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Relatório sobre paineis elétricos

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CORDENAÇÃO DO CURSO DE ELETROTÉCNICA
COORDENAÇÃO DE INTEGRAÇÃO ESCOLA-EMPRESA
PROJETOS ELÉTRICOS
Desenvolvimento de Projetos de painéis elétricos industriais
Jameson Barros de Oliveira
RECIFE
2009
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PE
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ELETRÔTÉCNICA
COORDENAÇÃO DE INTEGRAÇÃO ESCOLA-EMPRESA
 PROJETOS ELÉTRICOS 
Desenvolvimento de Projetos de painéis elétricos industriais
Relatório de estágio curricular apresentado à Coordenação de Eletrotécnica como um dos requisitos para aquisição do título de Técnico em Eletrotécnica do IFPE.
Aluno (a): 
Jameson Barros de Oliveira
Professor (a) orientador (a): 
Pedro Paulo
RECIFE
2009
AGRADECIMENTOS
A todos que contribuíram para minha formação, Deus em primeiro lugar, aos amigos conquistados no IFPE durante o curso, aos companheiros da JMS, minha esposa e amiga Claudia Regina, Minha mãe Nadedja Queiroga, ao professor José Marcelo pela oportunidade que me deu e, em especial minha tia Maria Nora e minha grande amiga Estelita Loureiro, estas duas que me ajudaram bastante nesta trajetória árdua, mas gratificante que foi a passagem pelo antigo CEFET-PE, hoje IFPE.
ALUNO: Jameson Barros de Oliveira
CURSO: ELETROTÉCNICA
ENDEREÇO: RUA Maria de Fátima Soares, №-130
Iputinga, Recife - PE
FONE: (81) 3454-2629 / (81) 8831-4796
EMPRESA: JMS CONSULTORIA, SERVIÇOS E PROJETOS
DE ENGENHARIA ELÉTRICA LTDA.
ENDEREÇO: DR. CLÁUDIO JOSÉ GUEIROS LEITE, 4351
COMPL.: LOJA 12 CXPST 358
PAULISTA – PE
FONE: 3445-1987
ESTÁGIO SUPERVISIONADO
 No estágio supervisionado foi dado ênfase no desenvolvimento de projetos de painéis elétricos industriais. Toda estrutura técnica do projeto foi abordada, a apresentação da proposta por parte do cliente, passando pela avaliação técnica, pelo desenvolvimento dos desenhos (unifilar, esquema e layout elétrico) e por fim o lançamento elétrico do projeto dando início à outra etapa da produção: a montagem física dos painéis. 
 O estudo do projeto elétrico é essencial no desenvolvimento do eletrotécnico, visto que, dependendo do tipo de projeto (usina de geração de energia elétrica, subestação, predial, residencial ou industrial) verifica-se onde e como se utilizam os equipamentos elétricos, além de, é claro, proporcionar o estudo das aplicações teóricas. O aprendizado absorvido através da análise de projetos, em especial os industriais, foi um dos motivos pelos quais escolhi este tema no desenvolvimento do meu relatório final. Neste trabalho abordarei as tarefas realizadas durante o estágio, as etapas de realização dos projetos de painéis elétricos como o dimensionamento dos equipamentos (disjuntores, contatores, relés, transformadores etc.), a realização dos desenhos (diagrama unifilar, esquema elétrico e layout elétrico), avaliação da parte lógica, se existente, do projeto (REDES LÓGICAS) e por fim o lançamento do projeto.
 Para aprender a projetar é indispensável, antes de qualquer coisa, aprender a ler um projeto. Esta foi a metodologia inicial utilizada. Vários projetos já finalizados foram apresentados e relatórios sobre eles foram escritos. É indispensável à descrição de cada parte do projeto, desde o diagrama unifilar à lista de materiais a serem comprados. Para iniciantes é importante a análise e a realização de projetos considerados menos complexos como QDLF (Quadro de luz e força), que consiste apenas na alimentação de cargas luminosas e tomadas.
 Como foi dito antes, saber ler projetos elétricos é indispensável a qualquer profissional da área. Saber projetar é quase que uma garantia de manter-se presente no mercado de trabalho atual principalmente no Estado de Pernambuco, já que a construção da refinaria de petróleo realizada em Suape é um ótimo atrativo à construção de painéis elétricos não apenas na própria refinaria, mas também nas indústrias que se instalarão em sua volta. 
 A necessidade da utilização de energia elétrica hoje, o uso de motores e bombas além da exigência e importância da segurança dos profissionais que trabalham com eletricidade, são fatores importantíssimos na aquisição de painéis elétricos por parte das empresas e indústrias, visto que automação, facilidade no acionamento de partidas, proteção de equipamentos e segurança das pessoas são qualidades de um painel. 
 A oportunidade que obtive na área de projetos me moldou como profissional. O aprendizado oferecido foi facilmente apreendido e hoje sou um membro importante na empresa onde o estágio foi realizado. Neste trabalho espero expor o máximo de conhecimento absorvido durante o estágio supervisionado e também incentivar futuros profissionais a escolherem o ramo de projetos elétricos como o passo inicial ao profissionalismo.
 Jameson Barros.
Sumário
7INTRODUÇÃO
91.
Descrição geral da JMS
92.
Metodologia de ensino e de trabalho
103.
Estrutura e objetivos da JMS
124.
Tipos de projetos
124.1
Painéis elétricos industriais
234.2
Usinas geradoras de energia elétrica e SE
284.3
Predial
285.
Desenvolvimento dos projetos de painéis elétricos industriais
285.1
Avaliação inicial
295.2
Preenchimento de planilhas de gerenciamento
305.3
Etapas na elaboração do projeto
305.3.1
Exemplo de projeto completo
315.3.2
Capa, selo, legenda, índice, simbologia e lista de informações
325.3.3
Diagrama unifilar
345.3.4
Esquema elétrico ou diagrama trifilar
355.3.5
Lista de bornes
355.3.6
Lay-out mecânico e relação de etiquetas
385.3.7
Lay-out elétrico e planilha de montagem
405.3.8
Lista de materiais
405.3.9
Lançamento elétrico
445.3.10
Revisões
475.3.11
Certificado
486.
Projetos desenvolvidos durante o período de estágio
52CONCLUSÃO
53RECOMENDAÇÕES
54REFERÊNCIAS
55ANEXOS
56ANEXO I – Definições de equipamentos
59ANEXO II – Páginas retiradas de projetos finalizados
77ANEXO III – Fotos de painéis e equipamentos
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
INTRODUÇÃO
 Este relatório tenta passar os aprendizados desenvolvidos durante o período de estágio realizado na empresa JMS CONSULTORIA, SERVIÇOS E PROJETOS DE ENGENHARIA ELÉTRICA LTDA, à qual irei referir-me apenas pela sigla “JMS” neste relatório. 
 A JMS é uma empresa voltada para a elaboração de projetos elétricos, em especial de painéis elétricos industriais. Trata-se de uma prestadora de serviços. Em alguns casos atuamos como responsáveis por todas as partes referentes ao projeto elétrico, como no caso do projeto GARGAÚ (será melhor abordado posteriormente) onde fomos responsáveis pela elaboração dos projetos da usina, da subestação e dos painéis elétricos, além da montagem dos painéis Elétricos. 
 Porém, na maioria dos projetos elaborados, o cliente é a AREVA KOBLITZ, uma empresa que trabalha com a elaboração de projetos elétricos e na montagem dos próprios. Devido à enorme quantidade de projetos existentes na AREVA, esta terceiriza não apenas a realização dos projetos como também a montagem destes visando diminuir o tempo gasto na execução destes e consequentemente aumentando a quantidade de projetos efetivados durante um curto período de tempo. Durante o desenvolvimento deste trabalho constantemente citarei a AREVA, pois se trata de um de nossos maiores clientes e estes têm influenciado muito na nossa maneira de se organizar e elaborar os projetos. 
 Neste trabalho relato como estes projetos passados à JMS por nosso principal cliente, a AREVA KOBLITZ, são elaborados, quais as etapas necessárias e como se faz o lançamento dos próprios, e também quais os cuidados com os projetos de gêneros diferentes (subestações e usinas) dos normalmente repassados a nós pela AREVA (projetos de painéis elétricos industriais). Atividades realizadas como leitura de projetos elétricos, dimensionamento de equipamentos a serem utilizados nos projetos, elaboração de desenhos como diagramas unifilares, esquemas elétricos, layout elétrico, inserção de redes lógicas no projeto, procedimentos abordados nas revisões ecertificados, organização e disposição dos projetos no local de trabalho e utilização dos equipamentos necessários à realização do projeto (computador e software AutoCAD 2D) serão temas abordados.
 Como se trata de um relatório técnico, por vezes mencionarei equipamentos e termos referentes à área de eletrotécnica. Por tal motivo disponibilizei, através do anexo I, breves descrições sobre tais termos e equipamentos a fim de esclarecer possíveis dúvidas. Além do anexo I, há o anexo II com exemplos de projetos finalizados por mim e também o anexo III com fotos de painéis montados visando esclarecer melhor o resultado dos projetos elaborados. 
 Por fim, espero que os conhecimentos absorvidos durante o período de estágio esclareçam dúvidas e despertem mais interesse àqueles que desejam conhecer ou ingressar na área de projetos elétricos, em especial de painéis elétricos industriais.
