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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Glauber Rogério Barbieri Gonçalves Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052 G643s Gonçalves, Glauber Rogério Barbieri Sistemas de informação [recurso eletrônico] / Glauber Rogério Barbieri Gonçalves ; [revisão técnica: Jeferson Faleiro Leon]. – Porto Alegre : SAGAH, 2017. ISBN 978-85-9502-227-0 1. Computação. 2. Sistemas de Informação. I. Título. CDU 004.78 Revisão técnica: Jeferson Faleiro Leon Graduado em Desenvolvimento de Sistemas Especialista em Formação Pedagógica E-business e comércio eletrônico Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Explicar o impacto do comércio eletrônico nos modelos de negócios tradicionais. � Identificar as aplicações práticas do comércio eletrônico nas empresas. � Diferenciar os tipos de transações de comércio eletrônico. Introdução Neste texto, você irá estudar como o comércio eletrônico gerou con- sideráveis mudanças nos mercados e proporcionou novas formas de negócios para as empresas e governos. Visão geral Há pouco tempo, quando você tinha vontade de consumir algo, por exemplo, uma pizza, se não tivesse os ingredientes em casa, teria que sair para com- prar ou consumir em algum estabelecimento, hoje você tem em suas mãos a facilidade de consumir essa ou qualquer outro produto ou serviço de seu sofá. Não é um, nem dois consumidores que domingo tem a brilhante ideia de adquirir um sofá, uma televisão, ou um celular novo fazendo a pesquisa e a aquisição desse produto na sala de sua residência. Tudo isso é fruto da evolução do comércio eletrônico. A tecnologia da informação (TI), atualmente, proporciona essas vantagens aos consumidores e, para atender essa demanda, proporciona as empresas esse novo canal de comunicação com seus clientes. As fronteiras foram rompidas por essa nova forma de relacionamento entre empresa e cliente, que não exclui as demais, mas cria uma poderosa ferramenta de sucesso para as empresas e os clientes. As empresas que entram nesse mercado não saem mais, devido às grandes oportunidades criadas pelo modelo. Os grandes desafios hoje são melhorar essa rede de comunicação, criada para atender aos anseios de um público cada vez mais exigente e sabedor de seus direitos e obrigações. O virtual tem papel fundamental nessas relações. Você, enquanto con- sumidor, pode pesquisar e utilizar as informações disponíveis para tomar a melhor decisão na aquisição de produtos que atendam as suas necessidades; já as empresas ganham escala na oferta e divulgação de seus produtos nesse mercado. E-business O e-business ou negócio eletrônico é definido como todos os negócios que utilizam a rede de computadores para sua realização. Sua definição se con- funde com a definição de comércio eletrônico. Para uma diferenciação, o comércio eletrônico (E-commerce) trata do comércio eletrônico de empresas e consumidores, ou seja, da compra e venda de produtos ou serviços pela rede de computadores, por exemplo, um usuário coloca para comercialização um produto que faz ou que comprou e não mais utiliza, usando a rede como canal de oferta para outros usuários. Por sua vez, negócio eletrônico trata desse comércio, mas também das outras transações dentro da empresa, como transações logísticas, transações de rela- cionamento com clientes e transações de produção, mais conhecidas por supply chain management (SCM), além das financeiras e de controle de estoques. Assim, o negócio eletrônico trata de todas as transações efetuadas de forma eletrônica dentro da organização e na comunicação dessa organização com os demais públicos. O mercado de uma maneira em geral proporcionou a chegada dessa nova ferramenta, pois as economias cresceram de forma geométrica, seus volumes hoje não mais permitem controles ou processamentos isolados, afinal, o volume de informações necessárias ultrapassa os controles manuais. A TI impulsiona as organizações por intermédio de suas ferramentas e o e-business auxilia na interface dessas transações com os demais componentes do sistema. O mundo globalizado lançou os caminhos a serem percorridos pelas organi- zações