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Direito Constitucional 3 Processos Constitucionais ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO BRASIL Organização do Estado • Forma de Governo: República ou Monarquia • Sistema de Governo: Presidencialismo ou Parlamentarismo • Forma de Estado: Federação ou Estado Unitário Formas de Governo • Aristóteles: Formas de Governo • Maquiavel: – Quando o governo renova-se mediante eleições periódicas, estamos diante de uma forma de governo chamada República; – Quando o governo é hereditário e vitalício, estamos diante de uma forma de governo chamada Monarquia. Formas de Governo Absolutista Constitucional Parlamentar Aristocrática Direta Indireta Semidireta Formas de Governo Monarquia República Limitada Democrática • Presidencialista: o Presidente da República acumula as funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo (Brasil e EUA) • Parlamentarista: o Primeiro-Ministro é o Chefe de Governo, enquanto o Chefe de Estado é o Monarca (Monarquia Parlamentarista, Reino Unido e Japão) ou o Presidente da República (República Parlamentarista, Alemanha e Itália) Sistema de Governo Origem do Federalismo • Surgiu nos E.U.A. (1787) • Necessidade de um governo eficiente num território vasto • Os Estados deixaram de ser soberanos, mas conservaram sua autonomia (agregação) • União recebe poderes para defender o bem de todos Estados Confederação e Federação • Numa Confederação, os Estados- membros TÊM direito de secessão • Numa Federação, os Estados-membros NÃO TÊM direito de secessão Federalismo no Brasil • Surge com o Decreto n.1, de 15/11/1889 (Proclamação da República) • Foi consolidado pela primeira Constituição Republicana, de 1891 • Fruto da descentralização do Estado Unitário brasileiro (desagregação) Federalismo no Brasil • CF/88, Art. 1º: “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal...” • CF/88, Art. 18: “A organização político administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos dessa Constituição. Federalismo no Brasil • Como os municípios precisam observar dois graus de poder (Estados e União), temos um Federalismo de Segundo Grau • CF/88, Art. 60, §4º: “Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I – a forma federativa de Estado;” Características do Federalismo • Descentralização Política: atribuição de autonomia aos Estados-membros “O que caracteriza o Estado federal é justamente o fato de, sobre um mesmo território e sobre as mesmas pessoas, se exercer, harmônica e simultaneamente, a ação política de dois governos distintos, o federal e o estadual.” (Bryce) Características do Federalismo • Soberania do Estado Federal: soberania é o poder de autodeterminação plena, não condicionado a nenhum outro poder, externo ou interno • Autonomia dos Estados-membros: autonomia é a capacidade de autodeterminação dentro de um círculo de competências traçado pelo poder soberano (descentralização do poder) Características do Federalismo • Constituição Federal rígida: serve como fundamento jurídico e instrumento regulador, distribuindo competências • Repartição de competências: garante a autonomia entre os entes federativos e o equilíbrio da federação Características do Federalismo • Inexistência de direito de secessão: princípio da indissolubilidade do vínculo federativo, sendo que a tentativa de retirada de um Estado-membro deve ser impedida através de intervenção federal (CF/88, Art. 34, I) Características do Federalismo • Participação dos Estados-membros na vontade federal: através do órgão representativo dos Estados-membros, que é o Senado Federal (CF/88, Atr. 46) • Conflitos resolvidos pela Suprema Corte e pela intervenção federal: o Supremo Tribunal Federal (STF) é o guardião da Constituição Autonomia (FAP) • Auto-organização: capacidade de criar constituições ou leis orgânicas próprias • Autolegislação: capacidade de criar sua própria legislação infraconstitucional • Autoadministração: capacidade de administrar e gerir seus recursos • Autogoverno: capacidade de escolher seus próprios governantes Organização do Estado União Estado Município Distrito Federal Executivo Presidente da República Governador Prefeito Governador Distrital Legislativo Congresso (Câmara + Senado) Assembleia Legislativa Câmara Municipal de Vereadores Câmara Legislativa Judiciário Justiça Federal Justiça Estadual Justiça Estadual Organizado pela União União • Fruto da junção dos Estados • Aliança (união) indissolúvel dos Estados • Age em nome da Federação • Tem autonomia (não tem soberania), pois seu poder é derivado da Constituição União • União não é sinônimo de Federação • União: pessoa jurídica de direito público interno • Federação: é a forma de Estado que reúne os entes federativos com autonomia (União, Estados, Municípios e DF) União • Tem dupla personalidade • Atua em nome próprio: no âmbito interno (serviços públicos federais, obras públicas, Justiça Federal) • Atua em nome da Federação: no âmbito internacional, representando a república Federativa do Brasil perante os demais países (Estados Soberanos) União • Tem bens próprios (Art. 20) • Edita leis nacionais (incide sobre todos habitantes do território nacional) • Edita leis federais (incide sobre servidores federais e área administrativa da União) Estados • Têm governo próprio • Têm bens próprios (Art. 26) • Desempenha os 3 poderes estatais (Executivo, Legislativo e Judiciário) Estados • Podem incorporar uns aos outros ou se desmembrar (formando novos Estados ou Territórios Federais) • Para incorporação ou desmembramento é preciso: aprovação da população interessada (por plebiscito) e aprovação do Congresso Nacional (por lei complementar) Estados (= Municípios) • Incorporação ou fusão: dois (ou mais) entes dão origem a um novo ente, com perda da personalidade dos primeiros Estados (= Municípios) • Subdivisão ou Cisão: um ente federativo se divide, formando dois (ou mais) novos entes, com perda de personalidade do primeiro Estados (= Municípios) • Desmembramento Anexação: quando parte de um ente federativo se separa deste ente para se anexar a outro ente, sem que nenhum perca sua personalidade Estados (= Municípios) • Desmembramento Formação: quando parte de um ente federativo se separa deste ente para formar um novo ente federativo ou um Território, sem perda de personalidade do primeiro (ex.: Tocantins) Estados • O poder constituinte originário confere aos Estados-membros o poder de auto- organização • O poder de auto-organização dos Estados permite que cada Estado edite a sua própria Constituição Estadual (Art. 25) Estados • O poder constituinte Estadual é diferente do poder constituinte original • A Constituição Federal (poder soberano) serve de fonte para o poder constituinte Estadual (poder derivado) • Têm autonomia (não soberania) para editar e executar normas Estados • O poder constituinte Estadual é limitado (no conteúdo e na forma) pela Constituição Federal • Quando houver conflito entre uma norma constituinte Estadual e uma norma constituinte Federal, prevalece a Federal (inconstitucionalidade da norma Estadual) Estados • Princípio da Simetria: algumas normas que regem o Poder Legislativo da União (aquelas ligadas à inter-relação entre os Poderes) são de absorção necessária pelos Estados • Limitação relativa de competência: o poder constituinte Estadual não deve disciplinar temas que sejam de competência reservada da União Estados • Região Metropolitana: os Estados podem criar (por lei complementar) regiões metropolitanas e microrregiões,com