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PRESCRIÇÃO PENAL
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Prescrição. (Art. 107, IV; 109 e 110, CP) extingue a punibilidade. 
Conceito. Perda do direito-poder-dever de punir pelo Estado em face do não exercício da pretensão punitiva (interesse em aplicar a pena) ou da pretensão executória (interesse de executá-la) durante certo tempo. É instituto de Direito penal elencada como causa extintiva da punibilidade art. 107, IV do CP. Embora também leve à extinção do processo, esta é mera consequência da perda do direito de punir, em razão do qual se instaurou a relação processual. Há um prazo para o Estado satisfazer a pretensão punitiva e outro para executar a punição imposta. Prescrição é a perda da pretensão concreta de punir o criminoso ou de executar a punição, devido à inação do Estado em certo lapso de tempo. 
Diferença entre prescrição e decadência: a prescrição extingue o direito de punir do Estado, enquanto a decadência atinge o direito do ofendido de promover a ação penal privada. A prescrição atinge, portanto em primeiro lugar o direito de punir do Estado e, em consequência, extingue o direito de ação (a ação se iniciou para a satisfação do direito; não existindo mais jus puniendi, o processo perde seu objeto); a decadência, ao contrário alcança primeiro o direito de ação, e, por efeito, o Estado perde a pretensão punitiva. 
Natureza Jurídica da Prescrição. Instituto de Direito Penal, que causa extinção de punibilidade (art. 107, IV, CP). A extinção do processo é consequência da extinção da punibilidade.
Fundamentos: a) inconveniência da aplicação da pena muito tempo após a prática da infração penal; b) combate à ineficiência: o Estado deve agir dentro de prazos determinados.
DUAS SÃO AS ESPÉCIES DE PRESCRIÇÃO PENAL
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA – PPP perda do poder dever de punir em face da inércia do Estado durante certo lapso de tempo.
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA – PPE perda do poder dever de executar a punição em face da inércia do Estado durante certo lapso de tempo.
EFEITOS DA EXTINÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA 
 O não exercício da pretensão punitiva acarreta a perda do direito de impor a sanção. Só acontece, portanto, antes do trânsito em julgado da sentença final. Apaga todos os efeitos penais. É como se o agente não tivesse praticado o crime. Não há efeito extrapenal, não há pena, sem antecedentes (exceto quando requisitada por juiz criminal), sem rol dos culpados para gerar reincidência. O Estado perde o direito de dizer se o indivíduo é culpado ou inocente; perde o direito de analisar o mérito. Se já houve condenação (alguns casos em que a extinção da pretensão punitiva se manifesta dentro do processo após a condenação) essa condenação desaparece. É sentença declaratória terminativa de mérito que acaba com o processo; com força de definitiva. Como o objeto se extingue não há falar-se em absolver o réu. A sentença não poderá ser executada no juízo cível. Mas, pode ser proposta a Ação Civil Ex Delicto, de conhecimento, para reclamação de danos materiais e morais (isso não é efeito da condenação). Por todo o visto, não há falar-se em execução da sentença penal no juízo cível, nesta sede. Essa prescrição, assim como as demais causas de extinção de punibilidade podem ser declaradas pelo juiz de ofício, mas compete principalmente à defesa alegar no momento oportuno. 
SUBESPÉCIES DE PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA – PPP
PPP propriamente dita: calculada com base na maior pena prevista no tipo legal (pena abstrata).
PPP intercorrente ou superveniente à sentença condenatória: calculada com base na pena efetivamente fixada pelo juiz na sentença condenatória e aplicável sempre após a condenação de primeira instância.
PPP retroativa: calculada com base na pena efetivamente fixada pelo juiz na sentença condenatória e aplicável da sentença condenatória para trás.
PPP antecipada, projetada, perspectiva ou virtual: reconhecida, antecipadamente, com base na provável pena fixada na futura condenação (Inadmissibilidade desta PPP reconhecida pela Súmula 438 do STJ. É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo penal).
TERMO INICIAL DA PPP ANTES DE TRANSITAR EM JULGADO A SENTENÇA FINAL
A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr:
I – do dia em que o crime se consumou (Art. 111, I, CP. Contradição com o art. 4º do CP que adota a teoria da atividade);
II – no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa;
III – nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência (a consumação se protrai no tempo. Ex.: sequestro; ocultação de ativos na lei de lavagem de dinheiro... enquanto os ativos permanecem ocultados o crime segue acontecendo.);
IV – nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido da autoridade (delegado, promotor, juiz);
V – nos de crime continuado, concurso material e formal, incide sobre cada crime; a partir da consumação de cada crime (aplica-se a regra do Art. 119, CP). O crime continuado é uma unidade ficta, não real (ex. do concurso formal... acidente de automóvel... uma vítima morre na hora do acidente, a outra 5 meses depois... o prazo prescricional do primeiro homicídio culposo começa a correr imediatamente e o 2º só 5 meses depois);
VI – nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos no CP ou em legislação especial (CPM e ECA), da data em que a vítima completar 18 (anos), salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação penal. 
