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MATERIAL DIREITO CONSTITUCIONAL PROCESSO LEGISLATIVO

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Direito Constitucional 3
Processos Constitucionais
ORGANIZAÇÃO 
POLÍTICO-ADMINISTRATIVA 
DO BRASIL
Organização do Estado
• Forma de Governo: República ou 
Monarquia
• Sistema de Governo: Presidencialismo
ou Parlamentarismo
• Forma de Estado: Federação ou 
Estado Unitário 
Formas de Governo
• Aristóteles:
Formas de Governo
• Maquiavel:
– Quando o governo renova-se mediante
eleições periódicas, estamos diante de uma 
forma de governo chamada República;
– Quando o governo é hereditário e vitalício, 
estamos diante de uma forma de governo 
chamada Monarquia. 
Formas de Governo
Absolutista
Constitucional
Parlamentar
Aristocrática
Direta
Indireta
Semidireta
Formas de Governo
Monarquia
República
Limitada
Democrática
• Presidencialista: o Presidente da 
República acumula as funções de Chefe 
de Estado e Chefe de Governo (Brasil e 
EUA)
• Parlamentarista: o Primeiro-Ministro é o 
Chefe de Governo, enquanto o Chefe de 
Estado é o Monarca (Monarquia 
Parlamentarista, Reino Unido e Japão) 
ou o Presidente da República (República 
Parlamentarista, Alemanha e Itália)
Sistema de Governo
Origem do Federalismo
• Surgiu nos E.U.A. (1787)
• Necessidade de um governo eficiente num 
território vasto
• Os Estados deixaram de ser soberanos, 
mas conservaram sua autonomia 
(agregação)
• União recebe poderes para defender o 
bem de todos Estados
Confederação e Federação
• Numa Confederação, os Estados-
membros TÊM direito de secessão
• Numa Federação, os Estados-membros 
NÃO TÊM direito de secessão
Federalismo no Brasil
• Surge com o Decreto n.1, de 15/11/1889 
(Proclamação da República)
• Foi consolidado pela primeira Constituição 
Republicana, de 1891
• Fruto da descentralização do Estado 
Unitário brasileiro (desagregação)
Federalismo no Brasil
• CF/88, Art. 1º: “A República Federativa do 
Brasil, formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito 
Federal...”
• CF/88, Art. 18: “A organização político 
administrativa da República Federativa do 
Brasil compreende a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, todos 
autônomos, nos termos dessa Constituição.
Federalismo no Brasil
• Como os municípios precisam observar 
dois graus de poder (Estados e União), 
temos um Federalismo de Segundo Grau
• CF/88, Art. 60, §4º: “Não será objeto de 
deliberação a proposta de emenda 
tendente a abolir: I – a forma federativa de 
Estado;”
Características do Federalismo
• Descentralização Política: atribuição de 
autonomia aos Estados-membros 
“O que caracteriza o Estado federal é 
justamente o fato de, sobre um mesmo 
território e sobre as mesmas pessoas, se 
exercer, harmônica e simultaneamente, a 
ação política de dois governos distintos, o 
federal e o estadual.” (Bryce)
Características do Federalismo
• Soberania do Estado Federal: soberania 
é o poder de autodeterminação plena, não 
condicionado a nenhum outro poder, 
externo ou interno
• Autonomia dos Estados-membros:
autonomia é a capacidade de 
autodeterminação dentro de um círculo de 
competências traçado pelo poder 
soberano (descentralização do poder)
Características do Federalismo
• Constituição Federal rígida: serve como 
fundamento jurídico e instrumento 
regulador, distribuindo competências
• Repartição de competências: garante a 
autonomia entre os entes federativos e o 
equilíbrio da federação
Características do Federalismo
• Inexistência de direito de secessão:
princípio da indissolubilidade do vínculo 
federativo, sendo que a tentativa de 
retirada de um Estado-membro deve ser 
impedida através de intervenção federal 
(CF/88, Art. 34, I)
Características do Federalismo
• Participação dos Estados-membros na 
vontade federal: através do órgão 
representativo dos Estados-membros, que 
é o Senado Federal (CF/88, Atr. 46)
• Conflitos resolvidos pela Suprema 
Corte e pela intervenção federal: o 
Supremo Tribunal Federal (STF) é o 
guardião da Constituição
Autonomia (FAP)
• Auto-organização: capacidade de criar 
constituições ou leis orgânicas próprias
• Autolegislação: capacidade de criar sua 
própria legislação infraconstitucional
• Autoadministração: capacidade de 
administrar e gerir seus recursos
• Autogoverno: capacidade de escolher 
seus próprios governantes
Organização do Estado
União Estado Município
Distrito 
Federal
Executivo
Presidente 
da 
República
Governador Prefeito
Governador 
Distrital
Legislativo
Congresso 
(Câmara + 
Senado)
Assembleia 
Legislativa
Câmara 
Municipal de 
Vereadores
Câmara 
Legislativa
Judiciário
Justiça 
Federal
Justiça 
Estadual
Justiça 
Estadual
Organizado 
pela União
União
• Fruto da junção dos Estados
• Aliança (união) indissolúvel dos Estados
• Age em nome da Federação
• Tem autonomia (não tem soberania), pois 
seu poder é derivado da Constituição
União
• União não é sinônimo de Federação
• União: pessoa jurídica de direito público 
interno
• Federação: é a forma de Estado que 
reúne os entes federativos com autonomia 
(União, Estados, Municípios e DF)
União
• Tem dupla personalidade
• Atua em nome próprio: no âmbito 
interno (serviços públicos federais, obras 
públicas, Justiça Federal)
• Atua em nome da Federação: no âmbito 
internacional, representando a república 
Federativa do Brasil perante os demais 
países (Estados Soberanos)
União
• Tem bens próprios (Art. 20)
• Edita leis nacionais (incide sobre todos 
habitantes do território nacional)
• Edita leis federais (incide sobre 
servidores federais e área administrativa 
da União)
Estados
• Têm governo próprio
• Têm bens próprios (Art. 26)
• Desempenha os 3 poderes estatais
(Executivo, Legislativo e Judiciário)
Estados
• Podem incorporar uns aos outros ou se 
desmembrar (formando novos Estados 
ou Territórios Federais)
• Para incorporação ou desmembramento é 
preciso: aprovação da população 
interessada (por plebiscito) e aprovação 
do Congresso Nacional (por lei 
complementar) 
Estados (= Municípios)
• Incorporação ou fusão: dois (ou mais) 
entes dão origem a um novo ente, com 
perda da personalidade dos primeiros
Estados (= Municípios)
• Subdivisão ou Cisão: um ente federativo 
se divide, formando dois (ou mais) novos 
entes, com perda de personalidade do 
primeiro
Estados (= Municípios)
• Desmembramento Anexação: quando 
parte de um ente federativo se separa 
deste ente para se anexar a outro ente, 
sem que nenhum perca sua personalidade
Estados (= Municípios)
• Desmembramento Formação: quando 
parte de um ente federativo se separa 
deste ente para formar um novo ente 
federativo ou um Território, sem perda de 
personalidade do primeiro (ex.: Tocantins)
Estados
• O poder constituinte originário confere aos 
Estados-membros o poder de auto-
organização
• O poder de auto-organização dos Estados 
permite que cada Estado edite a sua 
própria Constituição Estadual (Art. 25)
Estados
• O poder constituinte Estadual é diferente 
do poder constituinte original
• A Constituição Federal (poder soberano) 
serve de fonte para o poder constituinte 
Estadual (poder derivado)
• Têm autonomia (não soberania) para 
editar e executar normas 
Estados
• O poder constituinte Estadual é limitado 
(no conteúdo e na forma) pela 
Constituição Federal
• Quando houver conflito entre uma norma 
constituinte Estadual e uma norma 
constituinte Federal, prevalece a Federal 
(inconstitucionalidade da norma Estadual)
Estados
• Princípio da Simetria: algumas normas 
que regem o Poder Legislativo da União 
(aquelas ligadas à inter-relação entre os 
Poderes) são de absorção necessária 
pelos Estados
• Limitação relativa de competência: o 
poder constituinte Estadual não deve 
disciplinar temas que sejam de 
competência reservada da União
Estados
• Região Metropolitana: os Estados 
podem criar (por lei complementar) 
regiões metropolitanas e microrregiões,com o objetivo de integrar a organização, 
o planejamento e a execução de funções 
públicas de interesse comum. O objetivo 
deve ser o de dar maior viabilidade ou 
eficácia para serviços públicos em áreas 
com mais de um município.
