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CONTRATOS - PUBLTCOS E DIREITO ADMINISTRATTVO ltillltfilffiilÍilfltilt 21 90 -I-I'-IIrr IfI AruonÉ CnsrRo CARvalHo - Doutor e Mestre em Direito Econômico e Financeiro pela USp. ArvonÉ RosrLHo - Mestre em Direito e Desen- volvimento pela FGV/Direito GV Doutorando em Direito do Estado pela USP. Foi Visiting Studentno Master Affaires Publíques no Institut d'Endes po- litiques de Paris (Science POl. Coordenador e pro- fessor do Curso de Direito Constitucional d,a sbdp. BENEDrcro Ponro NETo - Mestre em Direito Ad- ministrativo pela PUC/SP. CaRros ARr Suturrlo - Professor do Mestrado Acadêmico d,aPós Lato Sensu e da Graduação da FGV/Direito GV Presidente da sbdp e Coordena- dor de seus Cursos de Direito Administrativo e Constitucional. Doutor e Mestre em Direito pela PUC/SB da qual foi Professor no Doutorado, Mes- trado e Graduação. Consultor furídico em Direito Público e Regulação. CRrsrlnrue MARrA MELHAD0 AR.auIo LrMA - Mestre em Direito Administrativo pela pUC/Sp. Dl¡lopí ApElaroE Musrtu GRorrr - Doutora em Direito Administrativo e Mestre em Direito Constitucional pela PUC/SP onde é professora Doutora de Direito Administrativo. Droco R. CourrNHo - Professor Associado de Direito Econômico e Financeiro da Faculdade de Direito da USP Livre-Docente e Doutor em Direito Econômico e Financeiro pela USp. MSc Regulation pela London School of Economics and political Scíence. Pesquisador do CEBRAp FLoRTANo DE AzEvEDo Manqurs NETo - profes- sor Titular de Direito Administrativo da Faculda- de de Direito da USP. Livre-Docente e Doutor em Direito do Estado pela USp. presidente da Asso- ciação Ibero-Americana de Estudos da Regulação. Vice-Presidente da sbdp. professor do Curso de Direito Administrativo d,a sbdp. FREDERTco A, TuRoLLA - professor Titular e Vi_ ce-Coordenador do Programa de Mestrado e Dou- torado em Gestão Internacional da ESpM/pMDGI. Doutor e Mestre em Economia de Empresas pela FGV/SP. Pesquisador Associado do Núcleo de Economia dos Transportes do ITA. Consultor Eco- nômico. CONTRAI E DIREITO A =_=MALHETROS =Ë=EDITORES CONTRATOS PúBUCOS E DIREITO ADMINISTRATIVO carlos ari sundfeld guilherme j ardim jurksaitis (organizadores) Na Adrninistração Pública aítal, ae{ministt'ar é, sobretudo, contratar. Os contratos com o setor privado tomaram-se decisivos para desenvolver a infraestrutura do País e para implantar políti- cas públicas. Daí este livro, mais um da consagrada coleção edito- rial sbdplMalheiros Editores, sobre os desafios e problemas mais atuais desses contratos. Na primeira parte a obra trata da modelagem e da celebração dos contratos públicos, com ou sem licitação, analisando o Regime Diferenciado das Contratações Públicas-RDC, as concessões, os Procedimentos de Manifestação de Interesse-PMls, as contrata- ções sustentáveis, as sanções de proibição de contratar etc. A segunda parle é sobre a execução dos contratos, envolvendo temas como cláusulas de reajuste e revisão, desequilíbrio dos con- tratos, aditivos contrafuais e prorrogações. A terceira parle do livro procura entender as contratações pú- blicas em profundidade, por meio de sua conexão com a ampla dinâmica do direito administrativo, com suas características, pro- blemas e tendências. O livro é fruto de um projeto coletivo que, mais uma vez, reu- niu na Sociedade Brasileira de Direito Publicolsbdp professores, pesquisadores e profissionais de várias instituiçöes impoftantes. = =MALHEIRO =Ë= EDITOREI ilaIEsc0, R A T IRES. PER[2. AZ[VEDO ilABOUES TNISTRATIVO 'epts, limits, aspects, solu- 'omparative Analysis itt the We lfare law. Berlim./No va language ofpublic policy: a ULOU, Stella (eds.). p ubli c entice Hall (pp. 1-9). tlic Policlt - The Essential : development of the Brazi- : change". Yale Law School 72 e 73. zgal Order: Towards a Ncw versity of Vy'isconsin Legal Gutr.nEnuE ANTONI0 FERNANDES _ professor dosCursos de Direito e Relações fnt".n".ià.,ãiiä"'rrU. ffi:i:ff"!jÎî'jï#: Prcgrama a" i'ì.e*iai'¿" l GUTLHERME fanolu IuRKsArTrs _ Mestre em Direito 1do Estado pela USp Coordenador. pr"i;;;;;';i;: ; so de Direito Administrativo d,a sbdp. : _- professor do Depar_ Escola de Administra_ , pela usp pesquisador ", u.J""Iïilî:å,t;ffiiÏAssessor Econômico do TCE_Sp. : facrrurHo ARRUDA CÂrvrnna - professor Doutor deDireito Administrativo da pUC/Sp " ao e.ogr._, a" Pós-Graduação Lato Sensu da FGV/Direito Ci óout". e Mestre em Direito Administrativo p.ta nUCþVi_ ce-Presidente da sbdp. Consultor em Djreito i,i¡li.o e Regulação. fulrarva Borueconsl Dr pertra _ professora de Di_ reito Administrativo da FacuÌdade de Direito da Uni_ : versidade São Judas Tadeu. Mestre e Doutoranda em : Direito do Estado pela USpculdade de Direito no Bra- iscussão" n.1-29. Ca Política e das Relações I coNTRATos PÚnucos E DIREITO ADMINISTRATN O Livros publicados nesta Coleçîío sob os auspícios da Sociedade Brasil¿ira de Direho pøl¡col ibdl comentários à Lei de ppp - Fundamentos Econômico-Jurídicos (sbdplMarheirosEditores, lq ed,.,2e tir., são paulo, zotój _ r\i^u*icro ponrucnl Rr¡o¡no e LucasNlvenno pn¡oo Concessão (sbdp/Malheiros Editores, São paulo, 2010) _ Vnnl Moxrnlno contratações púbricas e seu controre (sbdp/Direito GV/ùfarheiros Editores, sãoPaulo, 2013) _ Org. Cenros Aru Sur ;o;;- contratos Púbtícos e Dire*o administrativo (sbdplMarheiros Editores, 2014) _ orgs.Crn¡,os Anr Suxorulo . curru"n r ü*i,''¡u**rnr.,, Direito Administrativo lconô,mic2 (sbdp/Marheiros Editores, ra ed., 3q tir., são paulo,2006) - Coord. C¡nr,os aru Sunor'er,o Direito Adminisfrativo para Céticos (sbdplDireitoGV/l\4alheiros Editores, 2a ed., SãoPaulo, 2014) - C¡,nros aru Suuìreä Direito da Regulação e Políticas Ptiblicas (sbdplDireifoGV/I\4alheiros Editores, SãoPaulo, 2014) - orgs. Crru,os A* Sril;;;;'J anon¿ Rosruso Direito das concessões.de serviço púbtico - Interígência da Lei g.9gz/r995 (parteGeral) (sbdp/Malheiros Editóres, sao È*n, )or0) - Ecox Bocrcuern Mon¡rRrDireito Processuar púbric9 - A Fazenda púbtica em Juízo (sbdp/Marheiros Editores,ln ed,., 2u rir., São pauto, 2003) _ C;";ãr. õ;;ros Anr Suxoruo e CÁss¡o Scrn_pttver,le Bueto Estatuto da cidade (sådplùIalheiros Editores,3q ed., são pauro,20l0) - coords.Aorlsoir AeREu AeREu Dnlrnp.r . S¿*iiã i "'**, Questões polêmicas e Atuais (sbdplMalheiros Edito_03)- Coords. CÁssro Scnn¡,nr"in nuino Ë pro*o Jur dplDireitoG_V/rvlarheiros Editores, São pauro, Hulnrque Mor-re prirro, plur,n Gorrzonr e Jurisprudência constituc.ionar: como Decide o srl? (sbdplMarheiros Editores, sãoPaulo, 2009) - Coords. Dloco R. Cã"ri_r" " aonlnr¿. Vowouc As Leis I0.l ei Federa.l 9.294/1999 e Lei paulista Cen l! ed., 2a_tir., São paulo, 2006) _ Coords.onÉ Muñoz Licitação no Brasil (sbdp/Malheiros Editores, são paulo, 2013) -AnonÉ Rosrr,soParcerias Público-Privadas (sbdplDireito GV/ÙIalheiros Editores, 2ê ed., São paul.,2011) - Coord. Cenr.or Ào Suno"u"o Regras na Teoria dos princípíos (sbdplMarheiros Editores, são pauro,2014) - RA-pne¿ B¿r,lol,t or L¡ru.c -Comunidadespesquisas #::r{!,i:r""íf^i:.!?^irà(årí*iËiii: Abaré, Br nr,os Anr Sur¡nalo DireiÍo Globat ßbdol,Schoot of Ctobat LawlMax rjmonad, São paulo, lggg) _Coords. C¡nr-os iru suno"Ë"o , ói.Ëî,""äo v,r,* [fr'tu.' sbdp COIVTRAT E DIREITO A sbdp ANonÉ, A¡ Bpx¡o Cenlc CnlsrrnNR MnRt DlruonÁ Aoe Droc Flonrnruo os.Á Fneopl Gullg¡nve Gullugnrvr; Gusrevo r Jnclurso Julrnun B, Mnnln Sylvl Ropruco ilAIr|fSCQ. rrrr RAMIRES.: TO pEREr;-' vrron l AZEVEDO IiÍARQUES ftfiffiF***^ryÎ ---EITTL os do ùp cos (sbdp/Malheiros ;ar, RrsmRo e Luc¡s Mourn¡no reiros Editores, São itores, 2014) - Orgs. d., 3a tir., São Paulo, Editores, 2e ed., São reiros Editores, São o i 8.987/1995 (parte ocKMANN Monpln¡ Malheiros Editores, lr,o e CÁss¡o Scen- ,, 2010) - Coords. a/Malheiros Edito- ,e Bu¡uo e pn¡no CARLOS ARI SUNDFELD GU ILH E RME JARDIM "IA RKSAIT I S (orgønizadores) CONTRATOS PÚNUCOS E DIRE ITO ADT,T IN I STRAT IVo ditores, São Paulo, Peuu Gonzotl e :iros Editores, São IDIC '9 e Lei Paulista ),2006) - Coords. Awoú Rosrrno 2ê ed.,São Paulo, rulo, 2014) - R.r- I (sbdp/Centro de a Cultura./Editora , Paulo, 1999) - A¡lonÉ CRsrno Clnvnlso A¡lonÉ Roslluo B¡N¡nrcro ponro N¡-ro Cnnros Aru Sutor¡ro CnlstRNR M,A,rue M¡lsR¡o Aneuro Lrun DnonÁ Anpr-nl¡¡ Musert Gnorn Droco R. Cournso Flonraxo or Az¡v¡oo Mnnqurs Nrro Fn¡o¡nrco A. Tunoru Guru¡nu¡ ANToNro F¡ruexo¡s Gunu¡nue JIRDltø Junxsnlrs GusrRvo Aruoney FeRNnNnss Jncnqrso AnnuoR CÂrr¿nn¡, JuuR¡¡R BolRconsl o¡ pRr-un Mnnn SylvlR ZnN¡u_e Dl prrno ,'At*scör""-t"" Pnceu o¡ Souze R4\MIRES, V,PEREZ, AZEVEDO LHEIROS ITOR ES \' å#,ii.iÄi DIREITOGV CONTRATOS PÚBLICOS E DIREITO ADMINISTRATIVO @ ssop,2015 ISB N: 978-85-392-0290-4 Direítos reservados desta edição por MALHEIROS EDITORES LTDA. Rua Paes de Araújo,29, conjunto l7I CEP 0453 I -940 - São Paulo - SP Tel.: (11) 3078-7205 Fax: (11 ) 3168-5495 U RL : ww w.mallrc iro s edi tore s.c o m.br e - mail : ma lhe iro s e ditore s @ terca -com.b r Composição Acqua Estúdio G¡áfico Ltda. Capa Criação: Vânia Lúcia Amato Arte: PC Editorial Ltda. Impresso no Brasil Printed in BraziL 03.2015 Manesco -Advoc TOMBo: ,'.1 Ì l ....aaaaaaaaaa ccDlR: .....1..1J..,. CUTTER:.ç]Få VOL:...... Apresentação - Ctntos Aat Suuorøn e P¡nre I - M DOS ( CapítuloI -OndeEstd - C¡ntos Aru Suuoptto e Capítulo 2 - Apontamet das Contratações Púl - Beyøotcro Ponro Nno Capínt.Io3 -Desafiosn Contrøtação Integraa - AuonÉ, Roytno Capítulo 4 - Contrataçi - Juu¡N¡ Bo¡veconv oe I Capítulo5-ORegime Concessão - Ment¡ Svwt¡ Z¡¡tttL¡ I Capítulo 6 - Concessõet em Infraestrutura no - Vnon Rutt¡,t Scutn¡ro Capítalo7 -APørticipt Privada em Projetos t AN TINISTRATIVO SAMÁRIO Apresentação 13 - C¡nrcs An Su¡vorøm e Guttnonuø Jmotu Junrcsnns Capítulo 1 - Onde Estó o Príncípio (Iniversal da Licítação? - C¡ruos Aru Su¡'topeto e AnonÉ Rostmo Capítulo 2 - Apontamentos sobre o Regíme Díferenciado das C ontratações Públicasl RDC - Be¡tootcro Ponro Nsro Capítulo 3 - Desøftos na Modelagem Jurídica dø C ontratøção Inte grada... - A¡'tonÉ Roymo Capítulo 4 - Contratações Públicas Sustentóveis.. - Jutt¡u¡ Boutcony oa P¡tu¡ Capítulo 5 - O Regime døs Licitnções púrø os Contratos dè Concessão. - M¡ru¡ Sytwe Ztuøru Dt Pwrno Capítulo 6 - Concessões de Serviços ptúblícos e Investimentos em Infraestrutura no Brasil: Espetdculn ou Reølídade?..... - Vnoa Ruot¡,t Scutn¡ro Capítulo 7 - A Participação proativa e Reativa da Iniciativa Privada em Projetos de Infraeslrutura no Brasil: um I9 39 57 80 tt4 r42 Manesco. Advocacia ro M Bo:.....