VII – nos crimes habituais - aqueles que exigem reiteração de atos para sua tipificação (curandeirismo, exercício ilegal de medicina, casa de prostituição ou exploração sexual, etc. No caso de casa de prostituição o STF decidiu que deve obedecer o termo inicial previsto no art. 111, III, CP, equiparando-se ao delito permanente (começa do fechamento da casa). Assim, nos crimes habituais o prazo prescricional começa da cessação da atividade habitual.
Contagem do prazo prescricional: regra do art. nº 10 do CP. Computa-se o dia do começo e contando os meses e anos pelo calendário comum. Prazo fatal e improrrogável, desimportante que termine em sábado, domingo, feriado ou período de férias. Como não se sabe qual a pena que será fixada pelo juiz na sentença quando a prescrição começa a correr, calcula-se pela maior pena possível que o juiz poderia fixar (máximo cominado abstratamente). Na pior das hipóteses, ainda que o juiz fixasse a maior pena possível, ocorreria prescrição. Ex: homicídio simples, art. 121, matar alguém, a pena varia de 6 a 20 anos de reclusão; a maior pena possível é a de 20 anos; assim, a prescrição será calculada em função desses 20 anos.
Cálculo (veja a tabela do art. 109 do CP)
Cada pena tem um prazo
Art. 109 do CP – A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime. A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter como termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
Narra mihi poena, dabo tibi prazum.
	PENA
	PRAZO
	Menor de 1 ano 
	Prescreve em 3 (não atinge o art. 28 da Lei de Drogas – porte de drogas para uso próprio continua prescrevendo em 2 anos, por causa de norma especial (art. 30 da Lei 11.343/2006-SISNAD – Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas)
	De 1 a 2 anos
	Prescreve em 4
	Mais de 2 a 4
	Prescreve em 8
	Mais de 4 a 8
	Prescreve em 12
	Mais de 8 a 12
	Prescreve em 16
	Mais de 12
	Prescreve em 20
 A PPP simples é a única forma de prescrição que é calculada pela máxima pena in abstracto. Pena cominada é aquela prevista pelo legislador. Você tem que verificar noCódigo Penal qual é a pena... qual o intervalo... ex..pena de 1 a 4 anos cominada, você vai pegar 4 anos. Se nessa tipificação incidir alguma causa de aumento e ela for variável pega-se a maior fração: se for de 1/3 à metade, usa-se a metade. Se a causa for de diminuição apanha-se a menor fração, aquela que menos beneficia o réu: 1/3 a 2/3, reduz-se 1/3. 
Circunstâncias judiciais, assim como agravantes e atenuantes, em regra, não influem no cálculo da PPP.
Exceções:
1ª) Circunstâncias atenuantes que reduzem o prazo da PPP. Ser o agente menor de 21 anos na data do fato: é atenuante genérica, mas a lei diz expressamente que, nesse caso, a prescrição é reduzida pela metade; ser o agente maior de 70 anos na data da sentença: é atenuante genérica, mas a lei diz expressamente que a prescrição será reduzida pela metade (art. 115, CP).
2ª) Circunstâncias agravantes que influiriam no prazo da PPP. Mas, não influem. A reincidência não influi na PPP (Súmula 220 do STJ). Ela aumenta em 1/3 somente o prazo da PPE (art. 110, caput, CP).
Causas de aumento e de diminuição: aquelas que aumentam ou diminuem a pena em proporções fixas, como 1/3, 1/6, 1/2, 2/3 etc. Exemplo: tentativa (CP, art. 14, parágrafo único, reduz de 1/3 a 2/3); participação de menor importância (CP, art. 29, § 1º, reduz de 1/6 a 1/3); responsabilidade diminuída (CP, art. 26, parágrafo único, reduz de 1/3 a 2/3), crime continuado (CP, art. 71, aumenta de 1/6 a 2/3) etc. São levadas em consideração na última fase de fixação da pena e podem fazer com que esta saia de seus limites legais. Por permitirem que a pena fique inferior ao mínimo ou superior ao máximo, devem ser levadas em conta no cálculo da prescrição pela pena abstrata. 