Municípios
• Têm autonomia política e legislativa
(Executivo e Legislativo próprios)
• Com a CF/88, passaram a ter também 
poder de auto-organização (Lei 
Orgânica dos Municípios – Art. 29)
• É um ente federativo (Arts. 1º e 18)
Municípios
• Há quem entenda que os Municípios não 
são entes federativos, pois não 
participam da vontade federal (não há 
um Senado dos Municípios), não têm um 
poder judiciário próprio, sofrem 
intervenção dos Estados e não da União 
e o STF não tem competência originária
para resolver questões envolvendo 
municípios.
Municípios
• Podem ser criados, fundidos ou 
desmembrados (Art. 18, §4º), por meio 
de lei estadual, plebiscito e estudos de 
viabilidade
• A criação de municípios precisa 
obedecer o período determinado por lei 
complementar federal (ainda não existe)
Distrito Federal
• A Constituição Federal criou o Distrito 
Federal para abrigar a sede da União
• Não se confunde com um Estado, nem 
com um Município, tendo algumas 
características de ambos
• Rege-se por Lei Orgânica
Distrito Federal
• Não tem poder de organização do 
Ministério Público nem do Judiciário 
(como os Municípios)
• Não tem relação com a polícia civil e 
militar, nem com o corpo de bombeiros
(são organizados e mantidos pela União)
Distrito Federal
• A organização e a manutenção da 
Defensoria Pública do Distrito Federal
foi transferida da União para o Distrito 
Federal (Emenda Constitucional n. 69, de 
2012)
• Assim como os Estados, o Distrito Federal 
está sujeito à intervenção federal
Distrito Federal
• Assim como os Estados, o Distrito Federal 
tem 3 representantes no Senado Federal 
(participa da vontade legislativa da União)
• Tem poder de auto-organização (Lei 
Orgânica do Distrito Federal)
• Tem capacidade de autogoverno, 
autolegislação e autoadministração
Distrito Federal
• Exerce cumulativamente as 
competências dos Estados e dos 
Municípios
• Não pode se subdividir em Municípios 
(CF/88, Art. 32)
Territórios
• Atualmente não existe nenhum Território 
no Brasil
• Caso seja necessário, a Constituição 
prevê a sua criação (Art. 18, §2º)
• São descentralizações administrativas 
da União (sem autonomia)
Territórios
• Território do Acre foi criado em 1904, mas 
foi transformado em Estado em 1962
• Território de Fernando de Noronha foi 
extinto (Art. 15, ADCT), sendo 
reincorporado ao Estado de Pernambuco 
como um distrito estadual
• Território do Amapá foi transformado em 
Estado (Art. 14, ADCT)
• Território de Roraima foi transformado em 
Estado (Art. 14, ADCT)
• Poder: uno, indivisível e indelegável, um 
atributo do Estado que emana do povo e 
não pode ser dividido.
• Função: modo como o Estado manifesta 
a sua vontade;
• Órgão: instrumentos do Estado para 
exercer suas funções.
Conceitos 
• Função Legislativa: edição de regras 
gerais, abstratas, impessoais e inovadoras 
da ordem jurídica, denominadas leis.
• Função Executiva: resolve problemas 
concretos e individualizados, de acordo 
com as leis.
• Função Jurisdicional: aplica o Direito 
aos casos concretos a fim de dirimir 
conflitos de interesse.
Funções
• Correspondência entre função e órgão:
devido à separação orgânica de poderes, 
cada órgão equivale a uma função:
- Poder (função) Legislativo = Congresso 
Nacional (art. 44)
- Poder (função) Executivo = Presidente da 
República (art. 76)
- Poder (função) Judiciário = STF, CNJ, STJ, 
Tribunais e Juízes (art. 92)
Conceitos 
Função Típica Função Atípica
Legislativo
- Legislar
- Fiscalizar o 
Executivo
- Executiva: dispondo sobre sua organização, 
provendo cargos, concedendo férias e licenças 
a servidores, etc.
- Jurisdicional: Senado julga o Presidente da 
República nos crimes de responsabilidade (art. 
52, I)
Executivo
- Chefia de 
Estado, chefia 
de governo e 
Administraçã
o
- Legislativa: medida provisória do Presidente 
da República (art. 62)
- Jurisdicional: apreciando defesas e recursos 
administrativos
Judiciário - Julgar
- Legislativa: regimento interno dos tribunais 
(art. 96, I, “a”)
- Executiva: concedendo licenças e férias aos 
magistrados e serventuários (art. 96, I, “f”)
• A repartição de competências entre os 
entes federativos é fixada pela 
Constituição Federal
• As atribuições de cada ente podem ser 
alteradas (por Emenda Constitucional), 
desde que não viole a forma federativa 
do Estado, nem as cláusulas pétreas
Repartição de Competências
• Modelo Clássico: a Constituição lista 
quais são as competências da União e 
compete aos Estados exercer os poderes 
não especificados (residuais). 
Ex.: Constituição dos EUA de 1787
• Modelo Moderno: a Constituição lista as 
competências (exclusivas) da União e 
também lista as competências (comum ou 
concorrente) dos Estados 
Ex.: Constituição do Brasil de 1988
Repartição de Competências
• Modelo Horizontal: cada ente federativo 
exerce as suas atribuições sem 
concorrência entre eles (sem relação de 
subordinação, nem hierarquia)
Ex.: Arts. 21, 22, 25 e 30
• Modelo Vertical: uma mesma matéria é 
compartilhada pelos entes federativos, 
havendo relação de subordinação
Ex: Arts. 23 e 24 (competência concorrente)
Repartição de Competências
• Modelo Vertical:
– União fica com normas gerais e princípios 
– Estados completam essas normas gerais e 
princípios com normas específicas, legislando 
sobre suas peculiaridades e matérias de 
interesse regional
– Municípios cuidam de matérias de interesse 
local
– No caso de inércia legislativa da União, os 
Estados poderão suplementá-la, 
regulamentando regras gerais sobre o tema
Repartição de Competências
• Modelo Horizontal: gera um maior 
afastamento entre os entes federativos, já 
que a distribuição de competências é 
rígida e um não interfere no outro
• Modelo Vertical: gera uma maior 
aproximação entre os entes federativos, já 
que terão que atuar em conjunto 
(condomínio legislativo)
Repartição de Competências
• União: interesse nacional
• Estados: interesse regional
• Municípios: interesse local
• Distrito Federal: interesse regional e 
local cumulativamente
Repartição de Competências
• Competência Material (Administrativa 
ou Não-Legislativa): competência de 
ordem político-administrativa, relativa ao 
exercício das funções governamentais
• Competência Legislativa: competência 
para legislar, competência definida 
constitucionalmente para elaborar leis
Repartição de Competências
• Competência exclusiva: não pode ser 
delegada (Ex.: Art. 21)
• Competência privativa: pode ser 
delegada (Ex.: Art. 22)
• Competência concorrente (cumulativa, 
comum ou paralela): são ao mesmo 
tempo da União, dos Estados, Distrito 
Federal e Municípios (Ex.: Art. 24)
Repartição de Competências
• Competência Material da União:
regulamenta o exercício das funções 
governamentais.
Exclusiva: Art. 21 - relações com Estados 
estrangeiros, emitir moeda, manter o serviço 
postal, decretar estado de sítio, conceder 
anistia, etc. (+ art. 177)
Concorrente: Art. 23 – conservar o 
patrimônio público, proteger meio ambiente, 
melhorar condições habitacionais, etc.
Repartição de Competências
• Competência Material da União:
Concorrente: Art. 23, parágrafo único – leis 
complementares estabelecerão normas 
para a cooperação entre União, Estados, 
DF e Municípios, visando o equilíbrio do 
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito 
nacional. O critério de preponderância de 
interesses diz que interesses amplos 
(União) têm prioridade sobre interesses 
restritos (Estados)
Repartição de Competências
• Competência Legislativa da União:
competências constitucionalmentedefinidas para elaborar leis.
Privativa: Art. 22 - direito civil, do trabalho, 
penal, seguridade social, águas, energia, 
desapropriações, trânsito e transporte, 
defesa territorial, etc. (+ art. 48)
A União pode, por lei complementar, 
autorizar (delegar) os Estados e o Distrito 
Federal a legislarem sobre estas questões
Repartição de Competências
• Competência Legislativa da União:
competências constitucionalmente 
definidas para elaborar leis.