o objetivo de integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. O objetivo deve ser o de dar maior viabilidade ou eficácia para serviços públicos em áreas com mais de um município. Municípios • Têm autonomia política e legislativa (Executivo e Legislativo próprios) • Com a CF/88, passaram a ter também poder de auto-organização (Lei Orgânica dos Municípios – Art. 29) • É um ente federativo (Arts. 1º e 18) Municípios • Há quem entenda que os Municípios não são entes federativos, pois não participam da vontade federal (não há um Senado dos Municípios), não têm um poder judiciário próprio, sofrem intervenção dos Estados e não da União e o STF não tem competência originária para resolver questões envolvendo municípios. Municípios • Podem ser criados, fundidos ou desmembrados (Art. 18, §4º), por meio de lei estadual, plebiscito e estudos de viabilidade • A criação de municípios precisa obedecer o período determinado por lei complementar federal (ainda não existe) Distrito Federal • A Constituição Federal criou o Distrito Federal para abrigar a sede da União • Não se confunde com um Estado, nem com um Município, tendo algumas características de ambos • Rege-se por Lei Orgânica Distrito Federal • Não tem poder de organização do Ministério Público nem do Judiciário (como os Municípios) • Não tem relação com a polícia civil e militar, nem com o corpo de bombeiros (são organizados e mantidos pela União) Distrito Federal • A organização e a manutenção da Defensoria Pública do Distrito Federal foi transferida da União para o Distrito Federal (Emenda Constitucional n. 69, de 2012) • Assim como os Estados, o Distrito Federal está sujeito à intervenção federal Distrito Federal • Assim como os Estados, o Distrito Federal tem 3 representantes no Senado Federal (participa da vontade legislativa da União) • Tem poder de auto-organização (Lei Orgânica do Distrito Federal) • Tem capacidade de autogoverno, autolegislação e autoadministração Distrito Federal • Exerce cumulativamente as competências dos Estados e dos Municípios • Não pode se subdividir em Municípios (CF/88, Art. 32) Territórios • Atualmente não existe nenhum Território no Brasil • Caso seja necessário, a Constituição prevê a sua criação (Art. 18, §2º) • São descentralizações administrativas da União (sem autonomia) Territórios • Território do Acre foi criado em 1904, mas foi transformado em Estado em 1962 • Território de Fernando de Noronha foi extinto (Art. 15, ADCT), sendo reincorporado ao Estado de Pernambuco como um distrito estadual • Território do Amapá foi transformado em Estado (Art. 14, ADCT) • Território de Roraima foi transformado em Estado (Art. 14, ADCT) • Poder: uno, indivisível e indelegável, um atributo do Estado que emana do povo e não pode ser dividido. • Função: modo como o Estado manifesta a sua vontade; • Órgão: instrumentos do Estado para exercer suas funções. Conceitos • Função Legislativa: edição de regras gerais, abstratas, impessoais e inovadoras da ordem jurídica, denominadas leis. • Função Executiva: resolve problemas concretos e individualizados, de acordo com as leis. • Função Jurisdicional: aplica o Direito aos casos concretos a fim de dirimir conflitos de interesse. Funções • Correspondência entre função e órgão: devido à separação orgânica de poderes, cada órgão equivale a uma função: - Poder (função) Legislativo = Congresso Nacional (art. 44) - Poder (função) Executivo = Presidente da República (art. 76) - Poder (função) Judiciário = STF, CNJ, STJ, Tribunais e Juízes (art. 92) Conceitos Função Típica Função Atípica Legislativo - Legislar - Fiscalizar o Executivo - Executiva: dispondo sobre sua organização, provendo cargos, concedendo férias e licenças a servidores, etc. - Jurisdicional: Senado julga o Presidente da República nos crimes de responsabilidade (art. 52, I) Executivo - Chefia de Estado, chefia de governo e Administraçã o - Legislativa: medida provisória do Presidente da República (art. 62) - Jurisdicional: apreciando defesas e recursos administrativos Judiciário - Julgar - Legislativa: regimento interno dos tribunais (art. 96, I, “a”) - Executiva: concedendo licenças e férias aos magistrados e serventuários (art. 96, I, “f”) • A repartição de competências entre os entes federativos é fixada pela Constituição Federal • As atribuições de cada ente podem ser alteradas (por Emenda Constitucional), desde que não viole a forma federativa do Estado, nem as cláusulas pétreas Repartição de Competências • Modelo Clássico: a Constituição lista quais são as competências da União e compete aos Estados exercer os poderes não especificados (residuais). Ex.: Constituição dos EUA de 1787 • Modelo Moderno: a Constituição lista as competências (exclusivas) da União e também lista as competências (comum ou concorrente) dos Estados Ex.: Constituição do Brasil de 1988 Repartição de Competências • Modelo Horizontal: cada ente federativo exerce as suas atribuições sem concorrência entre eles (sem relação de subordinação, nem hierarquia) Ex.: Arts. 21, 22, 25 e 30 • Modelo Vertical: uma mesma matéria é compartilhada pelos entes federativos, havendo relação de subordinação Ex: Arts. 23 e 24 (competência concorrente) Repartição de Competências • Modelo Vertical: – União fica com normas gerais e princípios – Estados completam essas normas gerais e princípios com normas específicas, legislando sobre suas peculiaridades e matérias de interesse regional – Municípios cuidam de matérias de interesse local – No caso de inércia legislativa da União, os Estados poderão suplementá-la, regulamentando regras gerais sobre o tema Repartição de Competências • Modelo Horizontal: gera um maior afastamento entre os entes federativos, já que a distribuição de competências é rígida e um não interfere no outro • Modelo Vertical: gera uma maior aproximação entre os entes federativos, já que terão que atuar em conjunto (condomínio legislativo) Repartição de Competências • União: interesse nacional • Estados: interesse regional • Municípios: interesse local • Distrito Federal: interesse regional e local cumulativamente Repartição de Competências • Competência Material (Administrativa ou Não-Legislativa): competência de ordem político-administrativa, relativa ao exercício das funções governamentais • Competência Legislativa: competência para legislar, competência definida constitucionalmente para elaborar leis Repartição de Competências • Competência exclusiva: não pode ser delegada (Ex.: Art. 21) • Competência privativa: pode ser delegada (Ex.: Art. 22) • Competência concorrente (cumulativa, comum ou paralela): são ao mesmo tempo da União, dos Estados, Distrito Federal e Municípios (Ex.: Art. 24) Repartição de Competências • Competência Material da União: regulamenta o exercício das funções governamentais. Exclusiva: Art. 21 - relações com Estados estrangeiros, emitir moeda, manter o serviço postal, decretar estado de sítio, conceder anistia, etc. (+ art. 177) Concorrente: Art. 23 – conservar o patrimônio público, proteger meio ambiente, melhorar condições habitacionais, etc. Repartição de Competências • Competência Material da União: Concorrente: Art. 23, parágrafo único – leis complementares estabelecerão normas para a cooperação entre União, Estados, DF e Municípios, visando o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. O critério de preponderância de interesses diz que interesses amplos (União) têm prioridade sobre interesses restritos (Estados) Repartição de Competências • Competência Legislativa