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Professor Marco Antônio 
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SUMÁRIO 
 
1. Homeostase e feedback......................................................... 04 
2. Membrana plasmática............................................................. 12 
3. Permeabilidade seletiva.......................................................... 16 
4. Transporte transmembranar.................................................. 20 
5. Potencial de membrana em repouso..................................... 27 
6. Potencial de ação.................................................................... 33 
7. Transmissão sináptica............................................................ 40 
8. Sistema nervoso...................................................................... 50 
9. Sistema nervoso autônomo................................................... 60 
10. Sistema muscular.................................................................. 69 
11. Contração do músculo estriado esquelético...................... 75 
12. Sistema cardiovascular........................................................ 83 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FISIOLOGIA FÁCIL 
Agora é fácil estudar fisiologia, todo o conhecimento está a um click de você. 
Idealizado e coordenador pelo Professor Marco Antônio, o Fisiologia Fácil tem por 
objetivo contribuir com os seus estudos de forma simples, prática e fácil. Levando 
conhecimento onde quer que você esteja. 
Além das apostilas e cursos on-line que encontrou no site, você também vai encontrar 
conteúdos, que irão enriquecer seus estudos, em nossas redes sociais, facebook e 
youtube. Vai lá, curti nossa fanpage no facebook e segue o nosso canal no youtube, 
assim você vai ficar sempre atualizado com novos vídeos, dicas, artigos e tudo mais 
que acontecer no mundo da Fisiologia Fácil. 
Seja bem-vindo ao Fisiologia Fácil!! 
Bom estudo!! 
Excelentes resultados! 
 
CONHEÇA O PROFESSOR 
Professor Marco Antonio é Médico Veterinário e Biólogo. Possui graduação em 
Licenciatura Plena em Biologia pela Universidade Estadual do Ceará (2007), 
graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual do Ceará (1996), 
mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal do Ceará (2001) e doutorado em 
Biotecnologia (Renorbio) pela Universidade Federal do Ceará (2011). Desde a sua 
graduação dedica-se ao ensino e desenvolvimento de técnicas de fácil aprendizagem, 
tendo sido monitor e bolsista de iniciação à pesquisa de disciplinas básicas como 
Bioquímica e Fisiologia. Professor universitário há mais de 10 anos, compondo o corpo 
docente das principais universidades do Ceará. Ao longo desses anos também tem 
lecionado biologia na rede pública estadual onde coordena um laboratório de 
Ciências. Nos últimos anos, tem produzido conteúdos on-line sobre fisiologia humana 
e animal, através do canal Fisiologia Fácil do Youtube. Desenvolvendo dessa forma 
metodologias e conteúdo de simples e fácil aprendizado. 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 1 
HOMEOSTASE E FEEEDBACK 
Para que o organismo humano consiga manter sua organização é necessário que 
mecanismos fisiológicos diversos aconteçam de forma ordenada e em pleno 
equilíbrio. A unidade básica de todo ser vivo é a célula que ao se unir de forma correta 
e equilibrada gera os tecidos que por sua vez formam os mais variados órgãos que 
ao se juntarem formam os sistemas que em conjunto vão dar origem ao organismo 
humano. O esquema abaixo mostra claramente essa ordenação que se iniciou com 
um átomo e chegou à plenitude de nosso corpo. 
 
 
Esse equilíbrio interno que o nosso corpo mantém, impedindo que aconteçam os 
desequilíbrios e consequentemente a manifestação de patologias é chamado de 
homeostase, definida corretamente por Claude Bernard como a tendência que nosso 
corpo apresenta de manter um ambiente interno em equilíbrio, independente das 
Figura 1.1: Estrutura Hierárquica Humana. 
 
 
 
 
 
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oscilações que possam acontecer externa ou internamente. Vamos demonstrar isso 
através do seguinte esquema: 
 
 
Observem que a temperatura média do corpo fica em torno de 37 °C, mas ela não é 
sempre a mesma. Ela pode se elevar e pode também baixar, mas existem 
mecanismos que a traz para a meta que é de 37°C. Quando a temperatura sobe 
acontece o aumento da perda de calor através do suor (sudorese) e quando ela baixa 
um pouco acontecem os tremores ou calafrios que são mecanismos involuntários de 
gerar calor e trazer a temperatura para o objetivo central que seriam os 37°C. 
Podemos mostrar isso graficamente também através do seguinte esquema: 
 
Regulação da temperatura corporal 
Fig.1.2. Regulação da temperatura corporal humana. 
 
 
 
 
 
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Nesse primeiro esquema observamos que a temperatura se elevou, uma mensagem 
foi enviada para um centro integrador através de um sensor que devolveu a resposta 
através de um efetuador, fazendo com que a temperatura caísse ao longo do tempo. 
Vamos agora a outro esquema: 
 
O princípio aqui é o mesmo do anterior, mas o objetivo é o oposto do outro. Nesse 
caso, a temperatura havia caído e o sensor que mandou a mensagem para o centro 
integrador, fez com que o efetuador respondesse e elevasse a temperatura para o 
centro da meta que seria os 37°C. Guardem a seguinte informação: em ambos os 
casos, tivemos controles através de retroalimentação negativa ou feedback negativo 
que iremos já, já falar sobre esse conceito. 
 Até agora tratamos do conceito de homeostase que é o equilíbrio dinâmico que 
Claude Bernard trabalhou de forma clara. Não existem parâmetros estáticos, mas 
dinâmicos. Ao longo de um dia ou de um determinado tempo temos variações, mas o 
equilíbrio será buscado. Isso acontece não só para o controle da temperatura, mas 
para a manutenção da pressão arterial sistêmica, do nível de água do corpo, da 
quantidade de glicose no sangue (glicemia) ou do nível hormonal na corrente 
 
 
 
 
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sanguínea. Para que isso se mantenha em perfeito equilíbrio temos os famosos 
sistemas de controle que podem ser agrupados em dois grandes tipos: 
a) Controle de Alça Aberta: controla os fenômenos da natureza e não interessa 
para os organismos vivos. Um exemplo claro é do aumento da pressão 
atmosférica em áreas abaixo da superfície da terra ou a sua diminuição à 
medida que subimos em altas altitudes. Não dá para modificarmos. Outro 
exemplo fácil de entendermos é o da intensidade de calor do sol próximo a linha 
do Equador. Quanto mais nos distanciamos dessa linha, menor é a incidência 
dos raios solares. Isso é tão claro que os pólos da terra acumulam gelo devido 
a essa característica e isso realmente não dá para sofre adaptação ou 
mecanismo de controle. 
b) Controle de Alça Fechada ou Feedback: Esse nos interessa. Esse mecanismo 
controla os parâmetros fisiológicos dos seres vivos. Foi o que aconteceu com 
a manutenção da temperatura do corpo mostrado anteriormente. Dividimos o 
feedback em dois caminhos: positivo e negativo que iremos falar agora paravocês. 
 
 
 
 
 
 
 
O esquema acima mostra o que chamamos de Feedback positivo. Esse mecanismo 
acontece pelo fato de potencializar o estímulo inicial, ou seja, ele é a favor do estímulo. 
O parto é o maior exemplo que podemos dar de feedback positivo. Observem que as 
contrações uterinas potencializam a distensão do útero que se torna mais intensa com 
o passar do tempo, culminando com o nascimento, ou seja, o resultado da ação vai a 
favor do estímulo inicial. Outro exemplo bem característico do feedback positivo é a 
 
 
 
 
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amamentação. A sucção do bebê na glândula mamária faz com o corpo libere um 
hormônio chamado de ocitocina que induz a liberação do leite pelas mamas. O 
estímulo foi favorável a resposta e não contrária a ela. Lembrem que as contrações 
uterinas foram induzidas pela presença do bebê no canal do parto e aconteceu 
também a liberação da ocitocina para que esse mecanismo fosse possível de 
acontecer. Outra característica do feedback positivo é o fato dele funcionar como um 
gatilho disparador que cessa logo após o evento acontecer. A sucção do bebê (gatilho) 
faz com que o corpo libere ocitocina para liberar o leite e após o estímulo o hormônio 
não é mais liberado. 
Vamos agora mostrar um esquema que descreve o feedback negativo que representa 
a maior parte dos mecanismos de controle do nosso corpo. Observem o esquema 
abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
Esse esquema descreva o controle da pressão arterial. Observem que algo contrário 
(negativo) tinha que acontecer a condição de aumento da pressão arterial, ou seja, a 
pressão subiu, mas ela precisava retornar a normalidade e como isso acontece? 
Através do feedback negativo. Observem que o aumento da pressão arterial foi 
captado por receptores neurais nas artérias. Esse estímulo fez com que o coração 
diminuísse o bombeamento e com isso aconteceu à diminuição da pressão arterial. A 
grande maioria dos controles que acontecem no corpo é do tipo feedback negativo. 
Outros exemplos bem característicos são a liberação de grande parte dos hormônios 
do nosso corpo, o controle do nível hídrico do corpo ou a regulação da temperatura 
que discutimos anteriormente. 
 