1. Descrição geral da JMS
 A JMS ENGENHARIA é uma empresa voltada para a elaboração de projetos elétricos. Projetos de usinas de geração de energia elétrica, de subestações, prediais e industriais, e principalmente projetos de painéis elétricos industriais.
 Fundada no início do ano de 2008, a empresa entrou no mercado dos projetos elétricos como prestadora de serviços, tendo como principal cliente a AREVA KOBLITZ que também é uma empresa voltada não apenas para a elaboração de projetos, mas também para a execução dos próprios.
 Hoje, a JMS continua prestando serviços à AREVA, porém expandiu seu campo de atuação de modo que em seu histórico acarreta toda a responsabilidade pela elaboração e execução dos projetos referentes à usina de geração de energia eólica, GARGAÚ.
 O crescimento da empresa é notório. Ultimamente estamos elaborando e executando projetos prediais e de nível industrial para empresas importantes como o HOSPITAL DOS OLHOS, SANTA CLARA e a COMPESA.
2. Metodologia de ensino e de trabalho
 A JMS trabalha formando seus futuros profissionais. No meu caso e de quase todos os profissionais da empresa, um curso de formação de aproximadamente três meses foi oferecido. Como trabalhamos praticamente desenhando durante boa parte do tempo dentro da empresa, um curso de AutoCAD 2D de aproximadamente duas semanas foi desenvolvido. Trabalhamos com desenhos simples de diagramas unifilares, de comandos de partidas de motores como chave estrela-triângulo ou chave compensadora e também copiando diagramas trifilares. Logo em seguida várias palestras e aulas sobre como elaborar um projeto foram dadas. Estudamos vários projetos já finalizados com o dever de descrever as características de cada tipo de painel visto. Anotações sobre a utilização de equipamentos como “disjuntores de entrada” de um painel tipo CCM (Centro de Comando de Motores) ou sobre a diferença entre “transformador de comando” e “transformador de potência”, serviram para nos dar uma visão inicial de como, onde e porque se insere algum equipamento em um projeto elétrico.
 O treinamento intensivo fez com que conseguíssemos rapidamente iniciar os trabalhos com projetos vendidos pela empresa, ou seja, com aproximadamente quatro meses estávamos avaliando e elaborando projetos de painéis industriais.
 Hoje seguimos um padrão na execução dos projetos, padrão este que ajuda na rapidez com que projetamos. A empresa cresce de forma que hoje tem seu espaço físico ampliado com divisões setoriais e salas próprias para palestras e treinamentos específicos. 
3. Estrutura e objetivos da JMS
 Atualmente a JMS possui uma estrutura física muito boa e necessária à elaboração de projetos elétricos. Nosso escritório é composto por:
I. Duas salas climatizadas onde se realizam os projetos, onde nós projetistas estagiários e supervisores trabalhamos a maior parte do tempo realizando pequenas reuniões e elaborando os projetos. Cada projetista possui uma “célula”, que é o espaço individual de cada. Cada célula é composta por mesa, cadeira e computador;
II. Uma sala onde se localiza a administração, onde comumente são fechados os negócios e as instruções são passadas para os supervisores pelos chefes para em seguida serem passadas para os projetistas;
III. Um auditório onde palestras e aulas são dadas visando especializar e aprimorar nossos conhecimentos. Geralmente, antes de iniciar a elaboração de projetos inéditos ou considerados complexos e que requerem um nível de conhecimento maior, usamos o auditório, que é climatizado e possui cadeiras acolchoadas, quadros específicos, além de um retroprojetor.
 Os documentos necessários à execução dos projetos como diagramas unifilares, lista de cargas, manuais, catálogos etc., ficam localizados na rede de computadores. Nossa rede é bem dividida contendo compartimentos próprios para cada tipo de documentos. Nossa rede é muito semelhante à rede usada na AREVA KOBLITZ.
 Na rede os projetos são separados conforme o nome de cada cliente. Geralmente um cliente possui vários projetos e estes são identificados por suas OP’s (Ordem de Produção). Segue abaixo um exemplo da localização de um projeto na rede:
 Nosso principal instrumento utilizado é o computador. O uso do computador bem configurado e equipado contendo um software específico para a elaboração dos projetos é indispensável. Na JMS as máquinas são equipadas com placas de rede e vídeo of-board, que oferecem melhor desempenho no momento de renderizar os desenhos, possuem processadores com freqüência superior a 2 GHz, memória RAM de 2GB e monitores de 17 polegadas.
 Os softwares utilizados são o Qcpro ou Bricscad, que são programas com base em AutoCAD, porém com comandos próprios para a elaboração de projetos elétricos, possibilitando maior velocidade e melhor execução de desenhos, esquemas e lay-out’s, facilita a geração de planilhas e listas (lista de bornes e lista de materiais) e também na criação de páginas, índice e capa do projeto.
 Esta boa estrutura foi que me ajudou a aprender facilmente os procedimentos referentes à elaboração de um projeto.
 A JMS pretende melhorar cada vez mais sua estrutura podendo assim conquistar mais espaço no âmbito dos projetos, conquistando cada vez mais a confiança dos clientes e expandindo sua equipe de projetistas.
 A empresa visa sempre a realização de projetos com porcentagem zero de erros, resposta rápida às alterações solicitadas pelos clientes e rapidez no lançamento dos projetos, visto que o período dado pelos clientes para a elaboração dos projetos é curto, devido à rapidez com que se dá os processos de industrialização dos painéis.
 Nós projetistas, além de projetar, temos o dever de avaliar a proposta enviada pelo cliente atuando junto ao próprio, dando sugestões de melhoria e verificando a funcionalidade do projeto.
4. Tipos de projetos
 A JMS elabora projetos de quatro tipos: Painéis elétricos industriais, usinas geradoras de energia elétrica, subestações e prediais. Vejamos suas características.
4.1 Painéis elétricos industriais
 Os painéis elétricos industriais são amplamente utilizados em vários tipos de empresas e setores da indústria. De usinas geradoras de energia a pequenas fábricas, os painéis são importantíssimos. Como exemplo, observemos as etapas de geração de energia elétrica de uma usina eólica e vejamos o papel dos painéis no processo:
 Primeiramente, capta-se água em um reservatório. Então, ela é conduzida sob pressão por tubulações forçadas até a casa de máquinas, onde estão instaladas as turbinas e os geradores. A turbina é formada por um rotor ligado a um eixo. A pressão da água sobre as pás do rotor da turbina produz um movimento giratório do eixo da turbina, transformando a energia hidráulica em um trabalho mecânico, que por sua vez aciona o gerador. O gerador é um equipamento composto por um eletroímã e por um fio bobinado. O movimento do eixo da turbina produz um campo eletromagnético dentro do gerador, produzindo, assim, a eletricidade, levada para o consumidor por meio das linhas de transmissão.
 Porém, o controle da velocidade das águasque movimentam as turbinas (através da abertura e fechamento das comportas) é feito pela interação comando elétrico - resposta mecânica e, o comando elétrico pode ser dado inicialmente por um operador localizado na casa de comando, porém as ações realizadas por equipamentos como contatores, relés e disjuntores ocorrem dentro de painéis elétricos.
 As ligações elétricas entre diversos equipamentos e entre os próprios painéis devem ser bem claras e desenhadas. Quando se elabora um projeto industrial de uma usina hidrelétrica, o diagrama unifilar geral tem a função de mostrar as interligações entre os diversos tipos de painéis. Abaixo temos um exemplo de diagrama unifilar geral da Pequena Central Hidrelétrica PAIOL (Cliente da AREVA):
 Vemos que os retângulos pontilhados separam as partes do projeto, partes essas que correspondem a conjunto de painéis elétricos com funções específicas (com exceção do retângulo pontilhado que compreende aos geradores G1 e G2). No exemplo acima o retângulo tracejado que compreende uma chave seccionadora e um fusível corresponde ao Painel de seccionadora (PNSEC), este apenas é responsável pela abertura e fechamento do circuito que alimenta o TSA2 ou simplesmente o painel que acopla um transformador, que antecede os painéis de serviços auxiliares. Como o diagrama acima é bem completo vemos facilmente que existem vários tipos de projetos e os mais comuns são: Painel de Média Tensão (PNDMT), Painel de Seccionadora (PNSEC), Painel de medição (PNM), Painel de Sincronismo (PNS), Painel de Aterramento (PNAT), Painel de Surto de Tensão (PNST), Quadro de Luz e força (QDLF), Painel de Serviços Auxiliares (PNSA), Painel de Proteção (PNPE), Centro de Comando de Motores (CCM) e não visto no diagrama, mas muito importante o Painel de remota (PNR). No anexo III deste relatório há fotos correspondentes a alguns tipos de painéis. Agora, vamos conhecer um pouco mais sobre alguns deles.
PNAT – O Painel de Aterramento é responsável pelo aterramento do neutro do gerador. Os geradores devem ser aterrados para proteção do gerador contra correntes de curto-circuito. No PNAT, geralmente há um trafo abaixador, um Transformador de Potência (TP) responsável pela transmissão de tensão do barramento do painel para o Painel de Proteção (PNPE) e resistências para limitar a corrente nos terminais deste TP. Abaixo segue um segmento retirado do diagrama unifilar de um PNAT (a parte sem pontilhado corresponde ao PNAT).