¿1.?..?... ccDtR: ....^â4J."à... curTER:.ÇK4........ VOL¡............. aa¡A 6 CoNTRATOS PÚBLICOS E DIREiTo ADMINISTRATIVo Estudo sobre as PrívadnlMlps e a InteresselPMls . - ANons C¡srno C¡nvttao Capítulo B - A proibíção de Contratùr com o poder ptúblico e seus Efeitos sobre os Grupos Empresarin¿b....................... - C¡ntos Aru Suuoroto e Jtcturuo Annuot CÂutnt 170 183 215 237 29s 353 Capítulo 15 - AExper Alemão: o que os B - Tanco Mtnnm¡ Capítulo16-ODíreit - Dtoco R. Coununo Ptne II - EeUILÍBRIO DOS CONTRATOS E ALTERAÇÃO PUBLICOS Capítulo 9 - As Chúusulas de Reajuste nos Contratos Públicos e a Segurança furídiàa - C¡ntos Aru Suuorrto, Rooruco ptc¡ut oo Souz¡ e A¡,tonÉ Rosttuo capítulo I0 - Desequilíbrio Econômico-Financeiro em Contratos de participação privada de Longo prazo - Tou,qs Aurm e Fneoentco A. Tunott¿ Capítu\o 1I Contrato Internas - Gusrtvo A¡voney Fsnu¡uoøs e Guttaønut A¡vtouto FenuÆtoes 256 277 Capítulo 12 - Uma propostø para Melhorar os Aditamentos ø Contratos públicos ..... - Gutwønuø J¡notu Junrswus Capítulo 13 - As Modíficações no Setor de Energin Elétrica e os Conlratos de Concessão - DtNonÁ Aoøuton Musnz Gnottt e Cntsrtmt M¡nu Meu¡oo Aaeuto Ltu¡ PIne III_PÚBLICO E PRIVADO NO DIREITO ADMIMSTRATIVO capítulo 14 - A Bipolarídade do Direito administrøtivo e suøSuperøção. - Frcnt*o oo Azewoo Meneups Nszo SUMARIO Capítulo 15 - A Experiêncía do Direito Administrativo Alemão: o que os Brasileiros Devem Saber? - Tat¡co Mmn¡n¡ Capítulo 16 - O Direito nas Polítícøs Públicøs..... - Dtoco R. Courr'tao 7 icíntiva ío,dit 170 426 447 Púhlico 183 Í 2t5 î Rosttno etn o .., 237 3s3 OS Taxas írias ...... 256 VDSS '.mentos 277 9létricø 295 vo e sua COTA,BORADORES ANonÉ Cnsrno Cnnvnluo Doutor e Mestre em Direito Econômico e Financeiro pela usP -Advo- gado em São Paulo AnonÉ Rosllso Mestre em Direito e Desenvolvimento pela Escola de Direito de São Paulo da FGV/Direito GV - Doutorando em Direito do Estado pela usP - Foi wsiting sludent no Master Afaires Publiques no Institut d'Etudes Politiques de Paris (sciences Po) - coordenador e Profes- sor do cwso de Direito constitucional da sbdp - Foi aluno da Esco- la de Formação da sbdp (2007) - Advogado em São Paulo B¡,N{eorcro Ponro N¡"ro Mestre em Direito Administrativo pela PUC/SP - Advogado em São Paulo Cnnlos Ar.t SuNo¡¡lo Professor do Mestrado Acadêmico da Pós Lato Sensu e da Graduação da Escola de Direito de são Paulo da FGV/Direito GV - Presidente da sbdp e coordenador de seus cursos de Direito Administrativo e Di- reito Constitucional - Doutor, Mestre e Bacharel em Direito pela PUC/SP, da qual foi professor no Doutorado, Mestrado e Graduação (1933-2013) - Consultor Jurídico em Direito Público e Regulação Cnrsrll¡R M.¡rnn MslHa¡o An¡uro LIve Mestre em Direito Administrativo pela PUC/SP - Advogada DrNonÁ Aonr-nroe Musem Gnoru Professora Doutora de Direito Administrativo da PUC/SP - Doutora em Direito Administrativo e Mestre em Direito Constitucional pela PUC/ SP-Advogada em São Paulo IO CONTRATOS PÚBLICOS E DIREITO ADMINISTRATIVO Dloco R. Coultuo professor Associad Direito da USp Financeiro pela nomics and political Scienc fro Brasileiro de A¡álise e pl Fn¡o¡nrco A. Tunolm Professor Tifular torado em Ge Marketing/ES presas pela FGV/SP _ nomia dos Transportes NECTAR/ITA_ Consul e professor do o da Escola de Gusravo Ar\¡ney FeaNeNoes Pr nistra_ nomia sessor JeclNruo AnRuon CÂvenn Professor Doutor de Direito Administrativo da pUC/Sp _ professor doprograma de pós-Gradu ^çã; l;;;';;;") ¿u pr.oru de Direito de são Paulo da FGV/Direi trativo pela PUC/Sp Paulo, especializado Julrnna BoNnconsr ¡e Pnllr Professora de Direito A, sidade São Judas Ta< pela USP - Foi alu M¡,nrn Svrvr¡, Zerelu Dr F Professora Titular de D USP Roonrco P¡.cnNr pe Souzn Professor Doutor de Di USP-DoutoreMr Løws (LL.M.) pela (EUA) - Foi alunogado em São Paulo THreco MaRr,q,n¡, Professor Doutor de Di. Nova Faculdade de pela Ludwig Maxim - Mestre em Direit Touns A¡¡ran Mestre em Economia dr mia pela USP - Inance Corporation/, Vnon RHerN Scsramo Professor Doutor de Di USP - Doutor em(LL.M.) em Direito Direito da Universid te e Secretário Acad trativo, Ambiental e IINISTRATIVO ma de Meshado e Dou uperior d" t;;p"sñ;; Faculdade de Direito da c do Estado pela USp _ le Estudos da Regulacão/ :ssor do Curso de Direito ío Paulo COLABORADORES ll Paulo da FGV/Direito GV - Doutor e Mestre em Direito Adminis-hativo pela PUC/SP-Vice-Presidente dasbdp -Advogado em São Paulo, especi alizado em Consultoria em Direito público e Regulação Jur,lANn Bo¡¡econsl oe Pelue Professora de Direito Administrativo da Faculdade de Direito da univer- sidade São Judas Tadeu - Mestre e Doutoranda em Direito do Estadopela USP - Foi aluna da Escola de Formação da sbdp (2004) Mlnrn Sylvn Z¡¡tsrt¡Dr Prg-rno Professora Titular de Direito Administrativo da Faculdade de Direito da USP Ronruco PRc,qlrr ¡¡ SouzR Professor Doutor de Direito Administrativo da Faculdade de Direito da USP - Doutor e Mestre em Direito do Estado pela USp - Master ofLaws (LL.M.) pela Faculdade de Direito da Universidade de yale (EUA) - Foi aluno da Escola de Formação da sbdp ( I 998) - Advo-gado em São Paulo T¡rRco Me,nn¡,ne Professor Doutor de Direito Administrativo, urbanístico e Ambiental da Nova Faculdade de Direito da USp - Doutor em Direito público pela Ludwig Maximilians UniversitcitlLM(I de Munique (Alemanha) - Mestre em Direito doEstado pela USp Torr,rls ANrsn Mestre em Economia de Empresas pela FGV/Sp - Bacharel em Econo-mia pela USP - Associate Investment Officer do International Fi-nance CorporationllFC - Banco Mundial - Consultor Econômico Vrron Rner¡l Scum¡ro Professor Doutor de Direito Administrativo da Faculdade de Direito da USP - Doutor em Direito do Estado pela USp - Master of Laws(LL.M.) em Direito Administrativo Econômico pela Faculdade de Direito da universidade de osnabrück (Alemanha) - vice-presiden-te e Secretário Acadêmico do centro de Estudos de Direito Adminis- hativo, Ambiental e Urbanístico/CEDAu - Advogado em São paulo lcionais das Faculdades lenclas no programa de AM USP - Advogado lenador e professor do'oi aluno da Escola de o Paulo l/SP - professor do rla de Direito de São APRESENTAÇAO Os contratos do Estado com o setor privado são hoje decisivos para desenvolver a infraestrutura e implantar políticas públicas. Na Administração Pública aínl, a.dministrar é, sobretudo, contratar. Mas como contratar bem? Como gerenciar os contratos? Como entendê-los? Este livro, na parte inicial, cuida da criação dos contratos públi- cos - o que envolve sua modelagem e celebração' com ou sem lici- tação. Um debate que precisa renovar-se a respeito disso é sobre a extensão do dever constitucional de licitar (Capítulo 1)' Ademais, novas regras e experiências surgiram: sobre Regime Diferenciado de Contratações/RDC (Capítulos 2 e 3), sobre contratações sustentáveis (Capítulo 4) e sobre proibição de contratar com o Poder Público (Ca- pítulo 8). As concessões para projetos de infraestrutura, jâ bastante numerosas, têm se tornado mais complexas, e propõem desafios dife- rentes (Capítulos 5,6 e 7). Na segunda parte o livro foca na fase de execução dos contratos' Ali, discute-se o problema do equilíbrio e do desequifbrio dos contratos ao longo do tempo, especialmente no caso das concessões, e as soluções adotadas pelas cláusulas de reajuste e revisão (Capítulos 9,10 e 11). Também são examinadas as alterações das concessões, seja pela inclu- são de novas obrigações, seja pela extensão ou prolrogação do prazo de vigência, em virtude de opções regulatórias (Capítulos 12 e I3). Na terceira pafte g livro procura entender as contratações públi- cas em profundidade, por meio de sua conexão com a experiência administrativa mais geral. Contratar é aplicar nonnas jurídicas - constitucionais, legais e regulamentares - criando novas nonnas: as contratuais. Gerenciar contratos, por sua vez,é não só executar essas norrnas, mas também alterá-las e ampliá-las. Portanto, entender con- tratos públicos é considerá-los dentro da ampla dinâmica do direito O programa de cursr se desenvolve sem parar balho generoso e da liderr feld. Sem ela o direito pú livro não teria nascido. Sr e dirigem essa verdadeira tores, o direito público br, Roberta, Alvaro e Suzana homenagem. : I I i J t. I it t \DMINISTRATIVO ,roblemas e tendências (Ca_ que, mais uma vez,reuniu lsøay professores, pesqui_ oes rmportantes. EIes têm e no Curso de Direito Ad_ te para discussão das novi_ b a coordenação dos orga_ :esso da coleção editorial tisso de renovar com con_ a das contratações do Es_ rtratação direta, contratos etc.) tem sido recorrente ros este é o principal foco Administrativo da sbdp, tntrole, Carlos Ari Sund_ mais atuais do controle, dos mecanismos de for_ Ie licitação, inclusive no ro Setor e empresas se_ 'asil, de André Rosilho, s em seu conjunto. Vera Monreiro (2010), tratos, a cada dia mais 'to das Concessões de 97/1995 (parte Geral), m profundidade na Lei 'o-privadas/ppps e sua,iA re Lo rle Maurício portugal : drscussão multidisci_ rceito e o uso das con_ nrResrNrnçÃo ls O programa de cursos, seminários, pesquisas e publicações, que se desenvolve sem parar na sbdp,e sempre se renova, é fruto do tra- balho generoso e da liderança inspiradora de Roberta Alexandr Sund- feld. Sem ela o direito público brasileiro seria hoje mais triste, e este livro não teria nascido. Sem Alvaro e Suzana Malhei¡os, que criaram e dirigem essa verdadeira instituição nacional que é a Malheiros Edi- tores, o direito público brasileiro teria bem menos brilho e calor. Para Roberta, Alvaro e Suzana nossa dívida, nosso agradecimento e nossa homenagem. C¡nlos ARI sUNDFELD Gurluenue JARDIM JURKSAITIS Capínlo l4 A BTPOLAR,TDAÐU, ÐO DIRETTO AÐÙITNTSTRATTT/O E SUA SUPERAÇÃOI FloRr¡No oe Azevsoo M,qneups Npro l4.l ltttrotlttç'ão. l1 2 Libcrdu(le c uttt()ri(l(rde ttu rtri¿ierrt tttt tlireito ¿tltnitti.