 
 
 
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PONTOS DE CHECAGEM 
Após a leitura de nosso material, responda as seguintes questões; 
1) O que significa Homeostase? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
2) O que são sistemas de controle? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
3) Qual a diferença entre controle de alça aberta e fechada? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
4) O que significa feedback? Qual a diferença entre feedback positivo e negativo? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
5) Dos exemplos abaixo diga se ele é regulado por feedback positivo ou negativo? 
a) Parto______________________________________________________ 
b) Controle da Pressão arterial____________________________________ 
c) Regulação da temperatura_____________________________________ 
d) Liberação do hormônio insulina_________________________________ 
 
6) A homeostase é definida como o equilíbrio interno do corpo perante as mais 
variadas oscilações dos meios internos e externo. Acerca da homeostase e 
sistemas de controle podemos afirmar como verdadeiro: 
 
 
 
 
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a) Os organismos vivos mantêm a homeostase principalmente pelos mecanismos 
de alça aberta. 
b) Os mecanismos de alça aberta e alça fechada são usados pelos organismos 
vivos para a manutenção da homeostase. 
c) O mecanismo de alça fechada ou simplesmente feedback é usado pelos seres 
vivos para manutenção do equilíbrio. 
d) Os fenômenos da natureza são regulados principalmente por feedback positivo 
e por alça fechada também. 
e) Quando a temperatura do nosso corpo se eleva, ela retorna a valores normais 
através de mecanismos de alça aberta. 
 
GABARITOS 
5- a) Positivo b) negativo c) negativo d) negativo 
6 - c 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 2 
MEMBRANA PLASMÁTICA 
A membrana plasmática exerce uma série de funções importantes para a manutenção 
do funcionamento celular. Todas as células do corpo humano apresentam uma 
membrana plasmática que a envolve e delimita seu espaço físico, separando o lado 
intra do meio extracelular. Podemos enumerar as seguintes funções da membrana 
plasmática: 
a) Separar o meio intra e extracelular 
b) Manter um ambiente químico apropriado para os processos celulares. 
c) Manter o volume celular constante 
d) Transmitir sinais elétricos ou químicos 
A membrana apresenta uma composição própria, onde dois constituintes orgânicos 
se destacam. Esses constituintes são lipídios e proteínas que se organizam para fazer 
a estruturação da mesma. Temos abaixo um desenho de uma membrana plasmática 
encontrada em células humanas: 
 
Nesse desenho temos a bicamada (duas camadas) lipídica (gorduras) com proteínas 
que atravessam totalmente a bicamada e a chamamos de integrais e proteínas ligadas 
 
 
 
 
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ao lado externo ou interno da membrana, denominadas de periféricas. Observamos 
que as duas camadas de gordura (bicamada) têm uma dupla aptidão. O lado da 
camada de gordura voltado para o lado externo ou interno tem afinidade pela água, 
sendo chamada de hidrofílica (hidro= água, fílica= filia= afinidade), enquanto a parte 
central da membrana é dita hidrofóbica (hidro= água, fóbica=fobia= medo). A região 
da membrana voltada para o lado externo e interno, embora seja uma gordura, 
consegue ter afinidade pela água devido a presença de estruturas polares (com 
carga). A principal estrutura que torna a membrana polar é o radical fosfato, podendo 
também ser encontrado a hidroxila ou carboidratos que formam as glicoproteínas. 
As proteínas integrais encontradas na membrana apresentam a importante função de 
transporte, podendo exercer o papel de carreadores ou de canal. Uma proteína de 
transporte leva de um lado para o outro da célula substâncias diversas que precisem 
se deslocar entre os meios intra e extracelular. Uma proteína carreadora é aquela que 
se liga de forma específica a uma determinada substância e a desloca para o outro 
lado da membrana. Uma proteína canal é aquela que abre espaços na membrana 
para a passagem de determinadas substâncias. A abertura de canais pode ser 
influenciada por vários fatores, mas o principal deles é a concentração. O aumento da 
concentração de certas moléculas faz com que a membrana abra espaços para a sua 
passagem, configurando assim um canal. Um exemplo de canal é o que transporta 
íons como o sódio, potássio ou cloro 
para dentro ou fora da célula. 
Proteínas carreadoras também 
podem transportar íons, mas um 
exemplo bastantecomum é aquele 
que acontece com a glicose. 
As proteínas periféricas 
desempenham o papel de receptores 
em vários tipos celulares, mas elas 
também podem funcionar como 
antígenos ou proteínas de 
ancoragem, dependendo do tecido 
onde a mesma é encontrada. 
 
 
 
 
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PONTOS DE CHECAGEM 
1) Descreva os principais constituintes que formam a membrana plasmática. 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
2) Qual a diferença entre uma proteína integral e uma periférica? Descreva suas 
funções 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
3) A membrana plasmática tem regiões ditas polares e outras partes são 
chamadas apolares. Descreva as características dessas duas porções 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
4) Ao estudarmos a membrana plasmática, entendemos que a mesma é formada 
por dois tipos básicos de moléculas que são as proteínas e os lipídios. Essa 
composição tem uma organização própria e é essa ordenação que permite a 
integridade das células do nosso corpo. Sobre a membrana plasmática 
podemos afirmar que: 
a) As proteínas encontradas podem ser integrais ou periféricas. As periféricas 
atuam como transportadoras e as integrais podem ser receptores de 
superfície. 
b) Toda a estrutura lipídica da membrana é do tipo apolar, pois essa 
característica impede a entrada de substâncias nas células, como a água. 
c) A região voltada para o lado externo e interno da membrana é dita apolar, já 
a parte central é chamada polar e permite a passagem de íons. 
d) As proteínas periféricas são excelentes transportadores e moléculas como a 
glicose ou aminoácidos são transportados por essa estrutura. 
e) As proteínas integrais atuam no transporte de substâncias, quer sejam 
carreadores ou canais. Já as integrais podem ser excelentes receptores 
celulares. 
Gabarito 
4 – e 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 3 
PERMEABILIDADE SELETIVA 
Uma das principais características das membranas biológicas é a capacidade que elas 
têm de selecionar aquilo que deve entrar ou sair da célula, ou seja, nossas membranas 
são muito seletivas. Algumas substâncias atravessam nossas membranas enquanto 
outras não. Alguns elementos fazem essa travessia com muita facilidade, enquanto 
outros não. Essa capacidade de seleção dá a membrana plasmática uma 
característica chamada de permeabilidade seletiva. Classificamos as mais diversas 
substâncias em duas grandes classes, chamadas de alta e baixa permeabilidade. 
QUE ELEMENTOS TÊM ALTA PERMEABILIDADE? 
Via de regra substâncias que se dissolvem na gordura conseguem entrar e sair das 
células com facilidade. Essa capacidade é devido a sua natureza química. Existe uma 
regra básica da química que diz que semelhante dissolve semelhante e é esse 
princípio que essas substâncias utilizam. Como temos uma grande bicamada lipídica, 
tudo que é gordura ou tem afinidade por ela passa a membrana facilmente. 
QUE ELEMENTOS ATRAVESSAM FACILMENTE NOSSAS MEMBRANAS 
Os gases, como o O2 e o CO2 são bons exemplos. Gorduras, colesterol, vitaminas 
lipossolúveis (A,D,E e K) e os esteróides como os hormônios sexuais estrógeno, 
progesterona e testosterona também são exemplos. 
QUE ELEMENTOS TÊM BAIXA PERMEABILIDADE? 
A baixa permeabilidade é devido à natureza química das substâncias. Uma substância 
hidrossolúvel não tem vida fácil em termos de movimentação entre os meios intra e 
extracelular. Essa característica é devido à falta de afinidade pela bicamada lipídica 
que funciona como uma barreira para a passagem das mesmas. Nesse caso elas irão 
precisar do auxílio de estruturas membranares que no nosso caso será exercido pelas 
proteínas que poderão abrir espaços ou se ligar especificamente ao elemento a ser 
transportado. No primeiro exemplo temos proteínas com função de canal e no 
segundo caso temos uma proteína carreadora. 
 
