 SUMÁRIO INTRODUÇÃO............................................................................................................. 5 APRESENTAÇÃO DE DADOS DA REALIDADE................................................... 5 OBJETIVO GERAL..................................................................................................... 6 OBJETIVOS ESPECÍFICOS....................................................................................... 6 JUSTIFICATIVA........................................................................................................... 7 ESTRATÉGIAS DIDÁTICAS...................................................................................... 10 CRONOGRAMA........................................................................................................... 20 AVALIAÇÃO................................................................................................................. 21 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................... 22 1. INTRODUÇÃO A construção de uma sociedade mais justa e democrática perpassa pelo reconhecimento da educação e da diversidade como direitos fundamentais, os quais devem ser assegurados a todas as pessoas sem qualquer distinção. Assim, o presente trabalho evidencia os desafios em relação à proteção e garantia do direito à diversidade sexual e à educação escolar da população LGBTTQ, bem como no combate as violações de direitos das minorias sociais e no enfrentamento ao bullying homofóbico que são os principais motivadores do abandono (expulsão) e evasão escolar desse segmento populacional. O projeto de intervenção pedagógica intitulado “Um estudo das causas e consequências do alto índice de evasão escolar dentre os alunos negros lgbt’s das escolas públicas do munícipio de Porto Seguro”, objetiva a descontrução da heteronormatividade no ambiente escolar à apartir da ressignificação das relações interpessoais no tocante à diversidade sexual. 1. APRESENTAÇÃO DE DADOS DA REALIDADE LOCAL O município de Porto Seguro situado na região extremo-sul do Estado da Bahia, considerado a terra mãe do Brasil, é um dos destinos turísticos mais procurados por turistas e historiadores de todas as nações do mundo. Tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) desde 1973 como Patrimônio Histórico Nacional, e reconhecido pela UNESCO no ano 2000 como Patrimônio Natural da Humanidade, o Centro Histórico de Porto Seguro, localizado na Cidade Histórica, leva às origens do Brasil, voltando ao período do Descobrimento.Forjado no berço da colozização portuguesa e da miscigenação étnico-racial, Porto Seguro desponta como uma cidade grande ascensão demográfica. São mais de 130 mil habitantes, mais de 185 escolas públicas que abrigam cerca de 45 mil alunos matriculados, segundo o censo escolar de 2018. O município conta atualmente com uma universidade federal e o instituto federal de educação. Em Porto Seguro vivem muitas pessoas auto-declaradas não-binárias que trabalham, estudam e contribuem para o crescimento deste município. Pessoas que lutam diarimente pelo direito a igualdade de tratamento e pela dignidade necessárias que sejam felizes. As Escolas pesquisadas possui um público heterogêneo marcado pela diversidade étnica, contudo, o corpo docente e os gestores, em sua maioria cristãos, ainda zela por uma postura preconceituosa e avessa a diversidade sexual. 2. OBJETIVO GERAL A pesquisa apresentada tem como objetivo geral investigar as causas e consequências da expulsão das pessoas LGBTQI que também se auto-declaram negros das escolas do referido município. 3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Investigar como as causas da Evasão escolar nas escolas pesquisadas; Avaliar as consequências da homofobia para os estudantes LGBT’s; Analisar como o Plano político pedagógico das escolas estudadas trata das questões inerentes a diversidade sexual; 4.JUSTIFICATIVA A evasão escolar continua sendo um dos maiores desafios do Sistema educacional brasileiro. A maior prova disso é que, dentre os adolescentes de 15 a 17 anos, que deveriam estar no ensino médio, só 84,3% estudam. O Censo relativo ao ano passado mostrou vários dados. No Brasil todo, foram 1,3 milhão de matrículas a menos, contabilizando cerca de 2 milhões de crianças e adolescentes de 4 a 17 anos fora da escola. Dentre estes, a maior taxa é a dos adolescentes de 15 a 17 anos, nesta última idade, um número absurdo: 915.455 que hoje não estudam. No Ensino Médio, desde 2014, houve uma redução de 7,1% das matrículas. Só de 2017 para 2018, mais de 220 mil jovens a menos na escola – e a imensa maioria nas escolas públicas. No caso de o alun@ ser identificad@ e/ou auto – declarad@ lésbica, gay, bissexuais, travesti ou transgênero os índices de abandono escolar são muito mais expressivos. Caso o estudante seja identificado enquanto gay, negro e pobre, os índices se mostram de uma maneira mais