• Concorrente: Art. 24 – direito tributário e 
financeiro, educação, proteção à infância, 
à juventude e ao patrimônio histórico, 
defensoria pública, etc.
É um condomínio legislativo: União cuida de 
normas gerais e Estados e DF das normas 
específicas
Repartição de Competências
• Competência Material dos Estados:
regulamenta o exercício das funções 
governamentais.
Residual: Art. 25, § 1º - competências não 
vedadas (não estão explícitas na 
Constituição Federal) matéria orçamentária 
estadual, cargos públicos estaduais, criação 
de secretarias estaduais, etc. (+ Art. 25, 
§§2º e 3º)
Repartição de Competências
• Competência Material dos Estados:
regulamenta o exercício das funções 
governamentais.
Concorrente: Art. 23 – conservar o 
patrimônio público, proteger meio ambiente, 
melhorar condições habitacionais, etc.
Repartição de Competências
• Competência Legislativa dos Estados:
competências constitucionalmente 
definidas para elaborar leis.
Expressa: Art. 25, caput – capacidade de 
auto-organização, de criar suas próprias 
Constituições Estaduais
Repartição de Competências
• Competência Legislativa dos Estados:
competências constitucionalmente 
definidas para elaborar leis.
Residual: Art. 25, § 1º – toda competência 
que não for vedada está reservada aos 
Estados, ou seja, o que não for de 
competência expressa dos outros entes e 
não houver vedação, será competência dos 
Estados.
Repartição de Competências
• Competência Legislativa dos Estados:
competências constitucionalmente 
definidas para elaborar leis.
• Delegada pela União: Art. 22, parágrafo 
único – a União poderá, por meio de lei 
complementar, autorizar os Estados a 
legislarem sobre matérias específicas de 
sua competência (Art. 22).
Repartição de Competências
• Competência Legislativa dos Estados:
competências constitucionalmente 
definidas para elaborar leis.
• Concorrente: Art. 24 – direito tributário e 
financeiro, educação, proteção à infância, 
à juventude e ao patrimônio histórico, 
defensoria pública, etc.
É um condomínio legislativo: União cuida de 
normas gerais e Estados das normas 
específicas
Repartição de Competências
• Competência Legislativa dos Estados:
competências constitucionalmente 
definidas para elaborar leis.
• Suplementar: Art. 24, §§ 1º a 4º – no que 
se refere à legislação concorrente, quando 
houver inércia legislativa da União, os 
Estados podem suplementá-la, regulando 
regras gerais sobre o tema (interesse 
regional).
Repartição de Competências
• Competência Material dos Municípios:
regulamenta o exercício das funções 
governamentais.
Privativa: a) competências explícitas: Art. 
30, III a IX - criar distritos, tributos 
municipais, etc;
b) competências implícitas: Art. 30, I –
interesse local (não estão expressas na 
Constituição Federal, como transporte 
municipal, coleta de lixo, etc.)
Repartição de Competências
• Competência Material dos Municípios:
regulamenta o exercício das funções 
governamentais.
Concorrente: Art. 23 – conservar o 
patrimônio público, proteger meio ambiente, 
melhorar condições habitacionais, etc.
Repartição de Competências
• Competência Legislativa dos 
Municípios: competências 
constitucionalmente definidas para 
elaborar leis.
Expressa: Art. 29, caput – capacidade de 
auto-organização, de criar suas próprias 
Leis Orgânicas
Repartição de Competências
• Competência Legislativa dos 
Municípios: competências 
constitucionalmente definidas para 
elaborar leis.
Interesse local: Art. 30, I – diz respeito às 
peculiaridades e às necessidades típicas de 
cada localidade.
Repartição de Competências
• Competência Legislativa dos 
Municípios: competências 
constitucionalmente definidas para 
elaborar leis.
• Suplementar: Art. 30, II – estabelece 
competir aos Municípios suplementar a 
legislação federal e a estadual no que lhe 
couber (interesse local).
Repartição de Competências
• Competência Material do Distrito 
Federal: regulamenta o exercício das 
funções governamentais.
Concorrente: Art. 23 – conservar o 
patrimônio público, proteger meio ambiente, 
melhorar condições habitacionais, etc.
Repartição de Competências
• Competência Legislativa do Distrito 
Federal: competências 
constitucionalmente definidas para 
elaborar leis.
Expressa: Art. 32, caput – capacidade de 
auto-organização, de criar sua própria Lei 
Orgânica
Repartição de Competências
• Competência Legislativa do Distrito 
Federal: competências 
constitucionalmente definidas para 
elaborar leis.
Residual: Art. 25, § 1º – toda competência 
que não for vedada está reservada ao 
Distrito Federal, ou seja, o que não for de 
competência expressa da União e não 
houver vedação, será competência do 
Distrito Federal.
Repartição de Competências
• Competência Legislativa do Distrito 
Federal: competências 
constitucionalmente definidas para 
elaborar leis.
• Delegada pela União: Art. 22, parágrafo 
único – a União poderá, por meio de lei 
complementar, autorizar o Distrito Federal 
a legislar sobre matérias específicas de 
sua competência (Art. 22).
Repartição de Competências
• Competência Legislativa do Distrito 
Federal: competências 
constitucionalmente definidas para 
elaborar leis.
• Concorrente: Art. 24 – direito tributário e 
financeiro, educação, proteção à infância, 
à juventude e ao patrimônio histórico, 
defensoria pública, etc.
É um condomínio legislativo: União cuida de 
normas gerais e Distrito Federal das normas 
específicas
Repartição de Competências
• Competência Legislativa do Distrito 
Federal: competências 
constitucionalmente definidas para 
elaborar leis.
• Suplementar: Art. 24, §§ 1º a 4º – no que 
se refere à legislação concorrente, quando 
houver inércia legislativa da União, Distrito 
Federal pode suplementá-la, regulando 
regras gerais sobre o tema (interesse 
regional e local).
Repartição de Competências
• Competência Legislativa do Distrito 
Federal: competências 
constitucionalmente definidas para 
elaborar leis.
Interesse local: Art. 30, I, combinado com o 
art. 32, § 1º – diz respeito às peculiaridades 
e às necessidades típicas de cada 
localidade.
Repartição de Competências
• Inexistência de hierarquia entre lei 
federal e lei estadual: não existe 
hierarquia entre lei federal e lei estadual, 
pois há uma divisão de competências 
entre esses entes. Ocorre 
inconstitucionalidade quando o Estado 
invade uma competência da União, assim 
como quando a União invade competência 
do Estado.
Repartição de Competências
• Resolução de conflitos: a Constituição 
Federal atribui ao Superior Tribunal de 
Justiça (STJ) a função de uniformizar o 
entendimento da legislação 
infraconstitucional federal, deixando os 
temas constitucionais ao Supremo 
Tribunal Federal (STF).
Repartição de Competências
Repartição de Competências
Exclusiva Privativa art. 22 (+ art. 48)
Concorrente Concorrente art. 24
Expressa art. 25, caput
Residual art. 25, § 1º
Delegada pela União art. 22, § único
Concorrente art. 24
Suplementar art. 24, §§ 1º ao 4º
Implícita art. 30, I Expressa art. 29,caput
Explícita art. 30, III ao IX Interesse Local art. 30, I
Concorrente Suplementar art. 30, II
Expressa art. 32, caput
Residual art. 25, § 1º
Delegada pela União art. 22, § único
Concorrente art. 24
Suplementar art. 24, §§ 1º ao 4º
Interesse Local
art. 30, I (combinado) 
art. 32, § 1º
Material Legislativa
art. 21 (+art. 177)
art. 23
União
Competências
Ente Federativo
art. 23ConcorrenteDistrito Federal
Estados
art. 23
art. 25, § 1º (art. 25, §§ 2º e 3º)
art. 23
Municípios
Privativa
Residual
Concorrente
Processo Legislativo
• Processo Legislativo: consiste nas regras 
procedimentais para elaboração das 
espécies normativas (Emendas à 
Constituição, Leis Complementares, Leis 
Ordinárias, Leis Delegadas, Medidas 
Provisórias, Decretos Legislativos e 
Resoluções).