 
 
 
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QUE SUBSTÂNCIAS ATRAVESSAM COM DIFICULDADE A MEMBRANA? 
Os íons como sódio (Na+), o potássio (K+), o cloro (Cl-) ou o Cálcio (Ca2+) se 
movimentam notadamente através de canais, chamados de iônicos. Outras 
substâncias como a glicose, pequenas proteínas ou aminoácidos serão 
movimentados pela ligação específica a uma proteína que no caso funcionará como 
carreadora e não mais como canal. 
 
 
 
 
 
 
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PONTO DE CHECAGEM 
 
1) Defina permeabilidade seletiva 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
2) Qual a diferença entre substâncias que apresentam alta permeabilidade 
daquelas que tem baixa permeabilidade? Cite exemplos 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
3) A membrana plasmática desempenha um importante papel na manutenção do 
equilíbrio celular ao fazer o controle de substâncias que se movimentam 
através dela. Esse mecanismo chamamos de permeabilidade seletiva que: 
a) Controla somente as substâncias lipossolúveis, pois as hidrossolúveis têm 
alta permeabilidade às células. 
b) Todas as substâncias têm alta permeabilidade e atravessam a membrana 
sem dificuldade. 
c) Substâncias como glicose e aminoácidos apresentam alta permeabilidade, 
pois são hidrossolúveis. 
d) Íons e gorduras são muito permeáveis e utilizam carreadores e canais para 
atravessarem a membrana respectivamente. 
e) Substâncias que se dissolvem na gordura têm alta permeabilidade e utilizam 
a própria bicamada lipídica, enquanto as hidrossolúveis usam carreadores 
ou canais devido a baixa permeabilidade. 
 
4) São exemplos de substâncias que apresentam alta permeabilidade as 
membranas biológicas: 
a) Sódio e potássio b) Glicose e proteínas 
c) Água e sódio d) Gorduras e vitaminas lipossolúveis 
e) Carboidratos e proteínas 
GABARITO 
3- e; 4- d 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 4 
TRANSPORTE TRANSMEMBRANAR 
Partimos do princípio da permeabilidade seletiva onde algumas substâncias usam a 
própria bicamada lipídica para se movimentarem, mas outras precisam de auxílio para 
esse transporte. O auxílio em questão é realizado pelas proteínas integrais que 
poderão atuar como canais ou carreadores nesse processo que definimos como 
transporte transmembranar ou simplesmente o transporte através da bicamada 
lipídica enxertada de proteínas ao longo dela. 
COMO DIVIDIMOS OS TRANSPORTES? 
A divisão é baseada em dois critérios básicos: Gasto ou não de energia metabólica 
na forma de ATP (Trifosfato de Adenosina) ou se acontece a favor ou contra um 
gradiente que na maioria das situações é um gradiente de concentração. Sendo 
assim, temos duas grandes divisões: Transporte ativo e passivo. 
a) Transportepassivo: É o mais comum. Não existe gasto de energia metabólica 
e acontece a favor de um gradiente de concentração, ou seja, vai de um local 
mais concentrado para outro menos concentrado. O que isso significa? É como 
nadar a favor da correnteza ou no dito popular: “Maria vai com as outras”. Um 
exemplo bem simples para entendermos o a favor do gradiente é você imaginar 
entrando em um estádio de futebol com 60 mil pessoas e só existe uma 
entrada. O simples fato de você entrar na multidão fará que você seja levado 
passivamente devido à grande quantidade de pessoas entrando no estádio 
sem gastar quase ou nenhuma energia. 
b) Transporte ativo: As características são opostas ao do passivo. Esse transporte 
gasta energia metabólica na forma de ATP e acontece contra um gradiente. No 
exemplo do estádio dado acima é como se você após entrar no estádio precise 
sair contra a multidão que tenta entrar. Provavelmente você irá gastar bastante 
energia nessa sua tentativa. No nosso organismo temos essas substância que 
fazem isso com custo energético. 
 
 
 
 
 
 
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TIPOS DE TRANSPORTE 
A) PASSIVO: Difusão simples e facilitada. A Difusão simples é o transporte básico 
de substância que se dissolvem na gordura (lipossolúveis). Essas substâncias 
se movimentam através da própria bicamada lipídica. Os gases e as gorduras 
e derivados (alta permeabilidade) usam a difusão simples. Podemos ter 
também substâncias hidrossolúveis utilizando difusão simples? E a resposta é 
SIM. Os íons são transportados por esse meio, mas utilizam os canais da 
membrana como mediador. Os canais são simplesmente aberturas na 
membrana feitas por proteínas integrais. A Difusão facilitada difere da simples 
pela presença dos carreadores que são também proteínas integrais específicas 
que se ligam a substâncias de maneira única e as levam de um lado ao outro 
da célula. Tanto a difusão simples como a facilitada não se beneficiam do 
gradiente de sódio do meio extracelular. Um exemplo clássico de difusão 
facilitada é o que acontece com a glicose ao ser levada para dentro das células. 
B) ATIVO PRIMÁRIO: Esse termo é usado pelo fato da energia metabólica (ATP) 
ser usada de forma direta, ou seja, o ATP é quebrado e a energia resultante é 
usada para movimentar a substância contra o seu gradiente. Lembram do 
exemplo do estádio??????? A bomba de sódio e potássio é o maior exemplo 
desse transporte. A bomba atua jogando sódio de dentro para fora da célula e 
o potássio de fora para dentro, justamente contra seus gradientes de 
concentração. Sabemos de aulas anteriores que o meio extracelular tem alta 
concentração de sódio enquanto o meio intracelular está altamente 
concentrado em potássio. A relação de transporte é de 3 para 2, ou seja, a cada 
3 sódios retirados da célula, dois potássios são devolvidos para dentro. O 
transporte ativo tem uma proteína carreadora e não se beneficia do gradiente 
de sódio. Na realidade é a própria bomba responsável por manter o gradiente 
de sódio alto no meio extracelular. Outro exemplo de bomba importante é o da 
bomba de cálcio que é encontrado nos músculos e de grande importância para 
a contração muscular. 
C) ATIVO SECUNDÁRIO: Esse transporte usa a energia metabólica de forma 
indireta e precisa (se beneficia) do gradiente (concentração) de sódio, mas 
lembre-se que a concentração de sódio fora da célula só aconteceu porque a 
 
 
 
 
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bomba de sódio e potássio funcionou e aí ela gastou energia para que isso 
acontecesse. O transporte ativo secundário é dividido em simporte ou co-
transporte e antiporte ou contra-transporte de açodo com o sentido da 
substância que se movimenta junto com o sódio. Vamos aos exemplos: 
 
1) Co-transporte: Quando o sódio entra na célula a favor de seu gradiente 
usando uma proteína carreadora a glicose se liga a ela e se movimenta no 
mesmo sentido do sódio, ou seja, para dentro da célula. 
2) Contra-transporte : Quando o sódio entra na célula também a favor de seu 
gradiente e usando uma proteína carreadora uma outra substância se liga 
a essa proteína e sai da célula, ou seja, enquanto o sódio entra a substância 
sai, daí o termo contra-transporte. Os íons hidrogênio e cloro fazem esse 
transporte para sua movimentação através das membranas. 
 