alarmante. De acordo com o defensor público João Paulo Carvalho Dias que é presidente da Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil e membro conselheiro do Conselho Municipal de LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) em Cuiabá, o Brasil concentra 82% da evasão escolar de travestis e transgêneros. Estimativas atuais indicam que no Colégio Estadual Eraldo Tinoco, uma escola pública do município de Porto Seguro que atua no Ensino médio e que é umas escolas pesquisadas, a cada cinco estudantes declarados Negros e Gays apenas dois concluem o a última etapa do ensino médio, desses apenas um ingressa na Universidade, geralmente pela modalidade EAD. Tal estatística aterradora suscita questões inquietantes. O estudante Negro LGBTTQ abandona a escola ou está sendo “expuls@”? Até onde a heteronormatividade legitima esse tipo de violência? Qual é o papel do professor na promoção de políticas em prol da diversidade sexual e da igualdade racial e de gênero? Pesquisas e estudos apontam para dois principais fatores responsáveis pela evasão escolar dealunos Negros identificados como LGBT. Um deles, atua como elemento fomentador, outro como ferramenta de expulsão (evasão). A heteronormatividade instituida e o “bulling” homofóbico são certamente as principais causas da evasão escolar e da não continuidade dos estudos dos estudantes LGBT’s. Pesquisa apresentada no final do ano de 2018 em audiência pública na Câmara dos Deputados revela que 73% dos estudantes brasileiros que se identificam como LGBT já sofreram bullying homofóbico na escola. O levantamento revela, também que 60% se sentem inseguros no ambiente escolar e 37% já chegaram a ser vítimas de violência física. A LGBTfobia em intersecção com o preconceito racial tem contribuído para evasão ou “expulsão” (BENTO, 2008) de alunos Negros LGBT”s do espaço escolar. Santos (2018) afirma que: A instituição escolar, ao classificar os sujeitos pela classe social, etnia e sexo, tem historicamente contribuído para (re) produzir e hierarquizar as diferenças. Essa tradição deixa à margem aqueles que não estão em conformidade com a norma hegemônica e, desta forma, não contempla a inclusão da diversidade sexual, proposta na atualidade. (SANTOS, 2008, P.3). Pessoas não nascem homofóbicas, são condicionadas desde crianças a tornarem-se homofóbicas, sendo a Heteronormatividade, o cerne dessa modelagem vil e socialmente inaceitável. A heteronormatividade nutre a ideia de que os seres humanos recaem em duas categorias distintas e complementares: macho e fêmea (binarismo de gênero); que relações sexuais e afetivas são normais somente entre pessoas de sexos diferentes; e que cada sexo tem certos papéis naturais na vida. Assim, sexo físico, identidade de gênero e papel social de gênero deveriam enquadrar qualquer pessoa dentro de normas integralmente masculinas ou femininas, e a heterossexualidade é considerada como sendo a única orientação sexual normal. Tal pensamento legitima a violência contra pessoas não - hetero em diversas áreas da sociedade, contudo, é na escola que esse tipo de violência tem se fortalecido. Isso porque a Escola foi instrumentalizada ao longo da história para reproduzir os dogmas da heteronormatividade reforçados pelas ideologias classistas, sexistas e machistas e eurocêntricas das religiões cristãs. A homofobia no ambiente escolar “[...] acontece porque a escola, assim como a sociedade, caracteriza-se por normas rígidas de gênero e sexualidade, como expectativas a respeito da masculinidade, feminilidade e heterossexualidade.” (ALBUQUERQUE e WILLIAMS, 2015, p.664). Nenhuma tipificação de violência pode ser justificada, seja ela de que natureza for. A educação não pode se abster de uma posição incisiva na adoção de uma pedagogia libertadora para a promoção da equidade. Tampouco podem os professores perpetuar seus dogmas, suas crenças e suas convicções fundamentalistas as quais muitas vezes estão contribuindo para legitimação do bullying homofóbico e para o agravamento da problemática da evasão escolar. Em nosso país, a Escola tem servido como ferramenta propagadora da heteronorma, reproduzindo atraves de seu curriculo e de suas relações hierarquizadas o classismo, o machismo, a homofobia e tantas outras formas de preconceito. No ambiente escolar as questões tornam-se naturalizadas, tratando formas de violência como bullying homofóbico, como algo normal a ser aceito como parte de um suposto processo natural de socialização. Mesmo diante da inconformação gerada nos últimos anos pelos clamores da resistência que sessoam contra uma sociedade machista e homofóbica, a Escola tem se fechado para um diálogo aberto e transformador no diz respeito a diversidade sexual. Agindo com neutralidade e/ou indiferença a Escola promove a exclusão social daqueles que não se enquadram na heteronorma. De acordo Isabella Tymburibá (2013, p.1) Os alunos que possuem