Atenção: porque se deve sempre apanhar a pior das hipóteses, isto é, a maior pena possível, leva-se em conta a causa de aumento que mais aumente e a causa de diminuição que menos diminua. Exemplo: homicídio simples tentado: a pena varia entre 6 e 20 anos de reclusão; leva-se em conta o máximo, independente das circunstâncias judiciais e das agravantes e atenuantes; em seguida, reduz-se pelo mínimo; como na tentativa a pena é reduzida de 1/3 a 2/3, a diminuição se fará por apenas 1/3 (busca-se a maior pena possível para o homicídio tentado); chega-se então à pena de 20 anos diminuída de 1/3, isto é, 13 anos e 4 meses; a prescrição dar-se-á, segundo a pena abstrata, em 20 anos. 
Causas que interrompem a prescrição, fazendo com que o prazo se reinicie do zero, desprezando o tempo já decorrido:
 Recebimento da denúncia ou queixa. Entretanto, aditamento não interrompe; rejeição também não interrompe. Se o aditamento incluir novo crime ocorre a interrupção. Anulado o despacho de recebimento da inicial o novo recebimento será o marco interruptivo.
 Publicação de sentença de pronúncia interrompe não apenas em caso de crimes dolosos contra a vida, mas também para os que lhes sejam conexos. Quando ocorre pronúncia por crime doloso e os jurados desclassificam para culposo, o marco interruptivo segue sendo o mesmo: a pronúncia. A impronúncia, a absolvição sumária e a desclassificação a que se referem os arts. 414, 415 e 419 do CPP não interrompem a prescrição. 
 Acórdão confirmatório da pronúncia interrompe. Cuidado. Pegadinha. Acórdão que confirma a sentença condenatória não interrompe a prescrição. O acórdão só interrompe a prescrição se ele for a primeira decisão condenatória, isto é, se antes dele houver uma sentença absolutória. Acórdão que meramente confirma a sentença de condenação não interrompe a prescrição. 
Publicação de sentença ou acórdão condenatórios recorríveis. No Júri, no momento em que o juiz lê a sentença condenatória. Do juiz monocrático, quando o juiz entregar a sentença em cartório. Sentença absolutória não interrompe a prescrição. Sentença que concede o perdão judicial não interrompe a prescrição (Súmula 18 do STJ). A sentença que reconhece a semi-imputabilidade do acusado interrompe, pois é condenatória. A interrupção da prescrição, em relação a qualquer dos autores, estende-se aos demais. 
Acórdão que confirma a sentença condenatória não interrompe a prescrição. Somente interrompe se ele for a primeira decisão condenatória, reformando sentença absolutória. 
 Pelo início ou continuação do cumprimento da pena. Só cabe na PPE.
Pela reincidência. Só cabe na PPE
Excetuados os casos 5 e 6, acima elencados, a interrupção da prescrição produz efeitos relativamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo processo, estende-se aos demais a interrupção relativa a qualquer deles.
Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do caso 5, acima, todo o prazo começa a correr, novamente, do dia da interrupção.
Causas que suspendem (ou impedem) a prescrição – art. 116 do CP; sustam o prazo prescricional, fazendo com que recomece a correr apenas pelo que restar, aproveitando o tempo decorrido. O prazo volta a correr pelo tempo que faltava:
 Enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o conhecimento da existência do crime; (ex. bigamia, questão prejudicial, se a parte ingressa no cível procurando a anulação do primeiro casamento, isso suspende o processo criminal parando a contagem do prazo prescricional. Não zera o prazo prescricional, somente suspende. 
 Depois de transitada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo.
 Enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro por qualquer motivo: salvo se o fato for atípico no Brasil; 
 Na hipótese de suspensão parlamentar do processo;
 Durante o prazo de suspensão condicional do processo;
 Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, até o seu comparecimento;
 Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante carta rogatória, suspendendo-se o prazo de prescrição até seu cumprimento;
 Nos crimes contra a ordem econômica, o acordo de leniência. A colaboração do autor do crime econômico com as investigações e o processo administrativo, resultando na identificação dos demais coautores da infração.
 Crimes complexos e conexos. Ex: extorsão mediante sequestro – a prescrição do sequestro não afeta o tipo complexo do art. 159 do CP. 
PRESCRIÇÃO DA MULTA
Prazo 5 (cinco) anos (Art. 144, caput, CTN). 
A multa possui natureza penal subsistindo o efeito penal da sentença condenatória que a impõe. 
Competência: a execução é extrapenal. Competência da Vara de Fazenda Pública. A execução da multa é feita pela Fazenda Pública (Procuradoria Fiscal)
As causas suspensivas e interruptivas da prescrição pertencem à legislação tributária (CTN e Lei nº 6.830/80). 