da União: competências constitucionalmentedefinidas para elaborar leis. Privativa: Art. 22 - direito civil, do trabalho, penal, seguridade social, águas, energia, desapropriações, trânsito e transporte, defesa territorial, etc. (+ art. 48) A União pode, por lei complementar, autorizar (delegar) os Estados e o Distrito Federal a legislarem sobre estas questões Repartição de Competências • Competência Legislativa da União: competências constitucionalmente definidas para elaborar leis. • Concorrente: Art. 24 – direito tributário e financeiro, educação, proteção à infância, à juventude e ao patrimônio histórico, defensoria pública, etc. É um condomínio legislativo: União cuida de normas gerais e Estados e DF das normas específicas Repartição de Competências • Competência Material dos Estados: regulamenta o exercício das funções governamentais. Residual: Art. 25, § 1º - competências não vedadas (não estão explícitas na Constituição Federal) matéria orçamentária estadual, cargos públicos estaduais, criação de secretarias estaduais, etc. (+ Art. 25, §§2º e 3º) Repartição de Competências • Competência Material dos Estados: regulamenta o exercício das funções governamentais. Concorrente: Art. 23 – conservar o patrimônio público, proteger meio ambiente, melhorar condições habitacionais, etc. Repartição de Competências • Competência Legislativa dos Estados: competências constitucionalmente definidas para elaborar leis. Expressa: Art. 25, caput – capacidade de auto-organização, de criar suas próprias Constituições Estaduais Repartição de Competências • Competência Legislativa dos Estados: competências constitucionalmente definidas para elaborar leis. Residual: Art. 25, § 1º – toda competência que não for vedada está reservada aos Estados, ou seja, o que não for de competência expressa dos outros entes e não houver vedação, será competência dos Estados. Repartição de Competências • Competência Legislativa dos Estados: competências constitucionalmente definidas para elaborar leis. • Delegada pela União: Art. 22, parágrafo único – a União poderá, por meio de lei complementar, autorizar os Estados a legislarem sobre matérias específicas de sua competência (Art. 22). Repartição de Competências • Competência Legislativa dos Estados: competências constitucionalmente definidas para elaborar leis. • Concorrente: Art. 24 – direito tributário e financeiro, educação, proteção à infância, à juventude e ao patrimônio histórico, defensoria pública, etc. É um condomínio legislativo: União cuida de normas gerais e Estados das normas específicas Repartição de Competências • Competência Legislativa dos Estados: competências constitucionalmente definidas para elaborar leis. • Suplementar: Art. 24, §§ 1º a 4º – no que se refere à legislação concorrente, quando houver inércia legislativa da União, os Estados podem suplementá-la, regulando regras gerais sobre o tema (interesse regional). Repartição de Competências • Competência Material dos Municípios: regulamenta o exercício das funções governamentais. Privativa: a) competências explícitas: Art. 30, III a IX - criar distritos, tributos municipais, etc; b) competências implícitas: Art. 30, I – interesse local (não estão expressas na Constituição Federal, como transporte municipal, coleta de lixo, etc.) Repartição de Competências • Competência Material dos Municípios: regulamenta o exercício das funções governamentais. Concorrente: Art. 23 – conservar o patrimônio público, proteger meio ambiente, melhorar condições habitacionais, etc. Repartição de Competências • Competência Legislativa dos Municípios: competências constitucionalmente definidas para elaborar leis. Expressa: Art. 29, caput – capacidade de auto-organização, de criar suas próprias Leis Orgânicas Repartição de Competências • Competência Legislativa dos Municípios: competências constitucionalmente definidas para elaborar leis. Interesse local: Art. 30, I – diz respeito às peculiaridades e às necessidades típicas de cada localidade. Repartição de Competências • Competência Legislativa dos Municípios: competências constitucionalmente definidas para elaborar leis. • Suplementar: Art. 30, II – estabelece competir aos Municípios suplementar a legislação federal e a estadual no que lhe couber (interesse local). Repartição de Competências • Competência Material do Distrito Federal: regulamenta o exercício das funções governamentais. Concorrente: Art. 23 – conservar o patrimônio público, proteger meio ambiente, melhorar condições habitacionais, etc. Repartição de Competências • Competência Legislativa do Distrito Federal: competências constitucionalmente definidas para elaborar leis. Expressa: Art. 32, caput – capacidade de auto-organização, de criar sua própria Lei Orgânica Repartição de Competências • Competência Legislativa do Distrito Federal: competências constitucionalmente definidas para elaborar leis. Residual: Art. 25, § 1º – toda competência que não for vedada está reservada ao Distrito Federal, ou seja, o que não for de competência expressa da União e não houver vedação, será competência do Distrito Federal. Repartição de Competências • Competência Legislativa do Distrito Federal: competências constitucionalmente definidas para elaborar leis. • Delegada pela União: Art. 22, parágrafo único – a União poderá, por meio de lei complementar, autorizar o Distrito Federal a legislar sobre matérias específicas de sua competência (Art. 22). Repartição de Competências • Competência Legislativa do Distrito Federal: competências constitucionalmente definidas para elaborar leis. • Concorrente: Art. 24 – direito tributário e financeiro, educação, proteção à infância, à juventude e ao patrimônio histórico, defensoria pública, etc. É um condomínio legislativo: União cuida de normas gerais e Distrito Federal das normas específicas Repartição de Competências • Competência Legislativa do Distrito Federal: competências constitucionalmente definidas para elaborar leis. • Suplementar: Art. 24, §§ 1º a 4º – no que se refere à legislação concorrente, quando houver inércia legislativa da União, Distrito Federal pode suplementá-la, regulando regras gerais sobre o tema (interesse regional e local). Repartição de Competências • Competência Legislativa do Distrito Federal: competências constitucionalmente definidas para elaborar leis. Interesse local: Art. 30, I, combinado com o art. 32, § 1º – diz respeito às peculiaridades e às necessidades típicas de cada localidade. Repartição de Competências • Inexistência de hierarquia entre lei federal e lei estadual: não existe hierarquia entre lei federal e lei estadual, pois há uma divisão de competências entre esses entes. Ocorre inconstitucionalidade quando o Estado invade uma competência da União, assim como quando a União invade competência do Estado. Repartição de Competências • Resolução de conflitos: a Constituição Federal atribui ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a função de uniformizar o entendimento da legislação infraconstitucional federal, deixando os temas constitucionais ao Supremo Tribunal Federal (STF). Repartição de Competências Repartição de Competências Exclusiva Privativa art. 22 (+ art. 48) Concorrente Concorrente art. 24 Expressa art. 25, caput Residual art. 25, § 1º Delegada pela União art. 22, § único Concorrente art. 24 Suplementar art. 24, §§ 1º ao 4º Implícita art. 30, I Expressa art. 29,caput Explícita art. 30, III ao IX Interesse Local art. 30, I Concorrente Suplementar art. 30, II Expressa art. 32, caput Residual art. 25, § 