comportamentos que não se encaixam no padrão heteronormativo, como os homossexuais, são regulados por estratégias e táticas usadas pelos professores e pela direção para repreendê-los ou mesmo invisibilizá-los. Essas atitudes contribuem para a manutenção do bullying homofóbico e consequentemente, para o agravamento da evasão escolar. É notório o despreparo do corpo docente em relação a não saber intervir e/ou atuar diante de uma situação de racismor e homofobia, bem como o desinteresse dos professores em se aprofundar nesse assunto e na abordagem do mesmo como tema transversal em sala de aula. Tal despreparo é perceptível também dentre os demais membros da comunidade escolar, principalmente entre os gestores que utilizam de sua autoridade inerente ao cargo para normatizar, relativizar ou mesmo coibir ações e projetos que visam promover a diversidade sexual na escola. Enquanto isso, aqueles alunos que não se identificam com a heterossexualidade compulsória, sem apoio para enfrentar a homofobia, tem de escolher entre conviver com o sofrimento cotidiano ou optar por descontinuar seus estudos. Uma vez evadidos, muitos deles acabam sendo empurrados para os serviços subalternos, para a prostituição ou para a marginalidade. O estudo "Discriminação em razão da Orientação Sexual e da Identidade de Gênero na Europa", publicado pelo Conselho da Europa, identificou que jovens submetidos ao assédio homofóbico são mais propensos a abandonar o estudo e, também, mais disposto a contemplar a automutilação, cometer suicídio ou praticar atos que apresentem risco à saúde. Aqui no Brasil, muitos jovens vítimas de homofobia acabam enveredando pelos caminhos da drogadição e do crime. Situamos o conceito de gênero na articulação com questões advindas do contexto social, cultural e político em que os corpos são explicados e por que também não dizer, questionados por não aderirem mais às únicas maneiras de ser e estar, socialmente aceitas. Todavia, a situação de estudantes gays e lésbicas que tentam esconder sua orientação sexual também não é mais fácil já que o silenciamento e o ocultamento de sua sexualidade é também uma forma de violência. Como lembra Guacira Louro: Ao não falar a respeito deles e delas, talvez se pretenda ´eliminá-los`, ou, pelo menos, se pretenda evitar que os alunos e as alunas ´normais` os/as conheçam e possam desejá-los/as. Aqui, o silenciamento – a ausência da fala – aparece como uma espécie de garantia da ´norma`. (LOURO, 1997, p. 67-68). Em face do exposto, tais inquietações podem justificar o interesse de realizar esta pesquisa, sobretudo pelo fato de perceber que no universo escolar, é mais provável a preferência pelo silenciamento ou naturalização do fenômeno tão complexo como o proposto nessa investigação, permitindo assim que, os processos de preconceito e homofobia sejam legitimados e consequentemente, tornem- se replicadores da violência na sociedade. Outro fato que também pode justificar meu interesse de desenvolver essa investigação, diz respeito a real possibilidade de sua contribuição para pesquisa na área de formação de professores. Por fim, a proposta pode ser justificada também, pelo fato de que os dados por ela produzidos poderão provocar debates acerca desse fenômeno e, nessa medida, criar possibilidades de alcançar uma realidade diferente nas escolas de educação básica, além de criar demandas para futuras investigações. 6. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Ressignificar o papel da escola e do docente sobre a homossexualidade e a diversidade racial, sexual e gênero é um desafio que deve ser adotado pelas instituições educacionais objetivando desconstruir o preconceito promovendo a redução da discriminação e da violência contra gays, lésbicas, travestis, bissexuais e transexuais interseccionados com os marcadores étnicos-raciais e de classe. Nessa perspectiva Ferreira e Luz (2009) afirma que, “a instituição escolar deve contribuir para uma educação cidadã e libertadora que contemple a dimensão sexual,a diversidade, os direitos humanos e a multiculturalidade”. Não cabe à Escola a função de legitimar o bullyng homofóbico através do silenciamento ou do cerceamento das expressões em prol diversidade sexual. Em razão disso, apresento brevemente nas linhas seguintes, os conceitos teóricos que considero relevante para compreender o fenômeno que me propus investigar nessa pesquisa, sendo esses: Evasão Escolar, Homofobia, Heteronormatividade, Diversidade Sexual.. Evasão escolar Evasão escolar é o ato de deixar de frequentar as aulas, ou seja, abandonar o ensino em decorrência de qualquer motivo. Esse problema social que, infelizmente, é comum no Brasil, afeta principalmente os alunos do Ensino Médio e tem propagado o fracasso escolar para além dos muros das escolas. Bourdieu-Passeron (1975) e Cunha (1997) apontam a escola como responsável pelo sucesso ou fracasso dos alunos, principalmente