D) OSMOSE: A osmose representa a movimentação de água através da 
membrana plasmática e embora a bicamada lipídica tenha uma porção central 
hidrofóbica, a água consegue se movimentar de acordo com a concentração 
intra e extracelular. A água se movimenta do meio hipotônico (menor 
quantidade de soluto e maior de solvente) para o hipertônico (maior quantidade 
de soluto e menor de solvente), ou seja, a água vai de onde tem mais água 
para onde tem menos água. Lembre-se que esse termo hipo e hipertônico 
refere-se ao soluto e não ao solvente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PONTO DE CHECAGEM 
1) Quais as principais diferenças entre o transporte ativo e passivo? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
2) Que mecanismos induzem a osmose? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
3) Descreva a bomba de sódio e potássio 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
4) Descreva a diferença entre co-transporte e contra-transporte 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
5) O transporte ativo caracteriza-se por ser o movimento de substâncias e íons 
contra o gradiente de concentração. Esse processo é possível graças à 
presença de certas proteínas na membrana plasmática que são capazes de se 
combinar com a substância ou íon e transportá-lo para a região em que está 
mais concentrado. Sobre o mecanismo de transporte denominado contra-
transporte é correto afirmar: 
a) Uma substância se beneficia do gradiente de sódio e quando o sódio entra 
na célula a favor do seu gradiente de concentração, essa substância entra 
também. 
b) A glicose sofre esse tipo de transporte, pois a mesma sai da célula à medida 
que o sódio entra. Isso acontece no sistema renal e no tubo digestivo 
c) Bombeia os íons potássio e sódio para fora e ao mesmo tempo bombeia íons 
cálcio para dentro na relação de três para dois respectivamente. 
http://www.infoescola.com/biologia/bomba-de-sodio-e-potassio/
http://www.infoescola.com/biologia/bomba-de-sodio-e-potassio/
 
 
 
 
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d) Um exemplo é aquele que acontece com os íons hidrogênio no estômago 
quando o mesmo sai da célula à medida que o sódio entra. 
e) O contra-transporte é responsável por permitir a absorção de aminoácidos e 
pequenas proteínas, acontecendo no esmo sentido da entrada do sódio na 
célula. 
6) O esquema a seguir mostra os movimentos de íons Na+ e K+ entre uma célula 
e o meio no qual ela se encontra. Em uma célula humana, a concentração de 
Na+ é 10 vezes maior no meio extracelular do que no interiorda célula, ao 
passo que a concentração de K+ é 30 vezes maior no meio intracelular do que 
no meio extracelular. No esquema, as setas inteiras e as setas pontilhadas 
representam, respectivamente, 
 
 
 
a) osmose e difusão facilitada. 
b) osmose e transporte ativo. 
c) transporte ativo e difusão simples. 
d) transporte ativo e osmose. 
e) difusão facilitada e transporte ativo. 
7) Analise as seguintes assertivas: 
I – A difusão simples e a difusão facilitada são exemplos de transporte passivo 
que acontecem no organismo humano. 
Porque 
II - Acontecem contra o gradiente de concentração e não gastam energia 
metabólica na forma de ATP (Trifosfato de Adenosina) 
 
http://4.bp.blogspot.com/-TBSOXoT23TI/UiyKZRONKAI/AAAAAAAABYg/93OqzzD1NEs/s1600/transportesplasmalema.01lk.gif
 
 
 
 
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Tendo como referência a asserção razão acima, assinale a opção correta. 
a) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 
b) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. 
c) As duas afirmações são falsas. 
d) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. 
e) A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira. 
GABARITO 
5- d; 6-c; 7-d 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 5 
POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO 
Bem galera, vamos lá. Vamos falar dos potenciais de membrana em repouso para que 
depois possamos falar do potencial de ação. Inicialmente vamos definir o termo 
excitabilidade que representa a capacidade de determinadas células converterem um 
potencial de repouso em ação, ou seja, determinados tecidos conseguem alterar essa 
condição inicial. Lembram que células conseguem fazer isso? Uma perguntinha: Que 
fatores estão envolvidos na formação do potencial de membrana e aí vamos para as 
seguintes situações: 
a) Existe uma diferença de concentração iônica entre os lados intra e extracelular. 
Lembram? No lado interno da célula temos potássio (K+) e a presença de ânions 
orgânicos que são proteínas com carga negativa. No lado externo da célula temos os 
íons sódio (Na+) e cloro (Cl-) em maior concentração. Para cada íon positivo existe um 
par negativo e vice-versa. É o que chamamos de eletroneutralidade. Isso só não 
acontece em uma pequena porção próximo da membrana plasmática, o que torna o 
lado externo com carga positiva e o lado interno com carga negativa durante o repouso 
celular. 
b) Atuam sobre esses íons forças diferentes, uma primeira que o movimenta a favor 
do seu gradiente de concentração e outra que é exercida pela força elétrica contrária 
a movimentação no sentido do gradiente de concentração. É como se tivéssemos um 
“cabo de guerra” onde forças de um lado e do outro da membrana se duelam, 
resultando em uma força elétrica através da membrana. As forças são as seguintes: 
O sódio e o cloro tendem a entrar na célula a favor de sua concentração, mas existe 
uma força elétrica contrária que é exercida pelo seu par negativo sobre o sódio e 
positivo sobre o cloro. Já o Potássio tende a sair da célula a favor do gradiente de 
concentração, mas existe uma força elétrica negativa gigantesca contrária a sua 
saída. Lembrem que a força elétrica exercida é contrária a carga do íon que está se 
movimentando. 
c) Os íons apresentam permeabilidades diferentes. O potássio (K+) chega a ser 100 
vezes mais permeável do que o sódio (Na+), fato esse que faz com que o potássio 
tenha maior movimentação ao longo da membrana plasmática. Os ânions orgânicos 
 
 
 
 
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apresentam quase nenhuma permeabilidade à membrana plasmática e permanecem 
retidos no citoplasma das células. Esse fato será importante para a determinação do 
potencial de membrana em repouso. 
Esses critérios são os que levam a termos nossa célula com carga negativa no lado 
intracelular e carga positiva no lado extracelular, conforme o esquema abaixo. 
 
Existem maneiras de determinarmos essa condição do repouso? A resposta é sim. 
Um pesquisador chamado Nernst provou matematicamente através do uso de 
logaritmos que caso as concentrações dos íons no lado interno e externo fossem 
conhecidas, poderíamos calcular a força que seria exercida sobre um único íon por 
vez. Outro estudioso da área também montou uma nova fórmula, mas que usava 
outros critérios além da concentração iônica e esse autor se chamava Goldman que 
dizia que a força exercida sobre a membrana plasmática era fruto da ação dos íons 
sódio, potássio e cloro e que deveríamos também considerar a permeabilidade dos 
mesmos, pois elas eram diferentes. A partir desse momento conseguimos calcular o 
potencial de membrana em repouso. Outro modo de determinarmos esses valores 
seria usarmos um aparelho que fizesse a medição da diferença de potencial elétrico 
entre o lado interno e externo de uma célula. Esse aparelho seria um voltímetro que 
++++++++++++++++++++++++ 
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 
Lado extracelular 
Lado intracelular 
Porção hidrofílica 
Porção hidrofóbica 
Porção hidrofílica 
 
 
 
 
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mediria esses valores em mV que é a milésima parte de um volt e onde observaríamos 
que o lado interno seria negativo em relação ao lodo externo que se apresentaria 
positivo. Mas será que teríamos explicações biológicas para entender o fato de o lado 
externo ter carga positiva e o lado interno ser carregado negativamente durante o 
repouso? Claro que sim e vamos a elas: 
1) Por que o lado externo em repouso tem carga positiva? 
A primeira característica é o fato do íon potássio (K+) ser muito permeável a 
membrana. Essa característica faz com ele saia em grande quantidade do interior da 
célula. Como ele tem carga positiva, suas cargas se acumulam no exterior celular. O 
íon sódio (Na+) também tem carga positiva, está mais concentrado fora da célula e 
tem baixa permeabilidade as membranas, o que faz com que ele se acumule também 
externamente. Lembram da bomba de sódio e potássio do transporte ativo primário? 
A bomba joga três sódios para fora à medida que devolve dois potássios para o interior 
da célula e isso dá um saldo de uma carga positiva para o lado extracelular, o que 
contribui para o acúmulo de cargas positivas fora da célula. 
2) Por que o lado interno tem carga negativa? 
Vamos lá: duas situações contribuem para que o lado interno tenha carga negativa: 
Primeiro o fato do potássio (K+) sair muito da célula. Como ele tem carga positiva, 
deixa seu par negativo no interior da célula, com o passar do tempo essas cargas se 
acumulam internamente. Os ânions orgânicos são proteínas com carga negativa que 
encontramos em grandes quantidades no interior do citoplasma celular. Como essas 
proteínas têm permeabilidade baixa ou praticamente nula, as mesmas não saem de 
dentro da célula, contribuindo para que tenhamos um lado interno com carga negativa. 
 