çtnttit'r.t. 11.2 .1 Ru¡tlura e lrutlição ( onI () pussd(lo l l 3 Di.\rinÍos ert.foqttcs ¡tara o dircilrt cttltttitti.stratitt,: lJ 3 I O tttt¡t'i- tn¿ttltt lc int'lirtuç'tio "¡tro autrtriÍuris" - 11.3.2 O dircitt.t ultttittiç- trutit,tt t'ist¡t palo íìngulo tlo inclit,íltto. 11.1 A irttporríittLict lo ittdi- t,ítltto puru ¡¡ rlireiro trcltttittistrulit,o. 11.5 Os ¡ttt¡tt:is tltt privudo ttrt t'otts¿t'ttt'[io tlus fittalitlules ¡ttíblícus: 11.5.1 O papcl dc " 'vtíditrt" - l1 5.2 O yrpal tlc butcJit'itir'ít¡ - 11.5 3 O pupal lt'clicttte ll.5 1 O ¡ttt¡tal lt' purteit o. 11.6 A utttttgíitt ¿dtttitti.slrulittd tlu rclu((-to .()ttt rt,s ptrÍit'uluras. ll.7 A tripla /ittrç'ão tlo lireilt¡ udtttitti,slt ttlit'¡t; t17 I Ctnno ¡tlsttilnenfo de rcsltigãrt tlc tlireiÍ¡¡s - 11.7 2 Cotttr¡ ittslnttìtcnlo lc c.fetivar,íio d¿ direito.s - 11.7.3 Cotnrt insÍrtttttattk) ¿c t'ottt¡totit'tto lc intt'rc.ssc.s 11.8 Dtt pttrutligrtttt ltiprtlur urt puradiS- r¡tu rL'lo(ionul. I1.9 Ct¡ttt lttstit¡ "Cou.ro rnetátbra. poderíamos clizer que a nonlratizaçãtl do diteito ldlri- nistrativo teria. então. clois ¡rolos. unr destinaclo a resguarclar a autol'idacle, e outro. ¿ì liberd¿rde."2 t Agracleço rrreusnl-nente a Carltrs Ari SLurcifettl. Marina Fontãtt Zago e 1V[aís lVlttretro pela disposiçãu eÛr ler e discutil este teKto, ofèreeenclo cr'ític¿rs e sugestries pertirìetìtùs. que. acatadas. tor'rlalam a velsão final muito rìlelhol que todas as luìte- cedentes. As faLbas. opiniòes È irlcolrpletudes deste artigtt. por'énr. são exclrtsivrLs dr) seu ¿ttrttr' I iVlassimo Sevelo Ciauni¡i. Cor,'¡¡t di Dirito ,4.ttttttittisfnttit'¿.'. Milâo. GiLrl- fì'è. 196-5. p.38 (traduçào livre). No originrl: "La norm¿rzioue tlel dirittrt atnutil.tistt¿r- tivo aveva quindi, potrebbe tlirsi coli metal-ola. chre poli. I'uno voltt'r a plesidiale l'autolità, l'altlo ¿r prdsicliare la libeLl¿ì'' CONTRATOS PÚBLICOS E DIREITO ADIVIINfS,I'RATTVO "Por liur, se percebe rln rnodo clifer-ente de estabelecer-¿s L.elações errtrs público e p'i'ado. Estas não são apenas bipora'es. São tambér¡ ir"r,rpäì.ì res."l l4.l Introdução o recurso à figLrra da bipola'idade utilizacla por Massimo Severo Giau'i'i e Sabino cassesea'as epígrafes citada; não se deve apenas à irresistível teutação cle associar. o clireito adrninistrativo ao transtor_ no psicológico de mesmo norne, como f'orma de lembrar a contradição essencial existente na estl'LrtLu'ação tr.adicional deste ramo jur.ídico, ern que a protecão e a consagração de dileitos lunclarnentais convivem pel'rnaneutenente contfapostas ao sacrificio, à lirnitação e ao concli_ cronarììelìto de outros tantos dileitos, até mesrno os fundamentais. A lernbrança desta bipolaridacre nos é útil, rnais que tudo, para lembrar que o direito adrninistrativo tem sido eclificaclo sobre vàrias dico¡o_ nrias, alérn da céleb'e oposição autoriclacle/liberclacle:5 público-priva- cl.; indivíduo/coletividade; corcentração/lin-ritação do pocler; ù_eali- dade/discricionaliedade. Em tennos bastante sintéticòs, o dir.eito admiristrativo equilibra-se entre várias polariclades, edifica-se sobre inúrmeras contradições. 3. Sabino cassese, "L'a'er¿r prbblica: n.ovi paracligmi per. lo Stato,', R¡r,r,r/r¿ Tt'intcsttulc di Dírítttt pul¡ltlit r¡ 3/649, N1ilao. :OOi. Nn óLigiial: ,.Da ultirno. si è notato un divelso motlo dj stabilire le relazioni tra pubbìicrie pr.ivato eueste nousono solo bipolali Sono ¿rnche rnLrltipolar.i" 4,As dLras citações que se'veul tre epíg.afè ¡ este artigo ,ão são aleatóriasElas |efletern llão uma oposiç-ão. rnas uma e,roluçâo na obla c1e ctois clos mais irnp'r.- tantes adrninistl'ativistas dos riltiuros 50 ar os. Nlver.clade, colrìo veremos. o entendi_ tlrettto tle Cassese pal're dâ crítica de Giannini à bipolaliclacle pala construir :jua tese tle unr rlov<) paladigrna, qne clramir de Arettu ptítttii,u. 5. Ma'ia sylvia Zanella Di pietro bem sirteriza essa c.rrtr.adição: ..Releva rlotar o tito de que o dileito atlninistrativo surgiu em pleno per.íoclo clo'Estado Libe- rcípios do individualismo em toclos os as_ tupação era a de proteger as liber.dades clo egalidade. No entanto, paracloxalnrente, o do autor-itar-ismo, já que reconheceu uma à Adrniuistr.ação púrblica Daí a afirmacão de" ( " rn ov açoes n a Acrmi' isrraç ão púr b r ic a ÏËï ; liîÎi:r:,tïÎiff "#i,î:i:å; Editores,20l0). No mesrno senticlo, v. carros Ar.i Sundfeld, Futtduntentos tre Direfto Ptíl¡líco.5,red.,5,!tir.., São paulo, Malheiros Editores,20l4, p. l1g ) -Ì.54 A BIPOLARI Contradiçõ zzção do agil dr algum contrach dos. pessoas 1ír dizer, volta-se ¿ Estado/socieda< advêm também corrfbrmidade d terior. marcado O que inter dade e da liberc direito que se q direito da exolt afìrmar como c especial ao dire dade provérn dr autonomia da ar a compõem (qu o Estado - e,pc selviente e depe indiferente e sel Qual o senl está no fato de administlativo c sição, no binôm to já se configu equilíbrio de ir exercício da aut O cotejo enl to administrativt sões a ele subjac embora central t sempre foi desaf emprego do par' 6. Eduardo G¿ Dereclto Ptiblitt¡ E 2005. pp. 102-108. O ADMINISTRATIVO Ite de estabelecer as t.elaçõcs entre bipotares. São rarnbém Åulr¡poiàl ttilizada por. Massirno Se vero s citadas não se cleve apenas ,o adrninistrativo ao tl-anstor_ rneslro os fundamelltais. A mats que tudo, para lembrar ificado sobre r,árias clicoto_ l_e/l i berdade:i pú bl ico-pr.i va_ /lirnitação do poder; legali_ rtante sintéticos, o direito olaridades, edifica-se sobre paladigmi per lu Stato... Rrlls.rnl No original: ,.Da ultimo. si è r pubblico e privato. erresle rrorr a este altigo não são aleatól.ias n.a obra de dois clos rnais impor._ t'clade, corno vetemos. o entendi_ olaridade par.a constr.uir sua tese rtrza essa contradição: ..Releva n pleno período cìo Estaclo Libe_ individualisnlo em todos os as_-a a de proteger.as liberdades do . No entanto, paradoxalmente, o alismo, já que reconheceu uma A BTPOLARTDADE DO DJREITO ADMINISTRATTVO E, SUA SUPERAÇÃO 3s5 Contradições que decorrem não apenas do seu objeto (a normati- zação do agir do Estado-Administração, cuja atuação envolve sempre algum contrachoque com a esfera de direitos e interesses dos priva- dos. pessoas físicas oLr jurídicas). O direito administrativo, pode-se dizer. volta-se a disciplinar as diversas facetas da permanente tensão Estado/sociedade. Tais contradições (ou, se quisermos, polaridades) advêm também da herança histórica de um direito vindo para dar conformidade democrática a instrumentos instituíclos em período an- terior, marcado pela afirmação do poder absoluto, incontido. O que intentamos mostrar é que, premido pelos polos da autori- dade e da liberdade, o direito adrninistrativo irá se transformar de um direito que se quer garantidor do indivíduo em face do poder em um dileito da exorbitância. Isso em grande parte pela necessidade de se afirmal col¡o conteúdo e como método frente a outros ramos, €m especial ao direito comum. Embora apoiado na ideia de que a autori- dade provém da outorga conferida pelos indivíduos,o o processo de autonomia da autoridade em relação à sociedade e aos indivíduos que a compõem (que estamos aqui a designar por privados) far.á conr que o Estado - e, por conseguinte. a Administração Pública - se torne não sewiente e dependente dos indivíduos mas, ao contrário, muitas vezes indiferente e sempre prevalecente sobre aqueles. Qual o sentido, enfim. de destacal esta bipolalidade? A resposta está no fato de que, ao fim e ao cabo, demonstraremos que o direito administrativo contemporâneo não pode mais se apoiar-na contrapo- sição, no binôrnio, autolidade/liberdade. Ao revés, este ramo do Direi- to já se configura e deve se estrllturar em torno de outras noções. de equilíbrio de interesses, processo, de consenso, de ponderação do exercício da autoridade. O cotejo entre as diferentes concepções de modelo teórico do direi- to administrativo (compreendendo sua estrutura e sua função) e as ten- sões a ele subjacentes nos permitirão demonstrar que (i) a bipolaridade, embora central na construção do modelo teórico do administrativisrno, sempre foi desafiada por instrumentos de conceftação de interesses e de emprego do particular na consecução de frnalidades públicas; (ii) no 6. Eduardo García de Enterría, La Len.gua de k¡s Dereclns - La Forntctción del DerecÌn Público Etu'opeo tras la Ret,olución Frcncesa, lu reimpr.., Mad¡i, Alianza, 2005, pp. 102-108. J56 CONTRATOS PÚBLICOS E DIREITO ADJVITNISTRATIVO plexas obrigações do Estado mos_ múltiplos intercsses enredados ¡¿ locar o modelo teórico cle análise cidadãonoce,,trocrasprcocup"nu.:';'"Lii"*'ä:";iå:äîlïî"ìiî; -o para out.o rnodelo que Cassese denomina ,.Are'a púrblica,,, qr. uquidesignamos de ¡tarocli g ttct n uiltipolctr.j A BTPOLARIDAD adstrição do poder Judiciário.ro 10 Quase concon separação dos Poderes margens de disclicionar dição adrninistrativa, n< ciais ao mérito adrninisl Como ensiua Roln de tle jurisdição pelnrite tos envolvendo ¿r Adlrir; a Adlninistração pode se dir-eito de excecão'' (Rt. runr.2009. p. 69 No rne Paris. PUF,2010. pp 8C da Silva indica sel o "p nascido como "urn contr tn i tt istru li t,c¡ P ¿rd i tlo. C< do revohrcioltário franct cioso administrativo e A contlole judicial a calgo cia de valores e agentes de justiça dele-sada intr:r; tiva e Administração Púl vo se vai. proglessiva e ¡ do contencioso aclmrnisr 'compromisst'r inicial' l'e tende a esbater'-se. nt¿rs c cioso" (idern. p. 34) Paulo Otero utiliza mesmo fènômeno cle per fivo (Lcgaliltult, t' Atlttti, ri J ur idicidud e. Coinbra béur é tlesenvoli,idu na li a chave "contradiçcìes nl paladigmas do direito at adlninistrativo ltão se cor alguns vícios de origenr Modelno. desde a ¿rscenr útltimas décadas clo sécril Dileito agravalarn o clesc expectativas das societla (UnruTern'ict tto Ditt'ito t titttr:i¡uulizuct'io. 2n ed . I pzrladìgmas que renletell segunclo o alrtor'. coln as interesse púrblico: (ii) leÉ intangibiliclade clo rnér itc 14.2 tr'iberdade e autoridqtre nu origet, do dit.eito adtri,ístrativo Ern trabalho allteriors procuramos nìostral.que o surgimento dodireito administrativo está rigado à combinação de crois processos qretêm l'ga'a partir do fìnal ¿a t¿a¿e Média. Referia-me à conce'tracão clo poder nas mãos clo soberano, seguicla do esfbr.