daqueles pertencentes às categorias menos favorecidas economicamente, explicando teoricamente o caráter reprodutor desta instituição compreendida como aparelho ideológico do Estado (AIE). Assim, compreende-se que as causas da evasão escolar estão diretamente relacionadas às questões que envolvem o processo de ensino e aprendizagem, a formação docente, o currículo e as práticas pedagógicas que não contemplam as inquietações contemporâneas acerca da pluralidade social. De acordo com a pesquisadora Maria Helena Souza Patto: “Neste contexto sem ignorar as questões extraescolares não se pode deixar de enfrentar que o fracasso escolar, bem como, a evasão, constituem um problema pedagógico. É no estudo do cotidiano da escola que vários autores têm apontado possibilidades concretas de transformação de suas práticas, como forma de enfrentamento do problema.” (PATTO, 1997 p.238). O “bullyng” homofóbico ainda é uma triste realidade no país, inclusive nas escolas, sendo uma das causas preponderantes da evasão escolar. Segundo a Pesquisa Nacional Sobre o Ambiente Educacional no Brasil 2016, 27% dos entrevistados afirmaram ter sofrido agressão na escola e 73% foram alvos de xingamento em razão de sua orientação sexual. Em relação à identidade ou expressão de gênero, 25% foram agredidos fisicamente dentro da escola e 68%, verbalmente. A pesquisa, da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), indica que menos da metade (42,4%) desses estudantes informou à instituição alguma vez. O que leva um (a) jovem a considerar a evasão escolar uma forma de libertação? Para Jaqueline de Jesus, professora de psicologia social do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), os transexuais vivem no Brasil um apartheid de gênero. “Alguém que não pode usar nem a própria identidade civil (por indicar um gênero e um nome com os quais a pessoa não se identifica) não pode se sentir humano. Afirma Rafaela Coelho, que em 1999 foi considerada uma das primeiras pessoas transgênero a ingressar numa faculdade pública, mas que por conta da homofobia foi obrigada a abandonar o curso. Homofobia Pela primeira vez no Brasil, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), lançou na terça-feira uma consulta internacional para lidar com o bullying contra estudantes LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) nas escolas e universidades. De acordo com o diretor de Educação pela Paz e pelo Desenvolvimento Sustentável do órgão, Mark Richmond, é preciso combater esse tipo de violência, que contribui para o aumento da evasão escolar. Junqueira (2009, p. 02) reforça, dizendo que: A homofobia compromete a inclusão educacional e a qualidade do ensino. Incide na relação docente-estudante. Produz desinteresse pela escola, dificulta a aprendizagem e conduz à evasão e ao abandono escolar. Afeta a definição das carreiras profissionais e dificulta a inserção no mercado de trabalho. O que os autores acima colocam, Na escola a homofobia se expressa por meio de agressões verbais e/ ou físicas a que estão sujeitos estudantes que resistem a se adequar à heteronormatividade, conceito criado pelo pesquisador americano Michael Warner (1993) para descrever a norma que toma a sexualidade heterossexual como norma universal e os discursos que descrevem a situação homossexual como desviante. No contexto educacional, o termo bullying tem sido utilizado para nomear a violência sofrida por alunos (as) no ambiente escolar, e o termo bullying homofóbico tem sido utilizado para nomear especificamente a violência sofrida por alunas (os) gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais. Heteronormatividade Dentre os diversos padrões e normas dominantes ainda vigentes em nossa sociedade está a heteronormatividade, que pode ser entendida como a prática de considerar “normal” apenas a forma heterossexual de viver a sexualidade, invisibilizando e marginalizando sujeitos não - heterossexuais - os “desviantes” (PASSOS e Silva 2012). Tal heteronormatividade se complexifica quando associada a outros marcadores sociais, como etnia e classe, gerando uma hierarquia de valores, que resulta nas relações sociais de desigualdade. Alguns atributos relacionados a tais marcadores são considerados de mais valor do que outros, fazendo com exista uma “pirâmide” em que, no topo, estão as pessoas de mais valor as que possuem atributos masculinos, cisgênero, brancos, heterossexuais e de classe média. (BUTLER Apud VEIGA, 2009). A heterossexualidade compulsória - que a base da heteronormativiadade (BUTLER, 2013) - faz com que nasçamos socialmente predefinidos a sermos cisgênero e heterossexuais, de forma que todo sujeito que foge a essa regra ou expectativa é tratado como desviante seja inferiorizado e/ou invisibilizado em relação ao considerado “natural” ou “normal”. Diversidade Sexual Para pensar a Diversidade Sexual é preciso reconhecer que, apesar da semelhança biológica, a