 
 
 
 
 
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PONTO DE CHECAGEM 
1) Uma célula em repouso é dita polarizada, ou seja, existe uma diferença de 
cargas entre o lado externo e interno. Essa condição é chamada de potencial 
de membrana em repouso que acontece devido à seguinte condição 
fisiológica: 
a) No repouso o lado externo tem carga negativa enquanto o lado interno está 
carregado positivamente. 
b) No repouso temos maior concentração de íons sódio (Na+) no lado 
intracelularenquanto o potássio está mais concentrado externamente (K+). 
c) A atuação da bomba de sódio e potássio faz com ocorra a sobra de uma 
carga positiva para o interior da célula 
d) A grande permeabilidade ao sódio faz com que esse íon saia muito da 
célula ajudando a tornar o lado externo com carga positiva. 
e) No repouso temos o lado externo positivo e o interno negativo. A alta 
permeabilidade ao potássio, a baixa permeabilidade ao sódio, a atuação da 
bomba se sódio e potássio auxiliam esse processo. 
2) São fatores que levam o lado externo ter carga positivo durante o repouso: 
(podemos ter mais de uma certa). 
a) Alta permeabilidade ao sódio (Na+) 
b) Alta permeabilidade ao potássio (K+). 
c) Alta permeabilidade aos íons orgânicos 
d) Baixa permeabilidade ao potássio (K+). 
e) Atuação da bomba de sódio e potássio 
3) Que fatores que levam o lado interno ter carga negativa durante o repouso: 
(podemos ter mais de uma certa). 
a) Alta permeabilidade ao sódio (Na+) 
b) Alta permeabilidade ao potássio (K+). 
c) Baixa permeabilidade aos íons orgânicos 
d) Baixa permeabilidade ao potássio (K+). 
e) Atuação da bomba de sódio e potássio 
 
 
 
 
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GABARITO 
1-e; 2-b,e; 3- b,c 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 6 
POTENCIAL DE AÇÃO 
Bem galera, vamos lá. Vamos falar do potencial de ação que é um dos temas mais 
importantes da fisiologia. Lembram do termo excitabilidade? Isso é uma característica 
de determinadas células do nosso corpo que conseguem converter estímulos em 
respostas efetoras e a maneira que essas células têm de responder é através de um 
potencial de ação. Três características definem bem o potencial de ação: 
a) A célula precisa atingir um limiar. Mas o que seria limiar? O limiar é um estímulo 
mínimo para que se transforme em uma resposta. Cada célula, cada pessoa possui 
um limiar diferente. Então para que o potencial de ação aconteça, uma célula precisa 
atingir um estímulo mínimo que chamamos de limiar. 
b) Estereótipo: O potencial de ação gera um gráfico que mostra a variação do potencial 
de membrana em repouso pelo tempo dessa alteração e esse gráfico terá sempre o 
mesmo padrão, ou seja, será estereotipado. O único parâmetro que sofrerá alteração 
será o fator tempo, mas o restante do evento seguirá sempre o mesmo padrão. 
c) Princípio do tudo ou nada: Esse conceito nos diz que uma célula recebe um 
estímulo suficientemente forte e dispara um potencial de ação ou nada irá acontecer. 
Entendemos claramente esse princípio quando vestimos roupas ou nos sentamos em 
uma cadeira para assistir uma aula expositiva. O contato do nosso corpo com a roupa 
ou a cadeira não foi suficientemente forte para estimular uma célula da pele, embora 
tenhamos centenas de receptores na pele que podem responder a estímulos diversos 
através de um potencial de ação, mas as células não atingiram seu limiar. 
Abaixo temos um gráfico que mede a variação do potencial de membrana em repouso 
pelo tempo de ocorrência dessa alteração. As medidas usadas serão o mV (milivolt) 
e o ms (milissegundo) que representam a milésima parte dessas grandezas (volt e 
segundo) e mostram as variações ocorridas no potencial de membrana medido em 
relação ao lado interno de uma célula. Dividimos esse potencial em fases e cada uma 
dessas fases apresenta um evento fisiológico associado, evento esse que tem relação 
com as alterações que ocorrem na membrana em relação à permeabilidade iônica. 
Vamos às fases de um potencial de ação e seus eventos iônicos associados: 
 
 
 
 
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a) Despolarização: (Ocorre entre a fase zero e um. Na fase zero temos o limiar). Uma 
célula em repouso é dita polarizada, ou seja, existe uma diferença de polaridade entre 
o lado interno e externo da célula. No repouso já sabemos que o lado interno tem 
carga negativa e o lado externo está carregado positivamente. Durante a 
despolarização, essa realidade será alterada e o lado externo ficará negativo quando 
comparado com o lado interno que ficará com carga positiva, mas como isso 
acontece? Simples: o íon mais concentrado externamente é o sódio (Na+). A célula 
estimulada abre o canal de sódio que ao entrar na célula leva suas cargas positivas 
para o interior celular, deixando o lado externo seus pares negativos. Com o passar 
do tempo, as cargas serão invertidas e teremos a despolarização ou simplesmente a 
inversão da polaridade celular. 
b) Repolarização (Entre as fases um e três). Essas etapas são relativamente rápidas. 
Qual o evento que estava induzindo a despolarização, lembram? Era exatamente a 
abertura dos canais de sódio (Na+). Para que ocorra a repolarização a primeira coisa 
a acontecer será o fechamento desses canais. Nessa etapa precisamos que o 
potencial volte a ser negativo dento e positivo fora da célula (repolarizando, 
re=retornando). Internamente temos um íon altamente concentrado e que está 
carregado positivamente. A sua saída leva essas cargas para fora e deixa o lado 
interno negativo. Esse íon é o potássio (K+). Então o segundo evento iônico a 
acontecer é a abertura desses canais. Com isso a célula volta a ter carga positiva fora 
 
 
 
 
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e negativa dentro, mas um problema foi agora criado: temos muito sódio 
intracelularmente (o canal abriu na despolarização e foi fechado na repolarização) e 
bastante potássio fora (o canal foi aberto para a repolarização). Mas quem resolve 
essa situação? A bomba de sódio e potássio que quando ativada joga três sódios para 
fora à medida que devolve dois potássios para dentro. Nessa condição, a homeostase 
foi restabelecida. Resumidamente temos as seguintes etapas da repolarização: 
- Fechamento dos canais de sódio (Na+) 
- Abertura dos canais de potássio (K+) 
- Ativação da bomba de sódio e potássio 
c) Hiperpolarização: Esse termo representa um estado celular em que temos um lado 
interno mais eletronegativo e um lado externo mais eletropositivo. O potencial 
registrado em uma célula hiperpolarizada é abaixo daquele que encontrávamos antes 
do estímulo, ou seja, hiperpolarização é um evento inibitório. Uma célula 
hiperpolarizada precisa de um estímulo maior para atingir o seu limiar. Qual seria a 
causa dessa etapa? A explicação está no fato da célula ser muito permeável ao 
potássio (K+) durante esse período que dura uma fração muito pequena do potencial 
de ação. Se esse íon sair demasiadamente do interior da célula, leva muitas cargas 
positivas para fora, conseqüentemente seu par negativo se acumula internamente, 
tornando o potencial mais eletronegativo do que antes do estímulo. Essa é uma 
situação comum em vários tipos de tecidos, mas é bastante estudado e notado no 
músculo estriado esquelético. 
PERÍODOS REFRATÁRIOS 
Uma célula excitável durante o desenrolar de um potencial de ação está sujeita a 
momentos chamados de períodos refratários que os dividimos em dois momentos: 
período refratário absoluto e período refratário relativo. 
1) Período refratário absoluto – representa um momento em que a célula não 
consegue receber um segundo estímulo. Isso representa o maior tempo de um 
potencial de ação. A célula não consegue receber um segundo estímulo, pois 
os canais de sódio estarão inativados nesse momento. Lembrem que uma 
 
 
 
 
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célula só é estimulada quando umcanal de sódio é aberto. Se o mesmo está 
fechado, não teremos como estimulá-la, independente da grandeza do 
estímulo. 
2) Período refratário relativo – Esse momento representa uma pequena parcela 
do potencial de ação e durante esse período a célula poderá receber um 
segundo estímulo e responder ao mesmo, mas sua intensidade deverá ser 
maior, pois a célula estará hiperpolarizada e mais distante do atingir seu limiar 
de excitação. 
 