e a TI evoluiu e trouxe os mecanismos necessários para essa evolução. E-business e comércio eletrônico126 Hoje, consumidores podem consumir 24 horas por dia produtos de empresas que fisicamente nem conhece, mas que realizam a entrega desses produtos na residência desses consumidores, tudo de acordo com o solicitado, criando, assim, esse poderoso canal de comunicação. Da mesma forma, empresas podem se comunicar com outras empresas para tornarem seus processos mais dinâmicos e com custos reduzidos, otimizando, assim, os seus resultados. Veja ilustração da Figura 1. Há muito ainda que avançarmos na infraestrutura para manter o ambiente virtual sempre on-line, mas são fatos que devem e estão sendo tratadas, para manter o máximo possível estável as comunicações. Figura 1. E-business. Fonte: Eugênio (2015). No Quadro 1, você verá algumas das diferenças do antigo mercado para o novo mercado. 127E-business e comércio eletrônico Variáveis Economia antiga Economia atual Mercados Estáveis com os mesmos clientes e demandas ao longo do tempo Dinâmico e complexo com consumidores cada vez mais exigentes e conhecedores de seus direitos Competição Poucos concorrentes e locais ou nacionais Muitos concorrentes a nível global Estrutura de mercado Baseadas em sistemas de manufaturas Essencialmente fornecimento de serviços agregados ao produto TI Surgindo com poucas ferramentas e interações Essencial pela quantidade de informações a serem processadas e infinitas possibilidades na rede Organização e produção Hierárquica com produção em massa Trabalho em regime de Network ou virtual, flexível e customizado Meios de produção Máquinas pesadas Formatos digitais e eletrônicos Fatores educacionais Pouca orientação, educação em massa Princípios de educação para a vida toda, multiorientada Quadro 1. Relação entre economia antiga × atual. Essas e outras variáveis que mudaram com o mundo globalizado, trouxeram para as empresas novos desafios a serem superados, como buscar a redução de riscos, focar em uma melhor economia de escala, não temerem a troca de tecnologia, pelo contrário incentiva-la para ganhar tempo de processamento, obter melhores relações com parceiros e obter sinergias para conquistar me- lhores resultados. Basicamente podemos classificar em seis grupos funcionais de sistemas as partes internas do E-business, que não são exclusivamente internos à empresa, mas integrados por processos que, muitas vezes, se relacionam externamente à empresa, sendo elas: E-commerce (Comércio Eletrônico); gerenciamento de cadeia de fornecimento (SCM); Enterprise Resourse Planning (ERP), ou planejamento de recursos empresariais; Customer Relationship Management (e-CRM), ou gerenciamento de relacionamentos com o cliente; e-Procurement E-business e comércio eletrônico128 (sistema eletrônico de busca de itens para fornecimento); e Decision Support System (DSS), ou sistema de suporte às decisões (PAULA, 2010). Mercados do e-business Para existir negócios, é necessário existir empresas, consumidores e agentes de regulação ou governos, cada um tem papel fundamental para os negócios. Em negócios eletrônicos não é diferente, pois eles só facilitam as interações entre esses mercados. O setor da empresa que utiliza muito esses mercados em suas formas é o marketing, pois é o responsável pela oferta ativa de produtos e serviços. Atualmente, a rede é forte aliada para as ações propostas por ele, por exemplo, o marketing viral que se bem desenvolvido e aplicado pode trazer benefícios de prospectar vários possíveis consumidores ao mesmo tempo. Veja, no Quadro 2, as combinações possíveis dos mercados no e-business. Administração pública Empresas Consumidores Administração pública G2G G2B G2C Empresas B2G B2BB2C Consumidores C2G C2B C2C Quadro 2. Combinações de mercado no e-business. Essas combinações ocorrem em nosso dia a dia, de acordo com nossa posição seremos mais sensíveis a alguma ou não, por exemplo, se estamos trabalhando no setor de compras em uma empresa, poderemos praticar a B2B e, assim, realizar de forma eficiente nossa tarefa, para deixar mais claro, você agora irá acompanhar um exemplo prático de cada uma delas nos Quadros 3, 4 e 5. 