PNST – O Painel de Surto de Tensão acopla transformadores de corrente (TC), capacitores e para-raios. Como o próprio nome sugere, este painel é importantíssimo na proteção de geradores e transformadores contra surtos de tensão. Ocorrendo descarga atmosférica nas proximidades do trafo ou do gerador, os para-raios contidos no PNST impedem que este surto atinja-os.
 Uma observação importante é que os dois painéis descritos até aqui podem ser elaborados como um só projeto, este seria o Painel de Surto e Aterramento (PNSAT), mas isto depende da disposição e necessidade do projeto.
 Abaixo temos na parte não pontilhada um trecho do diagrama unifilar do PNST-G1 retirado de um dos projetos do cliente PCH PAIOL:
PNS – O painel de sincronismo é utilizado para manter as variáveis dos alternadores em sintonia com as características da rede. Freqüência, tensão e ângulo de fase são as principais grandezas trabalhadas neste painel. O painel de sincronismo é constituído basicamente por relés responsáveis pelo monitoramento destas grandezas.
PNDMT – O painel de média tensão é um dos maiores e mais trabalhoso projetos (geralmente apresenta um número elevado de painéis). Não há uma única descrição para este tipo de painel, pois dependendo da complexidade da usina, ele muda. Pode-se dizer que o PNDMT antecede a subestação elevadora, que é a responsável pela elevação da tensão gerada para posteriormente transmiti-la através das linhas de transmissão (LT). Estes painéis também antecedem os trafos de serviços auxiliares, ou seja, trafos responsáveis pelo abaixamento da tensão gerada para que esta seja usada na própria usina em seus serviços auxiliares. Pode-se dizer então que o PNDMT é o principal “receptor” da tensão gerada dentro da usina, pois posteriormente a ele, a tensão, classificada como média (6,9kV ou 13,8kV), ou é elevada para ser transmitida, classificada como alta tensão (69kV, 138kV, 230kV e hoje até 750kV), ou é abaixada para ser usada dentro da própria usina, classificada como baixa tensão (440V, 380V, 220V ou 125V). Então, resumindo, podemos dizer que nestes painéis há uma forte relação concessionária – geração - distribuição. O projeto do PNDMT da PCH PAIOL, elaborado por mim dentro da JMS, consistia no paralelo entre dois cubículos contendo ambos, um disjuntor de média tensão extraível de 1250A disposto nos barramentos que chegam dos geradores G1 e G2. Neste paralelo também há dois cubículos contendo ambos, uma seccionadora e fusíveis. Esta seccionadora apenas secciona os barramentos que antecedem o trafo auxiliar responsável pelo abaixamento da tensão para posteriormente esta baixa tensão (neste projeto, 380V) alimentar os painéis de serviços auxiliares. É importante notar que estes cubículos contendo as seccionadoras poderiam ser desenvolvidos separadamente sendo classificados como PNSEC, mas neste projeto, o cliente achou melhor acoplá-los ao PNDMT. Por fim, há um cubículo central de onde a média tensão é transmitida, através dos barramentos, até o transformador (TR1) elevador da SE para que após elevada, esta tensão possa ser transmitida.
 É importante destacar que nos PNDMT os lay-out’s são desenhados de forma que os equipamentos macros como disjuntores de média tensão, seccionadoras e fusíveis não aparecem, apenas sendo expostos os “berços”. Estes berços são nada mais nada menos que chapas contendo mini-disjuntores, contatores de comando, relés, tomadas auxiliares, lâmpadas e borneiras, calhas e se localizam normalmente na parte superior ou inferior do painel. Para visualizar os equipamentos maiores, basta verificar o desenho mecânico do projeto (eletromecânico) – fig.: 4.1.5.
 Acima se encontra um desenho de chapa contendo os equipamentos menores descritos e abaixo um desenho mecânico mostrando os equipamentos macros.
PNPE – Trata-se também de uma parte importantíssima do corpo do projeto. O painel de proteção monitora o funcionamento do grupo gerador, promovendo automaticamente, seu desligamento em caso de problemas. Como o fato de poder interromper fases da geração, ligar/desligar disjuntores, abrir/fechar chaves seccionadoras entre outros comandos, que é uma característica dos painéis de comando (PNC), geralmente estes painéis são elaborados conjuntamente. O PNPE é composto por basicamente por relés próprios para supervisão, equipamentos de medição como amperímetros, voltímetros, frequencímetros, chave de aferição, redes lógicas e cartões CLP’s.
PNR – O painel de remota é também um painel muito trabalhoso, pois envolve ligações entre vários cartões lógicos acoplados a CLP’s e interligação com sensores, chaves seccionadoras, disjuntores, contatores e relés. Estas interligações são indispensáveis ao bom desempenho de equipamentos e painéis. Cartões de entrada analógicos captam sinais de sensores de velocidade de rotação das turbinas e sensores térmicos do tipo PT100 que verificam a temperatura de equipamentos. Já os cartões de entrada digitais recebem sinais de equipamentos elétricos e eletrônicos como relés, disjuntores, chaves seccionadoras, contatores, etc. Após receber esses sinais, sejam eles analógicos ou digitais, uma lógica pré-programada no CLP é verificada e se algo de incompatível ocorrer, ações são tomadas e sinais são enviados através de bornes relés (bornes com a função de mover seus contatos quando em presença de tensão ou não) ligados aos cartões de saída digitais ou analógicos até o destino desejado, geralmente acionando alarmes, sinaleiros ou interrompendo circuitos.
PNSA e CCM – Os CCM’s são construídos de forma modulada, compostos de seçõesverticais acopladas entre si, formando um conjunto rígido auto-suportado. Eles permitem o acionamento de vários motores e bombas de forma segura para os operadores não apenas no momento do acionamento ou desligamento, mas também na supervisão e manutenção dos equipamentos. Possibilitam também o acoplamento de acionadores de motores modernos como soft start e inversores de freqüência, além de comportarem, se necessário, banco de capacitores utilizados na correção do fator de potência dos motores. 
 A diferença básica entre eles é que o painel de serviços auxiliares alimenta outros painéis como QDLF, QDCC e QDCA, além de cargas predominantemente ativas. Ele geralmente está localizado logo após o trafo abaixador e é o responsável pela transmissão da tensão já baixa para outros painéis.
 Uma característica marcante desses painéis é que as partidas ou alimentadores são identificadas por números, e estes números são inseridos na frente dos TAG’s dos equipamentos. Assim, se um simples disjuntor de comando “Q1” pertence à “partida número 10”, este passa a ser identificado por “10Q1”.
 Os passos seguidos para a elaboração de CCM’s são simples e seguem basicamente a mesma linha de execução, porém são bastante cansativos. Os diagramas utilizados, esquematização de comandos de acionamento dos diversos tipos de partidas (partida direta trifásica, monofásica, reversa, com soft start ou inversor) são comumente usados. Por tal motivo a AREVA vem buscando desenvolver um bloco único para o software utilizado na elaboração dos projetos (BicsCAD no momento) contendo todos os equipamentos, de acordo com cada fabricante (Siemens, WEG, ABB, etc.), compatíveis com o tipo de motor a ser considerado e com os diversos tipos de comandos com supervisão interna ou externa dos cartões de CLP. Esses blocos quando concluídos facilitarão e muito nosso trabalho, diminuindo o tempo de execução do projeto e o estresse que surge com a repetição de movimentos devido à similaridade existente entre os diversos tipos de partidas.
 A figura 4.1.6 abaixo mostra o padrão de entrada dos painéis utilizado na maioria dos CCM’s e PNSA feitos pela JMS. A entrada corresponde a um disjuntor BT (Q01) responsável pelo comando fechamento/abertura do barramento principal. Há também dois trafos de comando utilizados para baixar mais ainda a tensão que será utilizada pelos equipamentos presentes no comando dos motores e nas lâmpadas, tomadas, ventiladores, resistores e termostatos que são componentes do serviço auxiliar de cada painel. O TC serve para alimentar dispositivos de medição e proteção como multimedidores e relés.
 A próxima figura mostra como é feita a alimentação dos motores trifásicos através dos CCM’s:
 
 A indicação “C2F” na figura 4.1.7 significa que a partida se encontra no cubículo 2 e na parte frontal (este tipo de indicação é usada para painéis do tipo back to back, cubículos com disposição frontal e posterior).
 A figura 4.1.8 mostra os painéis já montados:
QDCC E QDCA – Trata-se de painéis menos complexos e muitas vezes de dimensões menores. Os quadros de distribuição de corrente contínua disponibilizam sinal contínuo para alimentação de baterias, no-break e alimentação de dispositivos eletrônicos e lógicos como CLP’s. Já os quadros de distribuição de corrente alternada consistem basicamente de disjuntores de comando que alimentam dispositivos existentes em outros painéis ou partes da usina e que necessitam de baixa tensão alternada.
QDLF - Por fim, o quadro de luz e força é responsável pela alimentação de cargas luminosas, as lâmpadas presentes nos diversos setores da usina e necessário ao funcionamento diário da própria, ao trabalho desenvolvido por profissionais nas salas de reunião, nos escritórios e no setor onde se localizam os diversos painéis. Além das cargas luminosas, as tomadas também são alimentadas a partir deste painel. Na maioria das indústrias, usinas e empresas o QDLF alimenta quadros de distribuição menores localizados em regiões mais próximas às cargas destinadas. 
 Aqui tentei descrever a composição e importância de alguns painéis usados no processo industrial de geração de energia elétrica. Vamos agora a uma breve passagem pelos projetos de usinas geradoras.