1º Delegada pela União art. 22, § único Concorrente art. 24 Suplementar art. 24, §§ 1º ao 4º Interesse Local art. 30, I (combinado) art. 32, § 1º Material Legislativa art. 21 (+art. 177) art. 23 União Competências Ente Federativo art. 23ConcorrenteDistrito Federal Estados art. 23 art. 25, § 1º (art. 25, §§ 2º e 3º) art. 23 Municípios Privativa Residual Concorrente Processo Legislativo • Processo Legislativo: consiste nas regras procedimentais para elaboração das espécies normativas (Emendas à Constituição, Leis Complementares, Leis Ordinárias, Leis Delegadas, Medidas Provisórias, Decretos Legislativos e Resoluções). Processo Legislativo • Processo Legislativo das Leis Ordinárias e das Leis Complementares: vamos começar analisando o processo legislativo das Leis Ordinárias e Complementares, pois são as mais complexas e possuem poucas diferenças. Após, veremos as peculiaridades que distinguem as outras espécies normativas. Processo Legislativo Processo Legislativo Geral Concorrente Privativa Popular Conjunta Art. 67 Parlamentar ou Extraparlamentar Discussão Votação Sanção Veto Promulgação Publicação Complementar Constitutiva Deliberação Parlamentar Deliberação Executiva Iniciativa Fases • Fase Iniciativa: é a primeira fase do processo legislativo, iniciando um procedimento que deverá culminar (desde que preenchidos todos os requisitos) com a formação da espécie normativa. Processo Legislativo • Iniciativa Geral: como regra geral, o início do processo legislativo é de competência daquelas pessoas e daqueles órgãos apresentados no art. 61, caput. Processo Legislativo • Iniciativa Concorrente: ocorre quando a competência para deflagrar o processo legislativo é atribuída a mais de uma pessoa ou órgão (ex. iniciativa para elaborar leis complementares e ordinárias, art. 61, caput; ou a alteração da Constituição, art. 60, I, II e III). Processo Legislativo • Iniciativa Privativa (reservada ou exclusiva): ocorre quando a competência para deflagrar o processo legislativo é atribuída a uma determinada pessoa ou órgão, não podendo ser delegada para outra pessoa ou órgão (ex. iniciativa reservada ao Presidente da República, art. 61, §1º; ou iniciativa reservada ao Judiciário, art. 96, II). Processo Legislativo • Iniciativa Popular: é a possibilidade do eleitorado nacional deflagrar processo legislativo de lei complementar ou ordinária, mediante proposta de, no mínimo, 1% de todo eleitorado nacional, distribuído por pelo menos 5 estados e, em cada um deles com não menos do que 3/10% (= 0,3%) dos seus eleitores (ex. Ficha Limpa). Processo Legislativo • Iniciativa Conjunta: é a competência para que diversas pessoas, juntas, deflagrem o processo legislativo (ex. Emenda Constitucional n. 19/98, determina iniciativa conjunta do Presidente da República e dos Presidentes da Câmara, do Senado e do STF, para elaboração de lei que fixe o subsídio dos Ministros do STF, mas essa EC foi afastada pela EC n. 41/2003, que prevê iniciativa exclusiva do STF) Processo Legislativo • Artigo 67 (princípio da irrepetibilidade): a matéria de projeto de lei que tenha sido rejeitado somente poderá ser objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa (no mesmo ano), se for proposta pela maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional (ou seja, maioria absoluta da Câmara de Deputados OU maioria absoluta do Senado Federal). Processo Legislativo • Iniciativa Parlamentar ou Extraparlamentar: é uma forma de classificação das demais formas de iniciativa. Sendo Parlamentar quando for de iniciativa dos membros do Congresso (ex. Deputados e Senadores) e Extraparlamentar quando for de iniciativa de outras pessoas que não os Parlamentares (ex. Presidente da República, Tribunais Superiores, Ministério Público ou cidadãos). Processo Legislativo • Fase Constitutiva: nessa segunda fase do processo legislativo se tem a conjugação de vontades, tanto do Legislativo (com a deliberação parlamentar, ou seja, a discussão e a votação), quanto do Executivo (com a deliberação executiva, ou seja, a sanção ou o veto). Processo Legislativo • Deliberação Parlamentar: como regra geral, sempre haverá apreciação de duas Casas (Casa iniciadora e Casa revisora). Então, para que o projeto de lei seja apreciado pelo Executivo, deverá antes ter sido apreciado e aprovado por duas Casas (Câmara de Deputados e Senado Federal). Processo Legislativo • Começam na Câmara de Deputados: a discussão e votação daqueles projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do STF e dos Tribunais Superiores (art. 64, caput), de iniciativa concorrente dos Deputados ou de Comissões da Câmara, de iniciativa do Procurador-Geral da República e os de iniciativa popular. Nesses casos, a Câmara será a Casa iniciadora e o Senado a Casa revisora. Processo Legislativo • Começam no Senado Federal: a discussão e votação daqueles projetos de lei de iniciativa dos Senadores ou de Comissões do Senado. Nesses casos, o Senado Federal será a Casa iniciadora e a Câmara de Deputados será a Casa revisora. Processo Legislativo • Apreciação pelas Comissões: iniciado o processo legislativo, o projeto de lei passa para a apreciação das Comissões. Em primeiro lugar o projeto deverá ser visto por uma comissão temática (que analisará a matéria da proposição) e, em seguida, pela Comissão de Constituição e Justiça (que examinará a constitucionalidade). Processo Legislativo • Processo de Votação: a votação será ostensiva (processo simbólico ou nominal) ou secreta (sistema eletrônico ou de cédulas). – Simbólico: ficam sentados os que querem aprovar e se levantam os que querem rejeitar (proposições em geral); – Nominal: pelo sistema eletrônico de votos (art. 186, RICD) – Secreto: pelo sistema eletrônico (art. 188, RICD) ou por cédulas (nas eleições). Processo Legislativo • Casa Revisora: se o projeto for rejeitado na Casa iniciadora, será arquivado. Mas caso seja aprovado, deverá seguir para a Casa revisora, que deverá aprova-lo, rejeitá-lo ou emenda-lo. – Aprovado: será enviado para sanção ou veto. – Rejeitado: será arquivado, só podendo ser reapresentado na próxima sessão legislativa. – Emendado: somente o que for modificado deverá ser apreciado pela Casa iniciadora (sendo vedada emenda da emenda) Processo Legislativo • Deliberação Executiva: terminada a fase de discussão e votação, aprovado o projeto de lei, deverá ser encaminhado para apreciação pelo Chefe do Poder Executivo, para ser sancionado ou vetado. Processo Legislativo • Sanção: em caso de concordância, o Presidente da República sancionará o projeto de lei, sendo esse o momento em que o projeto se transforma em lei, uma vez que o que se promulga já é a lei. A sanção pode ser expressa (quando o Presidente manifesta a sua concordância) ou tácita (quando o Presidente não se manifesta no prazo de 15 dias úteis). A sanção presidencial não convalida vício formal subjetivo de iniciativa. Processo Legislativo • Veto: em caso de discordância, o Presidente da República poderá vetar o projeto de lei, total ou parcialmente, no prazo de 15 dias úteis. O veto parcial só poderá abranger texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou alínea, não sendo admitido o veto de palavras. O Presidente deverá comunicar ao Presidente do Senado os motivos do veto no prazo de 48 horas Processo Legislativo • Veto: no caso de veto, deverá ser apreciado em sessão conjunta (Câmara e Senado) dentro de 30 dias a contar do seu recebimento. O veto poderá ser rejeitado por maioria absoluta dos Deputados e Senadores em votação