129E-business e comércio eletrônico G2G – Government to Government Compreende as transações entre entes governamentais, transações entre o poder executivo e legislativo, ou entre autarquias e ministérios. Por exemplo, o ministério da educação envia ao ministério do planejamento informações eletrônicas sobre projetos de ampliação de escolas para atender a população. G2B – Government to Business Compreende as transações entre participantes do governo e empresas. Por exemplo, pode ocorrer que determinada autarquia queira solicitar projetos de parceria com universidades particulares, ou entes do governo que solicitam colaboradores para suprir suas demandas e tem que fazer isso via edital para concurso público. G2C – Government to Consumers Compreende as transações eletrônicas entre a administração pública e os cidadãos. Por exemplo, convocação para participação em trabalhos eleitorais, ou comunicações de aprovação em concursos públicos ou processos seletivos em universidades públicas. Quadro 3. Governos. B2G – Business to Government Compreende as transações entre organizações e entes públicos, como o fluxo inverso às solicitações governamentais de participação em editais públicos, em informações sobre impostos a serem recolhidos ou informações sobre declaração de imposto de renda de pessoa jurídica. B2B – Business to Business Compreende as transações entre empresas, trata de todas as comunicações entre as organizações, como solicitações de matérias-primas, informações de pagamentos, atendimento de orçamentos ou desenvolvimento de parcerias logísticas. B2C – Business to Consumers Compreende as transações entre as organizações e os consumidores, aqui encontramos as ofertas que buscam atender a demanda crescente de serviços por parte dos consumidores, todas as áreas estão representadas nessas opções de transações eletrônicas, como aquisição de produtos ou serviços, intermediações financeiras, como serviços de homebanking (transações de contas correntes), ou home broker (transações no mercado de ações). Quadro 4. Empresas. E-business e comércio eletrônico130 C2G – Consumers to Government Compreende as transações entre os cidadãos e os entes governamentais, realizando o fluxo inverso, por exemplo, entrega de declarações do imposto de renda de pessoa física, ou emissão de guias para pagamento de impostos diversos. C2B – Consumers to Business Compreende as transações eletrônicas entre os consumidores ou usuários e as organizações, por exemplo, a inserção de material publicitário de uma determinada empresa em sites ou espaços pessoais como redes sociais (Empresa X que comercializa sabão em pó tem seu produto anunciado em um blog de uma dona de casa especialista em roupas coloridas seria um caso prático). C2C – Consumers to Consumers Compreende as transações entre consumidores ou usuários, como um determinado usuário de uma rede social, em seu espaço oferta um produto que não atende mais suas necessidades, mas que pode ser útil para outro usuário. Quadro 5. Consumidores. As relações entre os usuários da rede têm um futuro promissor, pois a cada dia a TI oferta novas ferramentas e evolução constante nos meios de comu- nicação, e os dados trocados entre as organizações crescem em progressão geométrica exigindo da TI novas e seguras tecnologias para o processamento. Não há mais como ficar de fora da rede, pelo contrario as organizações tem que entender e planejar suas ações dentro desse novo mercado, alinhando suas estratégias a fim de obter vantagens competitivas. O home broker é um sistema que permite que você dê as ordens de compra e venda de títulos diretamente no pregão da bolsa de valores. Lembrando que a facilidade que a tecnologia traz nos faz ter a ilusão de que é fácil investir por meio do home broker. Como você que está administrando a própria carteira, é preciso conhecer bem sobre investimentos de maneira geral, como fazer a gestão de seus investimentos, ter conhecimento sobre as empresas e os setores em que atuam (GALLO, 2011). 