Processo Legislativo
• Processo Legislativo das Leis Ordinárias 
e das Leis Complementares: vamos 
começar analisando o processo legislativo 
das Leis Ordinárias e Complementares, 
pois são as mais complexas e possuem 
poucas diferenças. Após, veremos as 
peculiaridades que distinguem as outras 
espécies normativas.
Processo Legislativo
Processo Legislativo
Geral
Concorrente
Privativa
Popular
Conjunta
Art. 67
Parlamentar ou Extraparlamentar
Discussão
Votação
Sanção
Veto
Promulgação
Publicação
Complementar
Constitutiva
Deliberação Parlamentar
Deliberação Executiva
Iniciativa
Fases
• Fase Iniciativa: é a primeira fase do 
processo legislativo, iniciando um 
procedimento que deverá culminar (desde 
que preenchidos todos os requisitos) com a 
formação da espécie normativa. 
Processo Legislativo
• Iniciativa Geral: como regra geral, o início 
do processo legislativo é de competência 
daquelas pessoas e daqueles órgãos 
apresentados no art. 61, caput.
Processo Legislativo
• Iniciativa Concorrente: ocorre quando a 
competência para deflagrar o processo 
legislativo é atribuída a mais de uma 
pessoa ou órgão (ex. iniciativa para 
elaborar leis complementares e ordinárias, 
art. 61, caput; ou a alteração da 
Constituição, art. 60, I, II e III).
Processo Legislativo
• Iniciativa Privativa (reservada ou 
exclusiva): ocorre quando a competência 
para deflagrar o processo legislativo é 
atribuída a uma determinada pessoa ou 
órgão, não podendo ser delegada para 
outra pessoa ou órgão (ex. iniciativa 
reservada ao Presidente da República, art. 
61, §1º; ou iniciativa reservada ao 
Judiciário, art. 96, II).
Processo Legislativo
• Iniciativa Popular: é a possibilidade do 
eleitorado nacional deflagrar processo 
legislativo de lei complementar ou ordinária, 
mediante proposta de, no mínimo, 1% de 
todo eleitorado nacional, distribuído por 
pelo menos 5 estados e, em cada um deles 
com não menos do que 3/10% (= 0,3%) dos 
seus eleitores (ex. Ficha Limpa).
Processo Legislativo
• Iniciativa Conjunta: é a competência para 
que diversas pessoas, juntas, deflagrem o 
processo legislativo (ex. Emenda 
Constitucional n. 19/98, determina iniciativa 
conjunta do Presidente da República e dos 
Presidentes da Câmara, do Senado e do 
STF, para elaboração de lei que fixe o 
subsídio dos Ministros do STF, mas essa 
EC foi afastada pela EC n. 41/2003, que 
prevê iniciativa exclusiva do STF)
Processo Legislativo
• Artigo 67 (princípio da irrepetibilidade): a 
matéria de projeto de lei que tenha sido 
rejeitado somente poderá ser objeto de 
novo projeto, na mesma sessão legislativa 
(no mesmo ano), se for proposta pela 
maioria absoluta dos membros de qualquer 
das Casas do Congresso Nacional (ou seja, 
maioria absoluta da Câmara de Deputados 
OU maioria absoluta do Senado Federal).
Processo Legislativo
• Iniciativa Parlamentar ou 
Extraparlamentar: é uma forma de 
classificação das demais formas de 
iniciativa. Sendo Parlamentar quando for de 
iniciativa dos membros do Congresso (ex. 
Deputados e Senadores) e 
Extraparlamentar quando for de iniciativa de 
outras pessoas que não os Parlamentares 
(ex. Presidente da República, Tribunais 
Superiores, Ministério Público ou cidadãos).
Processo Legislativo
• Fase Constitutiva: nessa segunda fase do 
processo legislativo se tem a conjugação de 
vontades, tanto do Legislativo (com a 
deliberação parlamentar, ou seja, a 
discussão e a votação), quanto do 
Executivo (com a deliberação executiva, ou 
seja, a sanção ou o veto).
Processo Legislativo
• Deliberação Parlamentar: como regra 
geral, sempre haverá apreciação de duas 
Casas (Casa iniciadora e Casa revisora). 
Então, para que o projeto de lei seja 
apreciado pelo Executivo, deverá antes ter 
sido apreciado e aprovado por duas Casas 
(Câmara de Deputados e Senado Federal).
Processo Legislativo
• Começam na Câmara de Deputados: a 
discussão e votação daqueles projetos de 
lei de iniciativa do Presidente da República, 
do STF e dos Tribunais Superiores (art. 64, 
caput), de iniciativa concorrente dos 
Deputados ou de Comissões da Câmara, 
de iniciativa do Procurador-Geral da 
República e os de iniciativa popular. Nesses 
casos, a Câmara será a Casa iniciadora e o 
Senado a Casa revisora.
Processo Legislativo
• Começam no Senado Federal: a 
discussão e votação daqueles projetos de 
lei de iniciativa dos Senadores ou de 
Comissões do Senado. Nesses casos, o 
Senado Federal será a Casa iniciadora e a 
Câmara de Deputados será a Casa 
revisora.
Processo Legislativo
• Apreciação pelas Comissões: iniciado o 
processo legislativo, o projeto de lei passa 
para a apreciação das Comissões. Em 
primeiro lugar o projeto deverá ser visto por 
uma comissão temática (que analisará a 
matéria da proposição) e, em seguida, pela 
Comissão de Constituição e Justiça (que 
examinará a constitucionalidade).
Processo Legislativo
• Processo de Votação: a votação será 
ostensiva (processo simbólico ou nominal) 
ou secreta (sistema eletrônico ou de 
cédulas).
– Simbólico: ficam sentados os que querem 
aprovar e se levantam os que querem rejeitar 
(proposições em geral);
– Nominal: pelo sistema eletrônico de votos (art. 
186, RICD)
– Secreto: pelo sistema eletrônico (art. 188, 
RICD) ou por cédulas (nas eleições).
Processo Legislativo
• Casa Revisora: se o projeto for rejeitado 
na Casa iniciadora, será arquivado. Mas 
caso seja aprovado, deverá seguir para a 
Casa revisora, que deverá aprova-lo, 
rejeitá-lo ou emenda-lo.
– Aprovado: será enviado para sanção ou veto.
– Rejeitado: será arquivado, só podendo ser 
reapresentado na próxima sessão legislativa.
– Emendado: somente o que for modificado 
deverá ser apreciado pela Casa iniciadora 
(sendo vedada emenda da emenda)
Processo Legislativo
• Deliberação Executiva: terminada a fase 
de discussão e votação, aprovado o projeto 
de lei, deverá ser encaminhado para 
apreciação pelo Chefe do Poder Executivo, 
para ser sancionado ou vetado.
Processo Legislativo
• Sanção: em caso de concordância, o 
Presidente da República sancionará o 
projeto de lei, sendo esse o momento em 
que o projeto se transforma em lei, uma vez 
que o que se promulga já é a lei. A sanção 
pode ser expressa (quando o Presidente 
manifesta a sua concordância) ou tácita 
(quando o Presidente não se manifesta no 
prazo de 15 dias úteis). A sanção 
presidencial não convalida vício formal 
subjetivo de iniciativa.
Processo Legislativo
• Veto: em caso de discordância, o 
Presidente da República poderá vetar o 
projeto de lei, total ou parcialmente, no 
prazo de 15 dias úteis. O veto parcial só 
poderá abranger texto integral de artigo, 
parágrafo, inciso ou alínea, não sendo 
admitido o veto de palavras. O Presidente 
deverá comunicar ao Presidente do Senado 
os motivos do veto no prazo de 48 horas
Processo Legislativo
• Veto: no caso de veto, deverá ser 
apreciado em sessão conjunta (Câmara e 
Senado) dentro de 30 dias a contar do seu 
recebimento. O veto poderá ser rejeitado 
por maioria absoluta dos Deputados e 
Senadores em votação ostensiva, 
produzindo os mesmos efeitos que a 
sanção, devendo ser enviado ao Presidente 
da República para promulgação no prazo 
de 48 horas.
Processo Legislativo
• Fase Complementar: é a fase final do 
processo legislativo, incluindo a 
promulgação e a publicação da lei.
– Promulgação: nada mais édo que um atestado 
da existência válida da lei e de sua 
executoriedade, certificando o nascimento da 
lei (mesmo que ainda não esteja em vigor, nem 
seja eficaz);
– Publicação: é o ato pelo qual se levará ao 
conhecimento de todos o conteúdo da nova lei, 
com a inserção do seu texto no Diário Oficial, 
estabelecendo o momento em que o seu 
cumprimento deverá ser exigido (45 dias após).