ço 0",. O-.rrï,iåälli'ritar e conte'esse poder. sujeitznão-o a limites.."gru,r"nlår. ni-zia, então. que o nrorlelo teór'ico sobre o quar se assenta o crireito ¿rcl_ministrativo é caucratár'io cla afirmação cro Estado Mo,r"rr.o,-"on, nconce ,nific tr so cle poder tr Ll tln.t geral clesmediclo (o que f'aciJrnente convoranjuru o o".po,ir,rro)"ËÏ uma palavra; aquele poder absoluto que os movimenLos revolucio'h-rios do final do sécuro xvltl e iníci. cro século xtx, "opiiun"uao,pela burg,esia insurge'te, cuidaram de tentar frear-. limitar. ,.Nestequad'ante é que se atìr'rará a prevalência cra ordem ¡uriJi"o'", a.ce.ta forma, [ernergírtí] o crireito administratrvo".,, crarå que tar con_fi-euração co''esponde ao mocrelo teórico ào acrministrar-ivis'.. Logo surgirão os. rnecanismos par.a permitir. que aqueìe poder.unifìcado se torne mais efetivo, .o,rior',.,ondo os linites iitactos peia (orgs )' or cutnittrtos tkt '4tr¡ ArtttínísÍntrittr¡.São paulo. Ed. RT. 201r, pp g9_113.8. V. rnetr Rt'.\ttlrtr,.titt Erttttttl ,, l,,trr"s,r,,.r ptitrli,.or. Sio pnul,, MaIheir.osEtlinrres.l00r. especiar,i.,.,.,t. ¡rp.56 e ss. )'t(' riruru' lvl.tr 9. Idern. p. 65. {DTVIINISTRATIVO s obrigações do Estado mos_ plos interesses enredadosna o modelo teórico de análise a ftutção, reposicionando o amo do Direito, transpondo_ a "Alena Pública", que aqui do díreito adnùnistrativo )strar que o surgimento clo ação de dois processos que Referia-me à concentracdo o esfor'ço por p.o.uru. à.- limites e regralnentos. Di_ lal se assenta o clir.eito ad_ r Estado Moderno, com a utlsmo. A esse processo cle stralnos. correspondeu urn tamente concentrado e en-r a para o clespotisrno). Em movlmentos revolucioná_ século XIX, capitaneados ntal frear, limitar. ..Neste da ordem jurídica e, de Ltivo".e Claro que tal con_ r admin.istrativismo. :rrnitir que aquele poder lo os limjtes ditados pela eclauaL e Vitor Rhein Schirato '. Ed. RT. 101 I . pp. U9- I I_ì. /,/r', os. Sào paulo. Malllei¡os A BIeoLARIDADE Do DIREITO ADMINISTRATIVO E suA sueennçÃo 351 adstlição do poder à lei (emanada do Parlamento) e à censura pelo Judiciário.'o 10. Quase concomitantemente à afirmação dos princípios da legalidade e da separação dos Poderes surgirão seus "antídotos". por um lado, o creicimento clas rtm' 2009, p. 69 No mesn-ro sentido tanbém Pierre Delvolv é, Le Droit Adrninístrutif , Paris. PUP, 2010, pp. 80 e ss.). É nessa linha que vasco Manuel pascoal Dias pereira da Silva indica ser o "pecado original" do contencioso administrativo o fato de ter rrascido corno "um contencioso plivativo da Administração" (Em Busco clo Ackt Atl- t¡tinistratit,o Pertlido. coimbla, Almeclina,2003. p. 28). No decorrer de toclo o perío- do revolucionário fi'ancês - aponta o autol'- el'a maÍcante a confusão entre conten- cioso" (idern. p. 34). .ì58 CONTR/\TO.S PTIBLICOS E DÍRFITO ADIVIINISTRATIVO Naquela oportul.ìidade ¿ìsse ('cntt.Íìção e tle tlelilnit¿rcño cltr enr tol'no cla qLral o dir.ejto acll dit'eito ltlntilristt.¿r¡ ivo conlo rlit. nelrte de r.e_ql.as e instrurnentos c otrtro, o ¡ìlestì1o clireito adrninistr. cot.ìh'a abusos clesse pocler.rl a tensão se l.e )I.ìtra-llont ntas tambén, bl.e omon cla or.igem cìo tôlton.l< seJa razoavelmcute l.ecente.rr é fa çñrt clo Pocler.público existiarn en cles politit:anleute or.gu,-,izaclas. r., trbjeti'o cle co.clici.uu. e liuritur. a attLação cro sobera¡ro e cre seus r)rerrostos . nr.s. pa.t icrr r a'ne.te s rb, r.' .,ifn.Ì u" es tr Lrt u rìaì., i.¡ì,"i q u.,. f I N¿r têriz ì'ra-e.'rn rre vasc. rvia'.el pascoal Dras perei.a cla Sir'a. esse ;. crt. p [-5) Otfo N4ayeL I D a ¡.¿ t. I u ¡,4d t t t i n í,;/ t.( ti wt,4l c _ ): ..Ultser. Velu,alturrgsr.echt rsf eirr .¡Lru_ues ese, Lt t,\ p tt iÌ r t (j i t t t. i tl i t. t t G I t t I t, r | ¿ . þr,r.,a.ri 13. JLrarr Carlos Casst-ene. C¿¿¡.,1¿ lt,Dcr¿t.lut Ar!tninisÍnttit,t¡. 10. ecl . BuenosAires. Lr !ey. 2r)l J . ¡rp. -5S_-59. Sytvia Zarrella Di pietro (Dircittt ,4lnti \ llll'o organ izitçat pre detrtltnc contl'()\ e l'so corPo tle ttt qtte it tlt'tlctl collcrct I laç' Mtltlo'ntl. ( contì'r.ir lirl inclii ícltltls ' t--sta lir dni¿s peta c()t'rcnte llì¿ dircitt.r ach.t strbttretcl'a al irnraçzro c lrcnto clo I | -i, Nl¡s tratrvo'. irt Q ,l N1it¿io. Ir,r7 ao adve tlto clc ¡rro 4'etl .Sr 16 O qt Anluncs. parí ¿155u me a 1-ol'l- Dit't'ínt Atlntit l7 Otle t¡ue o ¡rr trtcÍ1t Irr itdntinlstt¿tt l(X)-ì. p 2-ì ¡ l)irss¿t lt c\lsti çiìo cle Poclerr | ) No ltlesrtt, ttisl ¿ct'ùt Pti, lfÌ "Nrì l)f(]ssuPosL0: tlo rlu lei. lr s soluto) e I s ntesr.ntt ilts[ttt ,\tnt tt i ttt¡¡ t'LtI i oliginrl'"Nt altro presstt¡l re il pltrtrllto ( ¡rlopr-iir clellt nortle gitrt'itl IREITO ADMINISTRATIVO ávamos que os processos de con_ : se refletem na permanente tensão trativo se constrói. De um lado, o exorbitante, ramo jurídico conti- umadores do poder extroverso. De ¿o a contemplar regras de proteção o se reflete não apenas no contra- mbém no próplio debate sobre o em do direito administrativo. r do Direito, o administrativismo que normas disciplinando a atua- odas as manifestações de socieda- em sempre tais reglas tiveram o r atuação do soberano e de seus urn enfoque estrutural,ra qualquer. uel Pascoal Dias Pereira da Silva. esse :nte ao périplo de Robinson Crusoé, que. rir todos os petrechos que lhe permitarn ai em expedição, para sair estabelecendo . o autor português: "De igual modo. na de máxirna concentração e unihcacão do do ditatorial (...) e um segundo rnonento. 'forte' para ir à procura do Homem, para eja o garante da liberdade e dos direitos liente técnico da sepalação de Poderes" cit., p. t5). Itto Mayer (Dereclto Adninistratit,o Ale- "Unser Vellaltungsrecht ist ein junges se, Lo Spttzio Giuridico Globale, Romal )ereclrc Adninistañvo, 10ô ed., Buenos Sylvia Zanella Di Pieh'o (Direíro Adni- :rca da situação de preexistência de uma lurante o período absolutista - estrutura, lvimento do direito adrlinistrativo -. v. 's Dereclrcs - La Fornu¿ción del Dereclrc ¿, cit,, l¡ reimpr, p. 181. V. também Guy lratiJ Français,'/o ed., Paris, Presses de Jean Rivero, Droit Administratif,Sì ed., ABIPOLARIDADEDoDIREITOADMINTSTRATIVOESUASUPERAÇAO359 Esta lirlha de entendimento baliza grande pafte das explicações 15. Ivlassimo Severo Giannini, "Pr trativo". in Qtrudertú Fioretttirti: per Ia l. Milão. 1913, p.209. Sobre a existên ao advento do Estado Modemo, v. Rotn J6I) CONTRAfOS PÚBI-ICO.S E DIREITO ADùÍINISTRATIVO åiåiiiii'j;':i:ffî1'rore não só os stidiros.,ras rambé' os de_ O direito adnrinistrativo se cle u niversalização da le-ealidaãe ao colnanckr legal ernanado do res (cont isolatnento clos caç:ìo da atjviclade nor.ul no Jucliciát.io. aiucla que eorn a dualidacle cle jut.isclição n vlas de M¿rria Sylvia Zattelia Di então. hel.cleiro clas r.erroJucrões lição cle outr.o irnpor.rnnr" o¿,rri, nasce cotn o Estado cle Dil.eito, pollaÌnetlto da Achltiuistr.acão. ( lações enrr.e Adnrjrrirt,.nçet " ' eristir a par.tir.clo inst¿rnte etn clue ( enclausn.acro pera o'clern jurírJica e rest'to a moverlse creni¡o do ârl_bito clesse rÌ.ìesnìo quacrro"normuti"o "rï"¡.reciclo -peuer.ic.r¡s¡¡s,,.:r, itr) Átlntitt.\u.!t/i1,,,. cil.. tr. .. trso tl¿ D i t.t, i r,, .Åtl n t i t t i s ìr,t titt r. 3 l,! ed . . Lc Dntit Atlttritti,ttrutiJ.,12. ecl.. paris. ,, "J.;rltJtt' A¡ttrl¡li. Brtrltlcitr tle MclIr,. Crrr.t,, ,/,' Dit.titt¡ Atrrtittì.\tr.dtit,t,. til \ BIPOf-ARJDI Há. polérn. o relação entre o d Otero. após passa direito adrninistla do no exernplo fì-i presta Justalnente rior'- subrnissão. fesquieu -, vai d equívoco se poclr adrninistraii vo".ra da rgualclacle, cL¡r Fraucesa. estariâ ¿ de ern dettitlento Otero. as explicac e subrleter o pode sào guralrtística c Pascoal Dias Per.e f-l Nt¡ que con< ção lerìl clesvantage¡rs tlespolisruo atllni¡listta ( ) Ela j¿i n¿ìo selia r llevolucño. incluindo r ral ìnstitr¡ição se der¡ sr Napoleão. meciiante u c A Achrinistr:iLcào. ¡á en diciolrais. clonde . cllrrìc reglrrlo destc colltrole" livre ) No ongrral ..c Elle r'ìsc¡uait cle nrelrer tlistration arrr¿ritété ¿ì fr confolrne arrx prúrci¡le lespect des cll'oifs de I solle colnble s()us un {l prtléon, ¡rar- la o'éution L'Atinrinistratiou étuiI l'êtle par les rLil¡un¿urx jtr rìcliction spéciale t:ha 24. P¿rulo Otelo.l Adtnittistntîit,u ìt .lttt ili 25 [clenr. p 27.ì 26 V¿rsctr i\4irntlel Íit,t¡ Pt'nlitl¡¡. cit . ¡r ?4 IMINISTRATIVO ditos, mas também os cle_ r, caudatário do plocesso como subrnissão de todos e da segregação de pode_ Ltivos no Executivo e alo_ r e da atividade de julgar. ão fosse logo contornada re a adotalam). Nas pala_ 'eito adlnillistl.ati vo sel.ia. 'am o Absolutismo.re Na "o direito administrativo )ireito que regula o com_ rrol que disciplina as re_ ,S, € só poder.ia mesmo :omo qualqr"rer, estivesse rnover-se dentro do âlu_ ,cido genericamente".2o rto da limitação do poder bordinação do poder ao esrno, na leliz expressão milagre. pois decorreria et' extroverso, .justamen_ las, para a grande maio_ rustitui como o ramo do r o poder submetido aos rnl direíto de cotìtenção lão"22 e proteção clas li- '.ttnttívo.cit.p 2. n'i Ít t Atltni t t i s f t.u tit,¡¡. 