Buscar

Resenha Capítulo XVIII - O Príncipe

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO 
Aluna: Cecíllia Mello Gomes 
Curso: Direito Noturno - Disciplina: Ciências Políticas 
Professor: José Alves 
 
Resenha do Capítulo XVIII do Livro “O Príncipe” de Nicolau Maquiavel 
 A relevância da obra “O Príncipe” de Nicolau Maquiavel, pensador 
clássico da ciência política, é inquestionável. Seu conteúdo escrito no século 
XVI é atemporal e dialoga com os homens do século passado e atual. É 
considerado referência no âmbito político da atualidade, porém, com clara 
adaptação ao século XXI. 
Maquiavel inicia suas declarações salientando que cada Príncipe deve 
almejar ser reconhecido como piedoso e não cruel. Entretanto levanta a 
questão de que essa piedade deve ser utilizada com extrema cautela. 
Destaca a postura de César Bórgia considerado cruel por seu 
posicionamento enquanto autoridade. O mesmo recuperou a Romanha e 
alcançou a união, a paz e a lealdade do povo. Segundo o autor, o soberano 
que possuir a fama de cruel, não deve se sentir receoso quanto a isso. Ao 
assumir essa postura, estará sendo ainda mais piedoso do que aqueles que 
por piedade exacerbada permitem que ocorram desordens extremas que 
culminam em assasinatos e raparigagens que prejudicam toda a comunidade. 
“Um príncipe não deve, pois, temer a má fama de cruel, desde que por ela 
mantenha seus súditos unidos e leais.” (MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe, 
p.82). Nicolau declarava aceitável o governante estabelecer relações de 
inimizade e promover punições mais duras, desde que estivesse em busca de 
um bem maior e comum a todos. 
De acordo com Maquiavel os estados mais novos eram os mais 
atingidos à notariedade de cruel, visto que eram alvos de diversos perigos que 
obrigam os governantes a assumirem rigor e forte fiscalização de fronteiras. 
Os Príncipes entretanto deveriam agir com sabedoria e de forma 
equilibrada, se valendo da prudência e humanidade, evitanto por sua vez a 
execessiva confiança e desconfiança. A primeira poderia torná-lo incauto e a 
segunda fazê-lo intolerável. 
Em sua obra é destacada a seguinte questão: é melhor ser amado ou 
temido?, temido ou amado?. O autor declara que: “ A resposta é de que seria 
necessário ser uma coisa e outra; mas, como é difícil reuní-las, em tendo que 
faltar uma das duas é muito mais seguro ser temido do que amado.” 
(MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe, p.82). 
Dessa forma, entende-se que para Maquiavel ser temido é mais 
prudente que ser amado. Ele considerava como um líder ideal aquele que era 
perspicaz como a raposa e feroz como o leão. 
De acordo com o escritor, o homem, de forma geral, é um ser acometido 
de ingratidão, vulnerável, temente ao perigo, ambicioso, dissimulado e 
enquanto são beneficiados pelas ações do governante tem a ele a sua total 
lealdade, porém quando se sente prejudicado com alguma medida, revolta-se. 
A opnião do autor é clara quanto a amizade, afirma que as relações 
estabelecidas tendo como base interesses econômicos e não a grandeza e 
nobreza da alma, são compradas porém com elas não se pode contar. Já 
amizades pautadas no terror, essas sim jamais são abandonadas pelo receio 
do castigo que a falta dela poderá acarretar. Os governantes devem fazer-se 
temer, de forma que se não haja amor, o mesmo recorra ao ódio. Era 
importante que também não tomassem os bens e mulheres de seus cidadãos e 
súditos, dessa forma se abstendo dos bens alheios. 
Finaliza seu pensamento relatando a importância da fama de cruel para 
conservação de um exército unido, organizado e estável. Destaca a figura de 
Aníbal e Cipião, estabelecendo uma comparação entre eles que assumiram 
posturas opostas. Aníbal encarregou-se de uma postura desumana e cruel 
aliada as suas infinitas virtudes o que o tornou respeitado e terrível aos seus 
soldados. Cipião apresentou uma postura oposta , possuia excessiva piedade 
que acarretou na revolta dos exércitos na Espanha, ofereceu mais liberdade 
que o necessários aos seus soldados. Foi duramente criticado e julgado por 
suas atitudes. 
Com o capítulo XVIII escrito por Maquiavel podemos concluir que: “(…) 
um príncipe sábio, amando os homens como a eles agrada e sendo por eles 
temido como deseja, deve apoiar-se naquilo que é seu e não no que é dos 
outros; deve apenas empenhar-se em fugir ao ódio, como foi dito.” 
Dessa forma, um bom governante é aquele que fogue do ódio de seus 
cidadãos e súditos e por vez, horas é amado e horas é odiado. Manter esse 
equilíbrio é a chave mas reuni-las. Uma tarefa extremamente difícil até nos dias 
atuais. 
 
Referência Bibliográfica: 
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Tradução de Georgia Vicente. São Paulo: 
Pé de Letra, 2017. 
BOSCATTO, Eliane. Maquiavel, o leão, a raposa e a contemporaneidade de 
sua obra: sobre como Maquiavel soube salvar sua cabeça e criar uma obra 
atual, sem prazo para perder sua contemporaneidade. 2014. Disponível 
em: http://homoliteratus.com/maquiavel-o-leao-raposa-e-os-dias-de-hoje/. 
Acesso em:22 ago. 2017.

Continue navegando