ostensiva, produzindo os mesmos efeitos que a sanção, devendo ser enviado ao Presidente da República para promulgação no prazo de 48 horas. Processo Legislativo • Fase Complementar: é a fase final do processo legislativo, incluindo a promulgação e a publicação da lei. – Promulgação: nada mais édo que um atestado da existência válida da lei e de sua executoriedade, certificando o nascimento da lei (mesmo que ainda não esteja em vigor, nem seja eficaz); – Publicação: é o ato pelo qual se levará ao conhecimento de todos o conteúdo da nova lei, com a inserção do seu texto no Diário Oficial, estabelecendo o momento em que o seu cumprimento deverá ser exigido (45 dias após). Processo Legislativo • Lei Complementar e Lei Ordinária: – Semelhanças: ambas seguem as fases de iniciativa, constitutiva e complementar, e por meio delas que se editam normas gerais e abstratas, que regulamentam as normas constitucionais. – Não existe hierarquia entre Lei Complementar e Lei Ordinária. Processo Legislativo • Lei Complementar e Lei Ordinária: – Diferenças: • Material: as hipóteses de regulamentação da Constituição através de Leis Complementares estão taxativamente predeterminadas na Constituição (ex. arts. 7º, I; 14, §9º; 18, §§2º, 3º e 4º; e 21, IV). Já os temas das Leis Ordinárias são residuais, ou seja, todo tema que não for de Lei Complementar, de Decreto Legislativo ou de Resoluções. • Formal: enquanto as Leis Complementares exigem quórum de maioria absoluta (art. 69) para serem aprovadas, as Leis Ordinárias exigem quórum de maioria simples (ou relativa) (art. 47) para serem aprovadas. Processo Legislativo • Lei Complementar e Lei Ordinária: – Lembrando: • Maioria: primeiro numero inteiro superior à metade. • Maioria simples: maioria dos presentes na sessão. • Maioria absoluta: maioria dos componentes da Casa; • Regra Geral (art. 47): o quórum de instalação da sessão de votação (ou quórum de votação) é maioria absoluta e o quórum para aprovação é maioria simples (mas no caso de Leis Complementares será maioria absoluta). Processo Legislativo • Emenda Constitucional: são fruto do poder constituinte derivado reformador (juridicamente limitado), por meio do qual se altera o trabalho do poder constituinte originário (juridicamente ilimitado). Assim, submetem-se a limitações explícitas (expressas) e implícitas. Processo Legislativo • Emenda Constitucional: – Limitações explícitas (expressas): • Limitações Formais (procedimentais): – Iniciativa (art. 60, I, II e III): trata-se de iniciativa privativa e concorrente para alteração da Constituição; – Quorum de aprovação (art. 60, §2º): a proposta de emenda constitucional deverá ser discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em 2 turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 3/5 dos votos dos respectivos membros de ambas as Casas; – Promulgação (art. 60, §3º): a promulgação da emenda deve ser realizada pelas Mesas da Câmara e do Senado, com seu respectivo número de ordem (não sendo necessário encaminhar para sanção ou veto presidencial). – PEC rejeitada ou havida por prejudicada (art. 60, §5º): não pode ser reapresentada na mesma sessão legislativa. Processo Legislativo • Emenda Constitucional: – Limitações explícitas (expressas): • Limitações Circunstanciais (art. 60, §1º): em determinadas circunstâncias é vetada a alteração do texto constitucional, em decorrência da gravidade a anormalidade institucionais (intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio). • Limitações Materiais (art. 60, §4º): algumas matérias não podem ser objeto de emenda constitucional e são chamadas de cláusulas pétreas (forma federativa do Estado; voto direto, secreto, universal e periódico; separação dos Poderes; e os direitos e garantias individuais) Processo Legislativo • Emenda Constitucional: – Limitações implícitas: • Impossibilidade da Aplicação da Teoria da Dupla Revisão: não é possível revogar o art. 60, §4º num primeiro momento para depois revogar alguma das cláusulas pétreas. • Impossibilidade de alterar o titular do poder constituinte originário: ou seja, o povo. • Impossibilidade de alterar o titular do poder constituinte reformador: aqueles indicados no art. 60, I, II e III. Processo Legislativo • Lei Delegada: trata-se de uma delegação do poder de elaborar normas, do Poder Legislativo ao Poder Executivo. Deve ser elaborada pelo Presidente da República, após prévia solicitação ao Congresso Nacional, delimitando o assunto sobre o qual pretende legislar. Processo Legislativo • Lei Delegada: essa primeira fase do processo legislativo de elaboração de Leis Delegadas se chama iniciativa solicitadora. Essa solicitação deverá ser submetida à apreciação do Congresso Nacional, que, no caso de aprovação, tomará forma de uma resolução (art. 68, §2º), especificando o conteúdo da delegação e os termos do seu exercício. Processo Legislativo • Lei Delegada: com base no princípio da indelegabilidade de atribuições (art. 68, §1º), determinadas matérias não poderão ser delegadas. Processo Legislativo • Lei Delegada: caso o Presidente da República elabore uma Lei Delegada que vá além do limite fixado na resolução aprovada pelo Congresso Nacional, caberá ao Congresso Nacional sustar essa Lei Delegada, por meio de Decreto Legislativo (art. 49, V). Processo Legislativo • Lei Delegada: na resolução do Congresso Nacional, será determinado se será necessária ou não a apreciação do projeto de Lei Delegada (elaborada pelo Presidente da República) pelo Congresso Nacional. Se for necessária a apreciação, essa será feita em votação única, sendo vedada qualquer emenda (art. 68, §3º). Processo Legislativo • Lei Delegada: – Delegação Típica: quando não há apreciação pelo Congresso Nacional, permitindo que o Presidente da República elabore, promulgue e faça publicar a Lei Delegada. – Delegação Atípica: quando há apreciação do Congresso Nacional, em votação única e sem possibilidade de emenda (uma forma de inversão do processo legislativo, uma vez que caberá ao Congresso, e não ao Presidente, uma certa forma de sanção [ou veto] do projeto elaborado pelo Presidente da República). Processo Legislativo • Lei Delegada: nos dois casos (delegação típica e atípica) não é necessária a sanção do Presidente da República, uma vez que foi ele quem elaborou o projeto, que não pode ser emendado. Após a aprovação (quando necessária) do projeto de Lei Delegada pelo Congresso, o Presidente da República a promulgará e determinará a sua publicação. Processo Legislativo • Medida Provisória: em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias com força de lei (art. 62, caput), devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. Assim, é uma manifestação exclusiva do Presidente da República, que a publica no Diário Oficial da União. Processo Legislativo • Medida Provisória: é um ato monocrático, unipessoal, do Presidente da República, sem a participação do Legislativo, que será chamado a discuti-la somente em momento posterior, quando já adotada pelo Executivo, com força de lei e produzindo seus efeitos jurídicos. Processo Legislativo • Medida Provisória: – Legitimidade para Edição: competência exclusiva (indelegável) do Presidente da República (art. 84, XXVI); – Pressupostos Constitucionais: relevância E urgência; – Prazo de Duração: uma vez adotada, vigorará pelo prazo de 60 dias, prorrogável uma vez por igual período (art. 62, §7º), ficando esse prazo suspenso durante os períodos de recesso parlamentar (art. 62, §4º); Processo Legislativo • Medida