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Fratura

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO DISTRITO FEDERAL – UDF
BIOMEDICINA
TIPOS DE FRATURAS
BRASÍLIA - DF
2020
FABIANA MARIA DE ARAUJO FERREIRA
TIPOS DE FRATURAS
Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de Biossegurança e Primeiros Socorros do Curso de de Biomedicina do Centro Universitário do Distrito Federal – UDF.
Orientador Prof. Otávio Cavalcante Ramalho.
BRASÍLIA
2020
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - O tecido ósseo e suas estruturas
5
6Figura 2 - Fratura fechada e exposta
Figura 3 - Tipos de fraturas
8
Figura 4 - Fratura completa e imcompleta
8
SUMÁRIO
41.
INTRODUÇÃO
52.
DEFINIÇÃO / CONCEITO
53.
PRINCIPAIS SINTOMAS DE FRATURAS
64.
CLASSIFICAÇÕES DAS FRATURAS
64.1.
Classificação por lesão
75.
MEDIDAS PREVENTIVAS OU DE PROTENÇÃO
86.
CUIDADOS DE PRIMEIROS SOCORROS
97.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
18.
REFERÊNCIAS
0
1. INTRODUÇÃO
 Este estudo refere-se ao tema tipos de fraturas, trata-se de da perda da integridade ou continuidade do osso, devido a traumas, causados tanto por fatores internos ou externos. Porém geralmente acontecem devido a quedas, pancadas e acidentes. Podendo atingir as partes moles, músculos, tendões e ligamentos.
As principais reclamações são dores intensas e incapacidade de movimentar o membro. Em alguns casos se torna frequente, em pessoas com doenças patológicas, derivadas de algumas doença que enfraquecem os ossos, acontece em mulheres depois da menopausa, devido à diminuição da densidade do osso pela osteoporose, tumores ósseos e idosos com ossos frágeis, são alguns casos que favorecem a ocorrência de fraturas, mesmo durante as atividades simples do dia a dia.
Temos ainda a fraturas traumáticas, causadas por acidentes, onde se tem uma força forte no osso. Há também lesões por movimentos repetitivos que lesionam o osso com o decorrer do tempo, causando a fratura.
Algumas fraturas resolvem-se de forma espontânea, sem chegarem a ser diagnosticadas, já outras acarretam risco de morte e são emergências médicas.
Normalmente o diagnóstico é feito através de exame de raio-X, mas dependendo da extensão da lesão, o médico pode solicitar a realização de outro exame de imagem mais preciso, como por exemplo a ressonância magnética.
2. Definição conceito
Nosso sistema esquelético é formado por ossos e são divididos em ossos longos, ossos chatos, ossos curtos e ossos mistos. Ele tem uma estrutura bastante resistente e tem certa capacidade de suportar algumas cargas sem fraturar. Porém quando há o excesso de peso, uma força aplicada, ou algum impacto, queda ou esmagamento, vai acontecer a fratura, que é a divisão brusca e violenta de um osso ao cartilagem. 
As fraturas são facilmente identificadas, seja pelo aparecimento dos ossos através da pele e pela dor. Além da dificuldade em se movimentar ou apresenta deformidades que caracterizam a quebra dos ossos podendo ser percebidas. 
Ao perceber que algum osso foi fraturado, é importante imobilizar imediatamente o membro lesionado. Essa ação, além de evitar uma piora no quadro, ajuda a diminuir a dor. Em caso de fratura exposta, é fundamental que o local seja coberto com um pano limpo e nesse tipo de lesão, o risco de contaminação é muito grande, por isso o paciente deve ser levado imediatamente para o hospital.
3. o Tecido Òsseo 
Para saber como ocorrem as fraturas, primeiramente precisamos entender um pouco melhor sobre o tecido ósseo. Ele é o principal componente do esqueleto e mantém sua integridade, possui tecido conjuntivo onde as células ósseas encontram-se em uma matriz extracelular rica em colágeno do tipo I, fosfato de cálcio, íons e em adultos armazena a gordura, e é essencial para manter a locomoção e a proteção de órgãos vitais.