3 I,t ecl. . fu ltt titr ist r, rt iJ, ll,' ed.. par.is, Dí reiÍr ¡ Atlnt i nì s lro Íivt¡. cit..A BTPOLARIDADE DO DTREITO ADN,IINISTRATTVO E SUA SUPERACAO 361 Há, porén, outra gama de autoles de relevo que questionam essa relação entre o dileito administrativo e a lirnitação do poder. PauJo Otero, após passar por tura instigante desconstrução da tese de que o direito administrativo seria legatário da tripartição de Poder-es, focan- do no exemplo francês para sustentar que a dualidade de jurisdição se presta justamente a evitar que a Administração se submeta ao Judiciá- riol - submissão, esta, plena, que se esperaria à luz da teoria de Mon- tesquieu -, vai dizel que apenas "por manifesta iJusão de ótica ou equívoco se poderá vislumbrar uma gênese garantística no dileito administrativo".2a Para o autor seria um direito de tendência violadola da igualdade. cuja construção, desde suas origens no pós-Revolução Francesa, estaria apoiada na collsagração e na efetivação da autorida- de em detrimento da liberdade dos indivídr.ros. Nas palavras de PaLLlo Otero, as explicações do clileito administrativo como voltado a conter e submeter o podel padeceriarn do que, com verve. denomina de "ilu- são garantística da -9ênese".25 Na mesrna linha vai Vasco Manuel Pascoal Dias Pereira da Silva.26 23. No que coincide com a lição de Guy Braibant e Bernard Stirn: "Esta sitult- ção tenl desvanta-9ens óbvias de fato. Poderia levar.. rapidarnente a unla espécie de despotismo adrlinistrativo ou a Aclministraçz1o se toln¿rria podelosa e descontrolacla. ( ..). Ela já não seria mais cotnpatível cotn os princípios liberais que dominaratn a Revolução. incluindo o r:espeito aos direitos humanos. Não foi Por outro motivo que tal instituição se deu sob o regime lidelado por um homern de perfil autot'itíricr como Napoleão, mediante a cliação ur-na julisdição especial para contt'olar a Administraçio. A Aclministração. já então f'orte. plecisava ser contlol¿tda, mas não pelos órgãos jtrlis- dicionais, clclnde, então. a consequênciir lógica de se cLiar um tribunal especial encar- regaclo cleste controle" lLe Droit Adrnitri.rtratf Françai.s. cit..74 ed.. p. 3l - tladuçñcr livr:e). No original: "Cette situation présentait en effet des inconvénients évidents. Elle risquait cle mener rapidernent à une sor-te de depotisrne administratif ou l'Athrt- rtistration auraitété à la puissante et non contrôlée (.,.) Elle n'était pas davantage contolme aux príncipes libéraux qr,ri avaient dominé la Révolution. notamrnerlt au Iespect des droits de I'honrne Cest poru'ces motifi que le vide a été en quelclue sorte comblé sons un r:égime dilige par un hcttnme qui était pourtant autoritaire'. Na- poléon. par la création d'une jurisdiction spéciale pour contrôier ['Administration. L'Adrrinistration était puissaute, elle avait besoin d'êtle contrôlée. elle rte devaitpas l'êtle par les tribunaux judiciaires; il étail dans ces conditions logiqut- cle créeL Ltne julidiction spéciale chargée de ce contrôIe". 24. Paulo Otero, Legulitlotlt' e Achttinistraç:ao Públict: o Setúiclo tla Virttuluç'itr.t A¿hnitistrcttivtt it Juridic'idutlL'. cit.. p. 281 25. Idern. p. 273. 26. Vasco Manuel Pascoal Dias Pereira da Silva, Ent Bttsca do Acro Adtttittis¡r¿- tivo P¿rulilo, cit.. p.24. 362 CONTRATOS PÚBLICOS E DTREITO ADMINISTRATIVO A crítica talvez mais antiga _ e cel.tamente a mais embasada _ àtese de identifìcação estreita "ntr" o s*-gilnento do direito admìnistr.a_tlvo enquanto tal e o advento do ao longo de sua profícua obra, p seu rnais precoce trabalho,2T puù o adrninisrrativista italiano dáfen advento desse ramo do Direito à a tese vai sendo afinada ao longo cle t zada no seu Cor,ço:.,As opiniões so trativo (...) são varia<las. Amais difu de que isso teria sido decorrência do te falsa' porque tarnbém os Estados clo grupo angro-americano sãoEstados de Direiro e não rêm direito aclmìnistrati"ã. fg""ijr,,o vemexpresso para aqueres.que rigam tal surgimento à adoção ao prìncipioda divisão de poderes".ze E'tre nós' cl'esceram nos últimos anos as críticas à associação entr.eo direito adrninisrrarivo e o Esra<lo de Direiro (e seus *rár.r'È!ìli¿rO.e separação de poderes). A mais contnndente destas críticÀ?io ¿"Gustavo Binenbojm, no rivro que se otìgino, de sua tese de Doutora-mento'-'0 Nele sustenta que o direito adrn"inis¡-ativo não decorre de umprocesso de submissão do poder. culo assecuratório da liberáade), sicionamento do poder., visando à viés autoritário. Diz, de maneira co nellse qtte "a associação da gênese do direito administratjvo ao advento cação contém u¡n adendo que, por.si só. :1;: ffi ,,i1.,,'.1ïå y i,îriillxï :î u,,no,i,lrfittino severo Giarrnirri. c¡¡r.rr¡ di Dirifto Attttttittisïratit,r¡.cit., p. 34 (tra- 30 crrstavo Bìrlenbojrn. IJtntt T¿tri. tlo Direito A¿rtni,isÍruÍit,r. Direikt.ç þt,t-duntetttttis, Detttt¡t'ntt.iu e ôottsÍitttci,tt-r,t:i=,'ç:i¡rl.'.1r'.',1,, ed.. 100t3. A BIPOLARID do Estado cle Dir, pós-r'evolucionál um discurso de e rações (...). O sur jurídicas peculiar práticas aclminist¡ Malgrado a , autores, não crel: do direito adrnin der extroverso. I par Ariño Ortiz , poder, do conflitr toda a slra constr também resnltan nos movrmelltos século XlX. mor mente, no ârnbitc tinham claleza d conseguinte, da i dida, porque ess abusos do poder tância de submet correlltes da vonl 3l Idem.p tt 32. Diz o jLu'istr ministrativo es conro y la sociedacll esto sr (toda la teoría de l¿rs r tivo responcle a ello: planteamiertos presLt historia clel derecho ¡ delecho cle las inmurt historia de la rlefèrtsa sus det'echos). El der supremacía o de la giu OrÍiz. Lecciottes tle A 33. HenrY Bertl Rosseau. 1916,p 2 34 Enl rtblrt Pr Revoluçào Frattcesa seu rnr¡clelo tle Adl¡i ADMINIS'|RATIVO ìmente a mais embasada _ à mento do direito administra_ de Direito é a desenvolvida, imo Severo Giannini. Desde rando tinha apelìas 25 anos, :ria equivocado relacionar. o I do Estado de Direito.2s Sua L sua obra, e é assim sinteti_ origem do direito adminis_ r. e rncompreensível, seria a do de Direito'. É nitidamen_ grupo anglo-anleLicano são inistrativo. Igual juízo vem nento à adoção do princípio as críticas à associação entre to (e seus vetores legaliclade :nte destas críticas veio de Lou de sua tese de Doutora_ istrativo não decorre de um (e, poftanto, não é um veí_ de utn movimento de repo_ ncia e à reprodução do seu e, o administrativista flumi_ r administrativo ao advento ',tzrt del Dirirto AmnittisÍnúit,o. lenominada Atuutlí I'utt AIetteo. pela Giuffrè - publicação agora )ara quelr se pr.opõe a estudar o'Profili storici della scienza del , k¿ Storia del pensíero Giuri¿ti- ntém um adendo que, por si só, IVlassinltr Sevel'o Gialrnini em 'ittistrotit,o en Evolucão, cif .,21 Atttnti¡tistrqtitrr, cit.. p. 34 (tra_ ¡ Athttittístratit,o. Direilos Futt_ 2¡ ed.,2008. A BIPOLARIDADE DO DIREITO ADMINISTRATIVO E SUA SUPERAÇAO 363 do Estado de Dreito e do plincípio da separação de Poderes na França pós-revolucionária catacteriza erro histórico e reprodução acrítica de um discurso de embotamento da realidade lepetido por sucessivas ge- rações (...). O surgirnento do direito administrativo e de suas categorias jurídicas peculiares (...) representou antes uma forma de reprodução das práticas administrativas do antigo regime que sua superação".3r Malgrado a consistência das críticas e o respeito tributado a seus autores, não cremos que se possa negar a relação entre o surgimento do direito administrativo e o esforço por delimitar o exercício do po- der extloverso. Antes, compartilhamos com o entendimento de Gas- par Ariño Ortiz de que tal ramo do Direito é resultado da luta pelo poder, do conflito entre o Estado e a sociedade.32 Em grande medida, toda a sua construção histórica tl'az esta tensão, e, por conseguinte, é também resultante da tentativa de contenção desse poder, originada nos movimentos revolucionários do final do século XVIII e início do século XlX, momento de afirmação do Estado Moderno.r3 Evidente- mente, no âmbito destes processos, os setores que ascendiam ao poder tinham clueza dos riscos da desmedida do poder extroversoe, por conseguinte, da importância de coartá-lo. E a tinham em grande me- dida, porque esses setores vinham de sofrer as consequências dos abusos do podel das Monarquias absolutas e possuíam clara a impor- tância de submeter tal poder a comandos gerais e universais, não de- corlentes da vontade pessoal do seu detentor.3a 31 lden. p. 11. 32. Diz o jurÌsta espanhol: "En primer lugar', puecle afu'marse que el derecho ad- ministrativo es como la resultante de la lucha por el poder, de la lucha enlre ei Estado y la sociedad: esto se manifèstará. de una parte, en la tensíon Parlamiento/Gobierno (toda la teoría de las normas y la progresiva racionalización y control del poder norma- tivo lesponde a ello; también el principio de legalidad. la teoría de las potestades. los planteamientos presupostarios etc.); y. de otra, en la tensión Administraciónljtez (Ia historia del derecho administrativo es. en este sentido, la historia del sometimiento al derecho de las inmunidades del poder, en frase de García de Enterría. o, si se quiere. la historia de la defensa deì ciudadano frente las intromisiones del poder en el ámbito de stls derechos). El derecho administrativo ha sido el instrumento de afirmación de la supremacía o de [a galantía, según el predominio de las fuerzas en juego" (Gaspzu'Aliño Ot1'iz, Lecciones tle Atlnittisrración y Política,s Ptíbliccts. Madri, lustel, 2011, p. 34). 33 Henry Berlhéìemy, Tt'airé Elémentaire cle DroiÍ Adntirtisn'utiJ,8u ed.. Palis. Rosseau. 1916.p.2. 34. Em obra preciosa dedicacla exatamente a expor a influência do ideário da Revolução Francesa no modelo político e administrativo da França (inclusive pa-ra o seu tnodelo de Administração Príblica, que influenciará toda a construção do direito 364 CONTR¡\TOS PÚBLICOS E DIREITO ADMINISTRATIVO Note-se que uão se está a cl atividade administr.ativa só vão mitação e o controle do poder es trativa rnenos iutrusiva ém face esforço de submeter o exercíci gelaìs e abstl.atos erniticlo cia da legitimiclade das plena possibilidacle cle cotejo co 'ítido co'dão de ofe'e.". ii-it", e parâmetr.os contr.a o abus. e acolcentração do pod:l; prencle_se _ parece_rìos incrtntl.overso _ aovetor de proteção das liberclades dos pì.ivaclos..