Provisória: – Prorrogação do Prazo: após o prazo inicial de 60 dias, a partir da data de publicação, se não tiver sido encerrada a votação nas duas Casas do Congresso Nacional, o prazo inicial será prorrogado por mais 60 dias. Após os 120 dias, se não for convertida em lei, a MP perderá a eficácia desde a sua edição (art. 60, §3º); – Eficácia da MP: caso perca a sua eficácia, deverá o Congresso disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicasdecorrentes; Processo Legislativo • Medida Provisória: – Tramitação: adotada a MP pelo Presidente da República, será submetida de imediato ao Congresso, cabendo a uma comissão mista de Deputados e Senadores examiná-la e sobre ela emitir parecer sobre aspectos constitucionais, sobre o mérito e sobre a sua adequação orçamentária e financeira. Após esse parecer, a MP passará para apreciação do plenário da Câmara dos Deputados e, posteriormente, do plenário do Senado Federal. Processo Legislativo • Medida Provisória: – Regime de Urgência Constitucional: se a MP não for apreciada em até 45 dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas, ficando sobrestadas, até que se termine a votação, todas as demais deliberações da Casa em que estiver tramitando (art. 62, §6º). – Reedição de MP: é vedada a reedição de MP expressamente rejeitada pelo Congresso, ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo, na mesma sessão legislativa. Processo Legislativo • Decreto Legislativo: é o instrumento normativo através do qual são materializadas as competências exclusivas do Congresso Nacional (que aparecem no art. 49, I a XVII). As regras sobre o seu procedimento estão nos Regimentos Internos das Casas ou do Congresso. Processo Legislativo • Decreto Legislativo: além das matérias do art. 49, o Congresso Nacional deverá regulamentar, por decreto legislativo, os efeitos da medida provisória não convertida em lei (art. 62, §3º). Processo Legislativo • Decreto Legislativo: ao iniciar o processo legislativo, ocorrerá a discussão no Congresso e, sendo aprovado o projeto (por maioria simples), passa-se imediatamente à promulgação, realizada pelo Presidente do Senado Federal, que determinará a sua publicação. Assim, não há manifestação do Presidente da República (sancionando ou vetando) . Processo Legislativo • Resolução: é o instrumento normativo através do qual são regulamentadas as matérias de competência privativa da Câmara dos Deputados (que aparecem no art. 51), do Senado Federal (que aparecem no art. 52) e algumas de competência do Congresso Nacional (fixadas pelo Regimento Interno do Congresso, além de alguns poucos casos que aparecem expressamente na Constituição). Processo Legislativo • Resolução: os Regimentos Internos que determinam as regras sobre os processos legislativos. De forma geral, iniciado o processo legislativo, haverá discussão nas respectivas Casas (se for de competência da Câmara, será apenas na Câmara, se for de competência do Senado será apenas no Senado e se for de competência do Congresso será nas duas casas). Processo Legislativo • Resolução: uma vez aprovada (por maioria simples) passa-se à promulgação, que será realizada pelo Presidente da respectiva Casa (no caso de competência do Congresso, será pelo Presidente do Senado), que determinará sua publicação. Assim, não há manifestação do Presidente da República (sancionando ou vetando) . Processo Legislativo • Resolução: além dos casos previstos em cada Regimento Interno das Casas, a Constituição apresenta algumas hipóteses (arts. 68, §2º; 155, §1º, IV, 155, §2º, IV; 155, §2º, V, “a”; 155, §2º, V, “b”) Processo Legislativo • Diferença entre Resoluções e Decretos Legislativos: enquanto as resoluções podem instrumentalizar matérias de competência da Câmara, do Senado e do Congresso, os decretos legislativos só podem regulamentar as matérias de competência exclusiva do Congresso (indicadas no art. 49). Processo Legislativo Processo Legislativo Espécie Normativa Localização Quórum Características Emendas à Constituição art. 60 3/5 em dois turnos Alteração da Constituição (promulgada pelas Mesas da CD e do SF) Lei Complementar art. 69 Maioria absoluta Expressamente previstas na CF Lei Ordinária art. 47 Maioria simples Temas residuais Lei Delegada art. 68 Elaborada pelo Presidente (pode ser necessária apreciação pelo CN) Delegação do CN (através de resolução) Medida Provisória art. 62 Elaborada pelo Presidente (tem força de lei por 60 dias + 60 dias) Relevância e urgência (deve ser convertida em lei pelo CN) Decreto Legislativo art. 49 Maioria simples (do CN) Competências exclusivas do CN (promulgado pelo Presidente do SF) Resoluções arts. 51 (CD), 52 (SF), 68, §2º (Lei Delegada) e RIs da CN, do SF e do CN Maioria simples (só na CD, só no SF, ou em ambas as Casas) Competências privativas da CD, do SF e do CN (promulgada pelo presidente da CD ou do SF) CD = Câmara de Deputados; SF = Senado Federal; CN = Congresso Nacional; Ris = Regimentos Internos Controle de Constitucionalidade • Controle de Constitucionalidade: são mecanismos por meio dos quais se controlam os atos normativos, verificando sua adequação à Constituição Federal. Ou seja, é o instrumento jurídico através do qual se verifica a constitucionalidade dos atos normativos. Introdução • Constituição Rígida: possui um processo de alteração mais difícil que as demais leis, exigindo quórum qualificado. Além disso, estabelece cláusulas pétreas (super-rígida). • Atribuição de Competência a um Órgão: que ficará responsável por resolver os problemas de constitucionalidade. Requisitos Fundamentais • Princípio da Supremacia da Constituição: “a Constituição se coloca no vértice do sistema jurídico do país, a que confere validade”. Desse princípio resulta que “as normas de grau inferior somente valerão se forem compatíveis com as normas de grau superior, que é a Constituição” (princípio da compatibilidade vertical) José Afonso da Silva Requisitos Fundamentais • Princípio da Supremacia da Constituição: Requisitos Fundamentais Constituição Federal Leis Complementares Leis Ordinárias Medidas Provisórias e Leis Delegadas Resoluções • Teoria da Nulidade: o controle de constitucionalidade trata de ato declaratório, que reconhece uma situação pretérita (vício congênito ou de nascimento ou de origem). Ao declarar a existência desse vício, declara o ato normativo inconstitucional, afetando o plano da validade dessa norma, resultando na declaração da sua nulidade. Entende-se que a lei nasceu morta (efeito retroativo ou efeito ex tunc). Teoria da Nulidade • Inconstitucionalidade por Ação: é a incompatibilidade vertical de uma norma infraconstitucional em relação à CF. – Material (Nomoestática): é aquela que atinge um tema (matéria) previsto na Constituição. – Formal (Nomodinâmica): é aquela que atinge um procedimento previsto na Constituição. • Ambas podem estar presentes ao mesmo tempo e ambas levam à nulidade do ato. Tipos de Inconstitucionalidade • Inconstitucionalidade por Omissão: decorre da inércia legislativa na regulamentação de normas constitucionais de eficácia limitada. • Alguns dispositivos da Constituição Federal não são dotados de plena eficácia (dependem de legislação infraconstitucional para produzirem todos os seus efeitos). Ex. art. 18, §4º e art. 37, VII. Tipos de Inconstitucionalidade • Controle de Constitucionalidade Preventivo: é aquele realizado antes do aperfeiçoamento do ato normativo (antes de virar lei). É o controle realizado pela CCJ e pelo Poder Executivo (veto presidencial). • Controle de