131E-business e comércio eletrônico Modelos de negócios eletrônicos Os modelos de negócios eletrônicos são definidos pelas organizações em atendimento ao modelo de negócio de cada organização, ou seja, atendendo como ferramenta a ser utilizada para o atingimento das metas e objetivos empresariais. Não há como ter um modelo de negócios eletrônicos que fique diferente dos anseios gerais da organização. Por exemplo, uma empresa que não coloca em seu planejamento investimentos em TI e marketing e quer resultados positivos pela utilização dos meios eletrônicos, com certeza irá ter resultados negativos, pois para o correto funcionamento desses canais, são necessários investimentos em material publicitário e de infraestrutura de rede e hardware e software que contemplem a transmissão de dados e segurança das informações geradas. Além desses fatores, a velocidade com que as evoluções na área da TI chegam às organizações traz a preocupação em estar sempre preparadas para os novos desafios, que surgem do dia para a noite. A competitividade aumenta e os cenários trocam muito rapidamente, forçando as empresas a estarem sempre prontas para trocarem de rumo ou, até mesmo, de metas durante a realização de suas atividades. Por exemplo, uma organização que acredita que a capacitação é funda- mental para seus colaboradores pode utilizar esses modelos de interação para proporcionar treinamentos on-line a seus funcionários, assim ganhando escala e otimizando seus recursos. Classificação de modelos de negócios eletrônicos Entre os modelos que estão surgindo, cabe uma classificação para que você os identifique em seu dia a dia, os itens a seguir contempla os tipos e uma breve descrição dos modelos hoje encontrados na literatura. Internet-enabled business models São os modelos baseados da rede de computadores, atualmente tanto os usu- ários como as empresas não ficam mais fora desse modelo, são baseados na evolução da TI com o incremento de funcionalidades, interação entre os agentes e valor agregado pelas transações disponíveis. Veja, no Quadro 6, os dez mais utilizados pelos B2B e B2C. E-business e comércio eletrônico132 E-shop Esse modelo traz todas as empresas que tem lojas on- line para comercialização de seus produtos ou serviços, realizando o processo todo ou partes dele, por exemplo, as ofertas, separação do pedido e finalização da compra. Além desses, também se encontram nesse modelo os sites que fazem a oferta ou demonstração de produtos para as organizações, porém sem comercializar diretamente. E-procurement Esse modelo tem o objetivo de aquisição de produtos ou serviços, ele auxilia as organizações nos processos de procura e compra de itens necessários aos seus processos. E-mall Esse modelo potencializa o e-shop, sendo um centralizador de lojas para buscas por produtos ou serviços. E-auctions Trata-se de leilões que atendem aos mercados B2C e B2B, realizando virtualmente os leilões para aquisição de mercadorias ou serviços. Por exemplo, nos leilões reversos a proposta mais qualificada e de menor valor vence a disputa. Third-party marketplace Esse modelo abriga um ponto de encontro virtual entre compradores e vendedores, com objetivo de realizar as transações de compra e venda. Virtual community Nesse modelo temos as comunidades formadas por usuários ou empresas que tem os mesmos objetivos, assim, sendo alvo para as ações de marketing das empresas, como condensam mais usuários, as açõesdirecionadas acabam por atingir um número maior de pessoas. Collaboration platform Trata-se de uma plataforma que colabora com empresas e usuários fornecendo espaço e ferramentas que auxiliam na interação desses usuários. Value-chain integrator Compreende as ações pelos entes participantes com objetivo claro na geração de valor às organizações, realizam os passos constantes na cadeia de valor de produtos ou serviços. Por exemplo, na cadeia do agronegócio, fazem ações desde a plantação, passando pela distribuição e comercialização do produto final junto ao cliente. Value-chain service provider Nesse modelo, os usuários especializam-se em uma parte da cadeia de valor, por exemplo, realizam a distribuição dos produtos, ou os recebimentos de determinada transação financeira. Information brokerage Nesse modelo verificamos as informações das interações, por exemplo, empresas que realizam o teste nas informações para atestar a sua veracidade para o emissor e receptor. Quadro 6. Internet-enabled business models. 