Processo Legislativo
• Lei Complementar e Lei Ordinária:
– Semelhanças: ambas seguem as fases de 
iniciativa, constitutiva e complementar, e por 
meio delas que se editam normas gerais e 
abstratas, que regulamentam as normas 
constitucionais.
– Não existe hierarquia entre Lei Complementar 
e Lei Ordinária.
Processo Legislativo
• Lei Complementar e Lei Ordinária:
– Diferenças:
• Material: as hipóteses de regulamentação da 
Constituição através de Leis Complementares estão 
taxativamente predeterminadas na Constituição (ex. 
arts. 7º, I; 14, §9º; 18, §§2º, 3º e 4º; e 21, IV). Já os 
temas das Leis Ordinárias são residuais, ou seja, 
todo tema que não for de Lei Complementar, de 
Decreto Legislativo ou de Resoluções.
• Formal: enquanto as Leis Complementares exigem 
quórum de maioria absoluta (art. 69) para serem 
aprovadas, as Leis Ordinárias exigem quórum de 
maioria simples (ou relativa) (art. 47) para serem 
aprovadas.
Processo Legislativo
• Lei Complementar e Lei Ordinária:
– Lembrando:
• Maioria: primeiro numero inteiro superior à metade.
• Maioria simples: maioria dos presentes na sessão.
• Maioria absoluta: maioria dos componentes da 
Casa;
• Regra Geral (art. 47): o quórum de instalação da 
sessão de votação (ou quórum de votação) é 
maioria absoluta e o quórum para aprovação é 
maioria simples (mas no caso de Leis 
Complementares será maioria absoluta). 
Processo Legislativo
• Emenda Constitucional: são fruto do 
poder constituinte derivado reformador 
(juridicamente limitado), por meio do qual 
se altera o trabalho do poder constituinte 
originário (juridicamente ilimitado). Assim, 
submetem-se a limitações explícitas 
(expressas) e implícitas.
Processo Legislativo
• Emenda Constitucional:
– Limitações explícitas (expressas):
• Limitações Formais (procedimentais):
– Iniciativa (art. 60, I, II e III): trata-se de iniciativa privativa e 
concorrente para alteração da Constituição;
– Quorum de aprovação (art. 60, §2º): a proposta de 
emenda constitucional deverá ser discutida e votada em 
cada Casa do Congresso Nacional, em 2 turnos, 
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 3/5 dos 
votos dos respectivos membros de ambas as Casas;
– Promulgação (art. 60, §3º): a promulgação da emenda 
deve ser realizada pelas Mesas da Câmara e do Senado, 
com seu respectivo número de ordem (não sendo 
necessário encaminhar para sanção ou veto presidencial).
– PEC rejeitada ou havida por prejudicada (art. 60, §5º):
não pode ser reapresentada na mesma sessão legislativa.
Processo Legislativo
• Emenda Constitucional:
– Limitações explícitas (expressas):
• Limitações Circunstanciais (art. 60, §1º): em 
determinadas circunstâncias é vetada a alteração do 
texto constitucional, em decorrência da gravidade a 
anormalidade institucionais (intervenção federal, 
estado de defesa e estado de sítio).
• Limitações Materiais (art. 60, §4º): algumas 
matérias não podem ser objeto de emenda 
constitucional e são chamadas de cláusulas pétreas 
(forma federativa do Estado; voto direto, secreto, 
universal e periódico; separação dos Poderes; e os 
direitos e garantias individuais)
Processo Legislativo
• Emenda Constitucional:
– Limitações implícitas:
• Impossibilidade da Aplicação da Teoria da Dupla 
Revisão: não é possível revogar o art. 60, §4º num 
primeiro momento para depois revogar alguma das 
cláusulas pétreas.
• Impossibilidade de alterar o titular do poder 
constituinte originário: ou seja, o povo.
• Impossibilidade de alterar o titular do poder 
constituinte reformador: aqueles indicados no art. 
60, I, II e III.
Processo Legislativo
• Lei Delegada: trata-se de uma delegação 
do poder de elaborar normas, do Poder 
Legislativo ao Poder Executivo. Deve ser 
elaborada pelo Presidente da República, 
após prévia solicitação ao Congresso 
Nacional, delimitando o assunto sobre o 
qual pretende legislar. 
Processo Legislativo
• Lei Delegada: essa primeira fase do 
processo legislativo de elaboração de Leis 
Delegadas se chama iniciativa solicitadora. 
Essa solicitação deverá ser submetida à 
apreciação do Congresso Nacional, que, no 
caso de aprovação, tomará forma de uma 
resolução (art. 68, §2º), especificando o 
conteúdo da delegação e os termos do seu 
exercício.
Processo Legislativo
• Lei Delegada: com base no princípio da 
indelegabilidade de atribuições (art. 68, 
§1º), determinadas matérias não poderão 
ser delegadas.
Processo Legislativo
• Lei Delegada: caso o Presidente da 
República elabore uma Lei Delegada que 
vá além do limite fixado na resolução 
aprovada pelo Congresso Nacional, caberá 
ao Congresso Nacional sustar essa Lei 
Delegada, por meio de Decreto Legislativo 
(art. 49, V).
Processo Legislativo
• Lei Delegada: na resolução do Congresso 
Nacional, será determinado se será 
necessária ou não a apreciação do projeto 
de Lei Delegada (elaborada pelo Presidente 
da República) pelo Congresso Nacional. Se 
for necessária a apreciação, essa será feita 
em votação única, sendo vedada qualquer 
emenda (art. 68, §3º).
Processo Legislativo
• Lei Delegada:
– Delegação Típica: quando não há apreciação 
pelo Congresso Nacional, permitindo que o 
Presidente da República elabore, promulgue e 
faça publicar a Lei Delegada.
– Delegação Atípica: quando há apreciação do 
Congresso Nacional, em votação única e sem 
possibilidade de emenda (uma forma de 
inversão do processo legislativo, uma vez que 
caberá ao Congresso, e não ao Presidente, 
uma certa forma de sanção [ou veto] do projeto 
elaborado pelo Presidente da República).
Processo Legislativo
• Lei Delegada: nos dois casos (delegação 
típica e atípica) não é necessária a sanção 
do Presidente da República, uma vez que 
foi ele quem elaborou o projeto, que não 
pode ser emendado. Após a aprovação 
(quando necessária) do projeto de Lei 
Delegada pelo Congresso, o Presidente da 
República a promulgará e determinará a 
sua publicação.
Processo Legislativo
• Medida Provisória: em caso de relevância 
e urgência, o Presidente da República 
poderá adotar medidas provisórias com 
força de lei (art. 62, caput), devendo 
submetê-las de imediato ao Congresso 
Nacional. Assim, é uma manifestação 
exclusiva do Presidente da República, que 
a publica no Diário Oficial da União.
Processo Legislativo
• Medida Provisória: é um ato monocrático, 
unipessoal, do Presidente da República, 
sem a participação do Legislativo, que será 
chamado a discuti-la somente em momento 
posterior, quando já adotada pelo 
Executivo, com força de lei e produzindo 
seus efeitos jurídicos.
Processo Legislativo
• Medida Provisória:
– Legitimidade para Edição: competência 
exclusiva (indelegável) do Presidente da 
República (art. 84, XXVI);
– Pressupostos Constitucionais: relevância E
urgência;
– Prazo de Duração: uma vez adotada, vigorará 
pelo prazo de 60 dias, prorrogável uma vez por 
igual período (art. 62, §7º), ficando esse prazo 
suspenso durante os períodos de recesso 
parlamentar (art. 62, §4º);
Processo Legislativo
• Medida Provisória:
– Prorrogação do Prazo: após o prazo inicial de 
60 dias, a partir da data de publicação, se não 
tiver sido encerrada a votação nas duas Casas 
do Congresso Nacional, o prazo inicial será 
prorrogado por mais 60 dias. Após os 120 dias, 
se não for convertida em lei, a MP perderá a 
eficácia desde a sua edição (art. 60, §3º);
– Eficácia da MP: caso perca a sua eficácia, 
deverá o Congresso disciplinar, por decreto 
legislativo, as relações jurídicasdecorrentes;
Processo Legislativo
• Medida Provisória:
– Tramitação: adotada a MP pelo Presidente da 
República, será submetida de imediato ao 
Congresso, cabendo a uma comissão mista de 
Deputados e Senadores examiná-la e sobre ela 
emitir parecer sobre aspectos constitucionais, 
sobre o mérito e sobre a sua adequação 
orçamentária e financeira. Após esse parecer, 
a MP passará para apreciação do plenário da 
Câmara dos Deputados e, posteriormente, do 
plenário do Senado Federal.