vida social de cada um(a) é diferente uma das outras, assim como as famílias, a turma da escola, os(as) amigos(as), vinhos(as), crenças religiosas, ou ainda todas as questões sócias e culturais de um pais inteiro. Reconhecer a complexidade das relações entre as pessoas, suas diversidades e costumes, línguas, culturas, etnias e a própria diversidade de vivências é o primeiro passo para entender a diversidade sexual. Portanto, podemos entender a Diversidade Sexual não somente como as práticas sexuais, mas como todos os elementos que compõem a sexualidade humana, de forma ampla, ou seja, nossas vivências – sexuais ou não; nossas práticas habituais que aprendemos e incorporamos ao longo da vida, nossos desejos e afetos, nossos comportamentos e maneiras como vemos a nós mesmos e nos mostramos para os outros. De acordo com Debora C. Araújo: (...) ao se pensar no ambiente escolar atual e na convivência de diferentes grupos sociais, fica evidente o surgimento de conflitos e idéias contrastantes a respeito de assuntos ligados aos variados grupos. No que se refere à sexualidade, as discussões sejam talvez as mais polêmicas por envolverem muito mais que conceitos científicos diversos: referem-se, muitas vezes, a conceitos dogmáticos, especulativos, preconceituosos, limitados e conservadores, que, aliados a uma formação incipiente por parte das / os educadores / as, gera a apropriação de um currículo que geralmente ignora, trata com superficialidade ou desconsidera tal perspectiva. (SANTOS; ARAÚJO, 2009, p. 15) Considerando as características do objeto de estudo em questão, nessa investigação farei uso dos instrumentos da pesquisa qualitativa, assimilando o que afirma Minayo ( 1995, p. 21-22): A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado , ou seja,ela trabalha com um universo de significados, motivos, aspirações , crenças, valores e atitudes o que corresponde a um espaço mais profundo das relações dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. Assim sendo, para alcançar os resultados dessa proposta de pesquisa utilizaremos o Estudo de Caso a partir de uma concepção coletiva (Stakes,1966)..Este tipo de metodologia consiste em uma pesquisa descritiva, que visa estudar um caso particular ou um sistema determinado, buscando o entendimento ou compreensão do funcionamento ou da evolução deste caso ou sistema, sem visar a generalização deste entendimento para outros casos ou sistemas. Como instrumento de apoio à coleta de informação para aplicação da pesquisa- intervenção optei pela observação participante, uma vez que esse procedimento metodológico representa um eficiente recurso de investigação para compreensão desse complexo fenômeno aqui proposto. Esse recurso metodológico pode possibilitar ao pesquisador uma análise mais completa do problema, pois permite a vivência das relações sociais dos indivíduos, procurando entender o desdobramento do problema dentro da situação observada. Nessa perspectiva, utilizarei de minha experiência como docente para observar as relações existentes no ambiente escolar, aluno-aluno, aluno-professor, professor-professor, etc., bem como promover a aproximação com os alunos já evadidos, a fim compreender de forma mais realística os fenômenos suscitados nessa pesquisa. Este projeto de pesquisa-intervenção propõe ações reflexivas acerca da evasão escolar dos alunos Negros LGBT’S, da educação sexual e da homofobia. Pretendendo-se assim, sensibilizar através de ações educativas, a comunidade escolar pesquisada. Para isso serão realizadas palestras sobre a homofobia em duas das escolas pesquisadas objetivando chamar a atenção da comunidade para importância da integração da diversidade sexual nas escolas. 7. ESTRATÉGIA DIDÁTICA O projeto será desenvolvido no ambiente escolar através da explanação e da discussão do tema entre doscentes e discentes, estendendo gradativamente aos demais membros da comunidade escolar. As oficinas e demais atividades ocorrerão em ciclos mensais e perdurarão aproximadamnete por 1 semestre letivo com oficnas ocorrendo em pelo menos 3 meses. 1ª semana: Atores: Direção, coordenação, professores (as) e Colegiado escolar.. Objetivo Específico: Divulgar o projeto e elaboarar juntamente com a comunidade escolar as ações necessárias ao seu desenvolvimento Estratégia: Uma reunião com corpo docente juntamente com os gestores e coordenadores daescola a fim de justificar a necessidade do projeto e sua aplicação na Unidade Escolar. Na primeira reunião será realizado um diálogo sobre evasão escolar e suas consequências, analisando os dados do último ano letivo acerca da evasaõ escolar indentificando dentre os alunos reprovados e evadidos aqueles que se enquadram nos marcadores sociais e minorias demosntrando a partir da realidade que os alunos negros e hoafetivos estão sempre encabeçando o rol do fracasso escolar, evidenciando assim a necessidade de se abordar o temáticada diversidade sexual na escola, bem como da mudança de postura perante essa problemática que tanto tem afligido nossos alunos. Duração: dois períodos de 2 horas; Conteúdo: Evasão Escolar; Bullyng homofóbico; Gênero e Diversidade Sexual na escola; A Escola como espaço de promoção da igualdade. Recursos: , Datashow, notebook, caixa de som, apostila, gráficos. Avaliação: Será avaliada a participação e o comprometimento dos envolvidos neste primeiro momento. 