4.2 Usinas geradoras de energia elétrica e SE
 No tópico anterior foram feitas descrições de painéis que compõem o processo de geração de energia elétrica. Porém, um projeto completo de uma usina vai desde a geração de energia propriamente dita até a elaboração da SE elevadora necessária à transmissão da energia.
 Vejamos então uma breve descrição de alguns tipos de usinas e posteriormente darei ênfase ao projeto Gargaú (usina eólica), este realizado inteiramente pela JMS com participação minha.
 Os principais tipos de usinas geradoras são:
· Hídrica - A energia produzida pelas Usinas Hídricas é resultante do movimento das águas, com grande aproveitamento do potencial hidráulico existente em um rio, sendo utilizado os desníveis naturais ou artificiais (quedas de água ou desvio do curso original do rio). Um dos problemas decorrente desse aproveitamento é que na maioria das Usinas são construídas barragens que represam grandes quantidades de água, formando repesas, que normalmente alagam grandes quantidades de terra, e às vezes terras férteis.
· Termoelétrica – A definição de Usina Termelétrica é considerada como toda instalação que produz energia, a partir da queima de combustíveis (carvão, óleo combustível ou gás natural) numa caldeira projetada para esta finalidade, com funcionamento semelhante e independente do combustível. A principal vantagem é que essas Usinas podem ser construídas nos próprios locais onde será consumida a energia elétrica, economizando assim gastos com linhas (cabos) de transmissão a longas distâncias. As instalações das Usinas Termelétricas podem trazer algumas desvantagens, pelo fato de que o seu funcionamento baseia-se na queima de um combustível, e, sabemos que toda queima de qualquer combustível traz prejuízos para a natureza (poluição), deste modo o combustível mais recomendado nesse processo é o gás natural, porque seu custo é menor, sendo um combustível não-renovável. Outro fator desfavorável é o impacto causado pelas construções de estradas e gasodutos que servem para levar os combustível até as Usinas e a poluição do ar, causado pela queima. Podemos também salientar que esse tipo de Usina não produz quantidades numéricas de energia em relação às suas grandes construções, quando relacionadas a outros tipos de Usinas (como a Hidrelétrica). Encontramos várias Industrias, (podemos citar as Destilarias de álcool) que são auto-suficientes na produção de energia, utilizando produtos resultante da matéria-prima ali utilizada para a produção dessa energia, como a queima do bagaço da cana de açúcar.
· Solar – A energia provinda do sol é absorvida por coletores solares (painéis fotovoltaicos) e posteriormente transformada em energia elétrica. O painel fotovoltaico é um dispositivo constituído em média por trinta e seis células solares utilizadas para converter energia solar em energia elétrica. A conversão direta da energia solar em energia elétrica é realizada nas células solares através do efeito fotovoltaico, que consiste na geração de uma diferença de potencial elétrico através de radiação solar, sendo seu uso particularmente vantajoso em regiões remotas ou zonas de difícil acesso, onde não existe a rede convencional de energia. 
· Eólica – As Usinas Eólicas aproveitam a força da velocidade dos ventos para gerar eletricidade. São grandes hélices (como cataventos gigantes) instaladas em altas torres ou em locais altos. Esses locais devem ser privilegiados do ponto de vista de ventos. É necessário que haja vento, de preferência fortes, o tempo todo. 
 A grande vantagem da usina eólica é que não existe nenhum tipo de poluição.
 FIG.: 4.2.1 - Processo de geração eólico
 Como exemplo de elaboração de um projeto de usina, falemos um pouco sobre orecente projeto desenvolvido para o cliente Gargaú, um projeto de usina eólica junto à Subestação do Parque Eólico Beberibe 13,8/69kV.
 O projeto Gargaú consiste na elaboração de uma fazenda eólica contendo 17 aerogeradores acoplados a um gerador elétrico, o pátio de uma SE elevadora 13,8/69kV e do projeto elétrico predial do setor de serviço.
 Basicamente, os aerogeradores geram energia a uma tensão de 13,8kV e esta é conduzida até o primário do transformador localizado na SE. Aqui a tensão é elevada para 69kV para posteriormente ser transportada à SE Cascavel – Coelce.
 A JMS terceirizou algumas partes de execução do projeto como, por exemplo, a elaboração e montagem dos painéis, além do desenho de plantas da fazenda eólica, da SE e do prédio onde se localizam a administração, departamentos de comando e segurança e a casa de força. Cálculos para a escolha dos aerogeradores e transformadores, além do dimensionamento de equipamentos como TC’s, TP’s e disjuntores também foram terceirizados. Já as planilhas de interligação entre painéis e equipamentos localizados na SE ou no prédio foram elaboradas na própria JMS. Informações como de onde saem e para onde vão os cabos, além da bitola e do comprimento dos cabos a serem usados são particularidades destas planilhas.
 Como supervisor do projeto, A JMS analisou cada parte de projeto terceirizado, verificando como foram realizados os dimensionamentos e quais critérios foram usados. Os desenhos das plantas e estruturas também foram pré-avaliados seguindo sempre os critérios exigidos pelo contratante (no caso a usina Gargaú).
 Abaixo segue a planta de aterramento do pátio da SE. As eletrocalhas localizadas entre a SE e o prédio servem para interligar painéis e equipamentos. Na parte inferior da SE encontra-se o Transformador elevador e a caixa separadora de óleo. Apesar de se tratar de uma ilustração do projeto de aterramento, a planta mostra muito bem a estrutura da SE, onde se localizam, na ordem de cima para baixo, postes suportando para-raio de 15kV para a proteção da rede contra descargas atmosféricas, em seguida a chave seccionadora responsável pela abertura/fechamento da rede, logo após os TP’s que reduzem a tensão para serem supervisionada por relés e medidas nos medidores, depois os TC’s reduzindo e muito a corrente com as mesmas finalidades dos TP’s, em seguida o disjuntor de 1600A e por último o transformador elevador.
 FIG.: 4.2.2 - Planta do aterramento da SE Gargaú
4.3 Predial
 Compreendem estruturas prediais, os edifícios, escolas, hospitais, supermercados dentre outras várias.
 A elaboração de um projeto predial consiste basicamente em fazer o levantamento de cargas do prédio para determinar como serão alimentadas, se pela concessionária, por gerador próprio ou por ambos, desenhar os diagramas unifilares, distribuir os circuitos pelos setores do prédio e gerar a lista de materiais a serem comprados.
 A JMS está supervisionando alterações no projeto elétrico predial do Hospital Santa Luzia (HSL). Aqui, fomos solicitados a retirar um Ponto de Entrada (PDE) da concessionária CELPE localizado num novo setor adquirido pelo hospital há pouco tempo. Como o hospital já possui um PDE e também um gerador particular com capacidade suficiente para suprir as principais cargas (Cargas essenciais), o HSL deseja transferir as novas cargas para serem alimentadas através dos cabos provenientes deste PDE antigo. Além desta alteração estamos atualizando as plantas dos projetos elétricos, pois nas antigas não constam as cargas instaladas recentemente. Os disjuntores, relés e contatores serão testados para verificarmos se não precisam ser trocados. Por último, veremos as condições e instalações dos painéis, do transformador e do gerador presentes na SE abrigada.
5. Desenvolvimento dos projetos de painéis elétricos industriais
5.1 Avaliação inicial
 Quando um projeto de painel elétrico é designado à JMS por nosso cliente AREVA, os supervisores analisam-na, começando com a verificação do diagrama unifilar geral. Detalhes como as interligações entre os painéis são previamente analisados. Como milhares de projetos constam nos arquivos, tanto da AREVA, quanto da JMS, alguns podem ser reaproveitados, como acontece frequentemente com PNDMT, que por ser um painel complexo requer um certo reaproveitamento para diminuir o tempo de execução dele. CCM`s são os mais reaproveitados, pois os comandos das partidas, os equipamentos utilizados, padrão de entrada e layout elétrico são muito parecidos. As OP`s que serão reutilizadas na elaboração dos projetos são recolhidas na AREVA e levadas para a JMS. Além dos projetos, há uma reunião com o pessoal do departamento de mecânica dos painéis para acordar detalhes. Acertos feitos com o departamento de automação são feitos visando facilitar o desenvolvimento das redes lógicas, se existentes. 
 Após definir como será feito o projeto a JMS estipula o preço e o tempo para a elaboração do próprio. Após definir o tempo de execução, há uma reunião entre os supervisores e os projetistas visando definir os projetos a serem reaproveitados, os equipamentos e fabricantes a serem considerados e averiguar quais equipamentos podem ser solicitados com antecedência através da lista de materiais. Este último é um passo muito importante e necessário visto que há equipamentos que demoram muito a chegar ao almoxarifado após a solicitação, e estes devem ser solicitados com antecedência. Disjuntores abertos de media tensão, fusíveis de alta amperagem, Chaves seccionadoras e para-raios são exemplos de materiais com tempo de aquisição longo.
 Então, feitas as considerações iniciais, estamos aptos a iniciar a elaboração do projeto.