Processo Legislativo
• Medida Provisória:
– Regime de Urgência Constitucional: se a MP 
não for apreciada em até 45 dias contados de 
sua publicação, entrará em regime de urgência, 
subsequentemente, em cada uma das Casas, 
ficando sobrestadas, até que se termine a 
votação, todas as demais deliberações da 
Casa em que estiver tramitando (art. 62, §6º).
– Reedição de MP: é vedada a reedição de MP 
expressamente rejeitada pelo Congresso, ou 
que tenha perdido sua eficácia por decurso de 
prazo, na mesma sessão legislativa.
Processo Legislativo
• Decreto Legislativo: é o instrumento 
normativo através do qual são 
materializadas as competências exclusivas 
do Congresso Nacional (que aparecem no 
art. 49, I a XVII). As regras sobre o seu 
procedimento estão nos Regimentos 
Internos das Casas ou do Congresso.
Processo Legislativo
• Decreto Legislativo: além das matérias do 
art. 49, o Congresso Nacional deverá 
regulamentar, por decreto legislativo, os 
efeitos da medida provisória não convertida 
em lei (art. 62, §3º).
Processo Legislativo
• Decreto Legislativo: ao iniciar o processo 
legislativo, ocorrerá a discussão no 
Congresso e, sendo aprovado o projeto (por 
maioria simples), passa-se imediatamente à 
promulgação, realizada pelo Presidente do 
Senado Federal, que determinará a sua 
publicação. Assim, não há manifestação do 
Presidente da República (sancionando ou 
vetando) .
Processo Legislativo
• Resolução: é o instrumento normativo 
através do qual são regulamentadas as 
matérias de competência privativa da 
Câmara dos Deputados (que aparecem no 
art. 51), do Senado Federal (que aparecem 
no art. 52) e algumas de competência do 
Congresso Nacional (fixadas pelo 
Regimento Interno do Congresso, além de 
alguns poucos casos que aparecem 
expressamente na Constituição).
Processo Legislativo
• Resolução: os Regimentos Internos que 
determinam as regras sobre os processos 
legislativos. De forma geral, iniciado o 
processo legislativo, haverá discussão nas 
respectivas Casas (se for de competência 
da Câmara, será apenas na Câmara, se for 
de competência do Senado será apenas no 
Senado e se for de competência do 
Congresso será nas duas casas). 
Processo Legislativo
• Resolução: uma vez aprovada (por maioria 
simples) passa-se à promulgação, que será 
realizada pelo Presidente da respectiva 
Casa (no caso de competência do 
Congresso, será pelo Presidente do 
Senado), que determinará sua publicação. 
Assim, não há manifestação do Presidente 
da República (sancionando ou vetando) .
Processo Legislativo
• Resolução: além dos casos previstos em 
cada Regimento Interno das Casas, a 
Constituição apresenta algumas hipóteses 
(arts. 68, §2º; 155, §1º, IV, 155, §2º, IV; 
155, §2º, V, “a”; 155, §2º, V, “b”)
Processo Legislativo
• Diferença entre Resoluções e Decretos 
Legislativos: enquanto as resoluções 
podem instrumentalizar matérias de 
competência da Câmara, do Senado e do 
Congresso, os decretos legislativos só 
podem regulamentar as matérias de 
competência exclusiva do Congresso 
(indicadas no art. 49).
Processo Legislativo
Processo Legislativo
Espécie Normativa Localização Quórum Características
Emendas à 
Constituição
art. 60 3/5 em dois turnos
Alteração da Constituição (promulgada 
pelas Mesas da CD e do SF)
Lei Complementar art. 69 Maioria absoluta Expressamente previstas na CF
Lei Ordinária art. 47 Maioria simples Temas residuais
Lei Delegada art. 68
Elaborada pelo Presidente (pode 
ser necessária apreciação pelo CN)
Delegação do CN (através de 
resolução)
Medida Provisória art. 62
Elaborada pelo Presidente (tem 
força de lei por 60 dias + 60 dias)
Relevância e urgência (deve ser 
convertida em lei pelo CN)
Decreto Legislativo art. 49 Maioria simples (do CN)
Competências exclusivas do CN 
(promulgado pelo Presidente do SF)
Resoluções
arts. 51 (CD), 52 (SF), 
68, §2º (Lei Delegada) e 
RIs da CN, do SF e do CN
Maioria simples (só na CD, só no 
SF, ou em ambas as Casas)
Competências privativas da CD, do SF e 
do CN (promulgada pelo presidente da 
CD ou do SF)
CD = Câmara de Deputados; SF = Senado Federal; CN = Congresso Nacional; Ris = Regimentos Internos
Controle de Constitucionalidade
• Controle de Constitucionalidade: são 
mecanismos por meio dos quais se 
controlam os atos normativos, verificando 
sua adequação à Constituição Federal. Ou 
seja, é o instrumento jurídico através do 
qual se verifica a constitucionalidade dos 
atos normativos.
Introdução
• Constituição Rígida: possui um processo 
de alteração mais difícil que as demais leis, 
exigindo quórum qualificado. Além disso, 
estabelece cláusulas pétreas (super-rígida).
• Atribuição de Competência a um Órgão: 
que ficará responsável por resolver os 
problemas de constitucionalidade.
Requisitos Fundamentais
• Princípio da Supremacia da 
Constituição: “a Constituição se coloca no 
vértice do sistema jurídico do país, a que 
confere validade”. Desse princípio resulta 
que “as normas de grau inferior somente 
valerão se forem compatíveis com as 
normas de grau superior, que é a 
Constituição” (princípio da compatibilidade 
vertical)
José Afonso da Silva
Requisitos Fundamentais
• Princípio da Supremacia da Constituição:
Requisitos Fundamentais
Constituição 
Federal
Leis 
Complementares
Leis Ordinárias
Medidas Provisórias
e Leis Delegadas
Resoluções
• Teoria da Nulidade: o controle de 
constitucionalidade trata de ato declaratório, 
que reconhece uma situação pretérita (vício 
congênito ou de nascimento ou de origem). 
Ao declarar a existência desse vício, 
declara o ato normativo inconstitucional, 
afetando o plano da validade dessa norma, 
resultando na declaração da sua nulidade. 
Entende-se que a lei nasceu morta (efeito 
retroativo ou efeito ex tunc).
Teoria da Nulidade
• Inconstitucionalidade por Ação: é a 
incompatibilidade vertical de uma norma 
infraconstitucional em relação à CF.
– Material (Nomoestática): é aquela que atinge 
um tema (matéria) previsto na Constituição.
– Formal (Nomodinâmica): é aquela que atinge 
um procedimento previsto na Constituição.
• Ambas podem estar presentes ao mesmo 
tempo e ambas levam à nulidade do ato.
Tipos de Inconstitucionalidade
• Inconstitucionalidade por Omissão:
decorre da inércia legislativa na 
regulamentação de normas constitucionais 
de eficácia limitada.
• Alguns dispositivos da Constituição Federal 
não são dotados de plena eficácia 
(dependem de legislação infraconstitucional 
para produzirem todos os seus efeitos). Ex. 
art. 18, §4º e art. 37, VII.
Tipos de Inconstitucionalidade
• Controle de Constitucionalidade 
Preventivo: é aquele realizado antes do 
aperfeiçoamento do ato normativo (antes de 
virar lei). É o controle realizado pela CCJ e 
pelo Poder Executivo (veto presidencial).
• Controle de Constitucionalidade 
Repressivo: é aquele realizado após o 
aperfeiçoamento do ato normativo (após 
virar lei). É exercido (via de regra) pelo 
Poder Judiciário.
Classificação (Tempo)
• Controle de Constitucionalidade Difuso:
é aquele realizado por todo e qualquer 
magistrado (juiz). Modelo norte-americano.
• Controle de Constitucionalidade 
Concentrado: é aquele realizado por um 
único órgão (STF ou TJ). Modelo austríaco.