2ª semana: Atores: Professores (as), pais, mães e responsáveis. Objetivo Específico: Divulgar o projeto para os pais, mães e responsáveis para que todos possam colaborar no combate as violências de gênero e diversidade sexual. Conteúdo: Gênero e Diversidade Sexual na escola; Bulling homofóbico; A Escola como espaço de promoção da igualdade. Estratégia: Reunião dos (as) mestres (as) com os pais, mães e responsáveis pelos (as) alunos (as) com a discussão sobre a temática educação, violências, desigualdades de gênero e diversidade sexual. Nessa reunião mostraremos vídeos sobre o bulling homofóbico e as notícias de pessoas vítimas de violência por causa do preconceito. Duração: Uma manhã e/ou tarde, 2 horas. Conteúdo: Gênero e Diversidade Sexual na escola; Bulling homofóbico; O papel dos pais no combate a violência de gênero; Recursos: vídeos, Data show, som; Avaliação: Será avaliada a participação e comprometimento dos envolvidos neste momento. 3ª semana: Atores: Alunos (as). Objetivo Específico: Levantar quais as violências de gênero e orientação sexual são vivenciadas e propor as primeiras mudanças. Conteúdo: Violência. Gênero e Sexualidade; Estratégia: Apresentação de filmes sobre a temática; Duração: Uma manhã e/ou tarde, 4h, desta semana. Recursos: Tv; papel e canetas; Avaliação: Participação, falas e reflexões sobre as violências vivenciadas no ambiente escolar. 4ª semana: Atores: Alunos (as). Objetivo Específico: Promover reflexões sobre masculinidades e feminilidades. Conteúdo: Gênero (masculinidades e feminilidades). Estratégia: Esta atividade irá durar um turno todo (matutino ou vespertino). Solicitar que os educandos levem brinquedos e objetos pessoais para a escola e que coloquem em uma sala vazia. Os meninos irão colocar os seus objetos em uma sala e as meninas em outra. Depois misturar meninos e meninas e misturar também os objetos em duas salas distintas. Pedir para os (as) alunos escolherem três objetos quaisquer dos coleguinhas e explicar porque escolheram. A partir da brincadeira, começar a buscar mecanismos de desconstrução das hierarquias de gênero (masculinidades e feminilidades). Neste momento levantar reflexões sobre masculinidades e feminilidades e indicar que não existem espaços ou brinquedos específicos para meninos e para meninas. Pedir que reflitam sobre o que se exigem dos meninos e das meninas e que escrevam no quadro estas expectativas femininas e masculinas. Depois solicitar que falem o que gostariam de fazer e não fazem por ser algo visto como de menino e de menina e levantar discussões sobre o assunto. Repetir a brincadeira dos objetos após esta reflexão e observar a reação. Duração: Dois dias, durante uma manhã ou tarde, 4 horas de atividades para cada dia. Recursos: Brinquedos, objetos pessoais, sala de aula, quadro, piloto, som. Avaliação: Participação, envolvimento e reflexões dos educandos acerca das violências de gênero, demarcados através de objetos considerados de meninos e de meninas. 5ª semana: Atores: Alunos (as), Professores (as) e Funcionários (as) da Unidade Escolar. Objetivo Específico: Levantar as discussões sobre gênero e sexualidade e suas violências na Unidade Escolar. Conteúdo: Violência, Gênero e Diversidade Sexual. Estratégia: Palestra durante todo um turno (matutino ou vespertino) com especialistas sobre o tema, com linguagem própria para os educandos do 6º ano, tratando de gênero e diversidade sexual; Após a exposição realizar roda de conversa ou caixinha de perguntas com os (as) alunos (as). Duração: Uma tarde e/ou manhã (4horas). Recursos: Datashow, Caixa de Som, Microfone. Avaliação: Envolvimento e participação na palestra. Perguntas levantadas durantes a exposição. 6ª semana: Atores: Alunos (as). Objetivo Específico: Acompanhar os resultados das atividades desenvolvidas e a desenvolver, assim como registrar os conhecimentos adquiridos pelos (as) alunos (as) ao longo do projeto. Conteúdo: Violência, Gênero, Diversidade Sexual, Respeito a Diversidade, Estratégia: Esta atividade será desenvolvida durante todo o projeto. Após asprimeiras sensibilizações e palestras os (as) alunos (as) darão um nome ao projeto e irão começar a escrever suas vivências pessoais envolvendo gênero e diversidade sexual em diários e cadernos. Tudo que for aprendido e pesquisado durante o projeto deverá ser anotado nos diários, assim como as vivências na comunidade e no ambiente escolar. Duração: 4 semanas (durante todo o projeto). Recursos: Cadernos e diários. Avaliação: A avaliação será feita a partir dos registros dos (as) alunos (as) e acompanhados semanalmente pelos (as) professores (as) envolvidos (as). 