133E-business e comércio eletrônico Esses modelos normalmente são utilizados pelas empresas em conjunto, ou em partes, é comum verificarmos mais de um sendo utilizados pelas organi- zações. O mercado eletrônico veio para ficar e, cada vez mais, será utilizado pelas organizações. Value Web business models São compreendidos os modelos que utilizam a rede para agregar valor, esse framework (estrutura conceitual) utiliza os blocos de construção que você verá no Quadro 7, com objetivo de agir na integração dos usuários. Markets Compreendem os mercados que tem como objetivo a aproximação de vendedores e compradores. Hierarchies Compreende a evolução das antigas hierarquias clássicas das empresas, com a evolução das estruturas mais ágeis e flexíveis que o mercado exige. Networks Se hoje as pessoas físicas não ficam mais sem sua rede de relacionamentos, para futuros empregos ou oportunidades, você tem que perceber que as empresas também tem que estar sempre realizando atividades de networks, pois o tempo é curto para agir só, a interação vai proporcionar melhores resultados para a organização. Information technology A TI tem papel fundamental nesses modelos de interação pela rede, sem a TI as organizações ficariam ineficientes. New-old business models As experiências das antigas formas de interação têm seus fundamentos garantidos pela evolução dos meios de interação proporcionados pela TI, ou seja, o antigo serve de base para o novo. Quadro 7. Value Web business models. E-business-enabled business models Essa classificação traz os modelos que são utilizados pelas empresas dentro das interações proporcionadas pela utilização do e-business, quanto mais utilizam, mais valor agregam a organização. Veja os modelos no Quadro 8. E-business e comércio eletrônico134 Tele-working model Compreende o modelo que trás um grande número de empresas, grupos ou usuários interligados em uma rede. Virtual organization model Compreende o modelo que tem a união de usuários ou empresas agrupados por um modelo ou afinidade, independentemente da localização geográfica de cada ente. Process outsourcing model Compreende o modelo que tem como premissa a confiança entre os entes envolvidos, por exemplo, há uma confiança entre a empresa e seu fornecedor, assim a interação eletrônica é segura em regime de outsourcing (terceirização). Collaborative product development model Com esse modelo as organizações ganharam a oportunidade de desenvolver produtos que podem ser confeccionados por vários fornecedores e em várias partes do mundo, por exemplo, a empresa DELL de computadores que tem unidades no Brasil de montagem e seus componentes vem de diversos países. Value Chain integration model Esse modelo caracteriza-se pela interação proporcionada pela rede para a cadeia de suprimentos ser realizada de forma mais eficiente. Quadro 8. E-business-enabled business models. Market participants business model Trata das classificações das empresas no mercado, ele caracteriza os diversos tipos de empresas no mercado, por exemplo, as indústrias, os distribuidores e os pontos de venda. Assim, cada um cumpre seu papel e utiliza a rede para uma melhor interação comercial, tanto de informações do fornecedor para o cliente como retroalimentando o sistema com as informações do cliente para o fornecedor. Cybermediaries business model O futuro já está em nossa porta, o cyber espaço veio para consolidar novas formas de interação, as empresas e as pessoas em geral utilizaram cada vez mais esse novo formato proporcionado pela evolução da TI. 135E-business e comércio eletrônico Novas descobertas serão feitas, novas formas de relacionamento entre os entes da rede, você deve ficar atento para essas mudanças, o que conhecemos hoje, amanhã já não mais dominamos e teremos cada vez mais a necessidade de atualização, começa por você, mantenha a cabeça aberta ao novo e sempre permanecerá no mercado. Cadeia de valor é um modelo de estruturação das atividades desenvolvidas pelas empresas, visando garantir