O tecido ósseo é considerado compacto, na região periférica dos ossos chamada cortical, esponjoso ou trabecular com rede de trabéculas contendo espaços que se comunicam e que abrigam a medula óssea (figura 1). 
Os ossos são classificados de acordo com suas forma, como longos, curtos, laminares, alongados, pneumáticos, chatos, irregulares, sesamoides e saturais.
Figura 1 – O tecido ósseo e suas estruturas.
Fonte: adaptado (KONIG; LIEBICH, 2016).
4. Tipos de Fraturas
Fechada - Quando somente o osso é atingido e não atravessa a pele.
Ocorre perda da continuidade do osso, dividindo as partes e não perfura a pele.
Expostas - Quando há rompimento da pele, causando hemorragia externa.
Ocorre quando o osso quebrado rompe os músculos e a pele e fica exposto, ocorrendo maior risco de infecção.
Figura 2 – Desenho de fratura fechada e exposta.
Fonte: adaptado (MACHADO, 2014).
5. PRINCIPAIS SINTOMAS 
As fraturas podem ter sinais e sintomas, como:
· Dor intensa;
· Edema e Inchaço no local da fratura;
· Deformidade de contorno;
· Perda da função;
· Incapacidade total ou parcial de mexer o membro fraturado;
· Diferença de temperatura entre o local fraturado e o sem fratura;
· Dormência e formigamento na área;
· Sensação de crepitação.
6. Classificação das Fraturas
Vale ressaltar que as fraturas podem ocorrer tanto no membros superiores quanto no inferiores, seguem as classificações:
· Traumáticas - (Acidentes, quedas, pancadas).
Ocorrem em ossos com doença prévia, na maioria das vezes ocorre no ossos longos do membro inferior e, em pacientes com idade inferior a 40 anos, provenientes de acidentes com veículos automotivos. 
· Patológicos - (Osteoporose ou Tumor ósseo).
Ocorre em um osso enfraquecido por um processo patológico.
· Estresse ou Fadiga - (Todos os ossos estão sujeitos a ruptura óssea).
Ocorre devagar devido a repetições de movimentos, e quando é diagnosticada já existe um calo ósseo presente. Podendo evoluir sem complicações para outro com complicações se não tomar eventuais cuidados.
Fratura transversa: Fratura transversal em relação ao eixo.
Fratura longitudinal: Fratura ao longo do osso.
Fratura oblíqua: Fratura cresce na diagonal. 
Fratura oblíqua desviada: Fratura na diagonal e separa as partes. 
Fratura espiral: Fratura onde um pedaço de osso é girado.
Fratura simples: Fratura separando o osso em dois pedaços apenas.
Fratura cominutiva: Quando o osso parte em vários pedaços.
Figura 3 – Tipos de Fraturas
Fonte: adaptado (MACHADO, 2014). 
4.4. Classificação por lesão
Incompletas - Quando apresenta apenas uma fissura.
Exemplo: Galho verde, fissuras, perfurante e depressão óssea.
Completas - Quando há o corte e a separação das partes fraturadas por completo.
Exemplo: Simples, composta, cominutivas, impactadas, rotacionais, cavalgadas, oblíquas.
 Figura 4 – Imagem fratura completa e incompleta
Fonte: adaptado (MACHADO, 2014).
7. Medidas Preventivas ou de proteção
Existem dois tipos de prevenção, que são:
Prevenção Primária - Deve ser feita na formação da estrutura óssea, no caso é durante o crescimento, fase que se acumula mais massa óssea, que garante na fase idosa uma constituição óssea mais resistente ou frágil. Pois perdemos massa óssea ao longo dos anos.
Prevenção Secundária - Em casos de osteoporose deve procurar um médico, para solicitar a ingestão certa de cálcio ou de vitamina D.
Seguem medidas que responsáveis pelas fraturas e que devem ser prevenidas ou amenizadas, principalmente com idosos.