5.2 Preenchimento de planilhas de gerenciamento
 Quais, como e quando utilizamos as planilhas mais importantes de gerenciamento de projetos elétricos:
· Controle de documentos: Usada para controle geral dos procedimentos do projeto, contém o nome dos clientes, as OP's e a descrição dos painéis. Há varias colunas contendo informações referentes à data de arquivamento dos projetos, assim como o nome dos responsáveis, informações sobre a data do envio do desenho de teste para o índice de controle e qualidade (ICQ) assim como o responsável e informações gerais sobre desenhos certificados e desenhos de as built.
· Controle de painéis: Visa supervisionar o tempo de execução dos painéis e também como os responsáveis pelos próprios estão trabalhando. Contém colunas descrevendo quantos por cento do projeto já foram feitos e previsões de encerramento de esquema elétrico, diagrama unifilar, layout elétrico etc.
· Planilha de controle na rede: Contém os números de identificação dos clientes, os nomes dos clientes, as OP's, as descrições dos painéis, o responsável pelo projeto e as observações.
· Acompanhamento de PNC: Usada no momento da certificação dos projetos visando tomar nota dos erros cometidos no projeto elétrico para tentear evitá-los. PNC significa Produto Não Conforme.
5.3 Etapas na elaboração do projeto 
 Feitas as avaliações iniciais e inseridas as anotações administrativas referentes aos projetos, podemos começar a elaborá-los.
 Segue abaixo o processo mais comum na elaboração de projetos, especialmente dos CCM’s.
5.3.1 Exemplo de projeto completo 
 Nem todos os projetos possuem o mesmo “corpo”, ou melhor, os mesmos grupos de páginas. Porém, na maioria deles há: Capa, índice, legenda, simbologia, lista de informações, relação de etiquetas, lay-out’s elétrico e mecânico, diagrama unifilar, esquema elétrico, lista de bornes, lista de materiais e planilha de montagem. Em alguns casos surge a planilha de blindado que é nada mais nada menos que as ligações entre equipamentos eletrônicos como relés, inversores, soft e cartões PLC, equipamentos que necessitam de ligações feitas por cabos blindados visando não interferência na corrente que transita entre esses equipamentos, visto que se tratando de equipamentos eletrônicos, a mínima interferência pode ocasionarfalha. Há também projetos em que bornes reservas são exigidos pelos clientes, havendo então a necessidade de criar um grupo para esses bornes.
 Abaixo apresento o escopo dos projetos CCM, mas em projetos do tipo PNDMT, por exemplo, há grupos com a descrição de cubículos. Há também projetos que não necessitam de diagrama unifilar, como os PNR e os PNC.
 Vamos às partes de um projeto:
5.3.2 Capa, selo, legenda, índice, simbologia e lista de informações
· Capa - Todo projeto feito realizado tanto na JMS quanto na AREVA, tem que apresentar como página inicial a capa. Como trato de um projeto elaborado para a AREVA, falarei sobre projetos feitos para ela. Então, na capa está presente o nome da AREVA, o nome do cliente da AREVA, o numero do cliente, o número do pedido, a data do pedido e a tabela de revisões da capa, onde definimos qual a numeração da revisão e qual o tipo de revisão foi feita (certificado, as built, para aprovação, preliminar etc.).
 
· Selo – está presente em todas as páginas de todos os grupos. Nele se editam informações como a descrição do painel (Serviços Auxiliares, Painel de Sincronismo etc.), o tipo de projeto (CCMBT, PNDMT, PNS etc.) a corrente de curto-circuito, a tensão do painel, a frequência, a escala (1:10, 1:25, 1:7,5 etc.) e a unidade (mm, m, cm) dos desenhos da página, o nome dos supervisores e dos projetistas que executaram os projetos, nome do cliente, numero da página, identificação da página (se é capa, índice, legenda etc.), número do cliente e sequencial do projeto. O selo localiza-se na parte inferior das páginas.
· Legenda – Indica como ler o projeto. Mostra exemplos de chamadas entre cabos que se estendem por páginas diferentes, como localizar os contatos dos equipamentos presentes em páginas diferentes e como entender os números presentes nos selos das páginas. No anexo II há um exemplo de legenda retirado de um projeto finalizado.
· Índice – Página seguinte à capa. Nele constam quase todos os grupos presentes no projeto, além da ultima revisão efetuada. Exclui-se apenas o grupo bornes reservas e os grupos de planilha de montagem e planilha de blindado.
· Simbologia – Apresenta a descrição dos símbolos usados no projeto.
· Lista de informações – Aqui encontram-se informações diversas sobre os painéis como o grau de proteção considerado, a corrente de curto-circuito, a cor dos cabos e suas identificações (se são neutro, fase ou terra), o material da chapa, o tipo de pintura usada nos painéis, a umidade relativa dentro dos painéis etc. Ultimamente vem-se inserindo os desenhos das conexões lógicas na lista de informações visando melhor entendimento das ligações e localização dos equipamentos.
5.3.3 Diagrama unifilar
 É por onde geralmente se começa a desenvolver os desenhos do projeto.
 O diagrama Unifilar objetiva mostrar as interligações entre equipamentos sem minúcias quanto aos pontos de conexão existentes nesses equipamentos.
 No CCM, uma breve demonstração das ligações e distribuição dos barramentos de força, além de descrições como tensão, corrente de curto-circuito e frequência destes. Informações sobre as partidas também são comumente usadas. Potência e corrente do motor, bitola de cabos, bornes de força, tipo de disjuntores, seccionadoras, fusíveis, contatores, inversores, soft start, TC’s, TP’s, capacitores etc. são inseridos aqui através de tabelas.
 Nos demais tipos de painéis apenas as interligações dos barramentos e equipamentos são elaboradas.
 Na figura acima, encontram-se no diagrama um padrão de entrada de força através de barramentos, uma partida acionada por soft start (motor “1M1”) e três disjuntores caixa moldada usados como alimentadores. 
 No anexo II há paginas inteiras retiradas diretamente de projetos finalizados, inclusive de diagramas unifilares. Lá se tem uma idéia melhor da filosofia do diagrama unifilar.
 Segue abaixo o diagrama unifilar da OP 9526 (PNDMT) da Usina Floresta, elaborado por mim.
5.3.4 Esquema elétrico ou diagrama trifilar
 Após terminar o unifilar, é importantíssimo dar início ao esquema elétrico que é nada mais que o desenvolvimento das ligações existentes no unifilar. 
 O diagrama trifilar, é um elemento que detalha todas as conexões de um determinado painel, sendo possível visualizar à que fase um circuito terminal ou um painel subordinado está conectado. 
 Ele possui basicamente as mesmas informações do diagrama unifilar, porém gera um número maior de detalhes, elucidando possíveis dúvidas de instalação, além de objetivar mostrar todos os condutores presentes nas instalações dentro dos painéis.
5.3.5 Lista de bornes
 Terminado o esquema, geramos a lista de bornes. A lista contém informações importantes como a descrição dos bornes usados no projeto, incluindo os reservas, indica a página e a posição na página onde se localizam os bornes, além das referências (para facilitar no momento da solicitação) e tipos de borne (se para cabo de 2,5mm2 ou para 70mm2 de bitola).
5.3.6 Lay-out mecânico e relação de etiquetas
 O layout mecânico é responsabilidade do departamento de mecânica da AREVA, mas deve ser feito em sintonia com o projeto elétrico. Disposição das barras de cobre e visualização de equipamentos macros e alimentados pelas barras como disjuntores de média, são desenhados no layout mecânico.
 O mecânico é indispensável para que se possa efetuar o levantamento de barramento a ser comprado. No mecânico verificamos a largura do painel e avaliamos a distribuição das barras de cobre dentro dele. 
 Após calcularmos os comprimentos das barras dispostas no painel, calculamos quantos pedaços de barras iremos solicitar através da planilha de levantamento de barramento. Nela, cada célula corresponde a 0,5m de barra de cobre, onde uma linha completa (8 células) corresponde a uma barra inteira (4,0 metros de comprimento). Ao lado de cada linha inserimos a espessura da barra (exemplo: 2"x1/2").
 Outra coisa importante é a apresentação das etiquetas. Etiquetas de identificação dos painéis, de botoeiras, relés, multimedidores e sinalização estão dispostas no mecânico.
 A relação de etiquetas depende e muito do mecânico, pois as numerações seguidas são as contidas no desenho mecânico. As etiquetas são escolhidas conforme o tamanho da descrição (ex.: Bomba de alívio de pressão). O tamanho e quantidade de linhas e caracteres possíveis para cada etiqueta é tabelado. 
 Segue abaixo um exemplo de projeto mecânico de um painel com três etiquetas: 
 No desenho acima a etiqueta de número 1(um) é do tipo “A3” com 165 milímetros de largura por 35 milímetros de altura e pode ser editada em três linhas. As etiquetas do tipo A3 são usadas na identificação dos painéis, compartimentos e componentes. No projeto da OP 8401 – Usina São Fernando, a descrição CMBT – Caldeira 1 – 440V-60Hz foi distribuída em três linhas, na etiqueta número 1, do tipo A3. 
 Já a etiqueta de número 2 é do tipo “E1” que serve para identificar compartimentos como: “CUB. - C1F”, indica o cubículo 1, lado frontal. “CUB. - C5P” indica o cubículo 5, lado posterior.
 A direita da etiqueta número 2 encontrasse a etiqueta de identificação do fabricante do painel, no caso a antiga KOBLITZ (hoje AREVA KOBLITZ). As etiquetas devem ser em alumínio com fundo natural e letras pintadas na cor azul. Fica localizada no canto superior direito (visto o painel de frente) na quantidade de uma etiqueta para cada um ou dois painéis.