ìn fulesmo as corsicreráveis críticas cre Massimo Sevel.o Gianllininão são suficientes pa'a afasta' a relação cro sur.gimento do direitoadministrativo com o momerto cre atir'r.rção do Estado Moder'o e desua caracterização corno Estaclo de Direito. Eln obra serninar,rT ocletefuIedauar c'icra cle demonstrar não serem as oposições aprese'taclaspelo adrninistrativista itariano bastantes pu.u n.go. este víncuro, Após ,s l¿ n)ireitut públit.t¡. cit...5,, ed.,5,,tir.. kt Atttntitti.¡Írutir,o. \,ol l. Milâo. Giutfr.è. rvo ¡reríodo é c¡ue os sujeitos incumbiclos " " 1,T:'iliî'Lï,üJ,îïlå?i; I l:ìï,,:,# ;,;:il;:;::t:ii" ;;Ï): ;t;,,fi ,i,:ï: tr-tì.'' odete Meclauar' o Direittt AúttittislrctÍit't¡ ert Et,¡tltt{|ít), cit.. lu ed..pp { BIPOI-ARIDAT sintetizar os tindal fessora demonstra cia existia disciplir concebível tratar c dirertos (Potestus') ção da relação dirt ao Estado de Dirr existência de unr não calha dizer qu' o Estado de Direit inglês -, pois, no < discutível que no I o direito regente dr é bastante divelso por fìrn, (iv) o red nistlativo como in para dernonstrar qr absolutamente incli Daí a ptecisa Direito-colrasr (tegalidade) e sanc clo, requrslto nlesr o concebemos hojt Embora apres, cessidade de conte lei e ao respeikr clt netário de afintraçi do deste prisnra e ef'etivação clo pode 14.2.1 Ruprllru L' t Temos, Portall râuea acepçz1o cle concretas entte Es 3ll. lclem, il:idertr INISTRATIVO ) aS normas regentes da período,35 nem que a li_ r tomar a ação adminis_ . Porém, sem dúvida, o o poder a regramentos de pelmitir a conferên_ retas deste poder pela rescrições legais tem o 'os colttra o abuso e a ros incontroverso - a0 -ló ;simo Severo Giannini surglmento do direito c Estado Modemo e de t obra seminal,sT Odete rposições apresentadas rgar este vínculo. Após 'xpoe esse movimenro (que olução Francesa. Diz o au_ limensão obviamente'libe_ rar uma expressão cunhada - nada mais é que a própria rrbitrariedade. As fórmulas a de todos. e o despotisnro :gra, premido pela vontade r é equiparado ao poder.cla a), enquanto a liberdade é m (produção parlarnentar); generalidade como méto_ z Franç'ct i s',paris. Éditions tíblíco. cit.,5 ed.,5a ti¡., it,o. vol.2. Milão, Ciuffrè. ue os sujeitos incumbiclos as aos orìtros, passando a ormas jurídicas cuja fina_ rcra. o controÌe do poder 's de Direito público.cit.. volucã.o, cit.. 2 ecl.. pp A BIPOLARIDADE DO DIREITO ADMINISTRATIVO E SUA SUPERAÇAO 365 sntetizau_ os fundamentos da tese de Massimo Severo Giannini, a pro- fessora demonstra que (i) não procede falar que já no Estado de Polí- cia existia disciplina jurídica da relação indivíduo/Estado, por não ser concebível tratar como disciplina jurídica regramentos que só fixem direitos Qtotestcts) a uma das pârtes e sujeições à outra; (ii) a introdu- çáo da relação direitos/deveres e a sujeição do poder à lei - próprias ao Estado de Direito -. embora não prediquem necessariamente a existência de um direito administrativo, são pressupostos dele; (iii) não calha dizer que o vínculo inexista por haver Países em que viceja o Estado de Direito sem haver direito administrativo - como o caso inglês -, pois, no claro entendimento de Odete Medauar, além de ser discutível que no Direito Anglo-Saxão inexista direito administrativo, o direito regente das relações Estado/indivíduo na Europa Continental é bastante diverso daquele existente no período histórico anterior; e, por fim, (iv) o reducionismo de se usa¡ a existência de direito adrni- nistrativo como indicativo do Estado de Direito não seria suficiente para demonstrar que Estado de Direito e dileito administrativo sejam absolutamente indiferentes, independentes. Daí a precisa afirmação de Odete Medauar de que o Estado de Direito - com a submissão do poder extroverso à norma obrigatória (legalidade) e sancionada externamente ao Executivo - é fator propi cio, requisito mesmo, para existir um direito administrativo tal como o concebemos hoje.38 Embora apresentado como um ramo do Direito que surge da ne- cessidade de contenção, limitação e subordinação do poder político à lei e ao respeito desta, é fato que o direito administrativo, no seu itr- nerárjo de afirmação baseado no paradigrna bipolar, vai se distancian- do deste prisma e vai passando a se assentar muito mais na ideia de efetìvação do poder. 14.2.1 Rtrptura e ffadição cot?t o passaclo Temos, poltanto, que o direito administrativo, na sua contempo- rânea acepção de ramo do Direito voltado a disciplinar as relações concretas entre Estado e particulares, é legatário do processo de uni- 38. Idern, ibidern. 366 CONTRATOS PUBLICOS E DIREITO ADMINISTRATIVO versalização da legalidade e de superação das imunidades do poder aos limites e controles ditados pelo Direito. O que não significa dtzer - longe disso - que esse ramo jurídico não absorverá e incrementará os instrumentos e fundamentos do poder no regime anterior, o Estado de Polícia. Nem poderá significar que, ao longo do seu processo de construção e afirmação, o administrativisrno não vá se afastando do seu viés garantista e assecuratório da liberdade, para ir gradualmente se configurando como um direito efetivador da autoridade. Não se pode negar que no período imediatamente anterior aos movimentos de ruptura com o poder absoluto do final do século XVIII havia na Europa estruturas administrativas consolidadas. Trata- va-se de uma burocracia no geral3e não profissional, no sentido webe- dano, mas em grande medida organizada em torno do rei e que obser- vava procedimentos e cornandos regulares. Os soberanos dispunham de instrumentos para o exercício do poder. Impostos e cotxons eram arrecadados. Intervenções ordenadoras eram cotidianamente enceta- das, Atividades dos indivíduos eram disciplinadas, condicionadas ou coartadas. Privilégioseram outorgados, muita vez em carâter de ex- clusividade. Tudo com grande margem de discrição ou arbítrio, mas nem por isso desprovido de efetividade. Essa experiência toda será de grande valia na construção do Es- tado Moderno, então sob nova concepção de regramento e sob novo comando. Mas a gênese do poder (concentrado e incontrastável por definição) e a utilidade dos instrumentos permanecerão. Uma vez mais nas palavras de Massimo Severo Giannini, "a Revolução Fran- cesa (acompanhada das revoluções liberais subsequentes) retirou de cena os tipos estruturais do Absolutismo pleno e do Absolutismo ilu- minado e introduziu um novo tipo estrutural, que foi chamado de 'di- reito administrativo'; esta é a substância do evento que foi importante, porque marcou a introdução de um novo tipo de Estado, no qual de pronto seguiram transformações constitucionais, mas conservou o ti- po estrutural então absorvido, sempre aperfeiçoado".a0 No embate entre a tradição autoritária e os câmbios liberais, eman- cipatórios e garantistas, a primeira irá prevalecer sobre o segundo, sem 39. Com exceção de alguns Cantões Suíços ou alguns governos locais mals estruturados. 40. Massimo Severo Giannini, Corso dí Diritto Anttttittislt'ativo, cit., p. 3l (tradução livre). t A BIPOLARIDADE D( eradicâ-lo. Vários fat tor autoritário. Do Por cia revolucionária fra circunstância de que estrutura administrati¡ êxitos do Processo de do, o fato de que a Fr praticamente todos os Fácil perceber', PoÍan novo modelo de Esta eficiente. coesa e nãc pecessem o Pleno exe o fato de que, moldar trativa, já de origem estrutura hierárqtlica Daí ser aPenas I clireito administrativ< luto.Tambéméaex1 o polo da autoridade moldando-o mais co direito de contenção E a esta trajetóri responderá tm deslc veftente ex Parte Po1 143 Distintos enfo' Há duas maneil delas toma Por bast organização internat concretude a suas fi 4l GuY Braibant t p.29 42. Moldada no Pt mais Predominante que 43. Massiln sev' Corso di Dirítfo Antttttn o lades do poder significa dizer. 3 lncrementará eriol', o Estado :u processo flg : afastalldo do gradualmente rde. e altterior aos rai do sécLrlo idadas. Tl.ata- sentido webe- r e que obser_ ts dispunham cln.ons erafi) ûellte enceta_ Iicionadas ou 'aráter de ex- arbítrio, ntas lucâo do Es- r e sob novo tlastável por o. Uma vez rlução Fran- ;) r'etirou de rlutismo ilu- nado de 'di- impoltante. , no qual de selvou o ti- )rals, eman_ gurrdo, sern s locais rnais o, crt., p. _3 I A BTPOLARIDADE Do DIREITO ADfvftNISTRATI\/o E suA supERAçÃo 367 elïadicá-lo. Vá'ios fatores vão colaborar par.a esta prevalência do ve- tor autoritário. Do ponto de vista histórico, muito se deve à experiên- cia revoluciouária francesa. Dois fatos são destacáveis. primeiro, a circunstância de que a França pré-r'evolucioniír'ia dispunha cle uma estrutul'a administrativa bastante bem rnontada e eficiente, legado dos êxitos do processo de centralização e concentração do poder.ar Segun- do. o t'ato de que a França pós-revolucionária logo terá que enfrentar p|aticamente todos os reinos eLlropeus em urna guer.r.a de r.estaur.açäo. Fácil perceber, poltalÌto, o quão relevante será para a consolidação do novo modelo de Estado dispor de urna estmtnra adrninistrativa forte, eficiente. coesa e não muito submeticla a limites e controles que em- pecessem o pleno exelcício de suas funções. Agregue-se a isso, ainda, o tato de que, moldada em tempos de guerra, essa estrutura adminis- trativa, já de oligem monárquica absolutista, houve cre mimetizar a estrutura hierárquica, concentrada e r.