Classificação (Número de Órgãos)
• Controle de Constitucionalidade 
Abstrato (Direto, Ação, Principal): não há 
um caso concreto (não há partes),procura-
se apenas estabelecer se uma norma é 
constitucional ou não (pedido principal).
• Controle de Constitucionalidade 
Concreto (Incidental, Exceção, Defesa):
há um caso concreto (partes em litígio) e, 
além do pedido principal, a necessidade de 
julgar a constitucionalidade de uma norma.
Classificação (Objeto do Pedido)
• No Brasil, na grande maioria dos casos o 
Controle de Constitucionalidade Abstrato 
(Direto) equivale ao Controle de 
Constitucionalidade Concentrado, enquanto 
o Controle de Constitucionalidade Concreto 
(Incidental) equivale ao Controle de 
Constitucionalidade Difuso.
• Abstrato (Direto) = Concentrado
• Concreto (Incidental) = Difuso
Classificação
• O Brasil adota o sistema misto, onde 
temos o controle concentrado E o difuso.
• Além do controle concentrado, o STF 
exerce também o controle difuso.
• O controle concentrado é restrito a 
algumas pessoas (art. 103), já o controle 
difuso é acessível a todos.
Controle de Constitucionalidade
• Objeto: toda e qualquer norma (federal, 
estadual, distrital ou municipal) editada 
após a CF/88.
• Competência: todo e qualquer magistrado 
pode julgar controle de constitucionalidade 
difuso.
• Legitimidade: toda e qualquer pessoa 
(física ou jurídica) que tenha capacidade 
postulatória.
Controle Difuso
• Quórum:
– 1ª Instância: juiz da causa.
– Corte: o princípio da cláusula de reserva 
de plenário (art. 97) diz que órgão 
fracionário (Câmaras, Turmas ou Seções) 
não pode julgar a inconstitucionalidade 
de leis ou atos normativos, que só pode 
ser declarada pela maioria absoluta dos 
membros do pleno ou do órgão especial 
do Tribunal.
Controle Difuso
• Atenção: órgão fracionário tem 
competência para julgar a 
constitucionalidade de lei ou ato 
normativo, só não tem competência para 
julgar a inconstitucionalidade.
Controle Difuso
• Princípio da cláusula de reserva de 
plenário: (exceções) órgão fracionário 
pode julgar a inconstitucionalidade de lei ou 
ato normativo quando:
– o próprio pleno ou órgão especial do Tribunal 
já houver se manifestado sobre a 
inconstitucionalidade desta mesma lei ou ato 
normativo;
– o STF já houver se manifestado sobre a 
inconstitucionalidade desta mesma lei ou ato 
normativo;
Controle Difuso
• Princípio da cláusula de reserva de 
plenário: quando um processo chega para 
um órgão fracionário ele pode considerar a 
norma constitucional. Mas se considerar 
inconstitucional, esse processo deve ser 
remetido para o pleno ou para o órgão 
especial. Salvo se o pleno, o órgão especial 
ou o STF já houverem se manifestado 
sobre essa mesma matéria.
Controle Difuso
• Efeitos da Declaração de 
Inconstitucionalidade:
– equivale à nulidade da norma, com efeitos 
retroativos à data de edição do ato normativo 
(efeito ex tunc);
– efeito inter partes (exceção, art. 52, X: compete 
de forma discricionária ao Senado Federal 
sustar a execução de lei ou ato normativo que 
tenha sido declarado inconstitucional pelo STF, 
efeito erga omnes);
Controle Difuso
• Controle Concentrado de 
Constitucionalidade:
– é exercido de modo direto (não incidental, num 
caso abstrato);
– é julgado por um único órgão ou tribunal (STF 
ou TJ)
– os legitimados para entrar com pedido de 
controle de constitucionalidade concentrado 
são restritos (art. 103)
Controle Concentrado
• Ações de Controle Concentrado de 
Constitucionalidade julgadas pelo STF:
– ADI (ADin): Ação Direta de Inconstitucionalidade 
Genérica (art. 102, I, a);
– ADC (Adecon): Ação Declaratória de 
Constitucionalidade (art. 102, I, a);
– ADPF: Arguição de Descumprimento de Preceito 
Fundamental (art. 102, §1º);
– ADO (ADin por omissão): Ação Direta de 
Inconstitucionalidade por Omissão (art. 103, §2º).
Controle Concentrado
Controle de Constitucionalidade
• Objeto: leis e atos normativos federais, 
estaduais e distritais (nas competências 
estaduais) editados após a CF/88.
• Competência: STF (art. 102, I, “a”)
• Legitimidade: todos que estão no art. 103
Presidente da República, Mesa do Senado, Mesa 
da Câmara, Mesa de Assembleia Legislativa, 
Governador, Procurador-Geral da República, 
Conselho Federal da OAB, Partido Político e 
Confederação Sindical ou Entidade de Classe)
ADI / ADin
• Legitimidade: todos que estão no art. 103
– Legitimados Universais (Neutros): podem 
propor ADI quando quiserem (Presidente da 
República, Mesa do Senado, Mesa da Câmara, 
Procurador-Geral da República, Conselho 
Federal da OAB ou Partido Político)
– Legitimados Especiais (Interessados):
precisam demonstrar pertinência temática 
(interesse de agir) (Mesa de Assembleia 
Legislativa, Governador e Confederação 
Sindical ou Entidade de Classe)
ADI / ADin
• Quórum: maioria absoluta dos membros do 
STF (pelo menos 6 ministros).
• Efeitos:
– Erga omnes: a declaração de 
inconstitucionalidade produz efeitos para todas 
pessoas em território nacional.
– Vinculante: a decisão vincula todo Judiciário e 
toda Administração Pública (não o Legislativo).
– Retroativos (ex tunc): a lei é considerada nula 
desde sua criação.
ADI / ADin
• Exceção para o Efeito Retroativo da ADI: 
ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou 
ato normativo, e tendo em vista razões de 
segurança jurídica ou de excepcional 
interesse social, poderá o STF, por maioria 
de 2/3 de seus membros restringir os 
efeitos daquela declaração ou decidir que 
ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito 
em julgado ou de outro momento que venha 
a ser fixado (art. 27, Lei 9.868/99).
ADI / ADin
• Exceção para o Efeito Retroativo da ADI: 
se afetar a segurança jurídica ou houver 
interesse social relevante, pela maioria de 
2/3 dos seus ministros, o STF pode 
transformar o ex tunc (efeitos retroativos) 
em ex nunc (efeitos a partir do trânsito em 
julgado) ou pro futuro (a partir de outra data 
que seja fixada). A isso se chama de 
modulação dos efeitos das decisões 
tomadas em controle concentrado de 
constitucionalidade.
ADI / ADin
• Objeto: leis e atos normativos federais, 
editados após a CF/88, que tenham tido a 
constitucionalidade recorrentemente 
arguida (controvérsia judicial relevante).
• Competência: STF (art. 102, I, “a”)
• Legitimidade: todos que estão no art. 103
Presidente da República, Mesa do Senado, Mesa 
da Câmara, Mesa de Assembleia Legislativa, 
Governador, Procurador-Geral da República, 
Conselho Federal da OAB, Partido Político e 
Confederação Sindical ou Entidade de Classe)
ADC / Adecon
• Legitimidade: todos que estão no art. 103
– Legitimados Universais (Neutros): podem 
propor ADC quando quiserem (Presidente da 
República, Mesa do Senado, Mesa da Câmara, 
Procurador-Geral da República, Conselho 
Federal da OAB ou Partido Político)
– Legitimados Especiais (Interessados):
precisam demonstrar pertinência temática 
(interesse de agir) (Mesa de Assembleia 
Legislativa, Governador e Confederação 
Sindical ou Entidade de Classe)
ADC / Adecon
• Quórum: maioria absoluta dos membros do 
STF (pelo menos 6 ministros).
• Efeitos:
– Erga omnes: a declaração de 
constitucionalidade produz efeitos para todas 
pessoas em território nacional.
– Vinculante: a decisão vincula todo Judiciário e 
toda Administração Pública (não o Legislativo).
– Retroativos (ex tunc): a lei é considerada 
válida desde sua criação.