 
 
 
 
 
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PONTO DE CHECAGEM 
Após você ter lido o material e assistido a aula no nosso canal no Youtube 
(fisiologiafacil) responda as seguintes perguntas: 
a) O que são células excitáveis? Exemplifique essas células? 
b) Quais são as três características de um potencial de ação? 
c) Quais as fases de um potencial de ação? 
d) Quais os mecanismos iônicos associados a cada fase do potencial de ação? 
e) Faça um gráfico e demonstre as fases do potencial de ação 
f) O que são períodos refratários? Quais as características que os diferenciam? 
g) Demonstre graficamente os períodos refratários. 
Agora após responder essas perguntas, responda as questões objetivas listadas 
abaixo: 
1) Como chamamos a capacidade das fibras musculares e dos neurônios têm de 
responderem a um estímulo e o converterem em potencial de ação? 
a) Irritabilidade 
b) Excitabilidade 
c) Potencial de tudo ou nada 
d) Condutibilidade 
e) Limiar 
2) Durante um potencial de ação, os canais de Na+ e K+ ativados por voltagem 
se abrem em seqüência. A abertura dos canais de Na+ ativados por voltagem 
resulta em: 
a) Torna o lado externo da célula mais eletropositivo 
b) Hiperpolariza a célula 
c) Provoca a despolarização 
d) Não tem influência nenhuma para o estado fisiológico celular 
e) Deixa a célula polarizada 
 
 
 
 
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3) A abertura dos canais de Na+ provoca inicialmente a despolarização, a perda e 
depois a reversão da polarização da membrana (de -70mV para + 30mV). 
Depois, a abertura dos canais de K+ ativados por voltagem permite: 
a) Continuidade da reversão do potencial de membrana 
b) Leva a membrana a potencial zero 
c) Repolarização, ou seja, a restauração do potencial de membrana no nível 
de repouso 
d) Provoca a despolarização 
e) Não tem influência nenhuma sobre a célula 
GABARITO 
1-b; 2-c; 3-c 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 7 
TRANSMISSÃO SINÁPTICA 
Se escolhêssemos uma palavra para definir sinapse, essa palavra seria comunicação, 
pois é através da sinapse que as células do nosso corpo conseguem enviar sinais 
umas as outras. Que células realizam sinapse? Essa comunicação acontece entre 
duas células nervosas e entre células nervosas e células efetoras, mas o que são 
células efetoras? SÃO CÉLULAS DE RESPOSTA. São células não nervosas que 
respondem a estímulos. Quando um músculo se contrai, fazendo com que nós nos 
movimentemos ou o coração bombeia o sangue mais ou menos intensamente é 
devido à ocorrência de uma sinapse que alterou a atividade metabólica desse tecido. 
 
TIPOS DE SINAPSE 
 
Dividimos as sinapses em dois grupos: sinapse elétrica e sinapse química. 
 
a) Sinapse elétrica: É menos comum, mas de grande importância para o nosso 
funcionamento. Na sinapse elétrica a passagem do sinal acontece devido à abertura 
de canais de ligação entre as duas células, chamados de junções comunicantes ou 
simplesmente de junções do tipo GAP. Através desses canais que são proteínas 
transmembranares a informação se propaga na forma de um sinal elétrico, quer seja 
ele estimulatório ou inibitório, determinado pela abertura das proteínas e passagem 
do sinal (estimulatório) ou seu fechamento e não passagem do sinal (inibitório). Essas 
proteínas são classificadas como da classe das conexinas, onde são encontradas seis 
subunidades na sua composição, semelhantes a uma folha de trevo. A sinapse 
elétrica apresenta algumas características, tais como: propagação bidirecional, ou 
seja, o sinal vai nos dois sentidos, não presença de retardo sináptico que veremos ser 
uma característica da sinapse química e que torna a sua velocidade maior. 
Encontramos sinapses elétricas em várias regiões do sistema nervoso central e 
periférico. Tecidos como os músculos cardíacos e a musculatura lisa visceral usam 
essa sinapse para controle de suas ações. 
 
 
 
 
 
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b) Sinapse química: Na sinapse química temos a participação de uma substância 
chave nesse processo, chamada de neurotransmissor. Um neurotransmissor é uma 
substância química que ao se ligar ao seu receptor, numa ligação chamada “chave 
fechadura” específica, semelhante aquela encontrada nas enzimas promove a 
comunicação celular através de efeitos estimulatórios ou inibitórios. Mas como 
acontece a liberação de um neurotransmissor? Podemos usar as seguintes etapas 
para seu entendimento: 
a) O sinal ao se propagar pela membrana pré-sináptica induz a abertura de canais de 
cálcio (Ca2+) que tem alta concentração no meio extracelular. 
b) O cálcio é um importante mensageiro químico intracelular e sua elevação no 
citoplasma das células promove a fusão da vesícula sináptica (que armazena os 
neurotransmissores) com a membrana pré-sináptica. 
c) A fusão vesícula e membrana provocam a exocitose da vesícula. Lembrem que 
exocitose é liberação de substância para fora da célula. Exo = fora # endo = dentro. 
d) Essa substância é o neurotransmissor. 
 
Uma vez o neurotransmissor na fenda sináptica, este se liga a seu receptor específico 
que por sua vez encontra-se na membrana pós-sináptica. Essa ligação irá alterar a 
permeabilidade dessa membrana a determinados íons e isso determinará se a 
sinapse será excitatória ou inibitória. Lembram o que significa o termo 
permeabilidade? Significa a capacidade de transporte de determinadas substâncias 
através da membrana celular. Na sinapse química a entrada ou saída de determinados 
íons pode determinar sua excitação ou não. Após a liberação dos neurotransmissores 
na fenda e sua conseqüente ação, essas substâncias precisam voltar para a vesícula 
pré-sináptica através de um mecanismo chamado recaptação que nada mais é que o 
retorno do neurotransmissor a vesícula contida na membrana pré-sináptica ou 
algumas vezes serem destruídos através de ação enzimática. Uma dessas enzimas 
que destroem determinados neurotransmissores é a acetilcolinesterase que atua 
sobre a acetilcolina liberada em tecidos como o músculo esquelético. Outras enzimas 
importantes de destruição de neurotransmissores são feitas pelas enzimas COMT – 
catecol–o-metil transferase e MAO – monoamina oxidase que atuam sobre 
neurotransmissores adrenérgicos. 
 
 
 
 
 
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O QUE DETERMINA UMA SINAPSE SER EXCITATÓRIA OU INIBITÓRIA? 
 
O tipo de canal iônico aberto pelo neurotransmissor irá determinar a excitação ou 
inibição. Sinais excitatórios determinam alterações na membrana pós-sináptica que a 
despolarizam. Lembram o que seja despolarização? È um alteração na membrana 
que inverte as cargas das faces externa e interna de uma célula excitável. Na 
despolarização, o lado externo fica com carga negativa, enquanto o lado interno fica 
carregado positivamente, contrariamente ao repouso ou polarização, quando o lado 
externo tem carregamento positivo e o interno negativo. Por outro lado a abertura de 
canais iônicos que hiperpolarizama célula induzem sua inibição, pois tornam mais 
difícil o disparo de um potencial de ação. 
 
QUE TIPOS DE CANAIS IÔNICOS PODEM ESTIMULAR OU INIBIR UMA 
CÉLULA? 
 
Como visto anteriormente, determinados íons podem induzir estímulo ou inibição em 
uma célula. A entrada de íons na célula carregados positivamente (cátions) induz 
despolarização na membrana plasmática e isso é um evento inibitório. Geralmente a 
entrada de sódio (Na+) na célula induz seu estímulo. Outro íon que pode estimular as 
células é o cálcio (Ca2+) que também tem alta concentração extracelularmente. Os 
eventos inibitórios acontecem devido a hiperpolarização da membrana pós-sináptica 
que pode ser induzida pela entrada do cloro (Cl-) na célula ou pela saída do potássio 
(K+) do meio intracelular. Podemos pensar em excitação ou inibição através do 
fechamento de canais iônicos específicos também. Como a entrada de sódio e cálcio 
induz despolarização e conseqüente estimulação, o bloqueio ou fechamento desses 
canais podem levar uma célula a um estágio de inibição. Por outro lado, o bloqueio 
dos canais de induzem hiperpolarização, como o cloro e o potássio podem tornar uma 
célula mais propícia à estimulação. 
 