 Por fim, a etiqueta de número 3 é do “F1” usada na Identificação de Instrumento de Medição, Relés ou Equipamentos (na figura acima indica um multimedidor).
 É importante lembrar que no exemplo acima aparecem apenas três tipos de etiquetas mediante uma variedade enorme delas, específicas para determinadas situações. Devido a essa grande variedade a AREVA desenvolveu um documento ensinando a usar as etiquetas, mostrando as dimensões e aplicações da cada uma delas.
5.3.7 Lay-out elétrico e planilha de montagem 
 O layout elétrico é de suma importância ao projeto.É através dele que a equipe de montagem monta o painel, arruma e distribui os equipamentos existentes no projeto.
 É importantíssimo saber técnicas de desenho no AutoCAD 2D para desenhar os lay-out’s. Saber usar de forma eficiente comandos como “copy” (usado para copiar objetos), “stresh” (usado para “esticar” objetos) e line (desenhar uma linha) são necessários para diminuir o tempo de elaboração, além de melhorar a apresentação do layout elétrico.
 Como usamos o software BricsCAD, este proporciona uma maior facilidade na elaboração do layout, visto que os blocos inseridos no esquema elétrico, em sua maioria, possuem uma figura em 2D anexa e que pode ser usada no desenho. Funciona assim: Digamos que inseri um bloco de um disjuntor de tag Q01 no esquema elétrico. Mais adiante, no momento de desenhar o layout elétrico, uso uma opção contida na barra de ferramentas do software que se chama “equipamentos para layout” e seleciono o item Q01. Em seguida é só clicar em “inserir” e escolher o ponto desejado.
 Os desenhos dos painéis são feitos de forma diferente, já que geralmente reaproveitamos os cubículos de algum projeto já terminado e iniciamos o layout a partir deles. 
 Geralmente, nos painéis do tipo CCM, inserimos todos os painéis na primeira página do layout elétrico proporcionando uma visão ampla do conjunto de painéis. Nos restantes das páginas inserimos os painéis um a um seguindo a ordem do primeiro ao último. No caso de projetos do tipo “Back to back”, onde usamos os dois lados dos painéis, a disposição dos cubículos nas folhas do layout elétrico ficariam assim: página 1: todos os cubículos; página 2: C1F; página 3: C1P; página 4: C2F; página 5: C2P, e assim por diante, até o ultimo lado. Caso haja rede lógica DEVICENET no projeto, inserimo-la na última página do layout.
 Segue abaixo o exemplo da disposição dos painéis na primeira página de um CCM:
 Os lay-out’s elétricos também são importantes na hora de elaborar a planilha de montagem. As ligações entre equipamentos devem ser feitas de forma a economizar cabos e facilitar o trabalho dos montadores, principalmente no que diz respeito aos “jumper’s”. Jumper é o nome dado a conexão feita entre vários equipamentos por meio de um condutor comum. É como, por exemplo, ligar contatos do disjuntor, do contator e bornes por um único cabo. Entre nós projetistas há vários modos de ligar jumper’s. Há aqueles que preferem começar ligando equipamentos localizados na parte superior do painel e terminar na inferior e há outros que preferem o contrário (de baixo para cima). Há também uns que começam ligando botoeiras, sinaleiros ou qualquer equipamento localizado na porta do painel e terminam ligando equipamentos dentro do painel. O importante é manter o padrão por todo o projeto para não atrapalhar o montador.
 As planilhas são documentos de uso interno na AREVA e por isso não constam nos projetos finalizados plotados e arquivados na rede, apenas é usada no momento do lançamento, ou melhor, na pasta de lançamento.
5.3.8 Lista de materiais 
 Gerada no final do projeto, a lista de materiais é apenas o documento que contém as referências dos equipamentos a serem comprados e usados no projeto. Informações como a quantidade de determinado componente, descrição, tag dos equipamentos e código do produto constam nesta lista.
 A lista de material é indispensável em qualquer projeto, já que os produtos a serem usados são solicitados previamente ao lançamento dos projetos devido à demora existente para a aquisição de certos equipamentos. Os códigos “EMS” facilitam a localização do equipamento nos arquivos da AREVA. Quando se solicita materiais, um código de cinco dígitos é solicitado. Caso o código do produto seja conhecido, este, quando inserido, facilita a solicitação do próprio, pois quando não se conhece o código há a necessidade de pesquisá-lo através de características ou descrições dele. 
5.3.9 Lançamento elétrico 
 Quando finalizamos o projeto, o preparamos para o lançamento elétrico.
 A pasta de lançamento contém:
· Desenho para teste – Grupo de documentos usados por departamentos responsáveis pelos testes necessários aos supervisores e pelo cliente antes da liberação dos painéis para a montagem.
 Formado por todos os grupos do projeto, menos as planilhas e o índice. Possui uma capa específica onde devem ser preenchidos os campos: cliente, equipamento e peso equipamento (Kg). Há também três campos – divisão de projetos, controle de qualidade e teste automação - que devem ser preenchidos por seus respectivos setores, na medida em que os testes vão sendo feitos e o projeto vai sendo aprovado.
· Lançamento elétrico – É necessário à equipe de montagem. Também possui quase todos os grupos, menos índice e esquema elétrico. 
 A capa de lançamento elétrico contém informações sobre o cliente, o equipamento, a OP e a cor dos painéis.
 A planilha de montagem usada para ligar os equipamentos se encontra no lançamento elétrico.
· Relação de etiquetas – Vai dentro de uma bolsa plástica junto a duas etiquetas de identificação de painéis. As etiquetas são necessárias para identificação dos painéis e dos equipamentos, botões e sinaleiros contidos nas portas dos painéis.
· Protocolo de lançamento elétrico – O protocolo de lançamento elétrico contém informações sobre os barramentos, placas e etiquetas de identificação dos painéis, se há ou não sinótico (desenho unifilar simplificado na porta do painel), relação de materiais, planilha de montagem e características técnicas.
 As revisões e alterações feitas durante a montagem dos painéis são relatadas neste protocolo. Informações como data, descrição da revisão e nome do responsável pela revisão são inseridos aqui. 
· Etiquetas de identificação dos painéis – Há duas destas etiquetas contendo informações sobre os painéis tal como o nome do cliente, OP, a cor dos painéis e a situação deles. São usadas apenas durante o período de montagem e testes.
Abaixo temos um exemplo deste tipo de etiqueta:
Também são indispensáveis ao lançamento do projeto as anilhas, os crachás e as etiquetas (PS e PI).
 As anilhas são geradas a partir da planilha de montagem. São as identificações dos cabos responsáveis por todas as ligações contidas no projeto. Tem-se que gerar as anilhas de ligações internas, externas e de cabos blindados.
 Os crachás são a identificação dos equipamentos (Q01, F01, FT1 etc.) e borneiras (X1, X2, XC etc.). São gerados a partir do esquema elétrico, pois todos os equipamentos presentes no projeto estão contidos no esquema.
 As etiquetas do tipo PS ou PI são usadas para a identificação de botões e sinalizadores com furação de 22 mm. São etiquetas plotadas na parte superior (PS) ou na parte inferior (PI) à botoeira ou sinaleiro. Segue uma demonstração abaixo:
 
 Por último, deve-se gerar o índice e inserir o eletromecânico (se disponível) no projeto. Assim plota-se o projeto todo (apenas as planilhas não são plotadas) e insere-se na rede para facilitar a visualização do próprio futuramente, caso necessário, evitando ter de abrir o projeto pelo software, além de manter um arquivo do projeto finalizado. 
 Para finalizar, é muito importante revisar todos os documentos necessários ao lançamento para que o projeto não sofra futuras penalidades. Devemos então analisar se no lançamento há:
· Desenho para teste;
· Lançamento elétrico;
· Projeto plotado para a rede;
· Relação de etiquetas;
· Protocolo de lançamento elétrico;
· Etiqueta de identificação de painéis;
· Etiqueta (PS e PI);
· Crachás;
· Anilhas (internas, externas e de cabos blindados).
5.3.10 Revisões 
 Após lançados, os projetos são entregues a departamentos de testes para verificação da funcionalidade deles. 
 Quando estão no período de testes e avaliações, ou sendo montados e o cliente resolve alterar algo no projeto, ou algum erro surgi, são realizadas as revisões.
 Um exemplo de revisão complexa foi a que ocorreu nos projetos da Usina São Fernando onde,após a montagem de todos os painéis, o cliente resolveu alterar os tipos de partidas e alguns comandos também. O período de revisões durou quase um mês.
 Quando efetuamos qualquer tipo de revisão no projeto, temos de inserir uma tabela de revisão na página em que ocorreu a alteração. Nesta tabela inserimos a data em que foram feitas as revisões, o número da revisão atual da página (podem já haver outras revisões anteriores) e a descrição da revisão seguida do código que identifica o tipo da revisão (se por erro do projetista, sugestão de melhoria, pedido do cliente, erro de automação etc.).
 Além da tabela de revisão é necessário “amebar” a região alterada e inserir um triângulo indicador com o número da revisão atual da página. 
 Na figura 5.3.10.1 a revisão 02 foi feita na página 8 do layout elétrico. Já na figura 5.3.10.2 encontramos o tipo de carimbo utilizado nas planilhas.