7ª semana: Atores: Alunos (as), Funcionários (as) e Professores (as). Objetivo Específico: Conhecer os documentos legais e obter mais conhecimentos envolvendo gênero e diversidade sexual. Conteúdo: Violência, Gênero e Diversidade Sexual; Direitos Humanos; Respeito às Diferenças; Homofobia. Estratégia: Durante dois dias desta semana trechos de documentos serão lidos e interpretados nas aulas de Língua Portuguesa, Artes, Geografia e História. Pretende-se reforçar a importância do projeto e sinalizar que se encontra em leis. Os (as) alunos irão organizam-se em grupos e apresentar aos professores (as) e funcionários (as) os conhecimentos apreendidos. Serão lidas e desenvolvidas atividades com documentos sobre: diversidade sexual e homofobia; Direitos Humanos; Parâmetros Curriculares Nacionais; Programa Brasil sem Homofobia; Constituição Federal, LDB e Regimento escolar. Duração: Dois dias, 2 horas cada dia. Recursos: Sala de leitura, data show, notebook e quadro branco para projeção. Avaliação: Compreensão dos documentos e conceitos debatidos e como percebem sua aplicação na escola. 8ª semana: Atores: Alunos (as). Objetivo Específico: Problematizar espaços e funções para as meninas nas sociedades. Conteúdo: Gênero, Sexualidade, Direitos Humanos, Violências. Estratégia: Esta atividade pode durar um turno (matutino ou vespertino), ou dois turnos. Assistir o Vídeo – Vida de Maria. Após o vídeo realizar um debate sobre as realidades vivenciadas pelas meninas, meninos e seus lugares e “papéis” na sociedade. Após o vídeo e o debate entregar aos alunos (as) revistas, jornais, figuras, canetas coloridas e cartolinas para quem construam uma nova história para a “Maria” do vídeo. Duração: Dois dias, 2 horas cada dia. Recursos: Datashow, notebook, sala de vídeo, filme, revistas, jornais, cartolinas, canetas coloridas. Avaliação: Observar se os (as) alunos (as) compreenderam o filme e identificar se as meninas se identificarem ou perceberam seus pares na realidade das “Marias” do Brasil. 9ª semana: Atores: Alunos (as). Objetivo Específico: Problematizar os espaços e funções para os meninos nas sociedades e discutir sobre as masculinidades e suas violências. Conteúdo: Gênero (masculinidades) e violências. Estratégia: Assistir o Vídeo – Vida de João e realizar um ciclo de conversa após a exibição. Solicitar que sejam formados grupos e que os grupos construam frases de impacto desconstruindo as masculinidades e feminilidades, Duração: Um turno, matutino e/ou vespertino, durante 2horas. Recursos: Datashow, notebook, sala de vídeo, filme, cartolinas, canetas coloridas. Avaliação: Observar se os (as) alunos compreenderam o filme e identificar se compreenderam a partir dos filmes passados as masculinidades e feminilidades e se refletiram sobre as hierarquias de gênero e as diversas violências cotidianas. 10ª semana: Atores: Alunos (as) Objetivo Específico: Iniciar a discussão sobre diversidade sexual e suas violências cotidianas. Conteúdo: Gênero, Diversidade Sexual e Violência. Estratégia: Em um turno (matutino ou vespertino) será apresentados o vídeo "Medo de quê?”. Após a apresentação do vídeo será levantado à discussão para os alunos e iniciar as discussões sobre diversidade sexual, violências e respeito às diferenças. Em outro turno, na mesma semana, será apresentado o vídeo “Pra que time ele joga”. As discussões sobre o vídeo serão levantadas e os alunos deverão pesquisar sobre homofobia e suas violências e indicar como acontece no ambiente escolar e como podemos combatê-la. Duração: Dois turnos, matutino e/ou vespertino, durante 4 horas cada dia. Recursos: Datashow, notebook, sala de vídeo, filme, Avaliação: Participação e envolvimentos dos (as) alunos (as) nas atividades, assim como mudanças de posturas. 11ª semana: Atores: Alunos (as). Objetivo Específico: Apresentar as discussões realizadas de forma lúdica, observando os conhecimentos e mudanças de posturas homofobias e violentas nos (as) alunos (as). Conteúdo: Gênero, Diversidade Sexual e Violência. Estratégia: Durante dois dias, no turno matutino ou vespertino, os (as) alunos (as) deverão construir revistas em quadrinhos, com personagens e histórias envolvendo os conteúdos trabalhados no projeto. Duração: Dois dias, no turno matutino e/ou vespertino, 4 horas cada dia. Recursos: Papel ofício, revistas, jornais, canetas coloridas. Avaliação: Acompanhar e interferir nos conhecimentos e posturas dos educandos ao longo das atividades do projeto. Perceber o envolvimento nas atividades, como também se está aprendendo a respeitar as diferenças. 