Constitucionalidade Repressivo: é aquele realizado após o aperfeiçoamento do ato normativo (após virar lei). É exercido (via de regra) pelo Poder Judiciário. Classificação (Tempo) • Controle de Constitucionalidade Difuso: é aquele realizado por todo e qualquer magistrado (juiz). Modelo norte-americano. • Controle de Constitucionalidade Concentrado: é aquele realizado por um único órgão (STF ou TJ). Modelo austríaco. Classificação (Número de Órgãos) • Controle de Constitucionalidade Abstrato (Direto, Ação, Principal): não há um caso concreto (não há partes),procura- se apenas estabelecer se uma norma é constitucional ou não (pedido principal). • Controle de Constitucionalidade Concreto (Incidental, Exceção, Defesa): há um caso concreto (partes em litígio) e, além do pedido principal, a necessidade de julgar a constitucionalidade de uma norma. Classificação (Objeto do Pedido) • No Brasil, na grande maioria dos casos o Controle de Constitucionalidade Abstrato (Direto) equivale ao Controle de Constitucionalidade Concentrado, enquanto o Controle de Constitucionalidade Concreto (Incidental) equivale ao Controle de Constitucionalidade Difuso. • Abstrato (Direto) = Concentrado • Concreto (Incidental) = Difuso Classificação • O Brasil adota o sistema misto, onde temos o controle concentrado E o difuso. • Além do controle concentrado, o STF exerce também o controle difuso. • O controle concentrado é restrito a algumas pessoas (art. 103), já o controle difuso é acessível a todos. Controle de Constitucionalidade • Objeto: toda e qualquer norma (federal, estadual, distrital ou municipal) editada após a CF/88. • Competência: todo e qualquer magistrado pode julgar controle de constitucionalidade difuso. • Legitimidade: toda e qualquer pessoa (física ou jurídica) que tenha capacidade postulatória. Controle Difuso • Quórum: – 1ª Instância: juiz da causa. – Corte: o princípio da cláusula de reserva de plenário (art. 97) diz que órgão fracionário (Câmaras, Turmas ou Seções) não pode julgar a inconstitucionalidade de leis ou atos normativos, que só pode ser declarada pela maioria absoluta dos membros do pleno ou do órgão especial do Tribunal. Controle Difuso • Atenção: órgão fracionário tem competência para julgar a constitucionalidade de lei ou ato normativo, só não tem competência para julgar a inconstitucionalidade. Controle Difuso • Princípio da cláusula de reserva de plenário: (exceções) órgão fracionário pode julgar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo quando: – o próprio pleno ou órgão especial do Tribunal já houver se manifestado sobre a inconstitucionalidade desta mesma lei ou ato normativo; – o STF já houver se manifestado sobre a inconstitucionalidade desta mesma lei ou ato normativo; Controle Difuso • Princípio da cláusula de reserva de plenário: quando um processo chega para um órgão fracionário ele pode considerar a norma constitucional. Mas se considerar inconstitucional, esse processo deve ser remetido para o pleno ou para o órgão especial. Salvo se o pleno, o órgão especial ou o STF já houverem se manifestado sobre essa mesma matéria. Controle Difuso • Efeitos da Declaração de Inconstitucionalidade: – equivale à nulidade da norma, com efeitos retroativos à data de edição do ato normativo (efeito ex tunc); – efeito inter partes (exceção, art. 52, X: compete de forma discricionária ao Senado Federal sustar a execução de lei ou ato normativo que tenha sido declarado inconstitucional pelo STF, efeito erga omnes); Controle Difuso • Controle Concentrado de Constitucionalidade: – é exercido de modo direto (não incidental, num caso abstrato); – é julgado por um único órgão ou tribunal (STF ou TJ) – os legitimados para entrar com pedido de controle de constitucionalidade concentrado são restritos (art. 103) Controle Concentrado • Ações de Controle Concentrado de Constitucionalidade julgadas pelo STF: – ADI (ADin): Ação Direta de Inconstitucionalidade Genérica (art. 102, I, a); – ADC (Adecon): Ação Declaratória de Constitucionalidade (art. 102, I, a); – ADPF: Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (art. 102, §1º); – ADO (ADin por omissão): Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (art. 103, §2º). Controle Concentrado Controle de Constitucionalidade • Objeto: leis e atos normativos federais, estaduais e distritais (nas competências estaduais) editados após a CF/88. • Competência: STF (art. 102, I, “a”) • Legitimidade: todos que estão no art. 103 Presidente da República, Mesa do Senado, Mesa da Câmara, Mesa de Assembleia Legislativa, Governador, Procurador-Geral da República, Conselho Federal da OAB, Partido Político e Confederação Sindical ou Entidade de Classe) ADI / ADin • Legitimidade: todos que estão no art. 103 – Legitimados Universais (Neutros): podem propor ADI quando quiserem (Presidente da República, Mesa do Senado, Mesa da Câmara, Procurador-Geral da República, Conselho Federal da OAB ou Partido Político) – Legitimados Especiais (Interessados): precisam demonstrar pertinência temática (interesse de agir) (Mesa de Assembleia Legislativa, Governador e Confederação Sindical ou Entidade de Classe) ADI / ADin • Quórum: maioria absoluta dos membros do STF (pelo menos 6 ministros). • Efeitos: – Erga omnes: a declaração de inconstitucionalidade produz efeitos para todas pessoas em território nacional. – Vinculante: a decisão vincula todo Judiciário e toda Administração Pública (não o Legislativo). – Retroativos (ex tunc): a lei é considerada nula desde sua criação. ADI / ADin • Exceção para o Efeito Retroativo da ADI: ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o STF, por maioria de 2/3 de seus membros restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado (art. 27, Lei 9.868/99). ADI / ADin • Exceção para o Efeito Retroativo da ADI: se afetar a segurança jurídica ou houver interesse social relevante, pela maioria de 2/3 dos seus ministros, o STF pode transformar o ex tunc (efeitos retroativos) em ex nunc (efeitos a partir do trânsito em julgado) ou pro futuro (a partir de outra data que seja fixada). A isso se chama de modulação dos efeitos das decisões tomadas em controle concentrado de constitucionalidade. ADI / ADin • Objeto: leis e atos normativos federais, editados após a CF/88, que tenham tido a constitucionalidade recorrentemente arguida (controvérsia judicial relevante). • Competência: STF (art. 102, I, “a”) • Legitimidade: todos que estão no art. 103 Presidente da República, Mesa do Senado, Mesa da Câmara, Mesa de Assembleia Legislativa, Governador, Procurador-Geral da República, Conselho Federal da OAB, Partido Político e Confederação Sindical ou Entidade de Classe) ADC / Adecon • Legitimidade: todos que estão no art. 103 – Legitimados Universais (Neutros): podem propor ADC quando quiserem (Presidente da República, Mesa do Senado, Mesa da Câmara, Procurador-Geral da República, Conselho Federal da OAB ou Partido Político) – Legitimados Especiais (Interessados): precisam demonstrar pertinência temática (interesse de agir) (Mesa de Assembleia Legislativa, Governador e Confederação Sindical ou Entidade de Classe) ADC / Adecon • Quórum: maioria absoluta dos membros do STF (pelo menos 6 ministros). • Efeitos: – Erga omnes: a declaração de constitucionalidade produz efeitos para todas pessoas em território nacional. – Vinculante: a decisão vincula todo Judiciário e toda Administração Pública (não o Legislativo). – Retroativos (ex tunc): a lei é considerada válida desde sua criação. ADC / Adecon • Exceção para o Efeito