a máxima qualidade do serviço e do produto ao cliente final, além de criar vantagem competitiva no mercado. O conceito da cadeia de valor foi criado pelo professor estadunidense Michael Eugene Porter, e consiste na criação de um fluxograma dos conjuntos de atividades essenciais para a agregação de valor ao produto ou serviço de determinada empresa. Na cadeia de valor de Porter, cada etapa do processo de desenvolvimento do produto ou serviço é essencial para a sua valorização total, desde o modo como é mantida a relação com os fornecedores da matéria-prima, até o modo como o produto final é entregue aos consumidores. Com a cadeia de valor, a empresa consegue identificar quais as etapas de produção responsáveis por agregar valor ao produto e, com isso, desenvolver uma estratégia que ajude a potencializar esses setores. Fonte: Significados (c2011-2017). 1. O comércio eletrônico já responde por considerável parte da movimentação financeira das empresas, inclusive das brasileiras. Esse novo modelo de negócios vem gerando diversas transformações no ambiente organizacional, proporcionando agilidade e eficiência nas transações. Do lado dos usuários, a comodidade oferecida pelo comércio eletrônico é um dos principais atrativos. Se considerarmos o crescente número de equipamentos eletrônicos vendidos em nível mundial e que a maioria deles dispõe de conexão com a internet, temos um cenário em que o comércio eletrônico pode ser expandido e se transformar no principal canal de negócios da era moderna. Em relação ao comércio eletrônico, identifique a alternativa correta. a) A disponibilidade é um dos principais desafios enfrentados pelas empresas que utilizam comércio eletrônico, pois o tempo que um ambiente virtual fica fora do ar ocasiona muitas perdas, especialmente financeiras. E-business e comércio eletrônico136 b) As negociações estão mais seguras no ambiente digital, pois os crimes comuns não se repetem nesse ambiente, em função do uso de certificados específicos de segurança. c) Atualmente, o único canal para realização de transações eletrônicas é a internet, pois ela é utilizada globalmente. d) Este novo modelo de negócios vem sendo muito utilizado em pequenas e médias empresas, pois não gera impactos na estrutura organizacional. e) O comércio eletrônico tradicional envolve exclusivamente processos de compras via internet ou redes corporativas privadas. 2. As recentes tecnologias da web e das redes sem fio, em conjunto com a criação de lojas on-line de aplicativos, possibilitam oportunidades para o surgimento de empresas e novas formas de se fazer negócio no ambiente virtual. O comércio eletrônico tem aproveitado essa nova estrutura para se expandir, alcançando desde usuários comuns, interessados em apenas fazer compras em sites, até usuários corporativos, como empresas participantes de leilões eletrônicos em ambientesvirtuais de órgãos governamentais. O comércio eletrônico é universal e diversificado, permitindo tanto a participação de empresas e de usuários como de agentes governamentais. Analise as informações a seguir que tratam dos tipos básicos de transações de comércio eletrônico. I. Transações do tipo B2B (empresa para empresa) são permitidas apenas para organizações empresariais de grande porte, ou seja, com faturamento acima de R$10.000.000,00 (dez milhões de reais), pois o custo para sua implantação é alto. II. Nas transações do tipo B2C (empresa para consumidor) os fornecedores de produtos e/ou serviços são as organizações e os compradores são pessoas físicas. III. No tipo de transação C2B (consumidor para empresa) as empresas demonstram uma necessidade específica por um produto ou serviço, e as pessoas físicas competem para fornecê-lo. Está correto o que se afirma somente em: a) I. b) II. c) III. d) I, II e III. e) Nenhuma das afirmações. 3. Um dos maiores desafios das empresas que desejam operar no ambiente virtual é integrar os sistemas de comércio eletrônico com outros sistemas empresariais, já utilizados pelos funcionários da organização em suas tarefas rotineiras. Além disso, é fundamental integrar essa nova plataforma tecnológica para atender, ao mesmo tempo, às necessidades empresariais relacionadas ao comércio eletrônico e às necessidades dos clientes que irão utilizá-las. A figura abaixo apresenta um esquema do modelo de comércio eletrônico. É importante lembrar que um modelo de negócio corresponde à forma pela qual a empresa gera lucro. 