12ª semana: Atores: Alunos (as) Objetivo Específico: Reunir as atividades realizadas através de um jornal informativo a ser distribuído e apresentado à escola. Conteúdo: Gênero, Diversidade Sexual e Violência. Estratégia: Os (as) alunos (as) durante duas semanas irão organizar as atividades que já foram realizadas no projeto e construir textos, charges, reportagens e trazer informações diversas, que tenham como tema violência de gênero e diversidade sexual. Duração: duas semanas, 2 horas por dia. Recursos: Papel ofício, figuras, canetas coloridas, notebook, Avaliação: Avaliar o Jornalzinho e as informações apresentadas pelos educandos sobre os conhecimentos no projeto. 8. CRONOGRAMA Atividade MARÇO ABRIL MAIO 3ª. sem 4ª. sem 1ª. sem 2ª. sem 3ª. sem 4ª. sem 1ª. sem 2ª. sem 3ª. sem 4ª. sem 5ª. sem Elaborar projeto x x x x x Divulgar projeto para população alvo x x Executar projeto x Enviar resumo do trabalho x Apresentar projeto e resultados x 9. PRODUTO FINAL A SER PRODUZIDO Essa investigação tem como produto final, a proposição de um curso de capacitação em Diversidade sexual para os membros da comunidade escolar, tendo objetivo principal a desconstrução do pensamento binarista e heteronormativo na escola, promovendo a igualdade de direitos, a redução do bulling homofóbico e garantindo a permanência dos alunos LGBTTQI na escola. 10. RESULTADOS ESPERADOS Após a ministração das palestras e da socialização dos resultados da pesquisa, espera-se: Sensibilizar os membros da comunidade escolar acerca das consequências da evasão escolar; Conquistar o apoio da maioria dos alunos no enfrentamento ao bullyng homofóbico; Ampliar o entendimento dos professores sobre as questões inerentes a diversidade sexual; Mobilizar a comunidade escolar em prol da garantia dos direitos de liberdade e igualdade dos alunos identificados como LGBT. 11. AVALIAÇÃO A avaliação se dará em etapas, sendo a primeira uma valiação diagnóstica a fim de nortearo desenvolvimento do projeto. Posteriormente segue uma avaliação intermediária com os docente e discentes mensurando o grau de envolvimento em a cada um dos atores do trabalho e por final será aplicada uma avaliação final a fim de constatar a mudança de pensamento acercada diversidade sexual. 12 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria Especial de Direitos Humanos. Plano Nacional de Promoção da Cidadaniae dos Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Brasília, 2009. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) / Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Ed. ver. e. atual Brasília: SDH/PR, 2010. BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais. Pluralidade cultural e orientação sexual. Brasília: MEC/SEF, 1997. d LOURO, G. L. Pedagogia da sexualidade. In: Louro. G. L. (org). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 1999. BENTO, B. A. M. O que é transexualidade. São Paulo; Brasiliense, 2008. BERTOLINE, V.; FREITAS, L.; OLIVEIRA, A.; QUEIRÓZ, I. Diversidade e educação: para começar a entender as resistências à promoção dos direitos humanos na escola. –Cuiabá, MT: EDUFMT, 2012 BUTLER, Judith. Críticamente subversiva. In: JIMÉNEZ, Rafael M. Mérida. Sexualidades transgresoras. Una antología de estúdios queer. Barcelona: Icária editorial, 2002, p. 55-80. CASTRO, Mary; ABRAMOVAY, Miriam; SILVA, L. B. Juventudes e sexualidade. Brasília: UNESCO, 2004. COLLING, Leandro. Quatro dicas preliminares para transar a genealogia do queer no Brasil. In: BENTO, Berenice; FÉLIX-SILVA, Antônio Vladimir (Org.). Desfazendo Gênero: subjetividade, cidadania, transfeminismo. Natal: EDUFRN, 2015a, p. 233-242. FERREIRA, B. L.; LUZ, N. S. Sexualidade e Gênero na Escola. – Curitiba: UTFPR, 2009. FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I: A Vontade de Saber. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1990. JUNQUEIRA, Rogério Diniz. Diversidade sexual e homofobia: a escola tem tudo a ver com isso. In: XAVIER FILHA, Constantina (Org.). Educação para a sexualidade, para a equidade de gênero e para a diversidade sexual. Campo Grande: UFMS, 2009c, pp. 111-142. LIONÇO, Tatiana; DINIZ, Débora. Qual a diversidade sexual dos livros didáticos Brasileiros? In: LIONÇO, Tatiana; DINIZ, Débora (Org.). 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Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000. SILVA, Manoel Regis da. Causas e Consequências da Evasão Escolar na Escola Estadual Professor Pedro Augusto de Almeida –Babaneiras/PB. Acesso em: 18 de março de 2016. Edson Pesca de Jesus Orientador: Prof. Dr.. Josué Leite dos Santos SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 4.JUSTIFICATIVA 6. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Evasão escolar Homofobia Heteronormatividade Diversidade Sexual 1ª semana: 2ª semana: 3ª semana: 4ª semana: 5ª semana: 6ª semana: 7ª semana: 8ª semana: 9ª semana: 10ª semana: 11ª semana: 12ª semana: 9. PRODUTO FINAL A SER PRODUZIDO 10. RESULTADOS ESPERADOS 12 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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