ígicla de matiz militar..al Daí ser aperìas parcialmente correto ligal o matiz autoritário do direito aclministrativo exciLLsivamente à sua herança do Estaclo Abso- luto. Tarnbém é a experiência do Estado Moderno que vai reforçanclo o polo da autoridacle, sempre em dctrimcnto do polo das liber.clacles, moldando-o mais como um direito de efetivação clo poder.do que um direito de contencão do exercício cla autor.iclade. E a esta trajetória - digarnos assim - de inflexão autoritáriaa3 cor- responderá um cles'loccunento do eixo ch fiutçcio p(tre a estruttu.o, d,a vertente er porîe poptLli para a vertente er perte prin.cipe. 11.3 Dístintos enþques pat.a o direito atlnúnístrativo Há d,as ma'eiras de se conceber o direito admi'istrativo. uma delas toma por base a esrrutu,(t clct Acltninistrctção, suas 'or.mas de organização internas, os instlumentos de que o Estaclo clispõe para dar concretude a suas funcões, seus poderes e pren'ogativas exorbitantes. ^_41.GuyBLaibanteBemarclStirn,re DroitAthnittis,rrurif Frurn:cis.cit.,7.ecr.,p 29. 42 l\4oldada no períoclo napoleôuico, não seria cle se imagiral ul¡a influê¡cia mas pledoninaute que a clo estarrento militar.. 43. Massin¡ Severo Giannini, Dititto Anuninisrraüvr.r, cit., vol.2. p.35. e Cot so di Dirifto AntninistrtÍivo.cit.. pp. 3g-39. -l6ll CONTRATOS PÚBLICOS E DIREITO ADVIINISTRAIIVO A BIPOL-ARID\DE D( É desâlialìte' ser tellden-los selrlpre ¿ì t clireittl dos colntlns' civil rege a lelaçáo e ore o rndivícltlo Ptll ,iuo - .nalo. cle rest etrvtllve Pal'tes' Ptìl Logo. os adtlit gens focando ntl clu dal'lnnis àtençao a caractelísticas de s possuelÌì etn fllce tl mos sel' tl dit'elto a lace clo Poder' mt 4(r Qtrilrrclcl tlos ; iclentilic rnclo i:lrttolü¿ì[ pletalêrlcie tllt estt ttttl de. tllt tnesttrlt [oIlìliì rl uue lL liberdlrtle O qtt' r:,ì (lx iì.1.It()ritlltLlc p(ìsti \tf de tzê ttd 47 Entencliclo < tttìiì nÌxnife stiìçio vc de estltr strjeito it ttn nbstliìt(ì lt clrlllrcttllilt de resultados sLrPost. ti¡ti li Dirílto Ñttntt Outr.a tenr pot tbco o fiutci1trcune nlo d0 Estuclo. Stlas obrigacões e fì- naliclacles, os linites clo pocleL qtle enfeixa. a fesponsabilidade estatal e os mecauislnos postos à rnelcê dos indivídttos pafa contel'e even- ttLal[rente reagir a exorbitâllcias lìo exel'cício clas preflogativas esta- tais.+ Estas cluas al-rorcl¿rgers, enlbora difèrenles, não são llecessalia- lììeute excltL(lenteS. Não cletelrlinarn direitos adlnil.ìistrativos clistilttos. mas, sinr. ângulos cle visão e cle explicação sobre o IneslrLo objeto' NcipriLleirocasotratÎ_secletln-lÎiìborclagemcxPul.teprittt'ipe. concebeitclo o clireito acùninistrativo colno o fa1'Ììo clo Direitcl voltado à a¡álise ittterua clo Estaclo-Aclmiuisttação. No segtlllclo telllos Lll-tì erìtìrque c.\ p(u.tc ltoprtli , privilegianclo a relação col.ìl os il-rclivích'ros. tomaios corno srùeitos e beneficiár.ios da ação do Poder Político. No prìtneiro o vetor é a autoridacle (e o arcabouço a ela associado). No ,eg.t'rclc, o vetol'é a liberdacle. elr sLla acepção tnais lltnpla'45 É verclacle qlre ulna vertente - cliga'ros assim - estrrútu'ul, clç'¡ clireito aclministlativo lìãtl prescirrcle de abordar a interf'ace cla estt'ltttt- r.a achnilristrativa c<-ltt-t oS particulares qtte cOI.ìl ela tfavaln relitçties jur.ítlicas, as rnais clistintas. Iguahnetrte, utn etrfoqlte ,fintt'ittrrulis'ttr ttir't äirp.ttr"rá velificar os il'ìstrullìelìtos e os tectlrsos qLte são aplicaclos rrasr.elaçõestt.avadascolTìosirrclivícluos.ocort.eqtrelopcãopotacltl- taì.un-ìa Ou OLttra aborclageln uão Set'á lìeLltra qllallto ao qtle aqlll lllte- ¿i4 "El clel.echo adlninistlativo ha siclo el ilrsttrttneuto cle a1ìrmackin de l¿l stl- prernìcía o cle la garuntía. segúrn el p|eclotninitl cle las tìrel'zas elr jtLego. Ello exlllicr ilLre el r.égi men j uiclico ¿rdrni ñis trat ivtl sea LlIl ¿r m ixtltt'a cLe ¡I'iv ile-lios )/ sujecio nes ' cle p'tt]'t'g'iiuu y t"'-s"" (Caspal Ariùo Ortiz' L¿ttitttt¿s lt'Atltttttti;tntt:ith¡ t'Pttlílittts t""";ilJ,i;JlTali.il,ì,,ras sL,as acepçoes passiva e.riva. que pressupc,erìì resrre,- t.l a direit.s c sup|tmcnt. tle hipossul'icìJrtcias col-t'esp,r'ìdellles iclLrclc- plexo cle clirei- tos asseguraclos ¿ros ciclirclños. Vern treste t'çal Justetl Filho. qie apoia a plripria clt'1ìniçño do ctr vircullçtlr clas estrutLrr'às e competência, .".,It^tl^' à ntais Nes- te seuticlo.illetot'qLtír'el I passagetrr cltl litnitl¡1 " ¡rr.eco'ceit. tle qLte as ,,rg^ì.rir"çi;., estatais possuenl jtrstificativrrs de existêlrcia elll si nreslnirs. C) Estlcltr lltrie.ris¡e ¡;a¡a slttistÌricr'¿-ç sults estruturls bttloeláticas ititet'- r1¿ìs. rlenl pitlíì lL'alizaì' intelesses exclttsivo qur- ela seja). NeLn é sntisfht(rljo rluclil' a ct 'ìrttclesse ptlblico'.'bellt contultt'. e irssitn sorìletlle sc jtrstilica e tlttt0 iltstrtltnent() piua são clecolrência da alilmação cla digtridade v¡r. Sãrt PaLrlo. Ecl RT. 20 12. p 70) JISTRATIVO o, suas obrigações e fi- esponsabilidade estatal ros para conter e even- das prerrogativas esta- es, não são necessaria- lministrativos distintos. )re o mesmo objeto. lent ex parte prirtcipe, Ln.^ o do Direito voltado ,lo segundo temos um ão com os indivíduos. do Poder Político. No o a ela associado). No mais ampla.a5 assim - es'tr¿ttural, do 'a inteface tla estnrtu- n ela travam relações oque ftn c i o n a li s tct. não 'sos que são aplicados e que a opção por ado- ranto ao que aqui inte- lto de alirmación de la su- )rzas en jue-eo. Ello expìica privile_sios y sujeciones, de Ad ttt i tt i s [ra L' ititr y Po I ít' cus va, que pressupõem respei- enies àquele plexo de direi- rnstrução de Marçal Justen ivo na noção de vinculação lileitos fundamentais. Nes. -É tinclamental eliminar cr ificativas de eristência ern r(nrtut as burocríticas inter'- 'lasse dominante (qrralqtrer amente formais. tais colno direito administrativo (...) dileitos fundamentais, que so de Direito AtlninistnÍi. A BTPOLARIDADE DO DIREITO ADMINISTRATIVO E SUA SUPERAÇAO 369 ressa: enfocar o direito admrnistrativo como um ramo jurídico voltado a ensejar a efetivação da autoriclade (prevalência da estrutura) ou a assegu;ar a prevalênci a da liberdade (delimitação da função, das fina- lidaJes que Justificam a existência do poder político)'46 É desafiante, sempre, enfrentar temas de direito administrativo pela veftente ex parte populi, tentando colocar os indivíduos como ..ntro da análise. Embora entendamos o direito administrativo como decorrência de um movimento de contenção do poder. como velemos adiante. não é menos verdade que no direito público é bem mais fre- quente o enfoque pelo viés da autoridade, da exorbitância. Em suma: ao estudar os diversos institutos integrantes do direito administlativo tendemos Sempre a tomff o ângulo da autoridade em contraste com o direito dos comuns,dos iguais. É natural que assim seja. Se o direito civil rege a relação entre os iguais, o enfoque do seu estudo será sem- pre o indivíduo partícipe de relações jurídicas. No direito administra- iiuo - "o*o, de resro, no direito público em geral - a relação jurídica envolve partes, por definição, desiguais. Logo, os administrativistas tendemos a construir nossas aborda- gens focando no que é diferente, distintivo, exorbitante. E tendemos a áar mais atenção à sobressalência da autoridade (prenogativas) e às características de sua estrutura do que às garantias que os privados possuem em face desse poder extroverso.4i Ou seja: embora acredite- mos ser o direito administrativo fruto das garantias do indivíduo em face do poder, muitas vezes constatalnos que o modelo teórico do 4ó. Quando nos referimos a prevalência quel'emos deixar claro que não se está identificanclo autornaticament. "ttiututa com autoridacle e função com liberdade A prevalência da estrutura, por.exemplo. não necessariamente corTesPonde à autorida- de, da mesma tbrma que pela função a autoridade pode se manifestar até mesmo mais que a liberdade. O que pietenclemos ressaltar é a contraposiçãO entre.o caráter estáti- co da autoridade posta na estrutura <la Administração em face do caráter dinâmico cle oposição entre o exercício desta autofida<le no âmbito da função pública. no âmbito no quâl a autoridade ora e vez cede em favor da liberdade e quando deva prevalecer somente poderá fazê-lo se isso se mostrarjustificado em face das firralidades subja- centes ao exercício da função. 4?. Entendido como aquele poder incontrastável que tem pof fundamento não uma rnanifestação volitiva dé partièipar de uma relação de poder, mas a circunstância de estar sujeito a ¡ma relaçãô de pierrogativa que confere ao deteutor desse poder abstrato a åpacidade de impor obrigações de foma unilate¡al. com vistas à obtençãtr de iesultadoi supostamente benéficòs a todos. Nesse setltido. v, Renato Alessi. Pr,¿- cipi tli Diritto Ainninisn'arito, vol. l, Milão, Giuffr'è , 1996, p' 282 Manesco Ram Socie ires , Perez , Azevedo Marques d¿de cle Advogados 37O CONTRATOS PÚBLICOS E DIREITO ADMINISTRATIVO direito administrativo o faz se aproximar de um direito próprio ao exercício do poder. Daí a se transformar um direito a serviço do poder é um átimo.a8 Doutro lado, quando estudamos a relação do direito público com o mundo privado vemos as duas esferas como distintas, como polos claramente separados.ae Daí por que até mesmo importantes aborda- gens sobre o uso do direito priv ou mesmo ãa fuga para o direito privado,5r privados,s2 e o direito que lhes é próprio, co a ao direito administrativo. 14.3.1 O movimento de inclínação "pro autoritatis" Em muito influenciada pela experiência francesa, a construção do direito administrativo, que terá lugar a partir do século XIX, focará predominantemente na estrutura da Administração e nos instrumentos à sua mercê. Entre os polos da liberdade e da autoridade, o direito administrativo, no seu devir, acaba por pender para a autoridade, faz prevalecer o viés estrutural.s3 Ao pretender se diferenciar do direito .o-u- (especialmente nos Países que adotam a dualidade de jurisdição, 48. Para uma radiografia precisa desse processo, v. Sabino Cassese, "Le trasfor- mazioni del diritto amministrâtivo dal XIX al XXI secolo", Rívista Trimestrale di D íritto P ubblic o 1 I 3 l, M\lão, 2002. 49.PaIa uma análise crítica impressionantemente atual da dicotomia, v. Léon Duguit, Manttel de Droit cottstitutíonnel,4u ed., Paris, E. de Boccard, 1923, pp. 4t-45. 