PRINCIPAIS CLASSES DE NEUROTRANSMISSORES 
 
Dividimos os neurotransmissores em duas grandes classes: aqueles que provocam 
estimulação e os que induzem inibição. O princípio básico seria a despolarização ou 
 
 
 
 
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a hiperpolarização como eventos indutores dessas alterações fisiológicas. Outra 
característica importante a ser ressaltada é que um mesmo neurotransmissor poderá 
ser inibitório ou estimulatório e isso é uma característica do receptor ao qual o mesmo 
irá se ligar. Essa ligação promoverá a abertura de canais iônicos específicos e 
determinará a excitação ou a inibição. Vamos aos principais neurotransmissores: 
 
a) Acetilcolina (Ach) : Excitatória e Inibitória. A Ach pode excitar tecidos como 
o músculo esquelético ou o tubo digestivo. No músculo ela se liga a 
receptores chamados nicotínicos enquanto no tubo digestivo ela tem 
receptores chamados muscarínicos. Essa mesma substância poderá 
provocar inibição em outros locais e um grande exemplo é o músculo 
estriado cardíaco. A ligação da Ach aos receptores muscarínicos cardíacos 
pode levar a uma parada cardíaca devido a seu efeito inibitório. 
b) Adrenalina e Noradrenalina – Substâncias que se comportam de forma 
semelhante a acetilcolina, podendo excitar determinadas regiões e inibir 
outras. Sobre o coração e no Sistema Nervoso Central ocorre estimulação 
enquanto no tubo digestivo há inibição que provoca redução das secreções 
digestivas como a saliva. 
c) GABA Glicina – São neurotransmissores inibitórios sobre o sistema nervoso 
central. 
d) Glutamato – Principal neurotransmissor excitatório do Sistema Nervoso 
Central. 
e) Serotonina – É uma substância moduladora do humor e bem estar. Sua 
deficiência pode levar a situações de depressão. 
f) Dopamina – Precursora das catecolaminas como a adrenalina e 
noradrenalina. Tem efeito excitatório sobre o Sistema Nervoso Central. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PONTO DE CHECAGEM 
Após ter lido nosso material e ter assistido a aula no site (www.fisiologiafacil.com.br), 
você poderá responder as seguintes perguntas: 
a) O que é sinapse? 
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b) Quais os dois tipos de sinapse? 
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c) Quais as principais diferenças entre as sinapses químicas e elétricas? 
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d) Descreva os eventos de uma sinapse química 
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e) O que são neurotransmissores? 
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f) Descreva os principais neurotransmissores 
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QUESTÕES OBJETIVAS 
1) Neurotransmissores são substâncias químicas produzidas pelos neurônios, 
as células nervosas com a função de biossinalização. Por meio delas, podem 
enviar informações a outras células. Podem também estimular a continuidade 
de um impulso ou efetuar a reação final no órgão ou músculo alvo. Os 
neurotransmissores agem nas sinapses, que são o ponto de junção do 
neurônio com outra célula. Acerca dos neurotransmissores, são feitas as 
seguintes afirmações: 
O glutamato é o um neurotransmissor excitatório do Sistema Nervoso Central 
 Por que 
Como neurotransmissor excitatório, o glutamato abre os canais iônicos da célula, 
permitindo assim a entrada de íons e a despolarização da membrana. 
A) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 
B) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. 
C) As duas afirmações são falsas. 
D) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. 
E) A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira 
2) Os axônios são prolongamentos maiores cuja função é transmitir impulsos 
nervosos do corpo celular para outras células, permitindo, desse modo, a 
ligação entre células. Essa passagem da informação deum neurônio para outra 
célula é feita através das sinapses. A figura abaixo ilustra esse processo. 
Analise-a. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Subst%C3%A2ncias_qu%C3%ADmicas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Neur%C3%B4nio
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lulas_nervosas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biossinaliza%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3o_(anatomia)
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sinapse
 
 
 
 
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Considerando a figura e o assunto abordado, analise as afirmativas abaixo e 
assinale a alternativa CORRETA. 
a) As sinapses químicas ocorrem apenas nas junções entre as terminações dos 
axônios e os músculos, sendo chamadas placas motoras. 
b) As vesículas sinápticas liberam os neurotransmissores, através da membrana, 
pelo processo de difusão facilitada. 
c) A maioria dos medicamentos antidepressivos age produzindo uma diminuição 
da disponibilidade dos neurotransmissores na fenda sináptica. 
d) A grande maioria das sinapses é do tipo elétrica, onde substâncias químicas são 
liberadas e alteram o potencial elétrico da célula estimulada. 
e) As sinapses químicas liberam substâncias chamadas de neurotransmissores 
que podem despolarizar ou hiperpolarizar outra célula nervosa. 
3) A transmissão sináptica é um mecanismo que promove a comunicação entre 
células do nosso corpo. Essa comunicação pode ser entre duas células nervosas 
ou entre células nervosas e células efetoras, como o músculo estriado 
esquelético. Existem dois tipos de sinapses, divididas em química e elétrica que 
diferem uma da outra devido à seguinte característica: 
a) A sinapse química é mediada por neurotransmissores que podem ser 
excitatórios ou inibitórios dependendo do tipo de receptor que ele se ligar. 
b) Na sinapse química, a transmissão pode ser bidirecional, já na sinapse elétrica 
esse processo é invariavelmente unidirecional. 
 
 
 
 
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c) A sinapse química é sempre estimulatória, mas a sinapse elétrica pode ser do 
tipo estimulatória ou também inibitória. 
d) Na sinapse química, as junções comunicantes são responsáveis por liberarem 
os neurotransmissores na fenda sináptica. 
e) Em uma sinapse elétrica estimulatória, as junções comunicantes ou do tipo 
GAP são fechadas para que o sinal estimule a membrana pós-sináptica. 
GABARITO 
1-a; 2-e; 3-a 
 
 
 
 
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Capítulo 8 
SISTEMA NERVOSO 
Após estudarmos a bioeletrogênese vamos agora nos concentrar em um sistema que 
utiliza constantemente mecanismos fisiológicos explicados anteriormente para seu fiel 
funcionamento. A base fisiológica do sistema nervoso reside no entendimento da 
sinapse e dos potenciais de membrana, notadamente o potencial de ação. 
Anatomicamente dividimos o sistema nervoso em duas porções: 
a) Sistema Nervoso Central (SNC) 
b) Sistema Nervoso Periférico (SNP) 
Fisiologicamente o Sistema Nervoso apresenta três funções básicas que seriam: 
captar alterações do meio interno e externo, processar essas informações e devolver 
na forma de uma resposta motora. O esquema abaixo exemplifica muito bem esse 
processo fisiológico: 
 
 
Mas quem faz cada uma dessas funções? Para começarmos devemos associar às 
porções do neurônio que é a célula funcional fisiológica do tecido nervoso as porções 
do sistema periférico. Observe a estrutura do neurônio abaixo: 
Fig. 8.1: Esquema simplificado do funcionamento fisiológico do sistema nervoso 
 
 
 
 
 
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Dividimos o neurônio em três porções básicas chamadas de dentritos, corpo celular e 
axônio que na sua grande maioria é mielinizado. Bem, se o sistema nervoso tem três 
funções, como falamos anteriormente: captar alterações do meio, processá-las e 
devolvê-las como ação motora e o neurônio apresenta três porções, será que 
podemos associá-las? O que vocês acham? 
A resposta é que sim, nós podemos associar o neurônio e suas porções às atividades 
do sistema nervoso. Vamos agora a essa associação: 
1) Dendritos: faz a parte de captação das sensações externas e internas. Muitos de 
nossos dendritos formam as terminações livres que são receptores localizados nas 
mais variadas regiões do corpo ou muitas vezes estão associados a estruturas com 
função de receptor que visam mandar informações para o centro controlador que no 
nosso caso é o sistema nervoso central (SNC). Lembrem que essa condução é pela 
via aferente que iremos discutir posteriormente. 
2) Corpo celular ou soma: é a parte central do neurônio, onde se localiza o núcleo da 
célula. É nesse local que acontece o processamento da informação. A substância 
cinzenta do sistema nervoso central é formada por essas estruturas e os gânglios 
nervosos periféricos são formados por aglomerados de corpos celulares neuronais. A 
Fig.8.2: Neurônio e suas estruturas. 
 
 
 
 
 
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substância cinzenta ou região cinzenta é o local de processamento da informação 
oriunda da periferia. 
3) Axônio: é a parte da extremidade do neurônio.que tem a nobre função de transmitir 
as informações que foram captadas pelos dendritos e processadas pelo corpo celular 
ou soma. O axônio da grande maioria de nossos neurônios é mielinizado. Será que 
você sabe o significado dessa característica? Vamos desvendá-la: A mielinização do 
neurônio serve para que o impulso seja mais rápido, do tipo chamado saltatório, pois 
a mielina que o envolve é formada por um tipo de gordura que é o fosfolipídio e ele 
não permite que o sinal elétrico passe por ele. Mas como assim? Se o sinal não passa, 
por que é mais rápido? Pelo fato de ter uma região que não tem mielina que é o nodo 
de Ranvier indicado na figura 2 acima. Nesses locais o sinal passa, sendo assim ele 
salta de nodo a nodo de Ranvier, como mostrado no esquema abaixo: 
 
 
 
 
 
 
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ORGANIZAÇÃO GERAL DO SISTEMA NERVOSO 
Galera podemos organizar o Sistema Nervoso em duas grandes divisões: Sistema 
Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico. O Sistema Nervoso Central ou 
simplesmente SNC é dividido em Encéfalo e Medula Espinhal com suas respectivas 
estruturas anatômicas. Por definição, tudo que estiver fora do SNC é considerado 
como Periférico e aí temos três estruturas que já discutimos anteriormente: 
Receptores, gânglios e nervos. Os nervos que fazem a importante função de conduzir 
a informação através de sinais elétricos para o SNC e trazê-las de volta para que 
ocorra uma resposta efetiva, são formados por dois grupos distintos: os nervos de 
entrada que levam a informação para o SNC são chamados de aferentes e os que 
trazem a informação do SNC para a periferia são chamados de eferentes. Só para 
deixarmos registrado novamente, os receptores são dendritos ou estruturas a eles 
associado e os gânglios nervosos são aglomerados de corpos celulares neuronais. 
 