137E-business e comércio eletrônico Com base na análise da figura e no entendimento das relações existentes entre as diversas entidades que a compõem, identifique a afirmação correta. a) A empresa pode desenvolver estratégias de aprendizado eletrônico e disponibilizá-las, tanto para seus funcionários internos como para seus parceiros externos. b) A integração dos sistemas de comércio eletrônico da empresa com seus sistemas de suporte precisa ser feita visando, essencialmente, os usuários internos, pois os acessos externos normalmente representam um percentual pequeno do volume de tráfego mensal do ambiente virtual. c) As comunidades on-line fazem parte da maioria dos modelos de comércio eletrônico, especialmente pelo seu relacionamento direto com as licitações eletrônicas. d) O Customer Relationship Management (CRM) é um serviço de suporte utilizado pela empresa para iniciar sua atuação em mercados eletrônicos. e) Os mercados eletrônicos funcionam a partir da atuação de intermediários privados, pois os agentes públicos não podem atuar em ambientes virtuais devido a seu regime de trabalho. 4. Um dos principais objetivos do comércio eletrônico é simplificar e automatizar o máximo de processos de negócio quanto for possível. Para que isso se torne uma realidade, e os novos processos de negócio estejam aderentes à estratégia organizacional, o modelo de comércio eletrônico a ser adotado pela empresa precisa ser bem planejado e estar completamente adequado a sua realidade. Em outras palavras, de nada adianta a empresa construir um ambiente virtual para realização de leilões on-line, se ela não for trabalhar com esse modelo de comércio eletrônico como parte de sua estratégia. Analise as afirmações a seguir sobre os diferentes modelos de negócio eletrônicos. I. No leilão reverso são os compradores que informam quais produtos ou serviços desejam adquirir, recebendo a partir daí as propostas de fornecimento. II. A maior vantagem do modelo de negócio denominado associação é que ele permite a participação sem restrições de pessoas e empresas, facilitando o processo de divulgação e aquisição de produtos e serviços. E-business e comércio eletrônico138 III. O marketing viral possui como principal vantagem o fato de os próprios indivíduos que recebem uma mensagem encaminharem o seu conteúdo para seu círculo de contatos. Está correto o que se afirma somente em: a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) I, II e III. e) Nenhuma das afirmações. 5. Considere que você foi contratado pela empresa Penta S.A., atuante no ramo de marketing esportivo, como consultor externo pelos próximos seis meses. Sua principal atribuição é elaborar o planejamento da implantação de um modelo de comércio eletrônico para a empresa, que pretende oferecer serviços relacionados a sua área de atuação para governos e órgãos públicos. Neste contexto, o tipo de transação de comércio eletrônico mais indicado para a organização é o: a) Business to Business (B2B). b) Business to Customer (B2C). c) Business to Government (B2G). d) Customer to Government (C2G). e) Government to Business (G2B). 139E-business e comércio eletrônico EUGÊNIO, M. E-business o que é? São Paulo: D Loja Virtual, 2015. Disponível em: <https:// www.dlojavirtual.com/como-vender/e-business-o-que-e>. Acesso em: 08 set. 2017. GALLO, F. Home broker facilita a negociação de ações, mas é preciso cuidado. Es- tadão, São Paulo, 03 jan. 2011. Disponível em: <http://economia.estadao.com.br/ noticias/geral,home-broker-facilita-a-negociacao-de-acoes-mas-e-preciso-cuidado- -imp-,661284>. Acesso em: 08 set. 2017. PAULA, W. E-business. Administradores, João Pessoa, 30 mar. 2010. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/producao-academica/e-business/2845/>. Acesso em: 08 set. 2017. SIGNIFICADOS. Significado de cadeia de valor. 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