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Processo de conhecimento cível - APS 3

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Nomes: Emanuelle Moura e Dienifer Oliveira 
Atividade 1
A vedação da assim denominada ‘decisão-surpresa’ encontra lastro no art. 10, do CPC/15, reforçando não apenas o direito ao contraditório, mas o dever de diálogo (ou consulta) do julgador para com as partes, o que também é uma decorrência do direito à colaboração processual. À luz dessas considerações, o aluno deverá examinar criticamente o seguinte julgado, proferido no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, identificando se ele está adequado ao dispositivo legal mencionado (art. 10, CPC/15) e aos conceitos de causa de pedir, pedido e fundamentação da decisão:
“O "fundamento" ao qual se refere o art. 10 do CPC/2015 é o fundamento jurídico - circunstância de fato qualificada pelo direito, em que se baseia a pretensão ou a defesa, ou que possa ter influência no julgamento, mesmo que superveniente ao ajuizamento da ação - não se confundindo com o fundamento legal (dispositivo de lei regente da matéria). A aplicação do princípio da não surpresa não impõe, portanto, ao julgador que informe previamente às partes quais os dispositivos legais passíveis de aplicação para o exame da causa. O conhecimento geral da lei é presunção jure et de jure” (STJ – Quarta Turma, EDcl nos EREsp 1280825, rel. Min. MARIA ISABEL GALLOTTI, j. 27.6.2017).
É vedada no sistema processual brasileiro a articulação da ‘’decisão-surpresa’’ pois a mesma iria contra o art. 10 do CPC - "o juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício". 
Além disso, estaria contrariando princípios constitucionais de contraditório e ampla defesa, onde é afirmado pela Constituição Federal que todos têm o direito de saber que contra si foi formulado um pedido de tutela jurisdicional e também de reagir a esse ato postulatório, sendo assegurada a ampla defesa ao longo de todo o processo.
A vedação da ‘’decisão-surpresa’’ não acarreta somente no contraditório. Ao proferir uma decisão surpresa o juiz não estaria possibilitando o diálogo ou consulta conforme assegurado no art. 10 do CPC, também estaria indo contra o art. 5 do CPC impossibilitando no processo a conduta de boa-fé. Ademais, é assegurado no processo a cooperação (art. 6, CPC.) e que não haverá decisão contra parte que não seja previamente ouvida (art. 9, CPC.) 
Portanto a participação das partes é fundamental para que possam ter a oportunidade de influenciar na decisão. A melhor forma de assegurar o principio do contraditório é o próprio diálogo. 
 No caso mencionado acima, a petição inicial deve sim indicar o fato e os fundamentos jurídicos do pedido (causa de pedir), e sua causa de pedir conforme art. 319, III do CPC. Porém, o juiz pode usar fundamentação legal diferente das apresentadas pelas partes para decidir , já que o ordenamento jurídico permite se alinha ao ‘’jure et de jure’’, mas que tenha acontecido o diálogo e oitiva das partes. 
Atividade 2
Afrânio está movendo ação indenizatória por danos materiais e morais em face de Roberto, por conta de acidente automobilístico provocado por este e que teria levado ao óbito da esposa de Afrânio. A inicial e a contestação foram instruídas com documentação relacionada à propriedade dos veículos e comprovando a ocorrência do acidente, bem como os danos materiais causados. Mediante requerimento de autor e réu, foi admitida e produzida prova pericial, analisando diversos aspectos sobre a dinâmica do acidente, tais como a velocidade desenvolvida pelo veículo conduzido pelo réu e a utilização do cinto de segurança pela falecida esposa do autor. Também foi produzida a prova testemunhal. Segundo as testemunhas arroladas pelo autor, o veículo conduzido pelo réu trafegava em alta velocidade e tentou ultrapassar o veículo conduzido pelo autor sem realizar a sinalização devida. Por sua vez, segundo as testemunhas arroladas pelo réu, o veículo por ele conduzido obedecia aos limites legais de velocidade, enquanto o veículo conduzido pelo autor mudou abruptamente de mão, sem a devida sinalização, provocando o acidente. Se você, como juiz, julgar procedente a demanda, quais provas terá de analisar? Responda o problema, analisando-o a partir dos dispositivos legais aplicáveis do Código de Processo Civil de 2015.
Primeiramente terá que ser analisadas as provas realizadas no decorrer da demanda, dando ênfase especial a prova pericial neste caso, pois mesmo havendo testemunhas, ambas afirmam que a culpa do acidente que ocorreu era da parte adversa, restando então a prova pericial como determinante do processo. 
Sendo assim a prova pericial produzida nos autos deve evidenciar a culpa do réu, para então haver o convencimento da ação culposa do mesmo ao Juízo determinando a ação procedente em prol do autor. 
Essa análise observa os dispositivos legais presente no CPC. (art. 369 e seguintes)

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