· Usar sapatos com solado antiderrapante e evitar saltos;
· Fazer exercícios físicos regularmente para o fortalecimento muscular;
· Colocar protetor de borracha nos pés das cadeiras para não escorreguem;
· Evitar carregar objetos pesados;
· Usar os corrimãos das escadas;
· Durante a noite sempre ter uma luz próxima;
· Colocar fita antiderrapante em degraus;
· Atenção com os animais domésticos, pois podem provocar tropeços;
· Evitar tapetes soltos pela casa;
· Usar bengalas sempre que necessário;
· Evitar cama altas ou baixas que provoquem esforço ao deitar ou levantas;
· Colocar no banheiro borracha antiderrapante no chão e apoio para as mãos;
· Evitar cera no chão, pois fica escorregadio;
· Utensílios de fácil alcance, evitando quedas e tentativas de apanhá-los;
· Quinas de móveis colocar proteção acolchoada evitando se machucarao bater;
8. cuidados de primeiros socorros 
Sempre se deve manter a calma, observar se há outros ferimentos mais graves e chamar o serviço de emergência.
Enquanto isso, podemos prestar os primeiros socorros a vítima:
Em fratura fechada:
· Aplicar tração no membro sempre que possível;
· Dependendo realinhar o membro acometido posição anatômica;
· Imobilizar uma articulação acima e abaixo da fratura;
· Observar a perfusão nas extremidades;
· Verificar presença do pulso distal e sensibilidade; 
· Em fratura angulares deve-se imobilizar como estiver;
· Chamar o SAMU ou levar a vítima ao hospital.
Em fratura exposta:
· Não tente colocar o osso no interior da ferida;
· Manter o membro afetado em uma posição confortável;
· Deve cobrir o ferimento com gaze estéril; 
· Se houver sangramento, fazer compressão para impedir a saída de sangue;
· Checar o pulso e sensibilidade;
· Em caso sem que há ausência de pulso distal e ou sensibilidade o transporte urgente ao hospital é urgente.
· Imobilizar a lesão, como o uso de talas, papelão, pedaço de madeira, e fixar por meio de faixas, gravatas ou outro material que serva de amarração, lembrando que a tala apoie e sustente a fratura, para que não se movimente.
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio deste trabalho podemos constatar que, são inúmeras os casos de fraturas seja por fatores internos, no casos de doenças patológicas, ou externas nos casos de acidentes, e como que essas fraturas podem evoluir de um quadro sem complicações para outro com complicações se não tomarmos eventuais cuidados.
Vimos ainda, os diversos sintomas, as prevenções, bem como as várias classificações das fraturas e das lesões, os primeiros socorros e que o repouso da área acometida, com ou sem imobilização, embora na maioria da vezes necessário para a cura do processo.
O manejo de casos de fratura exposta deve seguir uma sequência bem estabelecida de ações, além de contar com estreita coordenação entre as diversas equipes responsáveis pelo atendimento do paciente. Devemos, portanto, atentar para cada uma destas etapas para que alcancemos o melhor desfecho possível, ou seja, o restabelecimento da função do membro acometido.
10. REFERÊNCIAS
Atuação Hospitalar da Fisioterapia no Pós-Operatório de Fraturas de Membros Inferiores. Procedimento Operacional Padrão. Disponível em: http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/Pop+08+vers%2B%C3%BAo+2.0.+1.pdf/433cec7a-84ec-4bab-8f7e-85439c5b1f0c>.
BRINKER, W. O; PIERMATTEI, D. L; FLO, G. L. Transplante ósseo. In: BRINKER, W. O; PIERMATTEI, D. L; FLO, G. L. Manual de ortopedia e tratamento das fraturas dos pequenos animais. São Paulo: MANOLE, 1986. cap. 3, p.45-49. 
Franco JS, Lourenço PRB. Fraturas expostas. In: Herbert S, Barros FTEP, Xavier R, et al. Ortopedia e traumatologia: princípios e prática. 4a ed. Porto Alegre: Artmed; 2009. p. 1558-1579.
PETERSO, L; Renström, P - Lesões do esporte: prevenção e tratamento. 3ª ed. São Paulo (SP): Manole; 2002.
PACCOLA CA. Fraturas expostas. Revista Brasileira de ortopedia, v. 36, n. 8, Agosto 2001. Disponível em: http://www.rbo.org.br/how-to-cite/110/pt-BR.
VOLPON, J.B. Texto básico de ortopedia e traumatologia para o acadêmico. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. 2011.
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