Transitada em julgado a condenação, o juiz da execução criminal intima o sentenciado para pagar a multa concedendo-lhe o prazo de 10 dias. Não ocorrendo o pagamento é extraída certidão circunstanciada que é remetida à Fazenda Pública, com as informações da condenação e da multa. 
O procedimento para a execução é o previsto na legislação tributária.
A multa não se converte em detenção. A multa não se converte em pena privativa de liberdade (derrogação do Art. nº 85 da Lei dos Juizados Especiais Criminais, no quanto dispõe sobre isto).
PRESCRIÇÃO ETÁRIA
São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 anos, ou na data da sentença, maior de 70 anos.
PRESCRIÇÃO DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
Aplicam-se às penas restritivas de direito, os mesmos prazos previstos para as privativas de liberdade.
As penas mais leves prescrevem com as mais graves.
Em concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente.
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA – PPE
 O não exercício da pretensão executória extingue o direito do Estado de executar a pena, apóso trânsito em julgado da sentença condenatória.
EFEITOS DA DECLARAÇÃO DA EXTINÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA
 Extinção da punibilidade. Permanecem os demais efeitos: penas e extrapenais. Não desaparece a reincidência, por exemplo.
REQUISITOS PARA A OCORRÊNCIA DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA
Não ter ocorrido a Prescrição da Pretensão Punitiva em qualquer das suas modalidades (propriamente dita, intercorrente ou superveniente, retroativa). Se houve qualquer outro tipo de prescrição não mais se cogita da prescrição executória. 
SPCTJ – Sentença penal condenatória transitada em julgado. Pena irrecorrível. Não pode estar em grau recursal.
Insatisfação da pretensão do Estado. Há sentença condenatória, mas nunca foi cumprida
CÁLCULO DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA
Primeiro verifica-se a sentença imposta na sentença penal condenatória transitada em julgado (não é a pena abstratamente cominada; não é também a in concreto – a primeira pena condenatória não transitada em julgado).
Se houver concurso formal ou crime continuado exclui-se o valor da causa de aumento dessas situações, e usa-se o restante para o cálculo da prescrição. 
Calcula-se a prescrição com base na tabela do Art. 109 do CP.
O valor obtido até aqui submete-se ao Art. 115, CP (reduz-se à metade se o criminoso era menor de 21 anos na data do crime, ou maior de 70 anos na data da sentença); e também ao Art. 110, CP (se o condenado é reincidente aumenta-se a pena em 1/3). 
Em caso de fuga do condenado ou de revogação do livramento condicional, a prescrição é regulada pelo tempo que resta da pena (na data da fuga ou da revogação do livramento inicia-se a contagem deduzindo-se o tempo de pena já cumprido. Se o condenado a 6 anos de reclusão já cumpriu 5, falta um ano de cumprimento. Este ano é que será confrontado com a tabela do Art. 109, CP). 
IMPRESCRITIBILIDADE
Todo cidadão tem direito individual à prescritibilidade. Duas exceções à prescritibilidade encontram-se no Art. 5º da CF, XLII e XLIV. Crimes que jamais prescrevem. 
 Crimes de Racismo – XLII (imprescritível e inafiançável... propagar ideias segregacionistas (contra judeus ou árabes, etc) - Lei 7716/89- preconceitos). Cuidado: injúria racial prescreve;
 Ação de grupos armados, civis e militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático – XLIV (imprescritível e inafiançável. Ações definidas na Lei n. 7.170/1983, Lei de Segurança Nacional).
Cláusula pétrea. O Estado não pode mais criar novos casos de imprescritibilidade nem por lei nem por emenda constitucional (o Art. 60 § 4º, IV, CF cria limitação material explícita, direitos individuais (cláusula pétrea = núcleo constitucional intangível). 
Tráfico de drogas: prescreve.
Tortura: prescreve. (Aparece como imprescritível em tratados internacionais ratificados pelo Brasil, a exemplo do Estatuto de Roma, tratado que estabeleceu a CPI Corte Penal Internacional, conhecida como Tribunal Penal Internacional). Ver Jus Cogens. Em matéria civil, o STJ já decidiu que as torturas praticadas durante o Governo Militar brasileiro são imprescritíveis, no âmbito da reparação de danos.
Cuidado: art. 37 § 5º da CF. Lesão ao erário é imprescritível, mas esta é uma prescrição civil, e não penal. As penas previstas na lei de improbidade prescrevem, mas a obrigação de reparar os danos causados ao patrimônio público é imprescritível.

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