Retroativo da ADC: se afetar a segurança jurídica ou houver interesse social relevante, pela maioria de 2/3 dos seus ministros, o STF pode transformar o ex tunc (efeitos retroativos) em ex nunc (efeitos a partir do trânsito em julgado) ou pro futuro (a partir de outra data que seja fixada). A isso se chama de modulação dos efeitos das decisões tomadas em controle concentrado de constitucionalidade. ADC / Adecon • Leis e Atos Normativos Estaduais ou Distritais (nas competências Estaduais), editados após a CF/88: são passíveisapenas de ADI. • Leis e Atos Normativos Federais, editados após a CF/88: são passíveis tanto de ADI quanto de ADC. ADI x ADC • Leis e Atos Normativos Federais, editados após a CF/88: são passíveis tanto de ADI quanto de ADC. – ADI: • ação procedente = norma inconstitucional • ação improcedente = norma constitucional – ADC: • ação procedente = norma constitucional • ação improcedente = norma inconstitucional ADI x ADC • Efeito Dúplice (Caráter Ambivalente) das Ações: para declarar a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade de uma norma federal, podemos usar a ADI ou ADC. – A procedência da ADI equivale à improcedência da ADC, pois em ambos os casos a norma federal será considerada inconstitucional. – A improcedência da ADI equivale à procedência da ADC, pois em ambos os casos a norma federal será considerada constitucional. ADI x ADC • Objeto: leis, atos normativos e atos administrativos federais, estaduais, distritais e municipais, inclusive anteriores à CF/88, com comprovada controvérsia constitucional, que ofendam ou ofereçam risco a preceito fundamental (princípio da subsidiariedade). • Competência: STF (art. 102, §1º) • Legitimidade: todos que estão no art. 103 Presidente da República, Mesa do Senado, Mesa da Câmara, Mesa de Assembleia Legislativa, Governador, Procurador-Geral da República, Conselho Federal da OAB, Partido Político e Confederação Sindical ou Entidade de Classe) ADPF • Legitimidade: todos que estão no art. 103 – Legitimados Universais (Neutros): podem propor ADPF quando quiserem (Presidente da República, Mesa do Senado, Mesa da Câmara, Procurador-Geral da República, Conselho Federal da OAB ou Partido Político) – Legitimados Especiais (Interessados): precisam demonstrar pertinência temática (interesse de agir) (Mesa de Assembleia Legislativa, Governador e Confederação Sindical ou Entidade de Classe) ADPF • Preceitos Fundamentais: nunca foram definidos pela Constituição, nem por lei infraconstitucional. Seriam normas que servem de fundamento para as demais normas constitucionais. – Ex.: os princípios fundamentais (arts. 1º ao 4º), os direitos e garantias fundamentais (arts. 5º ao 17), os princípios constitucionais sensíveis (art. 34, VII), as cláusulas pétreas (art. 60, §4º) e os princípios gerais da atividade econômica (art. 170) como exemplos de preceitos fundamentais. ADPF • Quórum: maioria absoluta dos membros do STF (pelo menos 6 ministros). • Efeitos: – Erga omnes: a declaração de inconstitucionalidade produz efeitos para todas pessoas em território nacional. – Vinculante: a decisão vincula todo Judiciário e toda Administração Pública (não o Legislativo). – Retroativos (ex tunc): a lei é considerada nula desde sua criação. ADPF • Exceção para o Efeito Retroativo da ADPF: se afetar a segurança jurídica ou houver interesse social relevante, pela maioria de 2/3 dos seus ministros, o STF pode transformar o ex tunc (efeitos retroativos) em ex nunc (efeitos a partir do trânsito em julgado) ou pro futuro (a partir de outra data que seja fixada). A isso se chama de modulação dos efeitos das decisões tomadas em controle concentrado de constitucionalidade. ADPF • Objeto: a falta de lei ou ato normativo que regulamente dispositivo constitucional de eficácia limitada (utiliza-se a ADO para o controle concentrado e o mandado de injunção para o controle difuso). • Competência: STF (art. 103, §2º) • Legitimidade: todos que estão no art. 103 Presidente da República, Mesa do Senado, Mesa da Câmara, Mesa de Assembleia Legislativa, Governador, Procurador-Geral da República, Conselho Federal da OAB, Partido Político e Confederação Sindical ou Entidade de Classe) ADO • Legitimidade: todos que estão no art. 103 – Legitimados Universais (Neutros): podem propor ADO quando quiserem (Presidente da República, Mesa do Senado, Mesa da Câmara, Procurador-Geral da República, Conselho Federal da OAB ou Partido Político) – Legitimados Especiais (Interessados): precisam demonstrar pertinência temática (interesse de agir) (Mesa de Assembleia Legislativa, Governador e Confederação Sindical ou Entidade de Classe) ADO • Quórum: maioria absoluta dos membros do STF (pelo menos 6 ministros). • Efeitos: – Mandamental: após o reconhecimento da inconstitucionalidade por omissão o STF expede um ofício ao órgão administrativo ou legislativo competente para a edição do ato ou da lei que não regulamentou o dispositivo constitucional de eficácia limitada, que devem cumprir a determinação (obrigação de fazer) em 30 dias (órgãos administrativos) ou em prazo razoável (poder competente). ADO • Objeto: leis e atos normativos estaduais e municipais, questionados em relação à Constituição Estadual (Lei Orgânica do DF). • Competência: TJ local (art. 125, §2º) • Legitimidade: é definida pelas Constituições Estaduais. A Constituição Federal estabelece apenas que não pode ser atribuída a um único órgão. Representação de Inconstitucionalidade Controle de Constitucionalidade Ação Constitucional Objeto Competência Legitimados Efeitos Controle Difuso (atos normativos) Lei ou ato normativo federal, estadual, distrital ou municipal editado após a CF/88 Qualquer juízo ou Tribunal Qualquer pessoa (física ou jurídica) com capacidade postulatória Inter partes (SF pode transformar em erga omnes ) e ex tunc (STF pode transformar em ex nunc ou pro futuro ) Controle Difuso (omissões) (Mandado de Injunção) Falta de norma reguladora de dispositivo constitucional de eficácia limitada Qualquer juízo ou Tribunal Qualquer pessoa (física ou jurídica) com capacidade postulatória Inter partes (para a teoria concretista individual) ou erga omnes (para a teoria concretista geral) ADI - Ação Direta de Inconstitucionalidade Genérica Lei ou ato normativo federal, estadual ou distrital (competências estaduais) editado após a CF/88 STF Todos do art. 103 Erga omnes , vinculante e ex tunc (STF pode transformar em ex nunc ou pro futuro ) ADC - Ação Declaratória de Constitucionalidade Lei ou ato normativo federal editado após a CF/88, com controvérsia relevante STF Todos do art. 103 Erga omnes , vinculante e ex tunc ADPF - Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental Lei, ato normativo ou ato administrativo federal, estadual, distrital ou municipal editado antes ou após a CF/88, com controvérsia relevante STF Todos do art. 103 Erga omnes , vinculante e ex tunc (STF pode transformar em ex nunc ou pro futuro ) ADO - Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão Falta de norma reguladora de dispositivo constitucional de eficácia limitada STF Todos do art. 103 Deverá adotar as providências necessárias em 30 dias (órgão administrativo) ou num prazo razoável (poder competente) Representação de Inconstitucionalidade Lei ou ato normativo estadual e municipal, questionado em relação à Constituição Estadual TJ local Definidos pelas Constituições Estaduais Erga omnes , vinculante e ex tunc (TJ pode transformar em ex nunc ou pro futuro )
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