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PROF.ª CLEIDE BENAC PLATÃO PLATÃO Platão nasceu em Atenas, provavelmente no ano de 428 a.C. De família nobre, estudou leitura, escrita, música, pintura, poesia e ginástica. Platão fundou a Academia de Atenas, escola onde estudou Aristóteles. Escreveu sobre diversos temas como epistemologia, metafísica, ética e política. Em seus diálogos um dos personagens frequente é Sócrates de quem Platão foi discípulo. Em muitos momentos é difícil dividir o pensamento dos dois filósofos.elente atleta, participou dos Jogos Olímpicos como lutador. Desejava fazer carreira política mas, muito cedo, tornou-se discípulo de Sócrates, com quem aprendeu a discutir os problemas do conhecimento do mundo e das virtudes humanas. Diálogos Platão Em seus diálogos Platão utiliza diversos personagens históricos como Górgias, Parmênides e Sócrates para através de suas falas expor suas teorias filosóficas. Uma de suas teorias mais conhecidas é a das Ideias em que afirma que o mundo que conhecemos através dos cinco sentidos, o mundo sensível, é um mundo imperfeito e falho, mera sombra do real mundo das ideias. O Mundo das Ideias é muito superior ao mundo sensível. O mundo que sentimos é somente uma cópia apagada do mundo das ideias pois as ideias são únicas e imutáveis e as coisas do mundo sensível estão constantemente mudando. Esse pensamento aparece no livro República e é conhecida como Mito da Caverna. Para Platão a única forma para conhecermos a realidade inteligível é através da razão pois os nosso sentidos podem nos enganar. Ele divide o mundo em três partes Na Primeira: estão os objetos perceptíveis pelos sentidos. Na segunda: estão as coisas que não podem ser percebidas pelos sentidos mas podem ser entendidos pelo espírito humano como a matemática e a geometria. Na terceira: Platão coloca as ideias superiores como a virtude e a justiça que somente podem ser conhecidas pela inteligência através da utilização de outras ideias. O HOMEM E A ALMA Para Platão o homem se divide em dois: Uma parte material- CORPO (mutável) A outra parte - ALMA (imutável). A alma está dividida em 3 partes distintas Racional- cabeça Irracional- tórax Concupiscente- baixo ventre ALMA RACIONAL ALMA IRASCIVEL COLÉRICA ALMA CONCUPISCENTE CONHECIMENTO NA FORMA DE OPINIÕES E PERCPÇÕES EXPERIÊNCIA NA FORMA DE IDEIAS VERDADEIRAS DEFENDER O CORPO CONTRA AS AGRESSÕES HOMEM MEIO AMBIENTE AGRESSIVIDADE REAGE A DOR NA PROTEÇÃO DA VIDA SATISFAÇAO DAS NECESSIDADES DO CORPO - PRAZER A SOCIEDADE PARA PLATÃO Platão escreveu ainda sobre diversos assuntos como a melhor forma de governo e sobre o Estado, para ele a sociedade deveria ser dividida em três partes que correspondem e se relacionam com a alma dos indivíduos. A primeira parte é a vontade ou o apetite e corresponde aos trabalhadores braçais. A segunda parte é a do espírito e é relacionada aos guerreiros e aventureiros que tem que ser destemidos, fortes e espirituosos. A terceira parte é reservada aos filósofos e aos governantes, é a parte da razão e é reservada aos inteligentes e racionais, qualidades essas mais apropriadas para indivíduos que vão tomar decisões representando toda sociedade. É portanto a razão e a sabedoria que devem governar, os filósofos devem governar como reis ou os reis devem ser filósofos para governar com racionalidade. Epistemologia de Platão Sobre Epistemologia Platão elabora a teoria da reminiscência segundo a qual aprender é recordar-se. Para ele as ideias são imutáveis, eternas, incorruptíveis e não criadas, estas ideias estão hospedadas no hiperurânio que está localizado num mundo suprasensível. Esse mundo é parcialmente visível para as almas que estão desligadas do próprio corpo. Mito da Caverna de Platão Uma das concepções mais conhecidas de Platão é a chamada teoria das ideias ou das formas. Através dessa teoria, o filósofo tentou oferecer uma explicação para uma série de questões metafísicas, cosmológicas, políticas e epistemológicas. Questões como: o que é a realidade? Como podemos conhecer a realidade? Como o mundo que observamos surgiu? Quem deveria governar a sociedade? A teoria das ideias está no centro das respostas de Platão para essas questões é uma maneira que o filósofo encontrou de explicar, através de uma metáfora, essa teoria. Platão explica o conceito de senso comum em oposição ao senso crítico. Para o autor, o mundo sensível, o obtido por meio dos sentidos é uma falsa percepção da realidade. Segundo o filósofo, somente a razão pode trazer um fiel retrato da realidade. Por isso, defende o mundo inteligível como uma maneira de o indivíduo entender o mundo ao redor, sempre com a valorização da crítica e da racionalidade. A alegoria da caverna No livro A República, Platão conta uma alegoria para ilustrar vários aspectos de seu pensamento. Ele convida seu leitor a imaginar uma caverna na qual se encontram várias pessoas amarradas desde sua infância de tal forma que são incapazes de ver outra coisa senão o fundo dessa caverna. Elas são incapazes de se virar e olhar em direção à saída e ver a luz do dia e as coisas que existem no exterior. A única coisa que viram desde seu nascimento são sombras de animais, pessoas e objetos projetadas por uma fogueira na entrada da caverna. Comparando a situação com um cinema moderno, podemos dizer que é como se os prisioneiros de Platão vivessem acorrentados a um cinema que projeta constantemente sons e imagens ao longo de toda suas vidas. Nesse ponto, Platão pergunta, para esses prisioneiros, o que é a realidade? Como jamais viram outra coisa, assumem que a realidade são aquelas sobras projetadas no fundo da caverna e conversam sobre essas sombras como se elas fossem seres reais. Não tendo outra fonte de informação, não tem como saber que essas sombras são apenas cópias imperfeitas da realidade. Continuando sua alegoria, Platão nos pergunta: o que aconteceria se um dos prisioneiros tivesse, depois de muito tempo, a oportunidade de se libertar e poder observar a verdadeira realidade? Segundo Platão, de início essa pessoa nem sequer seria capaz de enxergar, já que a luz do exterior da caverna ofuscaria sua visão. Porém, na medida em que se acostumasse, perceberia que o que viu até então eram apenas sombras da realidade. Essa pessoa perceberia também que até então havia vivido em um mundo ilusório e apenas agora descobriu o que é real. Por fim, pergunta, o que aconteceria se esse homem retornasse à caverna e contasse aos seus antigos companheiros o que descobriu? Acreditariam nele? Julgariam um louco e o matariam? Platão acreditava que a segunda opção é mais provável que a primeira. Pessoas que viveram toda uma vida vendo sombras se recusariam a pensar na possibilidade de que todo isso fosse irreal e até mesmo se recusariam a sair da caverna e olhar a realidade verdadeira. FIM
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