 Acima (FIG.: 5.3.10.2) encontra-se o desenho do carimbo inserido nas planilhas. Aqui inserimos um carimbo em forma de seta contendo a data, o código e o tipo de alteração. Porém, este código é usado para se ter um controle de quantas diferentes revisões foram feitas nas planilhas. 
 É importante observar que quando há modificação de um ponto na planilha, traçamos uma linha sobre a descrição do ponto e acima deste inserimos o novo ponto. Como exemplo, imaginemos que antes um determinado ponto era “X1_2(A)” e agora será “X5_4(B)”. Logo, desenhamos uma linha sobre a antiga descrição (“X1_2(A)”) e inserimos a nova acima desta.
 Quando finalizamos qualquer revisão devemos abrir o documento “protocolo de revisões” contido na pasta de cada OP e descrever as revisões, assim como os grupos em que foram realizadas, além de inserir a data da revisão, a quantidade de horas trabalhadas, o número da revisão e o nome do responsável por ela.
 
 Por fim, devemos plotar as páginas alteradas e imprimi-las para substituí-las nos documentos (lançamento elétrico e/ou desenho para teste) e enviarmos à montagem para que as alterações sejam efetuadas.
5.3.11 Certificado 
 Quando os painéis estão montados e finalizados e quando todas as revisões foram feitas, iniciamos o processo de certificação do próprio.
 Na JMS, quando chega um projeto para ser certificado, seguimos o seguinte cronograma:
1 – Verificar se os documentos da pasta do projeto impresso recebido é igual ao localizado na rede da JMS;
2 – Inserir o projeto na planilha de controle de documentos;
3 – Analisar a lista de PNC e inseri-los (se existirem) na planilha de controle de PNC;
4 – Retirar amebas e tabelas de revisão;
5 – Verificar a capa do projeto: se na tabela de revisões da capa houver a descrição “PARA APROVAÇÃO” deve-se inserir “CERTIFICADO” abaixo desta descrição, sem apagá-la. Se houver a descrição “PRELIMINAR” deve-se apagá-la e inserir no lugar dela a descrição “CERTIFICADO”;
6 – Gerar o índice;
7 – Atualizar o número da revisão do certificado em todas as páginas do projeto, inclusive no índice;
8 – Inserir o projeto mecânico (eletromecânico);
9 – Bater os bornes externos, revisar blocos ins (endereços dos contatos dos equipamentos) e contatos dos contatores e;
10 – Gerar o documento PDF que será arquivado na rede. 
 Há a retirada de todas as tabelas de revisão e amebas de todas as páginas que foram modificadas. Se houverem erros detectados pela Seção de Inspeção e Controle de Qualidade (ICQ), estes são concertados. Geralmente o pessoal do ICQ risca no desenho para testes as partes erradas com uma cor (normalmente laranja) e as partes corretas com outra (verde ou azul). Já nas planilhas nada deve ser alterado, visto que é um documento para uso interno da AREVA.
 Por fim, o projeto deve ser plotado sem as planilhas e salvo na rede.
6. Projetos desenvolvidos durante o período de estágio
 Neste tópico pretendo fazer breves comentários sobre as tarefas realizadas em cada projeto feito por mim, ou de projetos em que participei de alguma forma, como em Gargaú, mostrando minha evolução dentro da área de projetos, como técnico e projetista. Não entrarei em detalhes, visto que as características de cada tipo de painel já foram vistas no tópico 4 deste relatório.
 Como a grande maioria dos projetos que elaborei, ou participei, são de painéis elétricos industriais e provenientes de clientes da AREVA, dividirei os projetos através dos nomes figurativos destes.
· Noroeste Paulista:
OP 8300 – PNDBT Serviços auxiliares casa de força: Esse pequeno painel de baixa tensão foi o primeiro de meu curriculum. Compreendia apenas um disjuntor de entrada de 800A, TC’s, TP’s, Disjuntores tipo caixa moldada usados para alimentação de outros painéis ou cargas ativas e um trafo de 45kVA que reduzia a tensão de 440V para 220V visando alimentar um PNSA.
· Cerradinho upa:
OP 8859 – CCMBT Serviços auxiliares casa de força: Esse foi o primeiro CCM que projetei. As dificuldades foram imensas, visto que ainda não possuía experiência alguma na elaboração de CCM’s e o tempo para a elaboração deste projeto foi muito curto. O projeto consistiu em sete cubículos, sendo o primeiro a entrada, os três seguintes onde se localizavam as partidas com acionamento por soft start, o quinto os capacitores usados na correção de FP dos motores, o sexto as partidas diretas e o último era reserva, que geralmente é considerado nos CCM’s para possível inserção de equipamentos no futuro. Apesar das dificuldades, os conhecimentos adquiridos neste projeto me proporcionaram maior capacidade para elaborar os seguintes. Por ser um CCM quase completo (Entrada, acionamentos, distribuição de tensão de comando, rede lógica, acionamento de partidas, banco de capacitores, utilização de cartões PLC e serviços auxiliares) aprendi vários “truques” que mais tarde me ajudariam. Gostaria de destacar que já no primeiro CCM aprendi a desenvolver a rede lógica DEVICENET, que é a rede responsável pela comunicação entre os driver’s (soft start e inversor) e os cartões PLC.
OP 8899 – CCMBT Moenda: CCMBT Moenda, muito parecido com o anterior, inclusive com o mesmo número de painéis (sete).
OP 8939 – CCMBT ETA: A partir deste CCM comecei a dimensionar de fato os equipamentos que seriam usados no projeto. Nos anteriores, pelo pouco tempo exigido para a elaboração dos projetos, os supervisores dimensionavam os disjuntores, contatores, bornes, inversores etc. Na OP 8939 criei uma planilha no EXCEL visando agilizar a inserção dos principais equipamentos no projeto, o que foi muito interessante, já que aprendi também a trabalhar com o EXCEL. Na tabela constavam informações sobre o cliente, sobre tensão dos painéis, corrente de curto, número de pólos do motor, além dos equipamentos dimensionados e próprios a serem inseridos no projeto. Este projeto também possuía sete painéis e era muito parecido com os anteriores, ocasionando mais uma vez o que chamamos de reaproveitamento.
OP 8950 – CCMBT Vinhaça: Com onze cubículos, esse projeto, que era uma mistura de CCM com QGBT, foi um dos maiores que já elaborei. Possuía, além das partidas, um transformador de 125kVA – 440/220V que alimentava tomadas, lâmpadas, máquinas de solda e alguns disjuntores reservas. No anexo II há uma página do layout elétrico desta OP contendo o transformador que por ser enorme teve de ser colocado em um único cubículo. Este foi um dos projetos no qual obtive grande sucesso e aprendizado em sua elaboração. Aqui comecei a inserir os PETG nos painéis, que são “capas” de acrílico contendo avisos de perigo de risco de choque elétrico e evitando que operadores e pessoas cheguem a tocar nos barramentos quando energizados.
OP 10412 – CCMBT Destilaria: Projeto de nove cubículos. Marca o início da autonomia minha e de meus amigos de trabalho na elaboração de esquemas de cartões PLC e redes lógicas. Quando projetamos, não apenas CCM, mas qualquer projeto que possua comunicação lógica, dependemos da DIO, que é o Diretório de entrada e saída dos cartões PLC. Como o tempo para a finalização dos projetos é normalmente muito curto, tivemos quedesenvolver essas comunicações antes de recebê-las do departamento de automação da AREVA. É claro que enviamos uma cópia do projeto para o responsável por tal rede para que ele aprove ou não. O que ocorre às vezes é que criamos a lógica de acordo com a disposição das partidas no diagrama unifilar e no layout elétrico e, pode haver de o pessoal da automação já haver programado os cartões e os PLC’s de forma diferente, tornando-se inviável modificar a programação de acordo com a desenvolvida por nós projetistas.
· Usina São Fernando:
OP 8401 – CCMBT Caldeira: Projeto com sete cubículos, porém um pouco mais complicado que os de Cerradinho upa. O cubículo de entrada foi colocado na parte central dos cubículos. Como se tratavam de cargas elevadas, tivemos que dividir a corrente de entrada visando não usar barramentos de espessura alta e não sobrecarregá-los também. Ficou marcado pelo uso de exaustores nas partes superiores dos cubículos. Uns com ventilador e outro sem, eram usados para facilitar a saída de ar quente de dentro dos painéis.
· Usina Floresta:
OP 9526 – PNDMT – CONCESSIONÁRIA/GERADOR/DISTRIBUIÇÃO: Esse foi o primeiro PNDMT que elaborei. Fui acompanhado e auxiliado por meu supervisor. Consistiu em um duto na entrada e mais dez painéis. Já de cara tive a oportunidade de dimensionar e esquematizar as ligações dos relés de proteção a serem usados, assim como os multimedidores.
OP 9519 – CCMBT Pré-evaporação e tratamento de caldo: Projeto com oito cubículos, marcado pelo desenvolvimento do dimensionamento do banco de capacitores. Aqui descobri que há equipamentos próprios para o uso dos capacitores. Contatores, seccionadoras e fusíveis possuem referência especifica voltada ao acionamento de capacitores.