ADC / Adecon
• Exceção para o Efeito Retroativo da 
ADC: se afetar a segurança jurídica ou 
houver interesse social relevante, pela 
maioria de 2/3 dos seus ministros, o STF 
pode transformar o ex tunc (efeitos 
retroativos) em ex nunc (efeitos a partir do 
trânsito em julgado) ou pro futuro (a partir 
de outra data que seja fixada). A isso se 
chama de modulação dos efeitos das 
decisões tomadas em controle concentrado 
de constitucionalidade.
ADC / Adecon
• Leis e Atos Normativos Estaduais ou 
Distritais (nas competências Estaduais), 
editados após a CF/88: são passíveisapenas de ADI.
• Leis e Atos Normativos Federais, 
editados após a CF/88: são passíveis tanto 
de ADI quanto de ADC.
ADI x ADC
• Leis e Atos Normativos Federais, 
editados após a CF/88: são passíveis tanto 
de ADI quanto de ADC.
– ADI:
• ação procedente = norma inconstitucional
• ação improcedente = norma constitucional
– ADC:
• ação procedente = norma constitucional
• ação improcedente = norma inconstitucional
ADI x ADC
• Efeito Dúplice (Caráter Ambivalente) das 
Ações: para declarar a constitucionalidade 
ou a inconstitucionalidade de uma norma 
federal, podemos usar a ADI ou ADC.
– A procedência da ADI equivale à improcedência 
da ADC, pois em ambos os casos a norma 
federal será considerada inconstitucional.
– A improcedência da ADI equivale à procedência 
da ADC, pois em ambos os casos a norma 
federal será considerada constitucional.
ADI x ADC
• Objeto: leis, atos normativos e atos 
administrativos federais, estaduais, distritais 
e municipais, inclusive anteriores à CF/88, 
com comprovada controvérsia constitucional, 
que ofendam ou ofereçam risco a preceito 
fundamental (princípio da subsidiariedade).
• Competência: STF (art. 102, §1º)
• Legitimidade: todos que estão no art. 103
Presidente da República, Mesa do Senado, Mesa 
da Câmara, Mesa de Assembleia Legislativa, 
Governador, Procurador-Geral da República, 
Conselho Federal da OAB, Partido Político e 
Confederação Sindical ou Entidade de Classe)
ADPF
• Legitimidade: todos que estão no art. 103
– Legitimados Universais (Neutros): podem 
propor ADPF quando quiserem (Presidente da 
República, Mesa do Senado, Mesa da Câmara, 
Procurador-Geral da República, Conselho 
Federal da OAB ou Partido Político)
– Legitimados Especiais (Interessados):
precisam demonstrar pertinência temática 
(interesse de agir) (Mesa de Assembleia 
Legislativa, Governador e Confederação 
Sindical ou Entidade de Classe)
ADPF
• Preceitos Fundamentais: nunca foram 
definidos pela Constituição, nem por lei 
infraconstitucional. Seriam normas que 
servem de fundamento para as demais 
normas constitucionais.
– Ex.: os princípios fundamentais (arts. 1º ao 4º), 
os direitos e garantias fundamentais (arts. 5º ao 
17), os princípios constitucionais sensíveis (art. 
34, VII), as cláusulas pétreas (art. 60, §4º) e os 
princípios gerais da atividade econômica (art. 
170) como exemplos de preceitos 
fundamentais.
ADPF
• Quórum: maioria absoluta dos membros do 
STF (pelo menos 6 ministros).
• Efeitos:
– Erga omnes: a declaração de 
inconstitucionalidade produz efeitos para todas 
pessoas em território nacional.
– Vinculante: a decisão vincula todo Judiciário e 
toda Administração Pública (não o Legislativo).
– Retroativos (ex tunc): a lei é considerada nula 
desde sua criação.
ADPF
• Exceção para o Efeito Retroativo da 
ADPF: se afetar a segurança jurídica ou 
houver interesse social relevante, pela 
maioria de 2/3 dos seus ministros, o STF 
pode transformar o ex tunc (efeitos 
retroativos) em ex nunc (efeitos a partir do 
trânsito em julgado) ou pro futuro (a partir 
de outra data que seja fixada). A isso se 
chama de modulação dos efeitos das 
decisões tomadas em controle concentrado 
de constitucionalidade.
ADPF
• Objeto: a falta de lei ou ato normativo que 
regulamente dispositivo constitucional de 
eficácia limitada (utiliza-se a ADO para o 
controle concentrado e o mandado de 
injunção para o controle difuso).
• Competência: STF (art. 103, §2º)
• Legitimidade: todos que estão no art. 103
Presidente da República, Mesa do Senado, Mesa 
da Câmara, Mesa de Assembleia Legislativa, 
Governador, Procurador-Geral da República, 
Conselho Federal da OAB, Partido Político e 
Confederação Sindical ou Entidade de Classe)
ADO
• Legitimidade: todos que estão no art. 103
– Legitimados Universais (Neutros): podem 
propor ADO quando quiserem (Presidente da 
República, Mesa do Senado, Mesa da Câmara, 
Procurador-Geral da República, Conselho 
Federal da OAB ou Partido Político)
– Legitimados Especiais (Interessados):
precisam demonstrar pertinência temática 
(interesse de agir) (Mesa de Assembleia 
Legislativa, Governador e Confederação 
Sindical ou Entidade de Classe)
ADO
• Quórum: maioria absoluta dos membros do 
STF (pelo menos 6 ministros).
• Efeitos:
– Mandamental: após o reconhecimento da 
inconstitucionalidade por omissão o STF 
expede um ofício ao órgão administrativo ou 
legislativo competente para a edição do ato ou 
da lei que não regulamentou o dispositivo 
constitucional de eficácia limitada, que devem 
cumprir a determinação (obrigação de fazer) 
em 30 dias (órgãos administrativos) ou em 
prazo razoável (poder competente).
ADO
• Objeto: leis e atos normativos estaduais e 
municipais, questionados em relação à 
Constituição Estadual (Lei Orgânica do DF).
• Competência: TJ local (art. 125, §2º)
• Legitimidade: é definida pelas 
Constituições Estaduais. A Constituição 
Federal estabelece apenas que não pode 
ser atribuída a um único órgão.
Representação de Inconstitucionalidade
Controle de Constitucionalidade
Ação Constitucional Objeto Competência Legitimados Efeitos
Controle Difuso 
(atos normativos)
Lei ou ato normativo federal, 
estadual, distrital ou municipal 
editado após a CF/88
Qualquer juízo 
ou Tribunal
Qualquer pessoa (física 
ou jurídica) com 
capacidade postulatória
Inter partes (SF pode transformar em erga 
omnes ) e ex tunc (STF pode transformar 
em ex nunc ou pro futuro )
Controle Difuso 
(omissões) 
(Mandado de Injunção)
Falta de norma reguladora de 
dispositivo constitucional de 
eficácia limitada
Qualquer juízo 
ou Tribunal
Qualquer pessoa (física 
ou jurídica) com 
capacidade postulatória
Inter partes (para a teoria concretista 
individual) ou erga omnes (para a teoria 
concretista geral)
ADI - Ação Direta de 
Inconstitucionalidade 
Genérica
Lei ou ato normativo federal, 
estadual ou distrital 
(competências estaduais) editado 
após a CF/88
STF Todos do art. 103
Erga omnes , vinculante e ex tunc (STF pode 
transformar em ex nunc ou pro futuro )
ADC - Ação 
Declaratória de 
Constitucionalidade
Lei ou ato normativo federal 
editado após a CF/88, com 
controvérsia relevante
STF Todos do art. 103 Erga omnes , vinculante e ex tunc
ADPF - Arguição de 
Descumprimento de 
Preceito Fundamental
Lei, ato normativo ou ato 
administrativo federal, estadual, 
distrital ou municipal editado 
antes ou após a CF/88, com 
controvérsia relevante
STF Todos do art. 103
Erga omnes , vinculante e ex tunc (STF pode 
transformar em ex nunc ou pro futuro )
ADO - Ação Direta de 
Inconstitucionalidade 
por Omissão
Falta de norma reguladora de 
dispositivo constitucional de 
eficácia limitada
STF Todos do art. 103
Deverá adotar as providências necessárias 
em 30 dias (órgão administrativo) ou num 
prazo razoável (poder competente)
Representação de 
Inconstitucionalidade
Lei ou ato normativo estadual e 
municipal, questionado em 
relação à Constituição Estadual
TJ local
Definidos pelas 
Constituições Estaduais
Erga omnes , vinculante e ex tunc (TJ pode 
transformar em ex nunc ou pro futuro )

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