50. De que é exemplo a obra seminal de Ma¡ia Sylvia Zanella Di Pietro, Do Direito Privatlo na Adminisn'ação Ptiblica, cit., especialmente no que tange aos cri- térios de distinção entre os dois ramos jurídicos (pp. 23 e ss')' 51. Mariá João Estorninho, A Fuga para o Direito Privado,2u ed', Coimbra, Livraria Almedina, 2009. A BIPOLAR premidos Pelo administrativo nistragão, ora t seu regime. C( rente à liberd deste, que ori âmbito do Est Ademais, um maior col exercício, mal exorbitantes)' lidade, unifo¡ peso ao poder uma lei marc: a uma legalid lei - nos dize Diferente não se originz junto de norr 54. "Daí e raízes, não resis duos e, por isso posta como lmP um direito diret pregnado de un materiais, de se transpessoal" (t jourd'hui et de qu'il est justem droit exorbitant généralisation' I'insta¡ des autr la liberté, mais I la liberté, en ve sement transPel nistratíon Cottl 55. Eduat come diritto str 1960. 56' Odete p.44. STRATIVO tln direito próprio as :ito a serviço do pocler o direito público com distintas, corno polos ) lnpoltantes abor.cla_ listracão,-jo ou mesrno 'atarem os privados,i2 ão estl'anha ao direito ,aîi s " cesa, a constlução clo r século XIX. focará o e nos instl.ulnentos autoridade. o clireito ala a autoridade, taz rfèrencial do direito alidade de jurisdição, 'ino Cassese, "Le tr.ast'or- ", Rit,i.sttt Tt.intc,stt ult tli rl da clicotomia. v. Léo¡r de Boccard. I9?3 p¡t ¿t Z¿nella Di Pietr.o. D¡r rte no que tange aos cr.i_ ) 'it,ulo. ai ed.. Coimbra. iiannini: "Ern tocla esta tde o cidadão pessoa lr- rídica privadu, os elltes D i r i Í Ío At t t.t t t i t t i s Ínttitt ¡ ¡. ivato' ha utì seuso coll- ti casi dello str.aniero e lo nl qualto assogettittr) te pubblìco") s¡ruli\,o , cit., p. 38 A BIPOLARIDADE DO DIREÌTO ADV|tNtSTRATtvO E SUA SUPERAÇÃO .l7 t premidos pelo desafio da especialização de colìtpetências). o dir.eito ad¡rinistrativo ora apoia sua referêucia na estlutura do Estado-Aclmi-rristração, ora enfoca os instl'umentos de autoriclade. a exorbitância clo serl t'egirne. Com isso, vai se distanciando da função garantística iue- rerlte à liberdade, de limitação do poder, controlador do exercício deste, que originahnente deveria caracterizal' este ramo juríclico no ântbito do Estado de Direito.'ta Adenais, a ideia de tun dilerto especial (não caracterizado por. uln maiol' conttole ou Luna preocupação refotçada em lirnitar seu exercício, rnas cuja especialidtrde reside no manejo de pretr.ogativas exorbitantes) vai contlalj[ìr exatatnente aquele pressuposto de genela- lidacte, unifbnnidade e universalidacle do Direito como tì'eio e conrra- peso ao poder extloverso. Aquela intenção dos "Homelrs cle [789", cle uma lei marcada pela generalidade e pela abstracão, acaba por cecler a unra legalidade especial, voltada à ação de um único sr¡eito. Uma lei - nos dizeres de Eduarclo García de Enterría - estatutária.55 Diferenternente cle outlos ralnos jurídicos, o direito achninistr.ativo não se origina e estlutul'a em tolrlo de urna lei, urn código ou Lrrrì colÌ- junto de normas positivas.5" Ao contrár'io clo direito civil, cro cril'eito 5'1. "Daí em diante. a lei aclninistlativa hoje en-r dia, e jí clesde suas pr'óprias raízes. tlño resistiria a urn ct'itérìo kantiano. pois clerogatór'io clos clileìtos cloi indivi duos e, por isso. de rnuito especial genelalização, insuscetír,er cle generalizaçào. inr- posta colno imperativo cates(')r'ico. Não é. como outros ramos do djreito público (...) uln clireito <liretamente instt'urnentalizado pala a liberclacle, mas sim Lrrn clil'eito inl- pt'egttirclo tlc ttma stt¡rt'etnacia geral sobre a liberdade ent virlucle de suas finalid¿rrjes nrateriais. cle setls objetivos. o qLre signifìca que este é um clileito ligorosamelte sern!'rrt t|allsperso¡ttel" (EdLralclo Galcía tle Enterría. Rt,v¿tltÍion Ftttttt.li,st, ct Atl¡ti- tt i s rnt tit tt t C <tr t ta t r t poru i r tc, Palis, Econoruìca. I 9tì6. p. 12). -55. Eclualdo García cle Enterría, "Verso un colìcetto cli cliritto arnministlativtr come dirittcr statutâr'io". Rittistu Tritncstrulc di Dititt¡¡ ptthblíco l0l33l-332. Milão. t 960, 56. Odete Metlauar'. Ditaito Ath¡¡ittisînttiv¡t Mtxlarno, São paulo, Ed. RT.2011. P. 44 311 CONTRATOS PÚBLICOS E DIREITO ADM]NISTRATIVO pelÌal, dos ramos clo direito pro to adluinistt.ativo. nÌeslro lìos col.rstluir teuclo por base um lacão entre o indivícluo e o E tradição europeia continental o Dileito de positivação rarclia. Muitos aLttores procnram clen nistrativo pela Lei 2g tlo pltn,ios nÌolnerìto de consolidação da R l¡ositivamente as pr.emissas cle or¡ Francês elttão ern construção.5* V do que como Lrr-ìa curiosidacle historrca, pols rnesl'o ,o Direito Fr.an_cês o deseuvolvime'to do ciireito acrmi'istrativo vai ,., irr-,f uìrìu,rn,topor plincípios e institutos de construção croutrirária e jur.isir.rà",,.in1. a partir clas clecisões clo co'serho ¿L Estaao claquere país.5q Se tbr-r-ììos pensaf no conteúdo do que ir'á cornpor o qlle erìtenclem's purdi'eito admiuistrativo, so'.os obrigados a concorcrar que este ramo doDi'e_ito é, em -e'aucre ureilicla, fì.utõ e contìu'iclac1. an p'o".r* tle re_confi-gurercão política inausLuaclo corì o cleclínio do Feuclalisrro e aco'ce,t.ação c10 pode' no Absorutislno.,,r' De resto, muitos cros instittttos qtte são apt'oveitados pelo ¿tchrinistrativismo são tLaziclos. ain¿a 57 E' posteriol'Illente. clo r.lireikr clr trabalho e outr'os segnìeutos 'rais especíl-icrr5. ç1¡¡11e er ltsullt iJor., lr¡nbiclttll. eleit,,r lrl. 58 Matrfict' Haul'i<'ru lembra: "o pocle| aclnrinist¡'ativo fìri cr.iatlo, o JLrclici¿ír.iofìri lninilnizadtr' Este tttlvo estaclo de coisas tbi corrsagraclo pela constitLriç¡.. tle l-lFrittutire,4nt¡VUIepelaL..i tleOr.grnizaçu,,RJ,¡ì,listLativaclelS pluviosa,Attttl/lll. quc liri jnstamenre chanrircra cle corrstirtiiçã, aclnrinjstrativu ,Lu nrr,rç";j'i þir'¿r.¡,, ¿"Dr¡¡ir Atl'¡i,islruri/ er da Dn¡it prhric G¿,ttérur.loi'e,r , prris. slcy. r.iìr.'p. -ì _,r"duçao lìv[c) No rll i-sirlal: "Le Pouvoir "¿u1in,riro¡l't,rt rehar¡ssé. Ie porvoir.JLrcliciai- |e firt abaissé. Cc'rrouver étLn de choses tut.u,r.,,.ri par-la constituitioncru f2 tiinrai_re An vlII er pa| la Lor d'olganisalion Arrnrinistratlve clu 2g plu,.ic,s.: i,', virr q,,"l'o'a appelée avec raisor r¿L ò.'stitLrtir'n¿r,ri,rìrit"rr". ire la Frarrce... rud: '.por r¡ais de clois séculos, clesde ¡L .ição que ,a () que L.l: -'Tr.av er sars laqLrcn. r" ü":;'^tjl"inisrr.arir ue 60. Cf. Eduar.clo García cle Ellter.l.Ía, Rtíyoltttit¡n FtttnL:tti,¡¿ ct Atlt¡tini.strtttiottÇ't¡¡l¿¡¡¡¡trt¡,¡j¡¡,,. iit.. p. 25. A BIPOLAI que reconfigì-l tllellte qtle o lll 0rganiZaClOlìa E1ètivatnt caso bl'asileit'c tes do direlto corpo de Pt'ittc presstlìlostos ( O qtLe va ranro jrrr'ídico tle disposiçõer 61 O e'xen pocler-ian set lìst tJisso - já tìvemo tutt¡ cltt Dirt:itr¡ , cllgo de Profèssr pLlL concesslìo é direito ecLninistri l¡f Coruo b da tese da lLrptLrr estiltanlùrìte o()rr para qrÌe aqLrcla r dìzia r-espeikr sor nros. a Atlnrinrstr ecl..p 2l) Aess It'rtro. cil , p 4l . Maria l)aula Dal Sarliva,2{)()2. ¡r (¡-l Nesse s tlirtiLrio du pLerni pilar bírsico o ¡r ì nlr) tÌllr nìl-t-ttr tlr ì)tos e concert()s pela pliplia ¡rtat processo ou lllstll cotìcessa(). (Ltle. ( ensejal leis tliscil tência de ì.rìl ùor I res que sustcrltÍll objeto cle esLtrckr r.nesmo ao legisì dorninante (sobre Belo Horízontc. DMINISTRATIVO direito comercial,5? o direi_ 'adição romanística, v¿j sg o de relação jurídica: a re_ isso, podemos dizer Que na ninistrativo é um ramo do urgimento do direito admi_ l. editada por Napoleão no Francesa, para disciplinar r administrativa do Estado rco não pode servir mais is mesmo no Direito Fran_ etivo vai ser impulsionado rtrinária e jurisprudencial, 1o daquele País.ie Se for- or o que entendemos por rncordar que este ramo do uidade do processo de re- clínio do Feudalismo e a )e resto. muitos dos insti- vismo são trazidos. ainda outros segmentos mais especí_ ;trativo foi criado, o Judici¡í¡io rgrado pela Constituição de 22 rativa de 28 Pluviose Ano VIII. strativa da França" (préci.s de ,, Paris, Sirey. 1921, p. 3 - tra_ t rehaussé. le Pouvoir Jucliciai_ rr la Corrsriruitiondu 22 frimai_ .e du 28 pluviose An VIII c¡ue ve de la France". nais de dois séculos, desde a ra instituição que tem rnarcado não seria o que é" (Le Droit r original; "Tr.aversant depuis rseil cl'Etat est une instituiiion ¡uelle le droit administratif ne Fret ttçaise et Adnínisfrofion ABTPOLARIDADEDoDIREITOADMINISTRATIVoESUASUPERAÇAO373 que reconfigurados, do antigo regime'6r Por fim, temos que ter em rnente que o mafco positivo da lei francesa de 1800 era exclusivamente i, gu"iiu"io"al, muito pouco tratan Jo da relação Estado/indivíduo..2 Efetivamente, em diversos Países - e de maneira acentuada no caso brasileiro - o surgimento de leis disciplinando aspectos relevan- tes do direito administrativo se deu apenas depois de já se ter um .o¡po d" princípios e conceitos sedimentados determinando limites e pr"irupottot da atuação da Admrnistração.63 o que vai definir, originalmente, o direito administrativo como ramo juiídico autônomo será seu objeto: a prescrição de um conjunto de disposições (como dito, nem sempre positivadas) que afastam ou 61. O exemplo rnais célebr.e é do instituto do poder de polícia. Mas outros poderiam ser listados, como a requisição ou a figura do domínio eminente. Além. äisso - já tivemos a oportunidade de demonstra¡, no nosso A Concessão como Insfi' Utto do Diteito Adntiìtistrativo (tese apresentada ao concurso para provimento do cargo de ProfessorTitular, São Paulo. Faculdade de Direito da usP,2013) -, a pró- prii concessão é trazida do antigo regime, sendo reconfigurada nos quadrantes do direito administrativo modemo. 62. Como bem aponta odete Medauar: "(...) uma das dificuldades da aceitação da tese da ruptura está no enunciado da origem do direito administrativo em tennos estritamente normativos; basta adotar a concepção
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