Fig.8.3: Sistema nervoso central humano e pares de nervos craniais e espinhais. 
 
 
 
 
 
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Fig. 8.4 . Organização anatômica do Sistema Nervoso 
. 
 
Fig.8.5. Organização anatômica do encéfalo 
. 
 
 
 
 
 
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As figuras acima mostram essa organização geral do Sistema Nervoso. Na 
Figura 3 observamos claramente que partem do SNC dos tipos de nervos, os 
chamados craniais e espinhais, sendo 12 (doze) pares craniais e 31 (trinta e um) 
espinhais, levando informação para as mais variadas regiões do nosso corpo. Os 
pares craniais podem ser de três tipos: sensitivos, motores e mistos, enquanto os 
pares espinhais são todos mistos, mas o que será que isso pode influenciar no 
funcionamento desse importante sistema? A resposta está no fato da resposta mistas 
ser tanto sensitiva como motora, ou seja, os nervos espinhais levam e trazem a 
informação, o que não acontece com os craniais, pois alguns são apenas sensitivos 
ou aferentes e outros são apenas eferentes ou motores e somente alguns fazem as 
duas funções ao mesmo tempo. As figuras 4 e 5 são esquemas das divisões 
anatômicas do encéfalo com suas mais variadas regiões: telencéfalo ou cérebro, 
cerebelo, diencéfalo e tronco encefálico. 
 Vamos agora integrar tudo o que discutimos até agora. Sabemos que o Sistema 
Nervoso capta alterações dos meios, correto? Externo e interno, Ok? Ou seja, desde 
uma captação visual, auditiva, de tato ou gustativa até uma queda da pressão arterial 
sentida por receptores de pressão nos vasos sanguíneos. Ok? Essas alterações são 
mandadas para o centro de controle que é o SNC que a processa e a devolve para 
que aconteça a resposta motora que pode ser voluntária ou não. Se ela for voluntária 
temos o sistema nervoso somático e estamos falando do músculo estriado 
esquelético. Caso essa resposta seja involuntária, temos o sistema nervoso autônomo 
que controla as vísceras, o músculo esquelético cardíaco e a musculatura lisa. A figura 
abaixo ilustra esse processo: 
 
 
 
 
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SNC: sistema nervoso central; SNP: sistema nervoso periférico; afferent: aferente; 
efferent: eferente; automic:autônomo; involuntary: involuntário; cardiac and smooth 
muscle, glands: músculo cardíaco, liso e gandulas; skeletal muscles: músculo 
esquelético; somatic: somático. 
 
SNC 
SNP 
Sensitivo 
 
 
 
 
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PONTOS DE CHECAGEM 
1) Como dividimos a organização anatômica do Sistema Nervoso? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
2) Quais as três funções fisiológicas básicas do Sistema Nervoso? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
3) Como podemos associar a estrutura do neurônio, que é a principal célula do 
tecido nervoso ao trabalho do sistema nervoso? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
4) Monte um esquema simplificado que integre as funções do sistema nervoso e 
suas estruturas. 
5) O mecanismo de recepção e transmissão de estímulo nervoso se dá através 
de fibras nervosas mielínicas ou amielínicas, onde a rapidez de propagação 
difere entre elas. O fato de as fibras mielínicas propagarem o impulso nervoso 
mais rapidamente que as amielínicas, pode ser explicado pelas seguintes 
ocorrências: 
I. Despolarização da fibra nervosa no nódulo de Ranvier; 
II. Propagação saltatória dos impulsos na fibra nervosa; 
III. Propagação contínua dos impulsos ao longo da fibra nervosa; 
IV. inversão de cargas iônicas na fibra nervosa, quando em repouso. 
As afirmativas corretas são: 
a) I e II b) I e IV c) II e III 
d) II e IV e) III e IV 
 
 
 
 
 
 
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6) Considere o esquema de arco-reflexo a seguir, e responda: 
 
a) Qual o efeito de uma interrupção no ponto indicado pela letra A 
b) Que estrutura é indicada pela letra B? 
c) Como se denomina a região indicada pela letra C? 
7) Podemos organizar o sistema nervoso humano dividindo-o em duas partes: o 
sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). Com base 
no seu conhecimento sobre o tema, marque a alternativa que indica 
corretamente as partes do SNC. 
 a) nervos e encéfalo. b) encéfalo e gânglios. 
 c) gânglios e nervos. d) medula espinhal e nervos. 
 e ) medula espinhal e encéfalo. 
8) É comum ouvir expressões como estas: "Meu coração disparou", "Fiquei tão 
nervoso que comecei a suar", "Senti a boca seca". Estas reações são 
características de um estado emocional alterado, e são controladas sob a ação 
do(s): 
a) Sistema nervoso autônomo. 
b) Sistema nervoso somático. 
c) Hormônios da tireóide. 
d) Nervos do cerebelo. 
e) Centro nervoso medular. 
GABARITO 
5-a; 7-e; 8-a 
http://4.bp.blogspot.com/-bllMvTseynQ/T7Fjoe-lI4I/AAAAAAAAAOs/0rBMii1b9X0/s1600/q.png
 
 
 
 
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CAPÍTULO 9 
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
O sistema nervoso autônomo é a divisão do sistema nervoso eferente de controle 
involuntário do nosso corpo, ou seja, nós não controlamos de forma consciente o seu 
funcionamento. O sistema nervoso autônomo (SNA) controla a musculatura lisa, o 
músculo cardíaco e o funcionamento das glândulas do nosso corpo, quer sejam elas 
endócrinas, exócrinas ou mistas. Podemos demonstrar esquematicamente a 
organização autônoma através da seguinte figura: 
 
A figura 9.1 mostra que parte (sai) do sistema nervoso central (SNC) uma fibra nervosa 
para irrigação do tecido alvo ou célula alvo. Uma perguntinha: quais os tecidos alvos 
que o SNA atua? Já respondemos no início do nosso texto: músculo liso, cardíaco e 
glândulas. Observem pelo desenho da Fig.9.1 que encontramos no meio do caminho 
entre o SNC e o tecido alvo uma estrutura que é um gânglio que já discutimos 
anteriormente. Esse gânglio nervoso é formado pela junção de vários corpos celulares 
de neurônios e ele pertence à resposta autônoma. Lembrem que a resposta somática 
que estimula o músculo esquelético não apresenta esse gânglio. A resposta somática 
é caracterizada pela presença de uma longa fibra nervosa que se estende do SNC e 
chega à musculatura para estimulá-la. Então quer dizer que resposta autônoma tem 
gânglio fora do SNC e resposta somática não? Correto. Essa seria uma das diferenças 
entre os dois. Outra diferença que já trabalhamos aqui é que uma é voluntária e a 
outra é involuntária. Sabemos a diferença entre voluntário e involuntário? Acho que 
sim, mas por via das dúvidas vamos esclarecer: voluntário nós controlamos e 
involuntário não. Essa é a diferença básica. Ao observarmos novamente a figura 1 
vemos que existem duas fibras nervosas ou neurônios. O primeiro é chamado de pré-
ganglionar e o segundo de pós ganglionar. De acordo com a divisão do SNA, essas 
fibras terão características diferentes. Como dividimos a resposta autônoma? A 
dividimos em duas: 
a) Resposta simpática 
Figura 9.1: Organização do SNA 
 
 
 
 
 
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b) Resposta parassimpática 
Abaixo demonstramos um esquema que mostra esquematicamente essas duas 
divisões: 
 
 
 
 
SISTEMA 
NERVOSO
Sistema Nervoso 
Periférico
Divisão Eferente
Sistema Nervoso 
Autônomo
Parassimpático
Simpático
Sistema Nervoso

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