· UTE São João:
OP 9013 – CCMBT Serviços Auxiliares: Um dos projetos mais trabalhosos que fiz. Continha 9 painéis e um duto de passagem. O duto servia para a derivação de barramento para um disjuntor de link de 800A. Esse disjuntor alimentava cargas diversas, com alimentadores dotados de disjuntores, do tipo caixa moldada, motores acionados por partidas reversas, um motor de corrente contínua (teve de ser alimentado com tensão contínua trazida de outro painel). Este disjuntor estava em paralelo com um gerador de 450kVA. Este gerador estava ligado em paralelo porque as cargas seguintes ao disjuntor de link eram especiais (válvulas, bombas, quadros de luz e força da administração, compressores e carregadores de bateria) e estas não podiam ser desligadas de forma alguma. O projeto possuía também banco de capacitores, além de partidas acionadas de quase todas as formas: direta, reversa, por soft start e inversor.
· PCH Paiol:
OP 10005 – PNDMT Disjunção dos Geradores G1/G2 e Seccionamento dos Trafos: Este PNDMT foi menor e menos complexo que o de Floresta. Continha 5 painéis propícios ao que a descrição do projeto diz: Realizar a disjunção dos dois geradores existentes na PCH e seccionar os trafos que alimentam os serviços auxiliares.
· Usina Gargaú:
 Apenas participei verificando as plantas das estruturas como postes que suspendiam TC’s, TP’s, disjuntores e para-raios, além de elaborar as planilhas de interligações entre equipamentos e painéis.
 Essas atividades, atreladas ao treinamento oferecido pela JMS, me tornaram o profissional projetista de hoje. 
CONCLUSÃO
 Durante o relatório tentei passar, ao mesmo tempo, definições sobre os processos presentes na elaboração dos projetos no dia-a-dia do projetista e descrições sobre as diversas atividades que realizei durante o período de estágio.
 Esse relatório visou passar a todos os futuros técnicos e interessados uma base do que é necessário à elaboração de projetos elétricos de painéis, além de pequenas referências a usinas geradoras.
 A JMS foi a empresa que me lançou no mercado de trabalho e tudo que sei hoje como profissional técnico da área de projetos elétricos devo ao aprendizado adquirido durante esse período de estágio. A confiança adquirida por meus supervisores e a confiança que foi surgindo durante a realizações dos projetos são algo absolutamente natural, desde que o estagiário seja dedicado e disposto a aprender.
 O padrão usado no desenvolvimento deste relatório foi obtido através do professor do IFPE Pedro Paulo. Aconselho a todos que estão prestes a se formar e necessitam de elaborar seu relatório, seguir o padrão sugerido pelo professor, pois este possui uma divisão eficiente no que diz respeito à introdução, desenvolvimento e conclusão, além de como estruturar os textos e inserir as tabelas e figuras ilustrativas.
 Por fim espero ter alcançado o principal objetivo ao elaborar este relatório, que foi o de relatar minhas atividades na JMS e apresentar noções sobre os meios e objetivos presentes na profissão. 
RECOMENDAÇÕES
 A todos os estudantes do IFPE, recomendo que tentem ao máximo aproveitar o período de estudos na instituição, pois esses conhecimentos serão ampliados e aprimorados, com certeza, após o ingresso no mercado de trabalho. Muito dos conhecimentos que aprendi durante minha passagem pelo IFPE utilizei para avançar na profissão que escolhi. Espero que os professores continuem tendo a atenção que sempre tiveram para com o curso de eletrotécnica e que estejam sempre se qualificando melhor para que melhores futuros técnicos sejam formados.
 Por fim espero que a parceria entre as empresas e a instituição evolua ainda mais, já que proporcionam uma oportunidade importantíssima aos alunos que desejam iniciar uma carreira de técnico. 
REFERÊNCIAS
GRAY, Wallace. Eletrotécnica: Princípios e aplicações. Livros técnicos e científicos Edições S.A.: 7ª Ed., Rio de Janeiro, 1980.
CAVALIN, Geraldo, CERVELIN, Severino. Instalações elétricas prediais 15ª ed.
JMS CONSULTORIA, SERVIÇOS E PROJETOS DE ENGENHARIA ELÉTRICA LTDA. – Arquivos referentes à elaboração de projetos elétricos.
AREVA KOBLITZ – Procedimentos e instruções para a elaboração de projetos elétricos. 
www.engemakro.com.br – Automação e sistemas.
www.eberick.com.br – Tecnologia aplicada à engenharia.
www.escolabr.com – Projetos e pesquisas através da internet.
http://pt.wikipedia.org – Acesso gratuito a informações.
http://www.babylon.com – Dicionário virtual.
http://www.planetamecanico.com.br – O universo mecânico e de automação em um click!
ANEXOS
ANEXO I – Definições de equipamentos
· Bornes – Terminais para condutores. Proporcionam maior segurança e facilitam as conexões externas e internas.
· Chave seccionadora – Equipamento de manobra manual/automático que proporciona a abertura e fechamento de circuitos elétricos.
· Contator - Contator é um dispositivo eletromecânico que permite a partir de um circuito de comando efetuar o controle de cargas, num circuito de potência. Essas cargas podem ser de qualquer tipo, desde tensões diferentes do circuito de comando, até conter múltiplas fases. É constituído por uma bobina que produz um campo magnético, que conjuntamente a uma parte fixa, proporciona movimento a uma parte móvel. Essa parte móvel por sua vez, altera o estado dos seus contatos associados. Os que estão abertos fecha-os, os que estão fechados, abre-os. Este contatos podem ser de dois tipos, os de potência e os auxiliares.
· Disjuntor - é um dispositivo eletromecânico que permite proteger uma determinada instalação eléctrica com sobre-intensidades (curto-circuitos ou sobrecargas). Sua principal característica é a capacidade de se rearmar (manual ou eletricamente), quando estes tipos de defeitos ocorrem.
· Fusível - É um dispositivo de proteção contra sobrecorrente em circuitos. Consiste de um filamento ou lâmina de um metal ou liga metálica de baixo ponto de fusão que se intercala em um ponto determinado de uma instalação elétrica para que se funda, por efeito Joule, quando a intensidade de corrente elétrica superar, devido a um curto-circuito ou sobrecarga, um determinado valor que poderia danificar a integridade dos condutores com o risco de incêndio ou destruição de outros elementos do circuito.
· Gerador - Máquina utilizadapara a conversão da energia mecânica, química ou outra forma de energia em energia elétrica.
· Inversor de frequência – É um dispositivo elétrico ou eletromecânico capaz de converter um sinal elétrico CC (corrente contínua) em um sinal elétrico CA (corrente alternada).
· Multimedidor - É um equipamento eletrônico capaz de realizar diversas medições em um circuito elétrico. Um multimedidor possui a função de medições instantâneas (função de voltímetro, amperímetro, wattímetro, frequencímetro, etc...) e acumulativas (demanda, energia elétrica, etc...).
· PLC - Um Controlador Lógico Programável ou Controlador Programável, conhecido também por suas siglas CLP ou CP e pela sigla de expressão inglesa PLC (Programmable Logic Controller), é um computador especializado, baseado num microprocessador que desempenha funções de controle de diversos tipos e níveis de complexidade. Geralmente as famílias de Controladores Lógicos Programáveis são definidas pela capacidade de processamento de um determinado numero de pontos de Entradas e/ou Saídas (E/S). Segundo a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), é um equipamento eletrônico digital com hardware e software compatíveis com aplicações industriais. Segundo a NEMA (National Electrical Manufactures Association), é um aparelho eletrônico digital que utiliza uma memória programável para armazenar internamente instruções e para implementar funções específicas, tais como lógica, sequenciamento, temporização, contagem e aritmética, controlando, por meio de módulos de entradas e saídas, vários tipos de máquinas ou processos.
· Relé - É um dispositivo eletromecânico ou eletrônico, com inúmeras aplicações possíveis em comutação de contatos elétricos (as principais funções são as de proteção e supervisão).
· Soft Start - São chaves de partida estática, destinadas à aceleração, desaceleração e proteção de motores de indução trifásicos, que permitem obter partidas e paradas suaves.
· Transformador - É um dispositivo destinado a transmitir energia elétrica ou potência elétrica de um circuito à outro, transformando tensões, correntes e ou de modificar os valores das Impedância elétrica de um circuito elétrico. Trata-se de um dispositivo de corrente alternada que opera baseado nos princípios eletromagnéticos da Lei de Faraday e da Lei de Lenz.
· Transformador de corrente (TC) - É um dispositivo que reproduz no seu circuito secundário, a corrente que circula em um enrolamento primário com sua posição vetorial substancialmente mantida, em uma proporção definida, conhecida e adequada. Os transformadores de corrente, também chamados de transformadores de instrumentos, utilizados em aplicações de alta tensão (situações essas onde circulam, frequentemente, altas correntes), fornecem correntes suficientemente reduzidas e isoladas do circuito primário de forma a possibilitar o seu uso por equipamentos de medição, controle e proteção.
· Transformador de potência (TP) - É um transformador de instrumento que tem como finalidade reproduzir a tensão elétrica apresentada em seu circuito primário, de forma reduzida em determinada proporção, em seu circuito secundário. A tensão reduzida apresentada no circuito secundário do TP pode alimentar, de forma segura, bobinas de potencial de instrumentos de medição, proteção e controle. Conhecendo-se a relação de transformação, determinada pelo numero de espiras do TP, e a tensão no circuito secundário, tem-se o valor da tensão no circuito primário.
ANEXO II – Páginas retiradas de projetos finalizados
ANEXO III – Fotos de painéis e equipamentos

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